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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A ORGANIZAÇÃO DE CANTOS DIVERSIFICADOS COMO ESTRATÉGIA DE BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL. POR: ANA LUIZA DA COSTA ORIENTADOR: VILSON SERGIO SANTOS 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · O que precisamos saber e acreditar que qualquer atividade desenvolvida ... replanejando suas ... planejamento e na discussão em

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ORGANIZAÇÃO DE CANTOS DIVERSIFICADOS COMO ESTRATÉGIA

DE BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

POR: ANA LUIZA DA COSTA

ORIENTADOR: VILSON SERGIO

SANTOS

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ORGANIZAÇÃ0O DE CANTOS DIVERSIFICADOS COMO ESTRATÉGIA

DE BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada – Universidade Candido Mendes

como requisito parcial para obtenção de grau

De especialista em Orientação Educacional e

Pedagógica.

Por: Ana Luiza da Costa

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos Professores e Tutores que

com nobreza, competência e compreensão

me orientou para a realização desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de pesquisa a meu

esposo Luiz Roberto que me encorajou.

e também a Instituição de Ensino em

qual atua e pude contribuir para o

desenvolvimento e realização de toda

esta pesquisa.

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METODOLOGIA

Está proposta delimita-se numa escola de ensino infantil de rede

particular na cidade de santos – SP a proposta já é trabalhada na instituição

desde o ano de 2010. Após varias capacitações e pesquisa realizada pela

Coordenadora Pedagógica – Ana Luiza da Costa autora desta monografia.

A proposta é desenvolvida com cerca de (163 alunos de 02 a 05 anos e

11 meses). Com avaliação e supervisão da equipe técnica composta pela

Coordenadora, Diretora e Psicóloga. Tendo por objetivo de orientar para as

supostas modificações da organização do espaço físico, objetos a ser

utilizados na montagem de funcionalismo da organização do espaço do

brincar.

Após varias capacitações, estudo, observações da rotina antiga,

amostragem de vídeo de outras instituições escolares, pontuamos os fatores

positivos e negativos da nova atuação e reuniões informativas sobre o atual

tema. Foi aplicado um questionário para as educadoras contendo as

seguintes perguntas:

1º Qual a sua primeira postura diante desta nova proposta?

2º Descreva como deve ser organizado os cantos diversificados da sua sala?

3º Quais materiais utilizados para o desenvolvimento desta proposta?

4º Como é preparada a rotina da sala para esta realização, das atividades dos

cantos diversificados?

5º Qual é a duvida dos pais da sua sala diante do brincar como método de

ensino e aprendizagem?

6º Como os alunos se comportam diante dos cantos?

Após os questionamentos e esclarecimentos nos da Equipe técnica

resolvemos trabalhar o tema em três momentos,

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1º momento texto: “O que é autonomia na primeira infância?” de (A. Tardos e

A. Szanto).

Com as seguintes Reflexões:

O que precisamos saber e acreditar que qualquer atividade desenvolvida

com crianças tem como finalidade de construir sua autonomia que é

necessário para a sua liberdade de movimento.

Se o adulto conseguir observar nesse momento sem que a criança se de

conta, pode ter muitas satisfações com que foi descoberto por ela. Em

algumas situações para a criança sem condicionamento pode se transformar

em fracasso o qual tem aceitação momentânea e a modificação flexível dos

planos de ação que faz parte do aprendizado.

2º momento leitura: “Espaços atraentes: Espelho de valores” de (Beatriz

Ferraz e Fernanda Flores).

Onde listamos critérios de como deveria ser feita a Organização do

espaço levando em consideração as situações que promovam a interação

entre as crianças; O espaço da classe deverá ser a favor da interação, ou

seja, a criança deve ter a possibilidade de escolha do lugar para brincar, com

quem vão estar e o que vão fazer.

Ter cantos nas salas de aula com divisórias baixas possibilita um campo

visual geral da sala, permitindo a organização de pequenos grupos,

favorecendo as trocas. As atividades deverão medir as ações das crianças.

Quando há no espaço materiais que sejam próximos a realidade dessa

criança e quando ela tem maior personalidade deste espaço e dos materiais

percebemos então a integração para ser trabalhada sua autonomia tem que

se sentir segura e confiante para realizar estas ações, então os espaços e

materiais deverão possibilitar a exploração com segurança e autonomia.

Todo material tem que ser funcional com a atividade que a criança irá

realizar.

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“O espaço deve ser uma espécie de aquário

que espelhe as ideias, os valores, as atitudes e a cultura das pessoas que

vivem nele”.

Lorei Malaguzzi

3º momento ação: montagem de projeto junto com as educadoras sobre o

tema: Reorganização do espaço físico. “A organização de cantos para brincá-

lo”.

Toda a Equipe técnica tem que superar o desafio maior que é de

modificar o que já esta arraigado em nossas educadoras, na exibição de

vídeo e todos os três momentos foi feito anotações para que possamos rever

alguns pontos e fazer novos comentários para iniciar as mudanças tanto no

ambiente como na formação continuada das educadoras.

O foco principal da Orientadora Educacional é de ampliar o olhar das

educadoras em relação ao espaço destinado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................09

CAPÍTULO I – Como o orientador pode contribuir para que professor possa desenvolver a proposta de cantos?

1.1- Visão do Orientador e a busca de estratégias.........................................11

1.2– Observação e construção da autonomia................................................16

1.3 - A observação do adulto sobre a autonomia da criança..........................17

CAPÍTULO II – Planejar e organizar a rotina para a proposta ser permanente.

2.1– Observação do ambiente.........................................................................22

2.2- A organização do espaço e tempo...........................................................24

2.3- Cuidar do ambiente também é garantir o brincar.....................................26

CAPÍTULO III – Tipos brincadeiras, espaços e utilização de materiais.

3.1 – Tipos de brincadeiras..............................................................................28

3.2 – Tipos de espaços....................................................................................29

3.3 - Recursos de materiais.............................................................................30

3.4 - Falta de materiais....................................................................................31

CONCLUSÃO..................................................................................................33

BIBLIOGRAFIA................................................................................................34

WEBGRAFIA...................................................................................................35

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INTRODUÇÃO

O tema a ser abordado “Organização de cantos diversificados como

estratégia de brincar na educação Infantil”, tem por finalidade formar

professores para que possa de forma autônoma reorganizar as salas com os

cantos de atividades diversificados, promovendo a autonomia das crianças, o

convívio e as aprendizagens por meio da exploração do brincar.

A questão central deste trabalho possibilita que o professor observe

melhor seus alunos suas potencialidades e dificuldades, já que está mais

disponível para o uso, como equilibrar o tempo destinado ao brincar, este

deve permitir a exploração, a dedicação para determinadas atividades sem a

direção única pelo adulto, o que às vezes pode tornar uma atividade

improdutiva, repetitiva ou cansativa.

O tema sugerido é de fundamental relevância, pois em um mesmo

ambiente podemos organizar diferentes atividades por um período do dia é

uma possibilidade bem interessante. A sala organizada em "Cantos" configura

uma estratégia de organização e planejamento de atividades. Onde o

Orientador Educacional percebe que o desafio maior é modificar o que já esta

arraigada no fazer dos professores a partir das observações e anotações

onde poderá estimular, provocar e desafiar os professores para que

conheçam e melhorem suas estratégias de aprendizagem, replanejando suas

ações com maior segurança, com leitura reflexiva do texto: “Espaço Atraente:

Espelho de Valores" de Beatriz Ferraz e Fernanda Flores.

Trecho: "É muito importante refletirmos sobre ideias e os critérios que nos

levam a arrumar uma sala de aula de determinada maneira, com a intenção

de podermos entender quais os impactos que essa organização exerce sobre

as ações tanto da criança quanto do professor". Sendo assim temos as

diferentes formas de organizar os ambientes educativos e deixando-o

desafiador e autônomo, como no texto: "O que é a autonomia na primeira

infância? de A. Tardos e A. Szanto".

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Onde relata: "Quando a criança esta livre em seus movimentos, sua

atenção e seu interesse se organizam no ritmo exato de sua maturidade, no

nível que corresponde ao estágio de seu crescimento”.

Após capacitações, leituras e observações realizadas pelo Orientador

Educacional que iniciou um trabalho onde apresentou e justificou a nova

proposta e no que poderia ajudar na construção de critérios para a escolha

dos materiais, implantação dos cantos e valorização dos saberes dos

professores onde comparou e compartilhou os problemas que percebeu na

atual postura do professor.

O qual deveria propor ao aluno o incentivo a escolha e tomada de

decisões onde poderá agir de forma autônoma.

O Orientador irá promover trocas entre equipe, promovendo a busca e a

diversidade de soluções não deixando a proposta centralizada nele, propondo

que experimentam, reflitam, discutam e dialoguem.

Assim o professor abrirá mão de dirigir as brincadeiras proporcionando

com as crianças uma organização e coordenação, adequando-as a grade de

horários, equilibrando o tempo às brincadeiras nos Cantos. Contaremos com

uma postura diferenciada do professor o qual é o melhor responsável para

desenvolver a importância do brincar.

Esta proposta não pode ser confundida com as das salas ambientes.

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CAPITULO I

COMO O ORIENTADOR PODE CONTRIBUIR PARA QUE PROFESSOR

POSSA DESENVOLVER A PROPOSTA DE CANTOS?

1.1 - Visão do Orientador e a busca de estratégias.

O papel do Orientador é um fator essencial que subjaz a todas essas

mudanças nas atitudes dos pais e do aumento na confiança no cuidado

infantil, o no desenvolvimento do papel do professor.

“Essa modalidade de organização da sala

ensina a criança a escolher e tomar decisões,

responsabilizando-se por suas escolhas.

É um momento previlegiado no qual ela

pode agir de forma autônoma, justamente

porque o professor abre mão de dirigir

a atividade que esta sendo proposta,

compartilhando com as crianças a própria

organização e coordenação da atividade”.

(Bem vindo, mundo! 2006, p.03 ).

Ele como um dos melhores consultores possíveis é a pessoa mais

indicada para oferecer o apoio necessário em questão de educação.

Ao interpretar melhor as manifestações dos alunos, para que pudessem

oferecer ambientes seguros adequados.

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As Diretrizes curriculares Nacionais para a Educação Infantil, de 2009,

indicam que:

“As praticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da

Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a

brincadeira, as quais ser observadas, registradas e avaliadas.”

É preciso pensar no significado de interação: ação que se exerce

mutuamente entre duas ou mais coisas ou duas ou mais pessoas.

“Os professores deviam conhecer as duvidas

e os sentimentos das mães a fim de se

não um substituto, mas um parceiro

profissional competente e em que se pode

confiar”.

(Susanna Mantovani, 2002, p. 56)

Na educação infantil, no ponto de vista das crianças, ocorrem interações

entre:

• As crianças e as professoras/adultos – essenciais para dar riqueza e

complexidade ás brincadeiras;

• As crianças entre si – a cultura lúdica ou a cultura infantil só acontece

quando as crianças brincam entre si, com idades iguais ou diferentes

(maiores com bebês, crianças pequenas com maiores);

• As crianças e os brinquedos – por meio das diferentes formas de

brincar com os objetos/brinquedos;

• As crianças e o ambiente – a organização do ambiente facilita ou

dificulta a ação de brincar. Uma estante na altura do olhar das

crianças facilita o uso independente dos brinquedos. Um escorregador

alto no parque, além do risco oferecido ao uso pelos pequenos, leva a

uma situação de estresse no grupo quando a professora proíbe utilizá-

lo.

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• As crianças, as instituições e as famílias – tais relações possibilitam

vínculos que oferecem um clima de respeito mútuo e confiabilidade,

gerando espaços para o trabalho colaborativo e a identificação da

cultura popular da criança e de sua família, de suas brincadeiras e

brinquedos preferidos.

O desenvolvimento de estratégias de observação faz com que os

professores reúnam descritivas para discuti-las com sua equipe, o que serve

de base para o conhecimento das necessidades socioeconômicas das

crianças e para o desenvolvimento das atividades curriculares.

O profissional durante as atividades baseava-se na supervisão, no

planejamento e na discussão em grupo mais do que no treinamento

especifico em atividades curriculares ou de aprendizagem, as quais chegaram

posteriormente, quando os professores já haviam adquirido quando maior

confiança em suas competências na área relacional e no trabalho em equipe.

O Orientador tem que deixar bem claro que os educadores têm que

tornar uma pessoa sensível e inspiradora de confiança, capazes de criar as

condições para o jogo e de ajudar na integração de cada criança ao grupo,

além de ter competências na organização de ambientes aconchegantes,

seguros nos quais as crianças pudessem sentir-se protegidas e estimulada, o

que é de importante responsabilidade na formação dos vínculos afetivos com

as crianças.

“Contudo, não é fácil para os professores,

fossem eles novos ou já experientes,assumir

um papel tão delicado e complexo. Isso

requeria uma boa dose de equilíbrio”.

(Susanna Mantovani,2002, p.55)

Estes pequenos estão de tal forma inseridos no contexto afetivo da

família que não é possível estabelecer um relacionamento bom e equilibrado

unicamente com elas.

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Os professores aprenderam a fazer entrevistas com as mães antes do

ingresso da criança na escola e a fazer observação apuradas sobre a relação

criança e família.

Evidente que o contato entre as mães e os professores era o primeiro

passa para a construção de uma confiança mutua o primeiro passo de um

longo processo. O importante era o cuidado de a criança compartilhar sua

responsabilidade com os pais sem perder de vista sua função.

O Orientador tem que:

Desenvolver uma imagem no educador positiva de si, atuando de forma

cada vez mais independente, com a confiança em suas capacidades e

percepção de suas limitações;

Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas

potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de

cuidados com a própria saúde e bem estar;

Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças,

fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades

de comunicação e interação social;

Ampliando cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a

articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a

diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-

se cada vez mais como integrante;

Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e

necessidades;

Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e

escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de

forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias,

sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de

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construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade

expressiva.

Então para que a vida ativa de uma criança seja satisfatória para ela e

para o seu educador é necessário que haja dois fatores fundamentais: que a

criança tinha liberdade de movimento e que tenha alguma coisa com que

ocupar-se, relacionada com seu desenvolvimento.

Se o adulto consegue observar a criança nesses momentos sem que a

criança se de conta, pode ter uma alegria e uma satisfação. É preciso lembrar

que o fundamento desse sentimento se constitui pela experiência de ajuda

imediata quando a criança tem alguma necessidade.

Quando a criança é livre em seus movimentos então, sua atenção e seu

interesse se organizam no ritmo exato de sua maturidade, no nível que

corresponde ao estagio de seu crescimento.

Alem disso nessa situação sem condicionamentos, as provas infrutíferas

não se transformam em fracassos explícitos, socialmente reprovados.

A aceitação do fracasso momentâneo e a modificação flexível dos planos

de ações também fazem parte da aprendizagem.

Cada vez que se faz mais hábil, cada vez aprende mais sobre os objetos

que os rodeiam, sobre suas dimensões, formas, qualidade, mas, sobretudo,

aperfeiçoa as suas competências aprendendo a estar atento aos resultados

dos seus atos, “aprende a aprender”. Construindo os preliminares, as

infraestruturas de sua motricidade.

A vantagem e que através da motricidade desenvolve-se uma atividade

realmente autônoma continua, que é um fator fundamental na estrutura de

uma personalidade competente.

Assim, a criança que tem vontade faz esforços ativamente e os organiza

de maneira global.

Os pontos de impacto sobre aspectos da relação entre o adulto e a

criança e na observação do conteúdo das atividades na rotina diária, cujo é

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motivador, e a livre motricidade e um instrumento de riqueza no ambiente,

permitindo apreciar o seu desenvolvimento de maneira completa e nova.

Isso evidencia a grande diversidade de fatores que em geral, determinam

o desenvolvimento. Em troca, aquilo que caracteriza cada fase e cada criança

a tranquilidade do gesto, a harmonia do movimento assimilado, ou seja, a

correção e a apreciação de seus atos.

Na complexidade de fenômenos que determinam o desejo que a criança

tem de ser ativa, é importante destacar a atitude de respeito por parte do

adulto por essa atividade.

Quando mostramos um respeito profundo por aquilo que a criança faz,

por que ela se interessa por seus atos, todas as novas ações se tornam

impregnadas de um conteúdo que enriquece a personalidade, desenvolvendo

a segurança afetiva, consciência e a autoestima.

É uma necessidade fundamental do ser humano desde seu nascimento.

1.2 – Observação e construção da autonomia

Diversos estudos baseados na observação das crianças podem

determinar a partir de estatísticas que a atividade dos alunos ativos e

autônomos a partir das estatísticas apresentadas por diversos estudos

baseados na observação das crianças.

A Educação Infantil apresenta uma diversidade de normas próprias em

relação a dimensionamento e tipologia de creches, numero de crianças

atendidas, salas disponíveis por agrupamento e relação de professoras por

agrupamento infantil.

Para educar é preciso ter uma ideia clara sobre quem são as crianças e

sobre o que é relevante para a sua educação. Com direito a uma educação

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de qualidade e que devem ser educadas por meio de brincadeiras e

interações é o primeiro passo.

Ao programar as interações e a brincadeira é preciso identificar que

espaços físicos a creche dispõe, planejar o uso, selecionar e organizar os

brinquedos e materiais, dispor de equipes que planejem atividades dentro de

programas consistentes para as crianças, em conjunto com os pais e a

comunidade.

Não se pode esquecer que as relações também acontecem entre crianças

e os objetos, os brinquedos, os materiais, o mobiliário, o parque, as áreas

internas e externas, o edifício e suas condições de iluminação, temperatura,

ventilação e acústica e seus níveis de conforto.

Para educar as crianças, as pessoas precisam saber traduzir esses

conhecimentos em um ambiente educativo, composto também por materiais e

brinquedos.

A investigação experimental descobre cada vez mais facetas da

competência da criança. A ciência também nos ensina que todo ato desejado

e executado ativamente pelo sujeito para estas consequências imediatas e,

em longo prazo, muito mais enriquecedoras que os atos impostos e

suportados, em nosso habito cultural.

1.3 - A observação do adulto sobre a autonomia da criança.

Mais que qualquer discussão teórica, a observação concreta é o que nos

pode convencer da importância da atividade na vida psíquica da criança. Os

parâmetros de observação são: a qualidade da atividade, o seu conteúdo, a

sua duração e o lugar que ocupa em relação ao comportamento global da

criança é capaz de fazer em determinados circunstancias, de olhar a criança

que esta espontânea em atividades.

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“Colocar-se questões concretas e variadas,

permite ver a criança , descobri-la e depois

atuar de forma consequente:

as descobertas que se seguem

apaixonantes”.

(A. Tardos e A.Szanto,2005, p. 35,).

Pois a criança não brinca, vive. Vivem muito seriamente, implicando-se

completamente, envolvendo todas as suas funções e todas as suas emoções

em cada ato, desde o nascimento. Apenas a observação externa descobre

nessa atividade os sinais de uma evolução, os elementos mais ou menos

favorecedores de progresso.

A criança é considerada como alguém a quem teremos de ensinar

tudo, ou pelo menos, alguém a quem temos de fazer exercitar suas

capacidades segundo nos pareça importante para seu desenvolvimento. Não

se da a suficiente importância às suas atividades, nem às suas descobertas

autônomas. O adulto impede que a criança atue fora dos momentos concretos

que ele adulto tenha previsto. Sendo assim, a criança passa uma parte de seu

tempo esperando.

Para a criança não se trata de preparar o futuro, mas de esgotar suas

possibilidades atuais. Essas possibilidades dependem do estado de

desenvolvimento em que se encontra, do entorno sobre o qual pode ter

influencia e do seu estado psíquico.

Os seus movimentos estão adaptados àquilo que deseja fazer. Fixamos-

nos em sua agilidade, em sua habilidade na adequação de todo o seu corpo

ao seu atual nível motor que consiste em assimilar bem o fato de “virar-se”.

Alem disso, observamos certo domínio do espaço no deslocamento em

direção a algum objeto concreto e observamos gestos que demonstram um

bom esquema corporal.

Sempre satisfeita, relaxada em tudo àquilo que faz, já que tem plena

liberdade de movimentos, a criança esta contente, preocupada, incomodada,

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sorridente, séria, ativa ou interessada de acordo com o andamento das

coisas.

“Para que a vida ativa de uma criança seja

satisfatória para ela e para o seu educador é

necessário que haja dois fatores

fundamentais: que a criança tenha liberdade

de movimentos e que tenha alguma coisa

com que ocupar-se, relacionada com o seu

desenvolvimento”.

(A.Tardos e A.Szanto, 2005, p. 38)

Se o adulto consegue observar a criança nesses momentos sem que a

criança se de conta, pode ter uma alegria e uma satisfação.

É preciso lembrar que fundamento desse sentimento se constitui pela

experiência de ajuda imediata quando a criança tem alguma necessidade.

Quando a criança, livre em seus movimentos, então, sua atenção e seu

interesse se organizam no ritmo exato de sua atenção e seu interesse se

organiza no ritmo exato de sua maturidade, no nível que corresponde ao

estagio de seu crescimento.

Alem disso, nessa situação sem condicionamentos, as provas infrutíferas

não se transformam em fracassos explícitos, socialmente reprovados.

A aceitação do fracasso momentânea e a modificação flexível dos planos

de ação também fazem parte da aprendizagem.

Cada vez se faz mais hábil, cada vez aprende mais coisas sobre os

objetos que rodeiam, sobre suas dimensões, suas formas, suas qualidades.

Aperfeiçoa as suas competências aprendendo a estar atento aos resultados

dos atos, aprende a aprender.

Para a criança, a liberdade de movimentos significa a possibilidade, nas

condições materiais adequadas, de descobrir, de experimentar, de

aperfeiçoar e de viver, a cada fase de seu desenvolvimento.

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Constroem os preliminares, as infraestruturas de sua motricidade.

Através dessa motricidade, desenvolve-se uma atividade realmente

autônoma e continua que é fator fundamental na estruturação de uma

personalidade competente.

Assim, acriança que tem vontade faz esforços ativamente e os organiza

de maneira global.

A observação do conteúdo da atividade da criança na vida diária, cujo

motivador é a livre motricidade e cujo instrumento é a riqueza do ambiente.

Permite apreciar o nível global de seu desenvolvimento de uma maneira

completamente nova.

Isso evidencia a grande diversidade de fatores que, em geral,

determinam o desenvolvimento. Em troca, aquilo que caracteriza cada fase e

cada criança é a tranquilidade do gesto, a harmonia do movimento

assimilado, ou seja, a correção e a precisão de seus atos.

Na complexidade de fenômenos que determinam o desejo que a criança

tem de ser ativa, é importante destacar a atitude de respeito por parte do

adulto por essa atividade.

Quando mostramos um respeito profundo por aquilo que a criança faz,

por aquilo por que ela se interessa – mais por ela mesma que por seus atos –

todas as nossas ações se tornam impregnadas de um conteúdo que

enriquece a personalidade: desenvolve a segurança afetiva a consciência e a

autoestima da criança.

É uma necessidade fundamental do ser humano desde seu nascimento.

Essa organização da sala ensina a criança a escolher e tornar decisões,

ela pode agir de forma mais autônoma, o professor abre mão de dirigir a

atividade que esta sendo proposta, compartilhando com as crianças a própria

organização e coordenação da atividade cabe às crianças a organização da

sala, dos materiais, da escolha do que fazer da negociação pela posse de

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brinquedos etc., com ajuda do professor. As crianças aprendem a cooperar,

compartilhar, agir por conta própria.

Aprendem a transformar o próprio ambiente e, a saber, que muitos

mundos cabem numa simples sala de grupo.

A organização dos cantos de atividades diversificadas não é um

momento de aprendizagem de criança, é também do professor.

Esta forma de organização possibilita que o professor observe melhor as

crianças, suas potencialidades e dificuldades, já que esta mais disponível

para isso.

O tempo de rotina deve ser destinado no equilíbrio e no momento para

realizar as atividades dos projetos, e os permanentes. O tempo razoável seria

entre 50 minutos à 1 hora, no qual as crianças pudessem circular por diversos

cantos ou escolher alguns deles para ficar.

Um momento que permite a exploração, a dedicação maior a

determinadas atividades, sem direção única pelo adulto, o que às vezes pode

tornar uma atividade improdutiva, repetitiva ou cansativa. É sempre bom

terminar uma atividade com gosto de “quero mais” para o dia seguinte.

Reservar um momento diário permite que as crianças aprendam a tomar

decisões, compartilhar, realizar escolhas.

Algumas professoras, quando fazem essa pergunta, acham que podem

substituir o espaço diário dessa proposta (cerca 1 hora), por um único dia da

semana destinado inteiramente aos cantos de atividades diversificadas, é

melhor a Constancia da proposta em menor tempo.

É importante intercalar momentos nos quais a condução da sala realizada

apenas pelo professor com outros, compartilhados com as crianças. Essa

proposta não se confunde com a das salas ambientes, na qual cada sala

possui uma proposta especifica, de tal forma que as crianças rodiziam, em

grupo, durante o dia em cada uma delas.

22

CAPITULO II

PLANEJAR E ORGANIZAR A ROTINA PARA A PROPOSTA SER

PERMANENTE.

2.1 – Observação do ambiente.

Em se tratando de crianças tão pequenas, a atmosfera criada pelos

adultos precisa ter um forte componente afetivo. O clima institucional tem que

proporcionar-lhes segurança, tranquilidade e alegria.

As crianças precisam ser respeitadas em suas diferenças individuais,

ajudadas em seus conflitos por adultos que sabem sobre seu comportamento,

entendem suas frustrações, possibilitando-lhes limites claros.

Foi realizado um trabalho de observação. No qual as equipe técnica

estimulou as educadoras a descreverem sobre a real situação da exploração

do ambiente.

Acompanhando as mudanças questões importantes como a organização

do ambiente, tempo e as ações dos professores ajudam a definir a brincadeira

como uma das atividades prioritárias dos pequenos, digna de planejamento,

de registros e avaliação.

“A brincadeira é sempre associada ao

desenvolvimento Infantil. Ao brincar, desde

cedo as crianças conhecem o

próprio corpo, o mundo em que vivem e seus

objetivos, imitam os comportamentos dos

adultos à sua volta,

23

assimilando valores e hábitos culturais,

elaboram sentimentos e situações vividas”.

(O Fazer do Gestor, 2008, p.32)

E justamente por ser a brincadeira expressão típica da infância, muitas

vezes acreditamos que ela sempre acontece naturalmente e não necessita da

intervenção do adulto. Mas o planejamento da brincadeira deve ser idêntico

ao de outras atividades.

A brincadeira aparece como um tapa-buraco preenchendo um momento

em que a professora precisa concentrar-se em outra tarefa.

Se as peças dos brinquedos de montar estiverem misturadas, o que não

permite a criança reconhecer as possibilidades de encaixe e de montagem.

O que pensar sobre a brincadeira?

O ambiente estava organizado de modo diferente, se comparado ao dia-

a-dia, com cantos específicos para cada tema das brincadeiras.

A atividade foi planejada como parte da rotina, com um momento

especificamente destinado a ela e com o envolvimento das professoras, não

apenas na elaboração, mas também como parceiras das crianças no faz de

conta.

O professor oferece modelos às crianças e sugerem ações, propondo

cenas condizentes às brincadeiras e estimulando a participação e a troca de

papeis entre os alunos.

Embora a brincadeira seja típica do mundo infantil, as crianças também

assimilam modelos provenientes dos adultos, imitando seu jeito de brincar,

incorporando novos elementos, gestos ou falas ao brincar.

O adulto na brincadeira tem uma função bastante importante na

brincadeira infantil e na brincadeira no meio escolar. É dele a capacidade de

zelar pelo espaço da brincadeira: garantir o tempo, os materiais e a

24

privacidade para que seus alunos possam brincar. Promover revezamentos

de papeis e ajudar a solucionar conflitos também pode fazer parte de suas

funções. Em todas as faixas etárias isso deve ser respeitado.

A participação do adulto nas brincadeiras muda conforme a idade das

crianças.

A presença da professora pode ser adequada, pois elas precisam do

adulto para observar, imitar e interagir. Crianças maiores, a intervenção e a

participação constantes da professora podem às vezes ser desnecessárias.

2.2 - A organização do espaço e tempo.

A consideração do tempo como variável que interfere na construção da

autonomia que permite criar situações em que o aluno possa

progressivamente controlar a realização de suas atividades.

A vivência do controle do tempo pelos alunos se insere dentro de limites

criteriosamente estabelecidos pelo professor, que se tornarão menos

restritivos à medida que o grupo desenvolva sua autonomia.

É preciso que defina claramente as atividades, estabeleça a organização

em grupos, disponibilize recursos materiais adequados e defina o período de

execução previsto, dentro do qual os alunos serão livres para tomar decisões.

Quanto à organização do espaço é preciso que as carteiras sejam móveis,

que as crianças tenham acesso aos materiais de uso frequente, as paredes

sejam utilizadas para exposição de trabalhos individuais ou coletivos.

“Pesquisas indicam que ambientes divididos

são mais indicados para estruturar espaços

para crianças pequenas ao invés de grandes

áreas livres”.

(Referencial Curricular Nacional para a

25

Educação Infantil, 1998, p. 69)

E precisamos considerar, as possibilidades de os alunos assumirem a

responsabilidade pela decoração, ordem e limpeza de classe. Devem-se

aproveitar os espaços externos para realizar atividades cotidianas, como ler,

contar historia, fazer desenho de observação.

“Há diferentes formas de organizar os

ambientes educativos para que eles possam

torna-se aconchegantes, seguros e

desafiadores ao mesmo tempo”.

(Bem vindo, mundo criança, 2006, p. 01).

Importante salientar que o espaço de aprendizagem não se restringe à

escola, sendo necessário propor atividades que ocorram fora dela, como

passeios, excursões, teatro, cinema, visitas a fabricas.

O adulto tem papel fundamental na escolha, organização e

disponibilização dos brinquedos e materiais, alem do planejamento e

implementação de uma “rotina” junto às crianças para que aprendam a usar,

guardar e respeitar as normas de uso dos brinquedos e materiais.

Os principais papéis são:

• Selecionar e organizar sacolas, latas, caixas ou bacias e recolher os

materiais espalhados;

• Convidar as crianças para guardar os objetos nas sacolas e pendurar

nos ganchos;

• Não é preciso estimular ou elogiar o que a criança faz, mas observar,

fazendo os registros;

• Intervir, quando a criança estiver aflita ou precisar de atenção, ou

então, quando uma delas começar a pendurar as outras – nesse caso,

oferecer um recipiente para a criança colocar os objetos dentro.

As crianças aprendem a se organizar quando auxiliam a professora na

guarda dos materiais nas sacolas. Quando as crianças já terminaram de

26

brincar, envolvê-las na tarefa de reorganizar o ambiente; aquela que ainda

estiver entretida no brincar não deve ser perturbada, mas, sim, ser deixada à

vontade, para aproveitar seu envolvimento.

Enquanto as crianças brincam, é importante que a professora fique

sentada confortavelmente, sem afetar a coluna, e próxima das crianças, para

recolher os objetos e fazer seus registros.

A instituição deve prever mobiliário adequado para a professora em todos

os ambientes de trabalho.

Ao observar podemos fazer algumas afirmações, o respeito ao espaço é

importante para o desenvolvimento e sucesso da brincadeira entre as

crianças. É muito diferente brincar de casinha só com uma mesa e

algumas panelinhas de plástico, num ambiente que não sofreu alteração

nenhuma, e ser convidado a entrar em uma cabana feita a partir de um lençol,

que da um canto especial e aconchegante. A capacidade de a criança

fantasiar e fazer de conta são grandes, mas ela pode ficar ainda mais

enriquecida com os elementos que compõe o espaço.

2.3 - Cuidar do ambiente também é garantir o brincar.

Importantes reflexões sobre a importância e a forma de organização dos

espaços para a brincadeira, avaliando o que já faziam e repesando suas

praticas de levantamento de uma serie de questões.

“Na brincadeira, as regras não limitam a ação

lúdica a criança pode modifica-las, ausentar-

se quando desejar, incluir novos membros”.

(O Fazer do Gestor, 2008, p. 32)

O momento do trabalho com os cantos de atividades diversificadas tem

se tornado cada vez mais comum na Educação Infantil. Alem de promoverem

diferentes atividades para as crianças, à divisão em cantos estimula a

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autonomia e a capacidade de escolha da criança, características importantes

para a formação de sua identidade.

A organização da sala se reflete no comportamento das crianças, elas se

localizam melhor em um ambiente organizado, que pode conferir mais

autonomia e ampliar a possibilidade de colaboração na arrumação dos

ambientes para os pequenos.

Para estimular a autonomia, as estantes e prateleiras devem ser

adequadas à estatura das crianças. Os brinquedos podem e devem ficar ao

alcance delas. Uma boa razão para se discutir a importância da manutenção

dos objetos, o cuidado e a organização do ambiente.

As crianças devem colaborar na organização do ambiente, respeitadas as

capacidades próprias da faixa etária. É importante cuidar do nosso espaço

porque nos tornamos responsáveis e identificados com que temos.

Os materiais quebrados ou rasgados devem ser avaliados em, se houver

possibilidade, conserte-os com a ajuda das crianças.

Essa tarefa colocou o profissional em um contexto de aprendizagem real

no qual ele aprende fazendo, errando, acertando, tomando decisões. Essa

atividade revelou ainda a necessidade de ser investir na proposição de

momentos de brincadeiras e suas intervenções, direta ou indiretamente.

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CAPITULO III

TIPOS BRINCADEIRAS, ESPAÇOS E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS.

3.1 – Tipos de brincadeiras.

Já sabemos que o espaço físico é o nosso aliado então temos que

replanejar as atividades permanentes com frequência diária. Organizar por

temas, por materiais por conteúdos pelos adultos e crianças permitindo que

escolham o que fazer e seus parceiros de brincar.

Possibilidades de cantos:

• Ambiente para brincar nos cantos de faz de conta veja alguns

exemplos:

- heróis;

- príncipes e princesas;

- lojinha;

- escola;

- casinha;

- salão de beleza para meninos e meninas;

- feira;

- supermercado;

- papelaria;

- caminhoneiro;

- peão.

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• Ambientes para expressar-se graficamente:

- desenho com papel e caneta hidrográfica e/ou giz de cera, lápis de cor;

- pintura;

- colagem;

- modelagem.

• Ambientes para jogar:

- jogo de percurso, memória, quebra-cabeça, baralho, dominó etc.

3.2 – Tipos de espaços.

A estruturação do espaço, a forma como os materiais estão organizados,

a qualidade e adequação dos mesmos são elementos essenciais de um

projeto educativo. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros

e mobiliários não devem ser vistos como elementos passivos, mas como

componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de

educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares

da aprendizagem.

• Espaço das salas de grupos:

Mural, da altura das crianças, organizado para usos diversos, contendo:

- fotos das crianças, trazidas de casa e ou feitas na escola, identificadas com

nome da cada uma delas;

- fotos das crianças em diferentes situações sociais (aniversario, passeios,

com animais de estimações, com familiares);

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- reprodução das capas dos livros que foram lidos ou das historias que foram

contadas;

- imagens instigantes e visualmente interessantes do ponto de vista estético.

• Calendário de uso social para marcação de:

- aniversariantes da turma;

- Compromissos e combinados especiais.

• Relógio comum de uso social, como um portador numérico para que as

crianças observem o seu uso pelo educador.

• Brinquedos que possam ser levados à boca sem perigo (de plástico ou

de borracha com selo do Inmetro).

• Brinquedos que produzam som (chocalhos).

• Brinquedos de empilhar e encaixar (blocos, cubos).

• Brinquedos de correr atrás (bolas, cilindros).

• Colchonetes e almofadas (com capas laváveis).

• Móbiles e estábiles (as salas podem ter muitos ganchos em diferentes

lugares para pendurar panos, tules, cortinas sonoras etc.).

• Tapetes de atividades com bolsos, guizos, espelhos, quadros de panos

de diferentes texturas;

• Estantes para livros, tipo sapateira, com bolsões transparentes para

que as crianças identifiquem os livros de historias;

• CDs com musica de diferentes gêneros;

• Espelho de tamanho suficiente para que duas ou três crianças possam

ver inteiras;

• Obstáculos que provoquem diferentes movimentos: subir, descer,

trepar, agachar, arrastar, escorregar.

• Com materiais de construção: blocos de madeira, caixas de papelão,

monta tudo;

• Bonecas e seus acessórios: mamadeira, fraldas para trocar, banheira,

sabonete, toalha, pente, roupas etc.;

• Com livros de historias, poesias, cantigas etc.;

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• Exposição de produções infantil, devidamente identificadas;

3.3 - Recursos de materiais.

Recursos materiais entendidos como mobiliário, espelhos, brinquedos, livros,

lápis, papeis, pinceis, tesouras, cola, massa de modelar, argila, jogos os mais

diversos, blocos para construção, material de sucata, roupas e panos para

brincar etc.

Os materiais constituem um instrumento importante para o desenvolvimento

da tarefa educativa, uma vez que é um meio que auxilia a ação das crianças.

“...não deve ser pretexto para que os adultos

guardem e tranquem os materiais em

armários, dificultando seu uso pelas crianças.

“Usar, usufruir, cuidar e manter os materiais

são aprendizagens importantes nessa faixa

etária”.

(Referencial Curricular Nacional para a

Educação Infantil, 1998, p. 71).

Os brinquedos são objetos que dão suporte ao brincar e podem ser das mais

diversas origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Podem ser

comprados ou fabricados pelos professores e pelas crianças.

3.4 – Falta de materiais.

Se não tem material na escola para fazer cantos de atividades

diversificadas.

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O que fazer?

Mais do que material, é preciso ter propostas e ideias. Muito da falta de

material diz respeito à falta de ideia do que fazer em sala com grupo.

O professor, esta tão acostumado, com lápis e papel, que tem pouca

intimidade, com outros materiais. Faz-se necessário retomar suas próprias

brincadeiras de infância, lembrar o quanto se improvisava com qualquer

recurso disponível.

O professor precisa desenvolver sua criatividade, sondando com as

crianças suas preferências para propor ao grupo outras possibilidades de

explorar os cantos de atividades diversificadas.

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CONCLUSÃO

As educadoras se apropriaram da proposta de “Organização de cantos

diversificados como estratégia de brincar na Educação Infantil e agem com

autonomia.

Esclarecemos e detalhamos mais os objetivos, formando professores

para que possa de forma autônoma reorganizar as salas com os cantos de

atividades diversificadas de forma a promover a autonomia das crianças, o

convívio e a aprendizagem por meio da exploração e do brincar.

Com a ampliação do conhecimento dos educadores a cerca do brincar,

refletimos a partir dessa situação de referencia sobre materiais e a livre

escolha e as aprendizagens envolvidas.

Envolvemos a equipe operacional para que entendam e contribua, para a

proposta dos cantos diversificados.

As atividades devem ser bem elaboradas, onde aprendemos os seus

princípios, quais ações os educadores devem abordar e o que as crianças

aprendem nos cantos diversificados.

Os educadores sabem que a criança tem vida social entre pais e

familiares e que ingressar a escola sofrem um período de adaptação das

pessoas, ambientes e as novas relações que irão surgir. Os educadores

precisam respeitar o desenvolvimento.

Este novo conceito de organização de cantos diversificados na

instituição onde é realizada esta rotina visa exclusivamente para as crianças.

É uma proposta de ensino, pois desenvolve varias competências, ensinando

os alunos a interagirem uns com os outros, socializar se.

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BIBLIOGRAFIA

Mantovani, Susanna, Bambini, A abordagem Italiana à Educação Infantil,

2002.

Tardos, A e Szanto, A., Capitulo: O que é autonomia na primeira

infância? (livro: Educar os três primeiros anos: a experiência de Loczy),

2005.

Carvalho Ana Carolina, Augusto Silvana, Pereira Luizato Carla, Revista O

fazer do Gestor, Para planejar bem o brincar, 2008.

Volume 1, Referencial curricular nacional para a educação infantil, 1998.

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WEBGRAFIA

Organização do espaço, Bem vindo, mundo! Criança, cultura e formação

de educadores. HTTP//creatvecommons.org/licenses/by-nc/2.5/deed.pt,