56
1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O BENEFÍCIO DE ISENÇÃO DE IMPOSTOS PARA OS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016 Por: Joelma Crocamo Masello Orientador Profª. Gisele Leite Rio de Janeiro DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · para a cidade do Rio de Janeiro e comentarei sobre os pontos mais ... competições apenas os cidadãos livres, disputando provas

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O BENEFÍCIO DE ISENÇÃO DE IMPOSTOS PARA OS

JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016

Por: Joelma Crocamo Masello

Orientador

Profª. Gisele Leite

Rio de Janeiro

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

2015

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O BENEFÍCIO DE ISENÇÃO DE IMPOSTOS PARA OS

JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016

Apresentação de monografia à AVM

Faculdade Integrada como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão e

Análise Tributária.

Por: Joelma Crocamo Masello.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus amigos

que me motivaram a me especializar

nesse seguimento para atingir uma

melhor colocação profissional no

mercado.

4

DEDICATÓRIA

Dedico essa monográfica aos

meus amigos e companheiros de

trabalho.

5

RESUMO

Esse trabalho contará a história do surgimento da Lei Olímpica e sobre

a finalidade da criação da mesma, e seus beneficiados.

Falará sobre a diferença entre os impostos que as Pessoas Físicas e

Jurídicas poderão ser isentas de acordo com cada jurisprudência.

Mostrará o quê uma Pessoa Física e Jurídica terá que fazer para gozar

desse benefício, quais as documentações que serão necessárias, e quais os

tipos de empresas que poderão se habilitar para essa isenção fiscal.

Ressaltará a importância da habilitação da Pessoa Jurídica para

isenção tributária para que sobre orçamento para maiores investimentos, de

como fica formado o preço e a emissão da nota sem o imposto; e da

importância da habilitação do Pessoa Física (expatriados) que também

trabalharão na organização dos jogos.

6

METODOLOGIA

O trabalho será baseado na Lei Olímpica e em todas as jurisprudências

(Federal, Estadual e Municipal) relacionadas ao benefício de Isenção Fiscal.

Farei também pesquisas sobre artigos e reportagens em websites para colher

maiores informações sobre o assunto.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A História 10 CAPÍTULO II – Lei Olímpica – Tributos Isentos 13 CAPÍTULO III – Habilitação para isenção fiscal 17 CAPÍTULO IV – Habilitação dos Expatriados 25 CONCLUSÃO 30 ANEXO I – Formulário de Requerimento 31 ANEXO II – Modelo de declaração de ISS 32 ANEXO III – Formulário de Requerimento de ADE 33 De Pessoa Física ANEXO IV – Lei Federal 29 ANEXO I – Instrução Normativa 41 ANEXO I – Convênio Estadual 45 ANEXO I – Lei Municipal 52 REFERÊNCIAS 55

8

INTRODUÇÃO

A fim de cumprir os compromissos assumidos com a assinatura do

Contrato de Cidade anfitriã, foi promulgada a Lei Tributária Olímpica. Esta lei

concede isenções fiscais / relevos e tratamento especial para as entidades e

indivíduos diretamente envolvidos na organização e realização dos Jogos nos

três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal)

O objetivo desse trabalho é mostrar a importância da Isenção Fiscal, os

beneficiados e como essa lei ajudará na realização dos jogos. Orientará

também aos que tiverem interesse pelo tema e em habilitar a sua empresa

para utilizar o benefício.

É importante lembrar que para se habilitar, primeiro a empresa terá que

se cadastrar no site do Rio 2016 e participar de uma concorrência, apenas

após o fornecedor/ prestador de serviços for informado que sua empresa foi

selecionada, o mesmo poderá fazer o processo de habilitação.

Considerando os impostos gerais, devido em todo o mundo,

comentarei brevemente a perspectiva brasileira em cada um deles, nos termos

da Lei Tributária Olímpica.

No primeiro capítulo contarei a história das Olimpíadas e de como ela

foi e é um marco muito grande para os países e atletas envolvidos. Falarei

sobre a chegada das olimpíadas no Brasil e da importância da criação da lei

Olímpica.

No segundo capítulo falarei da importância da criação da lei Olímpica,

sobre os beneficiados pela lei e sobre os tributos isentos pela mesma.

9

No terceiro capítulo explicarei detalhadamente o que cada empresa

precisará fazer para se habilitar junto à Receita Federal e Prefeitura para

isenção fiscal e qual a documentação necessária para que a habilitação ocorra

com êxito; explicarei também que não é só importante se habilitar, mas sim se

manter habilitado, e o que os fornecedores/prestadores de serviços precisarão

fazer para não perderem a habilitação adquirida.

No quarto capítulo, falarei sobre a habilitação dos expatriados que

trabalharão diretamente relacionados aos jogos, e o que será necessário para

a isenção de Imposto de Renda.

Na conclusão ressaltarei a importância desse grande acontecimento

para a cidade do Rio de Janeiro e comentarei sobre os pontos mais

importantes do trabalho.

Anexarei ao trabalho toda a jurisprudência envolvida na Isenção fiscal e

os modelos de formulários que deverão ser preenchidos pelos

fornecedores/prestadores de serviços para requerer a isenção.

10

CAPÍTULO I A HISTÓRIA

COMO COMEÇARAM AS OLIMPÍADAS E SUA TRAJETÓRIA ATÉ FINALMENTE CHEGAR AO RIO DE JANEIRO

Por volta de 2500 a.C, os gregos criaram os Jogos Olímpicos, para

homenagear Zeus, o maior dos Deuses segundo a mitologia grega. Além da

religiosidade, os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a

harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra

também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de

um corpo saudável.

Gregos de várias cidades se uniam para disputar as competições

esportivas no santuário de Olímpia (por isso que surgiu o termo “Olimpíadas”).

O evento era tão importante, que eram feitos acordos de cessar-fogo e tréguas

entre cidades inimigas antes da realização dos jogos. Podiam participar das

competições apenas os cidadãos livres, disputando provas de atletismo, luta,

boxe, corrida de cavalo e pentatlo. Como prêmio, os vencedores recebiam uma

coroa trançada por folhas de louro que era o símbolo da maior vitória.

Os Jogos Olímpicos uniu os gregos até o ano 394 d.C., quando o

imperador Teodósio II, convertido ao cristianismo, proibiu todas as festas

pagãs, inclusive os Jogos Olímpicos. Após mais de 1500 anos adormecidos, os

jogos foram ressuscitados em Atenas através da iniciativa do francês Pierre de

Fredy , o barão de Coubertin.

Afirmando que os jogos são uma fonte de inspiração para o

aperfeiçoamento do ser humano, o barão de Coubertin, propôs em 23 de junho

de 1894, a criação de uma competição internacional entre atletas amadores.

Na primeira edição dos Jogos Olímpicos na Idade Moderna participaram 285

atletas de 13 países, em provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica,

halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram

premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

11

Na Era Moderna, as Olimpíadas serviram como palco para

manifestações políticas, apesar de seu objetivo de promover a amizade entre

os povos, políticos à usava de forma errada, botando em risco a segurança dos

atletas, por esse motivo, vários países deixaram de competir. Apenas em

Barcelona (1992) a competição volta a contar com a maioria dos países.

O processo para a seleção da cidade-sede das Olimpíadas se inicia

com a inscrição para a candidatura das cidades junto ao Comitê Olímpico

Internacional. Cada cidade inscrita apresenta um documento especificando os

planos a serem cumpridos, caso seja escolhida para sediar o evento. Após

análise desses processos, o COI elegerá as cidades efetivamente candidatas.

A segunda fase do processo consiste em um detalhamento do plano

inicial, que seguirá de observação direta “in loco” nas cidades candidatas. Após

essa etapa, segue uma votação, válida apenas para membros oficiais do

Comitê Olímpico Internacional, em que cada membro tem direito a um voto. Só

então é que a cidade-sede é efetivamente selecionada.

A cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão de 2016

foi escolhida em 2 de outubro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca, em

votação durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional. Após as

eliminações de Chicago e Tóquio, Madri e Rio de Janeiro chegaram à final,

vencida pela candidatura brasileira, com mais de 2/3 dos votos. Esta é a

primeira vez que os Jogos Olímpicos terão uma sede na América do Sul, Brasil,

Rio de Janeiro.

Cidades que sediaram e sediarão as Olimpíadas:

1896 - Atenas

1900 - Paris

1904 - St Louis

1908 - Londres

1912 - Estocolmo

12

1924 - Paris

1928 - Amsterdã

1932 - Los Angeles

1936 - Berlin

1948 - Londres

1952 - Helsinque

1956 - Melbourne

1960 - Roma

1964 - Tóquio

1968 - Cidade do México

1972 - Munique

1976 - Montreal

1980 - Moscou

1984 - Los Angeles

1988 - Seul

1992 - Barcelona

1996 - Atlanta

2000 - Sydney

2004 - Atenas

2008 - Pequim

2012 - Londres

2016 - Rio de Janeiro

2020 - Tóquio

13

CAPITULO II LEIS OLÍMPICAS – IMPOSTOS ISENTOS

Todos os tributos incidentes sobre o faturamento, tais como ICMS, IPI,

ISS, PIS e COFINS entre outros, não devem estar incluídos no preço final, a

ser pago pelo Rio2016, face a isenção/e ou suspensão previstas para os Jogos

Olímpicos e Paralímpicos. Para tanto o fornecedor/prestador precisa estar

habilitado de acordo com a Lei Federal 12.780/13, regulamentado pela IN RFB

1335/13.

De acordo com o Direito Tributário Olímpico, os seguintes membros do

movimento Olímpico e Paralímpico são elegíveis para os benefícios fiscais

Olímpicos:

1. Comitê International Olímpico - CIO;

2. Comitê International Paralímpico - (CIP);

3. Empresas vinculadas ao CIO - pessoas jurídicas, domiciliadas no exterior

ou no Brasil, pertencentes ou controladas pelo CIO, direta ou

indiretamente, na forma definida no § 2º do art. 243 da Lei nº 6.404, de 15

de dezembro de 1976;

4. Autoridade Pública Olímpica (APO);

5. Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016;

6. Comitês Olímpicos Nacionais - Comitês domiciliados no exterior

reconhecidos pelo COI e responsáveis pela representação do respectivo

país nos Jogos;

7. Federações Esportivas Internacionais - pessoas jurídicas domiciliadas no

exterior, que administram cada uma das modalidades dos esportes

olímpicos em âmbito mundial;

8. Agência Mundial de Anti - Doping – WADA (World Anti-Doping Agency);

9. Arbitragem dos esportes - CAS (Court of Arbitration for Sport);

14

10. Empresas de mídia e transmissores credenciados - pessoas jurídicas,

domiciliadas no Brasil ou no exterior, responsáveis pela captação e

transmissão de imagem dos Jogos dentro de sua área, conforme contrato

firmado com o COI, com empresa vinculada ao COI ou com o RIO 2016;

11. Patrocinadores dos Jogos - pessoas jurídicas, domiciliadas no Brasil ou no

exterior, patrocinadoras dos Jogos com base em relação contratual firmada

diretamente com o COI, com empresa vinculada ao COI ou com o RIO

2016;

12. Prestadores de serviços do COI - pessoas jurídicas, domiciliadas no Brasil

ou no exterior, licenciadas ou nomeadas com base em relação contratual

pelo COI ou por empresa vinculada ao COI para prestar serviços

relacionados à organização e produção dos jogos;

13. Prestadores de serviços do RIO 2016 - pessoas jurídicas, domiciliadas no

Brasil ou no exterior, licenciadas ou nomeadas com base em relação

contratual pelo RIO 2016 para prestar serviços relacionados à organização

e produção dos jogos;

14. Voluntários dos Jogos - pessoas físicas, domiciliadas no Brasil ou no

exterior, que dedicam parte de seu tempo, sem vínculo empregatício, para

auxiliar na organização, administração ou realização dos Eventos, perante

o COI, a empresa vinculada ao COI ou ao RIO 2016;

15. Indivíduos residentes não-fiscais no Brasil - pessoas não contratados por

um membro do movimento Olímpico e Paralímpico , porém autorizadas a

trabalhar de uma forma pessoal e direta na organização e realização dos

eventos, que entram no país com um visto temporário e válido;

16. Os árbitros, juízes, temporizador e indivíduos com placar operacional (com

vistos de trabalho válidos).

15

Um membro organizador dos jogos Olímpicos e Paralímpicos ou seu

escritório de representação local somente será oficialmente autorizado a utilizar

os benefícios concedidos pela Lei do Imposto olímpica uma vez que tenha

completado os chamados procedimentos de Habilitação, nos três níveis de

governo (federal, estadual e municipal).

Matriz dos impostos Brasileiros

As tabelas abaixo mostram cada imposto aplicável devido, a carga

tributária por operação, os impostos a partir do qual o membro organizador dos

jogos Olímpicos e Paralímpicos, podem desfrutar de isenção e os

procedimentos de conformidade necessários, de acordo com o atual Código

Nacional Tributário:

Quadro criado pela aluna

Quadro criado pela aluna

16

Quadro criado pela aluna

Quadro criado pela aluna

A tabela abaixo fornece uma visão geral dos impostos brasileiros:

Quadro criado pela aluna

17

CAPITULO III

HABILITAÇÃO PARA ISENÇÃO FISCAL

A habilitação é a autorização oficial para usar os benefícios concedidos

pela Lei do Imposto Olímpico atribuído pelas autoridades fiscais brasileiras, nos

três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal).

Habilitação de um membro organizador dos jogos Olímpicos e

Paralímpicos.

Empresas Optantes pelo Simples Nacional, não serão habilitadas para

isenção doa impostos, pois possuem um regime tributário simplificado aplicável

às pequenas empresas, em que as transações estarão sujeitas a uma taxa de

imposto único (que inclui todos os impostos incorridos na transação). Apenas

para conferência, verificar se consta como optante pelo Simples Nacional

http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/Consul

taO ptantes.app/ConsultarOpcao.aspx. – Para cada Nota Fiscal Emitida,

anexar uma declaração do Simples.

Também não serão habilitadas fundações, entidades filantrópicas sem

fins lucrativos e similares, imunes e isentas. Na emissão da nota fiscal deverá

ser anexado: - Certificado de Filantropia, quando filantrópicas; - Certificado de

registro e de credenciamento, quando fundações; - Declaração quando

instituições de Assistência Social e de Educação sem fins lucrativo; e - CEBAS

– Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social.

Uma empresa/ prestador de serviços, somente será oficialmente

autorizado a utilizar os benefícios concedidos pela Lei do Imposto olímpica uma

vez que tenha completado os chamados procedimentos de Habilitação, nos

três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal).

18

Habilitação Federal:

A maior parte dos impostos brasileiros são cobrados no nível Federal.

Portanto, é crucial para um membro ou seu escritório de representação local,

certifique-se que já está devidamente habilitado no nível federal, antes de

iniciar suas operações Jogos relacionados no Brasil.

O procedimento de habilitação federal é aplicável a cada categoria de

impostos cobrados a nível federal. A partir da data de entrada do processo de

habilitação para o ADE (Ato Declaratório Executivo), o fornecedor contratado

pelo membro no Brasil, será capaz de beneficiar do Direito Tributário Olímpico.

Para que seja iniciado o processo de habilitação junto à Receita

Federal, os seguintes documentos precisam sem enviados ao Rio 2016

(Comitê Organizador local para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2016):

a) Certidão Negativa de Débitos (Unificada) - Relativa aos tributos

federais e à dívida ativa da União.( Certidão negativa, emitida pela Secretaria

da Receita Federal, afirmando que a empresa não tem saldo em aberto no que

diz respeito a tributos federais, diretos ou indiretos e a segurança nacional)

b) Certificado de Regularidade do FGTS (Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço) – CRF; (Certidão negativa afirmando que a empresa não

tem saldo em aberto devido ao FGTS, emitido pela Caixa Econômica Federal)

c) Tela do seu cadastro na Receita Federal (Informações Cadastrais da

Matriz), onde constam os dados do representante legal cadastrado na Receita.

Siga as orientações abaixo:

Acesse o site da Receita federal através do Portal E-CAC

(Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) e clique em

“Certificado Digital” e insira o login e a senha (Em caso de

19

dúvidas entrar em contato com o Contador de sua Empresa para

coletar o Certificado Digital);

Certidões e Situação Fiscal;

Consultar Pendência - Situação Fiscal;

Gerar Relatório

Tirar um “Print” da tela do Relatório gerado e salvá-lo como arquivo.

d) Ficha de requerimento de serviços devidamente preenchida nos

campos indicados com “Preencher” – Arquivo em anexo. (Requerimento para

habilitação); É primordial que o representante legal seja o mesmo que conta

nas informações cadastrais da Receita Federal (item “d”). (sem assinatura).

Uma cópia dos documentos acima será apresentado pelo setor

tributário do Rio 2016 à SRF (Secretaria da Receita Federal), em nome da

empresa. Após uma revisão de toda a documentação (o que leva cerca de 30

dias de calendário), a SRF emitirá um ADE, datado e contendo o número de

protocolo atribuído à empresa.

A partir da data mencionada no protocolo para o ADE, o provedor /

fornecedor de serviços local contratado pelo membro, será capaz de tirar

proveito dos benefícios fiscais Olímpicos concedidos nos níveis Federal e

Estadual. O prestador / fornecedor de serviços local habilitado deve incluir, em

toda a sua documentação fiscal, o seu número Protocolo/ADE.

Com base no art. 12 da INRFB 1.335/13, caso alguma das certidões

fique irregular, a habilitação poderá ser cancelada de ofício pela Receita

Federal. Havendo o cancelamento a empresa deverá fazer todo processo de

habilitação novamente.

20

Habilitação Estadual:

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é o único

imposto cobrado em nível estadual. A isenção do imposto estadual acontece

automaticamente quando o ADE é concedido á empresa a nível Federal.

Nenhum procedimento adicional é necessário para a habilitação no estado.

Habilitação Municipal:

O ISS é um imposto indireto municipal que incide sobre apenas

serviços. Este imposto é cobrado cada vez que uma nota fiscal de serviço é

emitida. No entanto, se o provedor de serviços local for habilitado antes de

emitir sua nota fiscal, poderá emitir a nota sem ISS.

O procedimento de habilitação municipal do prestador de serviços local

deve ser concluído mediante a apresentação do formulário de requerimento de

isenção de ISS Imposto para o Rio de Janeiro Município. Depois de concluído,

o formulário deve ser enviado para a área tributária do Rio 2016. O Rio 2016 irá

então apresentar o formulário de requerimento de isenção de ISS Imposto para

a prefeitura Rio de Janeiro. Uma vez arquivado, que normalmente leva dois

dias úteis , a isenção do ISS será concedida, e o prestador de serviços

conseguirá marcar o benefício 17 na emissão de sua nota de serviço.

Se a empresa é localizada dentro do município do São Paulo, será

necessário habilitá-la junto à Prefeitura, de acordo com o Decreto nº 54.129, de

24/07/2013. (Esse processo de habilitação será feito pelo setor tributário do Rio

2016)

O prestador de serviços, localizado fora no município do Rio de

Janeiro, deve estar cadastrado no CEPOM do Rio de Janeiro, quando o serviço

prestado estiver na lista de serviços onde é obrigatório o cadastro – Os

optantes pelo SIMPLES NACIONAL também precisam proceder com o

21

cadastro no CEPOM (Cadastro de empresa prestadora de serviços em outro

município) - Rio de Janeiro - Consultar no site consultar o site

(https://dief.rio.rj.gov.br/dief/asp/cepom/consulta_situacao_empresas_prestador

as.asp)

Se estiver cadastrado não há retenção. Se não estiver cadastrado e o

serviço estiver na lista do Decreto – o Rio 2016 efetuará a retenção do ISS

para o Rio de Janeiro, o ônus dessa retenção será do prestador.

Siglas dos impostos brasileiros:

IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados;

PIS - Programa de Integração Social;

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações

de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação

IRF - Imposto de Renda Retido na Fonte

ISS - Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza

II – Imposto de Importação

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Consulta para checar a habilitação:

A lista de todas as pessoas jurídicas que tenham sido habilitados em

nível Federal está disponível no seguinte endereço:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitad

asParaJogos2016/RelacaodasPJ2016.htm

22

Usando a lista das pessoas jurídicas habilitadas, o Fornecedor/

Prestador de serviços será assegurado que estão comprando bens / serviços

de empresas que foram oficialmente autorizados a utilizar os benefícios

concedidos pela Lei do Imposto Olímpico, e eles também serão capazes de

verificar se o seu empregados / representantes / empreiteiros foram habilitados

nos termos do artigo 11 da Lei Federal 12780/13.

Como a lista será atualizado com frequência, é recomendável que o o

Fornecedor/ Prestador de serviços verifica essas informações em uma base

regular.

Emissão de documentação fiscal:

Os documentos fiscais devem ser emitidos para: Comitê Organizador

dos Jogos Olímpicos do Rio 2016

Dados Obrigatórios a serem inseridos na Nota Fiscal:

Data do vencimento;

Base legal para isenção de impostos (Conforme orientação

constante no tópico de Habilitação);

Base legal para qualquer outro tipo de isenção;

Contato de e-mail e telefone no campo do prestador de serviço;

Contato do requisitante do Rio2016, no campo de descrição da

NF.

Observações:

Documento emitido (quando em papel) tem que estar dentro da

validade para emissão;

Os documentos fiscais deverão trazer com clareza a descrição

dos materiais adquiridos ou dos serviços executados;

23

Os documentos fiscais não podem conter qualquer tipo de

rasura ou emenda;

Juntamente com os documentos fiscais, deverão ser enviados

os demais documentos, exigidos no contrato ou em norma

vigente, para que o pagamento possa ser realizado (ex.

certidões negativas/guias/relatórios);

As retenções dos tributos deverão, obrigatoriamente, estar

destacadas na nota fiscal;

Solicitar que o código da lista de serviços estabelecida na

legislação municipal (numérico – ex. 14.02 – assistência técnica)

esteja preenchido no campo específico da Nota Fiscal;

Colocar no campo de descrição da Nota Fiscal a data pretendida

para pagamento/vencimento.

A data de emissão da nota fiscal- NF deverá ser do mês

corrente, o mesmo do recebimento da nota fiscal pelo Rio2016,

antes do encerramento do mês. Ou seja, a nota fiscal precisa

ser contabilizada dentro do próprio mês de emissão para

atender ao regime de competência;

As multiplicações e somas devem estar corretas;

Inserir o número do contrato/proposta de todas as contratações

de serviços, independentemente do valor acertado, nos casos

em que houver emprego de material e mão de obra (ex.:

construção civil);

24

Garantir que o CNPJ da ordem de compra aprovada pelo

Rio2016 seja o mesmo CNPJ emissor da Nota Fiscal;

Nos serviços de construção civil, onde couber retenção do INSS,

é necessário que esteja descrito na nota fiscal e previsto em

contrato, a descriminação dos materiais e seus preços,

separadamente do valor de mão de obra;

Quando houver fornecimento de material não poderão existir

divergências entre os valores discriminados na proposta e na

NF;

As notas fiscais emitidas por empresas optantes pelo simples

nacional que não vierem com a declaração conforme Anexo 2,

terão seus tributos retidos, conforme disposição legal;

As notas fiscais que não vierem de acordo com as normas

legais, deverão ser canceladas ou corrigidas. Caso o

estado/município de emissão não seja adepto a “carta de

correção” a nota fiscal terá que ser refeita;

Havendo impossibilidade de cancelamento de notas de

mercadorias, caberá ao fornecedor emitir nota fiscal de entrada

para anular a operação. O Rio 2016 por não ter inscrição

estadual, não emite notas fiscais eletrônicas.

25

CAPÍTULO IV

HABILITAÇÃO DE EXPATRIADOS

Com base na legislação tributária interna brasileira, um estrangeiro é

considerado como residente fiscal no Brasil, se seu / sua presença no país

ultrapassa 183 dias em qualquer período de 12 meses. No caso da pessoa

física estrangeira for considerada como residente fiscal no Brasil, ele / ela

estará sujeito a imposto de renda pessoal.

Indivíduos estrangeiros enviados para o Brasil para contribuir para

entregar os Jogos serão considerados como não-residentes para fins fiscais

durante o período de 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2017, desde

que preencham as condições do artigo 11 da Lei Federal 12780/13, que afirma:

さEstão isentos do pagamento do imposto sobre a renda os rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos pelo CIO, por empresas vinculadas ao CIO, pelos Comitês Olímpicos Nacionais, pelas federações desportivas internacionais, pela WADA, pelo CAS, por empresas de mídia, transmissores credenciados e pelo RIO 2016, a pessoas físicas não residentes no Brasil, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de forma pessoal e direta na organização ou realização dos Eventos, que ingressarem no País com visto temporário.

§ 1 Para fins do disposto neste artigo, não caracteriza residência no País a permanência no Brasil durante o período de que trata o art. 23, salvo o caso de obtenção de visto permanente ou vínculo empregatício com pessoa distinta das referidas no caput.”

As seguintes pessoas podem qualificar-se como residente não-

tributário, desde que preencham as condições do artigo 11 da Lei Federal

12780/13:

Funcionários / representantes / contratados pelo COI e suas

entidades

Funcionários / representantes / contratados pelo WADA

Funcionários / representantes / contratados pelo CAS

26

Funcionários / representantes / contratados das empresas de

mídia credenciados e emissoras

Funcionários / representantes / contratados pelo Rio 2016

Os árbitros, juízes e indivíduos que operam os jogos.

Atletas (mas exclusivamente para o pagamento de recompensas

financeiras devido ao seu desempenho nos Jogos)

A fim de aproveitar os benefícios de imposto de renda pessoais

concedidos pelo Direito Tributário Olímpico, é obrigatório o cumprimento de

todos os requisitos estabelecidos.

Para habilitar um indivíduo expatriado atribuído ao Brasil no âmbito da

organização e realização dos Jogos, uma cópia dos seguintes documentos são

necessários em nível Federal, e devem ser fornecidos para área tributária do

Rio 2016.(não há procedimento de habilitação específica e necessária nos

níveis estaduais e municipais ):

a) Passaporte

b) Visto temporário Brasileiro

c) Preencher o formulário de requerimento para ADE de expatriado.

A área Tributária do Rio 2016, só vai concluir o processo de habilitação

para um trabalhador estrangeiro depois de terem recebido os documentos

listados acima dos provedores oficiais de visto.

Todos os documentos serão enviados digitalmente para a SRF por Rio

2016 em nome do reclamante. A habilitação é concedida à data da

apresentação do listadas acima.

Após uma revisão de toda a documentação (o que leva cerca de 30

dias de calendário), a SRF (Secretaria da Receita Federal do Brasil -

Departamento da Receita Federal do Brasil, a autoridade fiscal que emite atos

processuais, Instruções Normativas, controles e coleta todos os impostos

27

federais, e emite as certidões negativas) emitirá uma ADE, datada e contendo

um número de protocolo.

A lista de todas as pessoas físicas e jurídicas que tenham sido

habilitados em nível Federal está disponível no seguinte endereço:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitad

asParaJogos2016/RelacaodasPJ2016.htm

Usando a lista das pessoas jurídicas habilitadas e pessoas físicas,

estarão assegurados que estão comprando bens / serviços de empresas que

foram oficialmente autorizados a utilizar os benefícios concedidos pela Lei do

Imposto Olímpico, e eles também serão capazes de verificar se o seu

empregado / representantes / empreiteiros foram habilitados nos termos do

artigo 11 da Lei Federal 12780/13.

Consulta para checar a habilitação:

A lista de todas as pessoas físicas e jurídicas que tenham sido

habilitados em nível Federal está disponível no seguinte endereço:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitad

asParaJogos2016/RelacaodasPJ2016.htm

Usando a lista da pessoas físicas, o expatriado será assegurado que

foi oficialmente habilitado para utilizar os benefícios concedidos pela Lei do

Imposto Olímpico 12780/13.

A lista é atualizada com frequência pela Receita Federal.

28

Informações para viajantes que virão para o evento:

Para os viajantes que entram ou saem Brasil com dinheiro, local ou

moeda estrangeira, com valor total acima BRL10,000, é obrigatório apresentar

a Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV), através da internet, no

seguinte endereço www .edbv.receita.fazenda.gov.br, e siga para a autoridade

aduaneira, no momento da entrada ou saída, para fins de verificação.

O e-DBV só será considerado um documento hábil para comprovar a

entrada de dinheiro no País, ou saída, se tiver sido apresentado para a

alfândega como prova no momento da travessia das fronteiras.

O viajante, ao sair do país com dinheiro de um valor total acima de

BRL10,000 e acima do valor anteriormente declarado, no momento da entrada,

além do e-DBV, ele deve apresentar:

Prova de aquisição em moeda estrangeira a um banco autorizado ou

instituição credenciada para a troca no País, igual ou superior do declarado no

momento da entrada;

Declaração apresentada à receita Federal no momento da entrada no

Brasil;

Comprovante de recebimento em dinheiro ou cheque viajante, por

ordem de pagamento em moeda estrangeira em seu favor, ou retirada com

cartão de crédito internacional, no caso de viajante não-residente, estrangeiro

ou brasileiro.

Observação: Se o e-DBV não for apresentado, pode causar a retenção

ou até mesmo a perda do dinheiro acima BRL10,000, bem como a sanções de

acordo com a legislação brasileira

29

O que precisa ser feito para o Expatriado abrir uma conta bancária no Brasil:

Procedimento padrão para a abertura de uma conta bancária para os não residentes.

Documentos necessários:

Certificação de emprego por uma empresa local deve ser autenticada

por um órgão público.

Fornecer RNE (autorização local para trabalhar e viver no Brasil), - Um

documento para estrangeiros que irá ficar no Brasil mais de 12 meses.

CPF (Cadastro de Pessoa Física) - É um número de identificação para

os indivíduos atribuídos pela SRF para ambos os contribuintes brasileiros e

residentes não-fiscais (que pagam impostos no Brasil). Todos os brasileiros

estão registrados no Registro CPF. Segurando um número de CPF é um pré-

requisito para uma série de operações no Brasil (por exemplo, abertura de

conta bancária, atuando como representante legal).

Passaporte

30

CONCLUSÃO

O objetivo maior da lei Olímpica é que com a isenção fiscal, o Comitê

organizador dos jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, efetue seus

pagamentos aos seus fornecedores/ prestadores de serviços com preço líquido

(livre de impostos), para que com isso sobre orçamentos para maiores

investimentos, desenvolvimentos e futuros pagamentos.

Com esse benefício, todo o valor que seria pago em impostos está

sendo investido em infraestrutura, como obras e reformas que já estão sendo

feitas, em acessibilidade, como a construção de rodovias, melhoras de ruas e

estradas, modernização e desenvolvimento de alguns pontos, como por

exemplo, o centro do Rio de Janeiro, em projetos sociais para resgatar e

crianças adolescentes mostrando a importância do Esporte

Esse evento já está trazendo várias melhorias que beneficiarão muito a

cidade, que estará com um visual e estrutura completamente diferentes em

2016, e isso será usufruído por moradores e turistas durante e depois de

evento.

É muito importante que as empresas se qualifiquem e se habilitem para

essa isenção fiscal que nos foi dada com o propósito de ajudar financeiramente

para alcançarmos o objetivo e concluirmos as metas com excelência, para que

fique tudo impecável para os jogos e o evento, que serão de muita importância

e visibilidade internacional para a cidade do Rio de Janeiro.

O ano de 2016 está chegando, e com ele um dos maiores eventos que

a cidade do Rio de Janeiro irá obter, as Olimpíadas. Espero que com ela venha

bons exemplos para o povo brasileiro, de que como é importante o esporte e

como é possível com garra e determinação alcançar o objetivo. Espero que ela

ajude alguns jovens a seguirem o caminho do bem e a acreditarem que é

possível.

31

ANEXO I FORMULÁRIO DE REQUERIMENTO

32

ANEXO II

MODELO DE DECLARAÇÃO DE ISS

DECLARAÇÂO DE ISENÇÃO ISSQN

O COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO

2016 declara, nos termos do disposto no art. 10 da Lei Municipal nº 5.230, de 25 de

novembro de 2010, observado o disposto no § 1º do seu art. 9º, que os serviços

de_________ (especificar os serviços), prestados por _________ (nome do prestador

dos serviços), inscrito no CNPJ nº _________, inscrição municipal (RJ) n.º ________,

ao (especificar o contratante), estão diretamente relacionados à organização ou à

realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, conforme contrato/ordem de

prestação de serviços nº ___________ (incluir número de contrato).Esclarece, ainda,

que a presente declaração, no que se refere à isenção concedida pela mencionada

Lei, por nenhuma forma vincula ou obriga o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos

e Paralímpicos Rio 2016 ao prestador/tomador dos serviços, a quem incumbe,

exclusivamente, como estabelecido nos arts. 10 e 11 da referida Lei, na qualidade de

sujeito passivo da obrigação tributária, adotar, perante a Secretaria Municipal de

Fazenda do Rio de Janeiro e demais autoridades competentes, todas as medidas

necessárias para obtenção dos benefícios decorrentes da aludida isenção quanto ao

pagamento do Imposto sobre Serviços – ISS, incluídas as obrigações acessórias. O

sujeito passivo, no caso de eventual exigência fiscal, é o único responsável, perante

o Município do Rio de Janeiro, pelo recolhimento do crédito tributário.

Rio de Janeiro, ___ de ___________ de _____.

__________________________________________________________________

_

COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016

33

ANEXO III

FORMULÁRIO DE REQUERIMENTO DE ADE

PESSOA FÍSICA

34

ANEXO IV

LEI FEDERAL 12780/13 Lei 12780 de 09 de janeiro 2013 (Federal)

Diário Oficial do Executivo Federal de 10 de janeiro de 2013

Dispõe sobre medidas tributárias referentes aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no

Brasil.

O presidente do Brasil.

Declaro que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1. Esta Lei dispõe sobre medidas tributárias aplicáveis às operações diretamente

relacionadas à organização ou realização dos eventos referentes à realização, no Brasil, dos Jogos

Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016.

CAPITULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º. Para fins do disposto nesta Lei, serão observadas as seguintes definições:

I - Comité International Olympique - CIO - pessoa jurídica domiciliada no exterior, de duração

ilimitada, na forma de associação com personalidade jurídica e reconhecida pelo Conselho Federal

Suíço;

II - empresas vinculadas ao CIO - pessoas jurídicas, domiciliadas no exterior ou no Brasil,

pertencentes ou controladas pelo CIO, direta ou indiretamente, na forma definida no § 2º do art. 243 da

Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

III - Autoridade Pública Olímpica - APO - consórcio público constituído pela União, o Estado do

Rio de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro sob a forma de autarquia em regime especial;

IV - Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 - RIO 2016 - pessoa jurídica sem fins

lucrativos, domiciliada no Brasil, constituída com o objetivo de fomentar, desenvolver e viabilizar os

requisitos previstos nas garantias firmadas pelo Município do Rio de Janeiro ao CIO, para a realização

das Olimpíadas de 2016;

V - Jogos - os Jogos Olímpicos de 2016 e os Jogos Paraolímpicos de 2016;

VI - Eventos - os Jogos e as seguintes atividades a eles relacionadas, oficialmente organizadas,

chanceladas, patrocinadas, ou apoiadas pelo CIO, APO ou RIO 2016:

a) congressos do CIO, banquetes, cerimônias de abertura, encerramento, premiação e outras

cerimônias, sorteio preliminar, final e quaisquer outros sorteios, lançamentos de mascote e outras

atividades de lançamento;

b) seminários, reuniões, conferências, workshops e coletivas de imprensa;

c) atividades culturais, tais como concertos, exibições, apresentações, espetáculos ou outras

expressões culturais, e projetos beneficentes oficialmente patrocinados pelo CIO, APO ou RIO 2016;

d) sessões de treinamento, de amistosos e de competição oficial dos esportes presentes nos

Jogos; e

35

e) outras atividades necessárias à realização ou organização dos Jogos;

VII - Comitês Olímpicos Nacionais - comitês domiciliados no exterior reconhecidos pelo CIO e

responsáveis pela representação do respectivo país nos Jogos e pela cooperação com governos e

entidades não governamentais durante os Jogos;

VIII - federações desportivas internacionais - pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, que

administram cada uma das modalidades dos esportes olímpicos em âmbito mundial e acompanham as

organizações que administram os esportes em âmbito nacional;

IX - entidades nacionais e regionais de administração do desporto olímpico - Comitê Olímpico

Brasileiro, Comitê Paraolímpico Brasileiro e outras pessoas jurídicas de direito privado que administram

os esportes olímpicos no Brasil;

X - World Anti-Doping Agency - WADA - agência internacional independente, domiciliada no

exterior, que promove, coordena e monitora o combate às drogas no esporte;

XI - Court of Arbitration for Sport - CAS - organismo de arbitragem internacional, domiciliado

no exterior, criado para resolver litígios relacionados com o desporto;

XII - empresas de mídia e transmissores credenciados - pessoas jurídicas, domiciliadas no

Brasil ou no exterior, responsáveis pela captação e transmissão de imagem dos Jogos dentro de sua

área, conforme contrato firmado com o CIO, com empresa vinculada ao CIO ou com o RIO 2016;

XIII - patrocinadores dos Jogos - pessoas jurídicas, domiciliadas no Brasil ou no exterior,

patrocinadoras dos Jogos com base em relação contratual firmada diretamente com o CIO, com empresa

vinculada ao CIO ou com o RIO 2016;

XIV - prestadores de serviços do CIO - pessoas jurídicas, domiciliadas no Brasil ou no exterior,

licenciadas ou nomeadas com base em relação contratual pelo CIO ou por empresa vinculada

ao CIO para prestar serviços relacionados à organização e produção dos Eventos;

XV - prestadores de serviços do RIO 2016 - pessoas jurídicas, domiciliadas no Brasil ou no

exterior, licenciadas ou nomeadas com base em relação contratual pelo RIO 2016 para prestar serviços

relacionados à organização e produção dos Eventos;

XVI - voluntários dos Jogos - pessoas físicas, domiciliadas no Brasil ou no exterior, que

dedicam parte de seu tempo, sem vínculo empregatício, para auxiliar na organização, administração ou

realização dos Eventos, perante o CIO, a empresa vinculada ao CIO ou ao RIO 2016; e

XVII - bens duráveis - aqueles cuja vida útil ultrapasse o período de 1 (um) ano.

Parágrafo único. O Poder Executivo poderá estabelecer condições convenientes à defesa dos

interesses nacionais, inclusive quanto ao montante de capital destinado às operações no País e à

individualização do seu representante legal para solucionar quaisquer questões e receber comunicações

oficiais.

Art. 3º. Para gozar dos benefícios tributários referidos nesta Lei, o CIO, as empresas

vinculadas ao CIO, o CAS, a WADA, os Comitês Olímpicos Nacionais, as federações desportivas

internacionais, as empresas de mídia e transmissores credenciados, os patrocinadores dos Jogos, os

prestadores de serviços do CIO e os prestadores de serviços do RIO 2016 devem estabelecer-se no Brasil

caso efetuem, ainda que somente para organização ou realização dos Jogos, uma das seguintes

atividades:

I - comercialização, realizada no Brasil, de produtos e serviços; ou

II - contratação de pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício.

Parágrafo único. O Poder Executivo poderá dispor sobre procedimentos diferenciados e

simplificados para o estabelecimento no Brasil das pessoas jurídicas tratadas no caput.

36

CAPÍTULO II

DA DESONERAÇÃO DE TRIBUTOS

Seção I

Da Isenção na Importação

Art. 4º. Fica concedida, na forma estabelecida em regulamento, isenção do pagamento de

tributos federais incidentes nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou consumo

exclusivo em atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos, tais

como:

I - troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos

comemorativos;

II - material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a

serem distribuídos gratuitamente ou utilizados nos Eventos; e

III - outros bens não duráveis, assim considerados aqueles cuja vida útil seja de até 1 (um)

ano, dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em atividades esportivas da mesma

magnitude.

§ 1o A isenção de que trata este artigo abrange os seguintes impostos, contribuições e taxas:

I - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI vinculado à importação, incidente no

desembaraço aduaneiro;

II - Imposto de Importação - II;

III - Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do

Servidor Público incidente sobre a importação de bens e serviços - PIS/Pasep-Importação;

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social incidente sobre a importação de

bens e serviços - COFINS-Importação;

V - Taxa de utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior;

VI - Taxa de utilização do Sistema Eletrônico de Controle da Arrecadação do Adicional ao

Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - MERCANTE;

VII - Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM;

VIII - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE incidente sobre a importação

de combustíveis; e

IX - Contribuição para o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio

à Inovação, instituída pela Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000.

§ 2o O disposto neste artigo, observados os requisitos estabelecidos pela Secretaria da

Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, aplica-se somente às importações promovidas:

I - pelo CIO;

II - por empresa vinculada ao CIO;

III - por Comitês Olímpicos Nacionais;

IV - por federações desportivas internacionais;

V - pela WADA;

VI - pelo CAS;

VII - por entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico;

VIII - pelo RIO 2016;

IX - por patrocinadores dos Jogos;

X - por prestadores de serviços do CIO;

37

XI - por prestadores de serviços do RIO 2016;

XII - por empresas de mídia e transmissores credenciados; e

XIII - por intermédio de pessoa física ou jurídica contratada pelas pessoas referidas nos incisos

I a XII para representá-los.

§ 3o As importações efetuadas na forma deste artigo não darão, em nenhuma hipótese,

direito a crédito da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social - COFINS.

§ 4o A isenção concedida nos termos deste artigo será aplicável, também, a bens duráveis de

que trata o art. 4o cujo valor unitário, apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral Sobre

Tarifas e Comércio - GATT 1994, seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

§ 5º (VETADO).

Art. 5º. A isenção de que trata o art. 4o não se aplica à importação de bens e equipamentos

duráveis destinados aos Eventos, que poderão ser admitidos no País sob o Regime Aduaneiro Especial de

Admissão Temporária, com suspensão do pagamento dos tributos incidentes sobre a importação.

§ 1o O Regime de que trata o caput é aplicável, entre outros, aos seguintes bens duráveis:

I - equipamento técnico-esportivo;

II - equipamento técnico de gravação e transmissão de sons e imagens;

III - equipamento médico; e

IV - equipamento técnico de escritório.

§ 2o Na hipótese prevista no caput, será concedida suspensão total dos tributos federais

relacionados no § 1o do art. 4o, inclusive em caso de bens admitidos temporariamente no País para

utilização econômica, observados os requisitos e as condições estabelecidos pela Secretaria da Receita

Federal do Brasil do Ministério da Fazenda.

§ 3o Será dispensada a apresentação de garantias dos tributos suspensos, observados os

requisitos e as condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da

Fazenda.

Art. 6º. A suspensão de que trata o art. 5o, concedida aos bens referidos no seu § 1o, será

convertida em isenção, desde que utilizados nos Eventos e que, em até 180 (cento e oitenta) dias,

contados do termo final do prazo estabelecido pelo art. 23, sejam:

I - reexportados para o exterior;

II - doados à União, que poderá repassá-los a:

a) entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101, de

27 de novembro de 2009, desde que atendidos os requisitos do art. 29 da Lei nº 12.101, de 27 de

novembro de 2009, e do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997; ou

b) pessoas jurídicas de direito público; ou

III - doados, diretamente pelos beneficiários, a:

a) entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101, de

27 de novembro de 2009, desde que atendidos os requisitos do art. 29 da Lei nº 12.101, de 27 de

novembro de 2009, e do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;

b) pessoas jurídicas de direito público; ou

c) entidades desportivas, sem fins lucrativos, entidades de administração do desporto, ou

outras pessoas jurídicas sem fins lucrativos com objetos sociais relacionados à prática de esportes,

desenvolvimento social, proteção ambiental ou assistência a crianças, desde que atendidos os requisitos

das alíneas a a g do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.

38

§ 1o As entidades relacionadas na alínea c do inciso III do caput deverão ser reconhecidas

pelos Ministérios do Esporte, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ou do Meio Ambiente,

conforme critérios a serem definidos em atos expedidos pelos respectivos órgãos certificadores.

§ 2o As entidades de assistência a crianças a que se refere a alínea c do inciso III

do caput são aquelas que recebem recursos dos fundos controlados pelos Conselhos Municipais,

Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

§ 3o As entidades de prática de esportes a que se refere a alínea c do inciso III

do caput deverão aplicar as doações em apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos

previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.

§ 4o As importações efetuadas na forma deste artigo não darão, em nenhuma hipótese,

direito a crédito da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Art. 7º A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda poderá editar atos

normativos específicos relativos ao tratamento tributário aplicável à bagagem dos viajantes que

ingressarem no País para participar dos Eventos de que trata esta Lei.

Seção II

Das Isenções Concedidas a Pessoas Jurídicas

Art. 8o Fica concedida ao CIO e às empresas a ele vinculadas e domiciliadas no exterior, em

relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização

ou realização dos Eventos, isenção do pagamento dos seguintes tributos federais:

I - impostos:

a) Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF; e

b) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores

Mobiliários - IOF;

II - contribuições sociais:

a) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do

Servidor Público incidente sobre a importação - PIS/Pasep-Importação; e

b) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social incidente sobre a importação de

bens e serviços - COFINS-Importação; e

III - contribuições de intervenção no domínio econômico:

a) Contribuição para o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à

Inovação, instituída pela Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000; e

b) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico para o Desenvolvimento da Indústria

Cinematográfica Nacional - CONDECINE, instituída pela Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro

de 2001.

§ 1o A isenção prevista nos incisos I e III do caput aplica-se exclusivamente:

I - aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados, ou remetidos:

a) ao CIO ou às empresas a ele vinculadas, inclusive mediante o fornecimento de bens ou

prestação de serviços; ou

b) pelo CIO ou por empresas a ele vinculadas, na forma prevista na alínea a;

II - às remessas efetuadas pelo CIO ou por empresas a ele vinculadas ou por eles recebidas; e

III - às operações de câmbio e seguro realizadas pelo CIO ou por empresas a ele vinculadas.

§ 2o A isenção prevista nas alíneas a e b do inciso II do caput refere-se a importação de

serviços pelo CIO ou por empresas a ele vinculadas.

39

§ 3o O disposto neste artigo não desobriga a pessoa jurídica domiciliada no Brasil e a pessoa

física residente no Brasil que aufiram renda de qualquer natureza, recebida das pessoas jurídicas de que

trata o caput, do pagamento do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e do Imposto sobre a

Renda da Pessoa Física - IRPF, respectivamente, observada a legislação específica.

§ 4o A isenção de que trata este artigo não alcança os rendimentos e ganhos de capital

auferidos em operações financeiras ou alienação de bens e direitos.

§ 5o As pessoas jurídicas de que trata o caput, caso contratem serviços executados mediante

cessão de mão de obra, estão desobrigadas de reter e recolher a contribuição previdenciária prevista

no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

Art. 9o Fica concedida às empresas vinculadas ao CIO, e domiciliadas no Brasil, em relação

aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou

realização dos Eventos, isenção do pagamento dos seguintes tributos federais:

I - impostos:

a) IRPJ;

b) IRRF;

c) IOF incidente na operação de câmbio e seguro; e

d) IPI, na saída de produtos importados do estabelecimento importador;

II - contribuições sociais:

a) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

b) Contribuição para o PIS/Pasep e PIS/Pasep-Importação; e

c) Cofins e Cofins-Importação; e

III - contribuições de intervenção no domínio econômico:

a) Contribuição para o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à

Inovação, instituída pela Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000; e

b) Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE,

instituída pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001.

§ 1o As isenções previstas neste artigo aplicam-se exclusivamente:

I - no que se refere à alínea a do inciso I do caput e à alínea a do inciso II do caput, às

receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas pessoas jurídicas referidas no caput;

II - no que se refere à alínea b do inciso I do caput e ao inciso III do caput:

a) aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, em espécie,

pelas pessoas jurídicas referidas no caput; ou

b) aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, em espécie, para

as pessoas jurídicas referidas na alínea a deste inciso; e

III - no que se refere à alínea c do inciso I do caput, às operações de câmbio e seguro

realizadas pelas pessoas jurídicas referidas no caput.

§ 2o A isenção de que trata a alínea b do inciso I do caput não desobriga as pessoas jurídicas

referidas no caput da retenção do imposto sobre a renda, de que trata o art. 7º da Lei nº 7.713, de 22

de dezembro de 1988.

§ 3o Não serão admitidos os descontos de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep ou da

Cofins, previstos respectivamente no art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no art. 3º

da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, pelos adquirentes, em relação às vendas realizadas pelas

pessoas jurídicas referidas no caput.

40

§ 4o As pessoas jurídicas referidas no caput, caso contratem serviços executados mediante

cessão de mão de obra, estão desobrigadas de reter e recolher a contribuição previdenciária prevista

no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

§ 5o O disposto neste artigo:

I - não isenta a pessoa física residente no Brasil que aufira renda ou proventos de qualquer

natureza decorrentes da prestação de serviços à pessoa jurídica de que trata o caput, das contribuições

previdenciárias previstas nos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; e

II - não isenta a pessoa jurídica de que trata o caput de recolher a contribuição social prevista

na alínea a do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e as contribuições

administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda na forma do art. 3º

da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, devidas por lei a terceiros, assim entendidos os fundos

públicos e as entidades privadas de serviço social e de formação profissional.

§ 6o O disposto neste artigo não desobriga as pessoas jurídicas de que trata o caput de reter

e recolher a contribuição previdenciária dos segurados empregados e contribuintes individuais a seu

serviço, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e do art. 4º da Lei nº 10.666, de

8 de maio de 2003.

§ 7o A isenção de que trata este artigo não alcança os rendimentos e ganhos de capital

auferidos em operações financeiras ou alienação de bens e direitos.

Art. 10. Fica concedida ao RIO 2016, em relação aos fatos geradores decorrentes das

atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos, isenção do

pagamento dos seguintes tributos federais:

I - impostos:

a) IRPJ;

b) IRRF;

c) IOF; e

d) IPI, na saída de produtos importados do estabelecimento importador;

II - contribuições sociais:

a) CSLL;

b) Contribuição para o PIS/Pasep e PIS/Pasep-Importação;

c) Cofins e Cofins-Importação;

d) contribuições sociais previstas na alínea a do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de

24 de julho de 1991; e

e) contribuições administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da

Fazenda na forma do art. 3º da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, devidas por lei a terceiros, assim

entendidos os fundos públicos e as entidades privadas de serviço social e de formação profissional; e

III - contribuições de intervenção no domínio econômico:

a) Contribuição para o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à

Inovação, instituída pela Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000; e

b) Condecine, instituída pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001.

§ 1o As isenções previstas neste artigo aplicam-se exclusivamente:

I - no que se refere à alínea a do inciso I do caput e à alínea a do inciso II do caput, às

receitas, lucros e rendimentos auferidos pelo RIO 2016;

II - no que se refere à alínea b do inciso I do caput e ao inciso III do caput, aos rendimentos

pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos pelo RIO 2016 ou para o RIO 2016, inclusive

mediante o fornecimento de bens ou a prestação de serviços; e

41

III - no que se refere à alínea c do inciso I do caput, às operações de crédito, câmbio e seguro

realizadas pelo RIO 2016.

§ 2o A isenção de que trata a alínea b do inciso I do caput não desobriga o RIO 2016 da

retenção do imposto sobre a renda, de que trata o art. 7º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.

§ 3o Não serão admitidos os descontos de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep ou da

Cofins, previstos respectivamente no art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no art. 3º

da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, pelos adquirentes, em relação às vendas realizadas pelo

RIO 2016.

§ 4o O disposto neste artigo não isenta a pessoa física residente no País que aufira renda ou

proventos de qualquer natureza decorrentes da prestação de serviços ao RIO 2016 das contribuições

previdenciárias previstas nos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

§ 5o O disposto neste artigo não desobriga o RIO 2016 de reter e recolher:

I - a contribuição previdenciária dos segurados empregados e contribuintes individuais a seu

serviço, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e do art. 4º da Lei nº 10.666, de

8 de maio de 2003; e

II - a contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

§ 6o A isenção de que trata este artigo não alcança os rendimentos e ganhos de capital

auferidos em operações financeiras ou alienação de bens e direitos.

Seção III

Das Isenções a Pessoas Físicas Não Residentes

Art. 11º Estão isentos do pagamento do imposto sobre a renda os rendimentos pagos,

creditados, empregados, entregues ou remetidos pelo CIO, por empresas vinculadas ao CIO, pelos

Comitês Olímpicos Nacionais, pelas federações desportivas internacionais, pela WADA, pelo CAS, por

empresas de mídia, transmissores credenciados e pelo RIO 2016, a pessoas físicas não residentes no

Brasil, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de forma pessoal e direta na

organização ou realização dos Eventos, que ingressarem no País com visto temporário.

§ 1o Para fins do disposto neste artigo, não caracteriza residência no País a permanência no

Brasil durante o período de que trata o art. 23, salvo o caso de obtenção de visto permanente ou vínculo

empregatício com pessoa distinta das referidas no caput.

§ 2o Sem prejuízo dos acordos, tratados e convenções internacionais firmados pelo Brasil ou

da existência de reciprocidade de tratamento, os demais rendimentos recebidos de fonte no Brasil,

inclusive o ganho de capital na alienação de bens e direitos situados no País e os rendimentos auferidos

em operações financeiras, pelas pessoas físicas referidas no caput são tributados de acordo com normas

específicas aplicáveis aos não residentes no Brasil.

§ 3o As isenções de que trata este artigo aplicam-se, inclusive, aos árbitros, juízes, pessoas

físicas prestadores de serviços de cronômetro e placar e competidores, sendo no caso destes últimos,

exclusivamente quanto ao pagamento de recompensas financeiras como resultado do seu desempenho

nos Jogos.

§ 4o Os Comitês Olímpicos Nacionais, o CAS, a WADA e as federações desportivas

internacionais, caso contratem serviços executados mediante cessão de mão de obra, estão

desobrigados de reter e recolher a contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24

de julho de 1991.

42

Seção IV

Da Desoneração de Tributos Indiretos nas Aquisições Realizadas no Mercado Interno

Art. 12º.Ficam isentos do pagamento do IPI, na forma estabelecida em regulamento, os

produtos nacionais adquiridos pelas pessoas jurídicas mencionadas no § 2o do art. 4o diretamente de

estabelecimento industrial fabricante, para uso ou consumo na organização ou realização dos Eventos.

§ 1o O disposto neste artigo não se aplica aos bens e equipamentos duráveis adquiridos para

utilização nos Eventos.

§ 2o A isenção prevista neste artigo será aplicada, também, nos casos de doação e dação em

pagamento, e de qualquer outra forma de pagamento, inclusive mediante o fornecimento de bens ou

prestação de serviços.

§ 3o A isenção prevista neste artigo aplica-se somente aos bens adquiridos diretamente de

pessoa jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016 e habilitada pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, nos termos do art. 19.

Art. 13º. Fica suspenso o pagamento do IPI incidente sobre os bens duráveis adquiridos

diretamente de estabelecimento industrial, para utilização nos Eventos, pelas pessoas jurídicas

mencionadas no § 2o do art. 4o.

§ 1o A suspensão de que trata o caput será convertida em isenção desde que os bens

adquiridos com suspensão sejam utilizados nos Eventos e que, em até 180 (cento e oitenta) dias

contados do término do prazo estabelecido pelo art. 23, sejam:

I - exportados para o exterior; ou

II - doados na forma disposta no art. 6o.

§ 2o A suspensão prevista neste artigo aplica-se somente aos bens adquiridos diretamente de

pessoa jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016 e habilitada pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, nos termos do art. 19.

§ 3o A suspensão prevista neste artigo será aplicada, também, nos casos de doação e dação

em pagamento, e de qualquer outra forma de pagamento, inclusive mediante o fornecimento de bens ou

prestação de serviços.

Art. 14º. As vendas de mercadorias e a prestação de serviços ocorridas no mercado interno

para as pessoas jurídicas mencionadas no § 2o do art. 4o destinadas exclusivamente à organização ou à

realização dos Eventos serão efetuadas com suspensão do pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep

e da Cofins.

§ 1o A suspensão de que trata o caput não impedirá a manutenção pelos vendedores ou pelos

prestadores de serviços dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins vinculados às

operações realizadas com a referida suspensão.

§ 2o A suspensão de que trata este artigo será convertida em isenção depois da comprovação

da utilização ou consumo das mercadorias ou serviços, de que trata o caput, nas finalidades previstas

nesta Lei.

§ 3o Ficam as pessoas jurídicas mencionadas no § 2o do art. 4o obrigadas solidariamente a

recolher, na condição de responsáveis, as contribuições não pagas em decorrência da suspensão de que

trata este artigo, acrescidas de juros e multa de mora, na forma da legislação específica, calculados a

partir da data da aquisição, caso não utilizem ou consumam as mercadorias ou serviços de que trata

o caput com as finalidades previstas nesta Lei.

43

§ 4o A suspensão prevista neste artigo aplica-se somente aos bens adquiridos diretamente de

pessoa jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016 e habilitada pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, nos termos do art. 19.

§ 5o A suspensão, e posterior conversão em isenção, de que trata este artigo não dará, em

hipótese alguma, direito a crédito da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins às pessoas jurídicas

mencionadas no § 2o do art. 4o.

§ 6o O disposto neste artigo aplica-se ainda aos bens e equipamentos duráveis destinados à

utilização nos Eventos, desde que tais bens e equipamentos sejam, em até 180 (cento e oitenta) dias

contados do término do prazo estabelecido pelo art. 23:

I - exportados para o exterior; ou

II - doados na forma disposta no art. 6o.

§ 7o A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda poderá relacionar os

bens passíveis de aplicação dos benefícios previstos neste artigo.

Seção V

Do Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins

Art. 15º. A Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins serão apuradas pelas pessoas jurídicas

mencionadas no § 2o do art. 4o, quando domiciliadas no Brasil, na forma do art. 8º da Lei nº 10.637, de

30 de dezembro de 2002, e do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

Seção VI

Da Contraprestação de Patrocinador em Espécie, Bens e Serviços

Art. 16º. Aplica-se o disposto nos arts. 12 a 14 aos patrocínios sob a forma de bens

fornecidos por patrocinador dos Jogos domiciliado no País.

Parágrafo único. O patrocínio de que trata este artigo deve estar diretamente vinculado ao

contrato mencionado no inciso XIII do caput do art. 2o.

Art. 17º. Aplica-se o disposto nos arts. 8o, 9o e 10 aos patrocínios em espécie efetuados por

patrocinador dos Jogos domiciliado no País.

Parágrafo único. O patrocínio de que trata este artigo deve estar diretamente vinculado ao

contrato mencionado no inciso XIII do caput do art. 2o.

Art. 18º. Aplica-se o disposto no art. 14 aos patrocínios sob a forma de prestação de serviços

efetuados por patrocinador dos Jogos domiciliado no País.

Parágrafo único. O patrocínio de que trata este artigo deve estar diretamente vinculado ao

contrato mencionado no inciso XIII do caput do art. 2o.

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 19º. O CIO ou o RIO 2016 indicará à Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério

da Fazenda as pessoas físicas ou jurídicas passíveis de habilitação ao gozo dos benefícios instituídos por

esta Lei.

44

§ 1o As pessoas indicadas pelo CIO ou pelo RIO 2016 que atenderem aos requisitos

estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda serão habilitadas

nos termos do caput.

§ 2o Na impossibilidade de o CIO ou o RIO 2016 indicarem as pessoas de que trata o caput,

caberá à APO indicá-las.

§ 3o As pessoas físicas e jurídicas habilitadas na forma do caput deverão apresentar

documentação comprobatória que as vincule às atividades intrínsecas à realização e à organização dos

Eventos, sem prejuízo do cumprimento dos requisitos a serem estabelecidos pelos órgãos oficiais

referidos no § 1o.

§ 4o Os contratos firmados pelas pessoas físicas e jurídicas habilitadas na forma

do caput, que tenham relação com a organização e a realização dos Eventos, deverão ser divulgados em

sítio eletrônico e em locais físicos a serem definidos pelos órgãos competentes, de modo a permitir o

acompanhamento por toda a sociedade e conferir transparência ao processo.

Art. 20º. As desonerações previstas nesta Lei aplicam-se somente às operações em que

o CIO, o RIO 2016 e as demais pessoas jurídicas mencionadas no art. 2o demonstrarem, por meio de

documentação fiscal ou contratual idônea, estarem relacionadas com a organização ou realização dos

Eventos, nos termos da regulamentação prevista no art. 26.

Art. 21º. Eventuais tributos federais recolhidos indevidamente com inobservância do

disposto nesta Lei serão restituídos de acordo com as regras previstas na legislação específica

brasileira.

Art. 22º. A utilização dos benefícios fiscais concedidos por esta Lei, em desacordo com os

seus termos, sujeitará o beneficiário, ou o responsável tributário, ao pagamento dos tributos devidos e

dos acréscimos legais, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.

Parágrafo único. Ficam o CIO e o RIO 2016 sujeitos aos pagamentos referidos no caput, no

caso de impossibilidade ou dificuldade de identificação do sujeito passivo ou do responsável tributário

em razão de vício contido na indicação de que trata o art. 19.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. O disposto nesta Lei será aplicado aos fatos geradores que ocorrerem entre 1o de

janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2017.

Art. 24. O disposto nesta Lei em relação ao CIO aplica-se ao International Paralympic

Committee - IPC e a suas empresas vinculadas, e os benefícios, as definições e demais disposições desta

Lei, referentes aos Jogos Olímpicos de 2016, abrangem e regulam as pessoas jurídicas ou físicas,

comitês, operações e eventos de mesma natureza relacionados aos Jogos Paraolímpicos de 2016.

Art. 25. (VETADO).

Art. 26. As alterações na legislação tributária posteriores à publicação desta Lei serão

contempladas em lei específica destinada a preservar as medidas ora instituídas.

Art. 27. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, nos

termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e os demais órgãos competentes da

administração pública federal, no âmbito de suas competências, disciplinarão a aplicação do disposto

nesta Lei.

Art. 28. (VETADO).

45

Art. 29. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional e fará publicar, até o dia

1o de agosto de 2018, prestação de contas relativas aos Jogos Olímpicos de 2016 e Jogos Paraolímpicos

de 2016, em que conste, dentre outras informações que possam ser atribuídas aos Jogos, as seguintes:

I - renúncia fiscal total;

II - aumento de arrecadação;

III - geração de empregos;

IV - número de estrangeiros que ingressaram no País para assistir aos Jogos; e

V - custo das obras de que tratam os Jogos Olímpicos de 2016 e Jogos Paraolímpicos de 2016.

Parágrafo único. Deverá o Poder Executivo encaminhar, anualmente, entre 2013 e 2017, até

o dia 1o de agosto de cada ano, prestações de contas parciais, apresentando os resultados referentes

aos incisos I e II deste artigo.

Art. 30. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos bens referentes aos Jogos Olímpicos de

2016 e aos Jogos Paraolímpicos de 2016 e aos eventos relacionados e oficialmente organizados,

chancelados, patrocinados, ou apoiados pelo CIO e Rio 2016, realizados no País, a serem

comercializados com a logomarca dos Jogos e Eventos, poderão ser produzidos no Brasil.

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de janeiro de 2013; 192o da Independência e 125o da República.

DILMA ROUSSEFF

46

ANEXO V

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB No 1.335, DE 26

DE FEVEREIRO DE 2013 D.O.U.: 27.02.2013

Estabelece procedimentos para habilitação ao gozo dos benefícios fiscais referentes à realização, no Brasil, dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016, de que trata a Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto na Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, resolve:

Art. 1º Os procedimentos necessários à habilitação de que trata o art. 19 da Lei nº 12.780, de

9 de janeiro de 2013, para fins de gozo dos benefícios fiscais nela previstos, relativos à realização, no

Brasil, dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016, são os estabelecidos nesta

Instrução Normativa.

Parágrafo único. A habilitação de que trata o caput:

I - não dispensa a habilitação de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca

de Manaus para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) nem o credenciamento

de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro, disciplinada na

Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012; e

II - não gera direito automático ao usufruto dos benefícios fiscais pendentes de

regulamentação, nos termos da Lei nº 12.780, de 2013.

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES PARA HABILITAÇÃO

Art. 2º Poderão usufruir dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.780, de 2013, somente

as pessoas físicas e jurídicas habilitadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na forma

desta Instrução Normativa.

Parágrafo único. Não poderão habilitar-se à fruição dos benefícios fiscais, as pessoas

jurídicas:

I - optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições

devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

II - de que trata o inciso I do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002; e

III - com situação fiscal irregular perante a RFB.

Art. 3º A habilitação do Comité International Olympique (CIO) e das empresas a ele

vinculadas, do Court of Arbitration for Sport (CAS), da World Anti-Doping Agency (WADA), dos Comitês

Olímpicos Nacionais, das federações desportivas internacionais, das empresas de mídia e transmissores

credenciados, dos patrocinadores dos Jogos, dos prestadores de serviços do CIO e dos prestadores de

serviços do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (RIO 2016) está condicionada ao respectivo

estabelecimento no Brasil, nos termos da legislação, caso efetuem, ainda que somente para organização

ou realização dos Jogos, uma das seguintes atividades:

47

I - comercialização, realizada no Brasil, de produtos e serviços; ou

II - contratação de pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício.

Art. 4º A habilitação de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior para gozo dos benefícios

fiscais previstos na Lei nº 12.780, de 2013, nos casos em que não seja prevista a obrigatoriedade de

estabelecimento no País nos termos do art. 3º, será condicionada:

I - à indicação de representante, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para resolver

quaisquer questões e receber comunicações oficiais; e

II - à inscrição, da pessoa jurídica a ser habilitada, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

(CNPJ).

§ 1º O representante a que se refere o inciso I do caput deverá ser domiciliado no Brasil e ter

sua indicação efetuada por meio de procuração, cuja cópia autenticada deverá ser anexada ao

requerimento de habilitação, observado ainda que:

I - a procuração particular outorgada no Brasil deverá ter reconhecimento de firma do

signatário;

II - a procuração outorgada em outro país deverá ser autenticada por repartição consular

brasileira e estar acompanhada de sua tradução juramentada, caso não esteja em língua portuguesa.

§ 2º Em relação aos Comitês Olímpicos Nacionais e Federações Desportivas Internacionais, a

indicação do representante, a que se refere o inciso I do caput, poderá recair sobre o dirigente da

entidade, informado pelo COI ou RIO 2016, hipótese em que a inscrição dele, de ofício no CPF, caso já

não esteja inscrito, será efetuada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) do domicílio

tributário do COI ou do RIO 2016 no Brasil.

§ 3º A inscrição do CNPJ a que se refere o inciso II do caput será realizada de ofício pela DRF

do domicílio tributário da requerente, observando-se o seguinte:

I - o nome empresarial deverá corresponder ao nome da entidade no seu país de origem

acrescido da expressão "Lei nº 12.780/2013";

II - a natureza jurídica deverá ser 221-6 (Empresa Domiciliada no Exterior);

III - o endereço deverá corresponder àquele constante do requerimento de habilitação;

IV - o representante da entidade no CNPJ deverá ser aquele de que trata o inciso I do caput,

observado o disposto nos §§ 1º e 2º.

Art. 5º Todos os contratos firmados pelos habilitados que tenham relação com a organização e

a realização dos Eventos deverão ser apresentados à DRF do domicílio tributário da requerente até o

último dia útil do mês de março do ano seguinte ao da sua assinatura.

Parágrafo único. A obrigação disposta no caput aplica-se à apresentação pelos habilitados dos

demais documentos comprobatórios que os vincule às atividades intrínsecas à realização e à organização

dos Eventos.

CAPÍTULO II

DA HABILITAÇÃO

Art. 6º O CIO ou o RIO 2016 deverá requerer à RFB a habilitação das pessoas físicas ou

jurídicas para gozo dos benefícios previstas na Lei nº 12.780, de 2013.

§ 1º A habilitação prevista no caput será requerida, conforme o caso, por meio dos

formulários constantes dos Anexos I ou II a esta Instrução Normativa.

48

§ 2º A solicitação de habilitação de mais de uma pessoa física poderá ser efetuada por meio

de um único formulário.

§ 3º Na impossibilidade de o CIO ou o RIO 2016 requerer a habilitação das pessoas de que

trata o caput, a Autoridade Pública Olímpica (APO) poderá requerer.

CAPÍTULO III

DA APRESENTAÇÃO E DA ANÁLISE DO REQUERIMENTO

Art. 7º O requerimento de habilitação deverá ser encaminhado à DRF do domicílio tributário

da requerente.

Art. 8º Para a concessão da habilitação, a DRF deverá verificar o cumprimento das condições

estabelecidas no parágrafo único do art. 2º.

§ 1º A regularidade fiscal será verificada em procedimento interno da RFB, ficando dispensada

a juntada de documentos comprobatórios.

§ 2º Na hipótese de ser constatada insuficiência na instrução do pedido, a requerente deverá

ser intimada a regularizar as pendências no prazo de 20 (vinte) dias, contado da ciência da intimação.

Art. 9º A decisão sobre o requerimento de habilitação será formalizada por meio de Ato

Declatório Executivo (ADE) do titular da unidade da RFB, de que trata o art. 7º, no prazo de até 30

(trinta) dias, contado da data de apresentação do requerimento ou do atendimento à intimação prevista

no § 2º do art. 8º.

§ 1º Na hipótese de ser constatada insuficiência na instrução do pedido, o prazo de 30 (trinta)

dias será contado a partir do atendimento à intimação prevista no § 2º do art. 8º.

§ 2º O ADE referente à habilitação de que trata o caput:

I - será emitido para o número de inscrição no CNPJ constante do requerimento;

II - será aplicado à matriz e a todos os seus estabelecimentos;

III - poderá abranger mais de um habilitado; e

IV - deverá conter os seguintes elementos informativos:

a) número do processo de habilitação;

b) nome da pessoa, física ou jurídica, habilitada;

c) número de inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa habilitada;

d) data de expiração da habilitação, caso a habilitação tenha sido requerida a termo; e

e) enquadramento do habilitado nos incisos do caput do art. 2º da Lei nº 12.780, de 2013.

§ 3º O chefe da unidade da RFB de que trata o caput encaminhará, via caixa corporativa

eletrônica, os dados do ADE referente à habilitação ao setor responsável pela sua publicação no sítio da

RFB na Internet, no endereço <http://receita.fazenda.gov.br>.

Art. 10. Na hipótese de indeferimento do pedido de habilitação, caberá, no prazo de 10 (dez)

dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, ao

Superintendente da Receita Federal do Brasil da região fiscal do domicílio do requerente.

§ 1º O recurso de que trata o caput deverá ser protocolizado na unidade da RFB à qual foi

apresentado o requerimento para habilitação.

§ 2º Proferida a decisão sobre o recurso, a unidade de que trata o § 1º adotará as providências

cabíveis e dará ciência ao interessado.

Art. 11. A RFB divulgará, em seu sítio na Internet, no endereço mencionado no § 3º do art. 9º,

a relação das pessoas físicas e jurídicas habilitadas na forma desta Instrução Normativa.

49

CAPÍTULO IV

DO CANCELAMENTO DA HABILITAÇÃO

Art. 12. O cancelamento da habilitação ocorrerá:

I - a pedido; ou

II - de ofício, sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer,

ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitação ao Regime.

§ 1º O pedido de cancelamento da habilitação deverá ser protocolizado na unidade da RFB à

qual foi apresentado o requerimento para habilitação.

§ 2º O cancelamento da habilitação será formalizado por meio de ADE emitido pelo Delegado

da Receita Federal do Brasil do domicílio tributário do requerente.

§ 3º O cancelamento de ofício, previsto no inciso II do caput, ocorrerá também nos casos de

descumprimento do previsto no art. 5º.

§ 4º No caso de cancelamento de ofício, caberá, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data

da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, ao Superintendente da

Receita Federal do Brasil da região fiscal do domicílio tributário do requerente.

§ 5º O recurso de que trata o § 3º deverá ser protocolizado na unidade da RFB à qual foi

apresentado o requerimento para habilitação.

§ 6º O chefe da unidade da RFB de que tratao§2º encaminhará, via caixa corporativa

eletrônica, os dados do ADE referente ao cancelamento da habilitação ao setor responsável pela sua

publicação no sítio da RFB, na Internet, no endereço mencionado no § 3º do art. 9º.

Art. 13. A Coordenação-Geral de Gestão de Cadastros (Cocad) poderá editar ato

complementar relativo aos procedimentos para inscrição no CPF e no CNPJ de que tratam os §§ 2º e 3º

do art. 4º.

Art. 14. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

50

ANEXO VI

CONVÊNIO ESTADUAL 133/08 Autoriza os Estados e o Distrito Federal a conceder isenção do ICMS nas operações com

produtos nacionais e estrangeiros destinados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 132ª reunião ordinária,

realizada em Foz do Iguaçu, PR, no dia 5 de dezembro de 2008, tendo em vista o disposto na Lei

Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve celebrar o seguinte

CONVÊNIO

Cláusula primeira Ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a conceder isenção do

ICMS nas operações com aparelhos, máquinas, equipamentos e demais instrumentos e produtos,

nacionais ou estrangeiros, inclusive animais, destinados à realização dos Jogos Olímpicos e

Paraolímpicos de 2016.

§ 1º O benefício fiscal previsto no caput somente se aplica às operações realizadas pelos

seguintes entes:

I - Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;

Nova redação do inciso II pelo Conv. ICMS 09/13, efeitos a partir 30.04.13.

II - Comitê Olímpico Internacional, bem como as sociedades por ele controladas, direta ou

indiretamente, inclusive a que detenha os direitos de emissora anfitriã, assim como o laboratório para

realização de exames anti-doping credenciado pela Agência Mundial Anti-doping - WADA e a Corte

Arbitral do Esporte;

Redação original efeitos de 29.12.08 a 29.04.13.

II - Comitê Olímpico Internacional;

Nova redação do inciso III pelo Conv. ICMS 09/13, efeitos a partir 30.04.13.

III - Comitê Paraolímpico Internacional, bem como as sociedades por ele controladas, direta

ou indiretamente, no Brasil ou no exterior;

Redação original efeitos de 29.12.08 a 29.04.13.

III - Comitê Paraolímpico Internacional;

IV - Federações Internacionais Desportivas;

V - Comitê Olímpico Brasileiro;

VI - Comitê Paraolímpico Brasileiro;

VII - Comitês Olímpicos e Paraolímpicos de outras nacionalidades;

VIII - Entidades Nacionais e Regionais de Administração de Desporto Olímpico ou

Paraolímpico;

IX - mídia credenciada aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;

Nova redação do inciso X pelo Conv. ICMS 09/13, efeitos a partir 30.04.13.

X - patrocinadores, apoiadores e fornecedores oficiais e licenciados, locais e internacionais,

dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016;

Redação original efeitos de 29.12.08 a 29.04.13.

X - patrocinadores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;

51

XI - fornecedores de serviços e bens destinados à organização e à realização dos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Nova redação do §2º pelo Conv. ICMS 09/13, efeitos a partir 30.04.13.

§ 2º O disposto nesta cláusula estende-se às doações realizadas, ao final dos aludidos Jogos, a

qualquer ente relacionado nos incisos do § 1º desta cláusula, a Órgãos Públicos Federais, Estaduais e

Municipais e a organizações não governamentais, associações sem fins lucrativos e fundações cujos

objetivos sociais estejam voltados a divulgação do esporte e do movimento olímpicos.

§ 3º A isenção prevista no caput não se aplica a mercadoria ou bem destinado a membros dos entes

mencionados no § 1º desta cláusula que não tenha relação com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de

2016.

§ 4º O disposto neste artigo não alcança aparelhos, máquinas, equipamentos e demais

instrumentos e produtos, nacionais e estrangeiros, destinados ao ativo imobilizado de empresas que

exerçam atividades no país ou a obras de construção civil realizadas por empresas privadas, salvo se

destinados às doações previstas no § 2º desta cláusula.

§ 5º As unidades da Federação que implementarem este convênio poderão dele excluir

quaisquer das hipóteses previstas nos incisos IX a XI desta cláusula.

§ 6º Ficam os estados autorizados a conceder a isenção prevista no caput desta cláusula à aquisição de energia elétrica e à utilização dos serviços de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, desde que destinados à realização dos referidos jogos, observado o disposto no § 3º desta cláusula e na cláusula quarta deste convênio. § 7º O disposto no § 6º desta cláusula fica condicionado à redução do valor do imposto dispensado no preço do produto ou serviço

Cláusula segunda O benefício fiscal a que se refere a cláusula primeira somente se aplica às

operações que, cumulativamente, estejam contempladas:

I - com isenção ou tributação com alíquota zero pelo Imposto de Importação ou IPI;

II - com desoneração das contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação

do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e para a Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS).

Cláusula segunda-A Ficam as unidades federadas autorizadas a não exigir o estorno de

crédito fiscal, nos termos de art. 21 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, nas

operações e prestações abrangidas pela isenção de que trata este convênio.

The tax exemption referred to in section one only applies to operations that are

accumulatively considered for:

Cláusula terceira A isenção prevista na cláusula primeira deste convênio fica condicionada à

nomeação da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, sendo

aplicada a partir da nomeação.

Cláusula quarta Na hipótese de revenda de bem adquirido com o benefício previsto neste

convênio, o imposto será integralmente devido, à exceção das operações que venham a ser realizadas

pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, em decorrência de sua

desmobilização, que ficam isentas do imposto.

Cláusula quinta Este convênio entra em vigor na data da publicação de sua ratificação

nacional, produzindo efeitos até 31 de dezembro de 2016.

52

ANEXO VII

LEI MUNICIPAL Nº 5.230, DE 25 DE NOVEMBRO

DE 2010. Institui incentivos e benefícios fiscais relacionados com a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos

Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e dá outras providências.

Autor: Poder Executivo

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° Esta Lei institui nos termos em que especifica incentivos e benefícios fiscais visando à realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

CAPÍTULO I DOS INCENTIVOS FISCAIS À CONSTRUÇÃO E AO FUNCIONAMENTO DE INSTALAÇÕES DESTINADAS A HOTÉIS, POUSADAS, RESORTS E ALBERGUES.

Art. 2° Neste Capítulo, são instituídos os incentivos fiscais para a construção e o funcionamento de instalações destinadas aos seguintes estabelecimentos: I に hotéis, pousadas, resorts e albergues; II に hotéis-residência situados nas Áreas de Especial Interesse Urbanístico da Região do Porto e do Centro, criadas, respectivamente, pela Lei Complementar nº 101, de 23 de novembro de 2009, e pela Lei nº 2.236, de 14 de outubro de 1994. Parágrafo único. Os benefícios de que trata este artigo não se aplicam a motéis, abrigos, pensionatos, pensões, hospedarias, ou a hotéis-residência ou similares situados fora das áreas referidas no inciso II deste artigo. Art. 3° Ficam remitidos os créditos tributários do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana に IPTU vencidos até a data da publicação da presente Lei, inscritos ou não em Dívida Ativa, relativos aos imóveis adquiridos até 31 de dezembro de 2012 que venham a ser construídos ou reconvertidos até 31 de dezembro de 2015 para funcionamento dos estabelecimentos de que tratam os incisos do art. 2º desta Lei, observado o disposto no art. 7º desta Lei. Art. 4º Os imóveis destinados à utilização pelos estabelecimentos de que tratam os incisos do art. 2º desta Lei ficarão isentos do IPTU a partir do exercício seguinte ao da abertura do processo de licenciamento da obra e até a expWSキN?ラ Sラ さエ;HキデW-ゲWざが ラHゲWヴ┗;Sラ ラ Sキゲヮラゲデラ ミラ ;ヴデく Α┨ SWゲデ; LWキく Art. 5º Ficam isentas do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos, Realizada Inter Vivos, por Ato Oneroso に ITBI as operações de transmissão ocorridas por aquisição onerosa até 31 de dezembro de 2012, relativas a imóveis destinados a utilização pelos estabelecimentos de que tratam os incisos do art. 2º desta Lei, observado o disposto no art. 7º desta Lei. Art. 6º Até 31 de dezembro de 2015, serão tributados pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza に ISS à alíquota de 0,5% (cinco décimos por cento) os serviços de que tratam os subitens 7.02 e 7.05 do art. 8º da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984, prestados visando à construção e reconversão de imóveis destinados à utilização pelos estabelecimentos mencionados nos incisos do art. 2º desta Lei. Art. 7º Os benefícios de que tratam os arts. 3º a 5º desta Lei não se aplicarão se: I - Wマ ンヱ SW SW┣WマHヴラ SW ヲヰヱヵが ミ?ラ ゲW エラ┌┗Wヴ ラHデキSラ ラ さエ;HキデW-ゲWざ ラ┌ ; ;IWキデ;N?ラ S;ゲ ラHヴ;ゲが IラミaラヴマW ラ I;ゲラき II - ; ;デキ┗キS;SW エラデWノWキヴ; ミ?ラ aラヴ キミキIキ;S; ミラ ヮヴ;┣ラ SW ミラ┗Wミデ; Sキ;ゲ ;ヮルゲ ; ラHデWミN?ラ Sラ さエ;HキデW-ゲWざ ラ┌ S; ;IWキデ;N?ラ das obras, conforme o caso, e, após esse início, não for mantida durante um prazo mínimo de dois exercícios após o final dos Jogos Paraolímpicos de 2016. §1º Os benefícios serão reconhecidos sob condição de posterior comprovação das condições estabelecidas nos incisos I e II do caput deste artigo. §2º Verificando-se o não atendimento ao disposto no § 1º deste artigo, o tributo deverá ser recolhido com os devidos acréscimos legais.

53

Art. 8º Fica prorrogado no período de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2019, o benefício de que trata a Lei nº 3.895, de 12 de janeiro de 2005, alterada pela Lei nº 4.767, de 25 de janeiro de 2008.

CAPÍTULO II DAS ISENÇÕES DO ISS PARA ATIVIDADES DIRETAMENTE RELACIONADAS À REALIZAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS DE 2016, DO IPTU E ITBI PARA IMÓVEIS UTILIZADOS PELO COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOS OLÍMPICOS E DAS TAXAS E CONTRIBUIÇÕES MUNICIPAIS.

Art. 9º Ficam isentos do ISS os serviços que sejam diretamente relacionados à organização e realização, no Rio de Janeiro, dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, bem como a eventos a eles relacionados. § 1º A isenção referida no caput deste artigo deverá ser concedida quando o prestador ou o tomador dos serviços forem: I - Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016; II - Comitê Olímpico Internacional; III - Comitê Paraolímpico Internacional; IV - Federações Internacionais Desportivas; V - Comitê Olímpico Brasileiro; VI - Comitês Olímpicos e Paraolímpicos de outras nacionalidades; VII - Entidades Nacionais e Regionais de Administração de Desporto Olímpico ou Paraolímpico; VIII - Mídia credenciada aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016; IX - Patrocinadores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016; X - Emissora anfitriã dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 - Host Broadcasting. § 2º A isenção prevista no caput se limita às operações realizadas no período compreendido entre o início da vigência da presente Lei e o sexagésimo dia após o encerramento dos Jogos Paraolímpicos de 2016. Art. 10. O sujeito passivo do imposto deverá comprovar que o serviço prestado está diretamente relacionado à organização ou à realização dos Jogos Rio 2016, por meio do documento fiscal referente ao serviço e de declaração do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, não sendo causa suficiente a veiculação de símbolos ou marcas olímpicas e paraolímpicas do evento durante a prestação de serviços. Art. 11. O contribuinte ou o responsável pelo recolhimento do imposto deverá informar no documento fiscal emitido, ou no documento de arrecadação respectivo, o valor total do serviço, o valor do tributo dispensado, calculado pela aplicação da alíquota correspondente ao imposto que incidiria sobre a operação, e, ainda, o valor recebido ou devido em consequência da prestação do serviço. Art. 12. A isenção referida no art.9º desta Lei não desobriga o beneficiário do cumprimento das obrigações tributárias acessórias, podendo ser instituído, mediante Decreto regulamentar, regime especial simplificado para cumprimento de tais obrigações. Art. 13. Ficam isentos do IPTU e da Taxa de Coleta Domiciliar do Lixo - TCL os imóveis de propriedade, domínio útil ou posse do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, ou a ele cedidos, seja a que título for, desde que o negócio jurídico estabeleça a transferência ou o repasse do ônus tributário, observado os parágrafos deste artigo. § 1º A isenção prevista no caput se limita aos bens imóveis nos quais sejam desenvolvidas atividades diretamente relacionadas à organização e à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. § 2º A isenção prevalecerá a partir do exercício seguinte ao da transmissão da propriedade, domínio útil ou posse ao Comitê ou da celebração de negócio jurídico que lhe ceda o imóvel com transferência ou repasse do ônus tributário, conforme o caso, e será suspensa no exercício posterior ao da transmissão do imóvel pelo Comitê ou rescisão ou término do negócio de cessão. Art. 14. A isenção referida no art. 13 desta Lei não desobriga o beneficiário do cumprimento das obrigações tributárias acessórias. Art. 15. Fica isento do ITBI a realização, por atos onerosos inter vivos, de qualquer dos negócios a que se referem os incisos I, II e III do art. 4º da Lei Municipal nº 1.364, de 19 de dezembro de 1988, por meio dos quais o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 adquira imóveis nos quais desenvolva atividades diretamente relacionadas à organização e à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Art. 16. Ficam isentas das taxas decorrentes do exercício do poder de polícia instituídas e cobradas pelo Município do Rio de Janeiro às pessoas jurídicas e físicas mencionadas no § 1º, do art. 9º desta Lei, quando os respectivos fatos geradores estiverem diretamente relacionados à organização e à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

54

Parágrafo único. A isenção prevista no caput se limita às operações realizadas no período compreendido entre o início da vigência da presente Lei e o sexagésimo dia após o encerramento dos Jogos Paraolímpicos de 2016. Art. 17. Ficam isentas da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública as pessoas jurídicas mencionadas no §1º, do art. 9º desta Lei, em relação às unidades consumidoras diretamente relacionadas à organização e à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Parágrafo único. A isenção prevista no caput se limita às operações realizadas no período compreendido entre o início da vigência da presente Lei e o sexagésimo dia após o encerramento dos Jogos Paraolímpicos de 2016. Art. 18. O Poder Executivo regulamentará o disposto neste Capítulo no prazo de noventa dias após publicação desta Lei. Art. 19. Os efeitos do disposto neste Capítulo cessarão sessenta dias após o final dos Jogos Paraolímpicos de 2016.

CAPÍTULO III DA ISENÇÃO DO ISS PARA SERVIÇOS DIRETAMENTE RELACIONADOS À REALIZAÇÃO DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013 E DA COPA DO MUNDO DE 2014.

Art. 20. Ficam isentos do ISS os serviços que sejam diretamente relacionados à realização da Copa das Confederações de 2013 ou à Copa do Mundo de 2014 e prestados pela Fédération Internationale de Football Association に FIFA ou entidades que, nos termos do regulamento, sejam por ela credenciadas para a concretização das atividades necessárias aos dois certames. Parágrafo único. A isenção prevista no caput se limita às operações realizadas no período compreendido entre o início da vigência da presente Lei e o sexagésimo dia após o encerramento da Copa do Mundo de 2014. Art. 21. A lista das entidades credenciadas deverá ser entregue pela FIFA à Secretaria Municipal de Fazenda mediante correspondência oficial, conforme dispuser o regulamento. Parágrafo único. Somente após a entrega da lista referida no caput terão as entidades credenciadas direito à isenção prevista no art. 20. Art. 22. O ato de reconhecimento da isenção referida no art. 20 não desobriga o beneficiário do cumprimento das obrigações acessórias, podendo ser instituído, mediante Decreto regulamentar, regime especial simplificado para cumprimento de tais obrigações. Art. 23. O Poder Executivo regulamentará o disposto neste Capítulo no prazo de noventa dias após publicação desta Lei. Art. 24. Os efeitos do disposto neste Capítulo cessarão sessenta dias após o final da Copa do Mundo de 2014.

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÃO FINAL

Art. 25. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com exceção do disposto no art. 6º, que começa a produzir efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao daquela publicação.

EDUARDO PAES

55

REFERÊNCIAS

JURISPRUDÊNCIA:

LEI FEDERAL 12780/13 INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB No 1.335, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2013 CONVÊNIO ESTADUAL 133/08 LEI MUNICIPAL Nº 5.230, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2010.

WEBGRAFIA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_da_cidade-

sede_dos_Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2016 - 27 de março de 2013 http://www.mundoeducacao.com/educacao-fisica/historia-das-olimpiadas.htm www.suapesquisa.com/olimpiadas/ http://www.receita.fazenda.gov.br/Aliquotas/ http://www.educacao.cc/financeira/principais-impostos-federais-estaduais-e-

municipais/ https://dief.rio.rj.gov.br/dief/asp/cepom/default.asp http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/08/entenda-como-sera-a-

tributacao-do-simples-nacional http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/ http://www.dpf.gov.br/servicos/estrangeiro/prorrogacao-de-prazo-de-estada-de-turista-

e-viajante-a-negocios-temporario-ii-1/prorrogacao-de-prazo-de-estada-de-turista-e-viajante-a-negocios-temporario-ii

http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/07/confira-o-que-e-permitido-trazer-do-exterior-

sem-pagar-imposto http://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/opTurist.asp#2

56