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ISSN 1806-9193 Dezembro, 2006 Documentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 174 Zoneamento edáfico para Zoneamento edáfico para Zoneamento edáfico para Zoneamento edáfico para Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, as culturas da mamona, as culturas da mamona, as culturas da mamona, as culturas da mamona, soja, girassol e canola soja, girassol e canola soja, girassol e canola soja, girassol e canola soja, girassol e canola na R na R na R na R na Região Noroeste egião Noroeste egião Noroeste egião Noroeste egião Noroeste do estado do do estado do do estado do do estado do do estado do Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Pelotas, RS 2006 Carlos Carlos Carlos Carlos Carlos Alber Alber Alber Alber Alberto Flores to Flores to Flores to Flores to Flores Marilice Cordeiro Gar Marilice Cordeiro Gar Marilice Cordeiro Gar Marilice Cordeiro Gar Marilice Cordeiro Garrastazu rastazu rastazu rastazu rastazu Heinric Heinric Heinric Heinric Heinrich Hasenac h Hasenac h Hasenac h Hasenac h Hasenack Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu Weber eber eber eber eber Empresa Brasileira de P Empresa Brasileira de P Empresa Brasileira de P Empresa Brasileira de P Empresa Brasileira de Pesquisa esquisa esquisa esquisa esquisa Agropecuária Agropecuária Agropecuária Agropecuária Agropecuária Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Temperado emperado emperado emperado emperado Ministério da Ministério da Ministério da Ministério da Ministério da Agricultura, P Agricultura, P Agricultura, P Agricultura, P Agricultura, Pecuária e ecuária e ecuária e ecuária e ecuária e Abastecimento Abastecimento Abastecimento Abastecimento Abastecimento

Documentos 174 - Ministério da Justiça · Embrapa Clima Temperado Ministério da Agricultura, ... Daniela Lopes Leite e Luís Eduardo Corrêa Antunes ... Pesquisador Embrapa Clima

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ISSN 1806-9193

Dezembro, 2006

DDDDDocumentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 111117777744444

Zoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraas culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,soja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolana Rna Rna Rna Rna Região Noroesteegião Noroesteegião Noroesteegião Noroesteegião Noroestedo estado dodo estado dodo estado dodo estado dodo estado doRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do Sul

Pelotas, RS2006

Carlos Carlos Carlos Carlos Carlos AlberAlberAlberAlberAlberto Floresto Floresto Floresto Floresto FloresMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarrastazurastazurastazurastazurastazuHeinricHeinricHeinricHeinricHeinrich Hasenach Hasenach Hasenach Hasenach HasenackkkkkEliseu Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu WWWWWeberebereberebereber

Empresa Brasileira de PEmpresa Brasileira de PEmpresa Brasileira de PEmpresa Brasileira de PEmpresa Brasileira de Pesquisa esquisa esquisa esquisa esquisa AgropecuáriaAgropecuáriaAgropecuáriaAgropecuáriaAgropecuáriaEmbrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadoMinistério da Ministério da Ministério da Ministério da Ministério da Agricultura, PAgricultura, PAgricultura, PAgricultura, PAgricultura, Pecuária e ecuária e ecuária e ecuária e ecuária e AbastecimentoAbastecimentoAbastecimentoAbastecimentoAbastecimento

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadoEndereço: BR 392 km 78Caixa Postal 403 - Pelotas, RSFone: (53) 3275 8199Fax: (53) 3275-8219 / 3275-8221Home page: www.cpact.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê de PComitê de PComitê de PComitê de PComitê de Publicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidade

Presidente: Walkyria Bueno ScivittaroSecretária-Executiva: Joseane M. Lopes GarciaMembros:Membros:Membros:Membros:Membros: Cláudio Alberto Souza da Silva, Lígia Margareth CantarelliPegoraro, Isabel Helena Vernetti Azambuja, Luís Antônio Suita de Castro, SadiMacedo Sapper, Regina das Graças V. dos SantosSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Daniela Lopes Leite e Luís Eduardo Corrêa Antunes

Revisores de texto: Sadi Macedo SapperNormalização bibliográfica: Regina das Graças Vasconcelos dos SantosEditoração eletrônica: Oscar CastroArte da capa: Lilian Garcia (bolsista)Composição e impressão: Embrapa Clima Temperado

1ª edição1ª edição1ª edição1ª edição1ª edição1ª impressão 2006: 50 exemplares

TTTTTodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosA reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constituiviolação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul / Carlos Alberto Flores ... [et al.] -- Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. 26 p. -- (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 174).

ISSN 1806-9193

Recurso natural - Zoneamento edáfico - Planta oleaginosa Agroenergia- Região Sul - Rio Grande do Sul. I. Flores, Carlos Alberto. II. Série.

CDD 333.73

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AutoresAutoresAutoresAutoresAutores

Carlos Carlos Carlos Carlos Carlos AlberAlberAlberAlberAlberto Floresto Floresto Floresto Floresto FloresMSc. em AgronomiaPesquisador Embrapa Clima Temperado([email protected])

Marilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarrastazurastazurastazurastazurastazuMSc. em Engenharia AgrícolaPesquisadora Embrapa Clima Temperado([email protected])

HeinricHeinricHeinricHeinricHeinrich Hasenach Hasenach Hasenach Hasenach HasenackkkkkMSc. em EcologiaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul([email protected])

Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu WWWWWeberebereberebereberMSc. em Sensoriamento RemotoUniversidade Federal do Rio Grande do Sul([email protected])

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ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Muitas das ações do Governo Federal têm sido voltadas aofomento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na área deagroenergia. Uma das prioridades estratégicas é a elaboraçãode estudos de caráter sócio-econômico e estratégicosócio-econômico e estratégicosócio-econômico e estratégicosócio-econômico e estratégicosócio-econômico e estratégico, como odesenvolvimento de cenários, os estudos prospectivos e apreparação de subsídios para políticas públicas.

O biodiesel é uma das alternativas para atender a estas açõesestratégicas de caráter nacional, a partir de plantas de fáciladaptação em regiões de clima tropical e subtropical, como ogrupo das oleaginosas (mamona, soja, girassol e canola).

Neste trabalho disponibiliza-se informações para técnicos,agricultores, pesquisadores e gestores sobre zoneamentoedáfico para a região Noroeste do Rio Grande do Sul, mostran-do sua aptidão para cultura de algumas oleaginosas. Apresentatambém a identificação e descrição das unidades demapeamento de solos da região que apoiaram as discussões eprocessamento das informações.

Através deste documento, a Embrapa Clima Temperado, contri-bui para a consolidação do Programa Brasileiro de Agroenergia.

Waldyr Stumpf JúniorChefe de Pesquisa e Desenvolvimento

Embrapa Clima Temperado

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SumárioSumárioSumárioSumárioSumário

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona,Zoneamento edáfico para as culturas da mamona,Zoneamento edáfico para as culturas da mamona,Zoneamento edáfico para as culturas da mamona,Zoneamento edáfico para as culturas da mamona,soja, girassol e canola na Rsoja, girassol e canola na Rsoja, girassol e canola na Rsoja, girassol e canola na Rsoja, girassol e canola na Região Noroeste do estadoegião Noroeste do estadoegião Noroeste do estadoegião Noroeste do estadoegião Noroeste do estadodo Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul .......................................................

11111. Introdução ..................................................................... Introdução ..................................................................... Introdução ..................................................................... Introdução ..................................................................... Introdução ....................................................................

2. Contextualização .........................................................2. Contextualização .........................................................2. Contextualização .........................................................2. Contextualização .........................................................2. Contextualização .........................................................

3. Metodologia .................................................................3. Metodologia .................................................................3. Metodologia .................................................................3. Metodologia .................................................................3. Metodologia .................................................................3.13.13.13.13.1. Caracterização dos S. Caracterização dos S. Caracterização dos S. Caracterização dos S. Caracterização dos Solos .....................................................olos .....................................................olos .....................................................olos .....................................................olos .....................................................3.2. 3.2. 3.2. 3.2. 3.2. Aptidão Edáficas para as Culturas ......................................Aptidão Edáficas para as Culturas ......................................Aptidão Edáficas para as Culturas ......................................Aptidão Edáficas para as Culturas ......................................Aptidão Edáficas para as Culturas ......................................3.3. Descrição das classes de aptidão edáficas ........................3.3. Descrição das classes de aptidão edáficas ........................3.3. Descrição das classes de aptidão edáficas ........................3.3. Descrição das classes de aptidão edáficas ........................3.3. Descrição das classes de aptidão edáficas ........................

4. R4. R4. R4. R4. Resultados e discussão ...............................................esultados e discussão ...............................................esultados e discussão ...............................................esultados e discussão ...............................................esultados e discussão ...............................................

4.1 - Descrição das classes de solos 4.1 - Descrição das classes de solos 4.1 - Descrição das classes de solos 4.1 - Descrição das classes de solos 4.1 - Descrição das classes de solos ...............................................................................................................................................................................

5. Considerações finais ...................................................5. Considerações finais ...................................................5. Considerações finais ...................................................5. Considerações finais ...................................................5. Considerações finais ...................................................

6. R6. R6. R6. R6. Referências bibliográficas ...........................................eferências bibliográficas ...........................................eferências bibliográficas ...........................................eferências bibliográficas ...........................................eferências bibliográficas ...........................................

77777. . . . . AnexAnexAnexAnexAnexo (Mapa) ...............................................................o (Mapa) ...............................................................o (Mapa) ...............................................................o (Mapa) ...............................................................o (Mapa) ...............................................................

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Zoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraZoneamento edáfico paraas culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,as culturas da mamona,soja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolasoja, girassol e canolana Rna Rna Rna Rna Região Noroesteegião Noroesteegião Noroesteegião Noroesteegião Noroestedo estado dodo estado dodo estado dodo estado dodo estado doRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulCarlos Carlos Carlos Carlos Carlos AlberAlberAlberAlberAlberto Floresto Floresto Floresto Floresto FloresMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarMarilice Cordeiro GarrastazurastazurastazurastazurastazuHeinricHeinricHeinricHeinricHeinrich Hasenach Hasenach Hasenach Hasenach HasenackkkkkEliseu Eliseu Eliseu Eliseu Eliseu WWWWWeberebereberebereber

1 1 1 1 1. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução

Como ação estratégica, o Governo Federal elaborou o PlanoNacional de Agroenergia com o objetivo de organizar propostasde Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e de Transferência deTecnologia (PD&I e TT), buscando sustentabilidade,competitividade e maior eqüidade entre os agentes das cadeiasde agroenergia, de acordo com os anseios da sociedade, asdemandas dos clientes e com as políticas públicas das áreasenergética, social, ambiental, agropecuária e de abastecimento.

Destaca-se como objetivo principal de PD&I e TT desenvolver etransferir conhecimento e tecnologias que contribuam para aprodução sustentável da agricultura de energia e o uso racionalda energia renovável, visando a competitividade doagronegócio brasileiro e o suporte às políticas públicas.

O biodiesel é uma das alternativas para atender este plano, apartir de plantas de fácil adaptação em regiões de clima tropicale subtropical, como o grupo das oleaginosas (mamona, soja,girassol e canola).

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul10

A região Noroeste do Rio Grande do Sul possui condiçõesnaturais propícias para a produção de várias espéciesoleaginosas, que passam a representar alternativas econômicaspara a diversificação da matriz produtiva e fonte de renda paraos agricultores.

Com intuito de colaborar nos estudos prospectivos emagroenergia, este trabalho apresenta o zoneamento edáfico paraa região Noroeste do RS para algumas espécies oleaginosas(mamona, soja, girassol e canola).

2. Contextualização 2. Contextualização 2. Contextualização 2. Contextualização 2. Contextualização

O Rio Grande do Sul possui informações ambientais em escalaaos níveis de reconhecimento e exploratório. Para a realizaçãodeste trabalho, foi utilizado o mapeamento de solos do ProjetoRADAMBRASIL (IBGE,1986), estruturado em ambiente SIG(Sistema de Informações Geográficas) pelo projeto PROBIO –Mapeamento dos Remanescentes do Bioma Campos Sulinosresultando melhor opção em acervo, em termos de escala.

O conhecimento das características intrínsecas e extrínsecas decada classe de solo tais como, seqüência de horizontes no perfil,tipo de horizontes superficial e subsuperficial, transição entrehorizontes, profundidade efetiva, textura, estrutura,susceptibilidade à erosão, infiltração, permeabilidade,capacidade de armazenamento de água, drenagem edisponibilidade de nutrientes são aspectos que devem serlevados em conta juntamente com o relevo em que ocorrem e apresença de pedregosidade e/ou rochosidade quando daavaliação do potencial destes para uso em sistemas agrícolas.Estas características que lhe são intrínsecas são herdadas emparte do material que lhes deu origem – rocha mãe – mas,também condicionadas pelo relevo e pela interação com o climada região e com os organismos num determinado período detempo.

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11Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

Esta etapa do trabalho teve como objetivo dar uma visão geraldos solos da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul(Figura 01), assim como indicar sua aptidão ao cultivo deespécies oleaginosas como mamona, soja, girassol, e canola.

Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1..... Mapa de localização da região de abrangência no RS.

A Região Noroeste do Estado é composta por sessenta e três(63) Municípios, os quais são: Ametista do Sul, Iraí, Cristal doSul, Pinhal, Rodeio Bonito, Novo Tiradentes, Vicente Dutra,Caiçara, Frederico Westphalen, Seberi, Erval Seco, Taquaruçu doSul, Vista Alegre, Palmitinho, Pinheirinho do Vale, Vista Gaúcha,Barra do Guarita, Derrubadas, Tenente Portela, Redentora,Miraguaí, Braga, Coronel Bicaco, Campo Novo, Bom Progresso,Três Passos, Humaitá, Sede Nova, Santo Augusto,Tiradentes doSul, Esperança do Sul, Crissiumal, Cerro Grande, Jaboticaba,

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul12

Lajeado do Bugre, Sagrada Família, São José das Missões, SãoPedro das Missões, Palmeira das Missões, Novo Barreiro, BoaVista das Missões, Dois Irmãos das Missões, Condor, Panambi,Rio dos Índios, Nonoai, Alpestre, Planalto, Gramado dos Lourei-ros, Trindade do Sul, Entre Rios do Sul, Ronda Alta, Rondinha,Três Palmeiras, Engenho Velho, Constantina, Liberato Salzano,Novo Xingu, Chapada, Barra Funda, Sarandi, Pontão e Nova BoaVista.

A região abordada neste trabalho caracteriza-se por uma grandediversidade de tipos de solos, tendo em vista as mais variadascombinações dos fatores de formação que ali ocorrem. Sendo osolo um produto da interação dos vários fatores - Solo = função{clima, material de origem, relevo, organismos, tempo}, todavez que um ou mais fatores forem alterados, teremos solosdiferentes. Assim, como na raça humana, um indivíduo, não éigual ao outro. Portanto, em razão das características que cadaindivíduo (tipo de solo) apresentar, o mesmo requer tratamentodiferenciado (manejo) para expressar toda sua potencialidadesem comprometer o meio ambiente.

3. Metodologia 3. Metodologia 3. Metodologia 3. Metodologia 3. Metodologia

As informações que subsidiaram esta avaliação foram basica-mente, o mapa e a legenda do levantamento exploratório desolos realizado pelo Projeto RADAMBRASIL na escala 1:250.000(IBGE, 1983). Na legenda deste mapa, os solos estão representa-dos por unidades de mapeamento compostas geralmente porassociações de várias classes de solos (Figura 02). Nesta, asinformações são mais de natureza qualitativa do recurso solo,com a finalidade de identificar áreas com maior ou menor po-tencial, prioritárias para o desenvolvimento regional. Isto decor-re do nível generalizado em que foi realizado o levantamento desolos.

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13Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

Fig

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2.

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul14

No SIG, através de operações de seleção espacial e seleção poratributos no banco de dados, filtrou-se às unidades demapeamento referentes às regiões de estudo. Exportou-se estaconsulta em forma de planilha para a etapa de descrição destasunidades de mapeamento.

Para a integração dos dados no ambiente SIG associando ainformação tabular ao dado espacial (polígono representativoda unidade de mapeamento) foi avaliada apenas a classe desolo que constava como primeiro componente da associaçãoassumindo sua textura, relevo e demais característicasacessórias como predominante na associação. Portanto, seu usodeve ser apenas orientador uma vez que existem classes desolos com aptidão tanto superior como inferior ao primeirocomponente que foi analisado. Assim, do quantitativo total(área) de cada unidade de mapeamento analisada deve serdescontada a área correspondente às demais classes de soloscomponentes daquela unidade de mapeamento. Pela análise eexperiência acumulada, isto, quer dizer que a área compotencial para ser cultivada com cada uma das culturas listadas,deve ser reduzida em torno de cinqüenta (50) por cento daoriginal, além, das áreas em uso com as demais atividades naregião (arroz, reflorestamento, pecuária, corpos de água, áreasurbanas, etc.).

3.1 - Caracterização dos solos3.1 - Caracterização dos solos3.1 - Caracterização dos solos3.1 - Caracterização dos solos3.1 - Caracterização dos solos

Foram abordados vários aspectos relacionados aos solosocorrentes na região. Para tanto, julgou-se conveniente agrupá-los por semelhanças (Classe de solos, tipos de horizontes,drenagem, textura, condutividade hidráulica, susceptibilidade àerosão, saturação por bases e relevo), além de outrascaracterísticas acessórias como caráter abrúptico, plíntico,planossólico, gleico, fase pedregosa, etc. Características estasde grande relevância quando da interpretação dos solos para

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15Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

uso principalmente na agricultura. Uma vez agrupados os solosforam analisados em relação às principais exigências de cadauma das culturas propostas (mamona, soja, girassol e canola).

Da mesma forma, foi mantida a nomenclatura da legenda dossolos como está no trabalho original. Tal procedimento visa, tãosomente, preservar e valorizar a informação obtida pelo projetoRADAMBRASIL. Embora se procure dar uma idéia geral da novaclassificação brasileira de solos, a classificação dos solos não éo objetivo deste trabalho, mas, sim sua interpretação emrelação ao potencial destes quando em uso com as referidasculturas.

3.2 - 3.2 - 3.2 - 3.2 - 3.2 - Aptidão edáficas para as culturas:Aptidão edáficas para as culturas:Aptidão edáficas para as culturas:Aptidão edáficas para as culturas:Aptidão edáficas para as culturas:

Procurou-se agrupar as unidades de mapeamento emcategorias, definindo, em cada uma, classes distintas deutilização. Numa categoria superior, definiram-se classes emfunção das características de profundidade efetiva, fertilidade,drenagem interna, relevo e pedregosidade dos solos entreoutras características analisadas. Quando estas condições sãototalmente favoráveis, ocorre a classe de solos PPPPPreferencialreferencialreferencialreferencialreferencial paraaquela cultura. Quando ocorrem restrições em uma ou maiscaracterísticas, que limitam as possibilidades de utilização comdeterminada cultura, os solos foram enquadrados em classesdistintas de aptidão edáfica. Desta análise resultaram quatroclasses de aptidão edáfica para as culturas selecionadas(girassol, canola, soja e mamona):

P – Preferencial;

R – Recomendada;

PR - Pouco Recomendada;

CNR - Cultivo não Recomendado.

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul16

3.3 - Descrição das classes de aptidão edáficas3.3 - Descrição das classes de aptidão edáficas3.3 - Descrição das classes de aptidão edáficas3.3 - Descrição das classes de aptidão edáficas3.3 - Descrição das classes de aptidão edáficas

PPPPPreferencialreferencialreferencialreferencialreferencial: áreas de solos onde o desenvolvimento e asprodutividades das culturas são muito altos;

RRRRRecomendadaecomendadaecomendadaecomendadaecomendada: áreas de solos onde o desenvolvimento e asprodutividades das culturas são satisfatórios;

PPPPPouco Rouco Rouco Rouco Rouco Recomendadaecomendadaecomendadaecomendadaecomendada: áreas de solos onde o desenvolvimento eas produtividades das culturas tendem a serem baixas;

CultiCultiCultiCultiCultivvvvvo não Ro não Ro não Ro não Ro não Recomendadoecomendadoecomendadoecomendadoecomendado: áreas de solos onde odesenvolvimento e as produtividades das culturas são muitoreduzidos.

4. R 4. R 4. R 4. R 4. Resultados e discussãoesultados e discussãoesultados e discussãoesultados e discussãoesultados e discussão

Como resultado final destaca-se o mapa do zoneamento edáficopara as culturas e sua quantificação (área em hectare epercentual) segundo as classes definidas.

De acordo com as unidades de mapeamento identificadas ecaracterizadas destacam-se na região noroeste os Cambissolos(Ce2), Gleissolos (Ge); Latossolos (LBRa1, LEHa, LEa1, LRa,LRd1, LRd2, LRd3); Solos Litólicos (Re10, Re13) e as Terras Roxas(TRe3, TRd3, TRe4, TRe6).

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17Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul18

4.1 - Descrição das classes de solos4.1 - Descrição das classes de solos4.1 - Descrição das classes de solos4.1 - Descrição das classes de solos4.1 - Descrição das classes de solos

Cambissolos (Ce2):Cambissolos (Ce2):Cambissolos (Ce2):Cambissolos (Ce2):Cambissolos (Ce2): na nova nomenclatura taxonômica de solos(Embrapa, 1999), continuam a serem chamados de Cambissolos.As principais características destes solos são a presença dohorizonte B incipiente e o baixo gradiente textural entre oshorizontes. São solos minerais, não hidromórficos, de coloraçãobruno avermelhada, com seqüência de horizontes A, Bi e C. Ohorizonte B tem estrutura fraca ou moderadamentedesenvolvida em blocos subangulares, textura argilosa sendocomuns altos teores de silte. São derivados de basalto eocorrem na região mais dissecada do relevo invariavelmente

associado aoutros solosmais rasos. Porserem solos depoucaprofundidade eocorrerem emrelevomovimentado,com fasepedregosa,tornam-se muitosusceptíveis àerosão, o quelimita suautilização.

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19Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

Gleissolos (Ge):Gleissolos (Ge):Gleissolos (Ge):Gleissolos (Ge):Gleissolos (Ge): esta classe de solo também não teve alteraçãode nome. Esta classe compreende solos hidromórficos que secaracterizam pela presença de um horizonte glei próximo dasuperfície. Este horizonte é formado em condições de excessode umidade, temporário ou permanente, resultando em coresde redução acentuadas, normalmente cinzentas ou cinzento-oliváceas.

Apresentam seqüência de horizontes do tipo A e Cg, com ousem descontinuidade litológica. São solos medianamenteprofundos, mal drenados e com permeabilidade muito baixa.Pode apresentar atividade de argila tanto alta como baixa etextura normalmente argilosa. Possuem fertilidade variável e osprincipais fatores limitantes à sua utilização dizem respeito àpaisagem de ocorrência. Normalmente, ocorrem em áreas devárzeas onde a drenagem é muito restrita e ao risco deinundações é alto.

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul20

Latossolos (LBRLatossolos (LBRLatossolos (LBRLatossolos (LBRLatossolos (LBRa1, LBRa1, LBRa1, LBRa1, LBRa1, LBRa2 LEHa, LEa1, LRa2 LEHa, LEa1, LRa2 LEHa, LEa1, LRa2 LEHa, LEa1, LRa2 LEHa, LEa1, LRa, LRd1, LRd2):a, LRd1, LRd2):a, LRd1, LRd2):a, LRd1, LRd2):a, LRd1, LRd2): agrande alteração na denominação desta classe de solo refere-seaos níveis mais baixos do sistema taxonômico. Os LatossolosVermelho Escuro e os Latossolos Roxos enquadram-se na classedos Latossolos Vermelhos (Embrapa, 1999). A distinção se faznos demais níveis taxonômicos do sistema de classificação. Ossolos com horizonte B latossólico caracterizam-se porapresentar perfis profundos cuja espessura do solum écomumente superior a dois (2) metros. Possuem seqüência dehorizontes do tipo A, B, C e R, sendo que o horizonte B deve terpelo menos cinqüenta (50) centímetros de espessura e teor deargila total igual ou superior a quinze (15) por cento.

Os Latossolos são solos bem drenados, com boas propriedadesfísicas, porém as unidades de mapeamento que ocorrem na

área de interesse sãoinvariavelmente debaixa fertilidade.Estas unidadesapresentam boacapacidade dearmazenamento deágua (100mm),porém esta varia emfunção da textura doperfil. Embora asunidades demapeamento queapresentam texturaargilosa possamarmazenar maiságua, a unidade demapeamento LEa1cuja textura é média,a água disponívelpara as plantas tendea ser maior.

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21Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

SSSSSolos Litólicos (Rolos Litólicos (Rolos Litólicos (Rolos Litólicos (Rolos Litólicos (Re1e1e1e1e10, R0, R0, R0, R0, Re1e1e1e1e13):3):3):3):3): esta classe de solo foi designadade Neossolo Litólico (Embrapa, 1999). Compreende solos poucodesenvolvidos, rasos, que possuem horizonte A assentadodiretamente sobre a rocha ou sobre um pequeno horizonte C,geralmente com muito material de rocha em decomposição.São solos bem a acentuadamente drenados e comcaracterísticas morfológicas, físicas e químicas muito variáveisem função do material de origem. Esta unidade de mapeamentoé derivada de basalto, possuem alta fertilidade natural devidaaos altos valores de soma por bases e aos muito baixos teorescom alumínio trocável. Ocorrem em relevo movimentado eapresentam pedregosidade.

Apesar da alta fertilidade natural, estes solos, por suaprofundidade, relevo, pedregosidade, baixa capacidade de

armazenamentode água e risco deerosão, têm suautilização relegadaa usos menosintensivos.

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul22

TTTTTerererererras Rras Rras Rras Rras Roooooxas (TRd3, xas (TRd3, xas (TRd3, xas (TRd3, xas (TRd3, TRTRTRTRTRe3, e3, e3, e3, e3, TRTRTRTRTRe4, e4, e4, e4, e4, TRTRTRTRTRe6): e6): e6): e6): e6): grandes partes das TerrasRoxas mapeadas estão incluídas na classe dos NitossolosVermelhos (Embrapa, 1999). São solos com horizonte B textural(Nítico), não hidromórficos, desenvolvidos de rochas eruptivasbásicas, com teores de ferro (Fe2O3) igual ou superior a quinze(15) por cento.

São solos com profundidade entre cinqüenta (50) e duzentos(200) centímetros, o que varia em função do relevo e das outrasclasse de solos que estão associadas na área de ocorrência. Atextura é argilosa ou muito argilosa e o horizonte B apresentacoloração avermelhada nos matizes 2,5 YR e 10R, com estruturaem blocos subangulares ou angulares, moderada a fortementedesenvolvida, normalmente com cerosidade forte e abundante eargila de atividade baixa. Sua fertilidade é variável e ocorremprincipalmente em relevo ondulado e forte ondulado. São solosbem drenados, porém, altamente susceptíveis à erosão.Apresenta boa capacidade de armazenamento de água, porém,esta varia em função da espessura do perfil e do relevo em queocorre.

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23Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

Os mapas finais mostram as áreas potenciais do ponto de vistaedáfico para cada uma das culturas referidas. Nestes, a corverde (P) representa as áreas preferenciais para cultivo. A corverde claro (R) representa as áreas onde os solos, apesar deapresentarem algumas limitações (fertilidade, textura, etc.)também são indicadas para cultivo em função do bom potencialedáfico que apresentam, enquanto que a cor laranja (PR) indicaáreas com problemas relevantes para se alcançar bonsrendimentos, devendo ser alvo de estudos maispormenorizados para tomada de decisão de uso. Já as áreas nacor amarela (CNR) não são recomendadas para uso com estasculturas em virtude do grande risco de insucesso.

De acordo com os critérios edáficos, foi gerado um mapa dezoneamento para cada cultura, porém, para os solos descritosna região noroeste, as classes foram as mesmas, nãomostrando diferença nos zoneamentos (Anexo 01).

No quadro abaixo apresentamos a quantificação das áreasclassificadas:

5. Considerações finais5. Considerações finais5. Considerações finais5. Considerações finais5. Considerações finais

Poucos são os Estados que atualmente possuem mapeamentode solos em escala adequada para estudos que auxiliam nagestão do território e dão suporte a decisões de caráterambiental e agrícola. Podemos citar o estado de Santa Catarinacom mapeamento em escala 1:250.000; o estado dePernambuco com mapeamento em escala 1:100.000.

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Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canolana Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul24

Para o recurso natural solo, o Rio Grande do Sul possui parte doterritório mapeado (região sul e alguns municípios no norte) emescala aproximada de 1:100.000 por demandas de municípios; eem escala de semidetalhe, embasada na cartografia oficial1:50.000 para a região da Serra Gaúcha, área vitivinícola. Estesmapeamentos vêm ocorrendo por demandas municipais ouatravés de projetos específicos de pesquisa.

Há necessidade de pesquisa básica de levantamento ecaracterização dos recursos naturais em melhor escala e commetodologia padronizada para que se possam executar estudoscom melhor detalhamento.

Ressalta-se o importante avanço no resgate de levantamentosem acervo e sua estruturação em um Sistema de InformaçõesGeográficas, permitindo futuras análises espaciais com dadosclimáticos, entre outros, refinando os estudos sobre o ambientee sua correlação com atividades agropecuárias.

O zoneamento edáfico, ora apresentado, serve de apoio adecisões de gestão regional, necessitando ser realizadosestudos em escala mais detalhada para atender a pesquisas noâmbito municipal e local.

6. R 6. R 6. R 6. R 6. Referências Bibliográficaseferências Bibliográficaseferências Bibliográficaseferências Bibliográficaseferências Bibliográficas

ASSAD, E.D.; SANO, E.E. Sistema de informações geográficas:Sistema de informações geográficas:Sistema de informações geográficas:Sistema de informações geográficas:Sistema de informações geográficas:aplicações na agricultura. 2. ed. rev.ampl. Brasília, DF:EMBRAPA, 1998. 434 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura. LLLLLevantamento deevantamento deevantamento deevantamento deevantamento dereconhecimento dos solos do estado do Rio Grande do Sulreconhecimento dos solos do estado do Rio Grande do Sulreconhecimento dos solos do estado do Rio Grande do Sulreconhecimento dos solos do estado do Rio Grande do Sulreconhecimento dos solos do estado do Rio Grande do Sul.Recife: 1973. 431 p. (DNPEA. Boletim Técnico, 30).

EMBRAPA SOLOS. Zoneamento pedoclimático para cultura daZoneamento pedoclimático para cultura daZoneamento pedoclimático para cultura daZoneamento pedoclimático para cultura daZoneamento pedoclimático para cultura dasoja no Estado de Ssoja no Estado de Ssoja no Estado de Ssoja no Estado de Ssoja no Estado de Santa Catarina.anta Catarina.anta Catarina.anta Catarina.anta Catarina. Rio de Janeiro, 1999. 1 CD-ROM (Embrapa Solos. Documentos, 11). Disponível em: http://

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25Zoneamento edáfico para as culturas da mamona, soja, girassol e canola

na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

www.cnps.embrapa.br/solosbr/pdfs/documento_11_1999.pdf.Acesso em: 6 jun. 2006.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. SistemaSistemaSistemaSistemaSistemabrasileiro de classificação de solosbrasileiro de classificação de solosbrasileiro de classificação de solosbrasileiro de classificação de solosbrasileiro de classificação de solos. Brasília, DF: EmbrapaProdução de Informação, 1999. 412 p.

IBGE. Geografia do Brasil:Geografia do Brasil:Geografia do Brasil:Geografia do Brasil:Geografia do Brasil: região Sul. Rio de Janeiro, 1990. v.2. 420 p.

IBGE. FFFFFolha SH.22 Polha SH.22 Polha SH.22 Polha SH.22 Polha SH.22 Porororororto to to to to Alegre e parAlegre e parAlegre e parAlegre e parAlegre e parte das folhas SH.21te das folhas SH.21te das folhas SH.21te das folhas SH.21te das folhas SH.21Uruguaiana e SI.22 Lagoa MirimUruguaiana e SI.22 Lagoa MirimUruguaiana e SI.22 Lagoa MirimUruguaiana e SI.22 Lagoa MirimUruguaiana e SI.22 Lagoa Mirim: geologia, geomorfologia,pedologia, vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro,1986. 796 p. (Levantamento de recursos naturais, 33). ProjetoRADAMBRASIL

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Zoneamento Edáfico para as culturas da Mamona, Soja, Girassol e Canola

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Km

Localização no RS

Sistema de projeção Policônica projetadaLatitude original: 0° EquadorLongitude original: 54° WGr.

Datum SAD 69

REscala aproximada: 1:900.000

VicenteDutra

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CNR

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Palmeiradas Missões

F. WestphalenTrêsPassos

CarazinhoIjuí

SantoÂngelo

Equipe Técnica:Carlos Alberto FloresMarilice Cordeiro GarrastazúLayout: Michele Barbosa da Silva

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Área Urbana

LegendaPreferencialRecomendadoPouco RecomendadoCultivo Não Recomendado

Limite Municipal

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SarandiSantoAugusto

Três deMaio

Panambi