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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A TECNOLOGIA EDUCACIONAL UM DESAFIO PARA O PROFESSOR DO SÉCULO XXI SOLANGE MARGARINA BENTO GONÇALVES ORIENTADOR: PROF. VILSON SÉRGIO DE CARVALHO RIO DE JANEIRO DEZEMBRO/2008 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2012. 11. 14. · inovações nos processos de ensino aprendizagem e do trabalho docente. Todavia, nota-se que ainda falta uma conscientização

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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL – UM DESAFIO PARA O

PROFESSOR DO SÉCULO XXI

SOLANGE MARGARINA BENTO GONÇALVES

ORIENTADOR:

PROF. VILSON SÉRGIO DE CARVALHO

RIO DE JANEIRO DEZEMBRO/2008

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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Graduação em Pedagogia.

RIO DE JANEIRO DEZEMBRO/2008

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL – UM DESAFIO PARA O

PROFESSOR DO SÉCULO XXI

SOLANGE MARGARIDA BENTO GONÇALVES

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida e por estar presentes nos bons momentos e nos mais difíceis dessa trajetória. Aos meus familiares que compreenderam a minha ausência nos domingos por estar estudando. A todos os professores e diretor do IAVM que contribuíram para o meu aprendizado e formação. Aos amigos em que nos momentos de desânimo deram força, coragem e estímulo para não desistir, fazendo-me seguir a caminhada, apesar da sinuosidade do caminho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a todos que contribuíram direta e indiretamente para a realização desse sonho.

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RESUMO

Essa monografia enfoca a importância da formação dos docentes e

das inovações nas práticas pedagógicas mostrando o papel dos professores e

da escola do século XXI diante do contexto da sociedade. Nesse processo são

apresentadas possibilidades para habilitar os profissionais do ensino para

interagir com as novas tecnologias no ambiente escolar, entendendo o papel

do professor desempenhando um papel de desafiador, criando meios em que

os alunos se interesse pelos recursos tecnológicos, despertando atenção

facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Sustenta-se que em uma

proposta de intervenção pedagógica que dá ao aprendizado um sentido novo,

onde as necessidades de aprendizagem aparecem nas tentativas de resolver

situações problemáticas, a partir da pedagogia de projetos, os professores

devem ter uma ação pedagógica inovadora.

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METODOLOGIA

Na construção desse trabalho monográfico foi realizada inicialmente,

pesquisa bibliográfica, análise de fontes atualizadas refere ao tema

apresentado, buscando a elaboração de um texto claro e objetivo. Dentre os

autores consultados podem ser destacados: Vani Moreira Kenski (2007), Ligia

Silva Leite (2003) e José Manuel Moran (2001), cuja contribuição foi decisiva

para o avanço dos estudos efetivados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

História da tecnologia no campo educacional 10

CAPÍTULO II

Tecnologia e formação de professores 21

CAPÍTULO III

Perspectivas para o século XXI: Educação a Distância 34

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 45

ÍNDICE 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO 47

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INTRODUÇÃO

Esta monografia mostra uma pesquisa em Tecnologia Educacional,

área de estudo que proporcionou o tema para conclusão do curso de

Pedagogia. O trabalho possui um eixo temático, o uso da tecnologia

educacional, um desafio para o professor do século XXI uma transformação da

prática docente e do ambiente escolar.

As tecnologias, presente em diversos setores da nossa sociedade

vêm sendo utilizada em nosso dia-a-dia favorecendo novas formas de pensar.

Como parte deste todo social, a escola também passa por este processo de

utilização desse novo conjunto de possibilidades do seu cotidiano, a Tecnologia

Educacional.

Ao apresentar o que são as novas tecnologias, busca-se facilitar o

entendimento sobre estas e abrir um leque de opções que permitam variar em

enriquecer as diversas maneiras de lidar com o processo de aprendizagem dos

alunos. Desse modo, o fato de utilizar, por si só, diferentes mídias de prática

pedagógica escolar não significa verdadeiramente a efetiva integração entre as

mídias e as atividades pedagógicas.

Nos dias de hoje, vivemos numa sociedade da informação que é

mutável pelas tecnologias no processo educativo e a educação a distância

atualmente é uma questão bastante discutida, possibilitando reinventar uma

nova cultura escolar da educação, construindo-se um novo espaço de

aprendizagem. Na educação a distância sempre utiliza-se algum meio de

comunicação na mediação entre o conhecimento e o aluno.

Onde mostramos que na década passada ainda era pouco

disseminada, nota-se que ainda falta uma conscientização um esforço comum

para que se desenvolvam atividades interdisciplinar com a utilização TIC’s. O

professor utilizando TICs deve desenvolver atividades estimulando o censo

crítico de seu aluno e a sua autonomia e as competências exigidas na atual

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sociedade, o uso de software utilizado de acordo com a faixa etária e a

maturidade de cada educando interagindo com o currículo.

Outro recurso utilizado é a internet como instrumento de pesquisa e

produção de conhecimento.

Esta monografia completa três capítulos e tem por objetivo discutir

algumas questões relevantes visando à melhoria do entendimento de uma

cultura tecnológica presente no ambiente escolar.

O primeiro capítulo mostra a história da Tecnologia Educacional no

campo educacional e analisa o seu conceito e as diversas possibilidades e

meios a disposição nas escolas, lançando mão do processo histórico destas

tecnologias no que diz respeito a sociedade brasileira, mostrando os diversos

recursos tecnológicos utilizados no processo de ensino-aprendizagem.

O segundo capítulo tem por objetivo mostrar a importância da formação

dos docentes e das inovações nas práticas pedagógicas mostrando o papel dos

professores e da escola do século XXI diante do contexto da sociedade, a

necessidade de habilitar os profissionais de ensino para interagir com as novas

tecnologias do âmbito escolar, fornecendo subsídios para elaboração de projetos,

faz-se trabalhar com projetos e romper com as limitações, convidando os alunos

a reflexão sobre questões importantes na vida real, da sociedade em que vivem.

O terceiro capítulo destaca o conceito de Educação a Distância, uma

perspectiva para o século XXI, os avanços tecnológicos mudaram o cotidiano

da sociedade criando diversos modos de vida. Na educação, as tecnologias de

informação e comunicação têm exigido um novo redimensionamento nos

processos de ensinar e aprender, favorecendo a interação entre sujeitos

propiciando o diálogo, a troca, a construção coletiva na qual o professor

assume um novo papel. A autonomia do aprendente é um dos ideais educativos,

destacando dois momentos significativos na EaD, antes e depois da Internet.

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CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NO CAMPO

EDUCACIONAL

Tecnologia abrange tudo aquilo que o ser humano inventou, para

facilitar ou simplificar o seu trabalho, enriquecendo suas relações interpessoais,

ou lhe oferecendo prazer. Há muitas formas de se compreender a tecnologia.

Para algumas pessoas ela é fruto da ciência e para outras ela se apresenta de

forma mais ampla, como método ou técnica criado pelo homem para tornar seu

trabalho mais leve, e uma forma mais fácil de comunicação.

A educação não poderia deixar de lançar mão dos seus benefícios

para um maior alcance e conteúdos oportunizados pela tecnologia e diante dos

impacto que as novas tecnologias têm exercido sobre nossas vidas.

No entanto, não podemos esquecer de que a educação continua nos

dias atuais a ser feita predominantemente pela fala, a escrita e o texto

impresso. Esses recursos vão sempre continuar a ser, tecnologias

fundamentais para a educação.

Podemos dizer que a tecnologia não é algo novo, é quase tão velho

quanto o ser humano. As tecnologias que entendem a capacidade de

comunicação do homem, já existem há muito tempo. Os dois últimos séculos

viram o aparecimento de inúmeras tecnologias de comunicação: o telegrafo, o

telefone, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão e o vídeo. E recentemente

temos o computador que se tornou um meio de comunicação que engloba

todas as tecnologias de comunicação vistas anteriormente.

Hoje em dia, quando falamos em “Tecnologia na Educação”

dificilmente se pensa em giz e do quadro, mas essa tecnologia é usada até

hoje nas escolas, da mesma forma do livro didático e este persiste em plena

era da informação e do conhecimento. Um dos desafios do mundo

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contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e aos

atuais meios eletrônicos de comunicação.

As tecnologias são tão antigas quanto à espécie humana. Na

verdade foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às

mais diferenciadas tecnologias.

Segundo Vani Moreira Kenski (2007), o uso do raciocínio tem

garantido ao homem um processo crescente de inovações e os conhecimentos

daí derivados, quanto colocados em prática, dão origem a diferentes

equipamentos, instrumentos, recursos, produtos, processos, ferramentas, enfim

as tecnologias.

Libâneo (2006) nos diz:

“[...] as mudanças tecnológicas terão um impacto cada vez maior na educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não podem ignorar a televisão, o vídeo, [...] veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem, de fazer, porque há tempos o professor e os livros didáticos deixaram de ser as únicas fontes de conhecimento”. (p. 40)

As “novas” Tecnologias Educacionais têm sido objeto de

preocupação de diversos pesquisadores brasileiros nos últimos tempos, pois

até meados da década de 1990 estas tecnologias eram poucos disseminados,

o que gerou uma lacuna entre especulações teóricas e utilização dessas

inovações nos processos de ensino aprendizagem e do trabalho docente.

Todavia, nota-se que ainda falta uma conscientização de modo que

exista um esforço comum para que se desenvolvam atividades

interdisciplinares com a utilização das TIC’s. Não se pode deixar de lado o uso

das tecnologias uma vez que os alunos estão envolvidos, de um modo ou de

outro, com alguns recursos tecnológicos. Deve-se ficar atento às mutações que

as tecnologias provocam na sociedade, pois elas trazem “uma amplitude que

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nos colocam diante de escolhas de possibilidades variadas de ação e

comunicação”. (Kenski, 1997: 63).

Assim, considera-se indispensável o uso das tecnologias o qual

possibilita uma nova proposta pedagógica capaz de atender aos anseios dos

jovens e adultos construindo saberes partindo das experiências da sua

realidade. Em que será possível re-significar, interpretando e transformando

informações em conhecimentos.

Essa é a nova postura que devemos ter enquanto escola, como

afirma Kenski (1996).

“As informações vêm de forma global desconexa através dos múltiplos apelos da sociedade tecnológica. A escola precisa aproveitar riqueza de recursos externos, não para reproduzi-los em sala de aula, mas para polarizar essas informações, orientar as discursões, preencher as lacunas do que não foi aprendido, ensinar os alunos a estabelecer distâncias críticas com que é veiculado pelos meios de comunicação”. (p. 143)

Dessa forma, as escolas que utilizam estas tecnologias no processo

ensino-aprendizagem necessitam ter um projeto político-pedagógico, em que

os profissionais sempre estejam repensando a sua prática pedagógica e

acompanhando a tecnologia educacional, visando uma formação do sujeito

crítico e ajudando na construção do seu educando.

Moran (1996) ressalta a importância da inserção / integração das

tecnologias para o salto qualitativo no campo educacional.

Entretanto, torna-se evidente que só será possível uma nova

construção da prática pedagógica se houver o envolvimento de todos,

educandos e profissionais da educação, em busca do reconhecimento mútuo

que abra caminhos para novas possibilidades educacionais.

Grinspin (2001) levanta alguns questionamentos que devem ser

levados em consideração ao pensar em tecnologias educacionais.

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“Para que serve então uma educação tecnológica? [...] para formar o indivíduo na sua qualidade de pessoa humana, mais crítica e consciente para fazer a história do seu tempo com possibilidades de construir novas tecnologias, fazer uso da crítica e da reflexão sobre a utilização de forma mais precisa e humana, e ter as condições de, convivendo com o outro, participando da sociedade em que vive, transformar essa sociedade em termos mais justos e humanos”. (p. 29)

A Tecnologia não tem fim em si mesmo, por isso, não devemos ficar

preocupados apenas com a operacionalidade das máquinas que sozinhas não

garantem o aprendizado e nem operam mudanças.

Entretanto, o bom uso poderá trazer para o processo educativo

formas criativas na busca do conhecimento, que por meio da informação

possam atender aos anseios de uma nova sociedade cada vez mais exigente.

Desse modo, o fato de utilizar, por si só, diferentes mídias na prática

pedagógica escolar não significa verdadeiramente a efetiva integração entre as

mídias e as atividades pedagógicas: “integrar” tem que ser no sentido mais

amplo da palavra, que quer dizer tornar inteiro, fazer parte de todo o processo

de construção do saber, com objetivos e estratégias que venham enriquecer os

novos aprendizados e que podem ser alcançados também através do uso de

variadas tecnologias.

“A educação tecnológica segue o caminho das inovações não como descobertas em si, mas como busca de compreensão dos novos papéis e funções que o homem tem na sociedade, oriundos, por sua vez das novas relações sociais”. (GRINSPUN, 2001: 57)

O professor que pretende utilizar-se dessas TICs deve se precaver e

ainda mais, deve desenvolver em seu trabalho de sala de aula, a utilização

adequada aos meios tecnológicos para com isso desenvolver o espírito crítico

do aluno, a capacidade de julgamento e a sua autonomia e as competências

exigidas na atual sociedade.

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Portanto, o professor do século XXI necessita adequar-se aos

avanços e recursos metodológicos respeitando o pensamento, o gosto, a

curiosidade do educando, para melhor compreendê-lo. Dessa forma, deixará

de ser professor mecanicista e perceberá que o discente é sujeito capaz de

transformar a sua realidade, podendo abrir novas possibilidades na vida e

despertando habilidades.

1.1. Utilização dos recursos tecnológicos

Nas atividades cotidianas, lidamos com vários tipos de tecnologias.

Há maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de

tecnologia; para executar ou fazer algo, chamamos de técnicas. Algumas

técnicas são simples e de fácil aprendizado. São transmitidas de geração em

geração e se incorpora aos costumes e hábitos sociais de um determinado

grupo de pessoas.

A educação também é um mecanismo poderoso de articulação das

relações entre poder, conhecimentos e tecnologias. Desde pequena, a criança

é educada em um determinado meio cultural familiar, onde adquire

conhecimentos, hábitos, atitudes, habilidades e valores que definem a sua

identidade social. A forma como se expressa oralmente, como se alimenta e se

veste, como se comporta dentro e fora de casa são resultados do poder

educacional da família e do meio em que vive. Da mesma forma, a escola

exerce o seu poder em relação aos conhecimentos e ao uso das tecnologias

que farão a mediação entre professores, alunos e conteúdos a serem

aprendidos.

Para Leite (2003:11), a presença inegável da tecnologia em nossa

sociedade constitui a primeira base na escola. Ela considera que as

tecnologias estão presentes no cotidiano escolar primeiramente porque estão

presentes na vida, mas também para: (a) diversificar as formas de produzir a

apropriar-se do conhecimento; (b) serem estudadas, com objeto e como meio

de chegar ao conhecimento, já que trazem embutidas em si mensagens e um

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papel social importante; (c) permitir aos alunos, através da utilização da

diversidade de meios, familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes

na sociedade; (d) serem desmistificadas e democratizadas; (e) dinamizar o

trabalho pedagógico; (f) desenvolver a leitura crítica; (g) ser parte integrante do

processo que permite a expressão e troca dos diferentes saberes.

Para isso, o professor deve ter clareza do papel das tecnologias

como instrumentos que ajudam a construir a forma de o aluno pensar, encarar

o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho e se

posicionar na relação com elas e com o mundo.

Enfim, elas não podem ser apenas objeto de consumo, devem ser

apropriadas por todos os sujeitos da escola ativamente envolvidos na produção

de conhecimento visto como não estático dado ou acabado; não considerado

uma verdade única e universal; mas sim provisório, histórico, socialmente

marcado, em construção constante e tal como realidade, dinâmico, diverso e

mutável.

Em sua obra sobre Tecnologia Educacional, Leite (2003) distingue

as diversas tecnologias, chamando-as de independentes e dependentes. As

tecnologias independentes seriam àquelas que se bastariam e não estariam

ligadas à fonte de energia ou outros meios externos para serem colocados em

prática. Já as tecnologias dependentes estariam ligadas intrinsecamente a

outras formas de tecnologia para funcionar, como a energia elétrica

instrumentos de comunicação, aparelhos eletrônicos entre outros. Todas estas

podem ser utilizadas no ambiente escolar pelo professor como objetivo de

facilitar o aprendizado de seus alunos.

Citamos algumas das tecnologias ditas independentes:

LIVRO DIDÁTICO – é um material impresso que, baseado nas áreas

do currículo, contém um roteiro básico de conhecimento e específico para cada

nível de ensino. De modo geral, traz o conteúdo de área de conhecimento,

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gravuras pertinentes ao assunto, atividades de aplicação e muitas vezes,

sugestões sobre como o professor pode planejar as aulas e tratar os

conteúdos;

HISTÓRIA EM QUADRINHOS – as histórias são formadas por

sequencia de quadros que utilizam dos códigos de signos gráficos – a imagem

e a linguagem escrita, conjugando dois tipos de arte – literatura e desenho;

ILUSTRAÇÃO / GRAVURAS – termos genéricos que abrangem

desenhos, fotografias, estampas, símbolos, pinturas não transparentes etc. têm

na sala de aula, tem função de esclarecer, elucidar e ilustrar;

JOGOS – o jogo é uma atividade física ou mental organizada

segundo regras que definem a vitória ou a derrota. É um fenômeno cultural

com múltiplas manifestações que variam conforme o contexto histórico e social;

JORNAL – é um periódico impresso, dedicado à divulgação de

informações, noticias e opiniões, que tem como característica atingir o grande

público em tempo relativamente curto. A natureza de sua comunicação é

pública, rápida, transitória e atual;

MURAL – consiste em um conjunto de elementos subordinados a

um mesmo tema e disposto harmoniosamente sobre uma superfície, com o

objetivo de transmitir uma mensagem;

MAPA E GLOBO – o mapa é uma representação plana do planeta

Terra e o globo uma representação esférica. São representações do mundo

real, embora tenham natureza abstrata e expressem a realidade mediante

símbolos, são instrumentos comumente usados na escola para orientar,

localizar, informar;

QUADRO DE GIZ – é o recurso de ensino mais utilizado na escola,

para escrever ou desenhar símbolos visuais, podendo ser de dois tipos: fixo ou

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móvel. Hoje em muitas salas de aula, o tradicional quadro-de-giz foi substituído

por um quadro branco de acrílico, no qual se escreve com caneta especial

(pilot);

TEXTO – é toda construção cultural que adquire um significado

devido a um sistema de códigos e convenções. Há textos que combinam

linguagem verbal com a linguagem visual, são muitos utilizados hoje em dia no

jornalismo e na publicidade.

Apresentamos alguns das tecnologias ditas dependentes:

RÁDIO – o rádio é um dos veículos de comunicação de maior

penetração na população brasileira. O rádio pode ser considerado um

instrumento de disseminação de informações básicas, nesse sentido tem a

função mais ampla do que apenas informar, devendo participar da ação

educativa, contribuindo para a promoção do desenvolvimento integral do

homem e da comunidade;

FITA DE VÍDEO – consiste em uma fita magnética na qual são

gravados imagens e som simultaneamente e que para ser vista e ouvida

necessita do aparelho denominado videocassete, conjugado com a televisão;

FITA SONORA E CD – material sonoro preparado em fita cassete

para guardar e transmitir informações de diversos tipos. Hoje, a fita sonora está

sendo substituída pelo CD (Compact Disc) que possui qualidade melhor e

armazena muito mais informações do que a fita e DVD;

TELEVISÃO – o aparelho de televisão é um equipamento que

transmite sons e imagens organizadas sob a forma de programas e comerciais

que exigem do telespectador a integração de vários sentidos, pressupondo

uma percepção polivalente;

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COMPUTADOR – é um equipamento que recebe, guarda, manipula

e emite dados e símbolos. Suas principais características são: (a) acessa e

armazena grande quantidade de informações para a solução de uma grande

variedade de problemas, podendo ser útil para o ensino de diversos conteúdos;

(b) segue, automaticamente instruções longas e complexas para a solução de

problemas; (c) é muito rápido no processamento de dados;

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – Assim sendo, a EaD pode ser definida

como um processo educacional que acontece quando o professor e o aluno

estão fisicamente separados. A EaD pode ser ministrada mediante a utilização

das mais variadas tecnologias.

Para Sancho (1999),

“No campo da educação, o importante não é que uma máquina possa resolver equações, simular um fenômeno complexo ou permitir o acesso a um enorme volume de documentos multimídia. O principal problema, depois de garantir um mínimo de ordem social, é a construção de significados, a aprendizagem autônoma, a adotação de sentido, a compreensão e o aprender a aprender” (SANCHO, 1999: 45)

Com as tecnologias da informação e da comunicação, pode-se

aprender de forma diferente, desenvolver habilidades distintas, articular o

conteúdo curricular de outro modo. Utilizando os recursos tecnológicos no

processo de ensino-aprendizagem ocorrem contribuições tanto para alunos

quanto para professores.

Sancho (1999) afirma que: “o papel do computador no ensino não

apenas pode ser o mais variado, mas também pode adaptar-se a qualquer

método ou perspectiva pedagógica”. (p. 45)

Muitos programas em multimídias dão mais importância a atividade

de percepção com muitos estímulos como sons, desenhos, movimentos,

deixando de lado processos cognitivos mais complexos.

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O professor deve traçar os objetivos que deseja atingir e escolher o

software de acordo com a faixa etária da criança e a maturidade da criança.

Este software precisa oferecer condições para que os alunos participem de

forma ativa do processo criativo que vem do produto, havendo interação entre

a criança e o software.

Os softwares abrangem diversas finalidades como:

� Tutoriais: são softwares que apresentam conceitos e instruções

para realizar tarefas específicas e não permitem a interatividade.

Eles apresentam estímulos a respostas já prontas, inibindo a

criatividade dos alunos. É de fácil uso e o manuseio é auto-instrutivo.

� Simulação: são software que permitem criar situações da

realidade na tela do computador, como simuladores de vôos,

gerenciadores de cidades, laboratórios. Eles são atrativos para os

alunos e podem ser utilizados como recurso de aprendizagem.

� Autoria: possibilita que o aluno torne-se autor, produza e

apresente a sua produção utilizando-se diversos recursos de

multimídia.

� Exercitação: softwares que permitem atividades interativas

através de respostas às questões apresentadas. O professor pode

ensinar os conceitos em sala de aula e depois exercitar tais

conceitos no computador.

� Jogos: são programas de entretenimento que podem ser

utilizados como ferramentas para ministrar aulas mais atrativas com

a finalidade educativa.

� Abertos: software com várias ferramentas que podem ser

relacionados de acordo com objetivo que o professor deseja atingir

na sala de aula, com as planilhas eletrônicas, os editores de textos,

os bancos de dados, programas gráficos etc.

Outro recurso é a utilização da Internet como instrumento de

pesquisas e produção de conhecimento. As principais ferramentas de Internet

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(correio eletrônico, world wide web, lista de discursão, Chat, ftp) possuem

aplicações pedagógicas.

Ela pode permitir a comunicação e o compartilhamento de recursos

e dados com pessoas do nosso país ou ai redor do mundo, possibilitando

acesso a uma enorme quantidade de informações.

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CAPÍTULO II

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Como todas as inovações tecnológicas desenvolvidas para informar,

a solução, porém, ainda está no professor, que poderá resgatar o potencial do

nosso educando, como uma educação cognitiva, desenvolvendo uma didática

envolvendo e motivadora, tentando conhecer, compreender e ser o mediador,

auxiliando o aluno naquilo que precisa para analisar, compreender, deduzir,

sintetizar, aprender e aprender.

Desta forma, contribuímos para que os alunos dêem margem do seu

saber, produzam seus conhecimentos, busquem suas informações, resgatem

suas atitudes e valores, buscando também o seu saber científico e capaz de

formar uma sociedade de homens justos, dignos e letrados por uma educação

libertadora.

Para Santos (2006) todos os envolvidos com a educação precisam

ter um olhar atento às tecnologias educacionais, pensar, refletir, planejar ações

pedagógicas inovadoras, com calma, mas que sinalizem uma mudança.

Essa perspectiva nos incentiva a refletir o papel do professor e as

tecnologias em sua ação profissional, pois nos deparamos com muitos

pesquisadores que destacam a importância do uso das novas tecnologias do

processo de construção do conhecimento pelo aluno, pelas suas possibilidades

e potencialidades e, por outro lado, encontramos pesquisadores que

apresentam em suas pesquisas a insegurança, incerteza e muitas vezes

aversão que muitos professores demonstram para com esse recurso

tecnológico.

Diante desse dualismo existente quanto ao uso das TIC’s, o

professor precisa aprender a equilibrar o seu planejamento com o bom uso da

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tecnologia. Assim, faz-se necessária a reflexão crítica sobre mudanças que

este processo pode significar para a aprendizagem do nosso educando.

O uso adequado das potencialidades oferecidas pelas tecnologias

de informação e comunicação poderá auxiliar a mudança do papel do professor

de um mero “repetidor”, da informação passando a exercer múltiplos papéis,

tais como mediador aprendente, tornando as suas ações cada vez mais

interessantes, criativas e significativas.

Para Moran (2001) defende que na sociedade da informação todos

estão reapresentando a conhecer, a nos comunicar, a ensinar e a aprender, a

integrar o humano e a tecnologia; a integrar o individual; o grupal e o social.

Assim, precisamos saber lidar com as incertezas (MORIN, 2007) que

transforma cada escolha numa “aposta” onde escolhemos conscientes do risco

e a velocidade das transformações tecnológicas.

Não basta a escola adquirir recursos tecnológicos e outros materiais

pedagógicos sofisticados e modernos. É preciso ter Projeto Político

Pedagógico capaz de recriar ambientes de aprendizagem, que exprima com

clareza que cidadão queremos formar em que sociedade deseja viver e qual é

a escola ideal para o futuro.

Portanto, fica claro que a sociedade do conhecimento demanda um

novo perfil de profissional de educação, isso exige que cada professor invista

em seu próprio desenvolvimento, para que consiga transmitir aos alunos os

benefícios das novas ferramentas tecnológicas para apoiar o processo

educacional.

Leite (2003:13) afirma ainda acreditar que ao trabalhar com os

princípios da Tecnologia Educacional o professor estará criando condições

para que o aluno, em contato crítico com as tecnologias da, e na escola,

consiga lidar com as tecnologias da sociedade aprimorando-se delas como

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sujeito. Esse tipo de trabalho será facilitado na medida em que o professor

dominar o saber relativo às tecnologias, tanto em termos de valorização e

conscientização de sua utilização, ou seja, por que e para que utilizá-las.

Quanto em termos de conhecimentos técnicos, saber utilizá-las de acordo com

suas características e de conhecimento pedagógico, como integrá-las ao

processo educativo.

O computador se tornou um instrumento, uma ferramenta para a

aprendizagem e essa tecnologia tornou-se um importante meio de estudos e

pesquisas. Os alunos ao utilizarem o computador entram em um ambiente

multidisciplinar e interdisciplinar, ou seja, ao invés de apenas receberem

informações, é o facilitador, mediador da construção do conhecimento. Então, o

computador passa a ser o “aliado” do professor na aprendizagem, propiciando

transformações no ambiente de aprender e questionando as formas de

aprender.

Como toda a tecnologia, a introdução dos computadores na

educação apresenta aspectos positivos e negativos. Para que uma instituição

escolar introduza a informática, é preciso ter um plano pedagógico, onde serão

discutidos os objetivos de sua utilização como ferramenta educativa., e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais

fácil e eficientemente os objetivos educacionais, não deixando portanto, que o

computador se torne um brinquedo.

A escola precisa de professores capacitados para trabalhar com

esse novo ícone que é a informática educativa, e sem medo de que em algum

momento seja substituído por computadores... é preciso então que haja uma

integração entre o meio escolar e o corpo docente, favorecendo assim a

sociabilidade dos alunos e professores com o mundo da tecnologia.

O computador não substitui a inteligência e a criatividade que não

inerentes ao ser humano, apenas as desenvolve. Porém, a introdução de

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computadores pode educar, mas também deseducar dependendo da maneira

como será utilizado.

As novas tecnologias podem exercer um impacto no papel dos

professores por causa da formação constante recebida pela Internet, em

termos de conteúdos, métodos e uso da tecnologia, apoiando um modelo de

ensino que visa um estudante como participante ativo do processo de

aprendizagem e não como receptor passivo de informações. Sendo assim,

incentiva os professores a reformularem suas aulas e encoraja os alunos a

participarem de novas experiências.

Tendo acesso a essas novas tecnologias da informação, os alunos

passam a ser agentes de mudança nos diversos setores que utilizam essas

tecnologias e estimulam o desenvolvimento de habilidades sociais, a

capacidade de comunicar, permitindo autonomia e criatividade.

A formação de professores em novas tecnologias permite que cada

professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas e

como as tecnologias podem ser úteis a ele.

A capacitação dos professores é um dos fatores mais importante na

utilização da informática na educação. Ele deve perceber como efetuar a

integração da tecnologia com sua proposta de ensino, sendo o facilitador e

coordenador do processo de ensino-aprendizagem e estar apto a lidar com

rápidas mudanças, ser dinâmico e flexível.

É muito importante que o professor tenha conhecimento sobre as

possibilidades dos recursos tecnológicos, para poder utilizá-los como

instrumentos para a aprendizagem. É necessário que ele conheça as

potencialidades das ferramentas e saiba utilizá-las durante a prática da sala de

aula. A formação dos professores é um alicerce fundamental para a melhoria

da qualidade do ensino.

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Os professores não podem pensar que as “máquinas que ensinam”

vão substituí-los, pois o que existe é uma complementação. O educador que

adota as novas tecnologias passa a ser o mediador da aprendizagem, pois

passa a dirigir as pesquisas, apontar caminhos e propor projetos.

Para que ocorra a interação do aluno com a máquina, o professor

precisa ser preparado para desempenhar o importante papel de mediador do

conhecimento do aluno, não mais se restringindo à sua função de transmissor

de informações e conhecimentos.

As novas tecnologias da informação se bem utilizadas por

professores capacitados poderão abrir um caminho de oportunidades como

uma melhor atuação dos alunos, uma maior facilidade de obtenção de

materiais para aulas.

Segundo Valente (1996),

“Se a função do computador não for bem compreendida e ele for implementado na escola, como um virador de páginas de um livro eletrônico, ou um recurso para fixar conteúdo, corremos o risco de informatizar uma educação obsoleta, fossilizando-a definitivamente” (p. 368)

Sendo, assim, o professor precisa adquirir habilidades técnicas e

pedagógicas através de um treinamento na formação inicial e um

acompanhamento da prática pedagógica na escola, pois a tecnologia nunca se

esgota e novos recursos estão aparecendo a cada dia.

É necessário que o professor tenha conhecimentos básicos de

informática, como Windows, Word, Excel, PowePoint, conhecimento

pedagógico, integração de tecnologia com as propostas pedagógicas e formas

de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos tecnológicos. Na sua

capacitação, o professor precisa conhecer também softwares educativos

relacionados aos conteúdos curriculares.

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Poucos professores estão preparados para integrar esses diferentes

domínios na sua prática pedagógica e sua formação deve dar condições a ele

de construir conhecimento sobre os aspectos computacionais, compreender as

perspectivas educacionais que estão nos softwares em uso, isto é, as noções d

de ensino-aprendizagem e conhecimento implícitos nos softwares; e entender

porque e como integrar o computador na sua prática pedagógica.

Os professores devem superar o medo da utilização da informática

na educação, trabalhar para o processo de democratização do acesso às

informações e para a universalização da produção do conhecimento. Eles

devem se inserir num projeto, mais amplo, onde a sala de aula deve ser um

local de criação e recriação da cultura e da cidadania.

A educação tem um papel primordial quanto à preparação das novas

gerações para enfretamento das exigências da sociedade moderna. Também é

função da instituição escolar formar o cidadão da sociedade da informação.

O educador para atuar neste novo cenário, precisa de algumas

mudanças na estrutura curricular de sua formação. Tal como o acesso e a

inclusão das novas tecnologias da sociedade da informação, pois muitos

atuarão ou já atuam em instituições que utilizam as tecnologias como recurso

educacional, a serviço de um projeto pedagógico.

Cabe o professor desempenhar um papel de desafiador, criando

meios em que os alunos se interessam pelos recursos tecnológicos,

despertando a atenção facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

A formação de professor em novas tecnologias deve permitir que

perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas, de como

essas tecnologias podem ser úteis e significativas ao trabalho pedagógico

planejado.

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O uso efetivo da tecnologia por parte dos alunos passa primeiro por

assimilação da tecnologia pelos professores. Quando inserida sem discussão e

qualificação dos profissionais envolvidos no processo educacional, a tecnologia

pode representar inútil e fragilizada pelo despreparo.

Para atingir efeitos positivos, é de fundamental importância uma

capacitação efetiva inicial e um apoio gradual e contínuo em longo prazo

começando com os professores, quem a sua vez, poderão capacitar seus

alunos.

Para que a tecnologia incorporada ao sistema educacional possa

provocar mudanças positivas, agregando valor à atividades curriculares, é

necessária a realização de um trabalho de conhecimento e exploração das

ferramentas tecnológicas com os profissionais que atuam nesta área. É

essencial planejar a integração da tecnologia na cultural da instituição de

ensino.

O professor não será aquele que passa somente informação. A

função do educador não deve ser de um mero transmissor de conhecimentos,

mas um provocador de descobertas que instiga à reflexão. O seu papel

continuará sendo de fundamental relevância para o auxílio do aluno na

construção do conhecimento.

Libâneo (2006) afirma que:

“O novo professor precisaria, no mínimo, de uma cultura geral e ampliada, capacidade de aprender a aprender, competências para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as mídias e multimídias”. (LIBÂNEO, 2006:10)

Com o avanço tecnológico a educação mais que nunca precisa

atualizar-se. E para assumir o papel de coordenador do processo de ensino-

aprendizagem, o professor precisa de uma preparação, uma formação que

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busca constantemente condições para trabalhar com as novas informações,

comparando, discutindo e interagindo. É preciso integrar projetos em redes –

temáticas, unindo os métodos já conhecidos com as novas formas de

aprendizagem.

Ao mesmo tempo em que o professor cria meios para que ocorra a

aprendizagem do aluno, ele deve ter consciência de que é um eterno aprendiz.

A sua pratica deve estar constantemente em processo de meditação. De

acordo com Valente (1999)

[...] suas reflexões devem permitir a busca de teorias que facilitem aprender o significado de sua prática, problematizá-la e identificar o seu estilo de atuação. À medida que estabelece um movimento entre a teoria e a prática, o professor constrói uma nova teoria de acordo com seu contexto e com sua prática transformada e transformadora. (VALENTE, 1999:65)

O professor que reflete sobre sua própria prática trabalha em

conjunto com os alunos, considerando o conhecimento e as experiências

trazidas por todos, que segundo FREIRE (2001: 82) “... além de ensinar o

professor aprende e o aluno, além de aprender ensina”.

O educador do século XXI precisa saber utilizar os instrumentos que

a cultura irá indicar como representativos dos modos de viver dos novos

tempos. Libâneo (2006) apresenta esse assunto de forma muito pertinente:

“Os professores não podem mais ignorar a televisão, o vídeo, o cinema, o computador, o telefone, o fax, que são veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem, de lazer, porque há tempos o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes de conhecimento”. (LIBÂNEO, 2006: 40)

Para isso serão necessários muitas pesquisas em novas tecnologias

da informação, modelos cognitivos, aprendizagem cooperativa e investimentos

em formação docente.

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A tecnologia se faz necessária na educação, mas é fundamental

repensar o papel dos profissionais que nela atuam, pois suas funções deixam

de ser apenas ensinar, mas criar condições para que aconteça a aprendizagem

significativa, realizando a mediação da máquina, homem e tecnologia. A sua

formação deve estar alicerçada nos princípios da abordagem reflexiva para

desenvolver um trabalho pedagógico de qualidade.

Os educadores em uma visão emancipadora não só transformarão a

informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formarão

indivíduos críticos.

O constante desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação

e entretenimento são características da sociedade da informação, que sugerem

aos profissionais da educação a necessidade de uma abrangente reflexão

sobre a inserção de novas tecnologias em projetos educacionais, contribuindo

assim, de forma efetiva com o sucesso da educação.

A educação precisa propor respostas educativas em relação às

novas exigências da sociedade contemporânea como capacitação tecnológica,

alfabetização digital, inclusão de tecnologias em planejamentos de aulas e em

projetos educacionais. Investir em um sistema de professores capacitados

supõe rever o modo como essas questões são levantadas e como as escolas

organizam o ensino diante da realidade em transformação.

No ambiente escolar os professores, na maioria das vezes, se

deparam com atividades que exigem muita criatividade e para isso é preciso ter

coragem para enfrentar novos desafios e não ter medo de errar. Precisa usar

sempre a criatividade, tendo autoconfiança. Isso tem sido feito por meio de

projetos.

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2.1. Tecnologias e projetos

Ao elaborar seus projetos, o professor conduzirá seus alunos a um

conjunto de interrogações, quer sobre si mesmos, quer dizer sobre o mundo à sua

volta levando o aluno a interagir com o desconhecido ou com novas situações,

buscando soluções para os problemas. Aprender por projetos é levar o aluno e

construir seus conhecimentos, despertar sua curiosidade, seu desejo, sua

vontade de cada vez mais aprender.

Os trabalhos não são necessariamente realizados no ambiente

computacional, e sim também fora dele. Os alunos constroem maquetes,

trazem pesquisas, fotos, CDs, realizam experiências, dentre outras coisas

vivendo num mundo de descobertas e imaginação.

Porém concluímos que o uso do computador, mesmo as tarefas

mais simples, como desenhar na tela, escrever um texto, etc., são

suficientemente ricas e complexas, permitindo o desenvolvimento de uma série

de habilidades que ajudam na solução de problemas, levando o aluno a

aprender através de seus erros.

Isto contribuirá para o desenvolvimento de sua auto confiança, ou

seja, dar a capacidade de criança viver em uma sociedade cada vez mais

permeada pela tecnologia, crescendo com o sentido que são elas que devem

controlar as máquinas e não o inverso.

O propósito de trabalhar com projetos é romper com as limitações,

muitas delas auto-impostas, do cotidiano, convidando os alunos à reflexão

sobre questões importantes na vida real, da sociedade em que vivem.

Queremos que nosso aluno use as novas tecnologias de forma

crítica, criativa e aberta. É feliz a parceria: projetos e novas tecnologias.

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A Pedagogia de Projetos visa é à re-significação do espaço escolar,

transformando-o em um espaço vivo de interações e conexões, aberto ao real

e às suas múltiplas dimensões.

O trabalho com projetos traz uma nova perspectiva para

entendermos o processo de ensino/aprendizagem. Aprender deixa de ser um

simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos

prontos.

Nesse contexto, o conhecimento é construído em estreita relação

com o contexto em que é utilizado, sendo, por isso mesmo, impossível separar

os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes nesse processo.

A formação dos alunos não pode ser pensada apenas como uma

atividade intelectual. É um processo global e complexo, em que o conhecer e o

intervir no real não se encontram dissociados.

Prado (2007) indica a adoção de pedagogia de projetos

demonstrando o papel do aluno e sua nova conduta frente aos desafios

propostos e o papel do professor como mediador de todo o processo\;

“Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimentos. E, portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor -, para criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações”. (PRADO, 2007: s/p).

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A pedagogia de projeto é uma proposta de intervenção pedagógica

que dá a atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidade de

aprendizagem aparecem nas tentativas de resolver situações problemáticas.

No enfoque da aprendizagem a partir da pedagogia de projetos, os

professores devem ter uma ação pedagógica inovadora, reflexiva em que

possam dar espaço para que os alunos realmente produzam seus

conhecimentos para a formação de um sujeito crítico, reflexivo e inovador e

que tenha um bom relacionamento como pessoa.

Quando o aluno realmente produz o seu conhecimento com

autenticidade, criticidade, criatividade, dinamismo, entusiasmo, ele questiona,

investiga, interpreta a informação, não apenas a aceita como uma imposição.

Para que este aluno realmente tenha como meta segura a

internalização de seus conhecimentos, é preciso que os professores trabalhem

com projetos tornando o ensino atrativo e de qualidade, despertando a

conscientização de uma nova maneira de ensinar, uma nova postura

pedagógica, levando os alunos a descobrir, investigar, discutir, interpretar,

raciocinar, e cujos conteúdos devem ser conectados a uma problemática do

contexto social, político e econômico do aluno, significando uma outra maneira

de repensar a prática pedagógica e as teorias que a embasam.

O trabalho com projetos o incentiva e ultrapassar os limites da sala

de aula, a partir de uma reflexão sobre problemas no seu dia-a-dia, e sim abre

espaço para realidade social, cultural, politica e econômica.

Ao elaborar um trabalho com projetos, busca-se superar as práticas

habituais, monótonas, descontextualizadas do processo educacional por uma

prática mais dinâmica, prazerosa e contextualizada, proporcionando situações

de aprendizagem em que os alunos aprendam fazer errando, acertando,

pesquisando, levantando hipóteses, experimentando, investigando, refletindo,

construindo, intervir, concluir com conteúdos e recursos diversificados,

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contextualizados, gerando situações de aprendizagem reais e significativas,

trabalhando os de forma interdisciplinar e contextualizadas (LIBÂNEO, 2000)

O uso de projetos como atividade educativa permite que o educador

e o educando sejam companheiros no processo de ensino e aprendizagem.

Eles compartilham os objetivos e se tornam responsáveis pelo

desenvolvimento do projeto.

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CAPÍTULO III

PERSPECTIVA PARA O SÉCULO XXI: EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

Os avanços tecnológicos vêm provocando inúmeras mudanças no

cotidiano das pessoas, criando diferentes modos de vida, de pensamentos e de

percepções. No processo educativo, as TICs têm exigido um novo

redimensionamento nos processos de ensinar e aprender. Até hoje, a

educação esteve, e ainda presa e uma visão positivista de mundo: em sua

organização escolar, na distribuição dos conhecimentos entre disciplinas, na

separação de conteúdos e metodologias entre quem ensina e quem aprende e

na ênfase à transmissão de conteúdos através de métodos e técnicas

consideradas mais apropriadas.

Nessa perspectiva, as tecnologias vêm servindo de meios, de

instrumentos para levar os sujeitos a ter acesso ao conhecimento. A

aprendizagem por sua vez, pautada em uma abordagem behaviorista fica

reduzida a assimilar, memorizar, copiar e imitar modelos daquilo que é

ensinado. O fato é que a prática educativa deve criar situações experimentais

capazes de levar os aprendizes a operacionalizar estas situações a partir de

estímulos ambientais. As chamadas tecnologias tradicionais, a fala, a escrita e

a imprensa, tão necessária à construção e transmissão do conhecimento,

exercem o controle e o domínio do aprendizado do aluno.

Mudanças, provocadas pelas tecnologias no processo educativo,

possibilitam reinventar uma nova cultura escolar que se estende do ensino

presencial ao a distância. As bases epistemológicas e teóricas desta nova

Educação devem ser pensadas conforme as implicações políticas referentes à

inclusão de todos ao processo educativo formal. No Brasil, onde a exclusão

escolar (evasão, repetência) é um elemento estruturante do sistema de ensino,

redimensionar o pensar-fazer pedagógico, incorporando as NTICs, pressupõe

um passo no processo de socialização de um bem cultural e de viabilizar a

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Educação que se faz necessária para uma sociedade em que o conhecimento

é mercadoria, valor. Entretanto, não se pode esperar que a inserção do

indivíduo no mundo tecnológico fomente, por si mesmo, a construção do que

Lévy (1997) chama de democracia no ciberespaço, a partir da construção de

uma inteligência coletiva.

No paradoxo entre as possibilidades reais de acesso à maioria da

população a este bem que é a “web” e às condições atuais de seus

navegadores, acreditamos que as NTICs se incorporam formas nucleares de

agendar-se, no ciberespaço, o sepultamento das distâncias, como evidências

geográficas concretas, para o encontro virtual e interativo de seres em

construção, certamente pensadas e redimensionadas numa perspectiva

coletiva e planetária.

As NTICs em tempos de globalização, têm reinventado nosso estilo

de pensar, aprender e viver, ampliando-se assim o leque de significações para

a construção do conhecimento. A “conectividade” vem sendo cada vez mais

assumida por novos poderes políticos e comerciais, deixando para as pessoas

as possibilidades de escolha entre um “site” educativo e as mais cruéis formas

de propagandas de revistas pornográficas, racistas e corrupções.

Se, por um lado, não se pode desconsiderar que a NTICs

possibilitam mudanças fundamentais à vida das pessoas, e não apenas novas

ferramentas auxiliares de suas atividades cotidianas, por outro, não se pode

fechar os olhos para o fato de que o acesso a estas tecnologias ainda é mínimo

para a maioria da população brasileira e que o campo de luta pela sua

socialização e ampliação deve ocorrer no campo político e econômico.

3.1. Conhecendo um pouco sobre Educação a Distância

A Educação a Distância vem crescendo de forma gradativa em

nosso país. Os percentuais de alunos matriculados nessa modalidade crescem

anos após anos.

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O Decreto 5.622/2005, que regulamenta a educação a distância no

Brasil, a caracteriza como modalidade educacional na qual a mediação

didático-pedagógico nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a

utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com

estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou

tempos diversos.

Em nosso país, a educação a distância parece ser uma alternativa

preciosa, onde temos uma grande extensão territorial e a falta de

oportunidades educacionais são fatos reais. Mais e mais é necessário buscar

alternativas de atender a uma demanda significativa de profissionais que, não

podendo beneficiar-se do ensino convencional dito presencial, ficam à margem

de possibilidades de capacitação e aperfeiçoamento.

Assim apontamos a educação, a distância como uma possibilidade

de (re)significação, pois esta modalidade favorece a interação entre os sujeitos

propiciando o diálogo, a troca, a construção coletiva, na qual o professor

assume um novo papel no processo de ensino-aprendizagem, não somente de

transmissor de conhecimentos, mas assume juntamente com os alunos uma

posição de parceria. Diante isso, a autonomia do aprendente é um dos ideais

educativos, pois ele é estimulado, instigado a buscar, exigindo assim, um

grande comprometimento com a construção do conhecimento.

Nos dias de hoje, vivemos numa sociedade da informação que é

mutável, e o sistema de ensino enfrenta novos desafios no que diz respeito às

exigências de mudanças e a educação a distância atualmente é uma questão

bastante discutida e pesquisada.

A Educação a Distância (EaD) difundiu-se na Europa (França,

Espanha, Inglaterra) que criou modelos educacionais levados para outros

lugares pelos Center National de Enseignement a Enseignement a Distance,

Universidad Nacional de Educación a Distancia e Open University, vem se

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mostrado uma excelente alternativa para a formação continuada em todo o

mundo. “O setor educacional que apresenta um grande crescimento é o de

aprendizagem a distância, uma abordagem bastante antiga, mas que está

recebendo uma nova vida com a chegada das novas tecnologias de

comunicação, com seu poder desestabilizador, e com as novas exigências de

capacitação humana numa sociedade de conhecimento”.

No Brasil, os dados pelo Anuário 2007 da Abraed mostram que entre

os anos de 2006 e 2007, o número de alunos matriculados em cursos a

distância em instituições educacionais autorizadas cresceu 54%. Com o apoio

do Ministério da Educação e a partir da Lei 9394/96, tem gradativamente

apresentado a EaD como forma viável de alcançar o ideal democrático de

educação para todos, em todos os tempos e lugares.

A Educação a Distância não surgiu no vácuo, tem uma longa história

de experiências, sucessos e fracassos. A sua origem remota já longe das

cartas de Platão e das epistolas de São Paulo. Avançado um pouco mais no

tempo, há já registro de experiências de educação por correspondência

iniciadas no final do século XVIII, e com largo desenvolvimento dos meados do

século XIX (chegando aos dias de hoje a utilizar meios que vão desde os

impressos a simuladores on-line, em redes de computadores, avançados em

direção a comunicação instantânea de dados em formato de voz e imagem

suportada por fibras ópticas ou mesmo via satélite).

Uma breve retrospectiva: de 1970 até hoje, a TV se disseminou e

com ela os telecursos, o videocassete surgiu multiplicando o acesso aos

conteúdos, depois o fax, e finalmente. Há pouquíssimo tempo, o computador e

a Internet se consolidaram como meios educativos. Na história da EaD, ao

contrário de outras áreas, cada nova tecnologia não descarta as anteriores,

pelo contrário: os diversos recursos se complementam. O rádio continua sendo

o principal meio de comunicação em regiões de difícil deslocamento.

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No fim da década de 80 e início dos anos 90, nota-se um grande

avanço da EaD brasileira, especialmente em decorrência dos projetos de

informatização, bem como o da difusão das línguas estrangeiras. Hoje se tem

um número incontável de cursos que oferecem, por meio de instruções

programadas para microcomputadores, vídeos e fitas K-7 e DVD, forma de

auto-aprendizagem.

O telefone aproxima alunos e professores, facilitando a solução de

dúvidas que não podem esperar. E o material impresso nada mais concreto e

permanente que pode ser levado para qualquer lugar.

Tudo isso ao lado das metas modernas invenções de interatividade

que a tecnologia digital propicia: e-mail, fórum, chat, teleconferência etc. Desse

enorme leque de possibilidades surge a pedagogia de EaD atual, às voltas com

novos desafios.

A aplicação de novas tecnologias na Educação a Distância (EaD0,

especialmente aquelas ligadas a Internet vem modificando o panorama dentro

desse campo de tal modo que seguramente podemos falar de uma EaD antes

e depois da Internet.

Antes da Internet tínhamos uma EaD que utilizava apenas

tecnologias de comunicação de um-para-muitos (rádio, TV) ou de um-para-um

(ensino por competência). Via Internet temos as três possibilidades de

comunicação reunidas numa só mídia: um-para-muitos, um-para-um e,

sobretudo, muitos-para-muitos. E esta possibilidade de interação ampla que

confere à EaD via Internet um status e vem levando a sociedade a olhar para

ela de uma maneira diferente daquela com que olha outras formas de EaD.

Tratando-se da Educação a Distância (EaD), poderíamos destacar

dois momentos significativos: antes e depois da Internet. No primeiro caso,

temos os estudos por correspondência, os usos de algumas tecnologias da

comunicação, como a rádio e a TV, numa relação bidirecional, de “um para

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muitos”, utilizada sempre quando o ensino convencional não correspondia às

circunstancias da clientela. Por isso, teve o estigma de ser um ensino de

segunda-mão, ainda que proporcionasse a escolaridade àqueles que, por

diversos motivos, não a conseguiram por meios regulares. Eram tais estudos

excluídos do ensino formal de ensino e toda sua abordagem e metodologia. Em

ensinar e de aprender se fundamentavam na instrução programática. Em

outras palavras, respaldavam-se na compreensão de que o treino, o exercício,

a repetição, a cópia e a reprodução de modelos levam o sujeito a fixarem o

conhecimento, normalmente a partir do simples para o complexo, do concreto

para o abstrato. Com a Internet, o ensino “um para muitos” é substituído pelo

de “muitos para muitos”, a relação fica multidirecional, formando as chamadas

comunidades de aprendizagem virtual, de cunho colaborativo. A EaD ganha um

redimensionamento diferenciado, a despeito de persistir ainda uma conotação

estritamente tecnicista, considerada apenas como um instrumento de mediação

de novas aprendizagens e não como um elemento que faculta novas formas de

aprender.

Neste sentido, a Educação a distância (cada vez mais “sem”

distâncias), se fundamentava em novos pressupostos teórico-metodológicos e

no paradigma cientifico construtivista, torna possível aos alunos que navegam

na web a mobilização de conhecimentos e informações capazes de pôr em

sinergia recursos cognitivos motivadores do desenvolvimento de competências,

atitudes e conceitos (Perrenoud, 1999), restabelecendo o debate sobre a

prioridade para a formação de “cabeças bem-feitas” em “cabeças bem-cheias”,

como ressalta Edgar Morin (2000). Este autor enfatiza também a importância

de a Educação estimular o desenvolvimento de uma aptidão geral para resolver

problemas, enfrentando os desafios atuais. Ele enfatiza, também que a

Educação deve formar “cabeças bem feitas” e para isto, é preciso uma reforma

do pensamento, reformando-se o ensino.

Um dos desafios no processo educacional hoje é o envolvimento das

novas tecnologias nos projetos pedagógicos. As novas tecnologias

pressupõem, tanto do professor como do aluno, distintas formas do fazer. O

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fazer como um processo de invenção e produção onde as soluções das idéias

se concretizam no fazer, ou seja, na produção que é, ao mesmo tempo e

indissoluvelmente, invenção.

A escola e ao professor não cabe mais a função de transmissão de

conhecimento, já que existem outros meios com esta eficiência. Teriam, sim, a

função de possibilitar o conhecimento usando as múltiplas e variadas

modalidades de informação já disponíveis.

Desta forma o professor é orientador do estudo. O professor é

aquele que deve orientar o processo de aprendizagem, estimular a pesquisa e

o saber. O aluno é o agente da aprendizagem, tornando-se um estudioso

autônomo, capaz de buscar por si mesmo os conhecimentos. O tateamento

experimental de cada aluno faz parte desse processo individual em direção a

outras formas de saber.

É importante entender e mostrar aos alunos que o processo de

criação e troca de saber no mundo virtual, constitui-se num trabalho

cooperativo, onde professores e alunos trabalham cooperativamente, não

abandonado cada um seu papel.

O ciberespaço oferece a oportunidade da conexão entre as

inteligências e o mundo virtual permite o crescimento das potencias dos

indivíduos sendo que cada habitante deste mundo virtual pode ir tateando

experimentalmente este universo, aprendendo a exercer desta forma a

liberdade de expressão, a cooperação, o espírito crítico, o gosto pelo trabalho

criador e a iniciativa dos alunos.

A ação educativa na rede deve se apoiar na solidariedade e ajuda

mútua, e não na concorrência, na competição ou em projetos que suscitem

uma emulação combativa e dominadora. Um lugar onde todos possam

aprender que a responsabilidade é de todos, não existindo espaço para a

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submissão, a cooperação deve prevalecer para se regular os conflitos, e não

deve existir submissão ou hierarquização do saber.

A Rede – Internet – atua como um complexo organismo que lida

com a informação ao redor do globo, conectando e ampliando cada vez mais

seu espaço planetário. Neste mundo sobre o qual toda tela do computador é

uma porta de passagem, não existe distância geográfica, o imenso tráfego de

informações congrega uma vida invisível, que é uma fusão das mentes que

constituem a Terra.

O professor é aquele que deve orientar o processo de

aprendizagem, estimular a pesquisa e o saber. Para isto devemos entender o

ciberespaço como um ambiente hipermidiático. O prefixo hiper é considerado

no sentido matemático de hiper espaço, ou seja, espaço a “n” dimensões.

Este espaço é oposto ao espaço da construção de um texto

tradicional, concebido através da organização de parágrafos, reunidos em

artigos ou capítulos, obedecendo uma seqüência lógica e linear, impressos em

papel, permitindo uma leitura do princípio ao fim.

Na hipermídia, a parte principal de sua ação acontece fora dos

limites do seu campo. O leitor tem que conectar os pontos para fazer a sua

leitura, absorvendo através da memória diferentes possibilidades de explorar o

ciberespaço. Desta forma, - a hipermídia – não só comporta a união e a

integração de diferentes recursos, como fotos, ilustrações, videoclipes, textos e

arquivos sonoros.

Estes recursos podem ser acionados de qualquer ponto através de

links que os selecionam, editam, imprimem, colam ou ainda alteram a luz, cor,

tamanho da imagem, quantas vezes o usuário acionar os mecanismos de

busca: botões, figuras, setas e/ou palavras.

Segundo Lévy (1999), a hipótese que levanto é a de que a

cibercultura leva a co-presença das mensagens de volta a seu contexto como

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ocorria nas sociedades orais, mas em outras escalas, em uma órbita

completamente diferente. A nova universalidade não depende mais da auto-

suficiência dos textos, de uma fixação e de uma independência das

significações. Ela se constrói e se estende por meio da interconexão das

mensagens entre si, por meio de sua vinculação permanente com as

comunidades virtuais em criação, que lhe dão sentidos variados em uma

renovação permanente (LÉVY, 1999: 15).

As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na

educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de

educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos

nesse processo.

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual

(que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet,

telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de

presencialidades também se altera.

Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas

aulas, um professor de fora “entrando” com sua imagem e voz, na aula de

outro professor... Haverá assim, um intercâmbio maior de saberes,

possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos

específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a

distância.

O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda

entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo

e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis.

O professor continuará “dando aula”, e enriquecerá esse processo

com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para

receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e

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alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da

Internet até mesmo fora do horário específico da aula.

Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estamos todos

presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores

quanto alunos estarão motivados, entendendo “aula” como pesquisa e

intercâmbio.

Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e

cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos

alunos na instigante aventura do conhecimento.

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CONCLUSÃO

Ao término desse trabalho foi abordado o uso das tecnologias no

contexto educacional, onde o grande crescimento da evolução das tecnologias

disponibiliza uma variedade de recursos materiais, não podendo perder de

vista que a presença das tecnologias não garante a qualidade e o dinamismo

em sala de aula.

Mostrou-se que as novas tecnologias podem exercer um impacto

nos professores por causa dos avanços tecnológicos, e a necessidade de

habilitar os docentes para interagir com essas novas tecnologias no ambiente

de trabalho, estimular e facilitar a difusão das tecnologias educacionais. Na

tentativa de acompanhar essas evoluções, uma das tendências atuais é

mesclar ambientes presenciais e virtuais, um completando o outro.

Pode-se dizer que os alunos estão tendo acesso às informações

com maior facilidade e rapidez seja através da mídia, e principalmente através

do computador, o professor atuando como mediador ou facilitador da

aprendizagem, transformando a informação em conhecimento.

Defende-se a necessidade de habilitar os profissionais de ensino

para interagir com as novas tecnologias no ambiente de trabalho, estimular e

facilitar a difusão das tecnologias educacionais, fornecerem subsídios para a

elaboração de Projetos Pedagógicos de acordo com a disciplina e o nível

escolar dos alunos, propiciarem condições de aprimoramento quanto ao uso da

informática no processo de ensino-aprendizagem de todos os alunos.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I História da tecnologia no campo educacional 10 1.1. Utilização dos recursos tecnológicos 14 CAPÍTULO II Tecnologia e formação de professores 21 2.1. Tecnologia e projetos 30 CAPÍTULO III Perspectivas para o século XXI: Educação a Distância 34 3.1. Conhecendo um pouco sobre Educação a Distância 36 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA 45 FOLHA DE AVALIAÇÃO 47

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas

Curso de Graduação a Distância

Título da monografia:

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL – UM DESAFIO PARA O PROFESSOR DO

SÉCULO XXI

Data da entrega: _______________________

Avaliada por : _____________________________ Grau: _______________

Rio de Janeiro, _____ de _____________________ de _________

_____________________________________________

Coordenação do Curso