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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTES DE GASOLINA DAS REFINARIAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Por: Anna Letícia Fernandes Ribeiro Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Por:Anna Letícia Fernandes Ribeiro. 3 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, minhas irmãs, meu sobrinho e a toda minha ... Schlüter (2013)

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTES DE GASOLINA

DAS REFINARIAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Por: Anna Letícia Fernandes Ribeiro

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTES DE GASOLINA

DAS REFINARIAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista emLogística Empresarial

Por:Anna Letícia Fernandes Ribeiro.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, minhas irmãs, meu sobrinho e a toda minha

família que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços

para que eu chegasse a essa etapa da minha vida.

A todos os professores do curso, que foram muito importantes

no processo de aprendizagem e no desenvolvimento desta

monografia.

Aos amigos e colegas, pelo incentivo e apoio constantes.

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DEDICATÓRIA

À minha família, amigos e todos que de certa forma

cooperaram para que chegasse aqui.

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RESUMO

A cadeia produtiva da Gasolina tanto no Estado do Rio de Janeiro como no

Brasil é de suma importância. Entre as etapas estão a Upstream (exploração e

produção); e Downstream (transporte, refino e distribuição) – que é o foco no estudo,

sem detalhes quanto ao processo de refino. As funções e as atividades logísticas

devem vencer os principais desafios da atualidade, que é de suprir as regiões em sua

totalidade, atendendo a demanda do Estado. O transporte é uma das etapas mais

importantes, pois é quando a gasolina chega ao consumidor e que se deve buscar

fontes alternativas como investimento em ferrovias para escoar nas regiões mais

distantes e desafogar o trânsito, reduzindo a extrema utilização do transporte

rodoviário.

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METODOLOGIA

A pesquisa pode ser classificada como descritiva e explicativa, pois a natureza

deste trabalho se dá à descrição e explicação dos processos logísticos das refinarias

localizadas no Estado do Rio de Janeiro no que se refere ao transporte da gasolina

nesta região, com ênfase na contribuição da Logística e das práticas adotadas em que

se desenvolve o estudo. Diante disso houve a possibilidade de identificar os pontos

fortes e oportunidades de melhoria dos processos, cabe dizer que no segundo caso

foram sugeridas algumas ideias para melhorias.

Para o levantamento do referencial teórico, foi utilizada a pesquisa bibliográfica.

Quanto aos processos analisados foram realizadas pesquisas nos sites das empresas,

noticiários, revistas e sites especializados em logística.

O Universo da pesquisa é composto por todas as refinarias (empresas de

refino da gasolina) e para relatar com riqueza de detalhes a amostra foi baseada nas

refinarias do Estado do Rio de Janeiro.

O estudo foi realizado considerando as principais refinarias do Estado do Rio

de Janeiro, Manguinhos e REDUC (Refinaria de Duque de Caxias), que abastecem o

Estado do Rio de Janeiro e outras regiões. Cabe ressaltar que o objeto central será o

abastecimento de gasolina no mercado estadual (Rio de Janeiro), a partir da saída do

refino até a entrega ao cliente, uma vez que se busca um estudo acurado, delimitando

o estudo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Logística e Transporte – Conceitos Básicos 10

CAPÍTULO II - Distribuição de gasolina no estado do Rio de Janeiro 26

CAPÍTULO III – A Proposta 34

CONCLUSÃO 37

LISTA DE SIGLAS E VERBETES 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

ÍNDICE 45

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INTRODUÇÃO

De acordo com o IBGE, a população do Rio de Janeiro é estimada em torno de

16.400 milhões de pessoas (2014), crescimento de 9% comparado ao ano de 2010.

Diante do cenário econômico brasileiro favorável ao financiamento de veículos nos

últimos anos, podemos observar o aumento de veículos movidos à gasolina/ álcool

(veículos Flex) circulando nas estradas, o que aumenta a demanda pelo combustível

objeto central do nosso estudo, que é a gasolina, e como consequência vem à

necessidade um fornecimento eficaz para atender a essa maior procura, razão do

desenvolvimento deste trabalho.

O propósito central deste estudo é mostrar que com um sistema logístico

eficiente conseguimos atender a demanda nos prazos determinados e com menores

custos em toda a cadeia de suprimentos.

Dentre outros objetivos do trabalho constam rever a teoria sobre logística,

descrever as etapas da cadeia de suprimentos da gasolina no estado do RJ,

selecionar pontos fortes e oportunidades de melhoria, sugerindo medidas que possam

alterar o quadro, com base teórica. Durante a pesquisa realizada, pode ser observado

que dentre as lacunas a respeito do abastecimento de gasolina no Estado do Rio de

Janeiro estão questões regulatórias, a falta de uma logística de transportes eficiente,

uma vez que no país a distribuição mantém-se apoiada no transporte rodoviário, que

possui percentual aproximado de 58%, com grande participação na matriz de

transporte brasileira.

A especificação do objeto de estudo é nas atividades das refinarias REDUC e

Manguinhos, que abastecem o Estado do Rio de Janeiro e outras regiões, como objeto

central o fornecimento da gasolina no Estado a partir da saída do refino até a entrega

ao cliente.

O desenvolvimento deste trabalho terá foco de amostras em referencias

bibliográficas empregadas em livros e Internet.

O trabalho foi desenvolvido em 3 capítulos conforme apresentado abaixo:

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No primeiro capítulo o estudo descreve os conceitos básicos de logística, com

breve histórico do seu desenvolvimento no mundo e sua importância no processo das

organizações. Dentre as funções logísticas principais o capítulo dá ênfase ao

transporte, objeto de estudo para a movimentação e entrega da gasolina até o cliente,

que possui valor significativo na cadeia de suprimentos por envolver valores

expressivos e sua diversidade de modais.

O segundo capítulo aborda o fluxo de transporte da gasolina no Estado do Rio

de Janeiro, os principais atores envolvidos neste processo e como funciona a política

de preços de transportes e legislações vigentes. Além disso, conta um breve histórico

das duas refinarias que atendem a região (REDUC e Manguinhos).

O terceiro capítulo propõe sugestões de melhoria no processo, como

viabilidade de explorar outros modais além do rodoviário, uma vez que este é utilizado

além da capacidade e infraestrutura atuais, a utilização do e-commerce no

relacionamento entre empresas, merecendo maiores investimentos em infraestrutura

de transporte.

Portanto, este estudo pretende descrever o transporte da gasolina no Estado

do Rio de Janeiro, observando sua capacidade e oportunidades para um melhor

abastecimento da região observada.

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CAPÍTULO I

LOGÍSTICA E TRANSPORTE

CONCEITOS BÁSICOS

De acordo com o Concil of Logistics Management (1986), o conceito de

logística é o que segue abaixo:

Logística é a parte do gerenciamento de cadeias de

suprimentos responsável por planejar, implementar e controlar

o fluxo e o armazenamento,eficiente e eficaz em termos de

custo de matérias-primas, estoques em processo, produtos

acabados e as informações correlatas desde o ponto de origem

até o ponto de consumo, com o propósito de obedecer às

exigências dos clientes.

Enquanto Ballou (1993, p. 24) define da seguinte forma:

[...] “trata de todas as atividades de movimentação e

armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto

de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final,

assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos

em movimento, com o propósito de providenciar níveis de

serviço adequados aos clientes a um custo razoável” [...].

A seguir o conceito de logística conforme Razzolini Filho (2006, p.30):

[...] “A logística pode ser definida como parte do processo de

gestão da cadeia de suprimentos que objetiva planejar,

implementar e controlar, de maneira eficiente e eficaz, o fluxo

bidirecional físico e de informações, bem como o

armazenamento de bens e serviços, da origem ao ponto de

consumo, sempre tendo em mente os objetivos da empresa e

dos clientes” [...].

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1.1 – Breve histórico

Um dos conceitos aplicados à logística é termos: o produto certo, no lugar

certo, no tempo certo, na quantidade certa ao menor custo, desde as fontes de matéria

prima até o produto acessar o consumidor final (Ballou, 1993). Isso nos remete ao

planejamento das guerras desde os tempos antigos. As disputas eram longas, muitas

vezes em regiões longínquas, tornando-se imprescindível o deslocamento das tropas,

que carregavam consigo tudo o que se fizesse necessário para a campanha:

mantimentos, medicamentos, armas e munições. Assim, desse planejamento lógico

que objetivava sempre o melhor modo de preparação, as condições e armamentos

necessários, a estratégia de deslocamento e ataque, evoluiu o conceito de logística tal

qual conhecemos hoje. Desse modo, logística é: planejamento, organização e controle

de processos relacionados à produção, armazenagem, transporte e distribuição de

bens e serviços (Cardoso, 2004).

Hoje ela está integrada em todas as etapas nos processos de transformação

das empresas, incluindo assim, o modelo de transformação, realizando um

acompanhamento desde as entradas utilizadas, (Inputs) que se dispõe dos recursos

transformados como matéria-prima, clientes, informações; o processamento em si, que

são os recursos de transformação, como máquinas, pessoas, equipamentos; e as

saídas (Outputs), que são os produtos acabados ou serviços oferecidos. Outra fase

paralela às etapas mencionadas é o feedback ou a retroalimentação do processo, seja

qual for a atividade exercida ou o serviço prestado, sendo aplicada, para uma maior

eficiência no desempenho e na busca da maximização dos lucros, atendimento e

satisfação dos clientes (Cardoso, 2004).

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Figura 1 – Cadeia de suprim

Para facilitar a co

que definem o conceito de

Quadro 1 - Consolidação do

suprimentos (extraída de CHIAVENATO, 2014, p.188)

r a compreensão, Schlüter (2013) resume os pr

eito de logística no quadro abaixo:

ão dos Conceitos de Logística (extraída de SCHLÜTE

12

.188)

os principais aspectos

LÜTER, 2013, p. 25).

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1.2 – Funções logísticas

Há três funções como fator-chave na logística: estoque, armazenagem e

transportes. Não existe um tratamento diferenciado quando o produto a ser

movimentado for a gasolina (objeto do estudo) ou outros combustíveis (com a exceção

dos aspectos quanto à segurança ambiental) no enfoque logístico, trata-se de uma

carga que parte de um ponto de origem que necessita chegar num certo destino em

um prazo determinado e com um menor custo-benefício. Neste trabalho daremos

enfoque à função transporte.

1.3 – Transporte

Chopra (2003) define transporte como o movimento do produto de um local a

outro, partindo do início da cadeia de suprimento e chegando até o cliente.

Schlüter (2013) menciona que a logística de transportes é a que apresenta

maiores possibilidades de ganhos, e, também, a mais complexa sob o ponto de vista

da pluralidade de atores envolvidos em sua implementação. Neste estudo podemos

mencionar como atores as refinarias possuem em estoque a gasolina e precisam

entregar aos seus clientes o produto; o governo em todas as esferas (municipal,

estadual e federal) que devem oferecer infraestrutura de transporte; e as prestadoras

de serviço de transporte, que podem ser empresas que ofereçam somente frota de

modal rodoviário (TRC - Transporte Rodoviário de Cargas), Operadores Logísticos

(OL) ou OTM - Operadores de Transporte Multimodal, sendo este comentado adiante.

1.3.1 – Nível de serviço em transportes

Bowersox, Closs, Cooper (2002), sugerem que a gestão dos transportes deva

ser executada pela avaliação dos serviços de transporte, baseado em parâmetros que

permitam demonstrar o desempenho, por exemplo, em:

Velocidade (transit time) – refere-se ao tempo decorrido em cada rota.

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Disponibilidade – Capacidade que um modal tem de atender a qualquer por origem-

destino de localidades.

Confiabilidade – Refere-se à variabilidade potencial das programações de entrega

esperadas.

Capacidade – possibilidade de lidar com qualquer tamanho de carga.

Freqüência – Quantidade de movimentações programadas.

Um sistema eficiente de transportes agrega o valor espaço, podendo também

agregar o valor tempo. Toda a operação tem de ser bem sucedida conforme

mencionado abaixo:

[...] “Em uma operação eficiente e eficaz, o material deve fluir

ininterruptamente pelo processo produtivo. Em suma, o

material deve apenas parar para receber ações de acréscimo

de valor. Caso contrário, a empresa estará perdendo tempo e

dinheiro. Seja matéria-prima, componente, papel, informação

ou qualquer outra coisa, o conceito de material será sempre o

mesmo [...]”. (CHIAVENATO, 2014, p.171 e 172)

Ballou (1993, p. 73) faz a seguinte declaração:

[...] “Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de

bens ou serviços é gerenciada. É o resultado de todos os

esforços logísticos da empresa. É o desempenho oferecido

pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento de seus

pedidos. O nível de serviço logístico é o fator-chave do

conjunto de valores logísticos que as empresas dispõem a

seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de

serviço logístico está associado aos custos de prover esse

serviço, o planejamento do transporte de bens deve iniciar-se

com as necessidades de desempenho dos clientes no

atendimento de seus pedidos[...]”.

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O nível de serviço a ser oferecido pelas organizações a seus clientes ainda é

um fator altamente complexo, pois encontram enormes dificuldades para adaptar o

nível de serviço à sua estrutura de distribuição, para atender às necessidades de seus

clientes e acionistas de forma satisfatória. Entender e determinar as reais

necessidades e desejos de seus clientes é a maior dificuldade encontrada pelos

gestores na área de transportes.

Figura 2 - Relacionamento entre as atividades-chave da logística e o nível de serviço (extraída de Ballou,1993, p.26)

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1.4 – Modais de transporte

Para Ballou (1993), o transporte pode ser considerado um dos elementos mais

visíveis do sistema logístico e possui duas funções principais: movimentação de

produtos e estocagem de produtos.

[...] “somente o profissional que conheça os diversos modais de

transporte existentes é capaz de decidir sobre qual o meio mais

adequado à movimentação de sua carga, considerando o

trinômio do transporte. O domínio sobre os diversos modais, os

veículos utilizados em cada um deles e sua adequação à carga

em questão é imprescindível a qualquer decisão acertada em

logística de transporte [...]”. (SARACENI, 2006, p.8)

A seguir relação dos modais, sendo que os mais utilizados no transporte da

gasolina no Estado do Rio de Janeiro são o rodoviário e dutoviário / oleodutos.

1.4.1 - Transporte Rodoviário

O modal rodoviário é o mais importante no Brasil (representa 56% a 58%), devido

aos investimentos realizados no passado, uma vez que o automóvel era o maior

símbolo de modernidade e progresso. É o modal cujos veículos oferecem o menor

espaço de carga individual, entretanto, sua agilidade, flexibilidade, simplicidade e

velocidade, aliadas ao grande número de veículos existentes, lhe dão grande

importância na logística de transporte. Além disso, é o único modal que permite o

transporte porta a porta sem necessidade de complementação por outros modais. O

modal rodoviário é, portanto, de extrema importância à multimodalidade e à

intermodalidade e fundamental ao processo logístico, por ser o único capaz de unir os

outros modais (Saraceni, 2006). Para Novaes (2006), o transporte rodoviário de carga

possui uma diferenciação nas operações, segundo a capacidade do veículo, que é

chamado de lotação completa e de carga fracionada.

Dentre suas características principais enumeram-se as seguintes:

- Capilaridade alta

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- Curtas distâncias

- Custos variáveis altos (combustível, manutenção etc.)

- Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas)

- Capacidade de carga baixa (45 t)

- Restrições de segurança em autoestradas;

- Estradas em péssimas condições;

- Pedágios com valores relativamente altos e assaltos constantes.

Os derivados oriundos de uma refinaria normalmente são enviados para as

distribuidoras através de oleodutos e armazenados em tanques. Posteriormente, a

distribuidora atenderá a seus clientes (postos) nas quantidades necessárias através

dos caminhões-tanque. Alguns apresentam apenas um único tanque, outros já

apresentam tanques segmentados, possibilitando o transporte de mais de um tipo de

produto. As capacidades dos tanques também variam, e são estabelecidas por

ocasião da aferição pelo INMETRO.

A ANTT trata na resolução 1.644 de 26 de Setembro de 2006 sobre o

Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, onde informa o tipo de

embalagem, grupo e classe de risco conforme a seguir (figura 2). A partir desta

resolução, os veículos devem seguir os padrões informados e possuir placas

indicativas com estas informações.

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Figura 3 - Resolução Nº 1.6

UNIÃO, 2006, p. 679-680).

Figura 4 - Cargas perigosasPRIMEIRO, 2013).

1.4.2 – Transporte Fe

Este modal ainda n

modais) porque a malha

às bitolas que são utilizad

integração entre os trens.

Possui as seguintes

º 1.644, de 26 de Setembro de 2006 (extraída do DIÁ

).

gosas - painel de segurança e rótulo de risco (extraída

rte Ferroviário

inda não é muito utilizado no Brasil (parcela d

alha ferroviária é pequena e não existe uma pad

utilizadas, no Brasil existem três bitolas diferentes

trens.

intes características:

18

DIÁRIO OFICIAL DA

traída de EU ACHEI

cela de 28% entre os

a padronização quanto

rentes, o que dificulta a

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19

- Capilaridade baixa

- Longas distâncias (>1000km)

- Custos variáveis baixos

- Custos fixos altos

- Capacidade de carga alta (96t)

[...] “por operar unidades de maior capacidade de carga, o

transporte ferroviário é basicamente mais eficiente em termos

de consumo de combustível e de outros custos operacionais

diretos. Mas, por outro lado, os custos fixos de uma ferrovia

são altos: conservação da via permanente, operação dos

terminais de carga e descarga, operação das estações,

alimentação de energia no caso de via eletrificada etc. Por

essa razão, as vantagens comparativas da ferrovia em relação

à rodovia começam a aparecer para distâncias de

deslocamento maiores. Para pequenas distâncias, os custos

fixos não conseguem ser diluídos, onerando os fretes em

demasia e tornando essa modalidade não competitiva [...]”.

(NOVAES, 2006, p.246)

Outra especificidade do transporte ferroviário está relacionada com as

características de manuseio da carga e com os volumes transportados. No caso de

produtos a granel (grãos, minérios, fertilizantes, combustíveis), pode-se construir

terminais de carga e descarga bastante eficientes, empregando vagões apropriados

que permitem agilizar as operações, barateando os custos.

O modal ferroviário representa uma alternativa econômica para o deslocamento

de grandes volumes de álcool e derivados de petróleo, visto que, em média, os vagões

possuem capacidade para 60m³ de produto. No entanto, a velocidade do

deslocamento das composições tem de ser levada em consideração na análise

custo/benefício.

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Figura 5 - Vagão para

1.4.3 – Transporte Hi

[...

gra

be

Co

cit

bid

p.3

Este tipo de transpor

- Cabotagem: Navegaçã

utilizando a via marítim

aproximadamente, 12 mil

- Navegação interior: Re

internacional;

- Navegação de longo cur

Dentre suas caracter

- Capilaridade baixa

para transporte de combustível (extraída de CFW, 201

rte Hidroviário

[...] “o transporte hidroviário é utilizado para

granéis líquidos, produtos químicos, areia, c

bens de alto valor (operadores internacionais)

Como exemplos de meios de transporte hidro

citar os navios dedicados, navios contai

bidirecionais para veículos [...]”. (RIBEIRO e F

p.3).

nsporte pode ser dividido em três formas de nave

egação realizada entre portos ou pontos do te

arítima ou entre esta e as vias navegáveis

12 milhas da costa);

Realizada em hidrovias interiores, em perc

go curso: Realizada entre portos brasileiros e estra

racterísticas podemos mencionar:

20

, 2014).

para o transporte de

reia, carvão, cereais e

ionais) em contêineres.

hidroviário, podem-se

containeres e navios

O e FERREIRA, 2002,

navegação:

do território brasileiro,

gáveis interiores (até,

percurso nacional ou

e estrangeiros.

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- Longas distâncias

- Custos variáveis baixos

- Custos fixos médios (na

- Capacidade de carga alt

Figura 6 - Transporte marítim

1.4.4 – Transporte Aé

O Modal Aéreo nã

utilizado para o transpor

comercial. É um modal o

os custos com fretes são

A carga é transporta

compensado pela velocid

tempo é fator preponde

transportada é de pequ

capacidade individual d

comparada aos grandes

(Saraceni , 2006, p.10),de

- Longas distâncias

aixos

s (navios e equipamentos)

rga alta

marítimo (extraída da TRANSPETRO, 2015).

rte Aéreo

eo não é utilizado para o transporte de petróleo e

nsporte de pessoas e para o transporte de car

odal onde a velocidade é uma de suas maiores v

s são altíssimos.

sportada em aeronaves, através do espaço aére

elocidade inigualável. É um modal que deve ser u

onderante à logística de transporte, ou quand

pequeno peso e volume e apresente alto va

ual de carga de algumas aeronaves carguei

ndes navios cargueiros, mas bastante superior à

10),destaque para suas peculiaridades abaixo:

cias

21

leo e derivados, este é

e cargas de alto valor

ores vantagens, porém

aéreo. O alto custo é

ser utilizado quando o

uando a carga a ser

lto valor agregado. A

rgueiras é ínfima se

erior à dos caminhões.

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22

- Custos variáveis altos

- Custos fixos altos

- Segurança (roubos, danos e extravios)

1.4.5 – Transporte Dutoviário

De acordo com Ribeiro e Ferreira (2002, p.4) a utilização do transporte

dutoviário é ainda muito limitada. Destina-se principalmente ao transporte de líquidos e

gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos (petróleo bruto e

derivados, minérios). A movimentação via dutos é bastante lenta, sendo

contrabalançada pelo fato de que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por

semana (poucas interrupções ocorrem). Os direitos de acesso, construção, requisitos

para controle das estações e capacidade de bombeamento fazem com que o

transporte dutoviário apresente o custo fixo mais elevado. Em contrapartida, o seu

custo variável é o mais baixo, nenhum custo com mão de obra de grande importância.

É, portanto, o segundo modal com mais baixo custo, ficando atrás apenas do modo de

transporte hidroviário.

Este modal torna-se um dos mais econômicos e seguros para a movimentação

da gasolina. Os dutos possibilitam a criação de uma rede integradora entre as fontes

produtoras, as refinarias, os terminais de armazenamento, as bases de distribuição e

os centros consumidores.

As vantagens referentes aos custos de transferência por esse tipo de modal

demonstram ganhos em termos operacionais, visto que possibilita a redução dos

custos dos fretes (que influenciam significativamente nos preços finais dos derivados),

diminui o tráfego de caminhões evagões-tanque, aumentando a segurança nas

estradas e vias urbanas (Cardoso, 2004).

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Figura 7 - Oleodutos (extraíd 1.5 – Classificaçã

1.5.1 – Modal ou Unim

Segundo Saracen

diretamente, utilizando u

apenas um contrato de tra

1.5.2 – Segmentado

Quando se utiliza

transporte, em vários está

os diferentes transportado

do ponto de expedição at

1.5.3 – Sucessivo

Para Saraceni (2

destino final, necessitar

veículos da mesma moda

de transporte”.

extraída da Transpetro, 2015).

ficação quanto aos modais de transpo

Unimodal

raceni (2006, p.11), “Quando a unidade de carg

ndo um único veículo, em uma modalidade de

de transporte”.

tado

utilizam veículos diferentes de uma ou mais

s estágios, sendo contratados separadamente os

ortadores que terão a seu cargo a condução da

ão até o destino final (Saraceni, 2006, p.11).

ni (2006, p.11), “Quando a unidade de carga,

ssitar ser transbordada para prosseguimento p

modalidade de transporte, abrangidos por um o

23

nsporte

e carga é transportada

e de transporte e com

mais modalidades de

nte os vários serviços e

o da unidade de carga

arga, para alcançar o

ento por um ou mais

um ou mais contratos

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24

1.5.4 – Intermodal ou Multimodal

Saraceni (2006, p. 11) diz que équando a unidade de carga é transportada em

todo o percurso utilizando duas ou mais modalidades de transporte, abrangidas por

um único contrato de transporte.

É importante esclarecer que, apesar dos transportes multimodais e intermodais

serem apresentados como similares pelo Decreto 80.145/77, a indústria costuma

estabelecer uma diferença entre eles. No transporte multimodal, há a emissão de um

único conhecimento do embarque, sem importar quantos diferentes modais tenham

sido utilizados e quantos transbordos possa haver ocorrido. Além disso, esse

transporte é executado por um OTM - Operador de Transporte Multimodal, único

responsável por toda a operação de transporte, autorizado pela Agência Nacional de

Transporte Terrestre (ANTT).

[...] “Embora estejam aptos a atuar (e de fato atuem) em todas

as etapas da cadeia de suprimentos, é nos canais de

distribuição que a relevância dos operadores logísiticos ganha

destaque, executando as atividades logísticas (primárias e

operacionais) com maior competência, uma vez que são

altamente especializados. Os operadores logísticos permitem

ganhos significativos de tempo, agilidade e flexibilidade para

seus clientes melhorarem o nível de serviço oferecido a seus

clientes finais[...]”. (RAZOLLINI FILHO, 2012, p.27-28)

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25

Quadro 2 – Funções dos operadores logísticos (extraída de RAZOLLINI FILHO, 2012, p. 91).

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26

CAPÍTULO II

DISTRIBUIÇÃO DA GASOLINA NO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

2.1 – As refinarias

A localização da refinaria é de extrema importância para a logística de

distribuição. Fatores como a proximidade das áreas produtoras de petróleo e a região

com grande consumo de derivados são pontos a serem observados, de modo a

reduzir os custos de transporte e garantir a disponibilidade do produto nos principais

centros de consumo.

O Rio de Janeiro tem duas refinarias (REDUC e Manguinhos),que suprem, via

trens, dutos, caminhões e navios (no caso de Angra dos Reis) a totalidade do estado,

o vale do rio Paraíba do Sul (Rio de Janeiro) e, por mar, parte do Espírito Santo.

2.1.1 – Reduc

Inaugurada em 1961, é considerada a maior em complexidade da Petrobrás e

a maior e mais completa refinaria de petróleo do país, localizada no município de

Duque de Caxias. Atualmente a REDUC refina mais de 50 tipos de produtos, sendo os

principais a gasolina, lubrificantes, óleo diesel, querosene de aviação, nafta, GLP,

parafinas e bunker. A capacidade instalada é de 242 mil barris por dia e produz mais

de 80% dos lubrificantes do Brasil. A REDUC tem um faturamento de mais de 5

bilhões de reais, e gera mais 1,2 bilhões de reais em impostos todos os anos. No total,

a REDUC possui 366 tanques, com capacidade para estocar mais de 3,4 bilhões de

litros.

Figura 8 – Reduc – vista aérea (extraída da Petrobrás, 2015).

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27

2.1.2 – Manguinhos

A Refinaria de Petróleos de Manguinhos teve sua inauguração em Dezembro

de 1954, no Rio de Janeiro, no auge da campanha O Petróleo é Nosso. Com

capacidade inicial de produção de 10 mil barris por dia, atendendo na época cerca de

90% do consumo diário da cidade do Rio de Janeiro Manguinhos tornou-se patrimônio

do estado. Em 1997, um ano após a desregulamentação do mercado, a YPF, maior

empresa argentina de petróleo, passou a dividir o controle acionário com o Grupo

Peixoto de Castro. Em 2008, Manguinhos foi adquirida pelo Grupo Andrade Magro.

Com a compra, o Grupo também adquiriu sua subsidiária Manguinhos Distribuidora e,

de imediato, reiniciou os projetos da Refinaria. A capacidade de armazenamento atual

da Refinaria de Manguinhos é de 1,5 milhão de barris.

Figura 9 – Refinaria de Manguinhos – vista aérea (extraída do R7, 2015).

2.2 – Políticas de preços de transporte e legislações vigentes

Chopra (2003) diz que as transportadoras tais como empresas de transporte

aéreo, por trem ou caminhão, devem levar em consideração os seguintes custos ao

investirem em ativos ou ao determinarem políticas de preço e de operações:

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- Custo relacionado ao veículo (aluguel, manutenção, combustível);

- Custo operacional fixo (mão de obra, garagem, terminais);;

- Custo relacionado a viagens;

- Custo relacionado à quantidade transportada;

- Custo indireto (custo de planejamento e elaboração de um cronograma de uma rede

de transporte).

Nas últimas décadas, o Brasil passou por um processo de mudança na política

de formação de preço do transporte, uma vez que até a década de 1980 as taxas

eram reguladas pelo governo para os serviços de transporte de cargas. Hoje há maior

flexibilidade na questão de preços de transportes e possibilidade de ofertar novos tipos

de serviços.

Atualmente está em pauta na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei, que

institui a Política Nacional de Transporte Rodoviário de Combustíveis. Nela se prevê

fixação de tarifa mínima para remuneração do transporte de combustíveis, que deve

cobrir percurso de ida e volta, além de fixação de valor mínimo do frete. A definição e

o reajuste dessas taxas serão atribuições do órgão governamental competente. A

proposta também menciona que o governo poderá exigir no máximo duas licenças

ambientais: uma expedida no estado da sede da transportadora e a segunda, válida

em âmbito nacional.

A atividade de transporte se encontra bem regulamentada no Brasil, conta com

113 instrumentos legais (normas, decretos, regulamentações, resoluções, portarias

etc.) sem incluir as legislações municipais e estaduais, que cabe aos órgãos públicos e

privados competentes a devida fiscalização e desenvolvimento destes instrumentos

conforme a necessidade da região ou até mesmo de todo o território. Veja no quadro

abaixo:

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Quadro 3 - Instrumentos legp. 14).

2.3 – O fluxo de tra

A rede de trans

produtos derivados do

menciona que um dos m

cargas líquidas derivadas

de dutos ou tubulações

derivados. Os dutos pos

produtoras, as refinarias,

os centros consumidores

nacional uma ocupação p

A gasolina arma

seguem para as bases d

finais como postos de ab

Gomes (2004) descrevem

Bases de distribui

produzidos nas refinarias

bases por mais de uma

(recebem derivados diret

tos legais federais que afetam a logística (extraída de

e transporte da gasolina

transportes do petróleo é responsável pela t

do refino para os mercados consumidores.

dos meios mais econômicos e seguros para a m

ivadas do petróleo é o modal dutoviário constituíd

ções para o transporte de grandes quantidade

possibilitam a criação de uma rede integradora

arias, os terminais de armazenamento, as bases

idores, porém nossa rede não é suficiente, re

ção pequena, em torno de 22 mil km.

armazenada nas bases de distribuição prim

ases de distribuição secundarias (Distribuidores)

de abastecimento, grandes consumidores e atac

revem cada participante deste fluxo conforme aba

stribuição — locais onde se armazenam os comb

inarias quanto os importados, sendo possível co

uma distribuidora; as bases de distribuição pod

diretamente das refinarias e terminais marítimos

29

da de SCHLÜTER, 2013,

ela transferência dos

ores. Cardoso (2004)

ra a movimentação de

stituído de um conjunto

tidades de petróleo e

radora entre as fontes

bases de distribuição e

te, representa a nível

primaria (Refinarias),

ores) ou para clientes

e atacadistas. Araújo e

e abaixo:

combustíveis, tanto os

vel compartilhar essas

o podem ser primárias

rítimos) ou secundárias

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(abastecidas pelas próprias distribuidoras através de transporte rodoviário, ferroviário

ou fluvial);

Distribuidoras — empresas que adquirem derivados de petróleo

(principalmente combustíveis) das refinarias e álcool das usinas, distribuindo-os aos

postos;

TRRs (transportador revendedor retalhista) e grandes consumidores (indústrias

e empresas de transporte) — empresas que transportam e comercializam derivados,

comprando de distribuidoras e vendendo aos consumidores finais; a figura do TRR só

se aplica ao mercado brasileiro, já que inexiste em outros mercados;

Postos de abastecimento — em sua maioria operando sob contrato de

fornecimento e exclusividade com as distribuidoras.

O foco deste estudo faz parte da última etapa da cadeia de atividades, que

compreende a distribuição e abrange as operações de estocagem, de transporte,

acondicionamento, comercialização e de entrega ao consumidor (fluxo resumido

abaixo). Partindo das refinarias, a gasolina segue conforme a melhor logística para as

distribuidoras, que possuem capacidade de armazenagem, mistura, embalagem e

distribuição para os postos. Na refinaria de Manguinhos é disponibilizado o serviço de

carregamento e armazenamento. O transporte da gasolina no Estado do Rio de

Janeiro é feito pelo modal rodoviário, em caminhões tanque anteriormente aferidos

pelo INMETRO realizadas por operadores especializados e, dentro de rigorosos

padrões de segurança, por se tratar de produtos altamente inflamáveis.

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Figura 10: Rede de Distribuição da Gasolina no Estado do Rio de Janeiro (extraído e adaptado de BRAGA, 2004 P.8).

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Figura 11: Estrutura do Setor de Combustíveis (extraído de SINDICOM, 2014).

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Figura 12: Fluxos Logísticos Atuais de Combustíveis (extraído de ILOS, 2013).

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CAPÍTULO III

A PROPOSTA

Chopra (2003) aborda que as empresas devem alinhar as estratégias

competitiva e de transporte, considerar o transporte feito pela própria empresa e o

terceirizado, projetar uma rede de transporte que possa alcançar o e-commerce, fazer

uso da tecnologia para melhorar o desempenho do transporte e prever flexibilidade na

rede de transporte.

O Estado do Rio de Janeiro enfrenta gargalos para abastecer os postos de

combustíveis, assim como o país num todo. Com o aumento do consumo, a falta de

meios de transporte e infraestrutura torna a situação deste mercado crítica. Como uma

das soluções viáveis seria o transporte por ferrovias ou a construção de polidutos na

região, visando a possibilidade de interligação com outros estados para evitar a falta

de produto. Com isso, não teríamos problemas de atendimento das frotas de

caminhões, que enfrenta problemas como engarrafamentos, assaltos e deslocamentos

grandes como dos portos até as distribuidoras.

[...] “Com o advento da globalização, devido à constante

quebra de barreiras comerciais, o mercado se tornou altamente

competitivo, exigindo a busca incessante da excelência e da

qualidade dos produtos e serviços para atender ao cliente de

forma mais satisfatória. É nesse contexto que o complexo e

extenso ramo da logística é desafiado em toda a sua extensão,

particularmente quanto à gestão do transporte, por ser este o

responsável pela movimentação de mercadorias e estar sendo

constantemente influenciado pelas tecnologias emergentes

(VARGAS, 2005) [...]”.

Outro ponto importante é a logística das distribuidoras ser integrada para ter

um processo de transporte de produtos eficiente, com agilidade na entrega. Um

exemplo a ser mencionado é o da Raízen, que conta com pontos de apoio em

aproximadamente 58 terminais, percorrendo mais de 100 milhões de quilômetros

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percorridos nas estradas brasileiras, com tratamento diferenciado para seus clientes

comerciais e industriais, como sistema de gestão e controle de frotas no segmento

B2B (business to business).

De acordo com o estudo do instituto Ilos, além dos gargalos infraestruturais

que acometem o abastecimento de combustíveis, outro ponto que pode constituir um

gargalo considerável à realização de investimentos é a regulamentação do setor. A

interação entre os diversos órgãos regulatórios e licenciadores, como, por exemplo, a

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgãos

ambientais estaduais e o Corpo de Bombeiros, entre outros, com suas diferentes

exigências, pode causar alguns conflitos. Não podemos deixar de considerar os

aspectos ambientais no transporte da gasolina, a segurança no manuseio e transporte

é crucial no processo, porém a burocratização excessiva prejudica o andamento

eficiente de todo o processo na cadeia de suprimentos. A gestão de transportes é uma

atividade complexa, que envolve a análise diversos fatores como descreve

CHIAVENATO (2014, p.185):

[...] “Trazer os materiais dos fornecedores para dentro do

processo produtivo (logística de entrada) e, por outro lado,

levar os produtos acabados para os compradores (logística de

saída) pode parecer simples, mas nem sempre é. Transporte

exige custos, seja de operação, de manutenção, de quebras,

de perdas ou de tempo; e envolve decisões sobre eventos

imprevistos e urgentes. Tudo isso deve ser levado em conta. A

logística pode ser programada racionalmente, mas o que

acontece, na realidade, são problemas de tráfego, inundações,

congestionamentos, paralisações, desmoronamentos, greves,

alterações na legislação etc. Tudo isso pode atrapalhar o

sistema de entregas e serve para travar qualquer programa

racional e bem planejado. O imprevisto sempre acontece e

precisa ser rapidamente atendido. [...]”.

Para atender a demanda atual e futura do Estado do Rio de Janeiro só

aumenta a pressão de termos um sistema logístico que garanta o abastecimento em

todas as regiões, e para isso é necessário o investimento no setor, começando pelas

próprias refinarias que não podem superar seus limites de capacidade, aumentar a

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extensão dos dutos e trazer à tona os projetos de aproveitamento da malha ferroviária,

deixando de ser somente um assunto em pauta, mas levar adiante as obras

necessárias para o desenvolvimento sustentável da região. Com isso conseguimos

reduzir os custos com transporte à longo prazo, garantindo o abastecimento e

equilibrando a produção, estoques e o controle de movimentação nos portos. Porém

infelizmente planejamento à longo prazo ainda não faz parte da cultura brasileira,

conforme descreve Razollini Filho (2012, p.22):

[...] “Existe ainda um sério problema cultural do povo brasileiro

a ser considerado, que é a famosa “Lei de Gerson”, em que

impera a cultura do ganha-perde. Via de regram todo

empresário brasileiro é imediatista e, portanto, somente

consegue planejar para um horizonte de curto prazo, querendo

resultados imediatos e sem se preocupar com o

estabelecimento de parcerias, o que acaba dificultando ainda

mais a existência de práticas logísticas modernas dentro do

planejamento estratégico (quando este existe) [...]”.

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CONCLUSÃO

Segundo Ballou (1993), a administração de transportes é o braço operacional

da função de movimentação que é realizada pela atividade logística cujo objetivo é

assegurar que o serviço de transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Para

o autor, o transporte é, sob qualquer ponto de vista, seja militar, político ou econômico,

a atividade mais importante do mundo, porém a logística de transporte da gasolina no

Estado do Rio de Janeiro apresenta algumas peculiaridades. Percebe-se que a malha

dutoviária e ferroviária não são muito utilizadas e suas extensões não são suficientes,

saturando o modo rodoviário na região.

No Brasil, segundo Novaes (2007), fica difícil utilizar todas as opções modais,

por diversos motivos: as ferrovias não formam uma rede com boa cobertura no

território nacional; o transporte marítimo também possui pouca amplitude; o transporte

aéreo presta-se mais para transporte de passageiro, apesar de estar sendo procurado

para transporte de carga internacional, com tendência ao crescimento, devido á

globalização, apesar disso, é modal mais expressivo no território brasileiro, sendo o

espelho da realidade no Estado do Rio de Janeiro.

O modal dutoviário é eficiente na movimentação de produtos líquidos ou

gasosos em grandes distâncias, porém devido a limitação em investimentos não

tem como cooperar na melhor distribuição da gasolina na região. Já o modal

ferroviário tem a questão da malha ser privatizada, com transporte de minério

realizado pela Vale.

O uso da tecnologia deve ser mais explorado, para o bom planejamento e

controle das atividades em transporte, como facilitar o preparo de romaneios de

entrega, roteirização dos veículos, monitoramento das frotas.

As atuais refinarias são localizadas em pontos estratégicos para o escoamento,

porém com o fluxo intenso de veículos enfrenta barreiras como horários determinados

para circulação nas vias, e até mesmo problemas quanto à segurança como

mencionado no trabalho.

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Ações sustentáveis devem ser analisadas para que o fluxo de transporte não

afete o meio ambiente e que o abastecimento do combustível não seja prejudicado.

Maiores estudos quanto à engenharia de tráfego e distribuição da gasolina são opções

para o desenvolvimento da logística no Estado do Rio de Janeiro, pois são áreas que

precisam estar atuando em conjunto em uma região em constante crescimento.

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ANEXO

LISTA DE SIGLAS E VERBETES

ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

B2B (business to business) - É a sigla utilizada no comércio eletrônico para definir

transações comerciais entre empresas. Em outras palavras, é um ambiente

(Plataforma de E-Commerce) onde uma empresa (indústria, distribuidor, importador ou

revenda) comercializa seus produtos para outras empresas. A natureza dessa

operação pode ser revenda, transformação ou consumo.

Feedback - Em inglês significa retroalimentação, retorno do processo realizado.

E-commerce – Comércio eletrônico

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

Inputs - Em inglês significa entradas

Outputs - Em inglês significa saídas

PETROBRAS - Petróleo Brasileiro SA

REDUC - Refinaria de Duque de Caxias

SINDICOM - Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis

e de Lubrificantes

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Logística e Transporte – Conceitos Básicos 10

1.1 – Breve histórico 11

1.2 – Funções logísticas 13

1.3 – Transporte 13

1.3.1 – Nível de serviço em transportes 13

1.4 – Modais de transporte 16

1.4.1 – Transporte rodoviário 16

1.4.2 – Transporte ferroviário 18

1.4.3 – Transporte hidroviário 20

1.4.4 – Transporte aéreo 21

1.4.5 – Transporte dutoviário 22

1.5 – Classificação quanto aos modais de transporte 23

1.5.1 – Modal ou unimodal 23

1.5.2 – Segmentado 23

1.5.3 – Sucessivo 23

1.5.4 – Intermodal ou multimodal 24

CAPÍTULO II - Distribuição de gasolina no estado do Rio de Janeiro 26

2.1 – As refinarias 26

2.1.1 – REDUC 26

2.1.2 – Manguinhos 27

2.2 – Políticas de preços e legislações vigentes 27

2.3 – O fluxo de transporte da gasolina 29

CAPÍTULO III – A Proposta 34

CONCLUSÃO 37

ANEXO - Lista de Siglas e Verbetes 39

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

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