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0 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO SOCIAL: ESCOLA E EMPRESAS COMO FATORES DETERMINANTES NA FORMAÇÃO DOS JOVENS. WAGNER DIAS AMORIM ORIENTADOR: Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO SOCIAL: ESCOLA E EMPRESAS COMO FATORES DETERMINANTES NA FORMAÇÃO DOS JOVENS.

WAGNER DIAS AMORIM

ORIENTADOR: Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro 2016

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA GERENCIAMENTO DE PROJETO por WAGNER DIAS AMORIM

PROJETO SOCIAL: ESCOLA E EMPRESAS COMO FATORES DETERMINANTES NA FORMAÇÃO DOS JOVENS.

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, aos meus familiares, aos

amigos, a minha noiva Daniele, aos professores e

a Instituição AVM.

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha querida mãe, por ter me dado

condições para ter estudos e conseguir meus

objetivos.

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RESUMO

O objetivo do trabalho é abordar a importância e a diferença que os

projetos sociais podem e devem fazer na vida dos jovens e de como os

mesmos podem participar de uma forma mais efetiva das transformações no

mundo em que vivem.

Assim, esse trabalho vem elucidar a importância que os projetos

sociais, em parceria com os órgãos públicos, as empresas privadas, as escolas

e a família, possibilitem e assegurem os rumos que os adolescentes e jovens

devam seguir para alcançar seus objetivos.

Destaca-se pontos como a importância de praticar e exercer a

cidadania, de como a educação e as escolas são fundamentais para a vida

deles, a inserção no mundo de trabalho e de como podemos desenvolver

competências e habilidades na juventude para que tenham condições de um

desenvolvimento e aprendizagem mais efetivas e que os auxiliem para um

caminho de grandes conquistas. Além disso, discute-se a participação das

empresas e do Governo para alavancar e possibilitar melhores condições tanto

na vida pessoal quanto na profissional dos nossos jovens.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi através de um estudo bibliográfico,

mediante livros, artigos, revistas, publicações, além leitura de internet. Foi

realizada uma análise, interpretação junto com diversos autores como

Gaudêncio Frigotto, Marise Ramos, Paulo Freire, Kant, entre outros grandes.

Através desse estudo literário, buscou-se, em parceira dos autores,

realizar um melhor entendimento do tema levantado, possibilitando ao leitor,

uma lucidez e melhor compreensão dos assuntos abordados. A intenção é que

o trabalho sirva para que auxilie outras pessoas a conhecerem e abordarem

melhor alguns pontos que os jovens precisam aprimorar para o seu

desenvolvimento durante o longo da vida. E os autores escolhidos para a

realização desse trabalho acadêmico elucidam os leitores que têm o interesse

nesse determinado assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO: A BASE PARA CONSTRUIR O FUTURO DOS JOVENS 08

CAPÍTULO II

COMO AS EMPRESAS PODEM INFLUENCIAR E CAPACITAR OS JOVENS

PARA SUA FORMAÇÃO? 17

CAPÍTULO III

OS PROJETOS SOCIAIS E OS JOVENS: PARCERIA PARA A

CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE PROMISSORA 26

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

ÍNDICE 39

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INTRODUÇÃO

O que podemos fazer para transformarmos a vida social, cultural,

econômica e política de nossos jovens, eles que serão os adultos de amanhã e

de como irão participar e construir uma sociedade melhor? Projetos sociais são

uma excelente e eficaz alternativa Através deste trabalho, procuro elucidar

alguns caminhos que podemos percorrer para que isso possa se concretizar.O

mesmo foi dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, discuto a

importância que a educação tem na participação da formação e do

desenvolvimento dos jovens através de uma capacitação educacional e

profissional, que através do seu exercício de cidadania tem a força e os

mecanismos para uma compreensão melhor da sociedade em que vive e das

mazelas que a permeiam, além da escola ser uma mediadora para que isso se

realize.

No segundo capítulo, venho mostrar a importância que as empresas

têm na formação profissional dos jovens e de como pode ser feita a inserção

no mundo do trabalho, onde, nos dias de hoje, existe uma enorme taxa de

desemprego ocasionada em grande parte pela crise econômica que o mundo

vive e de como a parceira entre empresas e escolas podem ser uma grande

alternativa, pois se trabalharem em conjunto, cada um na sua expertise, só

possibilitará grande avanços e meios melhores para que os adolescentes

tenham sucesso na sua vida pessoal e profissional.

E no terceiro e último capítulo, falo sobre a importância dos projetos

sociais na vida dos jovens, de como é essencial trabalhar as competências

sociais dos mesmos para uma melhor formação e desenvolvimento, pois

elaborar projetos sociais e garantir que os mesmos serão utilizados para essa

juventude é fazer com que tenhamos a possibilidade de darmos uma vida

melhor, de transformarmos toda uma sociedade com tantas mazelas e propiciar

um mundo melhor para o futuro desses jovens e das novas gerações.

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CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO: A BASE PARA CONSTRUIR O FUTURO

DOS JOVENS

1.1. Construir o sentido de cidadania para os jovens é qualificar

a formação educacional e profissional dos mesmos.

Vivenciamos através de várias gerações o quanto os nossos jovens

necessitam de meios para que a sua vida profissional e social, sigam um

caminho de desenvolvimento pessoal possibilitando exercer seus direitos e

deveres como cidadão e que, no futuro, colaborem para essa continuidade

prosseguir conforme Kant diz que:

A educação, portanto, é o maior e o mais difícil problema que pode ser proposto aos homens. De fato, os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles. Por isso, a educação não poderia dar um passo à frente a não ser pouco a pouco, e somente pode surgir um conceito da arte de educar na medida em que cada geração transmite suas experiências e seus conhecimentos à geração seguinte, a qual lhes acrescenta algo de seu e os transmite à geração que lhe segue. (Kant, 1996, p.20).

Diante de tantas transformações no mundo, nos últimos anos,

referentes as esferas políticas, econômicas e sociais, uma das conseqüências

é o aumento das desigualdades de classes sociais gerando diversos impactos

entre eles a incerteza de um mundo melhor para os jovens, mais ainda os de

classe menos favorecida, principalmente se tratando de emprego. Isso exige

que a sociedade repense cada vez mais para criar mecanismos que

possibilitem encontrar as soluções cabíveis. Como diz SILVEIRA (1999), a

sociedade deve lutar para reduzir tanto a exclusão como a desigualdade

existente entre as classes, promovendo a justiça e o bem-estar de todos ao

mesmo tempo em que deve estabelecer os recursos necessários para que,

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assim, seja mantida a diferença entre os modos de ser, sentir e expressar dos

grupos que faça parte da mesma.

Assim, temos na cidadania, o desenvolvimento pleno do indivíduo,

no caso, os jovens, capacitando-os para o trabalho, pois exercer a sua

cidadania é a melhor forma de educá-lo para vida. Deve ser pensada como

uma extensão dos direitos e deveres dentro da realidade da vida social como

um todo e não apenas como direito de votar. Está inserida na conjugação dos

direitos e deveres universais, incluindo o mundo do trabalho, o qual precisamos

tanto.

Mas não basta saber que cidadania é importante, tem que fazer

valer, praticar, ou seja, exercer de fato o que temos de direito. COVRE (1991)

diz que é importante a dimensão de como os homens têm de lutar por leis

justas e que através delas se sedimentam outras lutas e da certa estruturação

da cidadania que, por sua vez, estará sempre em processo. Mas as leis por si

só não constroem a cidadania sendo importante que os homens comuns, os

trabalhadores, se apropriem também do espaço para a construção de leis que

sejam favoráveis à extensão da cidadania. De nada adianta falarmos de

cidadania se ela não for colocada em prática.

Se conscientizarmos o jovem que quando colocamos em prática o

nosso exercício de cidadania, estamos possibilitando que o mesmo tenha

senso de responsabilidade perante a sociedade e contribuindo para seu

crescimento pessoal e profissional, pois terá melhores condições para alcançar

seus objetivos. Além disso, conseguirá transformar o meio no qual está inserido

possibilitando que isso seja transferido para outras pessoas.

É de suma importância que se assuma os direitos sociais na era

contemporânea, pois é precisamente a respeito desses direitos que os

detentores do capital e do poder tem construído a sua concepção de cidadania.

Através dela, procuram administrar a classe dos trabalhadores, mantendo-a

passiva, ou até mesmo receptora desses direitos, que, supostamente, devem

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ser agilizados de maneira espontânea pelos capitalistas e/ou pelos

governantes. Porém, concomitantemente, essa concepção de cidadania faz

parte de um conjunto de transformações do capitalismo contemporâneo que

pode acenar com uma sociedade melhor (COVRE, 1991). De certa forma, se

um dos lados isso tudo pode parecer um engodo, de outro, pode vir a ser uma

realidade caso os trabalhadores, reverterem o quadro e procurarem ocupar

todos os espaços que são acenados para os direitos.

Mas para que essas situações acontecem precisamos fazer uso da

prática de reivindicar, de apropriar desses espaços fazendo valer nossos

direitos de cidadão. Pode-se dizer, que, desse modo, a prática da cidadania

seria uma excelente estratégia para a construção de uma sociedade cada vez

melhor. Mas para isso, tem que estar assegurado o direito de reivindicar

permitindo que esse conhecimento seja estendido para a população de uma

forma geral. Cita COVRE (1991) que as pessoas de uma maneira geral,

tendem a pensar a cidadania apenas em termos dos direitos a receber, mas

também as mesmas devem e podem ser o agente da existência desses

direitos. As pessoas não devem ser meros receptores a espera que caiam de

para quedas, precisam ser sujeitos de tudo que podem conquistar.

E não podemos apenas pensar que para ter ou exercer a sua

cidadania, seja capaz apenas através de votar. Vemos diversos males como

problemas recorrentes, como as violações dos direitos humanos, as

ineficiências no âmbito social e o processo de pauperização manifestado na

periferia do Capitalismo, mostram que a cidadania exige mais do que o simples

ato de votar ou de pertencer a uma sociedade política.

A cidadania deve ser reedificada pelos trabalhadores mais no seu

sentido universal, sendo de mais utilidade para eles. Para isso, deve-se haver

uma luta contínua, que seja efetiva, fazendo valer os direitos, sejam eles

sociais, políticos e civis. É de suma importância que os jovens de hoje possam

se apossar desses conceitos para que, desde já, exercem a sua cidadania,

tendo seus direitos e seus deveres, pois se capacitamos a nossa sociedade, a

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conseqüência disso é a própria evolução da mesma, pois os homens passam a

lidar melhor com os conflitos que surgem ao longo do tempo. E esses futuros

jovens trabalhadores precisam ter uma bandeira de luta da cidadania plena que

faça transformar o cotidiano dos mesmos em algo excelente, que seja

satisfatório, respeitando a própria vida, além da realização pessoal criando uma

identidade que é obtida através de atividade que realiza. E essa atitude serve

também para ser praticada dentro do seu trabalho, nos sindicatos, nas escolas,

na sua residência entre outros aspectos.

Mas é bom refletirmos a respeito das palavras de BENEVIDES (1998)

que diz:

Mas, não é menos verdade que os costumes do povo, sua mentalidade, seus valores, se opõem à igualdade. Não apenas a igualdade política, mas a própria igualdade de condições de vida. De costume, não há como negar, representam um grave obstáculo à legitimação dos instrumentos de participação popular. (BENEVIDES, 1998, p. 194).

De fato, quando os indivíduos estão inseridos num determinado

meio, onde os costumes, que já estão enraizados, torna-se mais complicado

atribuir novos valores sem que se tenha algum tipo de conflito, principalmente

quando afeta sua identidade, ocasionado, em muitos casos, a não obtenção

desse exercício de cidadania que é tão importante e fundamental na vida das

pessoas. Talvez até isso ocorra por não ter, desde cedo, ou melhor, dizendo,

ter sido introduzido para as nossas crianças e aos nossos jovens, onde os

mesmos crescem com uma mentalidade bem fechada e deficitária em relação

a sua existência perante a sociedade da qual vive. Isso pode ser mudado. E

como podemos transformar essa situação? Temos dentro de nossos lares o

primeiro passo que precisa ser dando para iniciar nossa formação como

indivíduos que se tornarão os futuros cidadãos, mas temos um grandioso

aliado que intensifica e lapida ainda mais essa jornada: a escola. Será o

assunto abordado adiante.

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1.2. A escola como mediadora da Educação para a formação

intelectual dos jovens.

A escola tem uma enorme e nobre tarefa de educar para ser

construir uma nação, formando os indivíduos nos aspectos culturais, sociais,

políticos e econômicos, pois é um local de apropriação de conhecimentos,

valores e de estímulos tanto para as crianças como os jovens, possibilitando os

mesmos a estudarem e começarem a pensar sobre a sociedade em que vivem.

A escola é a melhor instituição que pode cumprir esta tarefa, talvez a única

(NÓVOA, 1999). Claro que não podemos esquecer que os primeiros valores e

princípios devem ser manifestados em casa, mas sabemos também que nem

toda família tem alguma base para inserir isso para suas crianças e jovens

sendo a escola quem deve suprir essa lacuna, principalmente quando se trata

de pessoas carentes das comunidades.

Por isso, devemos sempre reivindicar melhores condições para as

escolas e todos os âmbitos que envolvam a Educação, ainda mais quando se

trata da área pública, onde vemos e sentimos na pele todas as suas mazelas.

O Governo não dever medir esforços para que isso se concretize, pois a

elaboração e execução de recursos referentes a Educação, são de suma

importância para que os objetivos almejados sejam cumpridos para a

transformação de nossos jovens. Mas atentamos para FRIGOTTO quando diz:

Passa-se a idéia de que os países, regiões e grupos sociais pobres assim o são porque investem pouco em educação. Mas como investir mais em educação se são países, regiões e grupos sociais pobres? É historicamente mais sustentável afirmar que esta condição os impede de investir em educação por terem sido expropriados de diferentes formas. Neste contexto, irônico e cínico, aqueles que são vítimas da exploração, espoliação e alienação passam a ser culpados por serem explorados. (FRIGOTTO, 2005, p. 64).

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Não podemos simplesmente aceitar esse tipo de argumento. É

justificar, para assim, não se ter os esforços necessários para se praticar a

educação. Pelo contrário, todo e qualquer esforço que seja em prol da

Educação é fundamental para a construção de uma sociedade melhor, onde

cada indivíduo terá melhores condições para lidar e solucionar as mazelas e

aperfeiçoar mais ainda aquilo que está dando certo.

Assim, cada sujeito dever contribuir para isso acontecer,

principalmente quem vive no âmbito educacional, onde há mais condições para

que nossos futuros cidadãos, no caso, os jovens, tenham desde cedo, uma

compreensão do mundo e da sociedade na qual estão inseridos. FREIRE

(1996) cita que o fato de nos percebemos no mundo, como o mundo e com os

outros, nos coloca numa posição em face do mundo que não é de quem nada

tem a ver com ele e que a nossa presença no mundo não é a de quem a ele se

adapta, mas a de quem nele se insere, tendo uma postura de quem luta para

não ser apenas objeto, mas sim, o sujeito também da História. É saber que, as

condições sociais, econômicas, culturais e políticas, mesmo com mazelas em

cada um delas, não devem ser tornarem obstáculos para transformamos o

mundo, pois achá-las que serão eternas é pensar que nunca daremos

condições melhores para que as futura e atual gerações vivam numa

sociedade melhor.

Temos dentro das escolas as pessoas que fazem a diferença

referente a lapidar nossas crianças e os nossos jovens possibilitando uma

capacitação intelectual que o faça enxergar a realidade de uma forma coerente

e onde o mesmo consiga fazer a diferença e entender melhor o meio que está

inserido. Não podemos esquecer nunca que a escola é bem mais do que uma

instituição, ela é como se fosse um "ser vivo", pois consegue interagir e

interferirem-nos mais diversos aspectos que são inerentes a sociedade,

modificando tanto internamente como externamente, mesmo com as mais

diversas mudanças que ocorrem no mundo atual.

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Nota-se que, nos dias atuais, as novas gerações tenham uma visão

de mundo bem diferente em relação ao passado, pois os interesses e a

maneira como aprendem e lidam com os conhecimentos são inseridos a eles

de uma forma com certa rapidez, pois temos as informações bem mais

acessíveis que antigamente. Com isso, a educação precisa sempre estar alerta

a todas as evoluções geradas pelo mundo atual, mas nunca deixando de

transmitir os bons valores, os bons costumes de antes para que o convívio, o

relacionamento entre as pessoas e no caso, os jovens, seja feita de uma

maneira sadia mesmo diante deste mundo capitalista onde situações com a

competitividade, a individualidade, o egoísmo, e outros aspectos que possam

ser obstáculos na tarefa árdua e desafiante que a escola e os educandos

cumpram com os seus objetivos. SEVERINO analisa que:

Assim, ao agir, o homem está sempre se referenciando a conceitos e valores, de tal modo que todos os aspectos da realidade envolvidos com sua experiência, todas as situações que vive e todas as relações que estabelece são atravessados por um coeficiente de atribuição de significados, por um sentido, por uma intencionalidade, feita de uma referência simultaneamente conceitual e valorativa (SEVERINO, 2006, p. 307).

E a referência deve ser a escola onde precisamos ter uma amplitude

de valores morais, éticos, políticos e sociais que nos auxiliam na luta de nossos

direitos e deveres para a construção plena de nossa cidadania. É fazer com

que nossos jovens possam refletir a sua conduta e a dos outros no meio do

qual está inserido.É importante para sabermos em qual direção devemos tomar

nas diversas situações que envolvem a nossa sociedade. Cada passo que seja

tomado pode ser determinante para que sociedade queremos. Assim, a escola

precisa transmitir os conhecimentos e saberes de uma maneira que faça com

que as nossas crianças e os jovens tenham a convicção de que os

ensinamentos sejam vitais em seu cotidiano, tem que estar na essência dessas

pessoas. E é preciso vivenciar tudo isso para que se legitime, pois vivemos

num mundo onde há muita violência, miséria, fome, preconceito, entre outras

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mazelas do nosso dia a dia. Por isso, precisamos fazer com que as escolas

tenham uma educação sólida e eficiente que seja conduzida a favor da paz, da

união, do coletivo, dos bons costumes e valores que são essenciais para uma

sociedade cada vez melhor e que seja transmitido de geração em geração.

Temos nos dias de hoje, que os meios de comunicação transmitem

diversos tipos de assuntos tanto para o lado bom quanto para o lado ruim. As

informações são recebidas de uma forma bem rápida e em muitos casos,

sendo aceitas de imediato como verdades. A internet é o maior exemplo disso

nos dias atuais. Isso faz com que as crianças e os jovens tenham um

afastamento em relação a sua família e a escola, assimilando valores que são

frutos da mídia. É mais um grande desafio que a família e a própria escola

precisam lidar diariamente para que o caminho deles não seja distorcido e

conduzido de uma maneira equivocada ou até mesmo errônea do que deve ser

os bons valores. Reforçar sempre quando diz FREIRE (1996) que a educação

é uma maneira de intervenção no mundo onde a mesma que além do

conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos implica

tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu

desmascaramento. E a luta da educação contra essa ideologia que foi

"imposta" pelos meios de comunicação deve ser combatida não apenas com

palavras, em tudo que se discursa dentro das salas de aula e no interior das

residências, mas sim demonstrar com ações para que os jovens tenham as

mesmas boas atitudes dos adultos.

Além disso, é importante que tenhamos um diálogo mais franco com

nossos adolescentes, procurando entendê-los através de quais expectativas

são esperadas por eles em relação ao presente e futuro do mundo em que

vivem. Essa troca de idéias e a busca de como entender melhor o que se

passa na mentalidade dos jovens é tão fundamental quanto o que transmitimos

de saberes e conhecimentos. Dá voz para que eles expressem o que pensam

em relação a o mundo em que estão inseridos é valorizar os mesmos e mostrar

que é importante para o desenvolvimento como ser pensante, crítico e futuro

cidadão, ajudando para que a construção e o caminho que a sociedade deverá

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seguir, buscando sempre a melhoria da mesma. Não podemos esquecer que

os jovens também têm sonhos e desejos que almejam alcançá-los e, na

maioria das vezes, necessita de respostas para que isso tudo se concretize. É

claro que se tenha tanta pergunta diante de um universo que retrata tantas

mazelas que fazem o mundo ser tão desigual onde sempre queremos que ele

seja igual a todos. NASCIMENTO (2006) cita que as concepções sobre a

adolescência, mesmo com algumas nuances de diferenças entre si, evidenciam

que este é um momento de crise, de transformações que culmina com um

processo de construção da identidade, diferenciado do processo anterior

ocorrido na infância. Novas buscas, papéis, escolhas e relações estruturam-se,

o que provoca, em grande parte dos adolescentes, ansiedade, medo e

insegurança. Por isso, precisamos ter muito cuidado e fazer com muito carinho

tudo que transmitimos para esses futuros cidadãos, pois construir um belo

presente permitirá que tenham um futuro onde dará bons frutos para a

sociedade.

Assim, precisamos que todos os meios educacionais, principalmente

a escola, sejam de excelência, visando sempre a formação plena de cada

indivíduo, lapidando-o através de seus educadores e com o apoio da família e

dos órgãos públicos para que tenhamos uma base sólida na formação de

identidade desses futuros cidadãos que vão ter condições de formularem

soluções para que se evite os problemas, transformando de forma efetiva o

cenário onde se encontra. Uma sociedade próspera é aquela onde é construída

sob o alicerce da educação. Vamos criar, cada vez mais, espaços onde ela

esteja presente. Investir em educação será sempre um dever que a sociedade

precisa realizar se quer os indivíduos tenham uma vida com qualidade e que os

mesmos possam dar continuidade nessa construção de um mundo cada vez

melhor, onde as diferenças sejam as mínimas possíveis onde todos possam

obter melhores condições de vida.

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CAPÍTULO II

COMO AS EMPRESAS PODEM INFLUENCIAR E

CAPACITAR OS JOVENS PARA SUA FORMAÇÃO?

2.1. A empresa e a juventude: inserção no mercado de trabalho

O mercado de trabalho está sempre em grandes mudanças

buscando cada vez mais que o trabalhador seja capacitado, atenuando-se a

novas competências, pois o mundo sofre transformações bem rápidas na

atualidade e as informações chegam bem rápidas, precisando que a todo

tempo estejamos bem interagido, não sendo diferente no âmbito empresarial.

E os jovens de hoje não estão fora dessas mudanças que podem

influenciar na sua inserção no mundo de trabalho. As empresas precisam se

profissionalizar para melhor aproveitarem o jovem capital humano para que o

mesmo se desenvolva e gere bons frutos, possibilitando tanto o seu

crescimento quanto o da empresa. Mas é preciso que se dê sentido para o

jovem buscar maneiras de aperfeiçoar e iniciar um desenvolvimento

profissional ressaltando o quão importante isso é para sua formação e não

apenas para seu sustento.

CANIVEZ (1991) menciona que é necessário que o nível de

formação de todos seja o mais elevado possível, além que as oportunidades

iniciais sejam iguais, onde essa igualdade possa ser compreendida como o fato

de o indivíduo não encontrar outros obstáculos além dos resultantes dos limites

de suas próprias capacidades. Assim, as empresas precisam ter muito esse

cuidado com o jovem para que o mesmo tenha sua primeira oportunidade de

emprego, mas fazendo o acreditar que não é só porque ele precisa de um

salário, mas o quanto será importante e fundamental em sua formação tanto

pessoal quanto profissional.

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Mediante MOTTA:

Os indivíduos possuem objetivos e expectativas que desejam alcançar e agem intencionalmente, de acordo com suas percepções da realidade. (...) As intenções dependem das crenças e atitudes que definem a maneira de um indivíduo ver o mundo, ou seja, suas percepções. (MOTTA, 1986, p.124).

E os jovens, assim como os adultos, possuem as suas

necessidades, os seus objetivos e quando entram em uma empresa sendo o

seu primeiro emprego, as expectativas geradas são imensas, pois tudo é

novidade, além de junto vir as responsabilidades que antes não tinham.

São por essas e outras particularidades que as empresas precisam

investir e estarem preparadas para a capacitação desses jovens, pois o grande

desafio não é apenas administrar capital, mas também de como gerir pessoas,

no caso, os futuros trabalhadores juvenis, pois requer um esforço grande de

pessoas que saibam gerenciar esse tipo de situação reforçando o que diz o

Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) quando fala que o jovem tem

direito a profissionalização e à proteção no trabalho respeitando a sua condição

em desenvolvimento, além da capacitação profissional ser adequada ao

mercado de trabalho.

MORAES reforça o quão é importante a inserção ao mundo do

trabalho quando diz:

A empregabilidade é um conceito mais rico do que a simples busca ou mesmo a certeza de emprego. Ela é o conjunto de competências que você comprovadamente possui ou pode desenvolver - dentro ou fora da empresa. É a condição de se sentir vivo, capaz, produtivo. Ela diz respeito a você como indivíduo e não mais a situação, boa ou ruim da empresa - ou do país. É o oposto ao antigo sonho da relação vitalícia com a empresa. Hoje a única relação vitalícia deve ser com o conteúdo do que você sabe e pode fazer. O melhor que uma empresa pode propor é o seguinte: vamos fazer este trabalho juntos e que ele seja bom para os dois enquanto dure; o rompimento pode se dar por motivos alheios à nossa vontade. (MORAES, 1998, p 51).

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Essa troca é fundamental tanto para o sucesso da empresa quanto

para o do jovem que inicia a sua vida profissional. E conforme as empresas

tenham essa preocupação de realizar suas tarefas de formação, vão

assumindo um caráter antecipativo, dando seqüência a um trabalho de

qualidade e renovação no que se refere a qualificação profissional. Sendo

assim, esse aprender vai se tornando parte relevante do próprio

desenvolvimento da empresa.

Num mundo que cada vez mais as mudanças ocorrem com mais

freqüência, como a falta de emprego em grande escala, estar cada vez mais

preparado, buscando melhorar suas habilidades e competências, possibilitam

ao jovem de hoje e das gerações futuras terem condições melhores para um

início de carreira que as vagas são sempre bem disputadas. Assim, as

empresas devem estimular e desenvolver constantemente, as habilidades de

auto-organização e desenvolvimento de seus comandados, motivando-os e

coordenando-os nas demais áreas da empresa, sendo necessário ir além da

idéia de apenas acreditar no trabalho independentemente das ações de

formação e aperfeiçoamento (RIBEIRO, 2003).

E o jovem precisa saber e ter noção de que isso não é assim como

um passe de mágica, tudo pronto, basta apenas ele conseguir um emprego e

as coisas fluírem naturalmente. Ele precisa fazer a sua parte, buscando

conhecimento, estar sendo estudando para que suas habilidades aflorem e se

aperfeiçoem a cada dia. É verdade que nem todos têm condições financeiras

para alcançar esses objetivos, principalmente os de classe menos favorecida,

mostrando mais um obstáculo na vida profissional dos jovens que ainda não

iniciaram uma carreira profissional. Em muitos casos, eles quando não tem

essa perspectiva de emprego, buscam uma saída prejudicial como a utilização

de drogas, a entrada na vida do crime, entre outros pontos, contribuindo para

aumentar as mazelas de nossa sociedade e comprometendo a própria vida

social dos jovens, esses que serão os adultos de amanhã e irão definir que

passos a sociedade irá seguir.

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As famílias que possuem baixa renda precisam que seus filhos

tenham um emprego para que possam ajudar no orçamento familiar. Isso é

mais um fator que possa fazer com que o jovem não se prepare melhor para

uma oportunidade de emprego, pois como ele precisa fazer algo para ajudar

nas despesas da casa, acaba não se estruturando melhor ficando em

desvantagem em relação aos outros jovens e até mesmo os adultos, onde

muitos veem como saída, o emprego informal. Assim, Governo e empresas

devem criar mecanismos para essa situação ser diferente, possibilitando

oportunidades de melhoria para a caminhada que esses jovens ainda têm pela

frente. Devemos fazer valer o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), regulamentado no art. 4º quando diz:

ART 4º - é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (ECA, 1990)

Possibilitar que o jovem tenha todas as condições necessárias e

imprescindíveis para a construção e a lapidação de sua jornada para um futuro

melhor tanto pelo lado pessoal quanto o do profissional é um dever a todos nós

cidadãos que buscamos um mundo mais digno e mais humano para todos. Na

própria lei maior de nosso país, no caso, a Constituição Federal, sacramentada

pelo art. 227, prega que:

ART 227º - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com prioridade absoluta, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los à salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e o pressão (CONSTITUIÇÃO FEDERAL,1988).

Assim, as uniões das empresas, do Governo em suas mais diversas

esferas e as escolas, podem caminhar no mesmo sentido, capacitando os

jovens através de competências nos âmbitos educacionais e profissionais,

dando aos mesmos um grande passo para o seu desenvolvimento,

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descobrindo novos horizontes e criando sua autonomia, sendo mais um

cidadão para melhorar a sociedade na qual vive.

2.2. A empresa profissionalizando o jovem através da

Educação

Trabalho e educação são características inerentes ao ser humano.

São necessárias e fundamentais no desenvolvimento de sua formação ao

longo da vida e é assim desde que o homem entende-se por gente.

SAVIANI (2006) diz:

Diríamos, pois, que no ponto de partida a relação entre trabalho e educação é uma relação de identidade. Os homens aprendiam a produzir sua existência no próprio ato de produzi-la. Eles aprendiam a trabalhar trabalhando. Lidando com a natureza, relacionando-se uns com os outros, os homens educavam-se e educavam as novas gerações. A produção da existência implica o desenvolvimento de formas e conteúdos cuja validade é estabelecida pela experiência, o que configura um verdadeiro processo de aprendizagem. Assim, enquanto os elementos não validados pela experiência são afastados, aqueles cuja eficácia a experiência corrobora necessitam ser preservados e transmitidos às novas gerações no interesse da continuidade da espécie. (SAVIANI, 2006, p. 154).

Exatamente o que devemos contribuir para os jovens. A sua

sobrevivência depende dos elementos que estão no seu convívio social que

são desenvolvidos através do trabalho, que possibilita o homem de produzir e

gerar fonte de renda para seu sustento e a Educação que agrega e expande as

suas habilidades e competências. E é de suma importância que as empresas

visem o quanto podem contribuir e melhorar a vida de nossos jovens, buscando

capacitá-los e discipliná-los tendo como uma forte aliada a Educação. Mostrar

aos mesmos da importância de ser ter um emprego, mas acima de tudo, que

seja agregado de uma formação acadêmica, de saberes e conhecimentos do

âmbito educacional que dará todo o conhecimento necessário para a

caminhada do futuro e promissor emprego. É o alicerce dessa longa e árdua

jornada. Escolas e empresas precisam atuar em parceria, buscando soluções

e meios que garantam educação básica e profissionalizante agregando ao

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indivíduo uma formação profissional mais específica e efetiva, de forma que

esteja mais preparado e adaptado para as mudanças que ocorrem cada vez

mais no âmbito técnico-científico do mundo do trabalho. Para elucidar,

FRIGOTTO, CIAVATTA e RAMOS dizem:

O ensino médio integrado ao ensino técnico, conquanto seja uma condição social e historicamente necessária para construção do ensino médio unitário e politécnico, não confunde totalmente como ele porque a conjuntura do real assim não o permite. Não obstante, por conter os elementos de uma educação politécnica, contém também os gérmens de sua construção. (FRIGOTTO, CIAVATTA e RAMOS, 2005, p. 74).

Mas para que aconteça é preciso que tenhamos qualidade e

excelência, sendo necessário ter investimentos principalmente na qualificação

dos professores e de uma infraestrutura para a realização das coisas

abordadas anteriormente. Mas isso, precisamos pensar não de uma maneira

que vise apenas lucro mediante esse capitalismo selvagem que a economia

mundial se insere. A intenção e o esforço tem que ser muito mais em estar em

função do desenvolvimento intelectual do ser humano do que qualquer outra

coisa.

Professores e empresários precisam ter uma ideologia progressista

no que diz respeito à forma que queiram educar os jovens diante do mundo

capitalista que nos divide e define como parte de uma classe social onde, nós,

trabalhadores, somos à força de trabalho, onde a mesma é vendida para que

possamos ter uma mínima condição de sobrevivência, subordinados aos donos

de capital, aqueles que detêm o poder que, em sua grande maioria, nos oprime

e nos impossibilita de abrir novos horizontes, de nos transformarmos em

pessoas melhores e que possamos interferir em transformações significativas

para um mundo, mesmo diante de tanta mazela que o cerca.

FRIGOTTO (2006) frisa que:

A compreensão do trabalho em sua dimensão ontocriativa e a forma que assume o trabalho sob o capitalismo – trabalho alienado – delineiam a função da ciência e de técnica na sociedade. (...) pelo trabalho os seres humanos vão

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respondendo a necessidades e desafios num processo de desenvolvimento técnico e teleológico cada vez mais complexo. O conhecimento, a técnica e a tecnologia passam a ser desenvolvidos como forma de mediar a força física e mental do ser humano; como tal, quando tomados como criadores de valores de uso para satisfazer às necessidades humanas, constituem-se em verdadeiras extensões dos membros e sentidos do ser humano e fonte de novas necessidades e da viabilidade de sua satisfação (FRIGOTTO, 2006, p. 249).

E não podemos ser neutros quando estamos lidando com essa força

opressora. É mostrar ao jovem que sem instrução, sem alguma capacitação

profissional e principalmente, não está inserido no âmbito educacional, faz com

que tornem as coisas mais difíceis, possibilitando que sejamos eternos

escravos desse modo de sistema capitalista. É saber que somos uma parte

fundamental na construção das relações sociais e que a temos como intervir

nos acontecimento do mundo, pois o homem é, na sua essência, um ser

histórico, social, político, que deve compreender que sua formação humana é

um processo histórico repleto de transformações onde o mesmo é o sujeito das

ações que permeiam entre as suas relações sociais. Assim, RAMOS (2002),

ressalta a grandeza que há entre a relação trabalho e educação, justificando

que, a partir disso, a formação humana caracteriza-se como um processo

contraditório e definido pelos valores capitalistas, que à medida que vai se

institucionalizando, cria-se categorias específicas que o definem socialmente

como a educação básica e profissional, além de formação e qualificação

profissionais, permitindo que os indivíduos socializem mediante os valores e

normas culturais, além de ético-morais de uma sociedade e os conhecimentos

científicos que foram sendo construídos pela humanidade ao longo do tempo,

resultando em condições primordiais, culminando no exercício da cidadania.

Estando em âmbito empresarial ou escolar, o que se é esperado,

relaciona-se que os aprendizes sejam capazes de alcançar os objetivos

estipulados pelo gestor ou pelo profissional da educação, já que os mesmos

necessitam de pessoas que concretizem suas tarefas e resoluções de

problemas do dia a dia. Para isso, é necessário que se desenvolva as

competências dos mesmos, cabendo aos profissionais das áreas citadas

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promover e realizar essa qualificação e capacitação. Mas é bom nos

atentarmos quando MACHADO (1998) identifica:

A linha de argumentação em favor de sólida formação geral é, portanto, bem pragmática: o emprego passou a ser uma possibilidade rara; ao longo de suas vidas, as pessoas experimentarão diversas mudanças de atividades; forçosamente e por reiteradas vezes, terão que se submeter a processos de formação; assim, é preciso garantir que elas tenham uma boa base geral (MACHADO, 1998, p 85).

Não basta apenas promover e dá acesso a esses indivíduos para

que sirvam apenas como mais uma força de trabalho, de maneira mais

capacitada para alimentar e satisfazer as demandas que envolvem o mundo

capitalista, mas sim, fazer com que essa metodologia e seja inovadora e dê ao

indivíduo uma autonomia em relação ao desenvolvimento de suas capacidades

e exercitando cada vez melhor o seu pensamento abstrato, permitindo uma

potencialização de suas habilidades. Por isso que, nos dias atuais, se faz

necessário que tenhamos que assegurar para as novas gerações, uma

formação profissional de excelência que esteja de fato comprometida com a

construção de uma sociedade onde a mesma tenha a educação como ponto

chave de toda essa estrutura fazendo com que os jovens interfiram na sua

realidade com autonomia, determinação e convictos daquilo que estejam

realizando tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Porém, é preciso a

renovação de conceitos e teorias que, historicamente, dominam e

“escravizam,” os indivíduos na relação de capital e força de trabalho.

Para RAMOS (2002), construir uma identidade profissional permite

que a mesma seja um produto de estratégias individuais em rebate aos

desafios e situações externas surgindo um novo profissionalismo que permite

estar preparado para uma mobilidade permanente entre as diversas ocupações

de uma mesma empresa, entre diferentes empresas ou até mesmo para

subemprego e até um trabalho autônomo, ou seja, desenvolver a

empregabilidade. E temos na educação, as condições que possibilitam que

jovens e homens não se conformem com a situação de uma classe

trabalhadora dominada, mas que se crie condições para que sejam uma classe

de trabalhadores transformadores, sendo ativos, criadores, autônomos, ser o

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sujeito e o objeto de seu processo de formação humana em oposição ao modo

do sistema capitalista.

É lutar para que todos os jovens possam ter uma melhor condição

para alterar as relações sociais que geram as desigualdades nos âmbitos

econômico, político, cultural e educacional, tendo uma formação profissional

mais efetiva, ocasionando mudanças significativas ao seu processo produtivo

de trabalho. É uma transformação que precisamos vivenciar, pois trás uma

satisfação enorme entre os envolvidos, seja os educadores, seja os donos do

capital e, principalmente, cada jovem indivíduo que sonha com uma vida

melhor e o quanto é importante ele também ser o incentivador de toda a

mudança próspera do meio em que vive. FREIRE (1996) permite refletir essa

luta quando diz:

Já não é possível existir sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política. (...) E tudo isso nos traz de novo à radicalidade da esperança. Sei que as coisas podem até piorar, mas sei também que é possível intervir para melhorá-las. (...) Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura toma parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo. (FREIRE, 1996, p 52-53).

O mundo cada vez mais necessita de pessoas que tenham e

alimentam essa esperança. Temos que pelo menos tentar para saber se dará

certo, se será a melhor escolha. Isso cada indivíduo saberá quanto tivermos

mais iniciativa de nossas atitudes, de nossas ações. É árdua essa jornada

diante de tantas transformações que o mundo passa, de tantos valores que se

perdem, de tanto conhecimento e práticas que não é acessível a todos como

deveria, mas precisamos ter o espírito batalhador e persistente se queremos

alcançar um objetivo maior: permitir aos nossos jovens que tenham um

presente libertador e um futuro que possibilite novos horizontes. Assim, vejo

necessário visar projetos sociais através de escolas, de empresas e do

Governo, sendo mais uma forma de agregarmos valores aos nossos jovens

conforme será abordado mais adiante.

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CAPÍTULO III

OS PROJETOS SOCIAIS E OS JOVENS: PARCERIA

PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE

PROMISSORA

3.1. Desenvolver competências sociais e sua importância na

vida dos jovens

Podemos analisar a adolescência como um modo de vida, uma fase

em desenvolvimento físico, psicológico e emocional como um turbilhão devido

a tanta informação e situações que giram em torno da vida dos jovens. É uma

fase que representa um período de crescimento e mudanças em quase todos

os aspectos, vivenciando novas experiências, novas responsabilidades, novos

desafios e novos relacionamentos com adultos. O estatuto da Criança e do

Adolescente (1990) diz:

ART 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facilitar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (ECA, 1990, p. 8).

Assim, temos na família, uma das maneiras para que esses

aspectos sejam trabalhados para um desenvolvimento de valores, de crenças,

de conceitos que o jovem possa aprender e praticar durante o seu ciclo de

vida, possibilitando uma melhor interação com as pessoas e transformando o

cenário em que vive, sendo essencial para a sua formação pessoal e

profissional. Como funções sociais da família para os filhos, está a transmissão

da cultura e a preparação para a cidadania, que lhe é delegada pela sociedade.

Assim, vemos que os pais influenciam e determinam os comportamentos que

seus filhos terão em relação a sociedade em que vivem.

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Nos dias atuais, a realidade dos adolescentes vai de encontro com

uma sociedade, cujos princípios, são cada vez menos nítidos e se encontram

em permanente mudança, onde as mesmas são cada vez mais rápidas,

fazendo com que muita mais informação seja adquirida pela juventude. Em

contrapartida, têm surgido diversos problemas tais como as drogas que estão

cada vez mais potentes e de maior acesso, a delinqüência juvenil, terrorismo

internacional que tem feito vários estragos nos mais variados países e onde

estão inserindo crianças e jovens para o combate, doenças crônicas e

epidemias que, como o vírus da Zika, tem alarmado as populações mundiais

sem uma cura, suicídios, crianças que são agredidas até à morte pelos

próprios pais, movimentos de alienação cultural, gravidez em adolescentes

cada vez mais cedo e a própria tecnologia através de jogos que viciam e tiram

o foco dos jovens em outros aspectos mais importantes de sua vida social.

Além da família, outro espaço de extrema importância para o jovem

é o ambiente escolar. Existe muitos casos onde a vida familiar não oferece

uma estrutura sólida, uma base voltada em bons valores e costumes, um

apoio mais efetiva na vida dos adolescentes, sendo as escolas um caminho

que possa suprir essas necessidades, fazendo com que as comunidades se

voltam em busca de corretivos para as deficiências dos jovens nas mais

diversas áreas das competências sociais. A escola proporciona a expressão

pessoal, a imaginação e a reflexão abstrata e desenvolve ainda o gosto pelos

estudos, pela autocrítica e pelas responsabilidades individuais ou em grupo. E

o aprendizado que o jovem recebe, seja do âmbito familiar ou do escolar é o

diferencial quando pensamos em construir uma sociedade criadora de bons

valores, de bons costumes, de bons homens. Como diz FREIRE (1996):

Mulheres e homens, somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em quem aprender é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito. (FREIRE, 1996, p. 69).

E na fase da adolescência, as ações voltadas para a aprendizagem

são maiores do que na criança. Tanto os pais como os professores entre outros

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elementos importantes, esperam que os comportamentos sociais sejam mais

elaborados e eficientes. E investir nos jovens é estar pensando no presente e,

como conseqüência, visualizar, planejar e projetar um futuro promissor, onde o

mesmo se faça uma pessoa realizada, fazendo parte de uma sociedade e de

um mundo melhor.

É sabido que os jovens de hoje vivem um mundo bem diferente da

forma como os adultos vivenciaram, mas ambos partilham heranças comuns.

Contudo, existem diferentes gerações, pelas situações novas, pelas diversas

mudanças em várias áreas da vida a que os jovens estão sujeitos, porém

existem igualmente uma enorme continuidade dentro de cada classe, género

ou grupo étnico. Cada geração vai redefinindo as suas tradições, os seus

valores e costumes, de forma a dar resposta às suas necessidades particulares

e também coletivas, pois como seres sociais que somos, temos a necessidade

de trocar relações interpessoais, pois também é uma maneira de

desenvolvimento intelectual dos jovens nas suas diversas fases de vida.

PIAGET (1972) elucida-nos quando diz:

Iríamos tão longe, a ponto de dizer que certos padrões comportamentais caracteristicamente foram estágios com propriedades muito gerais: isto ocorre até que um certo nível de desenvolvimento seja atingido; a partir deste ponto, entretanto, aptidões individuais se tornam mais importantes que estas características gerais, criando diferenças cada vez maiores entre sujeitos. (PIAGET, 1972, p.8).

Vemos que cada vez mais, são oferecidas várias possibilidades de

representação pessoal, mas para que os adolescentes possam definir qual a

que melhor responde, é preciso expandir as possibilidades de escolha para

esta representação, sendo preciso que o adolescente disponha de toda

informação necessária para realizar essas escolhas, bem como o sistema que

o permita a representar os papéis que escolhe o que significa permitir-lhe

autonomizar-se. No âmbito escolar, as estruturas e os processos que os

professores escolhem para adaptar nas turmas influenciam a forma como estas

se desenvolvem e as regras que elas estabelecem para a aprendizagem social

e educacional. E o professor tem uma grande influência para que os

adolescentes sejam cooperativos e disciplinados para quando for trabalhado o

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desenvolvimento de suas competências e habilidades sociais. A escola e os

professores podem ser vistos, como um modelo de continuidade e articulação

com as vivências familiares, trocando experiências que irão auxiliar a fortalecer

as relações sociais. Assim, os jovens terão a oportunidade de evoluir no seu

processo de desenvolvimento a partir das interações que desenvolve neste

espaço, com o meio, os professores e os seus afins. A escola pode ser um

meio mais abrangente, mais vasto até mesmo que a família, pois é um

ambiente desconhecido da criança que a afastada da sua zona de conforto,

além desse espaço reorganiza comportamentos,e onde a criança desenvolve

novos comportamentos sociais que lhe permitirão construir um percurso de

vida de uma maneira mais efetiva, com menos riscos e desvios de conduta.

Matos & Sampaio (2009) reforça citando que a escola é um local

privilegiado para o desenvolvimento de ferramentas que auxiliem as crianças e

jovens na utilização de estratégias de adaptação no contato com as mais

diversas situações e desafios, nomeadamente na relação com o insucesso

escolar, com as dificuldades de adaptação à escola e com as dificuldades de

regulação do comportamento pessoal e social que a grande maioria da

juventude enfrentam em suas vidas. Além disso, é sabido que os professores

representam uma fonte importantíssima na obtenção de informação acerca do

comportamento do aluno em sala de aula e da sua competência acadêmica,

pois as suas avaliações e observações baseiam - se numa grande amostra que

se estende num maior espaço de tempo É com a entrada na escola que as

crianças e adolescentes, para além das competências que já adquiriu, resulta

também a reconhecer novos papéis e novas formas de interagir com os outros,

com os pares e com a comunidade educativa e a social, fortalecendo e

potencializando suas capacidades de aprendizagem, diminuindo os conflitos

interpessoais, onde a mesma deve exercer com excelência todas as funções,

seja no âmbito qualitativo e no quantitativo, tendo um papel muito significativo

na formação e integridade dos nossos jovens.

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3.2. A relevância que os projetos sociais têm na vida dos

jovens e da sociedade

Que presente e futuro podemos oferecer para os nossos jovens e

como construir, através deles, uma sociedade que seja mais justa e de

igualdades. Existem diversas situações e/ou ações que giram em torno do

jovem, gerando um ramo de informações referentes a famílias, a educação, o

mundo do trabalho e o desemprego, a sexualidade, as novas tecnologias, as

drogas e a violência, a fome e a miséria, dentre outros aspectos, que, em

muitos casos, transforma a mente de um adolescente em um enorme caos.

Nas sociedades contemporâneas, uma de suas características está

relacionada com a velocidade e forma com que as mudanças ocorrem nas

demais esferas da produção e reprodução da vida social. Sem sombra dúvida,

os jovens são sujeitos - chave desses processos e transformações, e

interagem com eles, algumas vezes, como protagonistas e beneficiários das

mudanças e por outras vezes, sofrem bastante os prejuízos de processos de

“modernização” e inovação, produtores de novas contradições e desigualdades

sociais que tanto interferem na formação e conduta dos jovens.

Diante de tantos de assuntos e desafios para serem superados, uma

das mais importantes tarefas das instituições, como o Governo, as empresas e

as escolas, além da própria família, hoje, seria a de contribuir para que os

jovens pudessem realizar escolhas conscientes e produtivas a respeito de suas

trajetórias pessoais e constituir, através de muito esforço, os seus próprios

acervos de valores, competências e conhecimentos que já não mais são

impostos como heranças familiares ou institucionais, que diversas gerações

anteriores vivenciaram. Esse fardo da tradição encontra-se diluído e os

caminhos a seguir são bem mais incertos e inseguros

. Os jovens de hoje produzem seus trânsitos para a vida adulta no

contexto de sociedades produtoras de riscos – onde muitos deles

experimentados e vivenciados de forma inédita, bem como o da ameaça

ambienta, a violência urbana e do tráfico de drogas–, mas também

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experimentam processos societários com maiores campos de alternativas para

a realização de apostas frente ao futuro dos jovens onde as mesmas se

desenvolveriam em contextos de vida apresentadas pelo desenvolvimento

científico-tecnológico e novos padrões culturais e sociais nos relacionamentos

entre as gerações, mesmo com os riscos e incertezas que são provocados por

um processo de globalização marcado pelas desigualdades de oportunidades e

pela fragilização dos vínculos institucionais (LECCARDI, 2005).

Podemos incentivar e despertar nos jovens todos os potenciais e

valores que ainda não são tão bem dominados por eles. São repletos de

simbolismos, vontades, inseguranças, fragilidades e paixões, mas não

deixando de buscar o seu espaço neste mundo. E pensando nestas

características e na sua inserção e atuação na sociedade, devemos refletir e

pensar sobre em termos muito mais paciência, tolerância, compreensão e,

principalmente, com muito carinho, oferecer atividades construtivas e políticas

públicas voltadas para essa juventude, propostas que desenvolvam e explorem

melhor todas as suas potencialidades, seus talentos e vocações. Além disso,

não podemos esquecer que é necessário que possamos assegurar para eles o

tempo e o espaço necessários para sentir o quanto são importantes dentro da

sua sociedade e o que podem fazer para torna-la cada vez melhor. É fazê-lo

compreender que ser jovem não é apenas sair de uma fase criança e já quase

estar na fase adulta, mas sim de encontra e de fazer valer a sua identidade

perante as outras pessoas.

E a sociedade como um todo tem o papel fundamental, ou melhor,

dizendo, tem um dever perante os jovens de estarem ao seu lado como

mediadores, como facilitadores diante de uma fase tão repleta de vivência, de

transformações, de reflexões, de idas e vindas, de erros e acertos, de

afirmações, de busca por novas perspectivas e caminhos, criando, recriando e

descobrindo-se como indivíduo. Indo mais além, é fundamental apresentarmos

caminhos que seja permeados e guiados pelo amor, pela verdade, pela

simpatia, pelo pensamento positivo, pela generosidade, pela honestidade e

dignidade, pois se transmitirmos pelo menos um pouco de cada valor citado

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pode fazer como que os jovens de hoje façam a diferença mais adiante, pois a

esperança por dias melhores está nas mãos deles.

E temos nos projetos sociais uma das formas que melhor podem

transformar e concretizar tudo que já foi dito em relação aos nossos jovens. Os

projetos sociais buscam sempre, por intermédio de um conjunto integrado de

atividades e ações, transformar uma parcela ou a totalidade da realidade,

minimizando ou mesmo eliminando um déficit, ou solucionando um problema,

para satisfazer as necessidades de grupos que não possuem recursos para

solucioná-las por intermédio do mercado, seja pelas políticas públicas ou pelo

âmbito escolar.

Existe a necessidade de se fortalecer cada vez mais o papel ativo da

população que deve sempre cobrar uma ação efetiva do Estado em relação

aos seus direitos, bem como a necessidade de que os agentes institucionais

que atuam nos projetos sociais tenham competência e clareza do papel e da

responsabilidade do Estado na consolidação dos direitos sociais, a fim de que

possa trabalhar esta questão mediante a população que usufruí de todos esses

benefícios, expandindo, assim, seu poder de pressão e luta por esses direitos,

o que pode contribuir demasiadamente para fazer avançar o que legalmente

encontra-se instituído pelas leis. O papel do Estado é muito importante para

que se tenha a garantia de políticas públicas e que as mesmas sejam

exercidas de maneira que facilite e auxilie os jovens e toda a sociedade para a

aplicação dos fundamentos necessários ao desenvolvimento dos mesmos.

HOFLING (2001) elucida quanto diz que para além da crescente sofisticação

na produção de instrumentos de avaliação de programas, de projetos e mesmo

de políticas públicas é fundamental se referir às chamadas “questões de

fundo”, as quais informam, as decisões tomadas, as escolhas que são feitas,

os caminhos de implementação que são traçados, além dos modelos de

avaliação a serem aplicados, em relação a uma estratégia de intervenção

governamental. E uma destas relações, que são consideradas fundamentais é

a que se estabelece entre Estado e políticas sociais, que este implementa, em

uma determinada sociedade, em determinado período histórico. Na análise e

avaliação de políticas que são elaboradas e postas em prática por um governo,

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vários fatores de diferentes natureza e determinação são fundamentais, pois

quando se focaliza as políticas sociais como as de educação, saúde,

previdência, habitação, saneamento, entre outros aspectos, os fatores

envolvidos para a aferição de seu “sucesso” ou “fracasso” são complexos,

variados, e demandam um enorme esforço de análise.

É necessário que cada vez mais buscar novas soluções, novas

ideias, novas parcerias, conhecer melhor os problemas de cada comunidade e

fazer com que as pessoas se unam em torno de objetivos comuns em prol,

principalmente, dos mais carentes e de tamanha importância e relevância têm

os projetos nas comunidades para socialização de jovens, que cada vez mais

se encontram afastados da própria realidade. Através de projetos sociais,

temos a possibilidade de transformar um ambiente depois que se começa um

trabalho social, seja ele de qualquer natureza, pois pode ser realizado em

diversas áreas como a esportiva, a ambiental, empresarial, entre outras. É

como estivéssemos “plantando uma semente”, para crescer e depois

colhermos os frutos, mostrando para a nossa juventude que ela é capaz de

melhorar o mundo em que vivem, mostrando a capacidade de cada um,

possibilitando abrir novos caminhos, novos horizontes, fazê-la entender que

tudo pode ser transformado para melhor com trabalho sério, dedicação,

comprometimento, valorizando as qualidades de cada indivíduo, essa é a

verdadeira essência dos projetos sociais.

Além disso, é uma maneira de dá voz aos nossos jovens permitindo

que atuem de forma mais participativa, pois possuem um alto potencial na vida

cultural, social, econômica e política do país. O olhar dos jovens é voltado para

as questões fundamentais do seu dia a dia, que são desafios a serem

superados como a discriminação em suas mais diversas formas, o desemprego

cada vez numa escala maior, as evasões escolares, a segurança pública, a

violência infantil, o mundo das drogas e diversos outros assuntos. Mesmo

diante dessas situações adversas, eles enfrentam e demonstram uma

disposição para mudar esse cenário assumindo individualmente em prol do

coletivo, de sua comunidade. Permitir isso aos jovens é, também, um jeito de

se fazer políticas públicas.

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Como é interessante assinalar que quanto mais os jovens se

envolvem em experiências de participação comunitária, escolar, ambientais e

mesmo familiar, mais se enriquecem seus universos de referências e

consequentemente mais se ampliam as possibilidades de intervenção social

que tanto é importante para a formação de uma sociedade em construção. Por

isso e tudo mais, a importância que têm o Governo, as empresa privadas,

escolas e a própria família na vida dos jovens e, juntos, as chances para que

tudo aconteça da melhor maneira possível é tamanha. Os projetos sociais são

frutos dessa união, cada um com a sua contribuição, tornando a realidade dos

jovens algo produtivo, próspero e enriquecedor para suas vidas.

Nos dias atuais, vemos que a economia tem mudado

constantemente, altos e baixos, e a cada dia aumenta a produção de bens e,

em menor escala, a geração de empregos. É sabido que os projetos sociais

não resolveram de alocar todas as pessoas, incluindo os jovens,

ocupando postos de trabalho; mas mudarão a visão dessas pessoas,

mostrando que há uma outra realidade, fazendo com que elas enxergarem que

são capazes de superar os obstáculos e melhorando sua qualidade de vida.

Claro que não é uma tarefa simples, ela requer que diversos fatores,

principalmente a união e esforço de todos para que se alcance o objetivo maior

que é transformar toda uma juventude e a própria sociedade em que habitam,

possibilitando que as novas gerações tenham um caminho melhor.

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CONCLUSÃO

Enfim, podemos fazer com que os projetos sociais sejam o projeto

de vida dos nossos jovens, que serão os nossos futuros adultos, mostrando a

importância que devemos ter em cuidar cada vez melhor de nossas escolas, de

melhorar os setores de saúde que são precários, de nosso meio ambiente que

tanto é devastado pelo homem, de cobrar de nossos políticos sempre por

melhorias de todas as áreas, e também de prepará-los para a entrada no

mercado de trabalho. Mostrar para cada jovem que o caminho de uma

sociedade melhor, de um mundo melhor, é com a sua participação, com a sua

força de vontade e determinação contínua que fará a transformação da história

de cada indivíduo.

Que precisamos de pessoas comprometidas, capacitadas e que

tenham o desejo de transformar pessoas, de transformar o meio em que vivem,

de fazer com que o mundo seja melhor para todos e temos nos nossos jovens

essa esperança, esse sonho de que podemos sempre transformar situações

adversas que a sociedade vive por ações produtivas e que tenham a finalidade

de ser cada vez melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente as

que são excluídas do meio social, político e econômico de nosso país. Que

cada um possa fazer a sua parte bem feita para que, no coletivo, tenhamos

todos os resultados positivos possíveis. E viva os jovens.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 02 DEDICATÓRIA 03 RESUMO 04 METODOLOGIA 05 SUMÁRIO 06 INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO: A BASE PARA CONSTRUIR O FUTURO DOS JOVENS 08

1.1. Construir o sentido de cidadania para os jovens é qualificar a

formação educacional e profissional dos mesmos. 08

1.2. A escola como mediadora da Educação para a formação intelectual dos jovens. 12

CAPÍTULO II

COMO AS EMPRESAS PODEM INFLUENCIAR E CAPACITAR OS JOVENS PARA SUA FORMAÇÃO? 17

2.1. A empresa e a juventude: inserção no mercado de trabalho 17

2.2. A empresa profissionalizando o jovem através da Educação 21

CAPÍTULO III

OS PROJETOS SOCIAIS E OS JOVENS: PARCERIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE PROMISSORA 26

3.1. Desenvolver competências sociais e sua importância na vida dos jovens 26

3.2. A relevância que os projetos sociais têm na vida dos jovens e da

sociedade 30

CONCLUSÃO 35 BIBLIOGRAFIA 36 ÍNDICE 39

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