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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A AFETIVIDADE, O PROFESSOR E O ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO
E APRENDIZAGEM
Por: Regina Célia Teixeira de Freitas
Orientador
Prof. Ms. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2018 DOCUMENTO P
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LEID
E DIR
EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A AFETIVIDADE, O PROFESSOR E O ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO
E APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Educação Especialista
Inclusiva.
Por: Regina Célia Teixeira de Freitas
Rio de Janeiro
2018
3
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, que se portou
como só o fazem os mestres. Por
acreditar no meu trabalho, por suas
manifestações de apoio e dedicação
agradeço e expresso o meu respeito,
admiração e carinho.
...Ao bom Deus, pois sem ele não teria
conseguido vencer esse desafio me
dando coragem e superação.
‘
4
DEDICATÓRIAS
... Minhas amigas de trabalho e estudos que
me apoiaram e incentivaram para continuar e
chegar ao fim dessa árdua monografia. Em
especial Shirlei Chagas que se manteve
comigo durante todos os meus estudos.
...Dedico aos meus queridos filhos que me
acompanharam durante os meus estudos, me
apoiando nos meus momentos de desespero.
... Aos meus familiares que devido aos estudos
me mantive ausente. Obrigada por compreender
este momento em minha vida.
5
RESUMO
O presente estudo tem como finalidade abordar as dificuldades de aprendizagem
e integração por crianças com Necessidades Educacionais Especiais no âmbito
escolar, e como a afetividade faz-se necessária na construção de conhecimentos
por essas crianças, se tornando um grande desafio em sala de aula, tanto para
o professor quanto para a escola e família. Vários estudos relacionam a
afetividade como instrumento na educação especial, não se revela apenas em
deduções ou experiências de alguns professores, ela é constatada ao se estudar
as emoções e o desenvolvimento da educação emocional e seus aspectos, onde
se faz necessário o professor ter esse conhecimento. A Educação inclusiva
compreende a educação especial dentro da escola regular e transforma a escola
em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que
considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum
momento de sua vida escolar. Temos como objetivo geral, analisar as
possibilidades de estimular a afetividade na criança em processo de inclusão
para melhorar sua interação com os conteúdos, o papel da escola e a sociedade
no reconhecimento da deficiência existente em cada ser. Ter um olhar
abrangendo os professores, alunos e a família, diante da proposta de inclusão
escolar. Buscando especificar e, detalhando as dificuldades encontradas pelas
escolas e alunos frente à inclusão. Sabendo-se que a inclusão é uma força para
a renovação da escola, levando a escola e professores a procurar
especializações e formular estratégias para receber esses alunos. Educação
Inclusiva é um processo pedagógico, mas se puder contar com a afetividade de
todos os envolvidos, ajudará muito.
6
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura do tipo qualitativa descritiva,
para melhor auxiliar e orientar escolas, professores, alunos e pais no
acolhimento de todas as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais no
sistema de ensino, e de como a afetividade pode ajudar nesta integração.
A base de dados utilizados para esta pesquisa foram endereços eletrônicos
como: Sacie-lo, Google Acadêmico, Revistas de psicopedagogia científica e
livros de psicopedagogia. A escolha dos artigos se restringiu à discussão de
critérios para se definir o desenvolvimento infantil com a ajuda da afetividade.
As palavras-chave empregadas: Inclusão, afetividade e Educação Inclusiva
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO I
DIFICULDADES EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....................11
CAPÌTULO II
RELAÇÃO DA AFETIDADE E DESENVOLVIMENTO MENTAL DA
CRIANÇA.......................................................................................................... 20
CAPÍTULO III
A ESCOLA, O PROFESSOR E O AFETO........................ .............................. 29
CONCLUSÃO .................................................................................................. .38
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................40
8
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, vem se notando um elevado crescimento na
rede de ensino regular de alunos portadores de necessidades educacionais
especiais, levando assim, a mais pesquisas com objetivo de desenvolver
métodos e aplicações educacionais voltadas a incluir esses ditos especiais, pois
até pouco tempo, a escola se preocupava somente com as áreas acadêmicas, e
sua principal função era ensinar e avaliar com objetivo de selecionar alunos.
Discutir sobre a inclusão de alunos portadores de necessidades
educacionais especiais e como ela deve acontecer no contexto escolar, têm sido
um tema bem polêmico, pois não basta somente que seja incluído em classes
normais, mas principalmente que seja atendido nas suas necessidades de
interagir com o meio em que vive, pois são postos à margem das questões
sociais, culturais e educacionais e não são vistos pela sociedade por suas
potencialidades, mas pelas limitações impostas por sua condição.
Esse conceito de inclusão vem mudando, não somente nas
legislações que regem esse direito, mas os alunos com necessidades especiais
que antes eram levados para escolas especializadas ou eram classificados como
fracassados dentro do sistema escolar, agora vem despertando uma verdadeira
preocupação em atender esses alunos e integra-los de maneira efetiva nas salas
de aula, dando-lhes apoio social e educativo.
A educação Inclusiva deve ser baseada em afetividade, paciência,
criatividade, dedicação e principalmente respeito a um ser humano.
Não devemos esquecer-nos do significado de educar que consiste em
estar junto, construir, vivenciar, atuar, trocar, ceder, descobrir e humanizar,
estabelecendo uma interação dinâmica com o grupo.
9
Educar significa também respeitar a criança, sabendo que ela é um
ser que tem características, sensibilidade e lógicas próprias. Assim,
desenvolvimento, transformação, crescimento são partes desse processo global.
O presente estudo tem como finalidade de apontar a importância da
afetividade no processo de ensino/aprendizagem, dinamizando o processo
educativo, sabendo-se que o afeto é de grande importância na vida humana e
que deve fazer parte em todas as fases da vida.
Devido à dificuldade em incluir os alunos com necessidades
especiais, e mais ainda, inclui-los nas atividades escolares, contribuindo com
seu desenvolvimento cognitivo, físico e sensorial, faz necessário analisar às
fomas pelas quais os professores poderão atender esses alunos, tendo a
afetividade como mediadora das ações inclusivas, pois cada vez maior a
entradas desses alunos na escola regular.
Existem objetivos pré-existentes que dizem respeito à criança que
abrangem os aspectos sócio afetivos, cognitivos e físicos, mas para atingi-los é
preciso não perder de vista a dinâmica das relações entre as pessoas no
contexto escolar, a história de vida de cada um dos envolvidos e as
características de cada faixa etária.
E não menos importante, a vivência familiar, a possibilidade de
ampliar essa vivência entre outras crianças, num ambiente propício, com uma
metodologia que considere suas necessidades e características, favorece e
enrique seu desenvolvimento. Escola e família não se excluem se completam, e
na interação que a criança constrói o seu conhecimento.
Através do desenvolvimento do intelecto, que tem duas vertentes
importantíssimas que são o cognitivo e o afetivo, e ambos quando bem
trabalhados e desenvolvidos nos portadores de necessidades especiais, vai
dinamizar e dar sentido ao processo educativo, pois quanto mais cedo ocorrer
essa intervenção, melhor será para esse aluno, pois o afeto dado desde muito
cedo, determina o modo com que um indivíduo se desenvolverá, contribuído com
a construção da autoestima das pessoas desde a infância, pois quando uma
10
criança recebe afeto das pessoas com quem convive, seja em casa seja na
escola, consegue crescer e desenvolver-se com segurança e determinação.
Não menos importante, a formação do professor é primordial para que
o processo de inclusão ocorra, pois ele precisa estar preparado para situações
diversas no contexto escolar, além de ser necessário um conhecimento na área
de educação especial, é preciso que ele tenha um excelente relacionamento
interpessoal com todos os alunos, baseado no diálogo, no respeito e no afeto,
pois na maioria das vezes, o professor preocupa-se mais com os conteúdos a
serem ensinados e menos com a inclusão da afetividade em sua prática
pedagógica.
Devido a isso, devemos encarar a afetividade como um mecanismo
indispensável na construção da aprendizagem, uma vez que é responsável por
criar vínculos imprescindíveis na produção do saber pelos alunos.
Penso que no processo de inclusão ela se torna ainda mais
importante, visto que todo o grupo lida com o desconhecido e precisa sentir-se
amparado.
11
CAPÍTULO I
DIFICULDADES EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A definição de um aluno como um ser deficiente e, portanto incapaz,
deve-se não somente à forma incompreensiva da sociedade analisar as
necessidades educacionais especiais - NEE desse aluno, mas principalmente
devido a um atraso e dificuldade na aquisição de aprender e se desenvolver
fisicamente e mentalmente, já que, na maioria das vezes, o acesso a ela é
inexistente.
Esse atraso envolve todos os aspectos da aprendizagem e do
desenvolvimento cognitivo dos portadores de Necessidades Educacionais –
N.E.E.
Cabe esclarecer, segundo Miranda (2003), que há diferença da
educação especial com o ensino inclusivo, embora esteja inserido neste
contexto. Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema
de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e
psicológicas, e o termo educação especial é associado mais comumente à
inclusão educacional de pessoas com deficiência física ou mental.
A educação inclusiva tem como um de seus princípios a valorização
da diversidade, respeito aquele que é diferente e não inferior:
Segundo Drago, 2014:
O princípio fundamental da educação inclusiva e a valorização
da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação
inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de
que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o
mundo. (DRAGO, 2014, p 30)
São enfrentadas segundo Beyer (2013), grandes barreiras por todos
aqueles que defendem a questão legal, preconceitos, problemas conceituais,
desrespeitam as interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional,
12
distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à entrada de
alunos com NEE no ensino regular.
Torna-se fundamental a diferença entre a teoria e a prática na ação
docente, no sentido de garantir de fato a entrada, a permanência e o sucesso da
pessoa com NEE em seu processo de escolarização.
Como cita Beyer (2013), passamos de uma escola onde predominava
a separação, separação essa das crianças com necessidades educativas
especiais de todos os outros meninos, para uma visão integradora em que se
defende uma escola para todos onde todos têm a oportunidade de poder usufruir
e aprender.
Os alunos com NEE são aqueles que podem necessitar de apoios de
serviço de Educação Especial durante todo o seu percurso escolar, de forma a
facilitar o seu desenvolvimento acadêmico, pessoal e soco emocional.
O foco do ensino especial é permitir que alunos especiais interajam
com os outros alunos em escolas dita comuns (que não são especiais, ou seja,
que são mistas) e que possam participar desse ensino-aprendizagem como
verdadeiros atuantes.
Apresenta uma proposta interessante para aprendizagem, onde a
capacidade de aprender que o ser humano tem, o faz ter uma melhor interação
com o meio que o rodeia, verificando-se que a maior parte da aprendizagem que
o homem adquire é consequência de imitações de outras pessoas, pois são as
diferentes ideias e níveis de compreensão que enriquecem o processo do
aprender.
A aprendizagem pode ser simultaneamente influenciada e
condicionada por diversos elementos como interações entre professores e
alunos, levando ao sucesso do processo de fixação das novas informações,
ocorrendo a interiorização de uma série de comportamentos e capacidades
intelectuais, aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de
competências, estando em constante ação de ampliar seus conhecimentos, pois
o ser humano é em sua essência capaz de procurar novas informações e ainda,
procurar novos métodos que permitam a melhoria do seu saber.
13
No decorrer da história, o portador de alguma necessidade especial
foi alvo de incompreensão, apresentada apenas por aspectos negativos onde
esses eram vistos de várias formas, desde loucos, doentes até como pessoas
castigadas pelos Deuses, estes viviam à margem da sociedade, pois eram
considerados ineducáveis, portanto não tinham direitos, principalmente à
educação.
Segundo Barbosa (2015), a necessidade de constituir uma escola em
que a prática pedagógica seja estruturada de modo a contemplar as
necessidades de todos, de forma igualitária, foi discutida e assumida a partir de
documentos legais nacionais e internacionais, como a Constituição Federal de
1988 (BRASIL, 1988), a Declaração Mundial Sobre Educação para Todos
(UNESCO, 1990), a Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) e a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996).
A Declaração de Salamanca é um documento de referência
internacional que aborda a importância da inclusão escolar, objetivando fornece
diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas
educacionais de acordo com o movimento de inclusão social, tomado como
referência pela área da educação Especial.
No início deste século, há um incremento da legislação que contempla
a pessoa com deficiência, como a Convenção da Guatemala (2001), a
Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada e incorporada
a Constituição como Decreto Legislativo nº 186/2008 (BRASIL, 2008) entre
outros dispositivos legais.
Ainda, foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de
aprender que a lei no. 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitarem matrículas
de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi
aprovada em 1989 e regulamentada em 1999.
Graças a isso, segundo Junior (2000), o número de crianças e jovens
com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram
14
81 mil, em 2002, 110 mil; e em 2009, mais de 386 mil, aí incluídas as deficiências,
o transtorno global do desenvolvimento e as altas habilidades.
Apesar de ter uma série de portarias, normativas, resoluções,
decretos e leis para assegurar e regulamentar o atendimento educacional de
estudantes com NEE e reforçados pela Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com
deficiência, não é suficiente para suprir as necessidades que um portador de
NEE necessita, então, não basta estar garantido na constituição, mas demanda
modificações profundas e importantes no sistema de ensino para que a inclusão
aconteça.
Mas, todas essas medidas provocaram mudanças, citado por Cunha
(2014) levando o crescimento do número de matrículas de estudantes com
algum tipo de necessidade educacional especial – NEE, apesar de muitas
escolas não acompanharem esse caminhar, os alunos com NEE vão apenas
para socializar-se e não com o intuito de aprender.
Assim, a política nacional de educação especial trouxe um novo olhar
do que é inclusão, evidenciando o que muito discutido, mas pouco aplicado que
é a liberdade educacional do aluno em participar no seu processo de ensino
aprendizagem.
Mas segundo Cunha (2014), a inclusão de crianças e jovens com NEE
na educação básica ainda gera muita resistência no país. Há os que defendem
que os estudantes com deficiência frequente apenas as escolas especiais e os
que defendem as classes regulares como o melhor local para que eles aprendam
os conteúdos curriculares e convivam com os demais.
Entre os problemas citados por Mendes (2006), está a falta de
condições adequadas para a inclusão de aluno com NEE (físicos, equipamentos
e materiais pedagógicos, por exemplo) como de recursos humanos (acesso a
programas de formação continuada e/ou apoio de profissionais especializados.
Para que práticas inclusivas dos NEE se traduzam em ganhos
efetivos, são necessários investimentos substanciais em infraestruturas e na
contratação e na formação de profissionais. Segundo o Ministério da Educação
15
(MEC), há duzentas mil crianças e adolescentes com NEE fora das salas de
aula. A situação está longe da ideal, mas admite-se que o processo ainda está
em andamento.
Sendo assim, além do acesso, Ramos (2010) diz que outros
importantes aspectos definem parâmetros de organização adequados para
atender as crianças. De forma geral, os critérios de qualidade do trabalho na
Educação Inclusiva devem abranger desde as condições de funcionamento das
escolas (razão aluno/professor, tamanho de salas, qualidades de alimentação,
diversidade de materiais didáticos, especialização de professores, etc.), às
práticas pedagógicas, condições de trabalho e de formação dos diversos
profissionais que fazem parte do contexto escolar.
Sabe-se a importância de obter e vivenciar uma Pedagogia inclusiva,
pois a inclusão refere-se a educação como um todo, pois a educação é um direito
de todos, somos por natureza inacabados, isso traz a necessidade de sermos
incluídos em algum momento em algum lugar, devido a isso, compreende-se que
todos somos iguais por possuirmos necessidades e sonhos e ao mesmo tempo
diferentes por possuirmos diferentes necessidades.
Considera-se também casos na educação especial de pessoas com
problemas degenerativos muito severos, contudo, ainda que a impossibilidade
da inclusão física no espaço escolar, poderão ser incluídas no espaço
pedagógico e afetivo, por meio da atuação de profissionais preparados,
interessados e comprometidos.
Segundo Stainback (2007), quanto mais se fala em inclusão mais se
destaca a exclusão, mas deve-se concentrar o foco em algumas necessidades
ainda bastante carentes, não só quanto à capacidade docente mais também
quanto à metodologia e aos materiais de desenvolvimento. A educação de
alunos com N.E.E. é um trabalho multidisciplinar que requer especialista de
diversas áreas atuando na escola.
Inclusão é interagir com o outro, sem separação de categorias de
aprendizagem, sendo assim, um regime escolar único capaz de atender a toda
sociedade é o exercício da cidadania para todos, engloba progresso educacional
16
e social e a questão das mudanças torna-se imprescindível para que as escolas
se tornem centros de conexão total dos indivíduos, não só na mudança da
estrutura organizacional, mas também da reformulação de todos os aspectos
que envolvem a escola.
1.1. A importância da família.
É na família e com a mesma que o sujeito se moraliza, aprendendo
as questões do certo e errado, em lidar com as diferenças entre seus próximos
e compreender as regras vivenciadas em seu lar e futuramente em sua
sociedade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) defende que toda
criança ou adolescente tem direito de ser criado e educado no seio de sua
família, recebendo dos pais a alimentação, cuidados e educação e esses
procurar por dar a seus menores essas bases.
Sendo assim, é na primeira infância que os principais vínculos são
estabelecidos, bem como os cuidados e estímulos necessários ao crescimento
e desenvolvimento que são fornecidos pela família, e é nela que aprendemos a
nos relacionarmos com o outro, portanto é na família que acontece a socialização
imediata do sujeito, pois em casa que se estabelece os primeiros contatos de
interação com o outro, convívio social e aprende o alicerce da educação,
portanto a construção dessa sociedade inclusiva começa na família.
Segundo Ribeiro (2003):
O ponto de partida é o olhar para esse agrupamento humano
como um núcleo em torno do qual as pessoas se unem,
primordialmente, por razões afetivas dentro de um projeto de
vida em comum, em que compartilham um quotidiano, e, no
decorrer das trocas intersubjetivas, transmitem tradições,
17
planejam seu futuro, acolhem-se atendem aos idosos, formam
crianças e adolescentes. (RIBEIRO, 2003, p:10).
Tanto a família como a escola, agindo em conjunto, é a chave para a
formação bem sucedida do estudante, desenvolvendo assim suas habilidades e
capacidades conforme seu desempenho global, preparando este para sua
integração em sociedade, desenvolvimento de suas funções e preparando para
exercer sua cidadania.
Cita ainda que no Art. 22 da Lei de Diretrizes Curriculares Nacional
para a Educação Básica que: “A Educação Infantil tem por objetivo o
desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos, afetivo,
psicológico, intelectual, social, complementando a ação da família e da
comunidade.
A importância da família no desempenho do educando no âmbito
escolar é o que favorecerá tanto aos aspectos motores/físicos, como
emocionalmente e intelectualmente.
Sendo assim, para resultar em um desenvolvimento de qualidade e
eficaz, a escola e a família devem caminhar juntas para atingir o alvo comum
que é o bem estar e a aprendizagem da criança com necessidades especiais
incluída na rede regular de ensino.
A escola segue como parceira nessa aprendizagem, se encontrando
como segunda organização educadora o sujeito. Seja ainda na tenra idade, na
desconstrução de seu egocentrismo ou até as matérias universitárias mais
complexas.
Por isso, conforme Silva (2013) é de extrema importância criar um elo
de comunicação entre a família e a escola. Ambas necessitam uma da outra. É
inegável que o afeto encontra-se presente nas relações familiares, sendo
caracterizadas na relação mútua entre os pais e destes para com seus filhos,
que se vinculam não só pelo sangue, mas por amor e carinho.
Portanto, a criança deverá sentir-se segura, acolhida e protegida por
todos envolvidos no seu processo de aprendizagem e para tanto é necessário
que a família, comunidade e escola estejam sempre presentes. Por isso é
necessário a participação de todos comprometidos, e com o mesmo objetivo,
18
demonstrando afetividade para que a criança possa ter condições de
desenvolver plenamente seu cognitivo.
1.2. Afetividade na educação de alunos com Necessidades Educacionais
Especiais.
A educação é uma questão humana e não somente constitucional,
aprendemos segundo Saltini e Caravenaghi (2014), por uma condição biológica
e não somente pelo rigor de regras a serem seguidas, mudar esse ciclo natural
é tentar limitar a inteligência.
Cientificamente provado, todas as pessoas é afetada tanto por
elementos externos (uma informação que recebe do meio ou um objeto que
chama atenção) quanto por sensações internas (medo, alegria, fome, etc.) e
responde a eles, essa condição humana recebe o nome de afetividade e é crucial
para o desenvolvimento. Todo ser humano é afetado positivamente e
negativamente e reage a esses estímulos.
Segundo Cunha (2014), o afeto é fundamental na utilização como
ferramenta da psicopedagogia, mostrando que não se deve ficar presa apenas
a conteúdos (conteúdo esses que devem auxiliar no desenvolvimentos das
capacidade).
O conceito de inconsciente abordado por Freud e o movimento
psicanalítico, foi um dos que desfiaram a entender cognição e afetividade e
conforme Silva (2013) ainda cita, pensadores que abordaram o conceito de
afetividade como Henri Wallon, Vygotsky e Jean Piaget.
Tais pensadores deram a afetividade uma elevada relevância no
processo pedagógico, e seu desenvolvimento ocorrem através de vários
estágios, e nesses estágios, a inteligência e a afetividade vão alternando em
termos de importância. No primeiro ano de vida de uma pessoa, a afetividade é
predominante, pois o bebê se usa dela para interagir com o mundo que o
envolve.
19
A afetividade, no entanto, não é importante apenas nessa fase,
também determinará o tipo de relacionamento entre o professor e aluno, o que
terá um grande impacto na forma como o aluno adquire novos conhecimentos.
O indivíduo, sua evolução, não depende somente da capacidade
intelectual garantida pelo caráter biológico, mas também do meio ambiente que
vai condicionar a evolução, permitindo ou impedindo que determinadas
potencialidades sejam desenvolvidas.
A afetividade surge nesse meio e tem sido vista como uma
ferramenta a mais, com uma grande importância como papel facilitador no
processo de ensino-aprendizagem e na inclusão na educação.
Como afirma Santos,
2012:
Os portadores de deficiência precisam ser
considerados a partir de suas potencialidades de
aprendizagem. Sobre esse aspecto é facilmente
compreensível que a escola não tenha de consertar
o defeito, valorizando as habilidades que o deficiente
não possui, mas ao contrário, trabalhar sua
potencialidade, com vistas em seu desenvolvimento.
(SANTOS, 2012, p.:13).
Desta forma, entende-se que este não pode se constituir em um real
processo inclusivo. É necessário se procurar meio de trabalhar no seio da
comunidade escolar, com as famílias, alunos, professores, os potenciais, as
capacidades, os interesses dos indivíduos, tornando-os não só aceitos e
valorizados, mas sujeitos de seu processo de formação.
20
CAPÌTULO II
RELAÇÃO DA AFETIVIDADE E DESENVOLVIMENTO MENTAL DA CRIANÇA
O Cérebro humano é um órgão complexo, responsável por coordenar
muitas informações vindas dos sentidos, sistema imunológico e também das
emoções. Ele é o centro de controle do movimento, sono, fome, sede e quase
todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência.
Emoções, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza,
também são controladas por esse órgão, que ainda recebe e interpreta os
inúmeros sinais apontados pelo organismo e pelo ambiente, é o principal órgão
de aprendizagem do ser humano.
Também chamado, segundo Relvas (2011) de encéfalo, faz parte do
sistema nervoso central e está localizado dentro da caixa craniana. O nosso
sistema nervosos central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Sendo
assim o cérebro é formado a partir do encéfalo e constitui a parte mais
desenvolvida do encéfalo, sendo suas funções ligadas à capacidade cognitiva e
afetiva do ser humano.
Possuem ventrículos que são diferentes câmaras cheias de líquidos.
Este é composto por dois hemisférios justapostos e separados por um sulco e
cerebelo constituído por dois hemisférios direito e esquerdo. Possuem ainda o
tronco encéfalo que é uma estrutura contínua com a medula espinhal que se
esconde por trás do cerebelo e por dentro do cérebro.
Sabe-se que, segundo Relvas (2011):
O cérebro humano constitui-se em dois hemisférios cerebrais:
esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo controla o lado direito
do corpo, e o hemisfério direito controla o lado esquerdo do
corpo. Cada hemisfério divide-se em lobo frontal, lobo parietal,
lobo occipital e lobo temporal. [...] Percebeu-se que o hemisfério
direito era mudo, mas não tolo. O esquerdo é resumidamente
21
verbal e analítico. O direito é rápido, complexo, espacial,
perceptivo e configuracional. (RELVAS, 2011, p.34)
Assim sendo, Araújo (2011) cita que o córtex cerebral envolve os
hemisférios cerebrais e é composto de massa cinzenta. A principal função do
córtex é ser responsável pelas operações das capacidades cognitivas. Ele é o
grande especialista nas modalidades sensoriais e tem uma organização de
forma hierárquica que atua com o ambiente e o processamento das funções
superiores.
Ao pensar na funcionalidade dos hemisférios cerebrais, faz-se
necessário compreender que cada hemisfério tem suas especificidades e não
exclusividades de funções, porém, para o desempenho das atividades diárias,
há uma comunicação entre eles. Dependendo da atividade proposta, um
hemisfério vai assumir a função, mas o outro hemisfério também irá participar.
Segue a organização de algumas funções específicas dos
Hemisférios Cerebrais:
Hemisfério Esquerdo:
Interpreta os acontecimentos;
Controle motor fino;
Escrita à mão;
É analítico;
Racional, Símbolos, Linguagem;
Compreensão de palavras;
Leitura, fonética, escuta, ritmos;
Localização de fatos e detalhes;
Conversação e recitação;
Seguimento de instruções;
Associação auditiva, percebe o tempo;
Reconhece números como palavras.
Hemisfério Direito:
22
Relações espaciais;
Interpretação e linguagem corporal;
Figuras e padrões;
Computação matemática;
Sensibilidade a cores;
Canto e música;
Expressão artística;
Criatividade, visualização;
Percebe simbolismo e metáforas de palavras e textos;
Reconhece rostos e gestos e movimentos faciais;
É subjetivo, impulsivo e reconhece música, lugares e objetos.
Essas importantes regiões possuem funções que nos ajudam
compreender como são os processos mentais que colaboram na aquisição, por
exemplo, da aprendizagem, tão importante para ações pedagógicas em sala de
aula com alunos com deficiência.
Faz parte ainda do encéfalo o hipotálamo, formando uma importância
área tendo como função, regular determinados processos metabólicos e outras
atividades autônomas como emoções e comportamentos, sendo assim vários
estímulos acontecem no hipotálamo, segundo Relvas (2011):
... A maioria das modificações de comportamento observadas
em experiências com hipotálamo de animais já foi também
observada no homem em experiências realizadas durante o ato
operatório, ou como consequência de traumatismo, tumores,
lesões vasculares ou infecções desta região. Parece, pois, fora
de dúvida que as manifestações emocionais são, pelo menos
em parte, coordenadas e integradas em nível hipotálamo
(RELVAS, 2011, p 103).
Faz-se necessário que o educador tenha em mente que a educação
emocional é real e fundamental. Pois para o desenvolvimento da Educação
Emocional, o educador precisa conhecer as ideias relativas à educação dos
23
hemisférios cerebrais, portanto, devemos estimular o aprendiz a aprender
amando-o, mostrando o interesse em seu rendimento.
Esse órgão, que possui inúmeras funções, também tem cerca de cem
bilhões de neurônios como estruturas básicas para seu funcionamento e suas
atividades cerebrais se dá pela transmissão de sinais elétricos.
Esses neurônios se adaptam e se modificam à medida que interagem
com o meio ambiente, essa interação é realizada por meio dos cinco sentidos,
portanto, são mutáveis, ou seja, possuem plasticidade podendo modificar sua
função.
Segundo Kleinman (2015), Muitos fatores no cérebro não foram bem
compreendidos, entre os neurocientistas, mas sabemos que o cérebro possui
uma plasticidade incrível, isso, é sofre alterações a todo o momento. Essas
alterações se dão no momento em que o cérebro é estimulado, modificando a
sua anatomia.
A plasticidade cerebral, refere-se a capacidade que o cérebro tem de
mudar ao longo da vida. É a capacidade adaptativa do Sistema Nervoso Central,
é a habilidade para modificar a organização estrutural e funcional em resposta
às experiências (estímulos ambientais).
Sendo assim, o cérebro humano tem a capacidade de se autor
reorganizar por meio de novas conexões entre células nervosas, os neurônios ,
fazendo suas sinapses.
A neuroplasticida acontece em três instâncias: quando nos
desenvolvemos (bebê, criança, adolescente, adultos e senioridade); quando
aprendemos (somos capazes de aprender até o último suspiro de vida) e
mediante um dano (um derrame ou outra tipo de lesão). O cérebro muda
fisiologicamente e funcionalmente.
Durante os primeiros anos de vida e durante a adolescência Araújo
(2011) diz que há mais possibilidade e capacidade de plasticidade no cérebro.
Com o tempo, o cérebro vai perdendo tal capacidade, porém vários são os
24
recursos para que possamos manter o que conquistamos e o que é útil e
importante.
A fisiologia cerebral é altamente complexa e tem o poder de influenciar
tudo que fazemos. O cérebro (Contendo cerca de 86 bilhões de neurônios,
ligados por mais de 1.000 conexões sinápticas cada) é o centro do sistema
nervoso, que responde pela adaptação do organismo ao meio ambiente.
A sua função é identificar e compreender as condições ambientais
externas, bem como as internas ao próprio organismo, e preparar respostas a
essas mesmas condições, controlando o comportamento, seja ativando
músculos, seja causando a secreção de substâncias químicas.
Além disso, apresenta também a capacidade de raciocínio e
estímulos para as mais variadas ações e com o envelhecimento sofre
modificações importantes.
Aprender nada mais é que modificar as conexões dos neurônios no
cérebro. Exemplo disso que quando nascemos não sabemos que língua vamos
falar. Dependendo do que vê e ouve, nosso cérebro vai decidir se vamos falar
inglês, português, ou outra língua.
Segundo Delduque (2016) o nosso cérebro possui três áreas de vital
importância, ou seja, a parte sensorial que recebe e processam as informações
vindas do ambiente e criar uma representação mental, a parte motora que gera
uma resposta de acordo com as informações vindas da parte sensorial e córtex
pré-frontal que é parte associativa que fornece complexidade ao nosso
comportamento atribuída emoções e decidindo o que deve ser feito ou não.
As emoções fazem com que o nosso cérebro ative o sistema de
recompensa dando um valor positivo ou negativo, ao nosso corpo, que vai gerar
a motivação. Temos expressões humanas que são universais: felicidade,
tristeza, surpresa, nojo, raiva e medo.
Aprender significa a modificação do cérebro pela experiência. Isto não
quer dizer que aprender aumenta as sinapses, e sim, que deram certo e elimina-
se que não dão certo.
25
Quem não tem uma boa experiência sensorial prévia não tem como
imaginar e criar. A reativação das representações interna, a capacidade de
visualizar mentalmente aquilo que não está presente e de criar caminhos novos
usando a criatividade depende da experiência. Contudo, está reorganização e
distribuição das funções acontecem desde que o cérebro seja usado.
É muito comum quando alguém perde o movimento de algum membro
o cérebro se reorganizar para usar outro.
Com uma idade mais precoce, temos janelas de oportunidades que
podem ser definidas como períodos em que o cérebro está mais apto a processar
algumas habilidades.
Isto não quer dizer que depois deste período não se aprenda. Até os
dez anos aprender uma nova língua é mais fácil mas não quer dizer que não
possamos aprender depois desta idade.
Contudo, não podemos de deixar de lado os fatores que interferem na
aprendizagem que são: atenção, prática, método e motivação.
Se o aluno não consegue prestar a atenção, selecionar
adequadamente os estímulos, permanecer concentrado por um período mais
prolongado de tempo e não sabe separar os aspectos relevantes dos irrelevantes
para a execução de uma aprendizagem dificilmente ele vai aprender.
Para que isto seja possível ele tem que ter boas conexões cerebrais,
boa alimentação e estímulos adequados. A atenção é a porta de entrada para a
aprendizagem pois ela filtra os estímulo do ambiente.
Segundo Delduque (2016), motivação todos nós temos mas, para
manifestá-la, o aluno tem que ser encorajado, tem que receber retorno positivo
e o nível da atividade e o método tem que estar adequado as suas necessidade
e capacidades. Tendo vontade, prazer e engajamento o aluno pratica mais e,
quando mais prática, mais melhora e mais motivação tem para aprender.
Sabe-se que cérebros que foram criativamente, potencialmente,
competentemente bem trabalhados, estimulados, encorajados acabam por criar
26
uma espécie de reserva inteligente que nada mais é do que está reserva
cognitiva. Preparando o cérebro para utilizá-la quando tiver algum problema.
Desta forma, sabemos que o cérebro melhora e se torna mais capaz
pelas experiências que passa, pelas relações que estabelece, pelo interesse que
busca. O ambiente é então um mediador, assim facilita, promove, estimula,
como, possibilita, encoraja, reforça para que a criança e o adolescente
amadureçam e desenvolvam o melhor deles, sendo assim o mediador é uma
parte muito importante para a plasticidade cerebral dos alunos.
Mesmo quando o aluno tem alguma NEE tem dificuldade ele poderá
avançar, melhorar através de estímulos apropriados, pois serão possíveis novas
conexões e alterações nas estruturas e funções cerebrais.
2.1 Funções afetivas e cognitivas
Pensar e sentir são ações inseparáveis, apesar da afetividade e a
inteligência serem de naturezas distintas, ou seja, a energética da conduta vem
da afetividade e as estruturas vêm das funções cognitivas, e assim o campo total
junta ao mesmo tempo o sujeito, as relações e os objetos, todos sendo
fundamentais para que ocorram as condutas e as interações entre sujeitos e
objetos.
Sendo assim, é impossível encontrar condutas procedentes somente
da afetividade sem elementos cognitivos e vice-versa, percebe-se então que
toda ação e pensamento comportam um aspecto cognitivo, representado pelas
estruturas mentais, e um aspecto afetivo, representado por uma energia, que é
a afetividade.
A importância segundo Kleinman ( 2015), do estudo da afetividade
não consiste apenas pelas concepções de inteligência, mas também quando se
observa que esse é um aspecto da mente humana definidor de vários
comportamentos e atitudes, dando como exemplo os nossos afetos, que vão
determinar ( em muitos momentos) uma maior ou menor motivação para estudar
esse ou aquele tema, sendo assim os afetos, sejam emoções ou sentimentos,
27
também têm uma função importante na motivação da conduta e para a
aprendizagem.
O sistema cognitivo consiste na relação entre as funções de memória,
atenção, linguagem, percepção e funções executivas, desde o comportamento
mais simples até os de maior complexidade, e elas se interagem entre si.
Quando se fala de cognição, geralmente fazemos referência a tudo o
que está relacionado com o conhecimento, ou seja, a acumulação de
informações que adquirimos através da aprendizagem ou experiência.
Precisamos então, de estímulos constantes através dos diferentes
sentidos e informações para que sejam convertidas em conhecimento e assim
ajudar a adquirir novo saberes e criar uma interpretação do mundo que nos
rodeia.
Segundo Alves (2015), é de grande importância o professor usar a
afetividade como ferramenta para o desenvolvimento cognitivo das crianças com
NEE, pois a afetividade exerce um papel fundamental nas correlações
psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a
memória, o pensamento, a vontade é as ações, sendo um componente
importante para a aprendizagem.
Todo processo cognitivo possui um lado afetivo, a afetividade
apresenta-se como um aspecto interdisciplinar capaz de alterar até mesmo
processos biológicos, isso reforça que a afetividade exerce influência direta nos
mecanismos do corpo.
Como afirma Alves (2015),
Deve-se dar especial atenção ao desenvolvimento
afetivo dos educandos, visto que o funcionamento
total do organismo, em qualquer momento e
circunstância, envolve um significado e indissociável
parcela de sentimentos e emoções. (ALVES, 2015,
p.: 11).
28
Não podemos deixar de avaliar os alunos com NEE, pois
normalmente as pequenas mudanças não são nítidas aos olhos do educador,
não conseguindo contemplar transformações em si e no aluno. No entanto, esse
diagnóstico se dá ao analisar o antes e o depois do aluno e do professor como
um todo.
29
CAPÍTULO III
A ESCOLA, O PROFESSOR E O AFETO.
Sabe-se que a segunda instituição educadora a qual o indivíduo tem
ligação é a escola, a primeira é a família que o indivíduo está inserido (estes são
os primeiros ensinastes), aonde aprende a relacionar-se e assimilar à ética e a
moral que vão nortear a sua vida. A escola amplia essa educação trazida da
família, já adquirida, e estimula novas visões e áreas.
Em termos de lei, e a viabilidade operacional do sistema escolar,
público e particular, nos diferentes estados brasileiros, a distância é significativa
entre o ideal de integração/inclusão, e os recursos humanos e materiais
disponíveis.
É preciso mudar a escola e mais precisamente o ensino nelas
ministrados. A escola aberta para todos é a grande meta e, ao mesmo tempo, o
grande problema da educação.
Conforme e definido por Barbosa (2015) é importante que a escola
tenha um olhar voltado para o aluno em seus aspectos cognitivos e afetivos,
desenvolvendo metodologias que visam à construção de conhecimento
vinculado à realidade do educando sem deixar de oferecer as novas tecnologias
e possibilitando a sua formação ampla, vendo o aluno como um todo, não
excluindo, nem segregando aqueles que possuem dificuldade de aprendizagem,
pois quando o indivíduo se sente excluído, precisa de uma equipe estruturada
para ajudá-lo com as questões cognitivas, sócio- afetivas e com a autoconfiança.
O ensino inclusivo toma por base a visão sociológica de deficiência e
diferença, reconhece assim que todas as crianças são diferentes, e que as
escolas e sistemas de educação precisam ser transformados para atender às
necessidades individuais de todos os educandos, com ou sem necessidade
especial.
30
De acordo com Maciel (2016), a inclusão não significa tonar todos
iguais, mas respeitar as diferenças. Isto exige a utilização de diferentes métodos
para se responder às diferentes necessidades, capacidades e níveis de
desenvolvimento individuais.
O ensino integrado é algumas vezes visto como um passo em direção
à inclusão, no entanto sua maior limitação é que se o sistema escolar se mantiver
inalterado, apenas algumas crianças serão integradas.
Como cita Maciel (2016), no Centro Nacional de Reestruturação e
Inclusão Educacional, diz:
Educação Inclusiva significa provisão de oportunidades
equitativas a todos os estudantes, incluindo aqueles com
deficiência severa, para que eles recebam serviços eficazes,
com os necessários serviços suplementares de auxílios e
apoios, em classes adequadas à idade, em escolas da
vizinhança, a fim de prepara-los para uma vida produtiva com o
membro plenos da sociedade. (MACIEL, 2016, p:21)
A escola está ligada a um princípio que idealiza imaginar um mundo
melhor. É considerado que o ideal para todos ter o mesmo direito com educação
de qualidade, e a maior preocupação é idealizada na escola, aonde pudesse
garantir trabalho voltado, a dificuldade de cada um, profissionais preparados
para atender os de forma que fosse eficaz através do trabalho diferenciado. É na
escola que produz esse sintoma social, como citado por Weiss, 2004:
Professores em escolas desestruturadas, sem apoio material e
pedagógico, desqualificados pela sociedade, pelas famílias,
pelos alunos não podem ocupar bem o lugar de quem ensina
tornando o conhecimento desejável pelo aluno. É preciso que o
professor competente e valorizado encontre o prazer de ensinar
para que possibilite o nascimento do prazer de aprender. O ato
de ensinar fica sempre comprometido com a construção do ato
de aprender, faz parte de suas condições externas. A má
qualidade do ensino provoca um desestímulo na busca do
conhecimento. (WEISS, 2004, p14).
31
A maior influência do processo escolar é exercida pelo professor que
precisa ter o conhecimento de como se dá o desenvolvimento emocional e
comportamental da criança em todas as suas manifestações.
Segundo Ribeiro, 2003:
Para que haja um desenvolvimento harmonioso é importante
satisfazer a necessidade fundamental da criança que é o amor.
(...) O professor, na sua responsabilidade e no seu
conhecimento da importância de sua atuação, pode produzir
modificações no comportamento infantil, transformando as
condições negativas através das experiências positivas que
pode proporcionar. Estabelecer, assim, de forma correta, o seu
relacionamento com a criança, levando-a a vencer suas
dificuldades (RIBEIRO, 2003, p. 40).
Na educação de alunos com NEE a afetividade contribui para o
desenvolvimento cognitivo. Assim, como não existe comportamento somente
cognitivo, a afetividade não se manifesta apenas em gestos de carinho físico,
mas também em uma preparação para o desenvolvimento cognitivo, pois é
fundamental na relação das pessoas que estão em contato direto nas diversas
fases do desenvolvimento infantil da criança.
Alves (2015), cita que deve-se ter a mediação correta do professor
(intenção, reciprocidade e transparência). O professor precisa, utilizando muito
também o afeto, como mediador das aprendizagens.
Para tal avanços se faz necessários, como citado no capítulo 2,
conhecer as ações cognitivas e o que é esperado após ser dado um estímulo,
um conteúdo e ou uma atividade proposta. Identificando as saídas das
informações recebidas pelo NEE, o professor conseguirá identificar possíveis
dificuldades precocemente e, assim, atuar nas capacidades e habilidades que o
aluno já tem para modificar o que ele ainda precisa alcançar.
A afetividade faz com que se desenvolva um sujeito crítico, autônomo,
e responsável, ela deve permear em todos os momentos do desenvolvimento da
vida da criança, em qualquer lugar ou momento que ela esteja, ela se desenvolve
32
como ser humano através de suas experiências vividas, a afetividade deve estar
presente em todos os momentos.
A afetividade na escola proporciona autoconfianças e autoestimas.
Por meio de uma relação segura, alunos e professores trabalham a interatividade
e a troca de experiências, evidenciando os valores e o afeto, facilitando a
comunicação, incentivando seus desejos e vontades, valorizando suas
qualidades e aptidões, promovendo a união e capacidade de cada um, não
importando sua deficiência.
Tendo como base que o equilíbrio emocional contribui para o
processo de aprendizagem, o aluno é motivado pelo professor que vai preparar
e organizar o universo da busca e do interesse através de aplicações práticas
daquilo que está sendo ensinado e apresentado para que o aluno aprenda mais
facilmente.
Deve-se integrar valores e educar de uma forma criativa e dinâmica,
onde todos os espaços e momentos vivenciados na escola favoreçam a
construção da aprendizagem e da autonomia, em um ambiente que ofereça
oportunidades e possibilidades lúdicas e interativas.
Assim todos os alunos, com ou sem NEE, vão construindo o seu
conhecimento e desenvolvendo (cada qual ao seu tempo), aprendendo a
respeitar as regras, os direitos e os limites da convivência em sociedade.
E não menos importante temos o papel da família, sendo parte
integrante do contexto de sociedade que vem sendo analisado nas linhas de
pensamento acima, a família torna-se elemento fundamental, pois está inserida
em todo contexto de sociedade, depositando na escola suas expectativas,
ambições, angústias, necessidades e sonhos. É no ambiente familiar que aflora
aquele que é o sujeito de todos esses estudo, a criança/aluno.
Segundo Visca (2000), em algum ponto do sistema educativo, na
formação do docente, na exigência dos conteúdos, na fragmentação curricular
ou possibilidades oferecidas aos alunos para o aprendizado, encontra-se um
desajuste que possa produzir o fracasso do desenvolvimento do aluno com NEE.
33
A aprendizagem é um processo interno, que se inicia no cérebro, que
consiste em mudanças permanentes, que se integram ao comportamento do
indivíduo, sendo assim, agindo diferente em situações diferentes.
São objetivos da educação infantil, como cita Barbosa (2015), de uma
forma sucinta, que se deve atender às necessidades próprias das crianças,
desenvolvendo integralmente as suas potencialidades enquanto pessoa,
introduzindo a criança à experiência sistemática da reflexão e construção do
conhecimento, desta forma, contribuindo para a sua estabilidade e segurança
emocional, levando-a a interagir de forma natural ao meio social que pertence,
como sua família e escola, contribuindo com sua formação moral e seu censo de
responsabilidade.
É importante estimular a criança alcançar cada uma das etapas do
seu desenvolvimento, dentro do seu próprio tempo, pois o processo é o mais
importante, é o que vai favorecer sua capacidade de expressão, comunicação,
imaginação, hábitos de higiene, seu estimulo a atividades lúdicas e sua
criatividade, não trabalhar somente em suas deficiências mas orientar esta
criança despindo-a de preconceitos.
Sendo assim, a prática da Educação Infantil, pois é onde tudo se
começa, o docente e a escola deve se organizar de modo que as crianças
desenvolvam característica (crianças com ou sem NEE) para ajudar seu
desenvolvimento futuro.
1. Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez
mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção
de seus limites;
2. Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos
de cuidado com a saúde e bem-estar;
34
3. Estabelecer vínculos afetivos e de trocas com adultos ou crianças,
fortalecendo sua auto- estima e ampliando, gradativamente suas
possibilidades de comunicação e interação social;
4. Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo
aos poucos articular seus interesses e pontos de vista com as demais,
respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e
colaboração;
5. Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade,
percebendo-se cada vez mais como independente e agente
transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que
contribuam para sua conservação;
6. Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos
e necessidades utilizando as diferentes brincadeiras de linguagens
(corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes
intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser
compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e
desejos e avançar seu processo de construção de significados,
enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
A escola necessita acompanhar as descobertas e mudanças na forma
de ensinar, pois será mais fácil a inclusão daqueles que apresentam alguma
dificuldade para aprender, oferecendo subsídios e recursos para que se tenha
um estudo e uma leitura minuciosa dos processos cognitivos e dos mecanismos
psicológicos.
É um trabalho merecedor de muito amor e dedicação por parte do
professor, sabendo que a realidade das salas de aulas é a lotação e com isso
dificulta o professor identificar e atender individualmente o aluno, mas quando
possível buscar a orientação da prática psicopedagógica.
O professor é de grande importância em sala de aula, pois ele vai
ser o responsável pela inclusão do aluno em sala de aula, tendo um caráter de
mediador, pesquisador e agente da igualdade em sala.
35
A criança deverá ser acolhida e respeitada pelo professor dentro dos
seus interesses, dificuldades e diferenças, e o professor não deverá cair na
armadilha dos sentimentos de pena, e assim beneficiá-la.
Na visão de Schoeder e Mecking (2009) a meta do diagnóstico
psicopedagógico é investigar o processo de aprendizagem do indivíduo e seu
modo de aprender, identificar áreas de competência e limitações, visando
entender as origens das dificuldades e/ou distúrbio de aprendizagem
apresentado, sempre contando com ajuda multidisciplinar.
Não é apenas o aluno quem tende a ser beneficiado com uma
abordagem mais afetiva. A humanização da relação também pode levar o
professor a ampliar o seu desenvolvimento, pois há situações em que o educador
se sente profundamente frustrado por não conseguir atingir um aluno da forma
como havia planejado.
Se tivesse a possibilidade de conhecer esse aluno mais
profundamente, certamente o profissional perceberá a natureza das limitações
presentes na realidade daquela criança ou jovem. Com esta sensibilidade, o
professor passa a compreender melhor o seu próprio trabalho e as direções para
as quais o aluno pode avançar.
Os professores, em sua grande maioria, são formados apenas para
passarem os conteúdos, em alguns casos até afastando esses profissionais da
atuação na educação infantil, fortemente pautada pela interação afetiva
desprivilegiada nos cursos de formações.
Não está apenas nas mãos dos professores, porém, a
responsabilidades de construir uma escola mais afetiva. A família também tem
um importante papel como reguladores das relações, além de poderem contribuir
com informações e estímulos.
E assim como o que se espera em sala de aula, este processo
também precisa ser pautado por sentimentos como o respeito e confiança.
Quanto melhores forem as condições dadas aos professores, melhor tenderá a
ser sua atuação, inclusive do ponto de vista afetivo.
36
Segundo Weiss (2004) a afetividade não se manifesta apenas em
gestos de carinho físico, mas também em uma preparação para o
desenvolvimento cognitivo, pois é fundamental na relação das pessoas que
estão em contato direto nas diversas fases do desenvolvimento infantil da
criança.
Através da afetividade nos portadores de NEE é possível ir além do
ensino tradicional em busca de relações concretas que auxiliam a aprendizagem
da criança, uma vez que ela não possui capacidade de abstração que permita
um ensino mais contrudista.
É fundamental abordar que a relação pedagógica deve nortear a
relação afetiva que terá influência no desenvolvimento do aluno, tendo em vista
diferenças individuais e comportamentais inerentes a cada necessidade do
aluno.
Entretanto Strieder (2012) cita que é preciso alertar: o uso da
afetividade não é sinônimo de sucesso escolar. Mas é essencial para que o aluno
dê os passos que é capaz de dar com segurança, mesmo que em princípio isso
signifique apenas ir para a escola com mais vontade ou cuidar com mais atenção
do próprio caderno ou ainda ter alguma percepção do meio.
Dependendo do aluno, essas ações podem significar, sim, grandes
conquistas. E quanto mais o professor estiver habilitado para enxergar essas
singularidades, mais rica e consistente tende a se tornar a sua atenção.
Fundamental para o processo de aprendizagem, a construção de uma
relação de qualidade com os alunos desafia educadores, na mesma medida em
que apresenta caminhos concretos para o enriquecimento dos processos em
sala de aula, pois o educador precisa entender que a educação emocional é real
e fundamental.
O educador deve estar atento e consciente de sua responsabilidade
de ensinar. O ambiente de sala de aula, que muitas vezes pode se mostrar frio,
severo e hostil aos alunos, deve ser recolocado, e reapresentado aos mesmos
de forma mais amena e amigável.
37
Quando a maioria das tarefas de sal de aula exige que a criança fique
parada e estática, com uma atenção direcionada ao que é exposto pelo
professor, certamente este local não será um dos mais atraentes a ela.
Não é difícil, dentro desse clima, surgir hostilidade da criança em
relação ao professor e ao ambiente escolar. Dentro dessas situações de conflito
facilmente observadas. Ele precisa compreender o aluno e seu universo em que
vive. Mas conhecer esse aluno implica em uma predisposição em demostrar
gestos de carinho para com o mesmo.
Cabe ao professor investigar mais esse aluno e, ao longo de sua
formação, não deixar que esse educando acumule raivas ou questionamentos.
O lado intelectual como cita Relvas (2011), ainda lado a lado com o afetivo.
Faz-se necessário compreender que o ser humano é uma miscelância
de peculiaridades, e são todos esses fatores que trazem a criança em situação
de deficiência um jeito único de aprendizagem.
Somos indivíduos únicos, onde se é inviável querer padronizar o
ensino-aprendizagem de todos, os meios podem até ser parecidos para todos,
mas a dinâmica de aprendizagem é individual. A afetividade, empatia,
motivação, o amor entre outros, devem permanecer constantes na relação
aluno-professor.
38
CONCLUSÃO
O presente estudo concluiu através dos trabalhos científicos
utilizados, que a afetividade manifestada na relação entre professor e aluno
constitui elemento inseparável no processo de construção do conhecimento,
uma vez que a qualidade da interação pedagógica vai conferir um sentido afetivo
para o objetivo de conhecimento e também, um ajuste afetivo se torna condição
necessária na escola para pleno desenvolvimento do aluno com NE E.
Para que o professor conheça bem seus alunos, é necessário que não
negligenciem os aspectos afetivos. É importante refletir sobre a importância da
afetividade em uma sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamental, pois é
no âmbito escolar que é detectado a maioria dos alunos com NEE, de modo que
os alunos possam ser compreendidos, aceitos e respeitados.
É preciso ter sensibilidade para ouvi-los, dialogar com eles e apoiá-
los para que busquem superar as suas dificuldades.
Ensinar crianças e jovens com NEE ainda é um desafio. Nos últimos
dez anos, período em que a inclusão se tornou realidade, o que se caiu foi a
escola atendendo esse novo aluno ao mesmo tempo que aprendia a fazer isso.
Hoje ainda são comuns casos de professores que recebem um ou mais alunos
com deficiência e se sentem sozinhos e sem apoio, recursos ou formação para
executar um bom trabalho.
Mas a tendência, felizmente, é de mudança, embora lenta e ainda
desigual. A boa-nova é que em muitos lugares a inclusão [e é um trabalho de
equipe.
Os alunos com NEE, mesmo com suas diferenças, quando possuem
uma boa autoestima têm motivação para aprender, sendo necessárias ações
planejadas, formação teórica e sensibilidade de todos os envolvidos. O que esse
estudo evidenciou é que um ambiente de confiança e respeito mútuo,
39
proporcionado por afeto e promoção da autoestima, criam condições favoráveis
à aprendizagem.
Não houve dúvidas quanto a necessidade de desenvolver mais
estudos, no âmbito da educação especial, sugerindo a integração do
conhecimento do professor em sala de aula, psicopedagogas, escola, família,
que amparem a escola em diversificar seu método de ensino para os alunos que
tenham alguma dificuldade de aprendizado, tendo em vista que existe um
número reduzido de escolas fazendo esse tipo de ensino individualizado, e com
isso, ter mais providências a respeito da remoção de barreiras existentes entre
as várias etapas do fluxo da escola para valorização da autoimagem e
autoestima o aluno.
40
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43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
DIFICULDADES EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 11
1.1 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA 16
1.2 AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS 18
CAPÍTULO II
RELAÇÃO DA AFETIVIDADE E DESENVOLVIMENTO MENTAL DA CRIANÇA
20
2.1 FUNÇÕES AFETIVAS E COGNITIVAS 26
CAPÍTULO III
A ESCOLA, O PROFESSOR E O AFETO 29
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 43