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Documentos 90 ISSN 1517-4859 Dezembro, 2015 Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá

Documentos - core.ac.uk · Membros: Adelina do Socorro Serrão Belém, Eliane Tie Oba Yoshioka, Gustavo Spadotti Amaral Castro, Luis Wagner Rodrigues Alves, Rogério Mauro Machado

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Documentos90ISSN 1517-4859

Dezembro, 2015

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá

ISSN 1517-4859Dezembro, 2015

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amapá Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Documentos 90

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá

José Adriano Marini

Embrapa Amapá Macapá, AP 2015

Embrapa AmapáRodovia Juscelino Kubitschek, km 05, no 2600Caixa Postal 10CEP 68903-419 / 68906-970, Macapá, APFone: (96) 4009-9500 / Fax: (96) 4009-9501www.embrapa.br www.embrapa.br/fale-conosco/sac

Comitê Local de Publicações da Embrapa AmapáPresidente: Marcos Tavares-DiasSecretário-Executivo: Aderaldo Batista Gazel FilhoMembros: Adelina do Socorro Serrão Belém, Eliane Tie Oba Yoshioka, Gustavo Spadotti Amaral Castro, Luis Wagner Rodrigues Alves, Rogério Mauro Machado Alves

Revisores Técnicos: Auro Akio Otsubo – Embrapa Agropecuária Oeste Luis Wagner Rodrigues Alves – Embrapa Amapá

Supervisão editorial e normalização bibliográfica: Adelina do Socorro Serrão BelémRevisão de texto: Úrsula Stephanie Ferreira de SouzaEditoração eletrônica: Fábio Sian MartinsFoto da capa: José Adriano Marini

1a ediçãoVersão eletrônica (2015)

Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou emparte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Embrapa Amapá

Marini, José Adriano. Variedades caboclas de mandioca para o cultivo no Amapá /José Adriano Marini. – Macapá: Embrapa Amapá, 2015.

58 p.: il. -- (Documentos / Embrapa Amapá; ISSN 1517-4859, 90).

1. Mandioca. 2. Manihot esculenta. 3. Produção. 4. Cultivar. 5. Alimentação humana. 6. Agricultura familiar. 7. Agricultura sus-tentável. I. Título. II. Série.

CDD (21. ed.) 633.8298116

© Embrapa 2015

Autores

José Adriano MariniEngenheiro-agrônomo, doutor em Planejamento do Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, pesquisador da Embrapa Amapá, Macapá, AP.

Agradecimentos

Ao colega Adinomar Nunes, responsável pelo Campo Experimental da Embrapa no Município de Mazagão, aos pesquisadores Emanuel Caval-cante e Jorge Federico Segovia, aos colegas do Setor de Transporte, Manoel Tavares do Santos e Carlos Alberto Moraes.

Apresentação

A mandioca é um alimento básico de milhões de brasileiros e é utilizado como um dos principais produtos de subsistência por grande parte da população.

Os cultivos da mandioca e a produção de derivados como a farinha e o aproveitamento do amido são importantes atividades econômicas da Agricultura Familiar na região Norte do Brasil e em particular no Estado do Amapá, cuja participação na produção agrícola estadual é superior a 80% do total.

A adoção de tecnologias inovadoras e a visão de mercado ainda são incipientes entre os produtores de mandioca, fato traduzido pela baixa produtividade da cultura, refletindo na renda obtida pelo agricultor em suas atividades.

Neste documento, são apresentados resultados inéditos de uma pes-quisa participativa com agricultores familiares, abrangendo as regiões de Macapá e Mazagão, chegando-se a seleção de variedades de man-dioca superiores qualitativa e quantitativamente quanto à produção de raízes e de farinha.

Jorge Alberto Gazel YaredChefe-Geral da Embrapa Amapá

Sumário

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá .........................................................................11

Introdução .......................................................................................11

O conhecimento tradicional dos produtores familiares........12

A cultura da mandioca .................................................................14

A pesquisa com variedades de mandioca pela Embrapa Amapá ...................................................................19

Processo da pesquisa ...................................................................20

Resultados estatísticos ................................................................22

Conclusões .....................................................................................52

Referências .....................................................................................55

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá

José Adriano Marini

Introdução

Apesar de a mandioca e seus derivados serem largamente consumi-dos no Estado do Amapá, sua produtividade é baixa e isso se deve, entre outros fatores, à falta de acesso a sistemas de produção que possibilitem a cultura explorar todo deu potencial genético produtivo, além da presença de cultivares com baixo potencial produtivo. Desta forma, na implantação de um sistema de cultivo é importante identi-ficar variedades com alta qualidade e produtividade de raízes, visto ser componente tecnológico incorporado pelo agricultor, a custo zero.

A opinião dos agricultores na seleção de novos clones de mandioca gerados pela pesquisa e que deverão integrar o seu sistema de pro-dução, é fundamental para o processo de adoção. Nesse contexto, estão incluídos os critérios que os produtores usam para aceitar ou descartar uma nova variedade. Baseados nesses critérios, os pro-dutores estabelecem ordens de preferência pelas variedades, o que permite estimar o grau de adoção das mesmas, ainda em fase de seleção.

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá12

Este projeto teve como objetivos diagnosticar, pela tipologia, os prin-cipais sistemas de produção utilizados pelas agriculturas familiares no Estado do Amapá, as parcelas que compõem esses sistemas e os graus de interações que ocorrem entre eles dentro da unidade familiar de produção, bem com os custos de produção dos diversos produtos pro-duzidos nesses sistemas, os saberes do meio biofísico utilizados nestes cultivos, em especial as características valoradas das variedades mais utilizadas por estes, sempre levando-se em conta as interações sistêmi-cas que ocorrem dentro das unidades produtivas, complementando com a caracterização da cadeia de comercialização dos principais produtos originados dos sistemas de produção utilizados pelas agriculturas fami-liares dos territórios da cidadania no Estado do Amapá (com especial enfoque na mandioca e seus derivados), identificando as margens de comercialização e os fatores de agregação de valor dentro da cadeia, caracterizando o impacto na renda da família da comercialização da fari-nha de mandioca e finalmente validar, em conjunto com os agricultores, ao menos 5 cultivares de mandioca utilizadas nos sistemas de produ-ção praticados pelas agriculturas familiares dos territórios da cidadania do Amapá, com maior capacidade de resposta as inovações pensadas aos sistemas de produção, e que atenda às necessidades qualitativas e quantitativas do mercado.

Foram realizados ensaios em campos experimentais da Embrapa e tam-bém em unidades produtivas de agricultores, visando desta forma obter não só o aval cientifico no processo de seleção de variedades, mas também compatibilizar com as experiências e necessidades do produtor rural, construindo assim uma ponte de conhecimentos entre o científico e o tradicional.

O conhecimento tradicional dos produtores familiares

No Amapá, existem há mais de 300 anos áreas agrícolas colonizadas por escravos fugitivos das construções portuguesas da época colonial, como a Fortaleza de São José, bem como por pessoas livres que se deslocavam

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de outras regiões do Pará, principalmente do Marajó, para cultivarem as terras vazias do estado e com o tempo acabaram fixando residência nestes locais, são conhecidos como agricultores tradicionais. Por outro lado, a forte intervenção estatal nos anos de 1980 e 1990, além de demarcar e regularizar estas áreas, também criou várias áreas de assentamentos, no interior do estado, visando diminuir as pressões sociais por reforma agrá-ria, denominados assim assentamentos induzidos.

Destacam-se entre estes agricultores familiares a prática de culturas anuais, com especial destaque para o arroz, o feijão-caupi, o milho e especialmente a mandiocultura. Estas culturas alimentares, tradicional-mente, destinam-se ao consumo familiar e o excedente destinado ao mercado interno estadual. Geralmente, são implantadas em sistema de derrubada e queima, aproveitando a fertilidade natural do solo durante um período de dois a três anos. Os cultivos sucessivos em uma mes-ma área resultam na perda da fertilidade e degradação do solo, com o surgimento de plantas invasoras.

Porém, entre os agricultores tradicionais do estado, o conhecimento tácito adquirido e aprimorado ao longo de sucessivas gerações levou à prática de sistemas de produção em harmonia com o meio ambiente local, diminuindo-se a degradação dos solos e aproveitando as condi-ções naturais de fertilização dos mesmos. Este conhecimento tradicio-nal também possibilita o cultivo de variedades de plantas resistentes as pragas e doenças bem como mais adaptadas as condições de clima e solo. Este domínio do meio ambiente amazônico é fruto de um conheci-mento coletivamente construído. Assim é comum entre as famílias dos assentamentos tradicionais a prática dos mesmos sistemas de produção e o cultivo das mesmas variedades locais.

Embora as produções agrícolas mais significativas localizadas nos muni-cípios onde encontram-se os assentamentos analisados ocupem vastas áreas e resultem em altas produções, os índices de produtividades são notadamente mais acentuados naqueles em que predominam os agricul-tores tradicionais, e no caso da mandioca, produto mais comum entre

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os agricultores familiares, destaca-se a alta produtividade também nas áreas onde predominam este grupo de pequenos produtores.

A cultura da mandioca

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) pertence à família das Eufor-biáceas e é uma espécie originária do continente americano, provavel-mente do Brasil central, onde sua domesticação ocorreu e vem sendo cultivada há alguns milhares de anos (OLSEN; SCHAAL, 1999). Seu cultivo exerce importante papel no cenário agrícola nacional e inter-nacional, tanto como fonte de energia para a alimentação humana e animal, quanto geradora de emprego e de renda, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (CARDOSO; SOUZA, 2000). Para a maior parte das comunidades indígenas remanescentes, assim como para outros agricultores tradicionais, a mandioca é a espécie cultivada mais importante. A partir da colonização europeia, no século XVI, a cultura da mandioca se expandiu para a África e Ásia.

No Brasil, é um alimento básico de milhões de pessoas e é utilizado como um dos principais produtos de subsistência por grande parte da população. Além de sua utilização na alimentação, constitui-se em matéria-prima de amplo e diversificado emprego industrial, e é uma excelente fonte de forragem proteica (parte aérea) e energética (raízes) (LORENZI; DIAS, 1993).

Tanto as folhas como as raízes de mandioca podem ser utilizadas na alimentação humana. Entretanto, o consumo das raízes em âmbito mundial é muito mais expressivo. Dentre os principais subprodutos da mandioca, destacam-se a fécula e a farinha. Do total de mandioca produzida no Brasil, 20% são destinados às fecularias, e cerca de 80% à fabricação de farinha (ALMEIDA; SILVA, 2004).

Nos estados do Norte e Nordeste, o processamento das raízes acontece nas chamadas Casas de Farinha, estruturas produtivas representantes do método tradicional, ou seja, baseado na mão de obra familiar. No

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Centro-Sul, o processamento acontece nas farinheiras, consideradas agroindústrias, com estrutura de trabalho mais profissional (GRANÇO et al., 2005).

A farinha tem uso essencialmente alimentar e, além dos diversos tipos regionais, que não modificam as características originais do produto, encontram-se duas formas: a farinha não temperada, que se destina à alimentação básica e é consumida principalmente nas classes de renda baixa da população; e a farinha temperada (farofa), de mercado mais restrito, mas de maior valor agregado (ALVES; VEDOVOTO, 2003).

Existem basicamente dois grandes grupos de variedades de mandioca:

a. Mandioca industrial (brava ou amarga), também chamada de amargo-sa, assu, manipeta, mulatinha, maria-mole, puri e,

b. Mandioca de mesa (mansa ou doce) também conhecida como aipim ou macaxeira, mandi, morandi, mata-fome, vassourinha, branca, guaxu-pé, cuvelinha e outras.

A Mandioca de mesa, mandioca mansa, aipim ou macaxeira são deno-minações de variedades de mandioca com baixos teores de compos-tos cianogênios, na polpa das raízes. Pela classificação utilizada pelo Instituto Agronômico de Campinas - IAC, as variedades de mesa devem conter menos de 100ppm de HCN na polpa crua das raízes.

A diversidade genética da mandioca tem sido caracterizada em termos de número de variedades cultivadas. Estima-se em cerca de 7000, o número de variedades encontradas em todo o mundo, em sua maioria etnovariedades (“folk varieties”), mantidas por agricultores tradicionais (BOSTER, 1985; SALICK et al., 1997).

A cultura da mandioca exibe uma ampla variabilidade genética no Brasil. Trabalhos de caracterização são fundamentais para a sua utilização mais eficiente nos trabalhos de melhoramento, possibili-

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tando a identificação de cultivares com características superiores e herdáveis. A introdução de cultivares de mandioca em um determina-do ecossistema e a seleção dos mais adaptados é um procedimento simples e de baixo custo, comumente utilizado em vários países, entre os quais o Brasil. É necessária uma avaliação contínua de cul-tivares introduzidos em comparação aos existentes, visando selecio-nar aqueles que melhor se adaptem às condições ecológicas de cada região (BUENO, 1986).

Evolução da produtividade da mandioca no BrasilApesar de sua importância socioeconômica, a mandioca vem perdendo ao logo dos anos seu potencial produtivo (Figura 1). Tais indicativos relacionam-se com a baixa qualidade das manivas utilizadas nos plan-tios sucessivos, a falta ou não utilização de tecnologias agrícolas e até mesmo ausência ou insuficiência de chuvas em determinados períodos do ciclo produtivo, impossibilitando o pleno aproveitamento das carac-terísticas genéticas produtivas da espécie.

Fonte: IBGE (2014).

Figura 1. Produtividade brasileira de mandioca entre os anos de 1920 e 2006 (não há

informações para a década de 1940).

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Embora a produção entre os anos de 1970 e 2006 tenha se man-tido praticamente estável no Brasil, revisando-se a série histórica compreendida entre os anos de 1970 (quando os dados de produção regionais e estaduais começaram a ser analisados pelo IBGE) e 2006 (data do último censo rural) nota-se um aumento da produção na região Norte em 86% no período e na região Centro-Oeste em 53%, enquanto que nas demais regiões ocorreu uma diminuição da produ-ção, notadamente em 30% na região Nordeste, 12,5% no Sudeste e 54% no Sul (Figura 2).

Embora a produção bruta de raízes tenha diminuído na região Sul e Sudeste, estes estados acompanhados do Centro-Oeste conseguiram no período analisado pelo IBGE aumentos, embora tímidos, em suas produtividades, o que não ocorreu com as regiões Norte e Nordeste onde os decréscimos produtivos foram significativos dentro do período, conforme Tabela 1 e a Figura 3.

Fonte: IBGE (2014).

Figura 2. Produção absoluta de mandioca no Brasil e nas regiões brasileiras entre os anos

de 1920 e 2006.

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Tabela 1. Produtividade da mandioca (ton.) nas regiões do Brasil entre os anos de 1970 e 2006.

1970 1975 1980 1985 1995 2006

Norte 10,61311 10,64443 9,519499 8,826087 8,875493 7,112402

Nordeste 6,47695 7,663989 7,937472 6,123922 5,146062 4,948244

Sudeste 9,280279 8,756711 10,29601 7,1206 6,339465 10,44964

Sul 10,74789 10,95973 12,96151 11,00828 10,61478 11,06015

Centro--Oeste 7,477212 8,534012 9,524565 6,805691 9,999033 9,848389

Fonte: IBGE (2014).

A utilização de novas variedades mais produtivas pode ser um dos principais motivos para o crescimento produtivo acima da média das regiões Sul e Sudeste. Por outro lado, os sistemas de produção de

Fonte: IBGE (2014).

Figura 3. Produtividade da mandioca nas regiões brasileiras entre os anos de 1970 e

2006.

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mandioca praticados nas regiões Norte e Nordeste ocorrem sob baixa adoção de tecnologias agronômicas, favorecendo a perpetuação do uso de sistemas obsoletos e pouco produtivos.

A pesquisa com variedades de mandioca pela Embrapa Amapá

A Amazônia é, seguramente, uma das regiões onde a agricultura fami-liar se manifesta de forma mais característica e constitui a base sobre a qual se assenta a extração de recursos naturais e a maior parte da produção de alimentos. Nessa região, convivem agricultores familiares em áreas de fronteira e em áreas antigas de colonização, conformando um processo de ocupação determinado por iniciativas oficiais e espon-tâneas dos próprios agricultores, voltados para a produção de culturas temporárias e permanentes, além de exploração extrativista, que sinali-zam para uma mudança da base produtiva em suas propriedades com a integração ao mercado.

A agricultura familiar, aqui referida, tem como características básicas a utilização da mão de obra familiar e a integração parcial ao mercado (FAO, 1994). A lógica de funcionamento interno da unidade familiar de produção se apoia no equilíbrio entre o consumo e o trabalho. Trata--se de uma microeconomia particular, em que o volume de atividade é função direta do número de consumidores familiares e não do número de trabalhadores.

Uma característica predominante nos agricultores familiares do Brasil e, em especial, do Estado do Amapá é a predominância de um baixo nível tecnológico, o que não pode ser explicado apenas pela falta de tecnolo-gia adequada; ao contrário, em muitos casos, mesmo quando a tecnolo-gia está disponível, esta não se transforma em inovação devido à falta de capacidade e condições para inovar. O reconhecimento de que o desempenho e a viabilidade dos agricultores dependem de um conjunto de fatores e agentes que formam um sistema, mais ou menos integrado ou harmônico, requer um enfoque sistêmico.

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No caso da mandioca, isto se torna bem visível, pois, apesar da obten-ção de variedades potencialmente superiores às variedades tradicionais, pelos programas de melhoramento genético de mandioca, observa-se que a maioria dos produtores continua plantando as mesmas variedades que eles selecionaram durante vários anos, devido às variedades melho-radas não atenderem as demandas dos produtores e consumidores de mandioca. Ao que parece, não é suficiente altos rendimentos e resis-tência a pragas e doenças, para lograr uma rápida adoção no cultivo da mandioca, pois há variedades amplamente difundidas nas áreas de cul-tivo do País com valores de produção inferiores a alguns dos materiais oferecidos pelos programas de melhoramento, evidenciando a existên-cia de “critérios de seleção” como fator importante no desenvolvimento tecnológico.

A opinião dos agricultores na seleção de novos clones de mandioca gerados pela pesquisa e que deverão integrar o seu sistema de produ-ção, é fundamental para o processo de adoção. Nesse contexto, estão incluídos os critérios que os produtores usam para aceitar ou descartar uma nova variedade. Baseados nesses critérios, os produtores estabe-lecem ordens de preferência pelas variedades, o que permite estimar o grau de adoção das mesmas, ainda em fase de seleção.

A Metodologia de Pesquisa Participativa em Melhoramento de Man-dioca-PPMM complementou esta pesquisa tradicional, estabelecendo uma retroalimentação de informações entre produtores, extensionistas e pesquisadores, maximizando a eficiência da seleção de variedades, assegurando maior aceitação e adoção das variedades melhoradas.

Processo da pesquisa

Sob o objetivo principal de selecionar, de forma participativa com os agricultores familiares, variedades de mandioca superiores qualitativa e quantitativamente, adaptadas aos sistemas de produção da agricultura familiar e que atenda as demandas quantitativas do mercado local, os trabalhos realizaram-se no Campo Experimental da Embrapa situado

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no Município de Mazagão/AP, localizado nas seguintes coordenadas geográficas: 00°06’54’’ de latitude sul e 51°17’22” de longitude oeste. A referida região tem clima do tipo Ami, segundo classificação de Köppen, com temperatura média anual de 27°C, umidade relativa do ar de 75% e precipitação anual de 2700 mm, distribuídos num período chuvoso que vai de janeiro a julho. Também foram instaladas unidades de observação em propriedades de agricultores nas localidades do Car-vão e Anauerapucu, município também de Mazagão.

Neste campo já havia, desde antes do ano 2000, uma coleção de varie-dades de mandiocas caboclas coletadas de propriedades familiares locais e que sempre são as principais cultivares utilizadas pelos agricultores fa-miliares do estado. A este agrupamento foram acrescentadas outras va-riedades cedidas pela Embrapa CPAA – Manaus originadas de seu banco ativo de germoplasma para que pudessem enriquecer os testes a serem realizados, além de uma variedade de mandiocaba (T16) e variedades provenientes do Paraná, sendo algumas selecionadas pelo IAC e outras pelo IAPAR Todas as variedades foram cultivadas no início do período chuvoso de 2014 (janeiro) em blocos casualisados com três repetições compostos de uma área útil para análises de 28m² cada um, posterior-mente para efeitos de análises ajustados para área de 1ha. As adubações de solo realizadas foram 15 gramas de fósforo, 10 gramas de cloreto de potássio na cova e 10 gramas de amônia após 30 dias do plantio.

Desta forma, são as seguintes as variedades utilizadas para análises: T1 Mulatinha, T2 Farias, T3 Pai Lourenço, T4 Soin, T5 Sementinha, T6 Curuçari, T7 Farias, T8 Amarela, T9 Farias Amarela, T10 IM 025 BRS Purus, T11 IM 2046 Pirarucu, T12 IM 175 Mãe Joana, T13 IM 1707 Búfalo, T14 286 Aipim, T15 Manigueira Branca, T16 IM 1663 Md. Açucarada, T17 IM 2048 Josias, T18 IM 2047 Mx. Manairão, T19 IM 1996 Mx. Parintins, T20 Tapioqueira, T21 Inajazinha, T22 Tartaruga, T23 Buriti, T24 Maria Pretinha, T25 Farias Branca, T26 Pai Lourenço, T27 Amarelinha, T28 Roxa, T29 Santarém, T30 IAC 15, T31 Baianinha (IAPAR), T32 B 202 (IAPAR), T33 IAC 90, T 34 B 36 (IAPAR), T35 União Espeto (IAPAR), T36 Fécula Branca (IAPAR).

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá22

Foram realizadas análises tanto da produtividade por área quan-to das proporções de amido presentes e da proporção de farinha que as mesmas poderiam render, além de testes com agricultores relativos a qualidade das farinhas produzidas. As análises de pro-dutividade foram realizadas aos 12 e 15 meses nos anos de 2013 e 2014.

As variedades tanto do IAC quanto do IAPAR não se adaptaram ao clima local e, enquanto que algumas morreram logo após a germina-ção, outras conseguiram lançar folhas adultas, mas apresentaram um permanente estado de subdesenvolvimento, não conseguindo criar raízes comerciais. Estas foram descartadas das amostras analisadas, bem como a mandiocaba (T16) que, embora apresentasse uma produ-ção interessante do ponto de vista da produtividade, as mesmas não serviriam para uso comercial na fabricação de farinha e seus resultados poderiam impactar as análises estatísticas.

Resultados estatísticos

Análises estatísticas apontam, ao nível de 5%, uma superioridade das cultivares Roxa, Farias Branca, Pai Lourenço, Maria Pretinha e Santarém, conforme demonstra as Tabelas 2 e 3, ilustradas pela Figura 4.

Tabela 2. Análises estatísticas das variedades testadas em campo.

Análise de variância Delineam.: Inteiramente casualizado

Causas GL SQ QM F Prob{>F}

Tratamentos 27 3 632.95 134.55 16.36 0.0000 **

Resíduo 56 460.52 8.22

Total 83 4 093.47

Nível de significância: **: 1%; *: 5%.Média geral: 12.99Desvio-padrão: 2.87Diferença mínima significativa: 8.71Coeficiente de variação %: 22.08

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 23

Teste de Tukey a 5%Tratamentos Médias Signif.

T28- Roxa 27.40 a

T25- Farias Branca 25.42 ab

T26- Pai Lourenço 25.00 ab

T24- Maria Pretinha 24.40 ab

T29- Santarém 22.81 ab

T21- Inajazinha 17.57 cd

T15- Manigueira Branca 16.90 cde

T8 - Amarela 14.54 cdef

T19- 1996 Mx. Parintins 13.61 defg

T17- 2048 Josias 12.24 defg

T2- Farias 12.15 defg

T18- 2047 Mx. Manairão 12.07

T3- Pai Lourenço 11.93 defg

T22- Tartaruga 11.79 defg

T5- Sementinha 11.61 defg

T10- IM 025 Purus 11.10 defg

T6- Curuçari 10.88 defg

T13- IM 1707 Búfalo 9.94 defg

T27- Amarelinha 9.64 efgh

T9- Farias Amarela 9.61 efgh

T1- Mulatinha 8.93 efgh

T14- 286 Aipim 8.38 efgh

T4 -Soin 8.07 fgh

T7- Farias 6.96 fgh

T23- Buriti 6.95 fgh

T20- Tapioqueira 6.63 fgh

T11- IM 2046 Pirarucu 5.12 gh

T12- IM 175 Mãe Joana 0.95 h

Obs.: letras iguais indicam que, no nível de 5% de significância, não há diferença entre as médias.

Tabela 2. Continuação

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá24Tab

ela

3. Tes

tes

de T

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Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá42

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Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 43

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Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá44

Descritores morfológicos e agronômicos para a carac-terização das variedades de mandiocas mais produtivasPor descritores morfológicos entende-se toda característica que permite identificar e diferenciar facilmente os acessos no campo; geralmente possuem alta herdabilidade e se expressam em todos os ambientes. Os descritores agronômicos consistem basicamente de caracteres com baixa herdabilidade, desejáveis sob o ponto de vista econômico. Con-tribuem para visualizar, de forma preliminar, a adaptação e o potencial produtivo dos genótipos, pondo em evidência os mais promissores

Figura 4: Ilustração dos resultados das interações realizadas pelo teste de Tukey sob um

intervalo de confiança de 95%.

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 45

indicados para recomendação direta ao produtor e/ou utilização em programas de hibridações (FUKUDA, GUEVARA, 1998). Os descritores morfológicos aqui utilizados, ilustrados pelas Tabelas 4, 5, 6, 7 e 8, são assim, aqueles descritos por Fukuda e Guevara (1998), cujos trabalhos apresentados na Reunião Latino-Americana sobre recursos genéticos de Mandioca, realizado em Cruz das Almas, Bahia, Brasil no ano de 1995, padronizaram os descritores morfológicos e agronômicos disponíveis para mandioca e de seus respectivos estados.

Tabela 4. Descritores para a Cultivar Roxa.

Descritores mínimos

Cor da folha apical Verde Arroxeado

Pubescência do Broto Apical Presente

Forma do lóbulo central Lanceolada

Cor do Pecíolo Roxo

Cor do Córtex do caule Verde Claro

Cor externa do caule Prateado

Comprimento da filotaxia Curto (menor que 8 cm)

Presença de pedúnculo nas raízes Mixto (ambos)

Cor externa da raiz Marrom Claro

Cor do córtex da raiz Roxo

Cor da polpa da raiz Creme

Textura da epiderme da raiz Lisa

Floração Ausente

Descritores principais

Cor da folha desenvolvida Verde claro

Número de lóbulos Sete lóbulos

Comprimento do lóbulo 14,5 cm

Largura do lóbulo 3,5 cm

Relação comprimento/larugra do lóbulo central 4,15

Comprimento do peciolo 19 cm

Cor da epiderme do caule Creme

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá46

Descritores principais

Hábito de crescimento do caule Reto

Cor dos ramos terminais nas plantas adultas Verde arroxeado

Altura total da planta 2,95 m

Altura da primeira ramificação 0,35 cm

Níveis de ramificações 5

Constrições da raiz Médias

Cor da nervura das folhas Verde

Posição do pecíolo Inclinado para cima

Proeminência das cicatrizes foliares Proeminente

Comprimento das estipulas Curtas

Margem das estipulas Inteiras

Hábito de ramificação Tetracotomico

Sinuosidade do lóbulo foliar Liso

Forma da raiz Cilíndrica

Tipo de planta Compacta

Descritores agronômicos

Vigor inicial Vigoroso

Número médio de raízes por planta 5

Comprimento médio da raiz Intermediária (entre 20 e 30 cm)

Peso médio de raízes por planta 6,5 kg

Rendimento de raízes comerciais 27,40 ton/ha

Amido na Raiz 32,25%

Rendimento em Farinha (método indireto) 30,8 %

Uso das Raízes Agroindústria de Farinha

Fonte: Dados de campo (2014).

Tabela 5. Descritores para a Cultivar Farias.

Descritores mínimos

Cor da folha apical Verde

Pubescência do Broto Apical Ausente

Tabela 4. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 47

Descritores mínimos

Forma do lóbulo central Lanceolada

Cor do Pecíolo Verde Avermelhado

Cor do Córtex do caule Verde Claro

Cor externa do caule Prateado

Comprimento da filotaxia Curto (menor que 8 cm)

Presença de pedúnculo nas raízes Peduncolado

Cor externa da raiz Marrom Claro

Cor do córtex da raiz Branco ou creme

Cor da polpa da raiz Creme

Textura da epiderme da raiz Lisa

Floração Ausente

Descritores principais

Cor da folha desenvolvida Verde escuro

Número de lóbulos Sete lóbulos

Comprimento do lóbulo 10,5 cm

Largura do lóbulo 2,5 cm

Relação comprimento/larugra do lóbulo central: 4,2 cm

Comprimento do peciolo 18 cm

Cor da epiderme do caule Creme

Hábito de crescimento do caule Reto

Cor dos ramos terminais nas plantas adultas Verde arroxeado

Altura total da planta 3,20 m

Altura da primeira ramificação 80 cm

Níveis de ramificações 4

Constrições da raiz Médias

Cor da nervura das folhasVerde com vermelho em menos da metade do lóbulo

Posição do pecíolo Inclinado para cima

Proeminência das cicatrizes foliares Proeminente

Comprimento das estipulas Curtas

Tabela 5.Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá48

Descritores principais

Margem das estipulas Inteiras

Hábito de ramificação Tetracotomico

Sinuosidade do lóbulo foliar Liso

Forma da raiz Irregular

Tipo de planta Aberta

Descritores agronômicos

Vigor inicial Vigoroso

Número médio de raízes por planta 6

Comprimento médio da raiz Intermediária (entre 20 e 30 cm)

Peso médio de raízes por planta 9,0 kg

Rendimento de raízes comerciais 25,4 ton/ha

Amido na Raiz 30,80%

Rendimento em Farinha (método indireto) 28,9 %

Uso das Raízes Agroindústria de farinha

Fonte: Dados de campo (2014).

Tabela 6. Descritores para a Cultivar Pai Lourenço.

Descritores mínimos

Cor da folha apical Verde Claro

Pubescência do Broto Apical Presente

Forma do lóbulo central Reta ou linear

Cor do Pecíolo Vermelho

Cor do Córtex do caule Verde Escuro

Cor externa do caule Marrom claro

Comprimento da filotaxia Curto

Presença de pedúnculo nas raízes Pedunculado

Cor externa da raiz Marrom escuro

Cor do córtex da raiz Branco ou creme

Cor da polpa da raiz Branca

Textura da epiderme da raiz Lisa

Floração Ausente

Tabela 5. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 49

Descritores principais

Cor da folha desenvolvida Verde claro

Número de lóbulos Sete lóbulos

Comprimento do lóbulo 11,3 cm

Largura do lóbulo 1,5 cm

Relação comprimento/largura do lóbulo central 7,5 cm

Comprimento do pecíolo 13,5 cm

Cor da epiderme do caule Creme

Hábito de crescimento do caule Reto

Cor dos ramos terminais nas plantas adultas Verde

Altura total da planta 3,0 m

Altura da primeira ramificação 40 cm

Níveis de ramificações 3

Constrições da raiz Médias

Cor da nervura das folhasVerde com vermelho em menos da metade do lóbulo

Posição do pecíolo Inclinado para cima

Proeminência das cicatrizes foliares Proeminente

Comprimento das estipulas Curtas

Margem das estipulas Laciniadas

Hábito de ramificação Tetracotomico

Sinuosidade do lóbulo foliar Liso

Forma da raiz Cônica - cilíndrica

Tipo de planta Compacta

Descritores agronômicos

Vigor inicial Vigoroso

Número médio de raízes por planta 5

Comprimento médio da raiz Intermediária (entre 20 e 30 cm)

Peso médio de raízes por planta 4,5 kg

Rendimento de raízes comerciais 25 ton/ha

Amido na Raiz 32,8 %

Tabela 6. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá50

Descritores agronômicos

Rendimento em Farinha (método indireto) 31,6 %

Uso das Raízes Agroindústria de Farinha

Fonte: Dados de campo (2014).

Tabela 7. Descritores para a Cultivar Maria Pretinha.

Descritores mínimos

Cor da folha apical Verde Claro

Pubescência do Broto Apical Presente

Forma do lóbulo central Oblongo lanceolada

Cor do Pecíolo Verde Avermelhado

Cor do Córtex do caule Verde Claro

Cor externa do caule Prateado

Comprimento da filotaxia Curto

Presença de pedúnculo nas raízes Pedunculado

Cor externa da raiz Marrom escuro

Cor do córtex da raiz Branco ou creme

Cor da polpa da raiz Creme

Textura da epiderme da raiz Lisa

Floração Ausente

Descritores principais

Cor da folha desenvolvida Verde claro

Número de lóbulos Sete lóbulos

Comprimento do lóbulo 17,5 cm

Largura do lóbulo 4,5 cm

Relação comprimento/larugra do lóbulo central 3,80 cm

Comprimento do peciolo 26 cm

Cor da epiderme do caule Marrom Claro

Hábito de crescimento do caule Reto

Cor dos ramos terminais nas plantas adultas Verde

Altura total da planta 3,10 m

Tabela 6. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 51

Descritores principais

Altura da primeira ramificação 1,20 m

Níveis de ramificações 5

Constrições da raiz Médias

Cor da nervura das folhas Verde

Posição do pecíolo Inclinado para cima

Proeminência das cicatrizes foliares Proeminente

Comprimento das estipulas Curtas

Margem das estipulas Laciniada

Hábito de ramificação Tetracotomico

Sinuosidade do lóbulo foliar Liso

Forma da raiz Cilíndrica

Tipo de planta Aberta

Descritores agronômicos

Vigor inicial Vigoroso

Número médio de raízes por planta 6

Comprimento médio da raiz Intermediária (entre 20 e 30 cm)

Peso médio de raízes por planta 5 kg

Rendimento de raízes comerciais 24,40 ton/ha

Amido na Raiz 31,7 %

Rendimento em Farinha (método indireto) 30,1 %

Uso das Raízes Agroindústria de Farinha

Fonte: Dados de campo (2014).

Tabela 8. Descritores para a Cultivar Santarém

Descritores mínimos

Cor da folha apical Verde Escuro

Pubescência do Broto Apical Ausente

Forma do lóbulo central Eliptica lanceolada

Cor do Pecíolo Verde Avermelhado

Cor do Córtex do caule Verde Claro

Tabela 7. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá52

Descritores mínimos

Cor externa do caule Cinza

Comprimento da filotaxia Curto

Presença de pedúnculo nas raízes Misto

Cor externa da raiz Marrom Claro

Cor do córtex da raiz Branco ou creme

Cor da polpa da raiz Creme

Textura da epiderme da raiz Lisa

Floração Ausente

Descritores principais

Cor da folha desenvolvida Verde escuro

Número de lóbulos Cinco lóbulos

Comprimento do lóbulo 8,5 cm

Largura do lóbulo 2,3 cm

Relação comprimento/larugra do lóbulo central 3,6

Comprimento do pecíolo 8,5 cm

Cor da epiderme do caule Creme

Hábito de crescimento do caule Reto

Cor dos ramos terminais nas plantas adultas Verde arroxeado

Altura total da planta 3,0 m

Altura da primeira ramificação 50 cm

Níveis de ramificações 4

Constrições da raiz Médias

Cor da nervura das folhas Verde

Posição do pecíolo Horizontal

Proeminência das cicatrizes foliares Proeminente

Comprimento das estipulas Curtas

Margem das estipulas Inteiras

Hábito de ramificação Dicotômico

Sinuosidade do lóbulo foliar Liso

Tabela 8. Continuação

Continua...

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 53

Descritores principais

Forma da raiz Cônica - cilíndrica

Tipo de planta Cilindrica

Descritores agronômicos

Vigor inicial Vigoroso

Número médio de raízes por planta 5

Comprimento médio da raiz Intermediária (entre 20 e 30 cm)

Peso médio de raízes por planta 6 kg

Rendimento de raízes comerciais 22,8 ton/ha

Amido na Raiz 27,2 %

Rendimento em Farinha (método indireto) 24,0 %

Uso das Raízes Agroindústria de Farinha

Fonte: Dados de campo (2014).

ConclusõesOs pressupostos de que a pesquisa agrícola muitas vezes deve vir acompanhada da experiência cabocla torna-se realidade com a fina-lização deste projeto de pesquisa. As variedades estudadas e que se mostraram promissoras são justamente aquelas provenientes de uni-dades agrícolas tradicionais, onde seu cultivo vem sendo realizado ano após ano e sendo difundida constantemente entre os próprios agricul-tores, seja pelas altas produtividades, seja pelas boas caraterísticas para a produção de farinha. O incremento tecnológico neste caso, além de ratificar o conhecimento tácito caboclo, fica a cargo das inovações agronômicas nos sistemas produtivos, que podem aumentar ainda mais as produtividades sem interferir nas qualidades das raízes.

A produção de farinha de mandioca pelos agricultores familiares não obe-dece à lógica de uma agroindústria tradicional onde todos os processos são padronizados com o objetivo de se obter um produto com as mesmas características independente da época de sua fabricação. Neste caso, a utilização de apenas uma variedade de mandioca, produtiva e com bons rendimentos em farinha já atenderiam em boa parte as necessidades por

Tabela 8. Continuação

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá54

matérias-primas. Na agricultura familiar, além dos parâmetros tradicionais de produtividade e rendimento, há os índices subjetivos como a cor, a textura e até o próprio sabor final do produto, levados em conta quando se pretende iniciar o processo de fabricação de uma farinha, muitas vezes utilizada primeiramente pela própria família do produtor. Para se obter esta farinha mais personalizada, o agricultor utiliza um mix de variedades, bus-cando em uma a cor desejada, em outra o sabor e em outra a crocância característica deste tipo de produto.

Uma seleção de variedades de mandiocas voltadas para a fabricação de farinha que contemple apenas uma ou duas espécies é bem-vinda, porém insuficiente para atender as reais necessidades deste tipo de pro-dutor. Deste modo, esta indicação de cinco variedades vem acrescentar mais uma oportunidade de incrementação no processo de combinações nesta confecção de farinha artesanal.

Importante notar neste processo a influência significativa das caracterís-ticas edafoclimáticas sobre o desenvolvimento produtivo da mandioca. Algumas das variedades com boas produtividades na região de Manaus como as IM 2046 Pirarucu e IM 175 Mãe Joana foram as duas espécies que tiveram os piores rendimentos no campo experimental de Mazagão/AP; e as variedades provenientes do Paraná, tanto do IAC quanto do IA-PAR, também com significativas produtividades em sua região de origem, quando não morreram após a germinação, sequer chegaram a produzir raízes comerciais. Técnicos da Empresa de Extensão Rural do Pará – EMA-TER indicaram-nos que a cultivar Soin seria um dos destaques entre as variedades, o que acabou não se concretizando, demonstrando que apesar de próximos geograficamente, condições específicas de clima e solo in-fluenciam muito o desempenho das plantas no campo.

Por outro lado, deve-se atentar ao fato de que, mesmo utilizando-se de materiais vegetais antigos (existentes no campo experimental antes do ano 2000 e vêm sendo multiplicados apenas para a manutenção da coleção), os mesmos ainda são utilizados pela maioria dos produtores familiares do estado e estão tão adaptadas às condições locais de clima

Variedades Caboclas de Mandioca para o Cultivo no Amapá 55

e solo que durante todo o experimento não apresentaram sintomas de doenças ou ataque de pragas.

Outros parâmetros, pouco lembrados em processos de seleção vegetal de mandiocas, também devem ser levados em conta como a facilidade de retirada do solo e a ausência de reentrâncias, que facilita o descas-camento manual, são desejados por estes produtores.

A indicação de cultivares não representa necessariamente um fim de projeto, pois inicia-se agora outra etapa, que consiste no acompanha-mento de campo para verificar os índices de acolhimento que estas variedades irão ter junto a agricultores que ainda não as conheciam e seus incrementos financeiros e sociais junto a estes grupos.

Assim, como resultado finalístico do projeto “Geração participativa de tecnologias de sistemas de produção com mandioca utilizados pelos agricultores familiares do Estado do Amapá”, liderado pelo Pesquisador Dr. José Adriano Marini, indica-se para o cultivo em roças tradicionais de mandiocas destinadas à produção de farinha, as variedades caboclas do estado do Amapá: ROXA, FARIAS BRANCA, PAI LOURENÇO, MA-RIA PRETINHA e SANTARÉM.

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