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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO – “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COLABORATIVA PARA O APERFEIÇOAMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE AS EMPRESAS VAREJISTAS E FORNECEDORAS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Por: Maria Luiza da Silva Mendes Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALUm dos maiores desafios no atual cenário industrial e mercantil que muitas empresas enfrentam, sejam estas de pequeno, médio ou grande

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO – “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COLABORATIVA PARA O APERFEIÇOAMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE AS EMPRESAS

VAREJISTAS E FORNECEDORAS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Por: Maria Luiza da Silva Mendes

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO – “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COLABORATIVA PARA O APERFEIÇOAMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE AS EMPRESAS

VAREJISTAS E FORNECEDORAS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial. Por: Maria Luiza da Silva Mendes

3

AGRADECIMENTOS A Deus, por estar presente em muitos momentos difíceis da vida e, acima de tudo,

me conceder forças para vencer;

À minha família e aos meus amigos, pela torcida e pelo apoio.

.

4

DEDICATÓRIA

Dedico a todas as pessoas que fizeram parte da minha história acadêmica.

5

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo elucidar a filosofia inovadora da logística

colaborativa, em que as empresas compartilham simultaneamente suas informações

para melhorar o processo de ressuprimento para todas as partes envolvidas na

cadeia de suprimento. Irá abordar programas de respostas rápidas utilizados na

década de 90 para entender todo a evolução até a logística colaborativa.

Palavras-chave: Compartilhamento. Confiança. Logística Colaborativa. Parceria.

Ressuprimento.

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o levantamento do problema foi inicialmente a

observação quanto a importância da Logística Colaborativa para as empresas

varejistas e fornecedoras. A seguir foi feita uma pesquisa bibliográfica indicada por

professor além daquela pesquisada na Internet. Para isso, foram utilizados para a

pesquisa websites relacionados a questão da Logística Colaborativa.

Para a realização da pesquisa bibliográfica autores conceituados foram

utilizados como referência. Tais autores abordaram a questão em seus estudos e

que serviram de construção e discussão desta pesquisa.

7

SUMÁRIO

PAG

INTRODUÇÃO .............................................................................. 8

CAPÍTULO I - A ABORDAGEM LOGÍSTICA ...................... 10

CAPÍTULO II - OS PROGRAMAS DE RESPOSTAS

RÁPIDAS – PRRs ...............................................................................

20

CAPÍTULO III - A LOGÍSTICA COLABORATIVA ............... 24

CAPÍTULO IV - O SISTEMA DA LOGÍSTICA

COLABORATIVA .........................................................................

29

CAPÍTULO V - RESULTADOS PRÁTICOS DO CPFR ...... 33

CONCLUSÃO ................................................................................ 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .............................................. 39

ÍNDICE ............................................................................................. 40

FOLHA DE AVALIAÇÃO ........................................................... 42

8

INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios no atual cenário industrial e mercantil que muitas

empresas enfrentam, sejam estas de pequeno, médio ou grande porte; de bens de

consumo ou prestadoras de serviços, é atender bem a demanda de mercado que se

torna mais rápida a cada dia.

Os esforços agregados para satisfazer com eficiência e eficácia as

expectativas dos clientes e as próprias expectativas geram questionamentos diários

que são respondidos por programas chamados de filosofias ou métodos,

informações estas que são de estrema importância para as empresas varejistas

(compradoras) e as empresas fornecedoras (vendedoras).

A parceria entre as empresas envolvidas na cadeia de suprimento é algo que

se torna cada vez mais essencial para os negócios. Além do comprometimento que

as parcerias trazem, as empresas precisam diminuir seus estoques ociosos, diminuir

as exceções, ou seja, as faltas dos produtos e conquistar a melhoria nos serviços

logísticos e a redução dos custos totais envolvidos nos processos de ressuprimento.

Parceria é o principal objetivo da Logística Colaborativa, filosofia criada nos

EUA, no final dos anos 90 para melhorar as relações entre as empresas varejistas e

fornecedoras. Esta nova filosofia pode trazer melhorias para todas as empresas na

cadeia de suprimento.

Para elaboração do presente trabalho foi realizado, quanto aos fins pesquisa

descritiva e quanto aos meios, pesquisa bibliográfica e telematizada. Foi utilizada a

análise de conteúdo como método científico, de modo a dar maior compreensão

sobre o assunto.

Para discorrer sobre o assunto de forma clara e sistematizada foram

elaborados cinco capítulos.

O primeiro foi dedicado totalmente a dar maior ênfase à abordagem logística,

o sistema logístico, gerenciamento da cadeia de suprimento, serviços e custos

totais, além da definição da filosofia Just in time.

No segundo capítulo falaremos dos programas de respostas rápidas,

conhecidos pela sigla PRRs, que são ECR, QR, CRP, VMI, JIT II E CPFR.

9

A partir do terceiro capítulo veremos a Logística Colaborativa (CPFR), o

planejamento, definições e objetivo, vantagens e diferenciais.

No quarto capítulo será apresentado o sistema da logística colaborativa e

suas nove etapas de implantação.

No quinto e último capítulo veremos os resultados práticos alcançados por

alguns setores empresariais com a adoção da filosofia colaborativa, os principais

resultados e também o consórcio modular que é um exemplo de sucesso na adoção

da filosofia colaborativa.

Este trabalho trará a elucidação sobre a seguinte pergunta: Qual a

importância da logística colaborativa para o aperfeiçoamento das relações entre as

empresas da cadeia de suprimento?

10

CAPÍTULO I

A ABORDAGEM LOGÍSTICA

Ao longo das últimas cinco décadas, confirmaram-se algumas proposições e

alguns modelos relacionados à logística, muitas vezes induzidos por fatos bem

sucedidos em contextos específicos.

A abordagem logística de reunir e organizar um conjunto de atividades

relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é

uma evolução natural do pensamento administrativo. As atividades relacionadas a

estoque, transporte e informação começam antes mesmo da empresa estar ativa

comercialmente. Para Porter (1985, p.78):

Sobre a cadeia de valor e o sistema de valor poderia ser a base do entendimento de como a logística poderia criar vantagem competitiva numa cadeia de suprimentos. O atual discurso sobre cadeias de suprimento vai derivar do conceito de canais de distribuição e marketing.

Atualmente, as empresas precisam realizar estas atividades já mencionadas

como uma parte fundamental para os negócios, a fim de poder fornecer seus

produtos e serviços aos seus clientes. Porém, a administração de empresas nem

sempre se preocupou em ajustar o controle e a coordenação de todas as atividades

logísticas.

Dentre os modelos, caberia destacar a minimização do custo total de

determinado nível de serviço que se pretende prestar ao cliente e a melhoria nos

processos, segundo o qual o aumento da eficiência e da eficácia depende da

observação e a otimização do fluxo de produtos ao nível da totalização, ou seja, a

maximização da utilização dos recursos que sustentam este fluxo.

Dentre as proposições, destacam-se a do ressuprimento enxuto e a da

presença local, ou seja, a aproximação do cliente final (WANKE, 2002).

Portanto o sucesso de qualquer arranjo operacional em uma empresa ou em

uma cadeia de suprimento está diretamente ligado ao componente logístico.

11

1.1 A logística

De acordo com a definição proposta pelo Council of Logistics Management

(CLM), a logística é uma parte indispensável e componente do que entendemos de

gerenciamento de cadeias de suprimento (WANKE, 2002). Em outras palavras, a

logística é parte do gerenciamento de cadeias de suprimento responsável pelo

planejamento, implementação e controle, de modo a se tornar eficiente e eficaz. O

fluxo e a armazenagem de produtos sejam estes, bens ou serviços e informações

relacionadas, do ponto de partida origem até o ponto final o consumo, com visão ao

atendimento das necessidades dos clientes.

Dentre os vários processos importantes para o gerenciamento de cadeias de

suprimento, a logística é fundamental. O sucesso de qualquer sistema operacional

numa cadeia de suprimentos está diretamente relacionado ao componente logístico.

Nos últimos anos, a logística no Brasil passou por profundas transformações

em direção a uma maior modernização (NOVAES, 2007). Essas transformações

são evidenciadas em diferentes aspectos, sejam eles relacionados à estrutura

organizacional, ou a questões financeiras. Um bom exemplo é que, numa proporção

cada vez maior de empresas, o principal executivo de logística está situado nos mais

alto níveis na hierarquia. Por outro lado, o projeto das operações logísticas já

ultrapassou claramente as fronteiras clássicas do transporte e do armazenamento

de produtos. Para os autores Fleury e Wanke (2003, p.48):

A logística no Brasil vem construindo-se em um negócio de grandes proporções que evolui muito rapidamente nos últimos anos. Resultados de pesquisas realizadas pelo CEL em 2003 indicam que em seu conjunto as 500 maiores empresas industriais brasileiras gastam cerca de R$ 39 bilhões por ano com suas operações logísticas, o que equivela, na média, a 7% do seu faturamento numa proporção que vai de menos de 5%, a mais de 20% nos setores como os de bebidas, alimentos e materiais de construção. No país como um todo, estima-se que os gastos com logísticas cheguem ao montante de R$ 160 bilhões por ano.

12

Hoje a logística se preocupa também com a qualidade e diferencial nos

serviços prestados aos clientes, escolha dos transportes (modais) de distribuição.

Ballou (1993, p.23) diz que:

A logística empresarial não tem o mesmo significado para todas as pessoas. Inclusive para aquelas que estão ativamente engajadas no assunto. Até o momento, o campo ainda não tem um título único para identificá-lo, como fizeram os setores de marketing e produção. Apesar de distribuição física ser o título mais popular, nomearei a distribuição física de logística empresarial, pois este será o título do futuro.

A logística empresarial é associada a estudos e administração dos fluxos de

produtos e serviços e também das informações que movimentam uma cadeia de

suprimento. Se fosse possível produzir tudo o que fosse consumido onde os

consumidores ou clientes estão, as empresas não precisariam da logística, pois ela

não teria serventia nenhuma (REBOUÇAS, 2000). Mais isso não acontece na

sociedade moderna porque uma certa região produz um produto específico e a outra

região produz outro serviço diferenciado. Isto gera um intervalo de tempo e

distância na movimentação de produtos ou na entrega de serviços de forma eficaz e

eficiente.

A tarefa do departamento logístico e dos seus profissionais dentro da

empresa, ou seja, sua missão, é colocar os produtos ou os serviços certos no lugar

e no instante correto e na melhor condição desejada, ao menor custo possível.

1.2 Sistema logístico

Segundo Wanke (2003), nos últimos anos, a logística passou por profundas

transformações em direção a maior modernização. Essas transformações são

observadas em diferentes aspectos, sejam elas relacionadas à estrutura

organizacional, às atividades operacionais, ao relacionamento com os clientes, ou às

questões financeiras.

De qualquer forma, a totalidade da estrutura do sistema logístico é simples,

tanto nos processos manuais ou nos mecanizados. Esta estrutura precisa de

objetivos para construção de um modelo básico e geral para orientação da

montagem de um sistema específico.

13

O sistema logístico é composto de cinco categoriais de decisões que

precisam ser bem articuladas e coerentes entre si ao longo do tempo, de modo a

permitir que uma empresa alcance seus objetivos de custo e nível de serviço, que

estão enumeradas abaixo conforme Dias (1996):

1. Coordenação de fluxo de produtos

2. Política de produção

3. Alocação de estoques

4. Dimensionamento da rede de instalações

5. Escolha dos modais de transportes

Conforme apontam os objetivos acima citados, existem, portanto, diferentes

possibilidades de integração dos sistemas de produção e logística, ou seja, de

posicionamento logístico no âmbito da cadeia de suprimentos.

1.3 Gerenciamento da cadeia de suprimento

Segundo Dias (1996) o gerenciamento da cadeia de suprimento constitui um

grande desafio que as empresas perseguem há pelo menos 80 anos.

A definição de gerenciamento de cadeia de suprimento, foi apresentada em

1998 pelo Global Supply Chaim Forum, este fundamento tem em seu entendimento

a partir de um conjunto de processos integrados. Em outras palavras, o

gerenciamento da cadeia de suprimentos consiste na integração dos principais

processos de negócio a partir do consumidor final para o fornecedor inicial dos

produtos, serviços e informações que adicionam valor.

O gerenciamento da cadeia de suprimento seria uma tarefa de grande

importância e substancialmente complexa para a gerência logística de fluxo de

produtos, serviços e informações relacionadas para a gerência logística de fluxo de

produtos, serviços e informações relacionadas do ponto de origem para o ponto de

consumo.

14

1.4 O custo total

O conceito de custo total permitirá a comparação de decisões relacionadas à

organização de fluxo de produtos, sem perder a perspectiva de sistema ou a visão

do todo.

Não se pode falar do custo total sem mencionar as alternativas em decisões e

suas relevâncias de custos benefícios (trade-offs).

Um importante componente do custo total para a logística está relacionado ao

custo benefício, relativo ao que se deixa de ganhar quando há comprometimento de

recursos em determinada organização do fluxo de produtos.

Os custos benefícios também conhecidos por custos de oportunidade

poderiam ser associados não apenas aos investimentos em estoques, instalações

ou equipamentos de transporte, mas também à priorização do atendimento de

determinados segmentos de produto e de mercado.

Dependendo da complexidade logística, a aplicação do conceito de custo total

pode não ser uma tarefa fácil. Nesse caso, os custos incrementais referentes, por

exemplo, à soma ou à subtração de uma unidade ao fluxo de produtos assumiriam

papel fundamental para a avaliação do trade-off de custos. Essa análise incremental

poderia ser utilizada na avaliação dos impactos da abertura e fechamento de uma

instalação nova já existente.

De qualquer forma, um elemento subentendido a todas essas questões seria

a identificação das relevâncias para determinada tomada de decisão com relação à

organização do fluxo de produtos. Wanke (2003, p.31) afirma:

O mapeamento dos trade-offs de custo poderiam fornecer subsídios para as decisões logísticas, especialmente no que diz respeito à definição, caracterização, acionamento e acondicionamento do fluxo de produtos. Análise que permitissem a mensuração de quais seriam os custos relevantes para a consecução de determinada organização do fluxo de produtos seriam fundamentais para o estabelecimento de decisões coerentes ao longo do tempo. No projeto das decisões logísticas, mereceriam destaque os conceitos de custo total, de custos de oportunidade e de custo incremental.

15

1.4.1 Importância do custo logístico total

A importância do custo logístico em relação ao faturamento varia de forma

significativa de empresa para empresa, de setor para setor, e de ramo ou segmento

industrial para segmento industrial. No caso das grandes empresas industriais do

país, o custo logístico total varia de 5% no caso dos produtores de insumos

industriais e de produtos intermediários, a 8% no caso dos fabricantes de bens de

consumo não duráveis (FLEURY, 2000).

Diferentes características concorrem para explicar a diferença no percentual

médio entre o custo logístico total e o faturamento em diferentes segmentos de

economia. Abaixo serão listados alguns itens componentes do custo logístico total

segundo Fleury (2000).

1. Custo adicionado ao produto;

2. Peso ou volume do produto;

3. Obsolescência e perecibilidade do produto;

4. Variabilidade da demanda ou das vendas;

5. Tempo de entrega exigido pelos clientes;

6. Tecnologia do processo de produção;

7. Adoção de iniciativas gerenciais (PRRS, etc)

8. Adoção de tecnologia de informação

9. Contratação de prestadores de serviços logísticos.

Cada uma dessas características pode implicar, por exemplo, na manutenção

de maiores ou menores níveis médios de estoque, como possibilitar ou não um

maior nível de economia de escala no transporte, na armazenagem e em outras

operações intensivas em ativos físicos.

Dentre as atividades logísticas, aquela que consome a maior parte dos

recursos é o transporte. Esta também é a operação que apresenta os custos mais

viáveis, por ser quase totalmente terceirizada pelas empresas.

No caso dos custos associados a outras operações logísticas, como a

armazenagem e a gestão de estoques, nem sempre são considerados alguns custos

menos visíveis ou que não representam desembolsos diretos, como os custos de

oportunidade e a depreciação.

16

A diferença dos custos logísticos entre as operações deve ser, portanto,

avaliada com cuidado em virtude de eventuais variações na forma de apuração

desses custos de empresa para empresa.

1.5 Aspectos do serviço logístico

Segundo Wanke (2003, p.35):

Um serviço seria uma atividade ou uma série de atividades de natureza intangível que normalmente, mas não necessariamente, tomaria lugar entre o cliente, o prestador de serviço e seus recursos. A natureza de um serviço seria demarcada por duas características centrais: intangibilidade e simultaneidade entre produção e consumo, dentre outras.

Um serviço tem uma característica pessoal que é a intangibilidade, ou seja, é

algo que não se pode pegar como um material, mas é algo que precisa ser visível

para a engrenagem logística funcionar bem.

A intangibilidade seria a característica mais frequente citada para diferenciar

um produto que é sempre tangível de um serviço.

Enquanto os produtos seriam fabricados, os serviços seriam executados. Um

serviço seria, portanto, um ato que não poderia ser armazenado ou estocado e por

isso não envolveria transferência de propriedade do prestador do serviço para o

cliente.

O fato é que o prestador do serviço e o cliente precisam interagir até certo

ponto para a execução do serviço.

A logística estabelece que o serviço onde os recursos são orientados para a

execução de determinada organização do fluxo de produtos entre clientes e

fornecedores sejam constantes.

Essa expectativa seria reforçada pelo fato da logística apresentar as

características centrais de um serviço. Em primeiro lugar, o serviço logístico não

poderia ser estocado como um produto, já que as capacidades dos recursos dos

transportes, de armazenamento e de processamento de pedidos não utilizados em

determinado momento seriam perecíveis – intangibilidade; em segundo lugar, o

objetivo do serviço logístico, ou seja, o fluxo de produtos precisariam interagir ao

17

longo do tempo com os recursos para que houvesse sua execução –

simultaneidade.

A produção e o consumo dos serviços logísticos estariam dentro da

concepção do fluxo de produtos.

Os serviços logísticos seriam intensivos em recursos, pois seriam planejados

para executar o fluxo de produtos e de informações de modo eficiente e eficaz.

Além disso, os serviços logísticos seriam facilmente desenvolvidos em rotinas

padrão e especificações de nível de serviço como, por exemplo, a disponibilidade de

produtos e tempo de entrega.

Sob a expectativa dos serviços logísticos, as decisões referentes ao recursos

e às habilidades técnicas seriam de extrema importância.

Ao utilizar os serviços logísticos como uma ferramenta competitiva, as

empresas poderiam estar criando barreiras à entrada de novos competidores, ou

seja, buscar a fidelização dos clientes como, por exemplo, utilizar o serviço de pós-

venda. Oferecendo serviços ampliados, como a solução e a definição de politicas

para a organização do fluxo de produtos, poderia afastar a concorrência,

aumentando a complexidade e os custos de entrada.

Wanke (2002) apresenta um modelo, o triângulo dos serviços, que facilita a

compreensão das principais questões relativas ao gerenciamento dos serviços em

diversas situações, levando em consideração características pessoais, recursos e

habilidades técnicas.

Segundo Fleury (2000), p.25:

O Atacadista Martins, apesar de formalmente classificar-se como atacadista, poderia ser visto como um prestador de serviços logísticos para pequeno varejista, oferecendo entrega rápida de ampla variedade de produtos, que poderiam ser adquiridos de forma fracionada, em pequenas quantidades, com funcionamento garantido e assistência técnica.

O atacadista Martins é um excelente exemplo de prestador de serviço que ao

oferecer esse pacote de serviços, cria um enorme valor para o pequeno varejista

que, por não dispor de capital de giro, enfrenta enormes dificuldades para garantir

disponibilidade e sortimento adequados de produtos.

A quantidade mínima de compras e os longos prazos de entregas impostos

pelas indústrias tornam o custo transacional impossível para o pequeno varejista.

18

Dessa maneira, o Martins não só contribui para a viabilização do pequeno varejista

com também cria para si um mercado mais sólido e próspero.

1.5.1 A capacidade em gestão de serviço

A capacidade em gestão de serviço nas empresas é um dos maiores desafios

gerenciais da cadeia de suprimento.

A literatura logística tem um conteúdo muito rico na ênfase do impacto que o

serviço tem sobre a satisfação do cliente.

Grandes autores afirmam que o resultado de todo esforço logístico é prestar

um serviço que atenda e até mesmo supere as expectativas dos clientes.

Entre os muitos atributos do serviço logístico apontados como os mais

valiosos pelos clientes, conforme Dias (1996) estão:

• Disponibilidade: a habilidade de atender aos pedidos dos clientes em

tempo determinado;

• Entregas no prazo: a habilidade de fornecer os produtos no prazo do

acordo, com pequena variedade;

• Comunicações: a habilidade de dar informações rápidas e relevantes a

qualquer dúvida do cliente.

• Serviço pós-venda: a habilidade de resolver os problemas que o cliente

possa vir a ter com o produto adquirido.

Para atender a esses atributos, o prestador do serviço precisa ter capacidade.

É o potencial produtivo de um processo.

O número de entregas que podem ser feitas em um dia, o número de pedidos

que podem ser processados em uma hora ou o número de atendimentos que um

técnico pode fazer em uma semana são exemplos de medidas de capacidade.

A capacidade fica determinada pelos recursos de que o sistema dispõe para

desempenho das atividades. Espaço para armazenagem, veículos de entrega,

investimento em estoque, profissionais para dar assistência aos clientes, etc. Estes

são exemplos de recursos que determinam a capacidade de prestação do serviço

logístico.

19

1.6 A filosofia Just in Time

A filosofia JIT - Just in Time foi criada no final dos anos 50, pelos japoneses

para melhorar a questão problemática de estoques nas fábricas japonesas.

Esta filosofia acredita na manufatura baseada na eliminação de toda e

qualquer perda e na melhoria contínua da produtividade. Envolve a ação com

sucesso de todas as atividades de manufatura necessárias para gerar um produto

final, desde a concepção do projeto até a entrega, incluindo todas as etapas da

conversão de matéria-prima em diante.

O Just in Time é um sistema de produção em que o produto ou matérias

primas chegam ao local necessário para serem usados ou vendidos, sob demanda,

no momento exato em que foram necessários. A comunicação utilizada entre a

fábrica e o fornecedor pode ser a tecnologia do EDI, um sistema operacional.

Esta filosofia busca a redução dos custos operacionais, já que diminui a

necessidade de mobilização e manutenção de espaço físico, principalmente na

estocagem de matérias prima ou de mercadoria a ser vendida. Entretanto, o

sistema JIT não se adapta facilmente a uma produção diversificada, com muitos

itens, pois geralmente isto requereria extrema flexibilidade do sistema produtivo, em

dimensões difíceis de serem obtidas neste sistema.

20

CAPÍTULO II

OS PROGRAMAS DE RESPOSTAS RÁPIDAS – PRR s

Ao longo dos últimos anos, diversas empresas buscaram organizar o fluxo de

produtos a partir de iniciativas de ressuprimento mais enxuto entre seus clientes e

fornecedores. Através de serviços logísticos que asseguraram maior conexão na

troca de informação entre empresas, foi possível melhorar o desempenho das

operações de produção e de distribuição. Iremos utilizar os comentários de Juran

(1994) na construção deste capítulo.

Os PRRs são serviços logísticos alicerçados na cooperação e no

compartilhamento de informações entre empresas, especificamente das informações

referentes à demanda do cliente.

Essas iniciativas para a organização do fluxo de produtos com base na

organização de serviços logísticos diferenciados no elo de ligação entre cliente e

fornecedor são normalmente chamados de programas de respostas rápidas.

OS PRRs seriam serviços logísticos interligados para cooperação e no

compartilhamento de informações entre empresas, principalmente das informações

da demanda do cliente.

Um dos principais ganhos gerados pelos PRRs estaria na redução dos níveis

de estoque sem afetar o nível de serviço oferecido ao cliente. Outros resultados

verificados em clientes envolveriam: maior giro dos estoques, aumento nos índices

de disponibilidade de produto, redução nos custos de armazenagem e na

movimentação de produtos. Haveria também a possibilidade de deslocar a

responsabilidade pela gestão de estoque para os fornecedores, além de maior

estabilidade na cadeia com redução do desperdício.

Nos fornecedores poderiam ser destacados: o aumento no percentual de

pedidos perfeitos, a redução no percentual de devoluções e as economias

decorrentes de menores incertezas nos níveis de atividade, permitindo melhor

utilização da capacidade instalada de produção e distribuição. Haveria também a

expectativa de aumento do volume de vendas, consequência do estabelecimento de

um relacionamento mais próximo com seus clientes.

21

Os principais PRRs encontrados na literatura logística serão apresentados a

seguir:

2.1 ECR – Efficient Consumer Response

Resposta eficiente ao consumidor poderia ser a tradução para o português de

ECR, que é uma estratégia de negócios em que fabricantes do setor de alimentos e

supermercadistas comprometem com diversas ações para atender as crescentes

necessidades dos consumidores finais ao menor custo possível.

As ações desse programa estariam concentradas em cinco áreas principais,

que são, segundo Juran (1996):

• A transferência e o processamento de informações em tempo real;

• O gerenciamento de categorias;

• A reposição contínua;

• O custeio baseado em atividade e

• A padronização.

A padronização buscaria estabelecer as normas e rotinas para a

operacionalização dos fluxos dos produtos e informações, através da unificação dos

meios de transporte, dos procedimentos para liberação e recepção de veículos e da

troca eletrônica de dados.

O gerenciamento por categorias consiste em agrupar produtos que possuam

as mesmas características mercadológicas com a finalidade de facilitar a definição

de metas, de vendas e politicas de preços.

O custeio baseado em atividades que levaria a uma quantidade de melhorias

operacionais obtidas com o programa ECR e sua transformação em medidas de

rentabilidade para o canal.

A reposição contínua envolveria a definição de níveis máximos e mínimos de

estoque, bem como a determinação de pontos de pedidos.

Com relação ao processo de tomada de decisão, a reposição contínua

ocorreria em duas etapas complementares ao longo do tempo: a primeira etapa

seria a de ressuprimento para o varejista, envolvendo a reposição do estoque

consumido a partir da transmissão dos dados de venda em tempo real e a segunda

22

etapa envolve o alinhamento do processo produtivo no fabricante com base na

reposição do estoque consumido.

2.2 QR – Quick Response

Resposta rápida é a tradução. Originado na indústria de confecções, o

programa tem o objetivo de integrar os fornecedores aos varejistas com a finalidade

de estabelecer ferramentas de planejamento e controle da reposição dos estoques.

De modo similar ao ECR, seria constituído basicamente pela captura de informações

para o fornecedor e pelo acionamento do ressuprimento automático definido em

comum acordo.

2.3 CRP – Continuos Replenishment Program

Traduzido significa Programa de Reabastecimento Constante. O CRP foi uma

iniciativa dos fabricantes de bens de consumo com o objetivo de criar maior controle

dos níveis de estoque nos varejistas e permitir maior liberdade para determinação

das políticas de reposição.

O CRP defende a interligação do fluxo de informações entre fabricantes e

varejistas via EDI, além do desenvolvimento de sistemas para apoio às decisões de

reposição, com base nos históricos de vendas, na posição dos estoques e nos

carregamentos em trânsito.

2.4 VMI – Vendor Managed Inventory

Relação gerente vendedor poderia ser a tradução do programa VMI.

O VMI constituiria outra determinação para o CRP. Entretanto, o fornecedor

teria responsabilidade exclusiva sobre as decisões de reposição, ou seja, a

solicitação de ressuprimento anteriormente solicitada pelo varejista passaria a ser

controlada pelo fornecedor.

2.5 JIT II – Just in time

Just in time tem seu significado em português. Em tempo justo.

23

O JIT II constitui a extensão lógica do regime de produção Just in Time para

fora da empresa. Nesse programa, o fornecedor disponibiliza um funcionário

treinado para a função que teria autoridade para conduzir as transações comerciais,

identificando necessidades de consumo presentes e futuras e acompanhando

tendências do mercado.

2.6 CPFR – Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment

Reabastecimento e prognósticos, planejamento e colaboração será o

significado em português.

O CPFR constitui uma extensão do CRP, na qual fabricantes e varejistas

compartilham sistemas e o processo de previsão de vendas, visando identificar qual

elo da cadeia conduziria as previsões de vendas com maior precisao para

determinado produto, em determinada região geográfica, para determinado

planejamento.

O CPFR nada mais é do que uma iniciativa desenvolvida inicialmente com

base no pressuposto de que o acesso à demanda e aos níveis do estoque no cliente

são insuficiente para que fabricantes se beneficiem integralmente de iniciativas

como o CRP.

Os programas de respostas rápidas apresentam diversos pontos em comum,

tanto no que diz respeito a seus objetivos e planejamento decisório, quanto à

organização do fluxo de produtos e os recursos necessários para sua viabilidade.

É evidente a forte dependência de tecnologia de informação para coleta,

processamento e disponibilização de dados em tempo real bem como o enfoque na

reorganização do fluxo de produtos através de modificações no modo operacional da

gestão de estoques de produtos acabados, ou seja, gerenciamento da demanda,

planejamento e previsão. Além de outras decisões que também poderiam ser

envolvidas na reorganização do fluxo de produtos acabados entre fornecedores e

clientes: decisões sobre transportes, produção e armazenagem.

24

CAPÍTULO III

A LOGÍSTICA COLABORATIVA

Na história, a prática de relacionamento entre clientes e fornecedores nas

cadeias de suprimento tem se caracterizado pela distância e pelo conflito entre

empresas, focando a atenção em suas próprias atividades, planejando e executando

suas operações de forma isolada e não cooperativa. Entretanto, o ritmo crescente

de competição em todo o mundo, causado pelos processos de abertura comercial a

nível nacional e internacional, tem levado as empresas a reverem suas antigas

práticas de relacionamento (REBOUÇAS, 2000).

Em busca da redução dos custos e aumento do nível de serviço nas cadeias

de suprimento, as empresas estão aprendendo que problemas são coisas que

fazem parte da rotina diária de uma cadeia logística como por um todo e que

precisam controla-los onde estes surjam.

E em busca de cortar custos e aumentar a eficiência, a fim de obter vantagem

competitiva, as empresas são levadas a mudarem seus relacionamentos,

procurando oportunidade de sinergia dentro das cadeias de suprimento.

Nos últimos anos surgiram várias iniciativas com o intuito de obter-se ganhos

de competitividade através de um melhor gerenciamento do fluxo de produtos e

informações nas cadeias de suprimento, tendo como base o uso da tecnologia de

informação e a adoção do conceito de parceria.

Sinergia, que do grego significa: 1 – ato ou esforço coordenado de vários

órgãos na realização de uma função; 2 – associação simultânea de vários órgãos

que contribuem para uma ação coordenada.

Sinergia é uma das maiores características da logística colaborativa.

A logística colaborativa faz parte da filosofia da engenharia simultânea nas

empresas.

Essa prática é inovadora e se caracteriza por uma cooperação e pela intensa

troca de informações. sustentando este novo método, o pressuposto de que através

da visibilidade da demanda de clientes e consumidores é possível conquistar,

simultaneamente, sustentáveis reduções de estoque e melhorias dos níveis de

serviço.

25

Nesta filosofia, todas as áreas funcionais interagem com as demais de tal

forma que no resultado final nada que seja importante possa ser esquecido. Ao

contrário, tudo é planejado e executado de forma integrada.

A colaboração propõe múltiplas parcerias que são apoiadas em sistema de

controle colaborativo que permite elaborar previsões de vendas e, planejamento da

melhor taxa de serviço. Neste caso para ser eficaz, a colaboração supõe uma

grande confiança entre os parceiros da cadeia logística, uma vez que compartilham

informações ao nível estratégico de seus planos comerciais.

Através da disponibilidade de informações sobre vendas e estoque, haverá

redução no tempo de resposta de ressuprimento, criando resposta rápida às

mudanças na demanda do consumidor final, evitando movimentos antecipados

baseados em metas de vendas que muitas vezes não se confirmam.

3.1 CPFR – Planejamento Colaborativo

CPFR é uma iniciativa que tem foco específico no planejamento conjunto

entre as empresas inseridas na cadeia de suprimentos.

CPFR (Collaborative Planning Forecasting and Replenishment), filosofia

criada nos Estados Unidos no final dos anos 90. Tal sistema de controle

colaborativo permite fazer previsões de vendas, planejamento da produção e da

distribuição, de forma a otimizar o equilíbrio entre os custos.

A implantação desta nova filosofia por parte das empresas tem resultados

bem substanciais economicamente, consequência tanto da diminuição de estoques

ociosos quanto da diminuição dos custos no processamento dos pedidos (SILVA,

1986).

O CPFR baseia-se na elaboração conjunta de previsões de venda e no

planejamento do ressuprimento, levando em consideração as restrições de cada

empresa. Para que haja sucesso na implantação da logística colaborativa, a

empresa deve atualizar as informações constantemente que serão repassadas aos

seus fornecedores, para que estes possam atender as necessidades dos clientes

(SILVA, 1986).

Na CPFR o percentual que mostra a forma como as requisições de estoque

são gerenciadas tem aumento significativo, 80% das requisições são planejadas e

20% são feitas no improviso, reduzindo consideravelmente a margem de improviso,

26

pois na abordagem clássica 20% das encomendas são planejadas e 80% não são

planejadas.

Contudo, é necessário observar que o planejamento colaborativo deve ser

acompanhado de muitas e importantes mudanças no comportamento logístico

empresarial.

3.2 Definição e objetivo

O CPFR se define como um conjunto de normas e procedimentos que estão

sustentados pelo órgão internacional “The Voluntary Interindustry Commerce

Standars (VICS)”, um comitê fundado desde 1986 e formado por representantes de

diversas empresas, com a pretensão de maximizar a eficiência das cadeias de

suprimento, particularmente no setor de varejo, através do estabelecimento de

padrões que melhorem e facilitem os fluxos de produtos e de informações.

A partir deste conjunto de normas e procedimentos é possível criar processos

de negócios nos quais fabricantes e varejistas concordam em estabelecer objetivos

comuns, desenvolver planos operacionais e de vendas e compartilhar estes planos

utilizando a tecnologia de informação, trabalhando em conjunto na criação e

atualização de previsões de venda.

A intensidade da comunicação entre as empresas possibilita que, caso

acontençam mudanças na demanda final, causadas por campanhas promocionais

ou de vendas, os planos conjuntos possam ser igualados imediatamente, diminuindo

dessa forma, o custo da correção (SILVA, 1986)..

Através desse planejamento conjunto torna-se mais fácil sincronizar o tempo

de resposta do ciclo de compras do cliente com o tempo de resposta do ciclo de

compras do cliente com o tempo de resposta do ciclo de produção do fabricante.

Portanto, podemos observar que o objetivo central do CPRF é o de obter,

através do planejamento compartilhado, uma maior precisao nas previsões de

vendas.

3.3 Vantagens da adoção da Logística Colaborativa

As vantagens conquistadas do ponto de vista dos fornecedores na adoção

deste programa será uma real oportunidade de obter crescimento nas vendas,

27

redução dos níveis de estoque e dos tempos de resposta dos ciclos operacionais.

Isso ocorre porque há possibilidade de planejar as operações de produção e

logística em função da demanda final, sendo possível, inclusive, realizar ações em

conjunto com o varejista, visando maior adequação às restrições de capacidade de

produção e logística (WANKE, 2002).

Outra vantagem é a possibilidade de se trabalhar de forma mais estável, ou

seja, mais segura, uma vez que se tem informação da demanda final, sem

contaminação de especulação. Isso significa que o fornecedor poderá controlar

melhor sua produção e seu estoque, inclusive o de segurança, uma vez que terá

conhecimento do calendário de promoções do varejista e, consequentemente, dos

aumentos de vendas, fazendo com que diminuam as chances de falta ou excesso de

produto.

As economias provenientes dessas vantagens poderiam ser partilhadas com

os consumidores finais através da redução do preço do produto.

Do ponto de vista dos varejistas, a grande vantagem é o comprometimento do

fornecedor em termos de nível de serviço e redução de preço a longo prazo. Esse

comprometimento pode resultar em redução dos índices de falta de produtos,

especialmente durante os períodos de promoção, pois o fornecedor já estará

preparado para atender o aumento repentino na demanda. Outra consequência é a

redução acentuada nos níveis de estoque, principalmente o estoque de segurança,

pois estes pressupõe as incertezas associadas com fornecimento.

Vale ressaltar que essa confiança depositada no fornecedor não é

proveniente apenas de algum tipo de contrato, e sim do fato de o planejamento

conjunto das vendas levar em consideração as restrições de ambas as partes.

3.4 O diferencial da Logística Colaborativa

O CPFR distingue-se dos outros métodos pelo fato de estar focado no

processo de previsão de vendas e nas operações de ressuprimento e produção,

através de um planejamento colaborativo prévio entre os parceiros envolvidos na

cadeia (DIAS, 1996).

O programa CPFR difere dos PRRs, pois, uma vez que a cadeia está

realizando seu planejamento em função da demanda real, e não só se preocupa em

responder rapidamente.

28

O CPFR focaliza o processo de previsão de vendas nas operações de

ressuprimento e produção, o que faz com que o mesmo adquira uma postura de

resposta ativa em relação à demanda do consumidor, em constrate com a lógica

reativa dos PRRs.

Os programas de respostas rápidas, são iniciativas que evolvem

procedimentos operacionais.

Programas como CRP e VMI buscam, através da disponibilidade de

informações a respeito de vendas e estoques, a redução no tempo de resposta de

ressuprimento, criando, dessa forma, uma resposta rápida às variações da demanda

do consumidor final, e evitando movimentos de antecipação baseados em previsões

de vendas que raramente se confirma. ECR, por sua vez, é um programa mais

abrangente que, além de respostas, também é voltado para o gerenciamento de

categorias, o aumento da eficiência das promoções e o lançamento de novos

produtos.

Uma vez estabelecida à relação de colaboração, a negociação de preço deixa

de ser uma barreira ou processo existente em cada ciclo de compra.

O comprometimento entre as duas empresas, varejistas e fornecedores ou

fabricantes, através do CPFR faz com que a negociação de preço seja combinada

periodicamente, assim a negociação não fará mais parte da atividade diária da

relação entre as empresas. Dessa forma, para produtos de muitas alternativas de

fornecedores, sem diferenciação, ou em que o preço é o principal fator de aquisição,

o programa não é muito adequado. O CPFR é aplicável para empresas que aceitam

abrir mão de vantagens de curto prazo, obtidas através de negociação de preço,

para buscar os benefícios mútulos de uma relação de parceria de longo prazo.

29

CAPÍTULO IV

O SISTEMA DA LOGÍSTICA COLABORATIVA

O sistema CPFR é aplicável da seguinte forma: a princípio cada empresa,

varejista e fornecedor ou fabricante gera uma previsão de vendas utilizando seus

sistemas operacionais e softwares. Então estas previsões são compartilhadas e

comparadas conjuntamente através do software de CPFR (WANKE, 2002).

No caso de identificação de diferenças relevantes, essas serão reavaliadas

conjuntamente.

Após a análise das diferenças, as empresas chegam a um consenso sobre as

divergências, obtém-se então, uma previsão conjunta e compartilhada de venda que

servirá como base para o plano de ressuprimento.

É importante destacar que a elaboração do plano de ressuprimento busca

analisar as restrições do fabricante, como a capacidade de produção.

Definido o plano de ressuprimento este será a previsão de pedidos por parte

da empresa varejista.

O processo de previsões acontece constantemente, para gerar o

planejamento de outros períodos de ressuprimento e também para reavaliar os

planos existentes. Essas reavaliações são necessárias, pois as previsões

individuais de cada empresa podem sofrer alterações após o planejamento conjunto.

Por exemplo, o varejista decide realizar uma campanha promocional não tendo feito

uma análise antecipada, dessa forma, acontece um aumento nas vendas. Quando

acontece esse processo constantemente, os pedidos previstos tornam-se pedidos

definidos.

O sistema da logística colaborativa é dividido em nove etapas, segundo Juran

(1994), que serão expostas a seguir:

Etapa 1 – Elaboração de um acordo

Consiste na elaboração de um acordo entre as empresas onde são

estabelecidas as normas e regras para a colaboração. Serão discriminadas as

expectativas de cada empresa nas ações e recursos necessários para o sucesso de

parceria. Nesta etapa, a ética de compras é extremamente necessária.

30

Etapa 2 – Definição de um plano de negócio conjunto

Expõe as categorias de produtos que serão introduzidos no processo,

objetivos traçados, estratégias e táticas que serão utilizadas. Nesta etapa são

definidos os objetivos do gerenciamento de cada categoria como: pedidos mínimos

ou múltiplos, tempos de ressuprimento, intervalo entre pedidos, etc. Geralmente o

plano de negócio conjunto é reavaliado periodicamente, a cada quatro ou seis

meses, servindo de base para o planejamento e controle das atividades do dia a dia.

Etapa 3 – Desenvolvimento das previsões de vendas individuais de cada

empresa

O fabricante é informado sobre os pontos de venda e calendário de

promoções do varejista. Por sua vez, o varejista é orientado sobre as restrições de

capacidade do fabricante.

Vale ressaltar um outro tipo de informação: o histórico de exceções que

acontecem nas comparações entre as duas previsões.

Etapa 4 – Identificação de exceções no varejista

Cada empresa pode gerenciar milhares de itens, em várias localidades. Os

planejadores devem perceber todas as diferenças relevantes existentes entre as

duas previsões. A comparação é feita por sistemas automatizados para que as

exceções que significam as faltas sejam identificadas, e estas informem aos

planejadores apenas os pares de previsões com diferenças significativas.

A identificação das exceções é baseada na ideia de que as previsões de um

determinado item são próximas o bastante, então esse item não merece maior

atenção. Mais se as diferenças em um item são acentuadas, as exceções tornam-s

relevantes. Esses limites variam em função do horizonte, ou seja, o tempo que se

compara, por exemplo, ao se comparar previsões para a semana seguinte, uma

diferença de 5% é relevante.

Entretanto, ao se comparar previsões para um mês à frente, podem ser

aceitas diferenças superiores a 15%, por exemplo.

31

Etapa 5 – A identificação e análise conjunta das exceções

As duas empresas buscam as razoes para as exceções e também chegam ao

consenso acerca do valor previsto. Esse trabalho conjunto é realizado através de

contato por telefone, e-mail, videoconferências ou reuniões presenciais.

Os motivos para o surgimento de exceções podem estar relacionados a

impactos de vendas e que, por alguma razão, não foram comunicadas para a outra

empresa, como, por exemplo, a realização de uma promoção não prevista.

Etapa 6 – Formulação de uma previsão de venda para o ressuprimento

Consiste no plano de previsões de venda. A partir desse ponto o CPFR

passa a tratar do planejamento do ressuprimento para o varejista em função de uma

previsão de vendas comum.

As previsões dos pedidos levam em consideração não apenas as previsões

de vendas, mas também outros fatores já predeterminados, como políticas de

estoque, frequência de pedidos e tempos de resposta de ressuprimento.

Etapa 7 – Informações de exceções para a previsão de pedidos

Essas exceções são relacionadas às restrições existentes por parte do

fabricante ou fornecedor no que diz respeito à capacidade de atendimento dos

pedidos previstos.

A capacidade de atendimento, muitas vezes, está ligada à capacidade de

produção, aquisição de insumos, entre outros aspectos.

Mais uma vez a identificação das exceções segue objetivos predeterminados,

ou seja, serão classificados como exceções apenas as restrições que causem

grande impacto na operação.

Etapa 8 – Identificações, análise e negociações conjunta das exceções

Durante essa etapa de negociação o varejista pode, por exemplo, programar

atividades promocionais permitindo que o fornecedor tenha tempo para disponibilizar

32

produtos suficientes para atender o aumento inesperado na demanda, evitando

assim, que ocorra falta do produto durante a promoção.

As decisões tomadas nessa etapa podem muitas vezes afetar o plano de

previsão de vendas feito anteriormente, como no caso do atendimento da promoção,

caso isso aconteça, uma nova previsão deve ser realizada, reiniciando o processo.

É nesta etapa que acontece a grande vantagem do CPFR para o varejista,

pois ao mesmo tempo em que consegue enxugar, ou seja, reduzir os níveis de

estoque, obtém também maior segurança no ressuprimento. Essa etapa do CPFR

também se diferencia dos programas de respostas rápidas, pois a cadeia está

realizando seu planejamento em função da demanda real, e não só se preocupando

em responder rapidamente.

Etapa 9 – Os pedidos previstos são transformados em pedidos definidos

A última etapa do CPFR pode ser o desenvolvimento do processo de

automatização através da aquisição de períodos de congelamento, ou seja, um

pedido previsto é constantemente reavaliado e, a partir de determinado período de

tempo contado em função do momento em que deve ser entregue, este pedido

passa automaticamente a ser um pedido definido, não podendo sofrer mais

alterações.

33

CAPÍTULO IV

RESULTADOS PRÁTICOS DO CPFR

Neste último capítulo conheceremos algumas empresas e resultados

alcançados pela implantação desta nova filosofia.

O CPFR está presente ativamente em empresas envolvidas em sua adoção,

refinamento e treinamento, segundo Rebouças (2000) são:

►As indústrias farmacêuticas que conquistaram crescimento constante em

excelência operacional e desequilíbrio de forças entre os elementos da cadeia

de suprimentos, caracterizando interligações de centralização de poder, como

exemplo, a empresa Procter & Gamble.

►As indústrias de alimentos buscam o equilíbrio constante entre custo de

estocagem e níveis de disponibilidade, caracterizando interligação de poder

entre varejo e aumento limitado de poder de barganha de volumes de

compras e posicionamento dos produtos. Exemplo: Nabisco .

Um indicador de como o CPFR já está sendo utilizado é o resultado de uma

pesquisa realizada pela Syncra System, publicada em abril de 2000 e disponível no

site da empresa (WANKE, 2003).

Nesta pesquisa foram apresentadas cerca de 120 empresas do setor de bens

de consumo, envolvendo fabricantes, fornecedores, varejistas e atacadistas.

Segundo a pesquisa, cerca de 79% das empresas pesquisadas estao

envolvidas, de alguma forma, com iniciativas de gerenciamento da cadeia de

suprimentos e, o CPFR já desponta como o terceiro modelo de gestão mais

utilizado, estando atrás dos programas VMI e ECR. A utilização do CPFR não gera

necessariamente uma diminuição do uso das outras iniciativas para o gerenciamento

de cadeias de suprimento.

5.1 Principais resultados

Ainda com relação à pesquisa, as empresas envolvidas como o CPFR já

estão obtendo benefícios concretos, muitos dos quais mencionados ao longo do

trabalho.

34

Os principais resultados apontados por Rebouças (2000) foram os abaixo

listados:

• Aumento nas vendas dos produtos com planejamento colaborativo;

• Redução no erro de previsão;

• Redução no tempo de resposta do ciclo de ressuprimento;

• Redução nos níveis de estoque com consequente aumento do giro;

• Amortecimento da demanda para os fornecedores;

• Aumento da disponibilidade de produto para os varejistas;

• Visibilidade para determinar os parâmetros de reposição;

• Redução dos custos de replanejamento.

É importante ressaltar que os resultados mostrados neste trabalho com a

implantação do CPFR revelam que apesar da iniciativa ainda ser recente o CPFR

vem sendo empregado por grandes empresas de bens de consumo.

Sua implantação deve ser acentuada à medida que os benefícios obtidos

tornem-se mais viáveis para o melhoramento da cadeia de suprimento.

5.2 O consórcio modular

Na modelagem do consórcio modular, o conceito de parceria torna-se

extremamente importante, pois a posição de fornecedor é substituída por parceiro, e

o faturamento imediato substituído pelo lucro de pós-venda.

O consórcio tem como objetivo: formar equipes flexíveis na busca pela

melhoria dos resultados e por maximizar os resultados alcançados num mercado

muito competitivo (MARTINS, 2002).

Nenhum consórcio modular pode ser de estrutura vertical, onde este assume

toda e qualquer forma de produção.

Neste modelo, várias empresas produzem e compartilham um único produto.

No Brasil a maioria das fábricas automobilísticas utilizam o consórcio modular para

aumentar os resultados e diminuir os custos logísticos, um bom exemplo é o da

Volkswagen.

O conceito foi escolhido para estruturar o processo de fabricação na fábrica

da Volkswagen de Resende, localizada no estado do Rio de Janeiro. No local a

35

fábrica reúne, mais de sete grandes empresas de autopeças especialistas em cada

etapa do processo produtivo. Elas operam de baixo do mesmo teto, com politicas

integradas e decisões por consenso, para aumentar maior valor agregado ao

produto fornecido.

Os módulos que compõe o Consórcio Modular da Wolksvagem da cidade de

Resende são:

• Tamet;

• Eisenmann;

• VDO;

• MWM/Cummins;

• Remon;

• Rockwell;

• Iochpe Maxion;

• Aprovação Final.

As sete empresas participantes do consórcio serão descritas a seguir:

• Lochipe/Maxion – responsável pela montagem do chassi; sistema de

freios (reservatório de ar e válvulas), chicote elétrico, linhas de

combustível, linha de transmissão e caixa de direção;

• Rockwell/Braseixos – responsável pela montagem dos eixos, molas,

amortecedores e barras estabilizadores, formando os kits de suspensão;

• Remon – responsável pela montagem das rodas e pneus, pressurização e

balanceamento;

• MWM/Cummins – responsável pela montagem final dos motores,

alimentação de óleo, montagem de embreagem, caixa de mudanças,

motor de partida, alternador, sistema de direção hidráulica, tubos de

escape e freios;

• VDO – responsável pela montagem de bancos, painel de instrumentos,

revestimento interno, vidros e chicote elétrico. Também é de

responsabilidade da VDO a montagem da cabine completa sobre chassis;

• Tamet – responsável pela montagem da cabine a partir das peças

estampadas.

36

• Eisenmann – responsável pela pintura das cabines.

A integração dos parceiros no processo produtivo permite o entendimento das

implicações de seus produtos no veiculo, contribuindo com soluções para a melhoria

da produtividade, redução de custos e aumento da qualidade.

A eficácia deste sistema logístico está baseada na parceria e integração entre

as empresas, exigindo assim planejamento, confiança e uso de recursos específicos

para a parceria ser bem sucedida.

37

CONCLUSÃO

As conclusões encontradas na elaboração da logística colaborativa são bem

substanciais e positivas como: rapidez na troca de informações, melhorando assim o

relacionamento entre os fornecedores, fabricantes, distribuidores, prestadores de

serviços, varejistas e demais empresas envolvidas na cadeia de suprimentos.

Acontecem também reduções de estoques ociosos, o que diminui

consideravelmente o custo logístico.

Porém a preocupação não é só com o estoque ocioso, mas também com as

faltas que podem trazer grandes prejuízos.

A colaboração entre empresas ainda é um tema bastante delicado. Quando

falamos de colaboração em logística os exemplos de sucesso tornam-se ainda mais

raros, mas esta realidade vem mudando.

Empresas começam identificar que, procurar sinergias nos processos

logísticos com seus concorrentes, pode trazer ganhos em termos de custos e nível

de serviço.

Sabemos que pensar em colaboração entre setores da mesma empresa já é

um grande desafio. Trabalhar de forma colaborativa com fornecedores é um desafio

ainda maior. Mas, quando pensamos que esta colaboração vai transcender os

muros da empresa e precisará ser feita com seus concorrentes, muitos podem achar

um desafio quase impossível.

A valorização da parceria é baseada na confiança mútua entre as empresas

parceiras, onde elas se comprometem a disponibilizar informações de movimentos

internos e externos.

Este relacionamento valoriza a sinergia entre as partes para melhorar o

movimento da demanda de ressuprimento, não visando a busca de barateamento de

produtos como alguns programas de respostas rápidas pregam, alias, o diferencial é

o relacionamento a longo prazo.

Portanto, a implantação desta filosofia inovadora pode otimizar e maximizar

os resultados para toda a cadeia de suprimento, ampliando o lucro e quem sabe

assim, melhorar a economia nacional e mundial, gerando trabalho e qualificação

para os profissionais envolvidos, possibilitando também mais renda e qualidade de

38

vida para os funcionários e seus familiares, para as empresas, aumento nos lucros e

para a sociedade como um todo, mais estabilidade econômica.

39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de

materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

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integraçao da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

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São Paulo: Atlas, 1997.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística.

São Paulo: Atlas, 1996.

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TAYLOR, F. W. Princípios da Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1992.

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São Paulo: Campus, 2002.

WOMACK, J.P; JONES, D.T; ROSS, D. A máquina que mudou o mundo. São

Paulo: Campus, 1992

40

ÍNDICE

PAG

FOLHA DE ROSTO ..................................................................... 2

AGRADECIMENTOS .................................................................. 3

DEDICATÓRIA .............................................................................. 4

RESUMO ........................................................................................ 5

METODOLOGIA .......................................................................... 6

SUMÁRIO...................................................................................... 7

INTRODUÇÃO .............................................................................. 8

CAPÍTULO I – A ABORDAGEM LOGÍSTICA ...................... 10

1.1 A logística ................................................................................................. 11

1.2 Sistema logístico ..................................................................................... 12

1.3 Gerenciamento da cadeia de suprimento ......................................... 13

1.4 O custo total ............................................................................................. 14

1.4.1 Importância do custo logístico total ........................................................ 15

1.5 Aspectos do serviço logístico ............................................................. 16

1.5.1 A capacidade em gestão de serviço ....................................................... 18

1.6 A filosofia Just in Time .................................................... 19

CAPÍTULO II - OS PROGRAMAS DE RESPOSTAS

RÁPIDAS – PRRs ...............................................................................

20

2.1 ECR – Efficient Consumer Response ............................................ 21

2.2 QR – Quick Response ..................................................................... 22

2.3 CRP – Continuos Replenishment Program ................................... 22

2.4 VMI – Vendor Managed Inventory .................................................. 22

2.5 JIT II – Just in time ........................................................................... 22

2.6 CPFR – Collaborative Planning, Forecasting and

Replenishment .................................................................................

23

CAPÍTULO III - A LOGÍSTICA COLABORATIVA .............. 24

41

3.1 CPFR – Planejamento Colaborativo................................................ 25

3.2 Definição e objetivo ......................................................................... 26

3.3 Vantagens da adoção da Logística Colaborativa ......................... 26

3.4 O diferencial da Logística Colaborativa ........................................ 27

CAPÍTULO IV – O SISTEMA DA LOGÍSTICA

COLABORATIVA .........................................................................

29

CAPÍTULO V – RESULTADOS PRÁTICOS DO CPFR ..... 33

5.1 Principais resultados ....................................................................... 33

5.2 O consórcio modular ....................................................................... 34

CONCLUSÃO ................................................................................ 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .............................................. 39

ÍNDICE ............................................................................................. 40

42

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: A Importância da Logística Colaborativa para o Aperfeiçoamento das Relações Entre as Empresas Varejistas e Fornecedoras da Cadeia de Suprimentos

Autor: Maria Luiza da Silva Mendes

Data da entrega: / /14

Avaliado por: _________________________________ Conceito: _________