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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LIDERAR E MOTIVAR VAI ALEM DOS NÚMEROS Victor João Saturnino dos Santos ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska do orientador) Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · descobrir o que motiva seus subordinados, e então aplicar o estilo de liderança mais eficiente de acordo com cada situação. 6

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

LIDERAR E MOTIVAR VAI ALEM DOS NÚMEROS

Victor João Saturnino dos Santos

ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska do orientador)

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO P

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LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa). Por: Victor João Saturnino dos Santos

LIDERAR E MOTIVAR VAI ALEM DOS NÚMEROS

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela oportunidade de viver

tamanha experiência. A Sendas que tem sido

minha grande experiência profissional

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DEDICATÓRIA

Dedica-se ao minha esposa e familiares que lidam

com muito amor e carinho com a nossa ausência

para executar esse aprendizado.

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RESUMO

A pesquisa apresentada tem como objetivo descrever as formas de

liderança que melhor influenciam na motivação dos colaboradores no ambiente

organizacional. Um ponto que será abordado para o alcance desse objetivo é

como o comportamento do líder e as maneiras de agir podem motivar seus

colaboradores. Outro aspecto abrange como os vários estilos de liderança

influenciam de maneira significativa no desempenho de seus liderados, e ainda

avaliar se a liderança focada no capital humano e suas necessidades

demonstram uma eficiência relevante nos resultados de seus liderados.

Este estudo é de grande relevância quando analisa a importância da

liderança na gestão empresarial e sua influência no desempenho produtivo e

também na condução de grupos de trabalho ou pesquisa, pois sua ação leva a

resultados mais satisfatórios.

Para a realização da pesquisa e concretização da investigação utilizou-

se entrevistas com colaboradores de uma empresa do grupo de varejistas do

Rio de Janeiro que são subordinados a líderes em geral que possuem uma

visão crítica de suas ações.

O estudo pode impactar na formação da cultura organizacional, que está

relacionada à percepção dos colaboradores para com o grupo que participa. O

comportamento do líder deve ser orientado a criar estímulos em seus

subordinados de forma a produzir a busca pela melhor atuação. Os vários

estilos de liderança influenciam de maneira significativa no desempenho.

Concluímos que a motivação é um fator intrínseco e deve ser estimulada

de acordo com a individualidade de cada um, e o líder será o responsável por

descobrir o que motiva seus subordinados, e então aplicar o estilo de liderança

mais eficiente de acordo com cada situação.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada será a pesquisa através de questionário

direcionado a funcionários do Grupo Casa Show pois ela traz mais facilidade

de compreensão do tema proposto, ajudando as lideranças da empresa a

dirigirem com mais eficácia os seus funcionários, permitindo que atinjam

resultados mais satisfatórios, proporcionando também a aplicabilidade

necessária para se desenvolver e avaliar os resultados, para definir não o

modelo ideal, mas os mais eficazes dentro da realidade e dos problemas

enfrentado por grandes empresas.

A escolha do método de coleta de dados através de pesquisa apresenta a

vantagem de facilitar a tabulação de dados, tendo em vista possuir perguntas

diretas e objetivas. Isso faz com que os resultados sejam mais claramente

avaliados. Segundo Copper e Schindler (2003, p. 248), “o questionamento é

mais eficiente e econômico do que a observação.”

Os sujeitos de nossa pesquisa são os funcionários das empresas

supracitadas que sejam subordinados a líderes em geral, e que observam de

forma crítica suas ações. E também líderes que por sua vez gerenciam

pessoas, mas que são subordinados a outros, avaliando seus líderes.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

MOTIVAÇÃO 10

1.1 CONCEITOS DE MOTIVAÇÃO 12

1.2 TEORIAS DA HIERARQUIA DE NECESSIDADES DE

MASLOW 13

1.2.1 Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg 15

1.2.2 Teoria das necessidades adquiridas de McClelland 17

1.2.3 Teorias X e Y de McGregor 18

2 LIDERANÇA 21

2.1 CONCEITOS DE LIDERANÇA 22

2.2 FONTES DE PODER 24

2.2.1 Poder legítimo 24

2.2.2 Poder sobre recompensas 24

2.2.3 Poder de coerção 24

2.2.4 Poder de referência 24

2.2.5 Poder de competência 25

2.3 TEORIAS SOBRE LIDERANÇA 25

2.3.1 Teoria dos Traços de Liderança 26

2.3.2 Teoria dos Comportamentos de Liderança 27

2.3.3Teoria do Grid Gerencial 28

2.3.4Teoria Situacional da Liderança 29

2.3.5 Teoria do Caminho-objetivo 30

2.3.6. Helo de Participação do Líder 31

2.4 RESULTADOS 33

2.5 O GESTOR FINANCEIRO 33

3 CASA SHOW S.A. 34

3.1 TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 36

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4 CONCLUSÃO 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55

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INTRODUÇÃO

O assunto liderança está em evidência na atualidade e vem sendo

discutido nas empresas. Ela é uma ferramenta para o sucesso. O estilo de

liderança desenvolve ou compromete todas as diretrizes organizacionais de um

grupo. E seu conceito influência diretamente na motivação da equipe

Para avaliar a liderança e motivação é preciso conhecer a situação na

qual a empresa ou grupo está inserido, pois a estratégia da liderança

acompanha as exigências do ambiente. A análise do ambiente organizacional

procura explicar os efeitos que este provoca sobre a instituição.

A ação do líder é o fator mais importante para o progresso e

desenvolvimento dos colaboradores, pois ele precisa de muita percepção e

sabedoria para atuar. Ele é responsável por decisões que podem influenciar

diretamente no curso do processo, positivamente ou negativamente, visto que,

é lhe outorgado poderes pra tal. Esta pesquisa tem como objetivo geral

descrever as formas de lideranças que melhor influenciam na motivação dos

colaboradores no ambiente organizacional.

O estudo pode impactar na formação da cultura organizacional, que está

relacionada à percepção dos colaboradores para com o grupo que participa. O

comportamento do líder deve ser orientado a criar estímulos em seus

subordinados de forma a produzir a busca pela melhor atuação. Os vários

estilos de liderança influenciam de maneira significativa no desempenho.

Liderar com base no capital humano e suas necessidades mostram uma

eficiência relevante nos resultados de seus liderados.

O trabalho de conclusão de curso estrutura-se em quatro capítulos,

apresentando-se no primeiro a história e definições acerca do conceito e de

motivação baseado em vários autores. No segundo capítulo é abordada

liderança, envolvendo conceitos e mencionando a importância da gestão deles

na obtenção de resultados quanto a motivação de equipes onde uma boa

gestão pode alcançar a fidelidade dos liderados. Ressaltando a importância e

atuação do gestor financeiro respaldados nos conceitos apresentados nos

capítulos anteriores. O terceiro capitulo relata o presente caso, com análise da

organização objeto do estudo, envolvendo sua identificação, breve histórico e

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demais itens que compõem a Casa Show S/A. No capítulo quatro é

apresentada a pesquisa de campo e os diversos itens que a compõe o objetivo

de responder o problema apresentado acima.

1 MOTIVAÇÃO

De acordo com Bateman (1998), no ambiente corporativo, a principal

meta é o alto desempenho dos funcionários para o alcance da maximização do

faturamento. Para isso, as empresas têm investido em melhoria de máquinas e

equipamentos. Porém, a observação do desempenho das empresas mostra

que somente este investimento não é necessário se não houver empenho dos

funcionários. Este empenho só é possível se os funcionários estiverem

motivados.

Quando se fala em motivação lembra-se imediatamente da recompensa

financeira, das premiações e bônus por produtividade, porém o assunto é muito

mais complexo do que se imagina. Descobrir o que motiva o subordinado é

algo que somente uma pessoa altamente comprometida e atenta a sua equipe

pode realizar. A motivação é totalmente subjetiva e cabem aos gestores

conhecerem os seus subordinados a tal ponto de conseguirem executar a difícil

tarefa de perceber o que motiva cada um.

Hoje podemos dizer que o desafio do profissional de RH é motivar as

pessoas a crescerem juntamente com a organização. A motivação precisa ser

encarada com uma forma de valorizar o colaborador, que deve se sentir parte

integrante da empresa e não simplesmente um seguidor de regras. Ele deve

querer ser eficiente, ter condições de executar bem a sua tarefa, e sentir-se

bem ao ajudar a organização a chegar aos seus objetivos.

Segundo Cavalcanti (2005) para garantir a motivação, é preciso outros

estímulos, como integração social, valorização pessoal e profissional. Isso será

possível através de vários fatores entre eles, treinamento, explícitas definições

de metas a serem alcançadas, condições que propiciam seu desenvolvimento,

a aquisição de novos desafios, possibilidade de criação de novos métodos de

trabalho, serviços, produtos, entre outros.

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Cabe ressaltar que o relacionamento com os colegas de trabalho e

chefia é um fator importantíssimo na motivação. O que se percebe é que nem

sempre os chefes ou líderes estão preparados para motivar sua equipe, haja

vista o que é presenciado durante os treinamentos e o que acontece nos

ambientes corporativos.

Grandes estudiosos como, Abraham Maslow, David McClelland, Douglas

McGregor, Frederick Herzberg entre outros, abordaram o assunto motivação

sob diferentes pontos de vista. Alguns, focando na individualidade, no

subjetivismo das necessidades pessoais, e outros fazendo uma análise de

condições e situações em que os indivíduos se submetem e os efeitos destas

na realização das tarefas na organização.(CHIAVENATO, 2003)

Observa-se que existem inúmeros autores que falam sobre o assunto,

como Chiavenato, Bateman, Robbins entre outros, e os abordam sob diferentes

pontos de vista. Seja através de uma visão mais individualista, já que a

motivação é algo altamente subjetivo, ou sob uma visão mais coletiva da

observação de um determinado grupo de colaboradores em uma organização.

Estas análises focavam tanto o resultado alcançado, quanto às forças que

movem os funcionários ao alcance destes.

Os trabalhos acadêmicos sobre o assunto surgem no mercado em uma

velocidade impressionante. A todo o momento novos livros e artigos são

editados oferecendo mais informações e opiniões sobre o assunto. Por

existirem uma infinidade de teorias, que nos últimos 30 anos, surgiram através

de profissionais da área administrativa, psicólogos e estudiosos do assunto,

faz-se necessário uma grande pesquisa entre essas teorias e os relatos

existentes, a fim de poder-se delinear de maneira mais objetiva, o

comportamento de líderes e liderados, de modo a serem induzidos a terem

atitudes que levem a otimização de suas atividades originadas pelos altos

níveis de motivação na organização.

Partindo deste princípio, a seguir, veremos algumas definições de

motivação existentes na literatura disponíveis.

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1.1 CONCEITOS DE MOTIVAÇÃO

Segundo Robbins (2005, p.342), “motivação é a disposição de exercer

um elevado e permanente nível de esforço em favor das metas

organizacionais, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer

alguma necessidade individual.”

A motivação é relacionada a qualquer meta disposta, seja ela

organizacional ou não. Segundo este conceito, a motivação é uma moeda de

troca, que existe em maior quantidade quando o atendimento da necessidade

individual é mais eficiente. Uma boa maneira de se mensurar o quanto

motivado uma pessoa está para a realização de uma determinada tarefa, é

observar a quantidade de tempo e a atenção dedicada para a realização da

mesma.

Segundo Vergara (2005, p.42), “Motivação é uma força, uma energia

que nos impulsiona na direção de alguma coisa e é totalmente intrínseca.”

Nesse contexto, enfatiza o caráter intrínseco, tendo em vista que a

motivação nasce das necessidades interiores. Desse modo o que os líderes

podem fazer é estimular, incentivar e provocar a motivação de seus

funcionários.

Na visão de Bateman (1998, p.360), “A motivação refere-se a forças que

energizam, dirigem e sustentam esforços de uma pessoa.” Tudo o que

impulsiona o indivíduo na direção de suas metas é fator motivacional, sejam

estes fatores de quais naturezas forem. Por este motivo, observa-se em todas

as definições de motivação, um lugar comum, levando sempre ao raciocínio de

que a motivação é algo particular e que deve ser trabalhado em cada

colaborador separadamente e constantemente, dirigindo os seus esforços de

maneira a conseguir focalizá-lo em um objetivo previamente definido.

A motivação não é um produto acabado, e sim um processo que

configura a cada momento no fluxo permanente da vida.

A fim de entendermos melhor esse fenômeno, vamos abordar as

seguintes teorias: teoria da hierarquia de necessidades de Maslow, teoria das

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necessidades socialmente adquiridas de McClelland e teoria da motivação-

higiene de Herzberg e teorias X e Y de McGregor.

1.2 TEORIAS DA HIERARQUIA DE NECESSIDADES DE

MASLOW

De acordo com Bateman (1998), Maslow afirma o que move o ser

humano é a busca da satisfação de necessidades.

Segundo Robbins (2005, p.343), “Maslow formulou a hipótese de que

dentro de todo ser humano existe uma hierarquia dos cincos conjuntos de

necessidades. “

“A teoria de Maslow traz importantes contribuições, na medida em que permite identificar os grandes grupos de necessidades, os estabelecimentos das prioridades e a relevância de crescimento pessoal e da auto-realização em consonância com os objetivos organizacionais.” (MACEDO et al, 2003, p.93)

Maslow representa as necessidades graficamente em uma

pirâmide. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas

que são as fisiológicas e no topo as necessidades mais elevadas.

A seguir, pode-se observar a representação gráfica da

pirâmide da hierarquia das necessidades de Maslow na figura 1.

Figura 1: Pirâmide de Hierarquia das Necessidades de Maslow

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FONTE: Adaptado de Bateman (1998, p.366)

Na figura 1, podemos observar na base da pirâmide as necessidades

fisiológicas.

“As Necessidades Fisiológicas são as necessidades inatas. Sua principal característica é a premência e exige satisfação cíclica e reiterada para garantir a preservação da espécie e sobrevivência do indivíduo. São predominantes sobre todas as demais necessidades.” (BERGAMINI, 1997, p.121).

As necessidades fisiológicas constituem o nível mais baixo, mas são de

suma importância, como respiração, fome, sede e sono. Elas estão

relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. O homem quando sente fome

não tem preocupação maior do que matar a fome. Porém, quando come de

maneira adequada, a fome deixa de ser uma motivação importante.

Robbins (2003, p.344) afirma que embora “todas as pessoas tenham a

mesma estrutura de necessidades, elas podem se encontrar em níveis

diferentes na hierarquia. E a medida que cada uma dessas necessidades é

substancialmente satisfeita, a necessidade imediatamente superior se torna

dominante.”

Dessa forma, satisfeita a necessidade fisiológica, o indivíduo passa a

almejar a necessidade de segurança.

Segundo Chiavenato (2003, p.330), “as necessidades de segurança

surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão

relativamente satisfeitas.”

Elas constituem o segundo nível da pirâmide. São estabilidade,

segurança e proteção contra danos físicos e morais. A busca de um mundo

ordenado e previsível, protegido e seguro são manifestações típicas dessa

necessidade e leva o indivíduo a proteger-se de quaisquer perigos reais ou

imaginários, físicos ou abstratos.

Estando este segundo estágio de necessidade satisfeito, surgem então

as necessidades sociais.

Segundo Chiavenato (2003, p.330), “dentre as necessidades sociais

estão a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte

dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor.” Quando o

indivíduo não atinge a satisfação dessa necessidade, ele torna-se hostil em

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relação as pessoas que os cercam. Desse modo, fica claro a necessidade do

indivíduo de pertencer a um grupo ou comunidade.

Partindo do raciocínio, logo após as necessidades sociais estarem

satisfeitas, a prioridade passa a ser a satisfação da necessidade de estima.

De acordo com Bergamini (1997, p.123), “necessidades de estima são

as necessidades relacionadas com a auto-avaliação e auto-estima. Envolve a

auto-apreciação, a autoconfiança, necessidades de reconhecimento e

aprovação social, de status, prestígio e consideração.”

Conforme Chiavenato (2003, p.330), “as necessidades de estima são as

necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se

avalia.” Fica claro que o indivíduo que não consegue satisfazer essas

necessidades, surge então o sentimento de inferioridade, desamparo e

fraqueza.

Ainda segundo Chiavenato (2003, p.330), “as necessidades de auto-

realização são as necessidades mais elevadas e que estão no topo da

hierarquia.” Essa necessidade de auto-realização está inserida na satisfação

que indivíduo deseja alcançar no sucesso profissional e na realização do seu

próprio potencial.

De acordo com Cavalcanti, et al (2005, p.94), “as necessidades na base

da pirâmide, se em falta, geram desconforto; porém se atendidas, não mais

motivam. As necessidades no topo da pirâmide, por sua vez, se satisfeitas,

continuam motivando.”

Após relatada a Teoria das Necessidades de Maslow, e seus

desdobramentos comentados por diversos autores, será apresentado a seguir

como Frederick Herzberg dividiu a sua teoria em dois fatores (Higiênicos e

Motivacionais).

1.2.1 Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg

Segundo Cavalcanti (2005), Frederick Herzberg realizou uma pesquisa

em que se perguntava a funcionários que eventos ocorridos no trabalho os

levariam à extrema satisfação ou insatisfação. A partir dos resultados, levaram-

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no a dividir entre dois grupos distintos. Esses fatores foram denominados como

higiênicos e motivacionais.

Segundo Chiavenato (2003, p.333), “os fatores higiênicos são

considerados fatores extrínsecos, pois estão localizadas no ambiente que

rodeiam as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas

desempenham seu trabalho.” Esses fatores estão fora do controle das

pessoas, pois são administrados pela empresa.

“Os principais fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, tipo de

chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos etc.” (CHIAVENATO, 2003, p.333)

No texto acima, são identificados alguns dos fatores higiênicos encontrados

dentro do ambiente organizacional.

Segundo Robbins (2005), quando o fator higiênico é adequado, eles apenas

evitam a insatisfação dos empregados, mas, não provocam a satisfação. Para

motivar as pessoas em seu cargo, sugere que enfatizemos a realização, o

reconhecimento, o trabalho em si, a responsabilidade e o crescimento.

De acordo com Chiavenato (2003), o segundo fator identificado por Frederick

Herzberg é o fator motivacional.

Segundo Macedo et al (2003, p.95), “fatores motivacionais são aqueles

relacionados ao conteúdo do cargo e do trabalho realizado em que, embora

gratuitos, tem o poder de gerar um estado de satisfação.”

Segundo Chiavenato (2003), os fatores motivacionais estão relacionados com

aquilo que o indivíduo faz e desempenha. Envolvem reconhecimento

profissional, auto-realização e crescimento individual.

“A chave para a verdadeira satisfação e motivação no trabalho esta na segunda categoria: os fatores de motivação. Os fatores de motivação criam a própria função, ou seja, o que as pessoas fazem no trabalho. Os fatores de motivação constituem a própria natureza do trabalho, as reais responsabilidades da função, a oportunidade de crescimento pessoal e o senso de realização proporcionado pelo trabalho. Quando estes fatores estão presentes, pode-se presumir que as funções são tanto

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satisfatórias quanto motivadoras para a maioria dos funcionários.” (BATEMAN, 1998, p.368)

Desse modo, vimos que a pesquisa de Herzberg faz sentido e se articula bem

com a teoria de Maslow. Os fatores higiênicos de Herzberg relacionam-se com

as necessidades primárias de Maslow, enquanto os fatores motivacionais

relacionam-se com as necessidades secundárias.

Além dos fatores acima, David McClelland pesquisou padrões motivacionais

em diferentes indivíduos identificando três tipos de necessidades conforme

descrito a seguir.

1.2.2 Teoria das necessidades adquiridas de McClelland

“David McClelland passou grande parte de sua carreira estudando três necessidades aprendidas que ele considerava como fontes particularmente importantes de motivação. Ele dividiu os fatores motivacionais em três categorias, de acordo com as necessidades que levam os indivíduos a se comportar de maneiras diferentes: necessidade de realização, necessidade de poder e necessidade de afiliação” (ROBBINS, 2005, p.346)

Segundo Macedo et al (2003), McClelland destaca três necessidades básicas

que são adquiridas mediante aprendizagem ao longo da vida: necessidade de

realização, necessidade de afiliação e necessidade de poder.

Ainda Segundo Macedo et al (2003), a necessidade de realização é a

necessidade de desenvolver-se e de alcançar o sucesso, é a busca da

excelência, alcance das metas e o desejo do reconhecimento. Isso significa

que o indivíduo é influenciado pela vontade de alcançar seus objetivos e atingir

suas metas com êxito na organização.

Segundo Robbins (2005, p.346), “grandes realizadores não são jogadores.

Detestam o sucesso por obra do acaso. Preferem o desafio de trabalhar em um

problema e aceitar a responsabilidade pessoal pelo sucesso ou fracasso e

deixar o resultado ao acaso ou à ação dos outros.”

A segunda necessidade defendida por McClelland é a necessidade de

afiliação. Segundo Macedo et al (2003), “a necessidade de afiliação é o

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interesse por pessoas, compartilhamento e boa convivência. Representa a

necessidade de estreitar relacionamento e de ser aceito por outros.”

O texto anterior aborda que o indivíduo tem necessidade de ser bem aceito no

ambiente organizacional e de fazer parte do grupo.

Cavalcanti (2005, p.93) afirma que “pessoas com motivação para afiliação

trabalham melhor quando elogiadas por atitudes de cooperação, valorizando

trabalhar entre amigos.”

A terceira necessidade é a necessidade de poder. Segundo Robbins (2005, p.

346), “a necessidade de poder é o desejo de exercer o impacto, ser influente e

controlar as outras pessoas.”

“A necessidade de poder é um desejo de influenciar e controlar as pessoas. Essa necessidade pode ser uma força negativa – e nesse caso se chamaria poder personalizado – se for expressa pela manipulação e exploração agressiva dos outros. As pessoas que tem alta necessidade de poder personalizado querem o poder simplesmente para atingir suas próprias metas. As metas individuais sobrepõem-se as empresariais.” (BATEMAN, 1998, p.367)

1.2.3 Teorias X e Y de McGregor

Segundo Robbins (2005), após observar como os gerentes lidam com os

funcionários, McGregor notou que os gerentes sustentavam um dentre dois

conjuntos de pressuposto sobre a natureza humana. MCGregor passou a listar

os pressupostos. O primeiro chamou de Teoria X e o segundo Teoria Y.

Conforme Chiavenato (2003, p. 337), McGregor compara:

“Dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y).”

Segundo Robbins (2005), na teoria X, McGregor considera as pessoas

como irresponsáveis e preguiçosas. Por isso a motivação é quase irrelevante,

fazendo-se necessário o uso da autoridade para garantir a direção e controle

dos funcionários. Outras características comentadas são que os funcionários

essencialmente detestam o trabalho, e, sempre que possível tentarão evitá-lo e

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também a de que os funcionários evitarão as responsabilidades e, sempre que

possível, procurarão as ordens formais.

Chiavenato (2003), comenta que a Teoria X força as pessoas a fazerem

exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam,

independentemente de suas opiniões ou objetivos pessoais. Ainda segundo o

autor, as pessoas são motivadas por incentivos econômicos, a empresa então

deve utilizar a remuneração como meio de recompensa ou de punição.

Na teoria Y, Robbins (2005), comenta que McGregor considera as

pessoas como responsáveis e conscienciosas e afirma que os funcionários:

a) Encaram o trabalho tão naturalmente como encaram o descanso

e o lazer;

b) Tendem a adotar o autocontrole e o auto-comando de acordo com

o comprometimento e com os objetivos da organização;

c) Aceita e busca a responsabilidade tendendo inclusive a procurar

soluções inovadoras para os problemas, mesmo não estando em

posições gerenciais.

Robbins (2005) menciona que McGregor mostra uma maneira mais

moderna de definir o comportamento do indivíduo na organização, dando

crédito à iniciativa e a responsabilidade de cada um.

Para Chiavenato (2003), a teoria Y baseia-se em concepções atuais

como:

a) As pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento,

padrões de comportamento adequado e capacidade para assumir

responsabilidades;

b) As pessoas têm prazer em trabalhar. Dependendo de certas

condições o trabalho pode ser uma fonte de satisfação e

recompensa ou uma fonte de punição;

c) A capacidade de alto grau de imaginação e de criatividade na

solução de problemas empresariais é amplamente distribuída

entre as pessoas.

Ele ainda menciona que o estilo de administração baseada na teoria Y

mostra-se mais aberto democrático e dinâmico, pois faz com que o

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administrador crie oportunidades, libere os potenciais de seus subordinados,

encorajando o crescimento profissional individual.

Considerando a revisão realizada da literatura relativa a variável

motivação, observa-se que para muitos autores o que desencadeia problema

na motivação é a insatisfação das necessidades humanas. Quando estas não

são satisfeitas os resultados são frustrações levando o indivíduo à ansiedade e

angústia.

Sendo assim é importante verificar se os administradores estão

conseguindo direcionar seus subordinados na busca de um desempenho

produtivo e otimizado.

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2 LIDERANÇA

Falar sobre liderança é mencionar a principal característica

organizacional no contexto atual. Segundo Robbins (2005, p. 371), “poucos

termos suscitam tanto debate em torno de uma definição como liderança.”

É imprescindível que se tenha cada vez mais, nas corporações líder

humano e motivado. Pessoas que estejam preocupadas em estimular o

desenvolvimento do ser humano em sua totalidade, para que se tenham cada

vez mais profissionais realizados, motivados, engajados e felizes e,

organizações cada vez mais saudáveis em todos os sentidos desejados de

uma economia altamente globalizada e informatizada. Haja visto Robbins

(2005, p. 371) afirmar que “liderança é um processo de influenciar.”

Líderes devem ser profissionais comprometidos com a excelência

nas atividades empresariais, que não visam somente o resultado quantitativo

de uma organização, mas alguém que percebe no relacionamento interpessoal

saudável, e por tais razões, este é um assunto em alta no âmbito empresarial.

O verdadeiro líder é aquele que lidera pelo bom exemplo, pela

honestidade e transparência nos processos para com as pessoas. Se a função

é de formar líderes, a característica principal é de treinar pessoas estimulando

a cooperação, o trabalho em equipe, o envolvimento pleno e com resultados

entre áreas construindo uma equipe eficaz. Segundo Cavalcanti (2005), o

potencial de liderança pode ser avaliado pelas seguintes características

listadas a seguir:

• Bom ouvinte,

• Digno de Crédito,

• Trabalhador,

• Confiável,

• Atencioso;

• Responsável;

• Ativo;

• Adaptável;

• Ambicioso;

• Realizador;

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22

• Firme;

• Consciente;

• Equilibrado;

• Alegre;

• Comprometido;

• Competitivo;

• Analítico;

• Constante;

• Corajoso;

• Criativo;

• Focado no objetivo;

• Sábio;

• Digno de Confiança

• Perspicaz;

• Justo.

Em seguida veremos o conceito de liderança e seus

desdobramentos no que tange a sua aplicação nas organizações, formas de

avaliação e influência nos resultados organizacionais.

2.1 CONCEITOS DE LIDERANÇA

Liderar é a ação de conduzir pessoas ao êxito, fornecendo-lhe os

subsídios necessários, que é freqüentemente confundida com o conceito de

líder, que é quem exerce essa função.

Segundo Robbins (2005, p. 371), “liderança é o processo de influência

pelo quais os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo

rumo as metas comuns ou compartilhadas.”

E desenvolvendo sobre este conceito, Vergara (2005, p.42) afirma

que: “liderança está associada aos estímulos, incentivos que possam provocar

a motivação nas pessoas para a realização da missão, da visão e dos objetivos

empresariais.” A liderança foca a ação dos funcionários de forma a gerar

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estímulos tais que, estes sejam impulsionados a agir de forma eficiente e eficaz

para atingir os objetivos da organização, que se torna possível através da ação

do líder, que essencialmente é alguém capaz de influenciar, formador de

opinião, influente e visionário, que observa e avalia características peculiares e

é um bom ouvinte.

É importante discernir o conceito de liderança e o de líder. Segundo

Robbins (2005, p. 371), “o líder é o indivíduo, liderança é a função ou atividade

que o indivíduo executa.” O líder tem como sua principal função estabelecer a

visão e comunicá-la a outros de forma eficiente tendo perspectiva de futuro e

valorizando pessoas em detrimento de máquinas e equipamentos.

Ainda de acordo com Robbins (2005 p.371), “(...) liderança é um

processo de influência pelos quais os indivíduos, com suas ações, facilitam o

movimento de um grupo de pessoas rumo a metas comuns e compartilhadas

(...).” A função do líder é fundamental para alcançar as metas da organização,

dirigindo os seus colaboradores de maneira que os resultados da empresa

sejam alcançados e tornando as metas da empresa em metas reais de um

grupo (seus subordinados). É necessário aperfeiçoar a cooperação e direcionar

os conflitos de forma que estes contribuam para as mudanças e propiciem a

criatividade. Ele desempenha um papel integrador, muito necessário numa

época em que surgem até organizações virtuais, possibilitando que pessoas se

mantenham unidas, mesmo sem estarem ao lado das outras.

“O líder é a pessoa que influencia os outros a atingirem metas. Quanto maior o número de seguidores, tanto maior a influência. E quanto mais bem sucedida a realização de metas importantes, tanto mais evidente a liderança.” (BATEMAN, 1998, p.335).

2.2 FONTES DE PODER

As fontes de poder influenciam diretamente a ação do líder frente aos

seus subordinados. Por isso, diz-se que o líder é importante para a

organização. Se o líder for influente, ele exercerá sobre os seus subordinados

um poder de direcionamento tal que, fará com que eles sigam o orientado por

ele. Este rumo que é dado pelo líder, é que norteia a empresa em prol do

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alcance de seus objetivos. Esta habilidade é conceituada como poder.

Segundo Bateman (1998, p.337), “Poder é a habilidade de influenciar outras

pessoas.”

Veremos a seguir as características de poder e suas respectivas

aplicações e impactos na liderança, no modelo de Bateman (1998 p.337 e

338).

2.2.1 Poder legítimo

O líder com poder legítimo tem o direito, ou a autoridade de dizer aos

subordinados o que fazer; os subordinados são obrigados a obedecer às

ordens legítimas.

2.2.2 Poder sobre recompensas

O líder com poder sobre recompensas influencia os outros porque

controla recompensas valorizadas; as pessoas obedecem ao líder para receber

suas recompensas.

2.2.3 Poder de coerção

O líder com poder de coerção tem controle sobre as punições; as

pessoas obedecem para evitar as punições.

2.2.4 Poder de referência

O líder com poder de referência tem características pessoais que atraem

os outros; as pessoas obedecem devido à admiração, ao desejo de aprovação,

à estima pessoal, ou à vontade de ser apreciado pelo líder.

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2.2.5 Poder de competência

O líder que tem poder de competência possui certas habilidades ou

conhecimentos; as pessoas obedecem porque acreditam nessas habilidades.

Em seqüência veremos as teorias sobre liderança e seus respectivos

conceitos aplicados à administração nas organizações.

2.3 TEORIAS SOBRE LIDERANÇA

As definições de liderança apresentam dois elementos em comum,

segundo Cavalcanti (2005, p. 38), “como um fenômeno grupal envolvendo duas

ou mais pessoas, ou como processo de influência exercida pelo líder aos seus

seguidores.”

O estudo sobre liderança começou de forma bem simples, onde cada

uma das teorias complementa o assunto abordado pela anterior de forma mais

abrangente, porém de uma maneira geral, apresentam uma das três

características: análise em traços, em comportamentos ou em situações.

Bateman (1998, p. 339), relata que “há três abordagens tradicionais no

estudo da liderança: a que enfoca traços, a que focaliza comportamentos e a

que focaliza situações.”

A seguir trataremos dessas teorias, iniciando pela que tem seu foco nos

traços.

2.3.1 Teoria dos Traços de Liderança

Essa abordagem é a mais antiga das teorias sobre liderança e relata

traços na personalidade do líder que são parecidos entre eles.

“De acordo com esta teoria, só exerceria a liderança quem tivesse determinados traços físicos, intelectuais, sociais e direcionados para tarefas. Os traços físicos se referem a aparência, estatura, porte, força física etc. Os traços intelectuais estão relacionados com a capacidade intelectual do líder, além de sua auto-confiança, adaptabilidade e entusiasmo entre outros. Os traços sociais estariam ligados a sua capacidade de relacionamento inter-pessoal, aspectos de

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coperatibilidade e habilidades administrativas.” (CAVALCANTI, et al. 2005, p.39).

A vantagem dessa teoria é a de que temos os traços comuns

observados em grandes líderes como relatado por Robbins (2005), ambição e

energia, desejo de liderar, honestidade e integridade, auto-confiança,

inteligência, conhecimento relevante ao cargo e alto grau de adaptabilidade.

Indivíduos com essas habilidades possuem uma tendência natural para se

tornarem líderes.

Ainda segundo o autor Robbins (2005), as desvantagens desta

abordagem são que característica em comum parece estar associada ao

sucesso do líder, mas nenhuma garante o sucesso, elas não fornecem

nenhuma garantia e nos faz indagar se é a causa ou o efeito de uma liderança

eficaz.

Por fim observamos que uma habilidade é fundamental e segundo

Bateman (1998, p. 340), “ pode ser a mais importante a capacidade de

perceber as necessidades e metas dos outros e de ajustar a própria liderança

de acordo com elas.” E essa habilidade é o objeto de estudo das teorias

comportamentais, que veremos a seguir.

2.3.2 Teoria dos Comportamentos de Liderança

A abordagem sobre os comportamentos da liderança relata a atividade

dos líderes, nas quais os traços são menos considerados em detrimento ao

comportamento do líder. Essa teoria compreende três estilos de líderes: o

autocrático, o democrático e o laissez-faire.

a) Líder autoritário ou Autocrático – Cavalcanti, et al. (2005, p 40),

menciona que o líder Autocrático “é extremamente centralizador em suas

decisões, não deixando muito espaço para a participação dos liderados.”

Estes líderes tomam decisões de forma particular, e só após comunicam e a

implantam para o grupo.

b) Líder democrático – Segundo Cavalcanti, et al (2005, p. 40), “é

aquele que busca informação, opinião e preferências (...) usando o

consenso ou voto da maioria para a escolha final.” Neste caso as decisões

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são frutos semeados por todas as partes envolvidas no processo, não

somente pelo líder.

c) Líder liberal ou Laissez-faire - Vergara (2005, p.76) descreve:

“laissez-faire é aquele conhecido na intimidade por deixar rolar”, é aquele

que deixa o próprio grupo discutir sobre os assuntos e a direção a ser

tomada, onde sem interferência, a orientação será definida.

Esses conceitos aqui apresentados servirão de orientação para a teoria

do Grid Gerencial.

2.3.3 Teoria do Grid Gerencial

Essa teoria foi confirmada pelo mais conhecido modelo de treinamento

sobre liderança seguindo este estilo, o modelo Grade de Liderança de Blake e

Moutom, e segundo Cavalcanti et al. (2005), “a visão bi-dimencional de

liderança levou pesquisadores da Universidade de Ohio (1964), a

desenvolverem um programa de treinamento e desenvolvimento gerencial

conhecido pelo nome de Grade Gerencial ou Managerial Grid em Inglês.”

Este modelo é caracterizado por um líder que enfatiza muito ou poucas

pessoas e, ao mesmo tempo, oscila para ênfase nas tarefas. Baseando-se

neste modelo, a grade abaixo apresenta a representação das formas de

liderança com foco em pessoas e suas possíveis relações com formas de

liderança com foco em produção.

Figura 2: Grade Gerencial

FONTE: Modelo de ROBBINS 2005, adaptado por CAVALCANTI et al 2005.

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28

a) Estilo 1,1: Empobrecido ou laissez-faire. Tendência ao mínimo

esforço para conseguir realizar o trabalho exigido. Não se preocupa nem com o

pessoal e nem com a produção;

b) Estilo 9,1: Autoridade. Neste estilo, o líder tem o comportamento

mais autoritário e prioriza a produção e quase não se preocupa com o pessoal;

c) Estilo 1,9: Clube campestre. Como o próprio nome sugere, neste

estilo o líder dá mais ênfase ao pessoal e quase nenhuma preocupação com a

produção;

d) Estilo 5,5: Homem Organizacional. É o estilo moderado. O líder

tende a atender as necessidades da organização mantendo o equilíbrio entre a

realização de trabalho e o moral das pessoas;

e) Estilo 9,9: Estilo que tende a excelência. Situação nas quais todas

as empresas querem chegar. Líderes com elevada preocupação tanto pela

produção como pelas pessoas que produzem.

Essa teoria foi muito aplicada na década de 1960 no setor industrial,

porém foi bastante criticada tendo em vista que não avalia a possibilidade

deste líder 9,9 não ser tão eficiente em determinadas situações e conforme

mencionado por Cavalcanti, et al (2005, p. 46), “o mesmo estilo de liderança

não funcionaria bem em qualquer situação.”

Neste momento encerram-se então as teorias comportamentais, ficando

como próximo estudo, as teorias que enfocam as situações no processo de

liderança.

2.3.4. Teoria Situacional da Liderança

A liderança situacional avalia que não existe um padrão de traços ou

comportamentos que podem ser eficientes em todas as situações da mesma

forma. Em primeiro lugar, o líder deve avaliar a situação para definir as formas

de atuação.

Como mencionado por Cavalcanti et al. (2005), a “liderança situacional

de Hersey e Branchard é uma teoria contingencial cujo foco está voltado para

os seguidores.”

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E nesta teoria a liderança deve ser baseada no potencial do líder, com

relação a seu nível de preparo ou maturidade.

Segundo Cavalcante, et al. (2005, p. 52), os níveis de maturidade são

divididos em 4, com suas respectivas ações de liderança:

a) Imaturo – Colaborador despreparado e pouco comprometido com a

realização de tarefas. O líder deve ter postura determinadora e definir o papel

do subordinado, estabelecer objetivos, padrões e procedimentos, pois este tipo

de colaborador que não tem a capacidade nem vontade de assumir ou de fazer

algo, não são seguros de si e nem competentes;

b) Maturidade baixa – Colaborador não capaz de realizar as tarefas, por

não terem as habilidades necessárias, mas motivado para aprendê-las e fazer

o que os líderes dizem. O líder deve ter postura diretiva devido a falta de

capacidade do funcionário, mas também deve oferecer apoio para que o

funcionário reforce a sua disposição e entusiasmo para aprender a tarefa;

c) Maturidade alta – Colaborador capaz de realizar a tarefa, mas que

não está disposto a fazer o que o líder quer. O líder, neste caso, deve

compartilhar a tomada de decisão com o funcionário, dar suporte a ele, pois os

funcionários com esta característica têm capacidade, mas nem sempre está

disposto a fazer o que o líder quer, muitas vezes por causa de problemas

motivacionais, sendo necessário o líder adotar um estilo mais participativo do

que diretivo;

d) Maduro – Colaborador capaz de realizar a tarefa e motivado para

fazê-lo. O líder deve delegar responsabilidades a ele e permitir uma

determinada autonomia, já que ele tem capacidade para fazer o trabalho e

comprometimento com o mesmo.

Em seqüência veremos mais uma teoria cujo foco é a situação

apresentada, para o processo de liderança, a Teoria do Caminho-objetivo.

2.3.5 Teoria do Caminho-objetivo

A Teoria do Caminho-objetivo é um dos modelos de liderança situacional

mais eficiente em âmbito geral o qual o líder direciona os subordinados aos

objetivos, ou seja, ele facilita o caminho e estimula os funcionários, a fim de

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que os mesmos canalizem suas forças para o melhor desempenho das tarefas.

Este modelo está fortemente relacionado com a motivação, uma vez que para

se realizar uma tarefa precisa-se de empenho que por sua vez gera

expectativas, tais como reconhecimento, prêmios, promoções e etc.

Segundo Robbins (2003 apud Cavalcanti, 2005, p.47), “o termo

caminho-objetivo tem origem na crença de que os líderes eficazes orientam o

caminho de seus seguidores na direção da realização de seus objetivos de

trabalho, ajudando-os na eliminação dos obstáculos existentes no percurso.”

Figura 3: Modelo do caminho-objetivo

Fonte: Cavalcanti, 2005

Conforme a figura 3 há fatores situacionais ambientais que estão fora do

controle dos subordinados e os que fazem parte das características individuais.

O modelo inclui tipos de comportamento do líder: a liderança direta voltada

para o desempenho da tarefa, liderança de apoio que visa o bem estar do

grupo, liderança participativa a qual age de forma democrática e por último a

liderança orientada a qual demonstra confiança nos liderados perante os

desafios. Estes fatores e comportamentos do líder são aspectos que provocam

efeitos nos resultados e no desempenho das tarefas.

2.3.6 Helo de Participação do Líder

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31

É um modelo que fornece regras e estas devem ser seguidas pelos

líderes na definição das tomadas de decisão devendo ser aplicadas em

diferentes situações. Segundo Cavalcanti (2005, p.54) “o modelo de

participação do líder, desenvolvido por Vroom e Yetton (1973), relaciona

comportamento de liderança e participação dos liderados no processo

decisório.”

O líder poderá se identificar com o modelo que oferece cinco estilos de

liderança, conforme o quadro abaixo.

Quadro 2: Estilos de liderança

Fonte: Cavalcanti, 2005

O nível de relacionamento entre líder e liderados que determinará a eficácia deste

modelo de liderança.

2.3.7 Perspectivas Contemporâneas da Liderança

Até aqui discutimos as abordagens clássicas mais importantes para o

nosso trabalho. Agora desenvolveremos questões mais atuais sobre liderança

como: a liderança carismática, liderança de transformação e liderança pós-

heróica.

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Carisma segundo Bateman (1998, p.346), “exerce impacto emocional

nos seguidores que vai além da estima, afeição, admiração e confiança (...). O

carismático é um herói idealizado [...].”

Os líderes carismáticos têm características de autoconfiança e

acreditam profundamente naquilo em que se propõem a fazer e acabam

inspirando os seus seguidores.

Segundo Bateman (1998, p.346), os líderes de transformação “mudam

as coisas, transformando-as do que poderia ser no que são, ou seja, traduzem

uma visão em realidade.”

Estes transformadores revigoram a organização através da delegação,

do carisma e atenção individual aos seguidores. Carregam consigo

competências como visionários, comunicativos e a de que constroem

confiança.

Por último a liderança pós-heróica chamada assim, pois emerge

naqueles que salvam as organizações em tempos difíceis. São líderes que

sonham grandiosamente.

Conforme Bateman (1998, p.347), os heróis são “fenomenalmente

talentosos, eles vão à frente em tempos difíceis e salvam a situação.”

Como seqüência, abordaremos as organizações e seus respectivos

conceitos.

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2.4 RESULTADOS

Resultados, quando se analisa uma empresa como um investimento,

são, principalmente, a lucratividade da operação e a rentabilidade do capital

investido pelos sócios. Não basta analisar o lucro de uma empresa, se este

lucro não remunera adequadamente o capital investido pelos sócios, por isso

torna-se fundamental a análise da lucratividade juntamente à análise da

rentabilidade que esse lucro proporciona ao investimento dos sócios, para a

Administração Financeira, o objetivo econômico das empresas é a

maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará sendo

aumentada a riqueza de seus proprietários.

Além desses dois indicadores econômicos, é necessário analisar

também a capacidade de gerar caixa da empresa, pois de nada adianta uma

empresa ter altos lucros econômicos, se não gera caixa para fomentar o capital

de giro e o fluxo de caixa da empresa, afinal lucro econômico não paga as

contas no fim do mês. Pensando dessa forma, Martelanc (2005, p. 12) afirma

que: “as empresas não são entes acumuladores de bens ou ativos

imobilizados, tampouco máquinas registradoras de lucros contábeis. Na

verdade, são máquinas de gerar dinheiro. Somente a capacidade de gerar fluxo

de caixa no futuro lhes confere valor.

Portanto os resultados de uma empresa são mensurados pela

lucratividade de sua operação, que deve gerar rentabilidade adequada ao

capital investido pelos sócios, e gerar caixa de fato para a empresa.

2.5 O GESTOR FINANCEIRO

Em um contexto em que se fala em visão sistêmica e holística,

administração estratégica, responsabilidade social, as funções de um gestor

financeiro vão além de simples números, para HOJI (2004, p. 25) as funções

típicas de um gestor financeiro são: “a. análise, planejamento e controle

financeiro; b. tomadas de decisões de investimentos; c. tomadas de decisões

de financiamentos. ” Mas além dessas funções típicas, o gestor financeiro deve

analisar a empresa além dos números para tomar decisões mais complexas,

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que vão além da lógica fria dos números.Assaf Neto (2008, p. 34) diz que: “a

crescente complexidade do mundo dos negócios determinou, ainda, que o

responsável pela área financeira desenvolvesse uma visão mais integrativa da

empresa e de seu relacionamento com o ambiente externo.”

Outra característica do gestor financeiro moderno é a pesquisa e

busca incessante de diagnóstico e soluções inovadoras para novos problemas,

a análise financeira não pode mais ser conduzida de forma reativa, sem

investigar os problemas a fundo, para Assaf Neto (2008, p. 34): “são

fundamentais no contexto moderno a identificação e o entendimento das

causas de determinado comportamento operacional, e não somente a

mensuração dos valores registrados e dos efeitos produzidos pelos fatos

financeiros.”

Apresentar-se-á no próximo capítulo um breve relato sobre a empresa

Casa Show S/A, que será objeto de pesquisa e cujos colaboradores serão

entrevistados.

3 CASA SHOW S.A.

Para respaldar o entendimento da pesquisa e questionário aplicados, será

apresentado um breve histórico da empresa em epígrafe, Casa Show S.A.,

mediante informações obtidas junto à direção e no seu endereço virtual:

www.casashownet.com.br.

No quadro 3 abaixo estão mencionados as crenças e valores da

empresa em epígrafe, a Casa Show S/A.

Quadro 3: Crenças e Valores da Casa Show S.A.

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35

Fonte: Casa Show S/A, 2016.

A Casa Show é um dos principais varejistas do segmento brasileiro de

materiais de construção, detendo a liderança do mercado do Rio de Janeiro,

segundo maior mercado brasileiro.

A empresa possui oito lojas em funcionamento, todas no formato home

center, disponibilizando aos seus clientes 55 mil itens distribuídos em 8 famílias

de produtos direcionados à construção, reforma e decoração da casa: material

de construção, acabamentos, louças e metais, pisos e revestimentos, bazar,

jardinagem, decoração, elétrica e iluminação.

A marca Casa Show é um das mais tradicionais no segmento varejista do

Rio de Janeiro, tendo grande apelo junto aos consumidores e forte associação

com o varejo de material de construção. A empresa lança regularmente

campanhas com o objetivo de renovar a associação da marca Casa Show ao

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consumidor local, tais como a recente campanha: “Você sonha, a gente

realiza.”

As lojas Casa Show estão localizadas em pontos comerciais privilegiados

da região do Grande Rio de Janeiro, incluindo Barra da Tijuca, Ilha do

Governador, Santa Cruz, Campo Grande, Bairro de Fátima, São João de Meriti,

Tijuca e Freguesia. Cabe ressaltar também que a organização faz parte do

grupo Sendas, empresa conhecida que atua no ramo varejista de gêneros

alimentícios.

A empresa Casa Show desenvolve frequentemente avaliações de aspecto

motivacional, promovendo encontros entre os funcionários, programas de

integração e atividades extras também. Fornece plano de saúde e uma

estrutura de academia, onde cada colaborador pratica suas modalidades

esportivas.

Face às informações expostas neste capítulo serão apresentados em

seguida a tabulação e análise dos dados retirados da pesquisa de campo

aplicada neste trabalho acadêmico.

3.1 TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo é apresentado a tabulação da Pesquisa aplicada na

empresa Casa Show S/A, com uma breve análise dos resultados , visando

aferir o nível de satisfação dos colaboradores.

Na tabela 01 é apresenta-se a satisfação dos colaboradores da área

administrativa.

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37

Tabela 1 – Tabulação das Pesquisas na Área Administrativa

Fonte: Pesquisa de Mercado

Na tabela 02, apresentada a seguir, é relatado a satisfação dos

colaboradores pertencentes a área comercial da empresa Casa Show S/A,

obtido através da pesquisa aplicada.

TABULAÇÃO DAS PESQUISAS NA ÁREA ADMINISTRATIVACargo Perg. 1 Perg. 2 Perg. 3 Perg. 4 Perg. 5 Perg. 6 Perg. 7 Perg. 8 Perg. 9 Perg. 10 Perg. 11 Perg. 12

2 3 1 2 4 4 4 2 2 3 5 4 5

2 2 2 3 3 3 2 2 3 3 4 3 3

2 1 1 4 4 4 3 2 4 4 4 3 4

2 3 2 3 2 2 3 2 2 3 2 3 2

2 3 3 4 3 4 3 3 3 3 4 3 3

2 2 2 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3

2 3 3 3 3 3 5 3 4 3 3 3 3

2 4 2 3 2 3 3 3 3 4 4 3 3

2 3 3 3 3 3 3 2 3 3 4 3 4

2 2 3 3 4 4 3 2 3 3 4 4 5

2 3 3 3 2 3 3 2 2 3 3 3 3

2 3 2 4 4 3 4 3 3 3 4 3 3

2,66667 2,25 3,16667 3,08333 3,25 3,25 2,41667 2,83333 3,16667 3,66667 3,16667 3,41667

0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 3 5 1 3 1 1 7 4 0 1 0 1

0 7 5 8 5 7 8 5 6 10 3 10 7

0 1 0 3 4 4 2 0 2 2 7 2 2

0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES - CASA SHOW

Tempo menos 1 ano = 1/ de 1 a 2 anos =2 / de 2 a 5 anos = 3/ de 5 a 10 anos = 4/ mais de 10 anos = 5Assitente Administrativo = 2 / Vendedor loja = 8Excelente = 5 / Ótimo = 4 / Bom = 3 / Regular = 2 / péssimo = 1Masculino = 1 / Feminino = 2

Idade até 25 anos = 01 / entre 26 a 35 anos = 2 / entre 36 a 45 = 3 / mais de 45 anos = 4

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38

Tabela 2 – Tabulação das Pesquisas na Área Comercial

Fonte: Pesquisa de Mercado

Após observada a tabulação, no objetivo de explicitar de forma clara e

precisa, será apresentado na sequência, a resposta obtida nas perguntas

aplicadas, como forma de análise dos resultados.

TABULAÇÃO DAS PESQUISAS NA ÁREA COMERCIAL / VENDEDORESCargo Perg. 1 Perg. 2 Perg. 3 Perg. 4 Perg. 5 Perg. 6 Perg. 7 Perg. 8 Perg. 9 Perg. 10 Perg. 11 Perg. 12

8 2 2 2 3 2 3 2 2 3 2 3 2

8 2 3 3 2 3 2 2 2 3 2 3 2

8 3 3 3 2 2 2 3 2 3 2 2 2

8 2 2 3 3 3 3 2 2 3 3 3 2

8 3 2 2 3 2 3 3 3 3 2 2 2

8 2 3 3 4 2 3 2 1 2 3 2 1

8 3 4 3 3 4 3 2 3 3 3 3 3

8 2 2 1 3 3 3 2 2 3 2 3 3

8 2 3 2 1 3 2 1 2 3 2 2 1

8 2 2 3 3 3 3 2 1 3 3 2 2

8 1 2 3 3 3 3 2 2 3 2 2 2

8 2 2 3 3 3 3 2 2 3 2 2 1

2,16667 2,5 2,58333 2,75 2,75 2,75 2,08333 2 2,91667 2,33333 2,41667 1,91667

0 1 0 1 1 0 0 1 2 0 0 0 3

0 8 7 3 2 4 3 9 8 1 8 7 7

0 3 4 8 8 7 9 2 2 11 4 5 2

0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Masculino = 1 / Feminino = 2

Idade até 25 anos = 01 / entre 26 a 35 anos = 2 / entre 36 a 45 = 3 / mais de 45 anos = 4

SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES - CASA SHOW

Tempo menos 1 ano = 1/ de 1 a 2 anos =2 / de 2 a 5 anos = 3/ de 5 a 10 anos = 4/ mais de 10 anos = 5Assitente Administrativo = 2 / Vendedor loja = 8Excelente = 5 / Ótimo = 4 / Bom = 3 / Regular = 2 / péssimo = 1

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Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador.

Cargos

Administrativo/Matriz50%

Comercial / Lojas50%

Em pesquisa realizada na empresa Casa Show S/A observamos que o

gráfico acima demonstra que, 50% dos entrevistados são vendedores e os

outros 50% são Assistentes Administrativos.

Essa amostragem bem dividida nos possibilita uma análise mais

completa sem sermos tendenciosos para um lado em detrimento do outro, uma

vez que estes dos cargos são do de maior relevância dentro dessa

organização, cujo foco e atividade principal é venda a varejo de materiais de

construção e acabamento civil.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Tempo que está na empresa

de 2 a 5 anos45%

de 5 a 10 anos21%

mais de 10 anos13%

menos de 1 ano4%

de 1 a 2 anos17%

Após a análise do gráfico acima observamos que a empresa possui uma

rotatividade de funcionário bem acentuada, uma vez que 45% destes estão na

empresa por um período de 2 a 5 anos.

Cabe ainda ressaltar que temos um percentual relevante de funcionários

entre os 5 e 10 anos de empresa.

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Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Gênero

masculino50%

feminino50%

Os gráficos acima revelam que 50% dos colaboradores entrevistados

são do sexo masculino e os outros 50% são do sexo feminino, mantendo a

parcialidade da pesquisa.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Idademais de 45

anos4%

entre 36 e 45 anos13%

até 25 anos33%

entre 26 e 35 anos50%

O gráfico acima demonstra que o quadro de funcionário da empresa

Casa Show S/A a idade predominante é entre 26 e 35 anos, relatando uma

empresa composta por colaboradores jovens.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

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Como você considera a clareza quanto à divulgação dos resultados e

objetivos da empresa?

Cargos Administrativos / Matriz

Bom 59%

Regular25%

Excelente0% Péssimo

8%Ótimo8%

Observamos que as informações dos resultados e objetivos da empresa

na área administrativa são passadas com mais clareza, uma vez que 59% dos

entrevistados mostram-se satisfeitos com as informações recebidas.

Como a empresa é um organismo vivo que se comporta em ambiente

mutável, os seus objetivos podem sofrer mudanças e alterações ao longo do

tempo, conforme vão surgindo mudanças internas ou externas. As mudanças

internas ocorrem com as alterações na estrutura organizacional, na cultura

empresarial, na linha de produtos ou serviços, nas tecnologias utilizadas pela

empresa, etc. As mudanças externas ocorrem com as alterações ambientais e

seu impacto sobre a empresa, por exemplo, mudanças no perfil do mercado,

modificações das necessidades dos consumidores, alterações de estratégias

dos concorrentes, inovações tecnológicas, etc.

A tarefa do executivo consiste em interpretar os objetivos almejados pela

empresa e estabelecer os meios de alcançá-los da melhor maneira possível

por meio da ação administrativa.

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Cargos Comerciais / Vendedores

Ótimo0% Péssimo

8%

Excelente0%

Bom25%

Regular67%

Dando continuidade ao resultado da pesquisa, verificamos que na

gestão comercial as informações não são divulgadas com a clareza suficiente,

conforme relatado no gráfico apresentando, onde 67% dos entrevistados

sentem dificuldade na absorção da mesma.

Esse gráfico relata a falta de comunicação muito comum entre a

área comercial e a administração, uma vez que não mostra a mesma

satisfação quanto a clareza dos resultados.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador.

Qual é a sua perspectiva com relação ao futuro da empresa?

Assistente Administrativo

Excelente0%Ótimo

0%Péssimo17%

Regular41%

Bom42%

O Gráfico mostra o equilíbrio das perspectivas na área administrativa em

relação ao futuro da empresa, onde 42% consideram bom e 41% regular.

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A visão de uma Organização traduz um conjunto de intenções e aspirações

para o futuro, mas não detalha o modo de alcançá-las (isso será feito nas etapas

seguintes do Planejamento Estratégico). Assim, a visão procura servir de modelo

para todos os integrantes e participantes na vida da empresa, com o objetivo de

atingir a excelência profissional, melhorando as capacidades individuais.

Vendedores

Bom33%

Ótimo8%

Excelente0%

Péssimo0%

Regular59%

No comercial essa variação sofrida em coerência com a análise com a

questão de clareza relatando que jugam com regular.

Enquanto que na área comercial o resultado do gráfico demonstra que

59% dos vendedores entrevistados consideram regular a perspectivas com

relação ao futuro da empresa.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador.

Como você avalia a adequação das ferramentas de trabalho para o

desempenho de duas funções.

Assistente Administrativo

Bom67%

Regular8%

Ótimo25%

Excelente0%

Péssimo0%

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Com relação a adequação das ferramentas de trabalho, podemos

analisar no gráfico acima que na área administrativa os colaboradores

encontram-se satisfeitos, uma vez que o grau de aceitação entre bom e ótimo é

de 92% .

Vendedores

ótimo0%

Péssimo8%

Regular25%

Excelente0%

Bom67%

Quanto aos vendedores o nível de satisfação com a adequação das

ferramentas de trabalho entre os níveis entre bom e ótimo é de 67%, portanto

os colaboradores da área de vendas se mostram menos satisfeitos.

A ergonomia é também conhecida como o estudo da relação entre o

homem e o seu ambiente laboral. Podemos dizer que a ergonomia no trabalho

oferece ao indivíduo, o conforto adequado e os métodos de prevenção de

acidentes e de patologias especificas para cada tipo de atividade executada. A

má postura e as lesões por esforços repetitivos, ao logo do tempo, causam

diversos males que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador,

impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo permaneça executando a

mesma função, em decorrência, por exemplo, de uma deficiência motora.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador.

Como você classifica o seu ambiente de trabalho em relação ao

ambiente físico?

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Assistente Administrativo

Ótimo33%

Bom42%

Regular25%

Excelente0%

Péssimo0%

Em relação ao ambiente fisco a área administrativa relata que na sua

maioria, ou seja, 42% estão satisfeitos com o seu ambiente físico de trabalho,

conforme exposto no gráfico.

Vendedores

Regular17%

Péssimo8%

Excelente0%

Ótimo8%

Bom67%

Quanto aos vendedores o gráfico revela um maior nível de satisfação, ou

seja, 67% dos vendedores estão satisfeitos com o ambiente físico de trabalho.

As condições gerais de trabalho, considerando, a iluminação, o nível de

ruídos e a temperatura, são os principais causadores dos problemas que

afetam, diretamente, a saúde dos funcionários de uma empresa.

Nesse caso, a adequação pode também contribuir muito para evitar que

essas enfermidades ocorram, com objetivo de tornar cada vez mais eficiente os

procedimentos de controle e de regulação das condições adequadas de

trabalho.

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Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Como você classifica o seu ambiente de trabalho em relação aos

colaboradores?

Assistente Administrativo

Péssimo0%Excelente

0% Regular8%

Bom59%

Ótimo33%

Observamos através do gráfico acima que na área administrativa 59%

dos colaboradores consideram bom seu relacionamento inter-pessoal dentro do

ambiente de trabalho.

Vendedores

Bom59%

Regular33%

Ótimo8%

Excelente0%

Péssimo0%

Neste gráfico é relatado um resultado semelhante ao da área

administrativa, onde também 59% dos entrevistados identificam o ambiente de

trabalho como bom, no que tange as relações inter-pessoais.

A todo momento estamos cercados de pessoas, seja no trabalho com

nossos colegas, em casa com familiares e, até mesmo em nosso círculo de

amigos. Somos seres sociáveis e, por isso, é essencial que saibamos manter

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estas conexões de forma positiva e permanente, gerando crescimento para

ambas as partes.

O relacionamento interpessoal é fundamental em qualquer organização,

são as pessoas que movem os negócios, estão por trás dos números, lucros e

todo bom resultado, daí a importância de se investir nas relações humanas.

A valorização de colaboradores é uma prática que deve ser constate de

todo líder ou gestor, pois são eles que têm o poder de influenciar profissionais

através de suas ações.

Profissionais desvalorizados tendem a perder o foco, se desmotivam

facilmente, diminuem sua produtividade o que acaba prejudicando e muito o

bom andamento da empresa.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

O que você acha da higiene e limpeza?

Assistente Administrativo

Péssimo0%Excelente

8%

Ótimo17%

Regular8%

Bom67%

Verificamos que na área administrativa a higiene e limpeza é

considerada por 67% dos colaboradores entrevistados como boa.

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Vendedores

Péssimo0%

ótimo0% Regular

25%

Excelente0%

Bom75%

Por parte dos vendedores a realidade apresentada na pesquisa é de que

75% dos colaboradores entrevistados consideram boa a higiene e limpeza da

organização.

Chegado esse ponto podemos perceber um comprometimento da

empresa em relação a limpeza, materiais e a ergonomia como um todo.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Como você classifica a sua remuneração em relação ao mercado de

acordo com a função que você exerce?

Assistente Administrativo

Ótimo0%

Regular58%

Péssimo0%

Excelente0%

Bom42%

O resultado da pesquisa apresentado no gráfico mostrou que, 58%

dos colaboradores entrevistados consideram regular sua remuneração com

relação ao mercado de trabalho, demonstrando assim sua insatisfação.

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Vendedores

ótimo0%

Excelente0%

Péssimo8%

Regular75%

Bom17%

Quanto aos vendedores o nível de insatisfação se torna maior em

relação a remuneração da área administrativa, visto que 75% dos

colaboradores entrevistados relataram como regular.

A remuneração deve ser justa, com critérios claros e divulgados, além

de abrangente, oferecendo boas oportunidades e envolvendo todos os

colaboradores. Sem esquecer, nunca, um princípio básico: a remuneração

estratégica é, antes de tudo, uma ferramenta de gestão, que deve estar

articulada com o planejamento estratégico da empresa e comprometida com as

metas, a rentabilidade e os resultados da organização.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Qual o seu grau de satisfação com relação a trabalhar nesta empresa?

Assistente AdministrativoExcelente

0%Péssimo0%

Regular0%Ótimo

17%

Bom83%

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Torna-se evidente os resultados dos gráficos acima que a maioria dos

colaboradores se encontram satisfeitos em relação às funções exercidas na

empresa.

Vendedores

Excelente0%

Ótimo0%

Péssimo0%

Bom42%

Regular58%

Em contrapartida aos resultados da pesquisa em relação à área

administrativa, o gráfico acima demonstra um resultado superior no nível

regular com 58% e inferior no nível bom com 42% para a área comercial.

A variação dos resultados relatados nesse nos informa que há uma

gestão diferente em relação a área administrativa, demonstrando a

necessidade de uma melhor comunicação entre o comercial e o administrativo

para otimização de resultados, a gestão precisa equacionar essa disparidade.

Gráfico do resultado da pesquisa de satisfação do colaborador

Como você define a atuação do seu líder?

Assistente Administrativo

Ótimo17%

Excelente17%

Péssimo0%

Regular8%

Bom58%

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Em relação à atuação do líder, o Gráfico da área administrativa revela

que 58% dos entrevistados consideram boa a liderança exercida pelo seu

superior.

Vendedores

Excelente0%

Ótimo0%

Regular58%

Péssimo25%Bom

17%

Ao contrário do resultado da área administrativa, a área comercial

apresenta 58% de nível regular isto demonstra a diferença de gestão.

Os gestores da área comercial devem desenvolver estratégias voltadas

à motivação, de modo a melhorar o clima de trabalho, a satisfação e o

desempenho da sua equipe, proporcionado o alimento entre os objetivos das

organização e estratégia de vendas.

Com a crescente pressão nas empresas para se fazer mais com menos,

várias delas estão vendo a integração dos sistemas de gestão como uma

excelente oportunidade para reduzir custos com o desenvolvimento e

manutenção de sistemas separados, ou de inúmeros programas e ações que,

na maioria das vezes, se superpõem e geram gastos desnecessários.

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4 CONCLUSÃO

Vivemos numa era de rupturas e mudanças, mercados globais,

tecnologia da informação, ambientes ambíguos, concorrência acirrada,

consumidores exigentes e obsessão pela qualidade. Porém, vem surgindo no

mercado atual, uma nova imagem de liderança. Em vez de simplesmente

desfrutar o ´´dom`` da autoridade inata, os líderes contemporâneos precisam

se esforçar para entender valores e opiniões das pessoas que pretendem

comandar e como motivá-las para alcançar o sucesso em sua gestão e o

aumento da produtividade.

O assunto liderança está em evidência na atualidade e tem sido uma

ferramenta de sucesso quando se torna eficiente e eficaz para as

organizações. São os líderes que possibilitam que os valores e metas sejam

cumpridos. Para ganhar credibilidade, os líderes de hoje devem se posicionar

na equipe, não acima dela.

Os líderes causam impactos profundos na vida das pessoas e

organizações. Um líder é muito mais do que um superior hierárquico, é

alguém que deve possuir sabedoria, conhecimento e técnicas para criar à

sua volta um ambiente no qual o espírito de equipe estejam sempre

presentes, seu maior desafio é saber delegar confiando à sua equipe

tarefas importantes.

A realização deste trabalho permite concluir que o estudo da liderança

versus motivação, em decorrência de sua complexidade e dificuldade, parece

inesgotável, necessitando, assim, de maior aprofundamento e atenção das

organizações. Através da liderança os gestores captam as informações de

como motivar seus colaboradores individualmente.

Para avaliar a liderança e motivação é preciso conhecer o ambiente na

qual a empresa ou grupo está inserido, pois a estratégia da liderança

acompanha as exigências do mercado. A análise do ambiente organizacional

procura explicar os efeitos que este provoca sobre a instituição.

As investigações realizadas no decorrer do presente trabalho

demonstram que, efetivamente, o comprometimento, a responsabilidade e a

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participação dos colaboradores de nível administrativo que possuem relação

direta com a qualidade alcançada pela empresa têm maior satisfação em

relação aos líderes.

Usamos como base a metodologia de pesquisa mencionada por Vergara

(2005), tendo como entrevistados os colaboradores da Casa Show, situada no

bairro de São João de Meriti abrangendo apenas os cargos de vendedores e

assistentes administrativos.

O intuito da pesquisa é de identificar como a forma de liderar pode

estimular a motivação das pessoas dentro da equipe e para delimitar os

resultados foi verificado a relação entre o modelo de gestão apresentado na

área administrativa e o desenvolvido pela gestão comercial, que na verdade é a

área de atuação da empresa em questão, uma vez que, que sua atuação está

inserida no mercado varejista de materiais de construção.

Com o resultado da pesquisa observamos que a satisfação do

colaborador independe do gênero e do tempo de casa que o colaborador

possui dentro da organização. No que diz respeito à gestão das informações

verifica-se que na área administrativa é facultado de forma eficiente ao

contrário da gestão da área comercial, que não apresenta total clareza em suas

divulgações.

Em relação à ergonomia também é observado a discrepância entre as

áreas administrativa e comercial visto que a gestão das lojas não conseguiu

adequar de forma tão eficiente quanto as duas áreas.

Quanto as relações inter-pessoais, verificamos uma sinergia, pois as

áreas convergem ao classificar o ambiente de trabalho como saudável, fato

também detectado quanto as questões de higiene e limpeza da empresa.

No que diz respeito a remuneração como um dos fatores motivacionais a

empresa Casa Show apresenta um nível de satisfação regular, em ambas

áreas pesquisadas. De acordo com as Teorias das Necessidades Primárias de

Maslow e dos Fatores Higiênicos de Hertzberg verificamos na pesquisa que o

salário não necessariamente é fator motivacional, porém associado a elogios e

reconhecimento resultam no principal agente motivador.

Concluímos com a pesquisa que motivação nada mais é do que um fator

intrínseco e deve ser estimulada de acordo com a individualidade de cada um,

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Cabe ao líder observar o que motiva cada um de seus subordinados, e aplicar

os estilo de liderança mais eficiente de acordo com a situação vivenciada. De

acordo com Cavalcanti (2005) a liderança situacional tem o foco voltado para

os liderados.

Conforme verificamos na pesquisa apresentada, na empresa em

questão é aplicado o estilo de liderança democrático, pois tanto a parte

administrativa quanto comercial participa de forma direta ou indireta na gestão.

Porém o nível de participação se torna menor quando avaliamos a gestão

comercial, pois, apresenta uma regularidade no que tange a satisfação e

motivação.

Com a pesquisa podemos compreender melhor o tema proposto e

ajudar as empresas a identificar os seus estilos de liderança e colocá-los em

prática com mais eficácia aos seus subordinados. Para que uma liderança

tenha um resultado eficaz e credibilidade, é de extrema importância que os

colaboradores tenham comprometimento e respeito de ambas as partes,

trazendo resultados satisfatórios para a empresa.

Com este trabalho, espera-se ter contribuído com os líderes

empresariais auxiliando-os na sua compreensão em relação aos assuntos de

liderança e motivação, tão relevantes para a gestão de pessoas.

Por ser uma empresa comercial com foco em vendas, sugerimos como

melhoria um maior investimento na gestão comercial, investimento esse que

poderá ser financeiro ou através de reconhecimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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