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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A importância da ludicidade na aprendizagem e no desenvolvimento psicomotor na natação infantil em academias com crianças de 0 a 5 anos Por: Aline Melo Figueira Orientador Profa. Me. Fátima Alves Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2016. 1. 25. · A importância da ludicidade na aprendizagem e no desenvolvimento psicomotor na natação infantil em academias

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância da ludicidade na aprendizagem e no

desenvolvimento psicomotor na natação infantil em academias

com crianças de 0 a 5 anos

Por: Aline Melo Figueira

Orientador

Profa. Me. Fátima Alves

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância da ludicidade na aprendizagem e no

desenvolvimento psicomotor na natação infantil em academias

com crianças de 0 a 5 anos

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em psicomotricidade

Por: Aline Melo Figueira

Rio de Janeiro

2015

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AGRADECIMENTOS

...Agradeço aos amigos, parentes,

alunos, a minha orientadora Fátima

pela paciência e por tirar minhas

dúvidas e principalmente a Deus, por te

me dado condições e motivação para

começar essa caminhada.

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DEDICATÓRIA

Dedico essa monografia minha amada e

querida mãezinha (em memória), ao meu

amigo, cúmplice e namorado Pablo, aos

meus irmãos Alexandre e Leandro por

estarem ao me lado sempre. Obrigada!

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RESUMO

De acordo com a abordagem lúdica a pretensão do trabalho é mostrar o

brincar na prática da natação infantil em academias Mostrar que através da

ludicidade a criança se envolve integralmente contribuindo na aprendizagem

completa e no desenvolvimento psicomotor do aluno. Apresentar os benefícios

da natação sendo trabalhada em conjunto com a psicomotricidade.

Desenvolvendo os elementos psicomotores no meio aquático onde colaboram

nos resultados da aprendizagem da criança, sendo eles ganhos cognitivos ou

formativos. Também abrange o desenvolvimento motor que é a base do

crescimento do individuo. A natação, quando aplicada de maneira lúdica, gera

várias possibilidades para as crianças desenvolverem as habilidades motoras

quando vivenciam situações desafiadoras. A criança que participa da

adaptação ao meio aquático, possui um desenvolvimento melhor e por meio

deste, seus rendimentos são melhores tanto no seu comportamento motor,

quanto capacidades físicas e no processo de ensino-aprendizagem. Portando é

de extrema importância o papel do professor nas aulas de natação dispondo

propostas de atividades lúdicas.

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METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa que descreverá a importância do

desenvolvimento psicomotor na natação infantil de 0 a 5 anos. Essa pesquisa

será constituída por artigos científicos e livros.

Além da pesquisa bibiográfica o trabalho está pautado na vivência da

autora na prática da natação infantil no ambiente fitness na academia da Barra

com objetivo de Investigar a brincadeira e sua contribuição.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I A importância da ludicidade na natação infantil 10

CAPÍTULO II O desenvolvimento motor ao brincar na natação infantil 14

CAPÍTULO III – Brincadeiras e seus objetivos na natação infantil 18

CONCLUSÃO 30

.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS 32

ÍNDICE 34

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INTRODUÇÃO

Atualmente vários fatores impedem a expressão e liberdade das

crianças para as atividades lúdicas. Muitas famílias residem em apartamentos,

portanto suas crianças dispõem de uma diminuição dos espaços relacionados

às brincadeiras. O aumento da violência nas ruas também contribui

significativamente para essa limitação lúdica. Devido à associação desses

fatores, os pais na tentativa de ocupar o tempo livre das crianças, buscam as

atividades cada vez mais precocemente para seus filhos em um ambiente

seguro como nas academias.

A procura pela iniciação da natação para crianças é sempre motivada

pelos pais e a criança acaba não tendo o poder de escolha. Porém, a conquista

do domínio do meio líquido é sempre sedutor quando esse trabalho é feito

através da ludicidade. A liberdade e os estímulos que a criança recebe da água

oferecem todos os ingredientes para um bom desenvolvimento físico, mental e

emocional sendo muito importante para o processo de inclusão social.

O lúdico através do brincar na natação proporciona à criança a

construção de conhecimentos através de atividades psicomotoras propostas

através de materiais coloridos e de formas geométricas diferentes. Esses

materiais são colocados no fundo da piscina e então solicitamos que a criança

mergulhe e pegue o material dizendo qual a sua forma e a sua cor. Dessa

maneira podemos trabalhar também a respiração e a apneia. O equilíbrio

poderá ser trabalhado através de tapetes flutuadores, ajudando as crianças a

interagir com o meio líquido de forma divertida e agradável, possibilitando a

vivência de habilidades relacionadas à natação como a flutuação, respiração,

propulsão, noção espaço-temporal e equilíbrio trazendo ferramentas para

melhoria de sua coordenação e estímulos para enfrentarem novos desafios e

prosseguirem nas atividades sugeridas.

Esta natação a que se faz alusão deve proporcionar o

inter-relacionamento entre o prazer e a técnica, através de

procedimentos pedagógicos criativos, principalmente

sobre a forma de jogos, que facultem comportamentos

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inteligentes de interação entre o indivíduo com o meio

líquido, visando o seu desenvolvimento. (DAMASCENO

1998, p28).

Com as brincadeiras a criança vai crescer através da procura de

soluções e de alternativas se tornando assim um adulto mais criativo.

Segundo Tizuko M.Kishimoto (2000, p.45) para que as crianças tenham

sucesso nas atividades de cunho intelectual e criativo, elas devem brincar

incondicionalmente, pois o brincar é a base de qualquer atividade criadora,

sendo condição para criação artística, científica e técnica.

Nossa pretensão será investigar a brincadeira, sua contribuição e

importância na natação infantil, falando no capítulo I da importância da

ludicidade, no capítulo II o desenvolvimento motor ao brincar e o capítulo III as

brincadeiras e seus objetivos.

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CAPÍTULO I

A importância da ludicidade na natação infantil

A ludicidade e a técnica são fatores fundamentais para o processo de

aprendizagem para as crianças. E estes fatores se completam e não divergem,

como acontecem em determinados trabalhos esportivos.

O trabalho integrado da ludicidade ao desenvolvimento psicomotor,

associado ao desenvolvimento específico das habilidades motoras da natação,

é o caminho favorável para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças

no meio líquido de forma motivadora e prazerosa.

“nesse sentido, e a satisfação/prazer e, principalmente, os

interesses do aluno como motivação para aprendizagem,

assim como situar quais conceitos de técnicas, satisfação

e interesse estão implícitos em cada concepção de ensino

e aprendizagem presente em cada contexto."

(Parâmetros Curriculares, MEC)

Aprender somente não basta, a criança precisa saber onde o seu

aprendizado tem aplicação, para que esses conhecimentos se tornem

significativos. Sabemos que a criança demonstrará muito mais interesse na

atividade que apresente uma representação para ela, e os processos de ensino

que utilizam rituais de cópia, repetição ou meras imitações mecanicistas sem

propósitos, não são aprendizagens significantes.

“Por uma série de razões históricas e sociais, e de

interesses econômicos, dentre todo o universo de

conhecimentos construídos pelo homem na sua relação

com o meio líquido se faz um recorte priorizando os

quatros estilos de natação presentes nas competições

esportivas. Muito facilmente, esses estilos vão sendo

considerados como sinônimo de natação, ou seja,

aprende a nadar significa aprender a nadar os estilos

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clássicos, costas, peito e borboleta. Outras situações

como nadar em rios, ou nadar no mar, os vários tipos de

mergulhos e saltos, as brincadeiras na água, são

excluídas como referências de técnicas e situações de

produção de conhecimentos. No extremo seria considerar

que, nessas situações, os conhecimentos utilizados são

inatos e não frutos de um processo de aprendizagem, ou,

no mínimo, que neles a técnica não está presente. O

mesmo raciocínio poderia ser aplicado à dança, ao futebol

ou ao judô, entres outros. No exemplo da natação, sob

esse critério de valorização dos quatro estilos como

referencial de análise técnica, são construídas as

propostas de ensino e aprendizagem, o que via de regra

resulta numa visão restrita e excludentes de outras

possibilidades de aprendizagem. "Talvez o mais restritiva

delas seja a noção de certo e errado a partir de um

referencial absoluto e não relativo”.

(Parâmetros Curriculares, MEC)

Em uma abordagem psicomotomora e lúdica, denominaremos todas as

formas de movimentação corporal e brincadeiras utilizadas pelas crianças no

meio líquido.

Saindo do estereotipo que o bom nadador é aquele que domina os

quatro estilos convencionais, saídas e viradas, consideraremos um bom

nadador, o indivíduo que dominar o seu corpo em qualquer relação aquática,

seja em piscinas, praias, rios ou até mesmo no banho.

Durante a prática da natação podem surgir diversas formas de

aprendizado, tais como:

• Objetivos técnicos específicos da natação (respiração, propulsão,

flutuação, deslocamento, vivências corporais aquáticas e os diferentes nados);

• Atividades lúdicas (brincadeiras, competições, recreações,

brinquedos cantados, representações);

• Jogos apropriados a cada estágio do desenvolvimento (jogos de

exercícios simbólicos, regras e de construção);

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• Importância do papel do “outro” na consciência do “eu”;

• Funções psicomotoras (tonicidade, esquema corporal, imagem

corporal, equilíbrio, lateralidade, organização espaço-temporal, praxia global).

Desde bebê, fundamentos como: respiração, movimentação de

membros inferiores (pernadas) e noções de sobrevivência serão estimuladas,

mas de um modo muito mais lúdico. Poderemos trabalhar a iniciação da noção

de sobrevivência juntamente com a organização espacial, por exemplo,

colocando o bebê dentro do barquinho flutuador e deslocando-o pela piscina.

Segundo Wallon, os brinquedos cantados são ferramentas motivadoras

da aula, assim o bebê estará integrando e percebendo através dos seus

sentidos, vários tipos de músicas.

As atividades sempre serão estimuladas de acordo com a fase de

desenvolvimento que a criança se encontra, nos casos de bebês, as atividades

sensório-motor.

As crianças que já estão agrupadas em turmas serão observadas em

relação aos colegas, sua capacidade de compartilhar objetos, de cooperar e

respeitar os demais e os educados, como está a sua evolução durante as

aulas, e se o nível da turma está adequado ao ritmo das crianças em todos os

aspectos no plano cognitivo, afetivo, relacional e técnico. Em um mesmo nível

da turma encontraremos crianças com desenvolvimento diferentes.

A aplicação de atividades envolvendo a ludicidade desenvolve nas

crianças, possibilidades de se criar e descobrir livremente, através da

exploração desse meio tão cheio de possibilidades e surpresas que é o meio

líquido. Além disso, o Lúdico promove motivação, suscitando emoções

positivas, que são as grandes responsáveis pela pratica de qualquer tipo de

atividade no cotidiano das crianças, as brincadeiras e as fantasias permitem

com que elas executem algumas atividades que são pré-determinadas,

relacionadas a algum movimento básico e fundamental da natação, enquanto

atividade esportiva. Porém, não deixando de lado o prazer e a criatividade,

tanto para aquelas crianças menos hábil com maiores dificuldades, quanto para

aquelas que têm maior facilidade na aprendizagem.

Freire (1989) relata que a infância é envolvida profundamente em atos

de brincadeiras e fantasias que são aspectos naturais do ser humano que tem

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como uma de suas características a capacidade de brincar. Predominantes nas

crianças, as brincadeiras trazem significados importantes de seu mundo.

Pereira (2001) coloca em seu trabalho uma relação com o "faz de conta"

através de suas aulas temáticas de natação, usando-o como ferramenta de

trabalho nomeando suas aulas como "ambiente lúdico-educativo". Em seu

estudo, conta histórias às crianças envolvendo-as em um mundo de fantasia e

realizações.

Assim segundo Lima (2009) o lúdico é uma forma de quebrar o gelo do

aluno e professor, esse conceito ajuda na comunicação entre os dois e assim

ambos têm mais motivação para desenvolver o que se foi aplicado. As crianças

precisam do lúdico para melhor desenvolver-se na sua infância, pois seus

desafios fazem com que o individuo busque soluções, obrigando-os a

desenvolver estratégias como à antecipação à ação do outro e sua própria

ação. Assim podemos dizer que os interesses despertados por qualquer

atividade lúdica, produz como resposta, o empenho da ação intencional em

alguma direção ou propósito, fato essencial para produzir a construção de

esquemas racionais cada vez mais aperfeiçoados. (LIMA, 2009). Já para

Kishimoto (2008) o lúdico tem sua cultura lúdica, onde cada grupo adota suas

regras especificas, ou jogos que lembram suas vidas cotidianas, pois cada

indivíduo tem sua diversidade, seus hábitos rotineiros, sendo que cada tempo

tem sua característica, e com isso o lúdico foi evoluindo a cada geração, e tem

que se tomar cuidado, pois a tecnologia esta estragando essa magia que é o

imaginário, onde as crianças passam mais tempo no computador, videogame

do que se divertindo ou brincando com seu imaginário.

Considerando a relevância da ludicidade na pratica da natação ou de

qualquer outra modalidade esportiva para as crianças, nos reportaremos ao

significado “do brincar” como sendo a principal atividade de aprendizagem do

mundo infantil.

O fato é que a ludicidade é o fator de propulsão do desenvolvimento infantil em

qualquer aprendizagem. Contudo, cabe ao profissional estimular a criança,

despertando seu interesse, em todo tipo de atividade, assim como na natação,

favorecendo seu desenvolvimento e mantendo gradualmente seu interesse em

prosseguir na atividade, além de propor desafios e ensinar novas habilidades.

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Capítulo II

O desenvolvimento motor ao brincar na natação infantil

Para uma criança pequena, brincar é o meio de converter poderes

adormecidos em várias habilidades.

De acordo com Vygotsky (2000), aquilo que uma criança é capaz de

fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã.

Assim sendo, errar seria de importância fundamental para aquisição de

habilidades de acordo com as fases do desenvolvimento motor.

Conforme a criança vai se desenvolvendo, o seu crescimento filosófico

se desacelera e ela cria e adquire prática em aplicar suas habilidades sensório-

motoras. À medida que as atividades lúdicas da criança se diversificam, ela usa

a linguagem não apenas para identificar objetos e atividades, como também

para empenhar em diversas transformações tipo “faz de conta”. Sua fantasia

transporta para dentro de muitas situações e ela cria e resolve muitos

problemas.

Ao destacar algumas palavras-chaves do parágrafo acima, como

habilidades sensório-motoras, linguagem, criar e resolver problemas pode-se

verificar que o brincar não é só um facilitador, mas essencial para uns bons

desenvolvimentos motores, sociais, emocionais e cognitivos.

Segundo Piaget (1972), o desenvolvimento da criança acontece através

do lúdico. De forma geral, as atividades como brincar, jogar, imitar, dançar,

criar ritmos e movimentos, ações gerais que fazem parte do cotidiano humano

por meio do brinquedo, da dança, dos jogos tradicionais da cultura

preencheriam de alguma forma a vida de todos possibilitando às crianças

apreenderem um repertório da cultura corporal.

Dentro do desenvolvimento motor os benefícios que a brincadeira (mais

específica a que envolve a motricidade ampla) propicia o desenvolvimento de

habilidades onde se empregam a força (puxar, levantar, empurrar, etc.), a

agilidade (correr, saltar, rastejar), a destreza (atirar, mirar, esquivar), utilizando

a brincadeira na natação infantil significa conduzir o campo do ensino

aprendizagem para suas múltiplas inteligências ou condições para elevar ao

máximo a construção do conhecimento e o seu desenvolvimento. Através de

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brincadeiras a criança aprende a ter convívio social e desenvolve o seu

companheirismo

A natação funciona como uma excelente atividade motora na qual a

criança experimenta de uma forma natural e espontânea uma motricidade

aquática dinâmica, essencial à sua evolução e em seu processo

desenvolvimentista.

A prática da natação melhora a capacidade do raciocínio, diminui os

sintomas de doenças cerebrais (como Alzheimer), aumenta a capacidade

circulatória e respiratória da criança, desenvolve massa muscular e o

alongamento dos músculos – que é muito importante para crianças com

restrição de crescimento –, ampliação dos movimentos articulares e maior

flexibilidade nas articulações.

Segundo Filho, “o aumento da diversificação motora contribui para

ampliação do repertório motor. Esse aumento de unidades de ação motora se

complementa com um processo em que elas são integradas, formando ações

mais complexas. Crianças com dificuldade de propulsão de pernas devem ser

auxiliadas o tempo todo, até que se sinta segura em desenvolver as atividades

com maior independência”.

Na prática da natação a criança obterá uma maior resistência física, as

condições cardíacas serão melhores tendo prevenção, manutenção ou até

mesmo uma recuperação bem sucedida, além disso, também obterá maior

domínio em seus movimentos, equilíbrio e coordenação motora A qualidade de

vida tem caráter mais abrangente e reconhece a importância da participação

em relações sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis por meio de um

processo contínuo de educação, crescimento, atualização e realização pessoal

que os permita continuarem como membros ativos e construtores da

sociedade.

Conforme Bôscolo, Santos e Oliveira, “no estágio cognitivo, o aluno

apresenta uma grande quantidade e variedade de erros e nem sempre tem o

conhecimento de que o erro aconteceu”. Nessa etapa da aprendizagem, todas

as informações são novas e, portanto, não há nada armazenado na memória

que possa ser utilizado.

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Na faixa etária dessas crianças acontecem muitas transformações, não

só no crescimento físico, mas também no mental e intelectual e quando se faz

a natação ocorre aceleração na assimilação e compreensão dos conteúdos.

Brincar é uma modalidade chave de aprender a respeito da natureza,

bem como sobre relacionamentos entre pessoas. Brincar também serve como

propósito de adaptações sobre situações frustradoras de vontades e desejos

não satisfeitos. Quando uma criança brinca e tem prazer nisso ela é completa.

Aos dois anos de idade, período inicial da segunda infância, a criança

obtém uma percepção geral de si mesma como pessoa do sexo masculino ou

feminino, faz progresso no controle esfincteriano e começa a reconhecer

perigos comuns.

A partir de dois anos e meio, a criança pode folhear uma revista,

construir uma torre de cubos e, consequentemente, tomar conta de algumas

necessidades fisiológicas e expressar verbalmente alguns de seus desejos.

Agora, a criança tem mais tempo para conseguir e refinar os controles

neuromusculares, podendo se empenhar nas atividades físicas e executar

outras formas de divertimentos diferenciados.

Segundo Piaget (2005, p.13) a criança nessa fase pré-escolar gosta de

ser percebida por todos e mostra grande satisfação no que quer que realize.

Sente-se orgulhosa de mostrar o que pode fazer a fim de receber atenção e

reconhecimento. Por isso é importante sempre destacar com reconhecimentos

positivos os exercícios, os movimentos que elas conseguem realizar na piscina.

Desde o início deste período, a criança reage com muita excitação as

brincadeiras de pega tubarão, de pega-pega. A partir dos quatros anos, certos

jogos, inclusive de argolas e caça ao tesouro exercem muita atração, estes e

outros jogos contribuem muito para o sucesso da criança em relacionar com

outras pessoas.

Dos dois anos aos cinco anos, as atividades lúdicas tornam cada vez

mais criativas e dramáticas à medida que a imaginação floresce. Ao imitarem

adultos e outras crianças, tipos da televisão, a criança utiliza sua imaginação e

cria várias situações de faz de conta com instrumentos como bonecas, argilas,

miniaturas de animais, como imitar a nadar como a Sereia, nadar igual ao

Golfinho e o que quer haja em disponibilidade. O equipamento da criança

precisa estar relacionado com a idade e ser bastante variado para não

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restringir o faz de conta. Para a criança é bom ser capaz de imitar as atividades

das brincadeiras de acordo com suas preocupações e interesses no momento.

A criança em idade pré-escolar balanceia as atividades físicas como

correr com algum brinquedo passivo e sedentário, trazer brinquedos para as

aulas de natação e representar com os brinquedos como se ele fosse o

professor. A criança possui um anseio natural para brincar, isto é, para aplicar

seus poderes e habilidades que desabrocham em umas crescentes variedades

de maneiras para explorar a si próprias e ao meio em que vive.

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CAPÍTULO III

Brincadeiras e seus objetivos na natação infantil

Utilizar a brincadeira na natação infantil significa conduzir o campo do

ensino aprendizagem para suas múltiplas inteligências ou condições para

elevar ao máximo a construção do conhecimento e o seu desenvolvimento.

Através de brincadeiras a criança aprende a ter convívio social e desenvolve o

seu companheirismo Um dos fatores importantes, é que a criança sinta prazer

em estar na água. Nesta fase é normal encontrar algumas com maior

dificuldade no desenvolvimento que outras, bem conhecido como o

desenvolvimento tardio, que acontece quando crianças demoram um período

maior para ter uma evolução de seus movimentos.

Uma estratégia usada e bem sucedida é utilizar fantasias, faz de conta,

ou cantigas de roda, onde a criança deve acompanhar o que é dito na letra, ou

o que o professor pedir no final da cantiga/música. Como exemplo, podemos

pedir às crianças que coloquem o rosto na água, fazendo com elas entrem no

clima e que isso aconteça sem que percebam que mais um obstáculo está

sendo vencido.

Segundo Márcia Cristina Salomon de Souza (2003) é necessário que o

educador insira o brincar em projeto educativo, o que supõe terem objetivos e

consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à

aprendizagem das crianças.

Apesar de o jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, isso não

significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela, inclusive

uma atitude de observação que lhe permitirá conhecer muito sobre as crianças

com quem trabalha.

Por não conhecerem com profundidades todos os aspectos envolvidos

nas brincadeiras infantis, alguns educadores, fazem o uso equivocado dos

jogos e brincadeiras. Às vezes, criam uma metodologia baseada na estrita

dependência da orientação do professor, com objetivo de “tirar o máximo de

proveito dos jogos”, ou então, fazem o oposto: deixam as crianças brincar

como quiser, de acordo com suas necessidades, como se a brincadeira não

precisasse de aportes culturais. Com essa concepção espontânea, o professor

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abdica seu papel na interação e interlocução com o aluno, deixando de ser seu

parceiro no processo de desenvolvimento cognitivo.

A ação pedagógica do professor consiste, ao contrário, criar condições

para o aluno explorar os recursos de que se dispõe e orientá-lo nesse trabalho

A conduta educacional determina o sucesso de aprendizagem. O

educador precisa oferecer liberdade de movimento às crianças, ao mesmo

tempo, conduzi-la à aquisição de novas descobertas, observando as seguintes

condutas: observador, facilitador, incentivador e atuante.

Observador- estar aos acontecimentos, afastando o perigo, evitando

eventuais acidentes; às reações e comportamentos das crianças; aos novatos

e as crianças amedrontadas; ouvir e receber o que as crianças lhe mostram.

Facilitador- criar situações convidativas à brincadeira pela disposição de

material, dentro do possível. Oferecer situações cada vez mais variadas, em

que ela própria possa se corrigir e se aperfeiçoar. Mostrar interesse pelas

sugestões das crianças.

Incentivador- usar expressões de incentivo e elogios para com todas as

crianças. Estimula-las constantemente.

Atuante- participar sempre que possível das atividades como se fosse

criança também. Tendo o professor como alguém que levam em contas suas

características e necessidades e atua diretamente junto a ela, a criança vai

adquirindo segurança em relação ao que é e ao que pode vir a ser,

desenvolvendo sua capacidade de autoconhecimento e auto-avaliação. Tentar

induzir a criança a determinados resultados e não lhe dar tempo para as suas

próprias descobertas seria privá-las da capacidade de aprender

É importante fazer com que a criança use a sua imaginação, por

exemplo, dizendo que agora viraram um submarino e que deverão soltar as

borbulhas com os olhos abertos todo submerso. Durante as aulas de natação

as capacidades motoras devem ser desenvolvidas através de atividades

lúdicas e recreativas, podendo ser utilizadas metodologias como brincadeiras

cantadas, estimulação passiva, dentre outras Para que a criança tenha

equilíbrio ao meio líquido, utilizam-se brincadeiras a critério do professor e de

acordo com sua estratégia de ensino, como por exemplo, a caminhada pelo

pântano: colocam-se as crianças encostadas na borda da piscina (dentro dela)

e pede-se que atravessem andando o mais rápido possível. Quando as

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crianças já estiverem dominando o andar, informa-se que no pântano tem

animais ferozes e que por isso devem correr (corrida lateral de um lado a

outro).

O diálogo professor-aluno também é muito importante e durante as aulas

devem-se fazer perguntas criativas que sejam condizentes com a aula.

Portanto, para Tahara, Santiago e Tahara, “no meio líquido, como um espaço

educativo, é vital o papel do professor nesse processo, o qual deve acontecer

de forma gradual e evolutiva, sem atropelar as expectativas da criança. Assim,

tende-se a criar um espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos

alunos a vivência de experiências perceptivas e sensíveis, bem como um

ensino aprendizagem cada vez mais recorrentes”. O professor ao montar sua

estratégia de aula não pode esquecer que as crianças estão em uma fase que

mudam de opinião a todo o momento, montando assim um plano de aula

flexível com o uso dos flutuadores ao seu favor, como por exemplo, entregando

um para cada aluno e dizendo que aqueles flutuadores são seus carros, e que

o motor são seus pés. É importante estimular o uso da imaginação, então peça

para que liguem os motores (bater as pernas) e façam um passeio. Estar

atento é dever do professor, bem como não se esquecer de dar atenção

especial às crianças que apresentam maior dificuldade em realizar as

atividades com precisão.

De acordo com Barbosa, as aulas não devem atingir somente os

objetivos específicos da natação, como a adaptação ao meio líquido e a

aprendizagem dos nados, mas o desenvolvimento, a boa saúde e o equilíbrio

devem estar presentes. E que é importante à criança tomar gosto pela

aprendizagem através de atividades prazerosas, com objetivos claros dentro de

suas capacidades motoras, para que atinja o desenvolvimento de suas

capacidades, como os domínios cognitivos, adjetivos e psicomotor.

Segundo Fabiana da Costa Leal (2004), os objetivos pedagógicos das

brincadeiras são divididos em:

Trabalhar a ansiedade:

A ansiedade é uma característica encontrada em muitas crianças, que

pode variar em grau de intensidade e que influencia sobre maneira na

capacidade de atenção e concentração, nos relacionamentos interpessoais, na

autoestima, prejudicando a aprendizagem por parte da criança, algumas

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características desses distúrbios são: Inquietação motora, dificuldades de

atenção, concentração, falta de controle emocional, baixa tolerância a

frustrações e etc.

No trabalho com jogos, é possível criar hábitos salutares, a partir da

vivência que automaticamente serão incorporados à vida da criança recriando

sua visão de mundo e sua atenção sobre ele.

Rever os limites:

Em virtude de algumas dificuldades familiares ou condições de vida,

muitas crianças não desenvolveram o hábito de obediência e respeito às

regras. Desse modo a criança que atendemos são muito difíceis de relacionar

tanto com os colegas quanto com os adultos, pois só fazem o que querem,

dificultando o andamento das atividades para os outros e não conseguindo

aprender, muitas vezes apenas porque não querem fazer nada que não

estejam dispostos.

Para esse tipo de dificuldade, os jogos competitivos e com regras levam

as crianças a aprender conceitos básicos da vida, sendo obrigadas a se

enquadrar em determinadas regras para realizar algo, aprendendo para ser

respeitado, e as situações lúdicas é transportada para outras situações da vida.

Reduzir a descrença na autocapacidade de realização;

È preciso dar a criança a oportunidades para que elas desenvolva sua

capacidade criativa...

Desse modo, ela desconhece seu potencial quando tudo lhe é

apresentado pronto, exemplos: Jogos de computador e brinquedos que

brincam sozinhos, a criança não constroem nada, não arrisca experiências

novas, deixando-as muitas vezes sem confiança na sua capacidade de

realização.

Diminuir sua dependência- desenvolvimento de autonomia:

O desenvolvimento da autonomia na criança é um aspecto fundamental

para a maturidade emocional e o equilíbrio entre o psíquico e o mental.

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Alguns jogos têm como objetivos o desenvolvimento da autonomia da

criança: poder arriscar-se, de fazer sua parte sozinha, e ser responsável por

suas escolhas e atos.

Aprimora a coordenação motora:

Os jogos proporcionam a oportunidade do exercício motor, facilitando

assim a alfabetização. A manipulação objetos flutuadores, como exemplo, são

elementos próprios para desenvolver esta habilidade.

Desenvolver a organização espacial:

A desorganização espacial é uma dificuldade que algumas crianças

demonstram ao realizar certas atividades que exigem cálculo, espaço, seja

interno ou externo. A criança que não tem cálculo de espaço, desse modo cai

muito ou batem nas raias, paredes da piscina, esbarram em tubo, não

conseguem manter seus objetos em ordem, não conseguem ordenar fatos em

sequencia lógica dos acontecimentos e em geral sua narrativa é confusa e

desconexa.

Aumentar a concentração e atenção

A falta de atenção e concentração é um forte componente dos distúrbios

de aprendizagem, muitas crianças não conseguem concentrar sua atenção em

determinadas tarefas. Os motivos são muitos variados, no entanto, um dos

mais comuns é o desinteresse pela atividade proposta. Para isso a

sensibilização previa é motivar a criança a despertar o interesse para a

atividade na qual se concentrará. È possível exercitar essa habilidade por meio

de tarefas que exijam um grau maior de atenção, para que as crianças se

acostumem a trabalhar com atenção seletiva. As atividades minuciosas, com

peças espaços pequenas, podem auxiliar no desenvolvimento da atenção.

Desenvolver a antecipação e estratégia:

Alguns jogos a desenvolver esta habilidade, tão importante para a

realização de tarefas da vida. Raciocínio, criando hipótese. Essas etapas de

algumas atividades colocam a criança, de forma lúdica, em contato com a

realidade, preparando-as para situação-problema.

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A criança precisa ter oportunidades para vivenciar situações que exigem

essas habilidades, a fim de se habituar a elas, desenvolvendo assim também

sua autoconfiança.

Desenvolver a criatividade:

A criança precisa ter espaço aberto para desenvolver a sua criatividade,

isto é, necessita de atividades que lhe permitam soltar a imaginação, inventar

coisas diferentes, fazer movimentos não habituais.

A tarefa do dinamizador para facilitar o desenvolvimento é dar espaço,

dar permissão, sem censuras ou crítica que, se mal colocada, bloqueia as

manifestações artísticas da criança, impedem-nas de arriscar-se, de mostra-se.

De acordo com Barbosa (2007) na expectativa do comportamento motor,

a faixa etária de 3 a 6 anos se encaixa na fase dos movimentos aplicados no

estágio transitório e ao dos movimentos especializados aos esportes.

Baseado na literatura, os elementos lúdicos na aprendizagem da

natação vem sendo estudados e utilizados na atualidade. A partir de contos

infantis, o professor pode aproximar se do mundo da criança, criando situações

imaginárias e criativas, fazendo com que a criança se aproxime do professor,

tendo uma relação de confiança, focando no aprendizado de forma prazerosa e

alegre e valorizando o que é ensinado bem como o que é aprendido.

3.1 – Reflexões teóricas acerca do brincar

Através dos estudos e de concepções sobre o brincar, o assunto foi

dividido em perspectiva filosófica introduzidas por Froebel e Dewey e as teorias

psicológicas como Wallon, Piaget, Vygotsky.

Porém, é importante frisar que ambas as perspectiva valorizam a

importância do brincar nas idades iniciais.

Froebel

A introdução da brincadeira no contexto infantil inicia-se lentamente, com

a proposta Froebeliana na criação dos jardins de infância “casa Pestalozzi”.

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Com a orientação para brincar livre, pois, Froebel justificava, valendo-se do

pressuposto que a brincadeira de criança é inata. Postulando a brincadeira

como ação metafórica, livre e espontânea da criança.

Para froebel, a brincadeira é importante para o desenvolvimento da

criança, especialmente nos primeiros anos. Brincar é a fase mais relevante da

infância, onde a criação expõe a representação de necessidade e impulso

internos.

A casa Pestalozzi aproxima-se do lar introduzindo tarefas domesticas

como parte do currículo, que juntamente com as brincadeiras, representava os

eixos do desenvolvimento da criança. Ao brincar com ação livre e da

supervisão, a criança gera uma unidade ideológica e social.

“... a brincadeira é a atividade espiritual mais pura do

homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida

humana enquanto um todo... ela da alegria, liberdade... a

criança que brinca sempre, com determinação,

preservando, esquecendo a fadiga física, pode

certamente torna-se um homem determinado”...

(Froebel, citado por Dinah Martins1996,p.55)

Dewey

O filósofo Dewey procurava argumentos teórico-filosófico para

fundamentar sua fé na democracia e salientar o importante papel da

brincadeira (jogo) no mundo infantil. Como expressão máxima da atividade

espontânea da criança e instrumento educativo poderoso, capaz de propiciar a

ligação vital, tão almejada pela filosofia Deweyana, entre necessidades infantis

de desenvolvimento e exigências sociais próprias da comunidade democrática.

Dewey comentava que para ele todos os povos em todos os tempos

contaram com brincadeiras, jogos como parte importante da educação da

criança, especialmente de crianças pequenas. O jogo é tão espontâneo e

inevitável que, a seu ver, poucos pensadores educacionais atribuíram a ele em

teoria o lugar de destaque que sempre ocupou na prática.

Dewey, ainda completou que é certo que grande parte da vida das

crianças é gasta brincando, quer com jogos que elas aprendem com as

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crianças mais velhas, quer com aquelas inventadas por elas mesmas. Toda

criança pequena gosta de brincar de casinha, de médico etc. E isso o teórico

atribui ao prazer nessas brincadeiras ‘a necessidade que a criança tem de

imitar a vida dos pais e adultos. Entre essas atividades o uso da dramatização

como também é importante para oportunizar as crianças de se expressarem

por meio de experiências compartilhadas.

Dewey, alerta que todos os tipos de brincadeiras somente acontecem

quando as crianças interessam por coisa que elas necessitam aprender. O

interesse deve ser a base para a seleção. Pois, a criança tem necessidades de

aprender as coisas que se relacionam com interesses e experiências sociais.

Isto explica o profundo interesse das crianças por bonecas, que constitui sinal

característico do importante significado atribuído por elas ‘as relações e

ocupações humanas e a necessidade de revolver seus próprios problemas. Os

jogos constituem elo entre poderes e necessidades infantis, de um lado e

exigência de renovação de valores inerentes às experiências sócias, de outro.

...”Brincando... elas absorvem mais atentamente e deste

modo fixam na memória e em hábitos muito mais do que

se elas simplesmente vivessem indiferentemente todo

colorido da vida ao redor”...

(Dewey, citado por Dinah Martins,1996,p.61)

Vygotsky

O interesse por Vygotsky pela psicologia do jogo infantil surge em

decorrência de seus trabalhos sobre a psicologia da arte, que percebendo que

o discurso sobre o imaginário e a criatividade esta vinculado no mundo da

brincadeira da criança, no qual, se envolvem em um mundo ilusório e

imaginário, onde os desejos nãorealizáveis podem ser realizados.

Segundo Vygotsky, a essência da brincadeira é a criação de uma nova

relação entre as situações do pensamento reais criando uma zona de

desenvolvimento proximal, a criança se comporta alem do comportamento

habitual de sua idade. A criança se desenvolve através da atividade brincar.

Como isto, a brincadeira pode ser vista como uma atividade condutora que

determina o desenvolvimento da criança.

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Vygotsky classifica o brincar em algumas fases para melhor

compreender:

Primeira fase: fase em que a criança começa a se distanciar de seu

primeiro meio social, representando pela mãe, começa a falar, a andar e

movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio

do adulto e pode-se dizer que a fase estende-se ate em torno dos sete anos.

Segunda fase: Caracteriza pela imitação, a criança copia os modelos do

adulto.

Terceira fase: É marcada pelas convenções que surgem de regras e

convenções associadas.

Para Vygotsky a situação imaginária, a imitação e as regras são

elementos fundamentais da brincadeira. Contrapondo-se a concepção da

brincadeira como fonte de prazer para a criança ou como instinto natural,

indicava a importância de se descobrir quais as necessidades que a criança

satisfaz nas brincadeiras, para que seja possível aprender a peculiaridade da

brincadeira como forma de atividade.

Quando a criança brinca, ela cria uma situação imaginária, sendo esta

uma característica definidora do brinquedo em geral. Neste momento

inicialmente a criança ao assumir um papel imaginário, imita o comportamento

do adulto tal como ela observa o seu mundo. A imitação assume um papel

fundamental no desenvolvimento da criança em geral, e na brincadeira em

especial, na medida em que indica que o primeiro a criança faz aquilo que ela

viu o outro fazendo.

Vygotsky acredita que o brincar é crucial para o desenvolvimento

cognitivo, pois o processo de criar situações imaginárias leva ao

desenvolvimento do pensamento abstrato. Isso acontece porque novos

relacionamentos são criados nas brincadeiras entre significado e objetos de

ações. Este significado é poderoso da criança da realidade.

“... a essência da brincadeira é a criação de uma nova

relação entre o campo do significado e o campo da

percepção visual”...

(Vygotsky2000,p.37)

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Wallon

Na concepção Walloniana todas as atividades infantis é sinônimo de

lúdico. Toda a atividade da criança é lúdica, no sentindo de que se exerce por

si mesma. E pode-se dizer que toda motricidade é lúdica, marcada por uma

expressividade que supera de longe a instrumentalidade.

Wallon coloca, que entre um e três anos, o desenvolvimento atravessa

um período sensório motor/projetivo, isto é, sensorial e simbólico. A criança

busca o espaço explorável e objetos manipuláveis, que permitam os avanços

de autonomia motora. E educar neste momento é sinônimo de prepara o

espaço adequado, espaço brincável, isto é, explorável.

Para wallon, o intercambio que as crianças estabelecem com o meio

social implica processos históricos da humanidade e ajuda o espaço psíquico a

incluir necessidade e desejos, direcionando a construção de uma vida de

representações. Pois Wallon acredita que as brincadeiras facilita o

desenvolvimento principalmente o de faz de conta que é o primeiro passo da

criança passar do pensamento sincrético para o pensamento categorial, ou

seja, essa brincadeira é um agente facilitador deste processo. Ou seja, para o

teórico a brincadeira é uma forma de organizar o acaso, de superar repartições.

Nas brincadeiras (jogo) a criança manifesta suas disponibilidades de ações.

Segundo wallon, o desenvolvimento da criança passa pela “idade da

graça”, por volta dos quatro anos, onde ocorre a “necessidade de imitar para

tomar o lugar do outro” (Galvão2000,p.120). A criança tem necessidade de

imitar o outro para posteriormente poder excluí-lo, assim construindo sua

personalidade.

O brincar possibilita o melhor à relação que existe com a arte, pois as

brincadeiras e a arte são divididas de origem comum, tendo uma união através

da motivação afetiva e o aspecto técnico-operativo da brincadeira. Sendo

assim, uma das principais motivações da criança ao brincar não é ser como um

adulto, mais agir como um adulto. Por esse motivo é que Wallon valoriza muito

a brincadeira de faz de conta, pois, faz o intercambio, construindo e

compartilhando significado que a criança estabelece com o meio social.

“... a representação seria o resultado da duplicação do

real, ou seja, o descobrimento do plano sensível e do

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concreto em um equivalente, formato de imagens de

símbolos e de ideias”...

(Henri Wallon2000,p.49)

Piaget

Piaget acredita que o sujeito não é ativo nem passivo: È interativo que o

brincar é o essencial na vida da criança. Que em torno dos dois, três anos e

cinco e seis, nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos que satisfazem à

necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o

acontecido, mas de executar a representação. Desta maneira aprende a

regular seu comportamento pela reação quer elas pareçam agradáveis ou não.

Ele diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais

da criança, sendo por isso, indispensável a pratica educativa. E que o jogo

representa a predominância da assimilação sobre a acomodação. Essa

concepção Piaget deve ficar clara, pois, estes conceitos aparecem em todas as

fases do desenvolvimento, sempre se completando no seu equilíbrio crescente.

A acomodação é o processo pelo qual a criança modifica seu estágio

mental em resposta a demandas externas.

A assimilação é o processo pelo qual a criança incorpora elementos do

mundo externo ao seu próprio esquema.

Esses dois processos formam parte de todas as ações. Às vezes um

predomina sobre o outro, outras, se encontram em equilíbrio. Assim, distingue

o brincar como sendo a assimilação, dissociando-se da acomodação antes de

reintegrar nas formas de equilíbrio permanente que deles farão seu

complemento.

Piaget explicou que o brincar passa por diferentes fases do

desenvolvimento da criança. E que o brincar tem como finalidade o próprio

prazer, como nas atividades lúdicas a imitação, o desenho e a linguagem,

contribuem para a construção da representação pela a criança. Ele deixa Claro

que, brincando, o meio muitas vezes se torna fins e muitas respostas são

emitidas apenas para serem emitidas.

A criança tem no brincar um agente ativo em seu próprio

desenvolvimento, construindo e adaptando-se ao meio ambiente ao modificar

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seus esquemas básicos. As habilidades cognitivas da criança não só

dependem do conhecimento e perícia específicos, mas também do ambiente

que facilita o brincar da criança.

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Conclusão

Observei que há uma diferença das crianças que começam

precocemente a prática da natação baseada em uma a bordagem lúdica, entre

as crianças que iniciam em uma proposta somente tecnicista. A descontração

corporal ao meio líquido é muito mais prazerosa e o seu aprendizado acaba

facilitando para as crianças que foram mediadas através dos princípios da

ludicidade.

As crianças conseguem permanecer por mais tempo. Em termos de

anos, sem perder a motivação para a prática da natação com esta proposta.

Com os objetivos adequados a cada nível de desenvolvimento, ampliam-

se cada vez o repertório de mais novas aprendizagens, tornando a mudança de

níveis sem maiores problemas para a criança. Quando há necessidades de

passagem de níveis, as crianças fazem uma adaptação na nova turma,

evitando assim qualquer brusca principalmente no aspecto afetivo.

Defendo a mudança na proposta de trabalho por partes dos educadores

e instituições que oferecem como serviço natação infantis.

De nada adianta se parte dos educadores se conscientizarem da

importância da abordagem lúdica se a gestão da academia de natação não

entender e apoiar a proposta haverá então, uma grande dificuldade de

mobilização por parte de toda equipe a algum processo de mudança.

“È necessário coragem para assumir o brincar como

primordial no trabalho junto às crianças de 0 a 6 anos,

mas também é preciso que essa postura seja abraçada

por toda equipe escolar, e não somente pelo professor”.

(Fortuna, 2004)

O papel do professor é de mediador, suporte, guia facilitador, e avaliador

do desenvolvimento. Apesar de todos os objetivos não é somente eles que

detém o conhecimento onipotente, ás vezes as crianças acabam

surpreendendo com experiências e perguntas.

O educador tem que entender que o conteúdo se adapta ao aluno e não

ao contrário. Muitas vezes, o educador demonstra a insegurança para inserir o

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brincar através de seu autoritarismo, tudo tem que acontecer de forma que ele

deseja, desconsiderando o aluno como centro do processo de aprendizagem.

Os educadores de natação poderão ser muito mais do que “simples

professores que mandam as crianças baterem as perninhas de um lado para o

outro da piscina”, serão os grandes responsáveis na educação da criança, não

só no desporto propriamente dito, mais também utilizando temas transversais,

utilizando a criatividade e interagindo outras matérias dentro da modalidade.

Com os conhecimentos transmitidos por estes educadores às crianças

poderão ultrapassar as bordas da piscina.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A importância da ludicidade na natação infantil 10

CAPÍTULO II

O desenvolvimento motor ao brincar na natação infantil 14

CAPÍTULO III

Brincadeiras e seus objetivos na natação infantil 18

3.1- Reflexões teóricas acerca do brincar 23

CONCLUSÃO 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32

ÍNDICE 34