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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O DESENVOLVIMENTO DA CADEIA LOGÍSTICA COMO FATOR DE SUCESSO PARA A EMPRESA VAREJISTA Por: Marília Francisco Rodrigues Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · suprimento e também identificar os impactos positivos da TI no conjunto de ... Atualmente, as empresas enfrentam mercados altamente

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESENVOLVIMENTO DA CADEIA LOGÍSTICA COMO FATOR

DE SUCESSO PARA A EMPRESA VAREJISTA

Por: Marília Francisco Rodrigues

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESENVOLVIMENTO DA CADEIA LOGÍSTICA COMO FATOR

DE SUCESSO PARA A EMPRESA VAREJISTA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Compras e

Suprimentos.

Por: . Marília Francisco Rodrigues

3

AGRADECIMENTOS

À Universidade pela oportunidade de realização do curso de especialização,

aos mestres, pelo compromisso de ensino e aos companheiros de turma, pelo

compartilhamento de seus conhecimentos.

4

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, com amor, admiração e gratidão por todo o

investimento, compreensão, carinho, presença e

incansável apoio ao longo do período de especialização e

elaboração deste trabalho.

5

RESUMO

A crescente competitividade global tem induzido muitas

organizações a reestruturarem seus processos e atividades, exigindo maior

flexibilidade, melhor qualidade, menor custo e investimento em Tecnologia da

Informação. Este trabalho descreve as estratégias dos lojistas com relação ao

processo de compras e à gestão de estoques. Mas como identificar e analisar

os canais de fornecimento e os impactos da tecnologia? A gestão de compras

e dos canais de fornecimento assume papel verdadeiramente estratégico para

empresas varejistas, refletindo diretamente nos resultados do negocio. Sendo

assim, revelam a importância da estratégia que a TI exerce no processo de

gestão da cadeia de suprimentos. Os objetivos foram: caracterizar o processo

de compras e analisar os impactos da TI no processo de gestão da cadeia de

suprimentos e as estratégias de compras adotadas; identificar os fatores

determinantes e as dificuldades enfrentadas quanto à gestão das compras e

dos estoques; validar o conjunto de variáveis selecionadas na literatura de

Sistemas de Informações, visto que estes são considerados os fatores-chave

para o sucesso de uma loja. O trabalho oferece detalhes que apontam para a

possibilidade de aperfeiçoamento do processo de compras, por meio de

entrevistas realizadas com alguns lojistas. As observações revelaram a

importância estratégica que a TI exerce no processo de gestão das cadeias de

suprimento e também identificar os impactos positivos da TI no conjunto de

variáveis estratégicas selecionadas na revisão da literatura.

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METODOLOGIA

Tendo em vista que o objetivo principal deste trabalho é caracterizar os

aspectos do processo de suprimento e da gestão dos estoques, verificar a

efetividade dos canais de fornecimento do setor varejista, o uso da TI na

gestão das cadeias de suprimento e os seus impactos no conjunto de variáveis

estratégicas.

A pesquisa tem como objetivo fornecer uma melhor compreensão do

tema e do contexto, examinar a viabilidade do estudo e identificar a relevância.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Processo de Compras e a Gestão de Estoque 09

CAPÍTULO II - Suprimento Externo no Varejo 21

CAPÍTULO III – A TI na Gestão da Cadeia de Suprimentos 36

CONCLUSÃO 42

ANEXOS 44

REFERÊNCIAS 45

ÍNDICE 47

8

INTRODUÇÃO

Atualmente, as empresas enfrentam mercados altamente

competitivos e margens de lucros cada vez menores, desenvolvendo novos e

crescentes critérios para competir e garantir a própria sobrevivência.

No capítulo I, destaca-se o desenvolvimento de uma cadeia logística

eficiente constituindo um fator chave de sucesso para qualquer empresa

varejista atualmente. Os canais de fornecimento oferecem a construção de

vantagens competitivas sustentáveis, por suas características de longo prazo,

tendo como base os relacionamentos. Em decorrência disto, assumem papel

estratégico, refletindo nos resultados dos negócios.

O capítulo II, enfoca o suprimento externo correspondente a um

subsistema da cadeia, que contribui de maneira imprescindível para o êxito

organizacional em termos de fluxo logístico, como também no desempenho da

qualidade e produtividade. Uma variedade de funções, correspondentes à

programação de compras, pesquisa de preço, relacionamento com

fornecedores, método efetivo de compras e controle de estoque do material

recebido.

No capitulo III, ressalta a Supply Chain Management (SCM)

reconhecida como uma importante área para inovação e investimento em

Tecnologia da Informação (TI), que continuam sendo questão estratégica

central em empresas que buscam ganhar vantagem competitiva em um

ambiente cada vez mais dinâmico.

Os objetivos da pesquisa são: identificar os procedimentos; fluxos e

operações adotadas no sistema em questão; analisar os parâmetros da

gestão de suprimento externo; propor medidas com a finalidade de aperfeiçoar

o sistema de suprimento externo em pauta e identificar e analisar os impactos

da TI no processo de gestão da cadeia de suprimentos e validar o conjunto de

variáveis selecionadas na literatura de SI.

Na implementação da SCM, o foco e as relações adversas são

substituídos por alianças estratégicas e relações cooperativas de longo termo e

a visão de parcerias ao invés de adversários com a meta de maximizar a

competitividade e a lucratividade da empresa, assim como para toda a cadeia e

suprimento incluindo o consumidor final (LAMBERT; COOPER; PAGH, 1998).

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CAPITULO I

PROCESSO DE COMPRAS E A GESTÃO DE

ESTOQUE

1. CARACTERIZAÇÃO DO VAREJO

O varejo vem se transformando em importância e assumindo papel

de destaque no cenário econômico nacional e mundial das últimas décadas.

Diariamente aparecem notícias nos cadernos de economia dos principais

jornais e revistas, sobre a atuação destas empresas, tecnologia empregada,

formas de gestão, fusões e aquisições, comprovando a relevância no atual

panorama empresarial (PARENTE, 2000).

A disputa cada vez mais acirrada pelos consumidores tem desafiado

os varejistas a desenvolverem fontes de vantagens competitivas, definindo o

sucesso e a própria sobrevivência das empresas. Cada vez mais são

necessários investimentos em tecnologia, logística, serviços de pós-venda e

marketing para atender as demandas mais exigentes dos consumidores (LEVY;

WEITZ 2000).

Acompanhar a trajetória do varejo é fascinante, pois reflete com

exatidão as mudanças ocorridas com a própria sociedade, ao longo dos

tempos. O fato deste dinamismo do varejo ser consequência de um baixo

componente de regularização do Estado e do grande volume de capital que

circula nesta atividade.

Este capitulo tem o objetivo apresentar este importante setor da

economia, partindo de sua conceituação até a caracterização com relação a

concorrência do setor e ao posicionamento estratégico adotado.

1.1. CONCEITO DE COMÉRCIO VAREJISTA

Costuma-se dizer que varejo era uma questão de vocação. Todavia,

com a evolução das sociedades, este conceito parece ter ficado esmaecido

com o tempo. Grandes corporações do varejo atualmente são dirigidas por

profissionais que captam recursos no mercado, lidam com complexos modelos

de gestão e estratégias de negócio, pouco relacionados à ideia de simplicidade

de outros tempos (MORGADO, GONÇALVES 1997).

10

O varejo:

É um conjunto de atividades de negócios que adiciona valor a

produtos e serviços vendidos a consumidores para seu uso pessoal e

familiar. (LEVY; WEITZ 2000).

Relata o autor que ao fornecer variedade em pequenas quantidades

e mantendo o estoque a disposição do cliente, além de formas de crediário

para financiamento, o varejista está agregando valor ao consumidor.

O fato de nem todas as atividades serem realizadas em lojas, muitas

transações podem ser realizadas por vendedores que vão ao

encontro do consumidor, ou através de catálogos, televisão, internet

ou outras mídias eletrônicas. (ANGELO E SILVEIRA 1996).

Esta abordagem de varejo é que, segundo o mesmo autor, justifica o

crescente aumento de formas de se oferecer produtos.

O varejo encontra todas as atividades envolvidas entre a produção e

o consumo dos bens, ajustando as diferenças entre grandes produtores e

inúmeros clientes. As instituições varejistas podem ser classificadas conforme

vários critérios. Parente (2000) destaca a existência do varejo alimentício, não

alimentício e serviços, entre as instituições varejistas com lojas.

Embora não sejam exclusivas do setor, existem algumas

características implícitas na atividade do varejo:

• Integra funções clássicas de operações comerciais, procura e aquisição

de produtos, armazenamento e distribuição, comercialização e entrega;

• A sazonalidade de demanda é significativa e seus efeitos têm que estar

refletidos nas estratégias de marketing;

• Necessita giro rápido de estoques;

• Suscetível à política econômica, sendo o primeiro setor a sentir os

efeitos de crises e recessões de renda;

• Forte necessidade de crédito, sendo que normalmente as empresas

oferecem algum tipo de financiamento, já que este fator potencializa as

vendas.

11

1.2. PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NA ADMINISTRAÇÃO DO

VAREJO

O sucesso de um empreendimento varejista, independente da

dimensão, depende muito da intensidade com que o dirigente incorpora o

conceito de varejo no seu negócio. Este conceito significa uma orientação de

gerenciamento que faz o varejista focar nas necessidades identificadas nos

seus consumidores e satisfazê-las de maneira mais eficiente que os

concorrentes.

Os varejsitas tentam reduzir o impacto da concorrência através da

exclusividade, algo que dificulta a cópia fácil. Para obter vantagens

competitivas de longo prazo no varejo, é necessário criar valor, oferecer

serviços agregados aos produtos, baseando uma diferenciação constante.

Como alternativa de garantir margem de lucro na comercialização de

produtos, cada vez mais parecidos, os serviços têm se tornado essenciais.

Segundo Rust; Zeithaml; Lemom (2001), a maior prioridade do varejo é

compreender o impacto da qualidade dos serviços na obtenção do resultado

financeiro, na manutenção e fidelização dos clientes.

1.3 PERFIL DO CONSUMIDOR

A falta de tempo e a busca por conveniência têm caracterizado o

perfil do consumidor e consequentemente dos hábitos de compra. A

insatisfação e inconformidade com filas e a busca por experiência de

socialização são características que forçaram os varejistas a realizarem

grandes investimentos em lay out, tecnologia de equipamentos e

informatização para satisfazer a estas expectativas.

O varejo procura se ajustar às atuais necessidades dos

consumidores, havendo agilidade no atendimento, informatização e

centralização de clientes, além de proporcionar novas alternativas de venda,

seja por comércio eletrônico, internet e facilidades de entrega no domicílio,

entrega em 24 horas e ampliação da gama de produtos.

Segundo Souza; Serrentino (2002), a partir da década de 90, a

preocupação com os clientes passou a fazer parte do cotidiano do varejo. Esta

estendeu-se para a busca do conhecimento dos hábitos, atitudes e padrões de

comportamento.

12

1.4 A INTERNET E O VAREJO VIRTUAL

Os últimos anos têm sido consolidados pelo varejo eletrônico como

canal de vendas.

A tecnologia está derrubando os limites de tempo e de espaço. Por

meio da internet, o consumidor vem ampliando as alternativas de

escolha e o nível de controle de suas decisões de compra.

(PARENTE, 2000).

Parente (2001) relatou as contradições no desenvolvimento da

internet e do varejo no Brasil. Destacou os seguintes fatores positivos para este

crescimento:

• Alta penetração da web na classe alta e média, com hábitos de consumo

internacional;

• Crescimento da base de computadores.

Como fatores negativos:

• Falta de confiança na segurança e integridade dos dados da internet,

por parte dos usuários;

• Deficiência de empresas especializadas na prestação de serviços de

logística de entrega aos consumidores.

1.5 CAPACITAÇÃO EM COMERCIALIZAÇÃO

A deficiência que tange a comercialização dos produtos, ou seja,

que se refere à compra, fornecimento, distribuição, venda e integração da

cadeia de suprimentos, abarcam todo o setor, derivados da ausência de uma

logística de suprimentos, através de cadeias, sistemas e canais de

planejamento de vendas ou de distribuição de produtos.

Uma das principais razões para esta situação, é que os empresários

possuem baixa capacitação na área comercial, apresentando um perfil mais

operacional, entretanto, tendo uma acentuada carência em conhecimento de

desenvolvimento dos relacionamentos na cadeia de fornecimento.

13

1.6 CONCORRÊNCIA CHINESA

Observa-se um aspecto voltado à competitividade do setor nacional

com relação aos produtos importados, principalmente os provenientes da

China, que entraram no mercado mundial com preços bastante competitivos e

protegidos por incentivos tributários, que encontram dificuldade de concorrer

com os preços dos produtos importados.

Conforme a Confederação Nacional da Indústria, o setor vestuário é

o que mais perde, frente à competição chinesa.

Este cenário é, sobretudo critico, visto que a grande maioria das

empresas do setor vestuário nacional são micro ou pequenas, tornando ainda

mais difícil competir com os grandes internacionais.

2. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Canais de distribuição podem ser conhecidos como canais de

marketing, ou ainda canais comerciais.

Um canal de marketing é um conjunto de organizações,

interdependentes envolvidas no processo de disponibilizar um

produto ou serviço para uso ou consumo. (COUGHTAN 2002)

As organizações são consideradas interdependentes, pois não se

trata de uma única empresa, e sim de várias, entre elas, varejistas, atacadistas,

representantes, fabricantes, trabalhando de forma interligada a fim de

desempenharem suas funções com a dependência dos demais.

O canal de distribuição é um processo contínuo, não se trata de um

acontecimento isolado, mas sim, de uma relação entre fabricantes e

revendedores com usuários finais que não termina com a venda. Em alguns

casos são necessários serviços de pós-venda para conhecer melhor as

necessidades do cliente. Todos esses aspectos têm um único propósito:

satisfazer usuários finais.

Normalmente se leva anos para construir um canal de marketing

eficiente, ele é tão importante quanto outros recursos da empresa, tais como

pesquisa, engenharia. É um compromisso com diversas empresas cujo negócio

é a distribuição.

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Os principais componentes de um canal são fabricantes,

intermediários e consumidores finais. Fabricantes são considerados os

produtos, mesmo que estes produzam para outras empresas colocarem suas

marcas. Interdiários são os atacadistas, varejistas, representantes e

especialistas. E por fim, os consumidores finais que são aqueles que compram

o produto ou serviço para uso ou consumo.

O uso de intermediários, apesar de parecer ser delegação de uma

importante função, de colocar o desafio de sua empresa nas mãos de terceiros,

pode tomar a distribuição mais eficiente, tomando os produtos mais acessíveis

em diversos mercados.

Um canal de marketing transfere mercadorias e serviços dos

fabricantes para os usuários finais, administrando melhor o tempo, local e

posse dos que os desejam. Deste modo, o canal visa administrar o tempo,

porque o produto precisa estar disponível no momento em que o cliente deseja

comprar. A empresa precisa estar atenta ao lugar onde seus compradores

estão localizados. E, finalmente, a questão da posse envolve a transferência de

propriedade de determinado bem ou serviço, que pode ser do fabricante para o

intermediário ou deste para o consumidor final.

2.1 NÍVEIS DE CANAIS

Koller (2000) considera que a quantidade de intermediários é que

determina o número do canal, pois fabricantes e consumidores fazem parte de

todos os níveis.

Por exemplo, a figura 1, mostra que um canal de nível zero, não

possui intermediários, os produtos passam diretamente do produtor para o

consumidor final, enquanto o canal de nível um, teria um intermediário que faria

esta transferência.

15

Em se tratando do canal de nível zero, os melhores exemplos são as

vendas feitas de porta em porta, reuniões, telemarketing, vendas pela

televisão, vendas pela internet e lojas do próprio fabricante.

Os canais do nível um e dois, são os mais tradicionais, envolvendo

atacadistas e varejistas. O canal de nível três é o mais indireto, pois envolve os

agentes. Os agentes são pessoas que negociam compras e vendas, mas não

tem direito de propriedade sobre os bens ou serviços. Os agentes também são

conhecidos como representantes. Em alguns casos podem ser encontrados

canais maiores que de três níveis. Em alguns lugares de difícil acesso, pode-se

precisar de até seis níveis.

2.2 COMPRAS

Nas palavras de Parente (2000), as compras nas empresas

varejistas pretendem sempre minimizar o investimento em estoque e, por outro

lado, minimizar o índice de faltas.

Comprar bem é a chave para o sucesso do negócio. Comprar bem é

metade da venda e a garantia do lucro.

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Neste contexto, surge a importância de se definir a função de

compras em todas as suas dimensões, para compreender melhor o fenômeno

analisado nesta pesquisa.

2.3 COMPRAS E LOGÍSTICA

A logística é um dos fatores responsáveis pela otimização da gestão

de compras. Christopher (1997), em sua definição de logística, deixa claro a

participação das compras, como parte do processo de gestão logística.

O processo logístico em uma organização é o sistema responsável

pela interligação entre o cliente e o fornecedor, sendo as compras apenas um

dos fluxos coordenados por esse processo.

Uma cadeia de suprimentos bem estruturada pode reduzir em até

25% os custos de uma companhia. É claro que esse percentual é passível de

alterações, mas o que chama atenção é o fato de reduzir-se os custos, por

meio de um planejamento adequado da logística da empresa.

O processo logístico é visto como um sistema que liga as empresas

com seus clientes e fornecedores. O que significa que atividade de compras

compõe o sistema logístico juntamente com as atividades de distribuição física,

transporte, armazenagem, manuseio dos produtos e controles de estoques.

2.4 CONCEITO DE COMPRAS

De maneira geral, a missão de compras consiste em obter do

exterior da empresa os materiais, produtos e os serviços necessários para o

seu funcionamento, nas quantidades e prazos estabelecidos em seu

planejamento estratégico, respeitando os níveis de qualidade predefinidos e ao

menor preço que seja possível no mercado.

Segundo Ballou (2004) as compras envolvem a aquisição de

matérias-primas, suprimentos e componentes para o conjunto da organização.

Entre as atividades associadas a eles incluem-se:

• Selecionar e qualificar fornecedores;

• Avaliar desempenho de fornecedores;

• Negociar contratos;

• Comparar preço, qualidade e serviços;

• Programar as compras;

17

• Estabelecer os termos das vendas;

• Mensurar a qualidade recebida.

Em se tratando de lojas de vestuário, a missão de compras é mais

especifica e decorrente das necessidades dos consumidores, da sazonalidade

e da moda. O comprador de vestuário tem que conhecer os itens de consumo

dos seus clientes, a periodicidade, a demanda, para só então definir o que

comprar, e as quantidades, ou seja, só depois montar o mix de produtos a

serem adquirido.

O inicio da ação da área de compras se dá com o levantamento dos

itens solicitados que foram definidos, por meio de pesquisa de mercado,

considerando a qualidade, projetos de fidelização dos clientes, dentre outros, e

todo o processo de negociação, com o intuito de adquirir os produtos com o

menor preço possível, dentro das condições e prazos de pagamentos

possíveis, de acordo com a situação financeira da empresa.

Os componentes da decisão de compra não são definidos,

isoladamente, pela área de compras. Por exemplo, o que e quanto comprar

necessitam da participação de outras áreas como marketing, vendas,

produção, engenharia. A responsabilidade da área de compras, por fim, é obter

o material certo, nas quantidades certas, com a entrega correta (tempo e

lugar), da fonte correta e no preço certo.

2.5 A IMPORTÂNCIA DE COMPRAS

O setor de compras ocupa uma posição importante na maioria das

organizações, pois as mercadorias comercializadas pela empresa representam,

em geral, de 40 a 60% do valor final das vendas de qualquer produto, isso

significa que reduções de custos no processo de aquisição de materiais pode

ter um impacto muito grande sobre o lucro da organização.

A administração das compras e a gestão dos estoques constituem

um setor vital para as empresas varejistas. Por um lado, os estoques absorvem

enorme volume de recursos e constituem no maior investimento no ativo das

empresas, e por outro, as compras representam a maior conta das despesas

do varejista. Pela importância simultânea que exercem no volume das vendas e

18

no fluxo de caixa das empresas, o setor de compras vêm recebendo uma

atenção especial dos varejistas.

2.6 OBEJTIVO DA ATIVIDADE DE COMPRAS

Conforme Arnold (1999), o setor de compras possui os seguintes

objetivos:

• Movimentar e controlar o fluxo de dinheiro da melhor maneira possível,

em virtude das compras representarem um investimento;

• Obter mercadorias e serviços na quantidade e com qualidade

necessária;

• Obter mercadorias e serviços ao menor custo;

• Garantir o melhor serviço possível e monitorar as entregas por parte do

fornecedor;

• Desenvolver e manter boas relações com fornecedores;

• Servir eficazmente na consecução de matérias-primas e artigos

indispensáveis à fabricação, comercialização de produtos ou serviços, a

fim de manter a empresa em operação.

Caso a área de compras não observe adequadamente esses dois

objetivos, a empresa poderá perder sua competitividade no mercado.

2.7 CICLO DE COMPRAS

Para se dar inicio às etapas de compras, deve-se considerar

algumas informações que são: primeiro, a previsão de vendas, ou seja, a

demanda projetada; depois, se determinará o estoque mínimo do produto, a

elasticidade dos produtos; e por fim giro médio desse. Depois desses fatores

definidos, é que se calculará a quantidade a ser comprada. Deve-se

estabelecer um mecanismo de controle e acompanhamento dessas fases que

antecedem a compra, com o intuito de gerir as possíveis distorções e desvios

encontrados. O ciclo de compras pode ser melhor observado conforme a figura

2:

19

Conforme Arnold (1999), o conceito de compras certo é muito

relativo e envolve as decisões de quantidade, preço, mix de produtos,

qualidade dos produtos e serviços. O conceito de compra certa não pode estar

ligado ao de exatidão, mas sim de aproximação. Para que o comprador exerça

sua atividade de compra adequadamente, é imprescindível o conhecimento das

necessidades dos consumidores. O comprador precisa estar preocupado não

apenas com a aquisição do mix definido pelo marketing, mas ele não deve

acompanhar o giro dos produtos, além de verificar as suas margens.

O consumidor muda seus gostos e necessidades, frequentemente,

obrigando ao gestor de compras a atualizar-se em várias fontes, a fim de evitar

repetir uma compra só porque ela foi satisfatória no último pedido, pois se corre

20

o risco de efetuar uma péssima compra, devido à rapidez da mudança da

demanda dos produtos.

Em suma, o comprador deve fazer, constantemente, uma analise do

público-alvo e de sua demanda, ates de efetivar a compra de determinado

produto.

21

CAPITULO II

SUPRIMENTO EXTERNO DO VAREJO

1. SUPRIMENTO EXTERNO No âmbito empresarial, a logística, importante área das

organizações, tem como função principal tornar disponível o produto certo, na

quantidade exata, com qualidade apropriada, no tempo correto ao custo

mínimo plausível. Neste sentido, cita-se o desafio da logística como:

Diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na

condição física que desejarem. (BALLOU, 1993)

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de

maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços

e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de

consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (NOVAES,

2001, p. 36).

A logística empresarial reúne inúmeras atribuições nas

organizações, de modo que possa abastecer as demandas internas no intuito

de atender os consumidores. Nesse contexto, o processamento de pedido, que

dá início à circulação de material, submerge a função de transporte e a

manutenção de estoques. Enfatizando:

Para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é

necessário manter estoques, que agem como amortecedores entre a

oferta e a demanda. (BALLOU 1993).

As ações mencionadas anteriormente abrangem as atividades

primárias da logística nas empresas, pois sua importância é essencial para a

consecução dos objetivos das organizações.

A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição

de modo a poder maximizar a lucratividade presente e futura, através

do atendimento dos pedidos a baixo custo. CHRISTOPHER (1997).

22

Deste modo, o setor de logística não engloba apenas as atividades

primárias, mas também o processo de compras, fator de fundamental

importância para a absorção de resultados eficazes nas empresas.

As compras compreendem uma atividade relacionada ao sistema

logístico empresarial, como atividades-pares envolvidas em ações

estreitamente homogêneas, e essas atividades estão voltadas para o desígnio

comum de operação lucrativa que é manter uma posição competitiva no

mercado. (POZO, 2004).

A função compras é um segmento essencial do departamento de

materiais ou suprimentos, que tem finalidade suprir as necessidades de

matérias ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-la no momento

certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi

comprado e providenciar o armazenamento. Compra é, portanto, uma

operação da área de materiais, muito importante entre as que compõem o

processo de suprimento. (DIAS, 1993).

Neste contexto, o suprimento externo impulsiona pró-eminentemente

à performance das organizações. Destarte, para abrangê-lo amplamente, faz-

se necessário a análise da conjuntura em que se configuram dentro da

companhia, determinando-se as suas funções primordiais.

A função compras pode ser dividida em dois tipos de atividades,

como procurement e programação e acompanhamento do fornecedor. A

primeira atividade engloba funções como constituir especificações, eleger

fornecedores, definir preços e negociar. Entretanto, a programação e o

acompanhamento do fornecedor destinam-se à emissão de pedidos para os

fornecedores, concomitante com a entrega e o seguimento.

Na maioria das vezes a produtividade interna da empresa é focada

como fonte basilar de lucratividade. No entanto, existem atinados ensejos para

associar a função de compras na visão da competitividade.

Na economia mundial, a vantagem competitiva das empresas, não

depende apenas do preço dos produtos no ponto de venda, mas também da

aptidão para distinção dos produtos e a rapidez em que ocorre a inovação.

O mecanismo de processamento da função compras demanda um

processo de gerenciamento de operações, as quais devem ser

23

desempenhadas de acordo com normas preestabelecidas, como forma de

garantir eficiência ao sistema produtivo.

Primeiramente, a empresa solicita produtos ou serviços. Para tanto,

o setor de compras necessita conservar uma base de dados extensa sobre

fornecedores potenciais, como também aconselhar o requisitante acerca de

materiais e serviços adequados. O maior encargo da função compras, após tal

atividade, é formular uma requisição formal aos possíveis fornecedores, no

intuito de obter cotações para a empresa, as quais serão selecionadas pelo

setor requisitante. Deste modo, é emitido um pedido de compra, base legal da

relação contratual entre empresa e fornecedor. Para então o produto ser

entregue ao requisitante que informa sobre o recebimento e as condições no

momento da entrega.

O sistema de suprimento, em termos de macro-classificação, pode

configurar-se em dois subsistemas distintos, tais como:

• Suprimento externo que promove o abastecimento de insumos

indispensáveis à produção e o gerenciamento do material no chão de

fábrica, o qual possui como finalidade suprir os materiais nos postos de

trabalho, no momento e quantidades certos, portanto, pode ser

denominado como suprimento interno.

O suprimento externo engloba um anexo de atividades ligadas ao

processo produtivo, tais como programação de compras; rastreamento de

preços; relacionamento com fornecedores; processo efetivo de compra e

controle de material recebido.

1.1 PROGRAMAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais compreende o conjunto de atividades

com a finalidade de garantir o fornecimento de materiais necessários ao

funcionamento da empresa, em tempo hábil, na quantidade suficiente, na

qualidade solicitada e com o preço viável.

Administração de materiais: planejamento, coordenação, direção e

controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para

a formação de estoques, desde o momento de sua concepção até o

seu consumo final. (VIANA, 2002).

24

Neste sentido, o abastecimento de materiais antes do tempo exato

gera altos volumes de estoques além da precisão da empresa. Após o tempo

exato, acarreta carência de material que atenda as necessidades da empresa.

Além do volume necessário, representa imobilizações em estoque inativo. Sem

atributos de qualidade, ocasiona custos elevados e oportunidades de lucros

não realizados. Aquém da quantidade necessária, pode acarretar à escassez

de estoque.

Administrar com eficiência e exatidão o movimento de entradas e

saídas dos materiais necessários à empresa – o quê, quanto, e como comprar

– não é tarefa simples.

1.2 RASTREAMENTO DE PREÇO

Posteriormente a definição da quantidade e do momento exato para

efetivação compra, corresponde ao subsistema e suprimento externo identificar

as fontes de distribuição que exprimam condições razoáveis para uma

produção lucrativa da empresa, essa atividade de pesquisa de preço é também

designada de rastreamento de preço ou cotação de preços.

Ademais, o exercício da cotação de preços possui também, como

função o estudo mais detalhado dos aspectos econômicos do mercado.

A cotação é o registro do preço obtido da oferta de diversos

fornecedores em relação ao material cuja compra foi solicitada. Deverá esta

sempre ao alcance de qualquer consulta e análise da auditoria quando for

solicitada.

A cotação de preços é um papel desempenhado pelo sub setor de

suprimento externo, a qual objetiva a análise das melhores oportunidades de

compra. Assim, os elementos contidos na cotação devem fornecer subsídios ao

comprador para que o mesmo possa efetuar a compra na condição adequada

dentre das expectativas da empresa.

Na realização de uma cotação de preço para um determinado

produto, os fornecedores enviam propostas de fornecimento, evidenciando o

preço, prazo, prováveis reajustes, descontos, em fim todas as condições gerais

que estabelecem. No entanto, a empresa fixa condições para o fornecedor a

fim de obter uma melhor negociação com mesmo para que ambas as partes

sejam favorecidas, tais como:

25

• As propostas oferecidas pelos fornecedores são submetidas à

aprovação;

• Os preços indicados são líquidos;

• Em caso de atrasos da mercadoria, sem que haja responsabilidade do

fornecedor, as datas de vencimentos permanecem as mesmas, caso

contrário à empresa solicita prorrogação para o pagamento;

• Os prazos de fabricação são, geralmente, são indicados na proposta em

dias úteis de trabalho, de acordo com a programação estimada na data

da proposta. Estes prazos devem ser expressamente confirmados.

1.3 RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES

A função compras tem como finalidade alcançar, ao mesmo tempo,

qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Após a decisão acerca do

que comprar, o segundo grande passo e selecionar o fornecedor correto. Um

fornecedor, para obter êxito, necessita possuir a tecnologia para fabricar o

produto na qualidade exigida; deter habilidades para produzir as quantidades

necessárias, como também à capacidade de administrar o negócio com

eficiência satisfatória para obter lucratividade e vender produtos a preços

competitivos.

A eficiência de um departamento de compras está diretamente ligada

ao grau de atendimento e ao relacionamento entre o comprador e o

fornecedor, que devem ser os mais adequados e convenientes. (DIAS, 1995).

O relacionamento com fornecedores constitui uma atividade do

processo de suprimento externo que se desenvolve ao longo todo o macro

processo, e até mesmo à montante e à jusante do suprimento externo. O

relacionamento com fornecedores não deve ser avaliado uma fase das

atividades de compras, no sentido restrito de um processo produtivo.

O caráter do relacionamento entre clientes e fornecedores é

definido, em primeiro plano, pelo tipo de produto que está sendo obtido. Gryna

(1992) determina três categorias de compras:

26

• Materiais padrão: para os quais são preparadas especificações

industriais e é mínimo o programa de relações com o fornecedor

quanto à qualidade;

• Componentes e materiais secundários: para os quais é necessário

certo grau de atividades relacionadas à qualidade do fornecimento;

• Componentes principais: itens muitas vezes complexos, cuja

responsabilidade de projeto é tanto do fornecedor quanto do

comprador, e que requerem um programa completo de relações

com o fornecedor.

Inúmeros autores e linhas de pesquisa distintas apontam um

progresso nas relações entre cliente e fornecedor. Assim, essa evolução possui

efeitos diretos acerca das formas de relação das empresas, como também

sobre a probabilidade de desenvolver produtos de forma contígua.

Uma abordagem trivial era avaliar o fornecedor como um

competidor, buscando sempre embolsar o máximo lucro à custa de eventuais

descuidos do cliente. As relações aconteciam em curto prazo, possuindo uma

ínfima afinidade entre cliente e fornecedor. Assim, a fim de assegurar-se, a

empresa solicitada diversos rastreamentos de preços, sempre com o máximo

rigor ao receber a mercadoria, executando rígidas inspeções.

Atualmente, o mercado mundial passa por diversas modificações.

Desta forma, as empresas buscam em todos os setores possibilidades de

adquirir vantagens competitivas.

Assim, a maior preocupação, das empresas, com a qualidade total

de produtos e serviços, pode ser distinguida como um dos motivos para um

maior enfoque à qualidade dos fornecedores, o que acabou provocando numa

modificação de padrões de relacionamento entre as empresas.

O relacionamento aprofundado com fornecedores pode proporcionar

às empresas, uma forma de ampliação das vantagens competitivas, como

também aperfeiçoamento da produtividade e minimização dos custos.

Com isso, a importância das parcerias é cada vez mais ressaltada. A

colaboração entre as empresas, além de facilitar a eficácia produtiva, admite o

avanço mais velozmente na criação tecnológica, adicionando competências

não disponíveis em uma empresa. A forma de relacionamento constitui os

meios de comunicação entre empresa e fornecedor, como também explana a

27

disposição da empresa em cultivar contatos a fim de solucionar possíveis

problemas ao longo do fornecimento.

1.4 O PROCESSO EFETIVO DE COMPRAS

Compras é conceituado como:

A atividade de procurar e providenciar a entrega de materiais, na qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço justo, para

o funcionamento, a manutenção ou a ampliação da empresa.

(VIANA, 2002).

Neste sentido, as compras compreendem a procura, aquisição,

entrega e recebimento de materiais, mercadorias, suprimentos e máquinas

necessárias para a manutenção, expansão e funcionamento de uma

organização. Assim, os produtos comprados devem obter as seguintes

peculiaridades:

• Possuir a qualidade especificada;

• Entrega no prazo pedido;

• Preço justo;

• Possuir rotatividade;

• Oferecer lucratividade.

A função compras vem ampliando seu valor reconhecimento em

razão de motivos internos e externos à organização, como vantagem

competitiva, evolução tecnológica, políticas governamentais e de blocos

econômicos, recursos escassos, extensão de gastos fora da empresa,

centralização das compras em poucos e grandes fornecedores, ampliação da

consciência acerca da conservação do meio ambiente. A consideração de que

o método mais hábil de compras e suprimentos pode maximizar o faturamento

das empresas, igualmente colabora para uma maior atenção à função

compras.

A função compras é um segmento essencial do Departamento de

materiais ou Suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de

materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no

28

momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente

o que foi comprado e providenciar armazenamento.

A função do comprador é identificar fornecedores bem qualificados,

providenciar fechamento de contratos com os mesmos e acompanhar seu

cumprimento. Neste sentido, é notório que para que a empresa realize boas

vendas faz-se necessário a realização de compras adequadas. A aquisição de

um produto demanda atenções especiais, envolvendo não apenas a busca de

fontes de suprimentos, mais também as deliberações acerca das quantidades e

qualidades da compra. Deste modo, a fim de que a empresa moderna alcance

sucesso nas operações de compra, o comprador deve desempenhar as

funções que lhe compete de forma obstinada.

O processo de compras fundamenta-se em várias fases, tais como:

• Preparação do processo: abrange o recebimento dos documentos

e a instalação do processo de compras;

• Programação da compra: envolve a identificação de fornecedores e

a preparação de condições gerais e privativas;

• Escolha de fornecedores: compreende a escolha de fornecedores

para efetuação da concorrência, avaliando a desempenho de cada

fornecedor a fim de pontuá-lo em conformidade com seus méritos e

deméritos;

• Concorrência: compreende a expedição de consulta, abertura,

análise e avaliação de propostas.

O plano de compra abrange também, em alguns casos, a definição

do lote econômica de compra. As transações de compra podem ser realizadas

através de processos eletrônicos, denominados de business-to-business, visto

que tal exercício têm se tornado habitual entre as empresas.

O planejamento adequado é de fundamental importância para as

empresas, pois compras efetuadas de forma incorreta ocasionam complicações

na conservação, no funcionamento, nas vendas e no processo de

desenvolvimento da empresa.

Comprar bem é um dos meios que a empresa deve utilizar para

minimizar custos. Desta forma, para que a empresa efetue compras de forma

29

correta, torna-se necessária a verificação de prazos, preços, qualidade e

volume. Portanto, a administração de compras possui os objetivos a seguir:

• Extinguir falhas na aquisição de material, suprimentos, máquinas e

mercadorias;

• Abolir avaria de material;

• Conservar um estoque pequeno e bem controlado, mas que atenda

as necessidades de demanda;

• Adquirir o estoque a preço baixo;

• Comprar a mercadoria correta a fim de suprir as necessidades do

cliente;

• Comprar a mercadoria que proporciona melhor margem e/ou maior

rotatividade, propiciando um lucro favorável no ato de vender.

Um dos parâmetros importantes para o bom funcionamento da

seção de compras e, consequentemente, para o alcance de todos os objetivos

é a previsão das necessidades de suprimento. Nunca é demais insistir na

informação dessas quantidades, das qualidades e prazos que são necessários

para a fábrica operar. Assim, estas informações proporcionam os meios

eficientes para o comprador executar suas tarefas, como também o tempo

necessário para efetuar negociação, fabricar e entregar os produtos solicitados.

As atividades no comércio e na indústria são desenvolvidas e concentradas

basicamente em quatro variáveis de atividade:

• Maior margem sobre o custo das mercadorias;

• Aumento das vendas;

• Diminuição dos excessos de estoques;

• Redução das despesas operacionais.

A escolha de fornecedores é considerada um fator imprescindível no

processo de compras. O potencial do fornecedor deve ser verificado, como

também suas instalações e seus produtos. Deste modo, a empresa, ao manter

um registro de fornecedores atualizado e completo, como também efetuar

rastreamento de preço periodicamente, o surgimento de falhas e problemas

serão evitados.

30

Independentemente do tamanho da empresa, os princípios básicos

de organização compõem-se de regras essenciais, tais como: autoridade de

compra; registro de compras; registro de preços; registro de estoques e

consumo; registro de fornecedores; arquivos e especificações e arquivos de

catálogos.

Um adequado sistema de compras possui transformações acerca da

composição da empresa e em função da política seguida pela mesma.

Atualmente, o setor de compras encontra-se em aperfeiçoamento em termos

de estrutura a fim de acompanhar o mercado competitivo. Tais mudanças são

decorrentes da busca da melhor compra e do fornecedor mais competente.

Apesar das transformações e progresso ocorrido no mundo dos

negócios, as características básicas do sistema de compras permanecem:

• Sistema de compras a três cotações: tem como objetivo partir de

um número mínimo de cotações para encorajar novos

competidores;

• Sistema de preço objetivo: a noção antecipada do preço justo,

além de auxiliar das decisões do comprador, proporciona uma

verificação dupla no sistema de cotações;

• Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas estão

envolvidas em cada decisão da seleção do fornecedor. Isto

constitui uma defesa dos interesses da empresa pela segurança de

um melhor julgamento, resguardando o comprador ao possibilitar

revisão de uma decisão individual;

• Documentação escrita: a presença de muito papel pode parecer

desnecessária, porém fica evidente que a documentação escrita

anexa ao pedido, além de possibilitar, no ato da segunda

assinatura, o exame de cada fase de negociação, permite a revisão

sempre disponível junto ao processo de compra para esclarecer

qualquer dúvida posterior.

Neste contexto, as atividades de compras propriamente ditas

referem-se à emissão de ordens de compra aos fornecedores escolhidos, a

elaboração de contratos comerciais e o acompanhamento dos prazos de

31

entrega. Podendo também ser definidos, a alocação de meios de transporte

para a busca do material, como também o acordo com o fornecedor do lugar de

entrega. A ordem de compra é o documento formal, emitido para o fornecedor

escolhido, e que determina a compra de determinado material. A OC, além de

identificar dados básicos sobre o material, pode apontar outras transformações

ou condições da transação que se assemelham a cláusulas contratuais.

1.5 CONTROLE DO MATERIAL RECEBIDO

O estoque é evidenciado na cadeia de valores através de diversas

formas, tais como matérias-primas, produtos em processamento e produtos

acabados, os quais podem ser distinguidos pela diferença de peso, no volume,

no nível de variação das vendas, no giro, no custo adicionado e nas exigências

com relação à disponibilidade e ao tempo de entrega.

O alcance do termo estoque é muito elástico. Do ponto de vista mais

tradicional, podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas,

produtos semiacabados, componentes para montagem, sobressalentes,

produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.

A administração de estoques, função do sistema de administração

de materiais, reflete quantitativamente os efeitos conseguidos pela empresa ao

longo do exercício financeiro. A gestão de estoques é de fundamental

importância, pois representa uma peça substancial do orçamento operacional

de uma empresa. A eficácia na administração de estoque traz a empresa um

diferencial, ou seja, uma vantagem competitiva frente aos, aperfeiçoando a

qualidade, minimizando os custos entre outros fatores.

Atualmente, o ambiente de negócios passa por várias

transformações, as quais colaboram para a diminuição dos custos fixos e dos

tempos de resposta nas operações de produção e de distribuição: o

desenvolvimento de parcerias entre clientes e fornecedores, a admissão de

prestadores de serviços logísticos e a disseminação das tecnologias de

informação (TIs), através disponibilização de informações com maior nível de

exatidão e pontualidade.

Algumas transformações têm influenciado a gestão de estoques

através do aumento da eficiência nas operações de produção e de distribuição.

Este aumento de eficiência significa muitas vezes reduzir os tempos de

32

resposta e “variabilidade” os custos fixos, permitindo operar os tamanhos lotes

menores sem afetar a disponibilidade de produtos ou incorrer em aumentos

nos custos totais.

As empresas procuram garantir uma determinada disponibilidade de

produto com o menor nível de estoque possível. Os mesmos não agregam

valores aos produtos, portanto, quanto menor o nível de estoques com que um

sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente será.

Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca

podemos ser pego com algum estoque. É uma frase que descreve bem o

dilema da descrição de estoques. O controle de estoques é parte vital do

composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos

totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto,

é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como

devem ser gerenciados.

Em conformidade com setor em que a empresa atua e da

sazonalidade, torna-se imprescindível um volume mínimo de estoque

conciliável com a oferta e demanda. Neste sentido, são inúmeros os

motivadores que induzem a tal postura na gestão de estoques.

• A multiplicidade crescente da quantidade de produtos, dificultando

a deliberação das dimensões de lote, dos pontos de pedido e dos

estoques de segurança;

• O alto custo de oportunidade de capital;

• O progressivo enfoque na diminuição do capital circulante líquido.

1.5.1 TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES

1.5.1.1 CURVA ABC

Classifica os estoques em três grupos, demonstrando através de

gráficos com eixos de valores e quantidades, que analisa os materiais divididos

em três grandes grupos, em conformidade com seus valores de preço/custo e

quantidades. Portanto, Sendo assim, materiais "classe A" representam a

minoria da quantidade total e a maioria do valor total; "classe C", a maioria da

quantidade total e a minoria do valor total; "classe B", valores e quantidades

intermediárias. O controle da "classe A" é mais intenso; e os controles das

"classes B e C", menos sofisticados.

33

1.5.1.2 MODELO DE LOTE ECONÔMICO

Permite determinar a quantidade que minimiza os custos totais de

armazenagem de pedido para um item do estoque; considerando-se os custos

de pedir e os custos de manter os materiais; sendo que os custos de pedir são

os fixos, administrativos ao se efetuar e receber um pedido, e os custos de

manter são as variáveis por unidade da manutenção de um item de estoque

por um determinado período (custo de armazenagem), segundo a

"oportunidade" de outros investimentos (custo total = custo de pedir + custo de

manter).

1.5.1.3 PONTO DE PEDIDO

Determina em que ponto os estoques serão pedidos levando-se em

consideração o tempo de entrega dos principais itens (ponto de pedido = tempo

de reposição em dias x demanda diário).

1.5.2 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Os sistemas utilizados na administração de estoques são:

1.5.2.1 FMS (Flexible Manufacturing System)

Os computadores comandam as operações das máquinas de

produção, como também, comandam a troca de ferramentas das operações de

manuseio de materiais, ferramentas, acessória e estoques. Pode-se incluir no

software módulo de monitoração do controle estatístico da qualidade.

Normalmente, é aplicado em fábricas com grande diversidade de peças de

produtos finais montados em lotes.

1.5.2.2 MRP (Material Requirement Planing)

O MRP é um sistema completo para emitir ordens de fabricação, de

compras, controla estoques e administrar a carteira de pedidos dos clientes.

Opera em base semanal, impondo, com isso, uma previsão de vendas no

mesmo prazo, de modo a permitir a geração de novas ordens de produção

para a fábrica. O sistema pode operar com diversas fórmulas para cálculo dos

lotes de compras, fabricação e montagem, operando ainda com diversos

34

estoques de material em processo, como estoque de matérias-primas, partes,

sub montagens e produtos acabados.

1.5.2.3 SISTEMA PERIÓDICO

A característica básica desse sistema é a divisão da fábrica em

vários setores de processamento sucessivo de vários produtos similares. Cada

setor recebe um conjunto de ordens de fabricação para ser iniciado e

terminado no período. Com isso, no fim de cada período, se todos os setores

cumprirem sua carga de trabalho, não haverá qualquer material em aberto. Isso

facilita o controle de cada setor da fábrica, atribuindo responsabilidades bem

definidas. Esse sistema com período fixo é antigo, mas, devido às suas

características, não se tornou obsoleto face aos sistemas modernos, nos quais

é possível a adoção de períodos curtos, menores que uma semana.

1.5.2.4 OPT (Optimezed Production Technology)

O sistema OPT foi desenvolvido com uma abordagem diferente dos

sistemas anteriores, enfatizando a racionalidade do fluxo de materiais pelos

diversos postos de trabalho de uma fábrica; os pressupostos básicos do OPT

foram originados por formulações matemáticas.

Nesse sistema, as ordens de fabricação são vistas como tendo de

passar por filas de espera de atendimento nos diversos postos de trabalho na

fábrica. O conjunto de postos de trabalho forma então, uma rede de filas de

espera.

O sistema OPT usa um conjunto de coeficientes gerenciais para

ajudar a determinar o lote ótimo para cada componente ou sub montagem a ser

processado em cada posto de trabalho. Muita ênfase é dedicada aos pontos de

gargalo da produção.

1.5.2.5 SISTEMA KANBAN - JIT (Just in Time)

O sistema Kanban foi desenvolvido para ser utilizado onde os

empregados possuem motivação e mobilização, com grande liberdade de

ação. É um sistema que "puxa" a produção da fábrica, inclusive até o nível de

compras, pelas necessidades geradas na montagem final. As peças ou sub

montagens são colocadas em caixa feitas especialmente para cada uma

35

dessas partes, que, ao serem esvaziadas na montagem, são remetidas ao

posto de trabalho que faz a última operação a essa remessa, funcionando

como uma ordem de produção.

36

CAPITULO III

A TI NA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É apresentada revisão de literatura sobre o uso da TI nas cadeias de

suprimento e o impacto dessa utilização.

2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS

Neste estudo, a tecnologia da informação está sendo compreendida

como envolvendo:

Todos os aspectos de computadores (hardware e software), sistemas

de informação, telecomunicação e automação de escritórios.

(PALVIA, 1997).

A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar

novos negócios e proporcionar vantagens competitivas. Permeia toda a cadeia

de valor e também o sistema de valor, impactando processos, estruturas e até

mesmo produtos. As empresas estão recorrendo à aplicação de TI nas cadeias

de suprimento visando à obtenção de vantagem competitiva e automatização

dos processos produtivos. Os gestores envolvidos na cadeia de suprimentos

veem a TI como a principal fonte de melhorias na produtividade e na

capacidade competitiva. A TI é empregada diferentemente de outros recursos

já que possibilita um aumento de velocidade de transmissão e de capacidade

de dados e simultaneamente reduz custos.

Para Chandrashekar; Schary (1999), a TI está proporcionando a

virtualidade das relações no âmbito da gestão da cadeia de suprimentos. A

SCM virtualizada é mais do que apenas ligações eletrônicas entre elos da

cadeia. Ela representa configurações e estruturas organizacionais orientadas

para este relacionamento eletrônico, o que facilita o efetivo e eficiente fluxo de

bens e informações. Isto resulta em maior flexibilidade e capacidade de

adaptação da organização e da própria cadeia ao ambiente de negócios. A

virtualização da SCM pode representar uma oportunidade de inovação ou

37

também uma ameaça à vitalidade da organização à medida que aumentam os

riscos e as dificuldades de coordenação entre os parceiros da cadeia.

Outro efeito é a própria inversão do fluxo e configuração de

recursos, passando do tradicional sistema de “empurrar” a produção ao

mercado para, efetivamente, responder de forma dinâmica às demandas e

necessidades dos clientes. Isto somente é possível pelo aumento da

velocidade e flexibilidade proporcionada pelo uso da TI. Os sistemas de

Estoques Administrados pelo Fornecedor (do inglês, Vendor-managed

Inventory) permitem que os fornecedores gerenciem os estoques dos

distribuidores, permitindo a aproximação de toda a cadeia com o mercado

consumidor final.

O Quadro 1 apresenta a definição de algumas das TIs aplicadas à

cadeia de suprimentos, também conhecidas como Sistemas de Informações

Logísticas (SIL).

2.1 O IMPACTO DA TI NA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

A introdução da TI na operação dos negócios está mudando

drasticamente a maneira como as cadeias de suprimento operam. Pode ajudar

38

a superar os problemas que afetam as cadeias de suprimento. O EDI (do inglês

Electronic Data Interchange) pode ser um exemplo de TI que possibilita a

redução de erros e o aumento da eficiência dos processos de trabalho.

Os principais problemas enfrentados pelas cadeias de suprimento e

que são foco na implantação de tecnologia são níveis de inventário

inadequados, ordens de entrega e recebimento não cumpridas e problemas na

transmissão de informações.

Tecnologias como o EDI, WMS (do inglês, Warehouse Management

System), rastreamento de frotas, códigos de barra, entre outras, estão sendo

utilizadas para que seja possível o processamento de mais informação, de

maneira mais precisa, com maior frequência e de uma quantidade maior de

fontes dispersas geograficamente. A tecnologia da informação torna possível a

publicação, armazenamento e utilização dessa crescente abundância de

informações por intermédio de sofisticados sistemas de análise, modelagem e

apoio à decisão.

2.1.1 VARIÁVEIS ESTRATÉGICAS ORGANIZACIONAIS IMPACTADAS

PELA TI NAS CADEIAS DE SUPRIMENTO

A literatura de SI revelou a existência de poucos estudos abordando

o impacto da TI na SCM (BYRD; DAVIDSON, 2003). Porém foram encontradas

pesquisas que utilizam variáveis validadas para áreas específicas de TI e SCM,

permitindo a proposição de um modelo comum de variáveis estratégicas.

As variáveis estratégicas, de interesse para esta pesquisa, foram

identificadas em três áreas: avaliação do impacto da TI nas organizações;

medição de desempenho na SCM e adoção da TI na SCM. As variáveis foram

escolhidas tendo como critérios a sua prévia validação pela literatura específica

e a sua evidência por cada uma das áreas relevantes. Isto resultou em seis

principais variáveis estratégicas relevantes: integração; custos;

competitividade; velocidade; coordenação interorganizacional e flexibilidade.

Os impactos de cada variável e as respectivas referências da literatura estão

apresentados de forma resumida no Quadro 2.

39

40

3. TI NO VAREJO

É utilizado o SIG na gestão das cadeias de suprimento como

tecnologias importantes os sistemas de gestão de estoques e os sistemas de

códigos de barras.

A TI exerce papel estratégico de grande importância na gestão das

cadeias de suprimento, apoiando as estratégias. Também são citados como

aspectos estratégicos, a agilidade obtida nos processos de compras e

distribuição e a redução dos tempos para disponibilização dos produtos nas

prateleiras. Os executivos acreditam que a TI é um fator importante na

conquista de vantagem competitiva frente aos concorrentes.

Nota-se um compartilhamento de infraestrutura de TI com os

parceiros da cadeia, com determinados fornecedores importantes, que servem

de piloto para um maior compartilhamento no futuro.

Sobre os impactos do uso da TI na gestão das cadeias de

suprimentos, podem-se citar os seguintes efeitos nas variáveis selecionadas

para o estudo:

• Redução de custos de comunicação, recursos humanos e

manutenção do estoque;

• Aumento de velocidade com redução de lead-times;

• Integração aumentada com melhor comunicação entre os

parceiros da cadeia;

• Aumento da Coordenação Interorganizacional, com aumento

do comprometimento dos fornecedores; e não foi notado

nenhum aumento da flexibilidade do processo de gestão.

4. SOFTWARE NO CONTROLE DE INVENTÁRIO

Alguns lojistas utilizam software para controle gerencial. As

principais vantagens para o uso de sistemas informatizados no setor são as

possibilidades de controle de volume de estoque, de vendas por linhas de

produtos, faltas e programação de contas à pagar.

Algumas dificuldades na gestão dos estoques, o baixo giro, o

número reduzido de compras durante o ano... todos estes fatores são

responsáveis pela alteração na margem de lucro. Fazer liquidações e/ou

41

armazenar mercadorias para o próximo ano, aumentam muito o custo do

lojista.

42

CONCLUSÃO

Este trabalho buscou entender a respeito das estratégias utilizadas

nas compras, os canais de fornecimento existentes, as principais dificuldades

na gestão dos estoques, no relacionamento com fornecedores e nos impactos

da TI nas organizações.

Em meio às decisões complexas, do setor de compras, a seleção

dos fornecedores e dos canais de fornecimento é um dos pontos mais críticos.

É importante que o comprador avalie fatores como prazos de entregas, prazos

de pagamento, política de trabalho, capacidade de reposição de estoque,

preços e a qualidade das mercadorias. É fundamental que o comprador esteja

atento a todos os detalhes, pois estes podem ser decisivos para melhorar as

margens de lucro, diminuir os custos de operações e aumentar o giro das

mercadorias.

Uma empresa que procura aperfeiçoar seu desempenho no mercado

tem, na sua cadeia de fornecimento, um enorme aliado que pode beneficiar e

acelerar o sucesso da estratégia organizacional.

Fornecedor e cliente devem buscar mais do que somente boas

negociações econômicas para ambos. Os fornecedores podem trazer para seu

cliente reais vantagens e diferenciação, como:

• Flexibilização da produção

• "Just-in-time";

• Oportunidades de controle e gestão de estoques;

• Modalidade de fornecimento por consignação dos insumos;

• Redução do tempo de desenvolvimento de produtos;

• Exclusividade no fornecimento de certos produtos.

Na fase de definição da estratégia, deve-se analisar a evolução dos

recursos e coordenação interna da empresa, objetivando tornar a parceria com

o mercado provedor mais eficaz.

Outro ponto evidenciado foram as dificuldades em gestão de

estoques e programação de compras, que exige o uso de ferramentas que

auxiliem o comprador a tomar decisões. O uso da TI (softwares) permite fazer o

acompanhamento das vendas por item, linha de produto, marca, cor, tamanho,

43

giro de estoque, é essencial na hora de colocar pedido, evitando compras em

quantidades errôneas.

É estabelecida uma base para estudos sobre o impacto da TI nas

cadeias de suprimento ao definir um conjunto de variáveis estratégicas.

As TIs mais utilizadas pelas organizações do estudo são os

Sistemas Integrados de Gestão e os Sistemas de Compras Eletrônicas, que em

algumas empresas são associados aos SIGs e sistemas de BI.

Identificou-se a importância da utilização da TI e, especificamente,

dos sistemas de compras eletrônicas na gestão da cadeia de suprimentos,

traduzindo-a em vantagem competitiva em relação aos concorrentes. O

compartilhamento efetivo e ágil de informações com os fornecedores foi

apontado como um dos aspectos mais importantes no processo de gestão da

cadeia de suprimentos, produzindo efeitos na redução de custos de transação

e de negociação com os fornecedores.

44

ANEXOS

Os anexos utilizados (figuras e quadros) foram retirados das pesquisas

e podem ser visto no trabalho com as seguintes numerações:

Anexo 1 >> Figura 1 - Canais de Marketing para bens de consumo (Extraído de KOLLER, 2000, p. 513);

Anexo 2 >> Figura 2 - Etapas do ciclo de compras (Adaptado de ARNOLD, 1999, p. 210);

Anexo 3 >> Quadro 1 - Sistema de Informações Logísticas (Extraído de

MAÇADA, 2007, p. 4);

Anexo 4 >> Quadro 2 - Variáveis selecionadas para o estudo (Extraído de MAÇADA, 2007, p. 5).

45

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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São

Paulo: Atlas, 2002.

47

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

PROCESSO DE COMPRAS E A GESTÃO DE ESTOQUE 09

1 – Caracterização do Varejo 09

1.1 – Conceito de Comercio Varejista 09

1.2 – Processo de Tomada de Decisão na Administração do Varejo 11

1.3 – Perfil do Consumidor 11

1.4 –A Internet e o Varejo Virtual 12

1.5 – Capacitação em Comercialização 12

1.6 – Concorrência Chinesa 13

2 – Canais de Distribuição 13

2.1 – Níveis de Canais 14

48

2.2 – Compras 15

2.3 – Compras e Logística 16

2.4 – Conceito de Compras 16

2.5 – A Importância de Compras 17

2.6 – O Objetivo da Atividade de Compras 18

2.7 – O Ciclo de Compras 18

CAPÍTULO II

SUPRIMENTO EXTERNO DO VAREJO 21

1 – Suprimento Externo 21

1.1 – Programação de Materiais 23

1.2 – Rastreamento de Preço 24

1.3 – Relacionamento com Fornecedores 25

1.4 – O Processo Efetivo de Compras 27

1.5 – Controle do Material Recebido 31

1.5.1 – Técnicas de Administração de Estoques 32

1.5.1.1 – Curva ABC 32

1.5.1.2 – Modelo de Lote Econômico 33

1.5.1.3 – Ponto de Pedido 33

1.5.2 – Sistema de Gerenciamento de Estoques 33

49

1.5.2.1 – FMS (Flexible Manufacturing System) 33

1.5.2.2 – MRP (Material Requerement Planing) 33

1.5.2.3 – Sistema Periódico 34

1.5.2.4 – OPT (Optimezed Production Tecnology) 34

1.5.2.5 – Sistema Kaban (JIT – Just In Time) 34

CAPÍTULO III

A TI NA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 36

1 – Fundamentação Téorica 36

2 – Tecnologia da Informação na Gestão da Cadeia de Suprimentos36

2.1 – O Impacto da TI na Gestão da Cadeia de Suprimentos 37

2.1.1 – Variáveis Estratégicas Organizacionais Impactadas pela TI nas Cadeias

de Suprimentos 38

3 – TI no Varejo 40

4 – Software no Controle de Inventário 40

CONCLUSÃO 42

ANEXOS 44

BIBLIOGRAFIA 45

ÍNDICE 47