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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
COMO A QUALIDADE NO ATENDIMENTO É VISTA PELO
CLIENTE
Por: Caroline Silva Ferreira
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2013
DOCU
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
COMO A QUALIDADE NO ATENDIMENTO É VISTA PELO
CLIENTE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Estratégica de
Vendas e Negociação.
Por: Caroline Silva Ferreira
3
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente por me
sustentar todos os dias da minha vida,
a minha família, minha base sem a
qual nada disso seria possível, aos
amigos que acompanharam de perto
todos os momentos dessa caminhada.
5
DEDICATÓRIA
À minha família que me dá apoio
incondicional, mas principalmente à
minha mãe, minha melhor amiga em
todas as horas que não mede esforços e
sempre me coloca pra cima.
6
RESUMO
A gestão da qualidade visa aumentar a competitividade da organização.
A satisfação do cliente, junto com a melhoria continua, tornam – se objetivos
mais importantes de qualquer sistema de gestão da qualidade. Cuidar dos
clientes vai além de atender às expectativas do consumidor.
Vamos aqui elencar em quais momentos essa qualidade é crucial ao
cliente e se atualmente isto é visto como um problema para as empresas que
buscam excelência neste quesito.
A base para a qualidade de atendimento ao cliente está na simplicidade,
criatividade e conscientização.
7
METODOLOGIA
A metodologia adotada baseia – se em idéias, pesquisas e bibliografias,
buscando o aprendizado com problemas similares. Explicando, com base no
material lido, a importância do marketing de relacionamento para a qualidade
no atendimento ao cliente.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - O conceito básico da qualidade 10
CAPÍTULO II - Satisfação do cliente 20
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA CiTADA 27
ÍNDICE 28
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo, definir como os clientes em todos os
seguimentos, mercados e ramos, têm percebido o atendimento que estão
recebendo, se eles têm identificado à qualidade a que algumas empresas se
propõem a prestar ou se esta qualidade não está de acordo com seus anseios
que todos já sabem sempre são bem altos.
A prestação de serviços possui uma característica muito especial: a
confiança. Esta confiança é construída através do serviço prestado ao cliente e
a qualidade no atendimento é a base deste relacionamento, cliente – empresa.
Todos os profissionais e consequentemente as empresas devem cuidar
dessa relação observando os aspectos inerentes à satisfação e fidelização do
cliente.
Qualidade no atendimento é algo que está presente no cotidiano de
toda empresa seja no relacionamento direto ou indireto com o cliente, pois os
funcionários são os clientes internos de uma empresa e a qualidade possui um
papel muito importante em todo o ambiente organizacional.
As opiniões dos clientes sejam através de críticas, sugestões ou
elogios são oportunidades para a empresa identificar quais pontos devem ser
mantidos e quais devem ser corrigidos com a finalidade de se adequarem ao
desejo do cliente.
O atendimento ao cliente com qualidade reflete na personalização do
atendimento que identifica o cliente, define seus desejos e o atende.
Qualidade no atendimento ao cliente é premissa básica. A busca pela
excelência no atendimento ao consumidor está baseada em objetivos
estratégicos da organização e este atendimento deve estar de acordo com os
anseios do cliente.
10
CAPÍTULO I
O CONCEITO BÁSICO DA QUALIDADE
O conceito do que se entende por qualidade teve muitas alterações ao
decorrer do século passado, e atualmente tem se tornado uma das práticas
mais exigidas por qualquer organização, sejam elas pequenas, médias ou
grandes empresas. Na época da era industrial, a qualidade já tinha sua vez
visto que já havia checagem do trabalho realizado pelos artesãos.
Ultimamente, devido à concorrência e a globalização, a qualidade teve seu
foco alterado, pois agora quem dita às regras são os clientes e não os
produtores.
De acordo com Gronroos (2003) qualidade é considerada como uma
das chaves do sucesso, e cita que a vantagem competitiva de uma empresa
tem relação direta com a qualidade e valor dos produtos e serviços por ela
prestados, o autor ressalta que uma empresa só tem a possibilidade de vencer
a concorrência se fornecer aos seus clientes serviços melhores nos quais a
qualidade seja enfatizada.
A palavra Qualidade provém do latim Qualitate e, tem o seguinte
significado, segundo o dicionário:
“1. Propriedade, atributo ou condição das
coisas ou das pessoas capazes de
distingui - las das outras ou de lhes
determinar a natureza; 2. Numa escala de
valores, qualidade que permite avaliar e,
consequentemente, aprovar, aceitar ou
recusar, qualquer coisa; 3. Dote, dom,
virtude; 4. Condição, posição, função.”
(FERREIRA, 1986, p 1675).
11
Somente as duas as duas primeiras definições de qualidade possuem
relação com o conceito proposto a ser analisado. Verifica – se que não há um
único termo que defina a palavra qualidade, ou seja, não há sinônimo; o que
encontramos é um conjunto de propriedade, atributos, características
relacionadas a um produto ou serviço de acordo com cada empresa. Ao longo
do tempo, vários autores têm definido o significado de qualidade, porém ao
analisar as mais diversas definições hoje existentes, pode – se identificar que
há abordagens principais, estas desenvolvidas por alguns autores
reconhecidamente experts no assunto, sendo eles: Deming, Juran, Crosby,
Feigenbaun, Ishikawa. A maior parte dos conceitos existentes foi criada por
eles que são considerados mundialmente e percorrem diversos lugares
disseminando essas teorias, orientando empresas sobre como gerenciar a
qualidade de melhor forma. Embora essas definições possuam variações em
amplitude e profundidade, elas vão de toda forma chegar a um denominador
comum que é o conceito de conformidade, adequação ao uso e atendimento
às expectativas do cliente. (RANGEL, 1995).
A qualidade, portanto, tem sua definição de acordo com alguns autores,
da seguinte forma:
a) Características do produto que vão ao encontro das necessidades
dos clientes, dessa forma, proporcionam a satisfação em relação ao
produto (JURAN, 1991).
b) Perseguição às necessidades dos clientes e homogeneidade dos
resultados do processo. A qualidade deve visar às necessidades do
usuário, presentes e futuras (DEMING, 1990).
c) Combinação das características de produtos e serviços referentes ao
marketing, engenharia, fabricação e manutenção, através das quais
12
o produto ou serviço em uso, corresponderão às expectativas do
cliente (FEIGENBAUN, 1994).
d) Conformidade com as exigências, ou seja, cumprimentos dos
requisitos (CROSBY, 1979 apud GARVIN, 1992).
e) É o mais econômico, útil e que satisfaça o consumidor (ISHIKAWA,
1993).
Nota – se que existem diversos pontos de vista diferenciados do que
quer dizer qualidade. Em princípio, o conceito pode parecer de fácil
entendimento, porém na realidade é difícil defini – la em uma só palavra ou
sinônimo. Para que se entenda de forma clara, é preciso lembrar que a
definição é composta da mistura de métodos e técnicas.
Esses métodos e técnicas relacionados à qualidade existem há milhares
de anos. Ainda que não haja relatos sobre isso na antiguidade, é perceptível
que as grandes construções como a grande Muralha da China teve
planejamento e preocupação com a qualidade em face de sua forma e
grandiosidade. Bem como no Egito já era utilizada a técnica de medição das
pedras como planejamento na construção das pirâmides. E aqui ainda pode –
se citar a Europa na época do Renascimento onde arquitetura, pintura e
escultura demandavam grande exigência com a qualidade, beleza e perfeição
dos trabalhos.
O histórico desenvolvimento da qualidade pode ser divido em quatro
etapas que de acordo com Garvin (1992) definem – se da seguinte forma:
13
a) 1ª Era: da Inspeção: Entre o final do século XVII e princípio do século
XIX, a qualidade era alcançada de uma forma muito diferente que
hoje em dia. A atividade produtiva era basicamente artesanal e em
pequena escala. Os artesãos eram os responsáveis pelo produto e
pela qualidade final deste. Nesta fase, o objetivo era a qualidade
igual e uniforme em todos os produtos e sendo sua ênfase a
conformidade. Esta fase prevaleceu por muitos anos, não havia uma
análise crítica das causas do problema ou dos defeitos.
b) 2ª Era: Controle Estatístico da Qualidade: Durante a década de
1930, já saindo da Administração científica de Taylos e Fayol e
entrando a Escola das Relações Humanas de Elton Mayo, alguns
desenvolvimentos significativos começaram a acontecer entre eles o
trabalho pioneiro de pesquisadores para resolver problemas
referentes à qualidade dos produtos da Bell Telephone, nos Estados
Unidos. Este grupo de pesquisadores da qualidade era composto
por: Walter A.Shewhart criador da Carta de Controle, que foi aluno
do professor Clarence Irwin Lews com sua Teoria Pragmática do
Conhecimento. Harold Dodge, Harry Roming, G.D. Edwards e,
posteriormente, Joseph Juran que dedicou esforços consideráveis
em pesquisas que levaram ao surgimento do Controle Estatístico de
Processos.
c) 3ª Era: Garantia da Qualidade: Entre 1950 e 1960 durante atividade
da Escola de Recursos Humanos e com trabalhos de Maslow,
McGregor e Herzberg no estudo da motivação humana, publicou
vários trabalhos no campo da qualidade. Mais uma ferramenta
estatística, incluindo conceitos, técnicas gerenciais e habilidades.
Os quatro principais movimentos que compõem essa era são: a
quantificação dos custos da qualidade, controle total da qualidade;
as técnicas de confiabilidade; programa “Zero Defeitos” de P.
Crosby.
14
d) 4ª Era: Gestão da Qualidade Total: Gestão Estratégica da Qualidade
(Total Quality Management – TQM): Esta fase teve início a partir da
invasão no mercado americano dos produtos japoneses de alta
qualidade no final da década de 1970. A Era da Gestão da
Qualidade Total ou Gestão é a soma e consequência das três que a
precederam e está em curso até hoje, onde sofreu uma alteração
para Gestão Estratégica da Qualidade, e se posiciona dentro dos
enfoques da moderna Gestão Estratégica de Poder, Mintzberg,
Prahalad & Hamel entre outros.
1.1 – A Empresa Voltada ao Atendimento de qualidade
Uma vez que as empresas decidiram colocar o cliente em primeiro
lugar como estratégia para garantir o presente e o futuro da empresa é
fundamental perceber o atendimento como um valor presente no conjunto de
15
sentimentos do cliente. No entanto, a questão que necessita de reflexão, por
parte das empresas, é como passar dos planos à realidade diária no contato
com o seu público. Segundo Whiteley (1992): “Seus clientes incluem todos
aqueles cujas decisões determinam se sua organização irá prosperar (...) mas
é preciso conhecer e servir todos os seus componentes para garantir a
prosperidade” (p. 22).
Conhecer bem os clientes pode ser uma estratégia com base no
tempo, poder e informação. Não é possível que se consiga realizar um
“atendimento excelente” se não houver um conhecimento prévio das
necessidades, expectativas e ansiedades que estão na mente do cliente. O
mesmo se aplica às pessoas envolvidas na empresa quanto ao atendimento
ao cliente, uma vez que as mesmas devem se utilizar de seus conhecimentos
sobre a empresa, do produto ou serviço que oferecem, do mercado e dos
diferentes tipos de cliente deve seguir alguns itens tais como: faça o que diz;
esteja sempre medindo; aprenda com os vitoriosos; derrube as barreiras ao
desempenho conquistador de clientes; libere os defensores dos seus clientes;
sature sua companhia com a voz do cliente e crie uma visão que preserve o
cliente. Estes itens se encontram ao redor do cliente que é o centro.
Para se alcançar um “atendimento excelente” é importante que, com
base nas inúmeras experiências de empresas vencedoras como, se
estabeleçam objetivos orientadores que devem ser seguidos por todos na
empresa, desde o principal executivo ao cargo mais simples na estrutura
organizacional.
1.2 – Fases do Atendimento
Para que se tenha um bom atendimento é preciso trabalhar com
qualidade em todas as estapas de atendimento. Não basta fazer com que o
cliente conheça o produto sem comprar, não basta comprar sem conhecer, ou
16
conhecer e comprar e não satisfazer suas necessidades, ou seja, as etapas
são interdependentes e precisam ser concisas.
As etapas do atendimento são:
• Pré – atendimento: visa a apresentação do serviço ou produto e
até mesmo da empresa, levando ao cliente uma certeza de que
o que ele irá adquirir será bom para ele. Assim como serve de
termômetro das possíveis expectativas do cliente.
• Atendimento: é o ato comercial em si, a venda. Buscando os
interesses do cliente assim como satisfazer suas necessidades.
• Pós – vendas: após adquirido o serviço ou produto, a empresa
tem que se preocupar com a satisfação referente a utilização,
almejando que o cliente torne – se fiel, e para que sua imagem
se mantenha ou venha ainda a superas as expectativas do
cliente.
Os colaboradores de uma empresa devem “comprar” a idéia de
encantamento. Não basta apresentar essa intenção no atendimento aos
clientes, é preciso que a empresa demonstre esse interesse. A melhor forma
de desenvolver e implementar esse hábito nos colaboradores é através de
treinamentos.
O envolvimento de todos é a chave do sucesso, e só se obtém esse
comprometimento através de programas de incentivo e treinamento. Os
incentivos são estimuladores da boa condução das atividades
desenvolvidas junto a empresa.
Segundo Carl Sewell, autor de Clientes para Sempre, “ser
simpático com as pessoas é apenas 20% da prestação de bons serviços
aos clientes”. A parte importante é projetar sistemas que lhe permita
17
fazer o trabalho de maneira correta na primeira vez. Todos os sorrisos
do mundo não irão ajudar se o produto ou serviço não for aquilo que o
cliente deseja.
Podemos concluir que ouvir atentamente o cliente, transformar seus
problemas em soluções imediatas não dependem, exclusivamente, do
atendimento prestado por um único funcionário. A excelência no
atendimento inicia quando toda a organização prioriza a satisfação dos
clientes externos e internos.
1.3 – Consequências da Falta da Qualidade no
Atendimento
A revolução representada pela qualidade começou no setor de produção
em que nasceu o conceito de “defeitos zero” – a aspiração de se ter sempre
produtos perfeitos. A idéia foi estendida aos clientes – com “deserções zero”,
isto é, não perder um único cliente. Pesquisas mostraram os elevados custos
de perder um cliente ou o provável fluxo de perda de lucros auferidos com um
18
único cliente aumentam significativamente com o correr do tempo. Esses
lucros originam – se de:
• Aumento das compras realizadas pelo cliente ao longo do tempo;
• Economia de custos operacionais (visto que muitos custos estão
relacionados ao cliente e não ao nível de vendas.);
• Ganhos vindos de clientes adicionais que seguiram indicações de
um cliente satisfeito; e
• Ganhos originados do preço adicional que as pessoas pagarão
por um serviço ou produto em que confiam.
Com certeza não há quem não tenha passado por um mau
atendimento. Todos sabem o quanto é desagradável e o quanto gera
insatisfação. No entanto, diariamente permitimos que situações assim ocorram
nas empresas. O mau atendimento, na maioria das vezes ocorre nos
pequenos detalhes no relacionamento do cliente com alguém da linha de frente
da empresa.
Por ser uma situação subjetiva, não costumamos dar a devida
importância considerando que tais situações sejam raras ou que não
aconteçam simultaneamente em sua empresa.
O cliente observa tudo, um simples gesto despercebido ou desconfiado,
um tom de voz irônico ou irritado, uma resposta incompleta ou mal dada, falta
de cortesia ou educação, demora o atendimento ou retorno a um segundo
pedido. Enfim, de suas observações nasce sua insatisfação.
Os clientes mal – atendidos sentem – se desprestigiados, impotentes,
desprezados, com raiva e ódio.
19
Um deslize na abordagem, um telefonema mal atendido ou uma
pergunta sem resposta são motivos mais do que suficientes para que o cliente
dê um “adeus”, sonoro ou não, e vá procurar o concorrente. E recuperar esse
cliente depois será quase impossível, considerando – se que pode ser muito
dispendioso conquistar um cliente por meio de propaganda e outros custos de
marketing. Além de perdê – lo para a concorrência, ele se torna um
multiplicador de informações negativas sobre a empresa.
Diversas pesquisas revelam que um cliente bem atendido multiplica
quatro a cinco vezes a informação, mas quando ele é mal atendido comunica
dez a doze vezes mais, por um período bem superior.
Os clientes mudam de fornecedor não por má produção, mas sim pela
precariedade na qualidade do atendimento prestado. Deve – se lembrar que a
perda de um cliente não significa a perda de uma única venda, significa sim
todo o relacionamento, durante sua vida útil com a empresa.
CAPÍTULO II
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Segundo Cobra (1993), afirma que os consumidores que hoje estão
dispostos a pagar um extra para terem suas necessidades básicas satisfeitas
de forma rápida e eficiente, ou seja, o cliente está disposto a pagar um preço
maior se a qualidade do atendimento satisfizer suas necessidades e superar
suas expectativas. Por outro lado, a realidade mostra que a maioria dos
clientes acredita que reclamar ou sugerir melhoria não trará nenhum benefício,
ninguém quer ouvir a respeito do problema deles. As empresas tampouco
possuem de meios que possam registrar as reclamações recebidas a fim de
evitar que se dispersem, buscando monitorar e programar ações corretivas
20
para sanar as deficiências do atendimento. Este impasse onde o consumidor
pode até pagar por um melhor atendimento, mas acha que não será ouvido,
onde as empresas não possuem um sistema para gerir as informações obtidas
pelo canal de comunicação aberta aos clientes, deixando espaço para as
empresas dispostas a investir um bom sistema para ouvir suas reclamações e
sugestões beneficiará a empresa que se mostrar simpática para o público e
ajudará a obter a preferência e fidelidade de compra dos clientes. Para que a
empresa administre qualidade do seu atendimento é necessário:
• Definir os padrões de atendimento;
• Monitorar através da implantação de um modelo operacional a
evolução do atendimento em relação aos padrões definidos
anteriormente;
O propósito da tentativa de atender às expectativas do cliente é
assegurar que o serviço possa ser separado e entregue de acordo com o
anseio do cliente. Se a operação atende às expectativas ou ainda melhor, às
excede, o cliente fica satisfeito com o serviço e consequentemente voltará a
usar o serviço, e ainda recomendarão.
Segundo Johnston e Clark (1997), se a percepção, a experiência do
serviço atende às expectativas do cliente, este ficará satisfeito e caso estas
expectativas sejam excedidas, o cliente ficará encantando. A satisfação do
cliente é uma relação entre o que ele viu (percebeu) e o que ele esperava ver
(expectativa). Percebe – se então que a expectativa e a percepção do cliente
são ferramentas fundamentais no processo de aquisição da satisfação do
cliente.
Segundo Almeida (1995), ter expectativa é como respirar; é uma ação
automática vinculada à natureza humana. Toda ação ou situação a ser vivida
no futuro é precedida de uma expectativa consciente ou inconsciente. Assim
como pensar, ter expectativas é uma prerrogativa do ser humano. Uma das
importantes diferenças entre o animal racional (homem) e o animal irracional é
que o primeiro tem visão de futuro e noção de passado; enquanto o outro vive
21
só o presente, o instante. Basta haver capacidade de ter visão de futuro, para
se ter expectativa.
Conforme o mesmo autor, percepção é a realidade sentida por uma
pessoa, é única, cada pessoa tem uma, a depender do ponto de vista de cada
um. A percepção que o cliente possui de uma empresa ou de um serviço
recebido pode ser positiva ou negativa de acordo com cada momento da
verdade que o cliente vivencia numa empresa, a percepção pode variar entre
fortemente positiva (encantamento) ou extremamente negativa (profunda
decepção).
Ainda de acordo com Almeida, fatores que influenciam na percepção e
nas expectativas dos clientes, tanto a percepção quanto as expectativas em
relação a um determinado serviço dependem de uma séria de fatores. A
influência, maior ou menor, de cada um deles está diretamente ligada à
vivência de cada cliente. Os seguintes fatores que influenciam e mais
importam são:
• Estrutura de personalidade: Há pessoas amargas, problemáticas,
difíceis de serem agradadas. Por outro lado, há pessoas doces,
com alto grau de tolerância. A estrutura da personalidade do
cliente influencia a percepção dele diante de um serviço recebido.
• Estado de espírito: Costuma – se dizer que é muito difícil
desagradar alguém que acaba de ganhar na loteria esportiva. De
modo geral, o estado de espírito de uma pessoa varia com o seu
estágio evolutivo, com as pressões do cotidiano, com os
problemas que tem a administrar; varia com o dia, e
eventualmente até com o momento de cada um.
• Informações armazenadas: O nível, o volume e a qualidade das
informações e experiências, que se vão acumulando durante o
passar do tempo, influenciam na percepção que as pessoas têm
sobre as coisas e as diversas situações do cotidiano.
22
• Experiência com outras empresas. Todo julgamento é relativo, é
comparativo. O cliente, quando julga, ou percebe a qualidade de
um serviço, ele o faz de forma comparada com experiências já
vividas em outras organizações. Logo, a experiência que o cliente
tem com outras empresas – concorrentes ou não – é
determinante no contexto da opinião pessoal.
• Experiência com a própria empresa: Se o cliente já teve uma
experiência com a empresa, portanto já experimentou um
determinado padrão de serviços naquela empresa, ele não aceita
recuos, ou seja, quando o cliente retorna, ele traz consigo um
padrão de serviço histórico, e isto vai influenciar o julgamento da
qualidade presente. São muito comuns os seguintes comentários:
“esta loja já teve um atendimento muito melhor” ou “a comida
deste restaurante não é mais a mesma.”.
1.1 O cliente
Os clientes são todos os envolvidos, de uma forma ou de outra, no
trabalho de uma pessoa.
Não podemos supor que sabemos quais são as necessidades de
nossos clientes e o que devemos fazer para que fiquem satisfeitos.
Devemos descobrir quais são as reais necessidades dele e trabalhar pró –
ativamente para atende – las.
Existem inúmeras maneiras de buscarmos informações sobre o cliente,
entre elas estão:
• Informação presencial: todo o contato pessoal pode gerar muitas
informações objetivas e subjetivas;
23
• Pesquisa de satisfação: são pesquisas focadas que visam a
obtenção de dados importantes sobre o comportamento do
cliente;
• Contato na linha de frente: todos os contatos realizados pelos
colaboradores da linha de frente, ou seja, desde a repecionista,
telefonista, motorista, entregador e todos que entram em contato
direto com o cliente, que em geral não são tão treinados para
este contato;
• Linhas especiais para o cliente: tais como telefone, SAC, e – mail,
caixa de sugestões, etc;
• Análise de sugestões e reclamações: onde os clientes deixam
suas opiniões a fim de que a empresa os ouçam e possam
melhorar ou manter seus serviços.
Deve – se pensar na hipótese de enxergar o cliente como um
consultor que da feedback, indica pontos para melhoria, dá opiniões e
sugere novos produtos e serviços, mas como na prática esse “consultor”
pode ajudar? O que de fato pode – se aprender com o cliente?
É importante saber quais são os motivos que levam o cliente a
comprar, assim estaremos mais próximos de suas expectativas.
Devemos também medir a importância que o cliente lhes oferece.
Ao saber exatamente o que o cliente quer, ou o que ele não quer, os
esforços passam a ser direcionados de uma maneira mais eficiente e
produtiva. A empresa torna – se mais segura em suas decisões e se
antecipa aos problemas. Posicionando – se para fazer as coisas
acontecerem ao invés de ser obrigado a regir às coisas que já estão
acontecendo.
24
E tudo isso pode levar a empresa a sobressair num ambiente
competitivo, realizando algo que seja revertido em resultados.
Deve – se ter em mente que todo problema com o cliente é uma
oportunidade de aprender coisas importantes. É uma oportunidade,
também, para iniciar um relacionamento: afinal, o melhor serviço que
pode – se prestar ao cliente é resolver o problema dele – resolver de
forma rápida e eficiente.
Considerar o cliente como um chato em potencial é um enorme
equívoco, sobretudo hoje em dia, quando é públicoe notório que o
cliente é o soberano absoluto. Se o cliente reclama, significa que está
tentando dar à empresa uma oportunidade de descobrir qual é o
problema da mesma.
Cabe à empresa, escutar os clientes e filtrar o que eles dizem. O
colaborador tem que ter muita segurança naquilo que faz e conhecer
muito bem como a organização funciona. Só assim conseguirá discernir
o que realmente poderá ou não agregar algum valor.
25
CONCLUSÃO
Atualmente sabemos que o mercado está cada vez mais competitivo e
agressivo em ações mercadológicas. Cada empresa tenta manter seu espaço
conquistado, desenvolvendo assim metodologias próprias na captação de
novos clientes.
Desta forma, deve haver comprometimento com tudo aquilo que possa
fidelizar e cativar novos clientes. As empresas competitivas e de sucesso
apontam para o diferencial no atendimento a clientes, então é preciso ter
disciplina e ser objetivo nessa relação. É um dever diferenciar – se da
concorrência através do atendimento personalizado e de qualidade superior.
Para tanto, não se fazem necessárias grandes estruturas, mas sim um
grande comprometimento com todo e qualquer cliente. A postura só será
diferenciada se houver a adesão de todos. Basta um deslize para que o ciclo
de informações positivas e formadoras de opinião junto ao cliente se desfaça.
26
É importante ver no cliente um amigo, alguém leal e disposto a acreditar
no serviço da empresa e isso somente ocorrerá quando ele estiver totalmente
encantado pela empresa.
É a qualidade no atendimento mensurada pelo cliente que fará o
diferencial na empresa, tornando – a referencia em produto, marca e o mais
importante em atendimento.
BIBLIOGRAFIA CITADA
BEE, Frances e Ronald. Fidelizar o cliente; tradução Edite Sciulli. São
Paulo: Nobel, 2000
ROSA, Silvana Goulart Machado. Encantando o cliente. 2 ed. Porto
Alegra: SEBRAE/RS, 2000
WHITELEY, Ricardo C. A empresa totalmente voltada para o cliente. 6
ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992
COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. São Paulo,
Cobra Editora de Marketing, 2003
CORRÊA, H. L. GIANESI, I. G. N. Administração estratégica de
serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994
DEMING, W. E. Qualidade: A revolução da administração. Rio de
Janeiro: Marques Saraiva, 1990.
27
FEIGENBAUM, A. V. Controle da qualidade total: gestão e sistemas.
Volume I São Paulo: Makron Books, 1994.
GRONROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços Tradução
da segunda edição por Arlete Simille Marques. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
ISHIKAWA, K. Controle da qualidade total: à maneira japonesa. Rio de
Janeiro: Campos LTDA, 1993
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - O conceito básico da qualidade 10
CAPÍTULO II - Satisfação do cliente 20