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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE AS LIÇÕES QUE LIXO TRAZ – EDUCAÇÃO AMBIENTAL PRÁTICAS DE EXERCÍCIO DE CIDADANIA. MARIA DE FÁTIMA DA SILVA LIMA ORIENTADOR (A) PROF. CELSO SÁNCHEZ PIRUCURUCA-PI 2007 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Na Escola temos um projeto ambiental: LIXOES QUE LIXO TRAZ, sendo que apresentaremos alguns trabalhos que são desenvolvidos para

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

AS LIÇÕES QUE LIXO TRAZ – EDUCAÇÃO

AMBIENTAL PRÁTICAS DE EXERCÍCIO DE CIDADANIA.

MARIA DE FÁTIMA DA SILVA LIMA

ORIENTADOR (A)

PROF. CELSO SÁNCHEZ

PIRUCURUCA-PI

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

AS LIÇÕES QUE LIXO TRAZ – EDUCAÇÃO

AMBIENTAL PRÁTICAS DE EXERCÍCIO DE CIDADANIA.

MARIA DE FÁTIMA DA SILVA LIMA

Trabalho monográfico apresentado

como requisito parcial para obtenção do

Grau de Especialista em Educação

Ambiental.

PIRUCURUCA-PI

2007

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Agradeço a Deus, minha família e meus

amigos, porque sem eles nunca chegaria a

ser o que sou hoje.

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Dedico ao meu noivo por ter me

incentivado a não abandonar o curso e ao

meu professor orientador pela gentileza de

ter aceitado meu humilde trabalho

monográfico

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Resumo

O lixo está presente no cotidiano das pessoas, tanto direta como indiretamente.

Desta maneira esta pesquisa monográfica tem por objetivo conhecer a educação

ambiental e em especial o tema “Lixo”. Trataremos da sua origem, estrutura e

pensamentos de alguns teóricos sobre a educação ambiental aplicada à esse tema muito

importante, sendo desenvolvido em vários cenários como a escola e a família de

estudantes de 5ª e 6ª séries do ensino fundamental. Antes de qualquer abordagem

procurou-se identificar como foi abordado o tema em sala de aula. No primeiro capitulo

falaremos sobre o lixo em si. Seguidamente o impacto dos resíduos da sociedade

humana desde a era antiga. No terceiro capítulo falaremos do interesse humano por uma

consciência sobre a relevância enorme que a educação ambiental tem sobre a nossa

sobrevivência no planeta, em especial o uso da reciclagem. E por último uma reflexão

sobre o trabalho aqui exposto.

Palavras-Chave: Educação Ambiental, Lixo, Reciclagem, Escola-Família,Consciência.

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Metodologia

A pesquisa realizada na Escola Publica: Monsenhor Benedito, zona urbana de

Piracuruca com realidade comum as demais escolas existente na cidade. A Escola

Municipal Monsenhor Benedito; estruturada com 11 salas de aulas e 33 turmas ,sendo

ensino fundamental nos turnos manhã ,tarde e Ensino Médio somente a noite .Na

escola há uma diretoria ,uma sala de professores ,sendo uma diretora e uma adjunta uma

secretaria,uma auxiliar de secretaria ,dois vigias ,duas zeladoras .Há uma sala de vídeo,

uma cantina ,um deposito ,três banheiros ,um pátio todos com razoáveis condições.

Esta escola foi construída em 1985, no governo de Hugo Napoleão, devido o

grande números de alunos, foi necessário ampliar a escola, construído mais seis salas de

aulas, exatamente para inicialmente o funcionamento do Ensino Fundamental.

Está localizada na principal avenida da cidade, centro de Piracuruca, tem carteiras

suficientes para todos os alunos, que variam de 30 a 35 alunos por turmas, tem quatros

de acrílicos e mesas para os professores. A equipe pedagógica da escola é composta de

30 professores e uma supervisora escolar na suas maioria os professores já licenciados

em suas áreas, outros com cursos de licenciatura para concluir, alguns poucos com pós-

graduação.

O publico alvo deste trabalho é os alunos de 5º e 6º series do Ensino Fundamental

adolescentes na faixa etária de 10, 11,12 13, anos de idade, maior parte dos alunos

provem da zona rural.

Para dar inicio ao trabalho de pesquisa foi feito uma reunião com a equipe de

diretoria e coordenação pedagógica para apresentação do projeto de pesquisa e da

posposta de trabalho a ser desenvolvida durante os próximos meses e saber se há

interesse da direção e do corpo docente da instituição de ensina em particular do

programa.

Após definida as metas é hora de distribuição de material didática para educadores

(apostilas com conceitos ambientais, textos de apoio e sugestões de atividades) e para

alunos (livretos contendo textos explicativos sobre meio ambiente e curiosidades a

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respeito do assunto, alem de ilustrações da separação dos resíduos dentro da escola e

reaproveitamento de papel e material descartáveis).

Foram realizadas 10 aulas (sendo cinco aulas teóricas e cinco aulas praticas) com

a finalidade de esclarecer duvidas orientações aos alunos para participarem da coleta

seletiva do lixo na escola e em casa, para reaproveitamento de papel, objetos

descartáveis. Importante ressaltar que foram realizadas palestras periódicas para o

esclarecimento de duvidas e trocas de experiências entre alunos e professores de

ciências e geografia.

Após aulas realizados os questionários e apresentação dos dados coletados. Foram

entrevistados 65 alunos, sendo 30 alunos da 5º serie e 35 da 6º séries. O questionário foi

apresentado em duas fases, sendo a primeira fase logo no inicio das atividades e

segunda no final do estudo do tema em sala de aula. E pudesse nota duas realidades

diferentes.

Na primeira entrevista os alunos respondeu de maneira tímida e sem muito

envolvimento com a temática, logo depois de feito todo estudo, levando as discussões e

análise da realidade da escola e de suas atitudes diárias em relação que diz respeito ao

lixo percebesse nova postura diante dos fatos. Isso fica evidente a necessidade do

trabalho de conceitos e fundamentos teóricos são necessários para um bom plano de

aula e não se faz um trabalho sem a teoria bem formulada, também não se deve

esquecer que é de grande valia aulas praticas envolventes, que estimule o aluno a

construir seu próprio conceito do seja lixo, reaproveitamento, reciclagem, material

descartável e assim por diante.

Coleta de dados

A coleta de dados realizou-se no período de agosto e setembro de 2007 e os

instrumentos utilizados foram os seguintes: entrevistas com alunos de ciência e

geografia de 5ª a 6º Séries do Ensino Fundamental da escola. Na entrevista foram

abordadas os seguintes itens: o aluno gosta das aulas de educação ambiental. Nas aulas

de educação ambiental a utilização dos textos inerentes a lixo? Qual sua concepção de

lixo. O assunto é de importância para você? Observação dos dados apresentadas - foi

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que gerou o tema das palestras e levantamento das atividades propostas pelos

professores sem desconsiderar, contudo, a observação das aulas realizadas bem como

as avaliações e trabalhos coletados ao longo da pesquisa.

Utilizou-se na coleta de dados a aplicação de um questionário, a fim de traçar-se

um perfil do aluno que estuda na escola e seu conhecimento em relação ao tema

proposto neste trabalho: lixo. Por fim, recorreu-se a algumas conversas informais com

as professoras. Estas foram se realizando a partir da necessidade que foi surgindo para

esclarecer alguns dados complementares.

Análise de dados

Na Escola:

A análise contempla os dados do cotidiano do aluno, focalizando as concepções

dos alunos sobre reciclar, reaproveitar e reduzir do material descartável produzido na

escola e em casa. .

Quais práticas efetivadas na construção dos conhecimentos ambientais em sala de

aula? Com esta hipótese que norteou todo o trabalho de pesquisa, bem como a coleta de

dados anteriormente descrita observou-se como os alunos têm se apropriado das

concepções conceituais para dar suas explicações um ensino produtivo competências e

habilidades.

Com base nos dados coletados analisou-se que no trabalho com Educação

Ambiental os professores parecem ter incorporado o trabalho “a partir de textos” e o

“trabalho com diferentes textos”, notou-se em seu trabalho uma série de textos mais

interessantes como charge, reportagens do dia-a-dia, tirinhas, letras de músicas, textos

literários que denotam a realidade histórica socio-cultural dos alunos.

Todos os professores e alunos reconhecem a importância do texto como unidade

de ensino/aprendizagem; base para formação de nova consciência ambiental. Suas

praticas metodológicas, no entanto, evidência distorções que desviam as aulas do

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objetivo efetivo que é o de oferecer aos alunos condições de um domínio efetivo, real,

amplo e seguro sobre Educação Ambiental e em especial ao tema proposto aqui

apresentado “Lixo”. Vejamos alguns destes aspectos:

A) a leitura e a escrita se restringem à análise e interpretação de texto, às vezes

nos aspectos sociais, econômicos, políticos, ambientais, como também resumos não

avançados rumo a uma análise na prática lingüística que auxilie o aluno a desenvolver

sua competência comunicativa.

B) Muitas vezes os textos têm servido como pretexto para os professores

continuarem com praticas tradicionais e de forma assistemática, sem dar aos alunos um

embasamento teórico que os leve a refletir sobre o tema e formularem um conceito

critico de sua realidade.

Todas as atividades estão descritas no roteiro apresentado abaixo. Este foi o

roteiro que elaborado inicialmente, mas como ainda não dispomos de tecnologias

apropriadas, o roteiro foi modificado, entretanto apresento o mesmo para conhecimento:

PROPOSTA DA AULA REALIZAÇÂO

1. PÁTIO COBERTO Mostrar a História em quadrinhos que trata sobre a questão ambiental. Imagens do trabalho produzido

APRESENTAÇÂO Na Escola temos um projeto ambiental: LIXOES QUE LIXO TRAZ, sendo que apresentaremos alguns trabalhos que são desenvolvidos para motivar os alunos a participarem do mesmo. ALUNO Nós transformamos a história em quadrinhos em lâminas que serão projetadas no retroprojetor, já que a escola não possui projetor de slides e gravamos os sons num gravador portátil

SALA DE AULA Os alunos separando o lixo na escola, cada um no lixeiro distinto.Lavar uma lata e deixar secar.Lavar uma bolsinha de plástico e colocar no varal para secar

Paródia: A solução pro nosso lixo eu vou dar Negócio bom assim ninguém viu Tá tudo pronto aqui é só o caminhão vir pegar É a solução pro lixo do Brasil

Refrão: Nós vamos separar (bis) Porque é tudo lixo, tá na hora agora juntos, Vamos nos reunir e separar papel do vidro Para reciclar, assim limpinho vamos deixar

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ALUNOS NO PÁTIO Alunos da 5ª série cuidando do pátio. Alunos da 6ª série no jardim.

APRESENTADOR Além de separar o lixo, cada turma cuida de um setor do pátio da escola.Aluno falando sobre o projeto de trabalho, identificando a turma e o que realizam.

EXT. PÁTIO - DIA

Cenas sobre a reciclagem do papel

APRESENTADOR A escola trabalha também com reciclagem de papel. PROFESSOR ORIENTADOR falando como é preparado o papel reciclado e para que serve.

Parceiros:

Professores/áreas que participam: Como é um projeto multidisciplinar todos os

professores participam e colaboram com o mesmo de muitas maneiras, conforme os

objetivos definidos.

· Setores da escola que participam: Todos os setores estão envolvidos.

· Setores da comunidade que participam: No projeto ambiental toda comunidade

participa, conforme o roteiro já apresentado.

Cronograma

1ª semana: Palestra: "O que fazer para que o mundo, em especial, a escola e a

comunidade e a escola não se tornem também um lixo?"

2ª semana: Definição de qual parte ambiental cada turma/série organizará.

3ª semana: Trabalho com reaproveitamento de papel a partir da separação dos

diversos tipos de resíduos sólidos.

4ª e 5ª semana: Montagem do roteiro das aulas teóricas com textos a serem lidos e

discutidos em sala. .

Levando a análise ao contexto familiar:

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Analisando a entrevista, realizaram-se um levantamento do perfil do aluno e

família, suas atitudes em casa sobre acondicionamento do lixo, relações com a saúde e

o ambiente se este não possuir tratamento adequado, para uma melhor qualidade de vida

da população. Foram entrevistados 65 alunos e suas distribuições por domicílios (Fig.

01). Mostra-se que a grande maioria das famílias possui três pessoas por domicílio, e

apenas duas famílias possuem mais de dez.

.

Figura 01-Número de Pessoas por Domicílio.

O acondicionamento utilizado pelos alunos em casa para o direcionamento do lixo

que será coletado, são sacos plásticos. A composição do lixo em sua grande maioria é

por papéis, vidros, trapos, cascas de legumes, frutas e verduras (Fig. 02). A coleta é feita

três vezes por semana pela prefeitura municipal. (Fig. 03). Pode-se perceber que o local

do depósito para coleta, em sua grande maioria é em frente a casa (Fig. 04). Observa-se

a necessidade de ministrar palestras, pois desce modo o lixo pode ser removido por

animais e chuvas.

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Figura 02-Componentes do lixo da população.

Legenda: T- trapos, P- papéis, V- vidros, C- cascas de legumes, verduras,

frutas, PL- plásticos, L- latas.

Figura 03-Coleta do lixo pela Prefeitura, por semana.

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Figura 04-Local onde o lixo é depositado para coleta.

Verificou-se que mais de 90% da população separa o lixo em seco e úmido

Figura 05-Significado de Coleta Seletiva.

Analisando os problemas que o lixo causa ao meio ambiente e a saúde pública,

percebemos que mais de 90% dos alunos sabe o que este causa a saúde pública (Fig.

06), e mais de 80% dos alunos sabe o impacto que o lixo causa sobre o solo.

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Figura 06 Problemas que o lixo causa a saúde.

A partir dos resultados das entrevistas, foram ministradas duas palestras

exclusivamente para os familiares, até o momento, sobre coleta seletiva e os problemas

que o lixo domiciliar podem causar à saúde pública e ao meio ambiente se este não tiver

tratamento adequado, relacionando com a importância da educação ambiental para a

melhor qualidade de vida da comunidade escola.

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Sumário

Introdução_________________________________________________________ 16

1. Conceitos e Classificação dos Tipos de Lixo ___________________________ 19

2. Breve Evolução Histórica sobre Desperdício____________________________ 23

3. O Papel do Homem na Contribuição Para Produção do Lixo_______________ 27

3.1 Busca Pela Consciência Ambiental___________________________ 27 3.1.1 Princípios Gerais da Educação Ambiental________________ 29

3.2 A Reciclagem____________________________________________ 31 3.2.1 Vantagens da Reciclagem____________________________ 32 3.2.2 Como Reciclar_____________________________________ 33

3.3 Coleta Seletiva___________________________________________ 34 3.3.1 Coleta de Lixo Reciclado_____________________________ 35

3.4 Lixoteca________________________________________________ 35

4. Conclusão ______________________________________________________ 37

Referências________________________________________________________ 39

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Introdução

A educação ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o

papel de elemento central de ensino-aprendizagem pretendido, participando ativamente

no diagnostica dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como

agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitude,

através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.

Considerando a importância da educação ambiental e a visão integrada do mundo,

no espaço, a escola devera oferecer meios efetivos para que o aluno compreenda os

fenômenos naturais, as ações do homem e suas conseqüências para consigo, para á

própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. È fundamental que cada aluno

desenvolva as potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sócias

construtivos, colaborando para construção de uma sociedade socialmente justa ,em um

ambiente saudável .

A geração e reaproveitamento (reciclagem, reutilização e redução) do lixo tornou-

se uma das principais preocupações mundiais .Isso ocorre devido ao crescimento no

consumo de produtos industriais ,aliados a elevada utilização dos matérias descartáveis

ao aumento populacional dos paises em desenvolvimento ,que se refletem no aumento

do volume de resíduos gerados.

Para auxiliar no processo de conscientização e sensibilização da comunidade

escolar em relação a essa problemática, a presente monografia que tem como titulo

central: As lições que lixo traz – Educação Ambiental Práticas de Exercício de

Cidadania.

O objetivo principal discutir e promover a Educação Ambiental orientando o

aluno sobre as mudanças que teve ocorrer nos padrões de comportamento pessoal para

construção de melhoria na qualidade de vida. Também é de incentiva o

reaproveitamento dos materiais descartáveis utilizados na escola e em casa procurando

traz para sala de aula um discurso aberta sobre o tema criando uma consciência

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ambiental, um exercício de cidadania no que diz respeito ao lixo produzido no dia a dia

dos nosso alunos. Orientar o aluno no sentido de cooperar, transformar e desenvolver

atitudes de cuidados com resíduos produzidos pelo coletivo.

Como docente das series do Ensino Fundamental Maior tenho constado juntos aos

professores de diferentes componentes curriculares descrédito e até mesmo uma

estigmatizarão por parte desses professores e alunos com relação às questões ambientais

em particular ao consumo e produção diária de lixo. Porém é sabido por todos dos

inúmeros esforços do MEC e secretarias na aplicação de fórmulas e praticas para

motivação da comunidade escolar explorar tal tema, mesmo que de forma esporádica

vem acontecendo de forma tímida é o que justifica alguns professores “fazendo sua

parte”.

Conversando com alguns alunos e professor tem notado a ineficácia de projetos

não sucedidos ou não realização de ações para fortalecimento de uma consciência

critica. O que nos remete a questionar: alunos estão sendo motivados a questionar sobre

questões ambientais? A escola desenvolve trabalhos no âmbito da Educação

Ambiental? Por que não se trabalha questão do lixo produzido na escola?

Na expectativa de responder estas indagações e outras inerentes ao assunto é que

me proponho a fazer este trabalho de investigação junto a alunos da quinta e sexta serei

do ensino fundamental da Escola Estadual Monsenhor Benedito, do município de

Piracuruca, estado do Piauí, e mostra com clareza a realidade dessa pesquisa.

A escola escolhida para elaboração e execução deste trabalho foi Escola Estadual

Monsenhor Benedito a preferência por esta escola se deve não-existência de uma

posposta de atividades e ações programadas na escola sobre o Lixo, falta de um

programa de Educação Ambiental com a temática, de subsídios teóricos e práticos para

o educando trabalhar a questão ambiental em sala de aula de forma interdisciplinar que

muito facilitaria o trabalho dos professores.

Implantar ações como: palestras, a escola estará facilitando aos alunos e

população uma compreensão fundamental dos problemas existentes e sua

responsabilidade e do seu papel critico como cidadão de uma comunidade.

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Desenvolvendo assim, as competências e valores que levem a repensar e avaliar de

outra maneira as suas atitudes diárias e a suas conseqüências no meio ambiente em que

vivem.

Este trabalho será importante, pois à medida que a comunidade escola obtém

conhecimentos e sensibilidade no processo de alerta com cuidados com o lixo que é o

primeiro passo para alcança o pensamento sistemático, o trabalho será desenvolvido nas

5º e 6º series do Ensino Fundamental, especificamente nas aulas de ciências e geografia,

sabemos que o conteúdo programáticos destas series abordam com ênfase as questões

ambientais e humanas, sem esquecer as dimensões dos temas transversais.

Formulados em capítulos sucintos, porem claros a dissertação será de bastante

valia para a comunidade acadêmica. Apresentam-se inicialmente uma citação do que

trata do conceito do que seja lixo e sua classificação seguindo de uma breve evolução

histórica sobre consumo e desperdício pratica de sociedade de consumo. Posteriormente

falaremos sobre o papel do homem na contribuição para produção do lixo e busca pela

conscientização de uma sociedade, mas justa e responsável pelo seu meio ambiente Por

fim apresentaremos analises e conclusão sobre a pesquisa com base no questionário

formulado, expõe-se considerações finais onde se reafirma os principais pontos estuda

os ao longo deste trabalho.

As anotações apresentadas foram extraídas de leituras realizadas compreendendo

também parte importante do processo da pesquisa, uma vez que o trabalho requer a

apresentação de um produto final baseado nas fontes de informações consultados.

Dividida em capítulos específicos com linguagem clara, porém de valor

sistemático, procura-se elaborar um trabalho rico em idéias e consistente tendo como

base fundamentação teórica de lavor relevante em seus vários aspectos, que será

apresentado ao longo deste trabalho detalhadamente.

Para finalizar, retomam-se proposições discutidas ao longo da pesquisa, que não

se pretende exaustiva em relação ao seu tema, mas apresentar algumas considerações a

respeito a que se chega com o desenvolvimento da pesquisa.

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1. Conceitos e classificação dos tipos de lixo

Resíduo ou lixo, é qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem

valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material

cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar.

O conceito de lixo pode ser considerado uma concepção humana, porque em

processos naturais não há lixo, apenas produtos inertes. Muito do lixo pode ser

reutilizado, através do reaproveitamento ou reciclagem, desde que adequadamente

tratado, gerando fonte de renda e empregos, além de contribuir contra a poluição

ambiental. Outros resíduos, por outro lado, não podem ser reutilizados de nenhuma

forma, como lixo hospitalar ou nuclear, por exemplo.

O termo lixo aplica-se geralmente para materiais no estado sólido. Líquidos ou

gases considerados inúteis ou supérfluos, são, enquanto isto, geralmente chamados de

resíduos (líquidos ou gasosos). Porém, os termos lixo e resíduos também podem ser

utilizados para descrever respectivamente fluidos e sólidos.

1.1 Tipos de lixo

Na concepção técnica o lixo, deve ser visto e analisado sob o prisma biológico,

assim lixo orgânico é todo lixo que tem origem animal ou vegetal, ou seja, que

recentemente fez parte de um ser vivo. Numa linguagem mais técnica e moderna,

abordaríamos os resíduos sólidos, sendo seu componente biológico a matéria orgânica,

mas da mesma forma oriundos dos seres vivos, animais e vegetais. Neles pode-se incluir

restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, papéis, madeira, etc.

Mesmo na atualidade esse tipo de lixo é considerado poluente e, quando

acumulado, o lixo orgânico muitas vezes pode tornar-se altamente inatrativo, mal-

cheiroso, em geral devido à decomposição destes produtos. Mas, caso não haja um

mínimo de cuidado com o armazenamento desses resíduos cria-se um ambiente propício

ao desenvolvimento de microorganismos que muitas vezes podem ser agentes que

podem causar doenças. Lixo orgânico pode ser decomposto.

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O principal componente do lixo orgânico é o lixo humano, composto pelos

resíduos produzidos pelo corpo humano, tais como fezes e urina. O lixo humano pode

ser altamente perigoso, uma vez que pode abrigar e transmitir com facilidade uma

grande variedade de vermes, bactérias, fungos e vírus causadores de doenças. Uma

realização primária da civilização humana tem sido a redução da transmissão de

doenças através do lixo humano, graças à higiene e o saneamento básico. O lixo

orgânico pode ser seletivizado e usado como adubo (a partir da compostagem) ou

utilizado para a produção de certos combustíveis como biogás, que é rico em metano (a

partir da biogasificaçã

Resíduos inorgânico inclui todo material que não possui origem biológica, ou que

foi produzida através de meios humanos, como plásticos, metais e ligas, vidro, etc.

Considerando a conformação da natureza, os materiais inorgânicos são representados

pelos minerais.

Muito do lixo inorgânico possui um grande problema: quando jogado diretamente

no meio ambiente, sem tratamento prévio, demora muito tempo para ser decomposto. O

plástico por exemplo, é constituído por uma complexa estrutura de moléculas

fortemente ligadas entre si, o que torna difícil a sua degradação e posterior digestão por

agentes decompositores (primariamente bactérias). Para solucionar este problema,

diversos produtos inorgânicos são biodegradáveis.

Resíduos urbanos, também conhecidos como lixo doméstico, são aqueles

gerados nas residências, no comércio ou em outras atividades desenvolvidas nas

cidades. Incluem-se neles os resíduos dos logradouros públicos, como ruas e praças,

denominado lixo de varrição ou público. Nestes resíduos encontram-se: papel, papelão,

vidro, latas, plásticos, trapos, folhas, galhos e terra, restos de alimentos, madeira e todos

os outros detritos apresentados à coleta nas portas das casas pelos habitantes das cidades

ou lançados nas ruas.

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Alguns lixos são tóxico. Lixo tóxico inclui pilhas e baterias, que contém ácidos e

metais pesados em sua composição, certos tipos de tinta (como aquela usada nas

impressoras), além de rejeitos industriais. Lixo tóxico precisa receber tratamento

adequado, ou pode causar sérios danos ambientais e/ou à saúde de muitas pessoas. Lixo

altamente tóxico:Lixo nuclear e hospitalar entram neste quesito. Estes produtos

precisam receber tratamento especial, ou podem causar sérios danos ambientais e/ou à

saúde de muitas pessoas. Lixo altamente tóxico deve ser isolado, enquanto lixo

hospitalar deve ser incinerado.

Resíduo hospitalar: é a classificação dada à produtos sem valor e considerados

perigosos produzidos dentro de um hospital, como seringas usadas, aventais, etc. Por

serem perigosos, podendo conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é

separado do restante produzido dentro do hospital (restos de comida, etc), e é

geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que

mantiveram constante contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X,

são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é

considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.

Lixo nuclear: composto por produtos altamente radioativos, como restos de

combustível nuclear, produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade

(aventais, papéis, etc), enfim, qualquer material que teve exposição prolongada à

radioatividade e que possue algum grau de

Segundo Fernando Antônio Wolmer, Engenheiro da área de resíduos sólidos

domiciliares de serviços de saúde da CETESB, em São Paulo. Uma classificação mais

simplificada pode ser estabelecida simplesmente para a população identificar mais

facilmente os resíduos:

Lixo comum: Resíduos gerados comumente pela população, como papéis,

embalagens de plástico, metais ou vidro, restos de alimentos, tecidos, etc O lixo comum

pode conter resíduos das três diferentes classes de periculosidade.

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Lixo especial: Os resíduos especiais são aqueles gerados em indústrias ou em

serviços de saúde, como hospitais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo

que representam à saúde pública e ao meio ambiente, exigem maior cuidados.

Aqueles que necessitam de coleta ou destino diferenciados, pois podem causar

tanto impactos ambientais como problemas para a saúde pública. Exemplos: Entulhos e

resíduos perigosos.

“Em todas as fontes geradoras podem existir diferentes tipos de resíduos. Por

exemplo, em uma residência podem ser gerados tanto resíduos comuns como resíduos

perigosos. Portanto, é fundamental que cada resíduo seja identificado e separado

corretamente para que tenha identificado e separado corretamente para Como classificar

o lixo”. Fernando Antônio Wolmer.

Conclui-se que são várias as formas possíveis de se classificar o lixo:

• Por sua natureza física: seco e molhado

• Por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica

• Pelos riscos potenciais ao meio ambiente

• Perigosos, não-inertes (NBR-100004)

Normalmente, os resíduos são definidos segundo sua origem e classificados de

acordo com o seu risco em relação ao homem e ao meio ambiente em resíduos urbanos

e resíduos especiais.

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2. Breve evolução histórica sobre desperdício

Os habitantes de Roma, a primeira metrópole européia já enfrentava problemas

com seu lixo e esgotos. Tudo que era possível e impossível era lançado nos rios e

mares.

Devido aos primeiros núcleos urbanos que sempre ficavam próximos da água e

em regiões planas para plantio, locais onde a natureza poderia beneficiar ao homem.

Porém estas regiões tornaram-se propícia ao consumo de matérias-primas, e as

alterações realizadas pelo homem. Com isso, houve a produção de lixo, mas naquele

tempo a natureza dava conta de tal poluição.

Na Idade Média o número de pessoas em regiões urbanizadas aumentou

consideravelmente, com isso, as cidades ficaram estagnadas não havia esgoto, o lixo se

acumulava em ruas estreitas, isso era um ambiente propício para a proliferação de ratos

e a manifestação de doenças e epidemias. A mais grave foi a Peste Negra, que entre

1347 e 1351 causou 25 milhões de mortes cerca de um terço da população européia.

Com o descobrimento e conquista do novo mundo, iniciou-se à destruição pelos

colonizadores que tinham como objetivo a extração desenfreada de minerais e madeiras

nobres.

O ambiente urbano é um dos mais poluídos, nela ocorrem vários tipos de

poluição: sonora, visual, atmosférica, lixo, esgoto, etc.

A velocidade do crescimento populacional e urbano muitas vezes sem

planejamento (sobretudo nos países subdesenvolvidos), ao lado da escassez de recursos

legais (leis de proteção ao meio ambiente). Uma das principais poluições que causam

grande degradação ao meio ambiente e ameaça ao ser humano é o lixo urbano. Poucas

cidades dispõem de aterros sanitários apropriados e raríssimas são as que possuem

usinas de tratamento. Diante da escassez cada vez maior de locais apropriados (aterros)

para a colocação de montanhas de lixos geradas diariamente nas cidades. Muitos destes

lixões são fonte de consumo para muitas pessoas, famílias inteiras, como coletores de

materiais para reciclagem e para consumo alimentar.

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Para Georgeta de Oliveira Gonçalves, Educadora em Educação Ambiental da

Prefeitura de São Sebastião, o lixo causa problemas há séculos:

“No passado, as epidemias de cólera, tifo,

febre amarela, eram os problemas mais sérios, e só

no início do séc. XX é que essas epidemias foram

comprovadamente associadas ao lixo”. esclarece

GEORGETE DE OLIVEIRA, (Revista Mundo

Jovem-maio de 2007).

Fernando Antônio Wolmer, Engenheiro da área de resíduos sólidos domiciliares

de serviços de saúde da CETESB, em São Paulo, atribui ao lixo acumulado a céu aberto

a culpa pelos grandes problemas causados ao meio ambiente e à saúde, pois estes

costumam atrair e proliferar vetores, como moscas, baratas, ratos, etc., que podem trazer

muitas doenças:

“A maioria das especies prolifera pela

quantidade de alimentos, como o rato, urubus,por

exemplo, que não procria se não tiver alimento. Mas

todos os dias as pessoas levam restos de comida,

caixas e outros objetos que servem de abrigo, latas

que acumulam água, e isso acaba ajudando na

proliferação desses vetores”, declara FERNANDO

ANTONIO WOLMER(folha de São Paulo,maio de

2006)

Esses lixões acumulam lixos de vários lugares agravando a situação dessas

pessoas, são lixos hospitalares, podendo haver contaminação com agulhas, remédios

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vencidos que se utilizados poderão causar vários danos a saúde, além de lixos tóxico

como a contaminação de pilhas e baterias que contenham metais pesados como o

chumbo, mercúrio e cádmio em seus produtos. estima-se que cada bateria ou pilha

depositada de forma inadequada contamine uma área de um metro quadrado. Metais

pesados como chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos podem provocar graves

doenças neurológicas, além de afetar a condição motora. Milhares de pilhas são jogadas

nos lixos domésticos de celulares, brinquedos, lanternas, equipamentos eletrônicos e

elétricos. Além disso, contaminam rios e lençóis freáticos. O Brasil não tem uma

política pública que oriente o consumidor quando a toxicidade e a necessidade de

separação desse lixo.

O Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da

quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de

uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados existir, mais lixo é

produzido, como embalagens, garrafas.Em torno de 88% do lixo doméstico brasileiro

vai para o aterro sanitário. A fermentação gera dois produtos: o chorume e o gás metan.

Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Isso acontece porque reciclar é 15

vezes mais caro do que simplesmente jogar o lixo em aterros. A título de comparação, o

percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de 40%.

A reaproveitamento é uma saída para amenizar a quantidade de lixo produzida

por cada pessoa. Ela já é empregada em muitas cidades do mundo desenvolvidos e

subdesenvolvidos, consiste na separação (seleção)e recuperação dos diferentes tipos de

materiais orgânicos e inorgânicos (vidros, papel, plástico, metal, etc.). A seleção e a

recuperação do lixo urbano no mundo, principalmente em países desenvolvidos já é

prática rotineira e generalizada.

No Brasil, uma das principais experiências de coleta seletiva de lixo urbano foi

implantada no Bairro de São Francisco em Niterói (RJ) em 1987. Na cidade de São

Paulo, a coleta selecionada foi introduzida inicialmente no bairro de Vila Madalena, em

1989. Grorgeta de Oliveira Gonçalves(Revista Mundo Jovem –maio de 2007).

Contextualização e contemporaneidade são fundamentais no que tange uma

sociedade discernir suas necessidades e seus rumos. Hoje, diferentemente da época de

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nossos antepassados, percebemos que moramos num mundo finito e ameaçado. A

capacidade do planeta de manter a vida humana diminui rapidamente. Novas atitudes

são necessárias. A escola possui papel fundamental por colaborar decisivamente na

formação do cidadão de amanhã.

A educação ambiental passa a se constituir em matéria imprescindível na

formação de nossas crianças, sob o risco de continuarmos a ver a continuidade das

agressões ambientais, comuns em nosso meio.embora haja circunstâncias ligadas ao

meio ambiente em escala global, na prática há duas linhas as quais devemos dar maior

atenção:

• A formação de alunos participativos em seus meios escolar e familiar;

• A fortalecimento de atitudes diárias para melhoria da condição de vida de cada

cidadão.

O lixo por ser produzido por todas as pessoas indistintamente e se constituir em

grande problema a nível global e local.

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3. O papel do atual homem na contribuição para produção do lixo

3.1 Busca pela Consciência Ambiental

O lixo tem se tornado uma preocupação crescente de alguns anos para cá. Hoje,

fala-se muito mais em conscientização e educação ambiental, justamente porque o

acúmulo de lixo vem aumentando e trazendo conseqüências cada vez mais desastrosas

ao meio ambiente e à saúde pública. Até o início do séc. XX existia uma harmonia

“simbólica” entre o ser humano e a natureza, uma vez que todo o lixo gerado – que era

composto basicamente de materiais orgânicos, como restos de alimentos, excrementos

de animais e outros – era absorvido pela natureza, cumprindo um ciclo onde não existia

o excesso e tinha-se uma idéia de que a natureza nuca acabaria. A vida moderna,

marcada pela industrialização e enorme concentração de pessoas nas grandes cidades,

conseqüência da globalização, trouxe consigo a produção de lixo, que de tão constante e

desenfreada, se tornou um problema.

Esses rejeitos, que são os resultados daquilo que são retirados da natureza e que

depois, transformados, não conseguem mais retornar ao ciclo, acumulam-se e tornam-se

uma perigosa fonte de doenças e de contaminação para o meio ambiente.

Como a produção de lixo não pára de crescer, pois sua geração globalizada

aumenta no mesmo ritmo em que aumenta o consumo. Algumas iniciativas começaram

a ser tomadas para tentar controlar os prejuízos, e nesse sentido muitos documentos

ambientais apontam 3 PASSOS BÁSICOS batizados de 3 Rs, que devem ser seguidos

na seguinte ordem: redução no consumo e no desperdício, reutilização de produtos, e

reciclagem de materiais. Para a bióloga e educadora ambiental Patrícia Blauth, é

preciso modificar os hábitos por meio da conscientização, evitar usar tudo aquilo que

causa danos ao meio ambiente:

“Considerando a lenta degradação dos

resíduos, o lixo vai ocupando rapidamente todo o

espaço disponível. Em pouco tempo não caberá mais

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lixo nos nossos aterros, e a cidade não possui onde

despejar o lixo gerado”, afirma Patrícia (Ciências

Hoje Para Crianças, abril de 1998)

Wolmer, por sua vez, acredita que as pessoas estão caminhando nessa questão da

educação ambiental, e cita:

“Na Europa, por exemplo, se voltou a usar

garrafa de vidro ao invés de garrafa de pet, que não

tem retorno”. Ele defende também a reciclagem,

mas diz que “a gente também não pode falar recicle,

recicle, recicle, porque eu acho que o certo é tentar

diminuir a produção de lixo, necessitamos de

estratégias inovadoras para evitar que o planeta se

transforme num lixão”.

Existe, ainda, um caminho longo para resolver essa questão do lixo, e que

depende da iniciativa de muitos, pois, como acredita Georgeta Oliveiera, são várias as

dificuldades ao se lidar com o lixo, como declara a seguir:

“Mídia insana, povo desinformado, escola

ruim, governo federal que acha que meio ambiente é

perfumaria e aceita pneus de outros países, acha

energia nuclear segura, estimula transgênicos, etc. O

primeiro passo para criar maneiras apropriadas de se

cuidar do lixo é a conscientização, as pessoas

entenderem que lixo é um problema” (Mundo

Estranho, 2002).

A reciclagem é, além de uma possibilidade de diminuição de estragos ao

ambiente, uma prática redutora de gastos públicos, ao mesmo tempo em que aumenta as

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oportunidades de empregos e mais uma alternativa energética. As Prefeituras gastariam

menos com aterros sanitários, já que empresas administrariam o tratamento de detritos.

A professora Patrícia Blauth acredita que é fundamental apostar na educação. É

preciso que as pessoas entendam a fragilidade do meio ambiente e o tratem com

respeito e não com desprezo como é tratado atualmente. E comecem também a exigir

mudanças nas instâncias políticas, pois mesmo que existam leis a serem aprovadas, os

órgãos públicos ligados ao meio ambiente são ineficazes.

A escola é o espaço e o local que provavelmente iniciará ao processo de

socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a

sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser

aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de

cidadãos responsáveis. Para isso a Educação ambiental deve ser abordada de forma

sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da

dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e

das atividades escolares.

Considerando a Educação ambiental um processo continuo e cíclico,o método

utilizado pela programa de Educação ambiental para desenvolver os projetos e os cursos

capacitação de professores conjuga Os Princípios Gerais Básicos da Educação

Ambiental (Smith,apud Sato,1995):

3.1.1 Princípios Gerais da Educação Ambiental:

ü Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento

sistemático;

ü Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os

sistemas naturais;

ü Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principio protagonista;

ü Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;

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ü Cidadania: participar ativamente e resgatar direito e promover ema nova ética capaz

de conciliar o ambiente e a sociedade.

Mais de 50% do que chamamos lixo e que formará os chamados "lixões" é

composto de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. O lixo é caro, gasta

energia, leva tempo para decompor e demanda muito espaço. Mas o lixo só

permanecerá um problema se não dermos a ele um tratamento adequado. Por mais

complexa e sofisticada que seja uma sociedade, ela faz parte da natureza. É preciso

rever os valores que estão norteando o nosso modelo de desenvolvimento e, antes de se

falar em lixo, é preciso reciclar nosso modo de viver, produzir, consumir e descartar.

Qualquer iniciativa neste sentido deverá absorver praticar e divulgar os conceitos

complementares de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM.

REDUZIR Pode reduzir significativamente a quantidade de lixo quando se

consome menos de maneira mais eficiente, sempre racionalizando o uso de materiais e

de produtos no nosso dia a dia. A título de exemplo, é possível editar e revisar

documentos na tela do computador, antes de recorrer a cópias impressas; obter

fotocópias em frente e verso; publicar informativos mensais ou semanais ao invés de

produzir diversos memorandos; usar quadros de avisos para leitura coletiva, em

substituição a circulares; omitir envelopes para correspondências internas; usar mais

eficientemente os materiais de nosso cotidiano, como pilhas, pastas de dentifrício,

sapatos, roupas, etc. Uma observação considerável: os restaurantes que servem “comida

a quilo” estão fazendo o maior sucesso: o mínimo desperdício possível.

REUTILIZAR O desperdício é uma forma irracional de utilizar os recursos e

diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados, podendo ser

usados na função original ou criando novas formas de utilização. Exemplificando:

podemos utilizar os dois lados do papel, confeccionar blocos para rascunhos com papel

escritos ou impressos em apenas um dos lados; reutilizar envelopes e clipes; reutilizar

latas, sacos e embalagens plásticas para vasilhames, produção de mudas e até mesmo

brinquedos; triturar restos de materiais e entulhos de construção para reutilizá-los em

construções simples.

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RECICLAR é o termo usado quando é re-feito, por industrias especializadas, o

produto de origem industrial, artesanal e agrícola, que foi usado e descartado ao fim de

seu ciclo de produção e utilização. A reciclagem vêm sendo mais usada a partir de 1970,

quando se acentuou a preocupação ambiental, em função do racionamento de matérias-

primas. É importante que as empresas se convençam não ser mais possível desperdiçar e

acumular de forma poluente materiais potencialmente recicláveis.

Como afirmou Lavoisier (1743-1794), “na natureza nada se perde, nada se cria; tudo

se transforma.

3.2 A Reciclagem

Aqui colocar um subitem “A reciclagem” é, além de uma possibilidade de

diminuição de estragos ao ambiente, uma prática redutora de gastos públicos, ao mesmo

tempo em que aumenta as oportunidades de empregos e mais uma alternativa

energética. As Prefeituras gastariam menos com aterros sanitários, já que empresas

administrariam o tratamento de detritos.

A professora Patrícia Blauth acredita que é fundamental apostar na educação. É

preciso que as pessoas entendam a fragilidade do meio ambiente e o tratem com

respeito e não com desprezo como é tratado atualmente. E comecem também a exigir

mudanças nas instâncias políticas, pois mesmo que existam leis a serem aprovadas, os

órgãos públicos ligados ao meio ambiente são ineficazes.

Reciclagem é o retorno da matéria-prima ao ciclo de produção do qual foi

descartado. O termo, porém, já vem sendo usado popularmente para designar o conjunto

de técnicas envolvidas nesse processo: a coleta dos materiais que se tornariam lixo (ou

que já estão no lixo), a separação desses materiais e o seu processamento. O vocábulo

surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas

com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar

ganhou importância estratégica.

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A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta.

Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais

favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma

consciência ambientalista. O consumidor pode auxiliar no processo de reciclagem das

empresas. Se separarmos todo o lixo produzido em residências, impedimos que a sucata

se misture aos restos de alimentos, o que facilita seu reaproveitamento pelas indústrias.

Dessa forma, evitamos também a poluição.

Nos países desenvolvidos como França e Alemanha, a iniciativa privada é

encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo

destino dos detritos e o consumidor também tem que fazer a sua parte. Quando uma

pessoa vai comprar uma pilha nova, por exemplo, é preciso entregar a pilha usada.

Wolmer, por sua vez, acredita que as pessoas estão caminhando nessa questão da

educação ambiental, e cita:

“Na Europa, por exemplo, se voltou a usar

garrafa de vidro ao invés de garrafa de pet, que não

tem retorno”. Ele defende também a reciclagem,

mas diz que “a gente também não pode falar recicle,

recicle, recicle, porque eu acho que o certo é tentar

diminuir a produção de lixo, necessitamos de

estratégias inovadoras para evitar que o planeta se

transforme num lixão”.

3.2.1 Vantagens da reciclagem:

• Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo evita que uma árvore

seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e

imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.

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• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo

cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita. Quantas latinhas de refrigerante você

já jogou fora até hoje? Saiba também que uma lata de alumínio leva de 80 a 100

anos para decompor-se.

• Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a

grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes. Em

compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar 1 milhão de anos

para decompor-se.

• A reciclagem favorece a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito

de separar o lixo dificilmente o joga nas vias públicas.

• A reciclagem gera renda pela comercialização do material a ser reciclado.

• A reciclagem dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma

forma concreta. Assim, as pessoas se sentem mais responsáveis pelo lixo que

geram.

3.2.2 Como Reciclar

Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação

do meio ambiente. (veja o que é coleta seletiva no item seguinte).

Passo a passo:

1. Procure o programa organizado de coleta de sua instituição, entidade assistencial

ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição

recebe, afinal, não adianta separar plástico se a entidade só recebe papel.

2. Para uma coleta ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis. Entre os

recicláveis, separe papel, metal, vidro e plástico.

3. Veja exemplos de materiais recicláveis:

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a. Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas,

papelão,

b. Vidros: garrafas, copos, recipientes.

c. Metal: latas de aço e de alumínio, clipes, grampos de papel e de cabelo,

papel alumínio.

d. Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de

material de limpeza e de alimentos, sacos.

4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os materiais

recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os

resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode

diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As

caixas devem ser guardadas desmontadas.

3.3 Coleta Seletiva

É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis,

plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes

materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.

As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de

entrega voluntária, em postos de troca e por catadores.

A coleta seletiva domiciliar assemelha-se ao procedimento clássico de coleta

normal de lixo. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e

horários específicos que não coincidam com a coleta normal.

A coleta em PEV (Postos de Entrega Voluntária) ou em LEV (Locais de Entrega

Voluntária) utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados em

pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis.

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A modalidade de coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material

entregue por algum bem ou benefício.

O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos

para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a

participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de

administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os

recicláveis.

Existem diversos tipos de materiais que podem ser reciclados. No entanto, é

preciso tomar cuidado porque, em muitos casos, esses materiais apresentam derivações

que não são recicláveis. Por exemplo: o papel, em geral, pode ser reciclado. Mas aquele

papel de etiquetas e de fotografias não pode ser reaproveitado.Os objetos reciclados não

serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo: garrafas recicláveis não serão

transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.

3.3.1 Coletores de lixo reciclável

É de suma importância que a escola conte em lugar bastante visível e de destaque,

com coletores para destinação do lixo reciclável.

É inevitável que sejam levantadas questões, principalmente quanto ao fato da

maioria dos municípios não possuir um sistema de coleta seletivo. – Problema? Não! A

sociedade funciona como um todo dinâmico. O fato de a escola desenvolver este

programa servirá como elemento que gerará uma maior consciência na comunidade

resultando na necessidade das autoridades encaminharem medidas adequadas.

3.4 Lixoteca

Coleção de diferentes materiais em que o educador poderá dispor como recurso

didático para trabalhar diferentes tópicos, tais como, os 3Rs (redução, reutilização,

reciclagem), manejo e encaminhamento do lixo, hábitos de consumo e lixo, lixo e

matéria prima, lixo e meio ambiente, matéria prima e meio ambiente, etc.

A existência de um programa de compostagem, dos coletores de lixo reciclável e da

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lixoteca, permitirá o desenvolvimento de uma gama completa de enfoques relacionados

ao tema.

Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por

exemplo: garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em

outros materiais, como solados de sapato.

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5. Conclusão

Educação Ambiental, preservação da natureza, tratamento do lixo responsável,

são temas que aparecem na agenda da sociedade brasileira e mundial com a urgência

espantosa de um planeta que não, mas suporta o ritmo de exploração que o homem

impõe a ele. Já não, mas se trata de uma mera vontade de ambientalistas ou de

naturalistas, mas uma necessidade de todas as pessoas. E neste sentido que o presente

trabalho foi realizado, este é um tema transversal, por conseguinte, trabalho em todas as

atividades e as ações: palestras, visitas as residências , demonstração de dados coletados

e possível construir outras relações com o lixo.

A inserção deste trabalho dentro da realidade da extensão escola e família,

articulada com as unidades do campo acadêmico (pós-graduação) tanto no que diz

respeito a pesquisa quando a exposição de dados ,quanto apropria dinâmicas das aulas

realizadas durante este trabalho,orienta para formação de alunos mais conscientes de seu

papel como pessoas que respeitam seu ambiente e suas vidas,é neste sentido que

buscou-se a realização deste trabalho como caminho para melhoria os processo âmbitos

ambientais dentro da escola e comunidade no que diz respeito no próprio tratamento dos

resíduos .

Nos últimos anos, presenciamos tentativas frutadas de trabalhar questões

ambientais em sala de aula, principalmente pelos professores não licenciados em

Ciências Biológicas. Com os novos Parâmetros Curriculares Nacionais, Meio

Ambientes passou a ser tema transversal e com isso aumentou a expectativa por parte

dos professores de fazer a transdisciplinaridade.

O primeiro obstáculo foi trabalhar os conceitos de Educação Ambiental. Antes,

pensava-se que apenas os profissionais licenciados em Ciências Biológicas poderiam

trabalhar esses temas em sala de aula. Acreditavam que a relação entre a produção de

lixo relacionava-se apenas com ambiente fora da escola. Contudo, a própria definição

Educação Ambiental e suas ações com consideração aspectos sociais, econômicos,

históricos e até mesmo culturais; abriu a discussão para dentro da escola. Além disso,

pensava-se em constituir Meio Ambiente como uma disciplina a mais para nosso

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currículo, sendo necessariamente descartada esta hipótese e associada aos temas

transversais.

A separação do lixo dentro da escola ocorre de forma simplificada ,basta depositar

os resíduos úmidos e sacos em seus respectivos containeres.O material reaproveitado é

coletado é encaminhado para associação de artesão da cidade de Piracuruca

O material orgânico,que não é reciclado e nem reaproveitado devido a não

existência de usinas de compostagem na região ,é encaminhado para aterros e contua

sob responsabilidade da prefeitura..

O que, mas chama atenção este trabalho é uma integração entre o conhecimento e

a emoção, despertando uma reflexão entre a teoria e a prática. Não podíamos mais ficar

omissos, era necessário um trabalho para resgatar valores humanos como solidariedade,

ética, respeito pela vida, responsabilidade, honestidade, amizade, entre outros.

Atualmente, vivemos num ambiente onde a natureza é profundamente agredida.

Toneladas de matérias-prima, provenientes dos mais diferentes lugares do planeta, são

industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente

chamados lixo. E Lixo é basicamente todo e qualquer material descartado, proveniente

das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas

uma pequena parte da montanha gerada todos os dias, composta pelos resíduos de

outros setores. Os diferentes tipos de lixo se classificam de acordo com sua origem

Através de atividades e ações programadas, objetivamos promover a

sensibilização da comunidade escolar sobre a importância de reconhecer que o lixo

como parte do nosso cotidiano e busca pela convivência respeitável com o meio

ambiente.

Educação Ambiental destaca-se como tema transversal que permeia todas as

ações, onde o respeito e o cuidado com ávida e natureza são fundamentais,

compreendendo alunos como sujeitos transformadores da realidade.

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Referências

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2002.217p;30cm

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Nacionais: Meio Ambiente Saúde/Educação Fundamental. Brasília: 1997:128

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/Genebaldo Freire Dias -8. Ed. São Paulo: Gaia, 2003.

• INSTITUDO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA – IBGE;

• Meio Ambiente e Trabalho / [coordenação do projeto Francisco José Carvalho

Masco, Diogo Joel Demarco, Luna Kalii]. - São Paulo: Uni trabalho - Fundação

Interuniversitária dos Estudos e Pesquisas sobre o meio ambiente; Brasília, DF:

Ministério da Educação. SECAD - Secretaria de Educação Continuada

Alfabetização e Diversidade, 2007

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