28

Documentos técnicos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CIEAs - Comissões Estaduais Interinstitucionais de educação ambiental - Série documentos técnicos.

Citation preview

  • Alguns autores mencionam que o perodo ps-

    Segunda Guerra Mundial fez emergir com uma

    maior nfase os estudos do meio e a importncia

    de uma educao a partir do entorno, chegando-

    se na dcada de 1960 a mencionar

    explicitamente uma educao ambiental.

    Lembram ainda que os naturalistas, jornalistas,

    escritores e estadistas muito antes j escreviam

    sobre a necessidade de proteo dos recursos

    naturais ou mesmo sobre a importncia do

    contato com a natureza para a formao humana.

    Mas atribui-se Conferncia de Estocolmo,

    realizada em 1972, a responsabilidade por inserir

    a temtica da educao ambiental na agenda

    internacional.

    Apesar de a literatura registrar que j se ouvia

    falar em educao ambiental desde meados da

    dcada de 60, o reconhecimento internacional

    desse fazer educativo como uma estratgia para

    se construir sociedades sustentveis remonta a

    1975, tambm em Estocolmo, quando se instituiu

    o Programa Internacional de Educao Ambiental

    (PIEA), sob os auspcios da Organizao das

    Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a

    Cultura (UNESCO) e do Programa das Naes

    Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em

    atendimento Recomendao 96 da Conferncia

    de Estocolmo. E sobretudo dois anos depois, em

    1977, quando foi realizada a Conferncia

    Intergovernamental sobre Educao Ambiental,

    conhecida como Conferncia de Tbilisi, momento

    que se consolidou o PIEA e se estabeleceram as

    finalidades, os objetivos, os princpios

    orientadores e as estratgias para a promoo da

    educao ambiental.

    Deve-se mencionar que a educao ambiental

    surge no Brasi l mui to antes da sua

    institucionalizao no governo federal. Alm de

    artigos de brasileiros ilustres e de uma primeira

    legislao conservacionista j no sculo XIX e

    incio do sculo XX, temos a existncia de um

    persistente movimento conservacionista e, no

    incio dos anos 70, ocorre a emergncia de um

    ambientalismo que se une s lutas pelas

    liberdades democrticas, que se manifesta

    atravs da ao isolada de professores,

    estudantes e escolas, por meio de pequenas

    aes de organizaes da sociedade civil ou

    mesmo de prefeituras municipais e governos

    estaduais com atividades educacionais

    relacionadas s aes voltadas recuperao,

    conservao e melhoria do meio ambiente. Neste

    perodo tambm surgem os primeiros cursos de

    especializao em educao ambiental.

    O processo de institucionalizao da educao

    ambiental no governo federal brasileiro teve incio

    em 1973, com a criao, no Poder Executivo, da

    Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA),

    vinculada ao Ministrio do Interior. A SEMA

    estabeleceu, como parte de suas atribuies, o

    esclarecimento e a educao do povo brasileiro

    para o uso adequado dos recursos naturais,

    tendo em vista a conservao do meio ambiente,

    e foi responsvel pela capacitao de recursos

    Documentos Tcnicos

    rgo Gestor da Poltica Nacional de

    Educao Ambiental

    CIEAs Comisses Estaduais Interinstitucionais

    de Educao Ambiental

    Srie Documentos Tcnicos - 1

  • -4-

  • CIEAs Comisses Estaduais Interinstitucionais

    de Educao Ambiental Srie Documentos Tcnicos - 1

    rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental

    Braslia 2005

    -1-

  • Srie Documentos Tcnicos Srie publicada pelo rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental, com o objetivo de divulgar aes, projetos e programas de educao ambiental voltados a polticas pblicas de abrangncia nacional.

    rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental

    Ministrio do Meio Ambiente Ministra Marina Silva

    Secretaria Executiva

    Cludio Langone

    Diretoria de Educao Ambiental Marcos Sorrentino

    Ministrio da Educao Ministro Tarso Genro

    Secretaria de Educao Continuada,

    Alfabetizao e Diversidade Ricardo Henriques

    Diretoria de Educao para a Diversidade e

    Cidadania Armnio Bello Schmidt

    Coordenao Geral de Educao Ambiental

    Rachel Trajber

    -2-

  • Sumrio

    1. Apresentao................................................................................................................................. 4

    2. A Gesto da Educao Ambiental nas Diferentes Esferas do Poder Pblico ............................... 7

    3. Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental CIEAs ................................. 9

    3.1. Histrico ................................................................................................................................. 9

    3.2. Conceituao e Caracterizao - Perfil das CIEAs............................................................... 10 3.2.1. As CIEAs e os Conselhos Estaduais .............................................................................. 11 3.2.2. As CIEAs e os Coletivos da Sociedade.......................................................................... 12

    3.3. Diretrizes para a Implementao das CIEAs - Instrumentos Legais .................................... 12 3.3.1. Decreto de Criao ......................................................................................................... 12 3.3.2. A Estrutura Organizacional e Operacional - Regimento Interno de uma CIEA ............ 13

    4. Consideraes Finais................................................................................................................... 14

    ANEXO 1 .................................................................................................................................... 15

    ANEXO 2 .................................................................................................................................... 18

    ANEXO 3 .................................................................................................................................... 21

    -3-

  • -4-

  • 1. Apresentao

    A Educao Ambiental vista hoje como uma possibilidade de formar pessoas para sociedades sustentveis, ou seja, sociedades orientadas para enfrentar os desafios da contemporaneidade, garantindo qualidade de vida para esta e para as futuras geraes.

    Portanto, a educao ambiental deve ser entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formao de pessoas para o exerccio da cidadania responsvel e consciente, e para uma percepo ampliada sobre os ambientes em que se inserem.

    Transformar e aprimorar a relao entre os seres humanos e destes com o ambiente deve ser o maior objetivo da educao ambiental, lembrando que o termo ambiente muito mais que o ambiente natural. Inclumos neste termo, tambm os ambientes modificados pelo ser humano, assim como todos os espaos e instituies sociais, ou seja, a famlia, a escola, o ambiente de trabalho, a vizinhana, etc.

    Entretanto, modificar estas relaes passa por uma transformao interior de cada ser humano, que inclui o cuidado consigo mesmo, com seu corpo, com sua sade e com suas emoes. Em um outro nvel, inclui a transformao da relao com os demais seres humanos do convvio direto e indireto. Num movimento contnuo e crescente possvel ento modificar as relaes que as sociedades contemporneas estabelecem com o mundo.

    Por isso, falar em educao ambiental significa falar de pessoas, de valores. Educar significa em primeiro lugar auto transformar-se, pois a educao ambiental precisa ser transformadora, libertria. Precisa buscar novas formas e possibilidades de relaes sociais e de estilos de vida, baseadas em valores ticos e humanitrios, e de relaes mais justas entre os seres humanos e entre estes e os demais seres vivos. Conclui-se que no convvio entre as pessoas que esta educao vai acontecer.

    A educao ambiental transcende seu aspecto puramente comportamental, para chegar em outras esferas (e compromissos) como a poltica e a cultural, pois a educao no pode existir para outro motivo que no o de formar indivduos crticos de seu papel histrico. Deve instrumentaliz-los com um repertrio que permita a captao crtica do desafio existente nos perodos de transio e, a partir de seus prprios impulsos, integrar esta transio rumo a construo de uma realidade mais condizente com sua noo de equilbrio e sobrevivncia.

    O Programa Nacional de Educao Ambiental (ProNEA), aps ser submetido consulta pblica, viu aprovado pela sociedade um conjunto de princpios que dizem respeito educao ambiental emancipatria, voltada para a construo de sociedades sustentveis. Tais princpios devem dar o rumo as aes e polticas pblicas propostas pelos estados e municpios brasileiros, que no devem perder de vista a necessidade de implementar mudanas na vida cotidiana.

    Para que as mudanas aconteam, necessrio que a educao ambiental seja assumida pelo poder pblico em todas as suas esferas e, principalmente, com a participao da sociedade. Na medida em que a sociedade participa, ela se educa e se responsabiliza pelas decises tomadas. No dilogo e na convivncia entre sociedade e poder pblico a educao para a sustentabilidade acontece e se torna poltica pblica.

    -5-

  • A construo de polticas pblicas tomando como base os princpios da sustentabilidade, no uma tarefa simples. uma forma ainda muito nova de pensar a gesto pblica e por isso requer uma concentrao de esforos de grupos que estejam comprometidos e engajados com a idia de um fazer diferente. preciso reinventar a gesto pblica e a forma de lidar com as questes socioambientais. Por isso, criar espaos de dilogo e cooperao entre poder pblico e sociedade est entre os maiores desafios colocados para a administrao pblica neste momento. Para atender aos princpios da sustentabilidade ser preciso encontrar formas alternativas de lidar com as questes sociais, econmicas, polticas, etc. um processo de grande responsabilidade em lidar com os erros e acertos, na busca de um novo modelo de gesto dos bens coletivos e difusos.

    nesta diretriz que caminha o presente documento: as Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental (CIEAs) como espaos educadores democrticos1.

    1 recomendvel a institucionalizao destas comisses nos municpios, para possibilitar a criao de polticas

    pblicas de educao ambiental respeitando a especificidade de cada municpio.

    -6-

  • 2. A Gesto da Educao Ambiental nas Diferentes Esferas do Poder Pblico

    Na esfera federal, a Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA Lei n 9.795, de 27.04.1999) e o Decreto que a regulamenta (Decreto n 4.281, de 25.06.2002) criaram o rgo Gestor desta Poltica. Este assessorado por um Comit Assessor, composto por 13 (treze) representaes da sociedade civil e de instituies federais, estaduais e municipais.

    O rgo Gestor formado por um representante do Ministrio do Meio Ambiente e um do Ministrio da Educao. o responsvel por implementar a Poltica Nacional de Educao Ambiental. Assim, os pilares da gesto da educao ambiental nacional, de acordo com a Poltica Nacional de Educao Ambiental, constituem-se por meio de uma gesto compartilhada entre o Sistema Educacional e o Sistema de Meio Ambiente.

    A exemplo da poltica nacional, recomenda-se que as unidades da federao e os municpios, a fim de fortalecer e enraizar a educao ambiental no pas, adotem procedimento semelhante. Para isso, sugere-se que as secretarias responsveis pela educao e pelo meio ambiente se associem, num esforo concentrado para implementao de polticas pblicas adequadas a esta misso.

    Para permitir o dilogo entre os diversos setores da sociedade e efetiva implantao desta poltica, surgem as Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental CIEAs. As CIEAs so colegiados estaduais que tm como misso mais ampla propor as diretrizes da Poltica e do Programa Estadual de Educao Ambiental, coordenando e interligando as atividades relacionadas educao ambiental.

    As Comisses vm sendo implementadas em todas as unidades federativas do pas. Elas j so uma realidade na maioria dos estados brasileiros e so formadas por representantes do poder pblico e da sociedade civil. Neste espao de dilogo possvel iniciar o exerccio tico e participativo, proposto pela educao ambiental emancipatria.

    O fomento s CIEAs passa pelo estmulo ao trabalho conjunto das instncias governamentais: federal, estadual, municipal, em consonncia com os anseios e propostas da sociedade civil, para a disseminao e enraizamento da educao ambiental em todo o territrio nacional.

    recomendvel a criao de Comisses deste tipo nos municpios, ou em grupos de municpios, coordenadas por representantes das reas de meio ambiente e de educao das prefeituras municipais. As comisses municipais de educao ambiental possibilitaro o incio do processo educador na administrao pblica municipal tornaro possvel a criao de polticas pblicas especficas para a educao ambiental, sintonizadas com as necessidades e possibilidades de cada realidade. O municpio a menor unidade poltico-administrativa do pas e por isso a gesto municipal capaz de aproximar-se de suas cidads e cidados, conhecendo de perto sua realidade, anseios e necessidades. Da a importncia das polticas pblicas para a educao ambiental serem bem planejadas e coordenadas, elaboradas com a participao da sociedade, e que cheguem a todos os cantos, espaos e territrios.

    -7-

  • Muitos municpios e estados brasileiros j vivem hoje a mudana da democracia representativa onde os polticos eleitos tm inteira responsabilidade pela administrao para a gesto participativa, onde a sociedade participa opinando e assumindo uma parcela de responsabilidade junto ao poder pblico. Esta mudana vem ocorrendo no mundo todo e representa uma necessidade concreta de que os governos sejam claros e transparentes e de que a sociedade trabalhe, junto ao poder pblico, pelo bem comum.

    A importncia deste colegiado democrtico que a CIEA espao poltico no qual tm assento os mais diversos atores que protagonizam iniciativas de educao ambiental passa pela necessidade de conexo, interligao e articulao de todas as iniciativas e foras ativas e comprometidas com a educao ambiental.

    A proposta das CIEAs serem democrticas e paritrias vem justamente reforar a necessidade de se ter uma gesto integrada entre os Sistemas de Ensino e os Sistemas de Meio Ambiente, sempre agregando a sociedade civil em paridade na representatividade para as tomadas de deciso.

    -8-

  • 3. Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental CIEAs 3.1. Histrico

    A histria das CIEAs bastante recente. A lei que criou a PNEA Poltica Nacional de Educao Ambiental define, entre outras coisas, a composio e as competncias do rgo Gestor da PNEA, e do Comit Assessor, lanando assim, as bases para a execuo da PNEA. Uma das cadeiras do referido Comit ocupada por um representante das CIEAs e portanto, foi com o Decreto n 4.281/2002 que estas Comisses passaram a existir formalmente2.

    Em julho de 2003, o MMA e o MEC promoveram a reunio de instalao do rgo Gestor da PNEA, um passo decisivo para a execuo das aes em educao ambiental no governo federal.

    Em setembro de 2003 reuniram-se pela primeira vez em Braslia representantes das 19 CIEAs j institudas, para debater com o rgo Gestor as diretrizes da educao ambiental brasileira. Nesta ocasio foram eleitos os representantes destas Comisses no Comit Assessor. Em seguida, em 17 de novembro, foi instaurado o Comit Assessor do rgo Gestor, rgo colegiado que tem como atribuio assessorar o rgo Gestor.

    Entre os dias 13 a 15 de abril de 2004, foi realizado em Goinia o I Encontro Governamental Nacional sobre Polticas Pblicas de Educao Ambiental, reunindo secretrios e gestores pblicos das trs esferas de governo da rea educacional e ambiental. A maioria dos representantes das secretarias estaduais era tambm membros das CIEAs, sendo reforado o papel destas Comisses.

    O evento, promovido pelos Ministrios da Educao e do Meio Ambiente em parceria com o Governo Estadual de Gois e com a Prefeitura Municipal de Goinia, visou elaborar um diagnstico dos principais desafios ao enraizamento da educao ambiental no pas, estimulando a descentralizao do planejamento e da gesto da educao ambiental e a aproximao entre as secretarias de educao e de meio ambiente.

    Na ocasio, reconhecendo a necessidade da articulao e do fortalecimento mtuo das Comisses Estaduais Interinstitucionais e das Redes de Educao Ambiental, foi elaborado o documento Compromisso de Goinia (Anexo 1), que consiste no estabelecimento de um importante e pioneiro pacto entre as esferas de governo para a criao de Polticas e Programas Estaduais e Municipais de Educao Ambiental, sintonizados com o ProNEA.

    Desde ento, deu-se incio a uma segunda fase no fomento s Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental, sinalizando para o fortalecimento das j existentes e para o estmulo criao nos estados que no as tinham. O foco a democratizao destas Comisses, a partir principalmente do cuidado na representatividade do coletivo em contemplar os diversos atores envolvidos com os rumos da sustentabilidade das polticas pblicas ambientais, envolvidas com o campo da educao ambiental, bem como o fomento interao com as Redes de Educao Ambiental.

    2 O rgo Gestor da PNEA est estudando a possibilidade de criao de um decreto federal complementar, que

    instaure um marco legal mais preciso, que d legitimidade a este espao colegiado pblico.

    -9-

  • As Redes so importantes fruns independentes do governo, de participao da sociedade como um todo, dentro da uma concepo de horizontalidade, criando um arcabouo de sustentao permanente para as aes de educao ambiental.

    3.2. Conceituao e Caracterizao - Perfil das CIEAs

    A criao das CIEAs uma resposta ao dever legal dos estados brasileiros de promover a educao ambiental em seus aspectos formal e no formal com a colaborao da sociedade civil. Estas Comisses revestem-se de grande importncia ao agregarem os diversos setores das instituies pblicas e privadas. Elas no devem se limitar a incluso de especialistas em educao ambiental, pois elas buscam a articulao inter e intrainstitucional na convergncia dos esforos para a efetiva implantao das polticas de educao ambiental. As CIEAs tm o papel de consolidar as polticas, percolando todo o tecido social no momento que democraticamente abrigam a multi setoriedade de que se compe a sociedade moderna. Cada representante na Comisso deve ter o compromisso de tornar a educao ambiental uma realidade em sua instituio, municpio ou segmento social, assim como na sua unidade federativa.

    As Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental possuem variaes de nomenclatura3 nos diversos estados brasileiros, porm a maioria delas intitula-se CIEA. So as interlocutoras dos seus respectivos estados junto ao governo federal nos assuntos pertinentes educao ambiental e tm a importante misso de eleger, entre todas as Comisses existentes no pas, um representante para compor o Comit Assessor do rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental (art. 4, inciso II, do Decreto n 4.281/2002).

    A exemplo do rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental, as secretarias de meio ambiente e de educao devem fomentar e apoiar cooperativamente o funcionamento das CIEAs a fim de que seja criada uma poltica de educao ambiental nica para o estado, somando esforos, ao invs de dividi-los. Entretanto, sua composio no se limita a representantes do governo estadual, devendo buscar o equilbrio entre as diversas representaes do poder pblico (municipais, estaduais e federais) e dos diversos segmentos da sociedade (por exemplo: universidades e centros de pesquisa; setores da mdia; rgos de classe; setores patronais; setores sindicais; ONGs; associaes; coletivos de juventude; etc). Alm disso, sua gesto deve ser ao mximo democrtica, a fim de propor aes que atendam s reais necessidades da sociedade.

    As CIEAs, trabalhando em sintonia com a Poltica e o Programa Nacional de Educao Ambiental, devem atuar para elaborar e implementar, em seus respectivos estados, a Poltica e o Programa Estadual de Educao Ambiental, de forma descentralizada, democrtica e participativa. Tm entre suas responsabilidades, no mbito de cada Estado, viabilizar a implementao dos programas e projetos estaduais, captar recursos e participar da execuo ou acompanhar aes de educao ambiental, analisando resultados parciais. Mas elas devem ser, acima de tudo, espaos educadores, onde se considera a formao de seus participantes e de todos os habitantes do estado.

    As CIEAs, ao serem legalmente constitudas atravs de decreto governamental ou lei estadual, tornam-se parte do SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente, pois institucionalizam a educao ambiental no estado. Passam ento a introduzir suas diretrizes nas

    3 No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o colegiado se chama GIEA Grupo Interdisciplinar de Educao

    Ambiental.

    -10-

  • polticas pblicas tanto municipais e estaduais como federais e devem colaborar com a tarefa de transversalizar a temtica ambiental nos governos e na sociedade.

    Desta forma, o caminho legal de constituio das Comisses essencial servindo inclusive para o exerccio do dilogo poltico, no sentido de propiciar uma discusso entre os poderes constitudos, executivo e legislativo, e a sociedade civil. Inicia-se a uma conversa entre todos os envolvidos, sobre os rumos a serem construdos por meio de uma educao socioambiental poltica, antes de mais nada. 3.2.1. As CIEAs e os Conselhos Estaduais

    de grande importncia para o funcionamento das CIEAs que as mesmas estejam articuladas e em consonncia com os Conselhos Estaduais e Municipais, tanto os de Meio Ambiente e de Educao, como os de Recursos Hdricos, de Sade, e das demais esferas existentes. Dentro da lgica do SISNAMA so os Conselhos de Meio Ambiente os colegiados competentes para normatizar as aes ambientais.

    Em alguns Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, existe a figura da Cmara Tcnica de Educao Ambiental, podendo parecer que este colegiado tem funes superpostas com as Comisses Estaduais Interinstitucionais. Entretanto, a diferena que a Cmara Tcnica est diretamente vinculada a uma instituio de Meio Ambiente, enquanto que as Comisses tm a misso de trabalhar conjuntamente as instituies de Meio Ambiente e de Educao, contando com um leque de representatividade da sociedade e do poder pblico bastante amplo.

    As atribuies so tambm diferentes, embora complementares, e por isso importante buscar um bom relacionamento das Comisses com as Cmaras Tcnicas de seus estados, a fim de contribuir, discutindo e propondo normas a serem aprovadas pelos Conselhos.

    As CIEAs constituem-se em um coletivo de carter consultivo, e portanto no lhes compete expedir normatizao para a sociedade como um todo, mas sim pensar a educao ambiental do Estado, e da a importncia da articulao destas com os demais Conselhos existentes no mbito estadual (Meio Ambiente, Recursos Hdricos, Educao, Sade, Criana e Adolescente, etc).

    A competncia legal das CIEAs lhe permite expedir normas visando orientar suas atividades e o seu funcionamento, que o que se chama ser deliberativa no seu mbito; e atravs do Regimento Interno que se legaliza sua composio e o seu funcionamento.

    A caracterstica fundamental das CIEAs no o poder legal de normatizar a educao ambiental, e sim de ser o coletivo que estabelece as diretrizes estaduais da educao ambiental, em consonncia com as demais instncias governamentais e especialmente em consonncia com os anseios da sociedade civil. Aqui salienta-se a importncia deste coletivo ser legalmente constitudo e reconhecido pelo poder executivo estadual enquanto instncia legtima e essencial na elaborao da Poltica e do Programa Estadual de Educao Ambiental, mobilizando a sociedade para que esta elaborao ocorra de forma participativa.

    O papel destas Comisses , portanto, coordenar o processo de construo da Poltica e do Programa e procurar divulg-los e tentar abrir espaos nas diversas instituies e em seus oramentos, para que as aes de educao ambiental possam acontecer.

    -11-

  • 3.2.2. As CIEAs e os Coletivos da Sociedade

    tambm de grande importncia para o funcionamento democrtico e paritrio das CIEAs que as mesmas estejam articuladas e estabeleam permanente dilogo com os diversos coletivos da sociedade civil que atuam com a educao ambiental, em especial as Redes. Estas passaram a se difundir pelo pas, sobretudo a partir da Rio-92, quando da criao da Rede Brasileira de Educao Ambiental (REBEA4). Embora as Redes no sejam espaos de representao, a participao delas no mbito das CIEAs pode ser equacionada a partir da indicao pela prpria rede de uma organizao porta-voz do coletivo, a qual cumprir um importante papel de interlocuo entre estes espaos e certamente poder facilitar e estreitar este dilogo entre eles.

    Compartilhamos a compreenso de que as redes so espaos de articulao, interao e comunicao que emergem do bojo da sociedade civil, embora no se restringindo a estes segmentos e contando com a participao de organizaes tanto pblicas quanto privadas (com e sem fins lucrativos). As redes de educao ambiental tm cumprido um relevante papel quanto ao controle social das polticas pblicas da rea, e tm igualmente contribudo para a construo, discusso e avaliao das mesmas.

    3.3. Diretrizes para a Implementao das CIEAs - Instrumentos Legais

    Dentro das diretrizes para implementao das Comisses, temos a necessidade de criao do instrumento legal o Decreto ou a Lei Estadual.

    Um colegiado para poder funcionar bem depende primeiramente da clareza com que suas finalidades so definidas e, portanto, do dimensionamento de sua competncia. Se for deliberativo ou consultivo, variar a fora dos pronunciamentos do rgo.

    O critrio de escolha dos componentes do colegiado, os requisitos prvios dessa opo e composio, a durao do mandato, o processamento das votaes, a freqncia das reunies e o modo de convoc-las, entre outros dados, mostram a possibilidade de eficincia e eficcia do rgo coletivo.

    preciso evitar alguns obstculos ao bom funcionamento do rgo coletivo, e com este intuito, que se apresenta uma sugesto de Decreto no Anexo 2, bem como de Regimento Interno no Anexo 3. 3.3.1. Decreto de Criao

    O decreto de criao da CIEA deve dar flexibilidade e autonomia para que a prpria Comisso defina seu funcionamento, tendo liberdade para elaborar seu regimento interno. Assim, o decreto deve prever o nmero de representantes dos rgos, entidades ou setores, mas sem nomear as instituies, que devem ser nomeadas sim, no Regimento Interno. A composio deve ser representativa do quadro da educao ambiental no Estado, mas no deve ser muito numerosa, pois isto pode dificultar a realizao de reunies e a tomada de decises. 4 A REBEA pode ser compreendida como uma rede de diversas redes (regionais, estaduais, locais e temticas), as

    quais (alm da prpria REBEA) podem ser visualizadas atravs da pgina: www.rebea.org.br.

    -12-

  • O decreto deve tambm definir as atribuies da Comisso, assim como o compromisso das Secretarias Estaduais envolvidas em executar as propostas e diretrizes definidas por ela. tambm importante definir um oramento, mas essa uma reivindicao que, em geral, exige primeiro que a Comisso exista e funcione, para ento conquistar oramento prprio, definido pelo decreto.

    Para que a Comisso represente geograficamente todo o estado e tenha a representatividade da sociedade civil, importante a viabilizao da presena nas reunies dos representantes da sociedade civil das distantes regies, nos encontros presenciais. Para isso no decreto deve estar previsto o custeio das despesas de deslocamento, para garantir a representatividade deste coletivo.

    A CIEA pode ainda ser criada por Lei Estadual, entretanto precisar tambm de um decreto de regulamentao. Quando criada por Lei, em geral est includa na Poltica Estadual de Educao Ambiental. Instituir esta poltica uma tarefa longa, pois para que ela tenha legitimidade, necessitar de discusso com a sociedade e os especialistas do Estado. Portanto, recomenda-se que este trabalho seja realizado pela Comisso, que o coletivo indicado para promover a mobilizao necessria construo de uma poltica de educao ambiental satisfatria. 3.3.2. A Estrutura Organizacional e Operacional - Regimento Interno de uma CIEA

    O Regimento Interno a figura jurdica que vai nortear o funcionamento da Comisso. Sua primeira importncia surge da necessidade de colocar todos os representantes da Comisso para dialogar acerca de seu prprio funcionamento, de suas regras de convivncia e de sistematizao de suas deliberaes.

    Assim, mais importante do que a sugesto de um modelo de Regimento Interno, a recomendao de que o mesmo seja construdo democraticamente entre seus membros, devendo servir a construo do instrumento como um modelo de gesto das demais construes de polticas pblicas participativas sobre as quais devam se debruar. Como espao educador, cada Comisso deve trabalhar para conviver de forma harmnica com a diversidade que est representada dentro dela, valorizando cada componente com suas especificidades e dialogando no sentido de trabalhar os conflitos, visando no a sua supresso, mas ao seu equacionamento democrtico.

    Importante que o(a) coordenador(a) da Comisso seja democraticamente eleito(a) entre seus pares, contando com mandato pr-estipulado. importante que se diferencie a instituio da qual o coordenador representante, da figura de coordenador da comisso o coordenador deve ser o porta-voz das decises do coletivo, e jamais refletir a deciso da instituio que representa.

    -13-

  • 4. Consideraes Finais

    Como vimos, a institucionalizao da educao ambiental no Brasil, embora seja um processo recente, j vislumbra diversos avanos e conquistas. Dispomos de uma Poltica Nacional de Educao Ambiental, ainda que passvel de crticas e de revises, e de instncias de implementao desta poltica na esfera federal rgo Gestor e Comit Assessor em nvel estadual, as Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental. Estas, por sua vez, vm enfrentando dificuldades, inerentes aos processos participativos, no que diz respeito sua criao e regulamentao no mbito de cada unidade federativa. Ao mesmo tempo, vm experimentando novas formas de construo de polticas pblicas de educao ambiental, de forma participativa e democrtica, envolvendo e dialogando com os diversos setores da sociedade relacionados com o tema.

    Sabemos que h diversos desafios neste processo de institucionalizao da educao ambiental, mas parece-nos fundamental compartilharmos a compreenso de que estamos vivenciando um processo onde a educao ambiental caminha no s para a sua institucionalizao, mas para a ruptura de posturas conservadoras de construo de polticas pblicas no pas. A educao ambiental, por sua vocao educadora, deve ser exemplo para esta transformao na elaborao de polticas pblicas de forma participativa.

    Quanto mais tivermos a compreenso da importncia de caminharmos juntos nesta direo, mais seremos eficazes na real implementao do que enuncia a Poltica Nacional de Educao Ambiental, e mais do que isso, no que milhares de educadores e educadoras ambientais vm demandando para o desenvolvimento de uma educao ambiental crtica, emancipatria e transformadora.

    -14-

  • ANEXO 1

    Compromisso de Goinia

    Ns, tcnicos representantes de Educao Ambiental e Dirigentes de Secretarias de Educao e de Meio Ambiente e rgos vinculados dos Estados e das Capitais reunidos em Goinia, de 13 a 15 de abril de 2004, no encontro promovido pelos Ministrios do Meio Ambiente e da Educao, no marco do rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental, em parceria com o Governo do Estado de Gois e a Prefeitura Municipal de Goinia:

    Reconhecendo o papel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, na esfera de suas competncias e nas reas de suas jurisdies, na definio de diretrizes, normas e critrios para a Educao Ambiental, respeitados os princpios e objetivos da Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA), conforme rege o Art. 16 da Lei no 9.795/99; como tambm a Lei no 9.394/96 (LDB) e demais legislaes vigentes do campo da educao;

    Reconhecendo o Programa Nacional de Educao Ambiental (ProNEA) como marco orientador para a elaborao de polticas de educao ambiental e seu processo de consulta pblica como estratgia de controle e participao social;

    Reconhecendo a necessidade e relevncia de articulao, fortalecimento e enraizamento da educao ambiental em todo territrio nacional;

    Considerando que a elaborao e a implementao de polticas de educao ambiental requer a interlocuo entre as trs esferas de governo;

    Considerando que a elaborao e a implementao de polticas de educao ambiental nos estados e municpios requer sua gesto compartilhada pelos rgos de meio ambiente e de educao;

    Considerando que a elaborao e a implementao de polticas de educao ambiental demanda a construo e o fortalecimento das Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental como espaos pblicos colegiados, representativos e democrticos;

    Considerando que a participao cidad na elaborao e implementao de polticas de educao ambiental requer a garantia do direito ao acesso a informao e ao conhecimento e o fortalecimento da organizao em rede da sociedade;

    Considerando o processo de mobilizao e envolvimento da sociedade e das trs esferas de governo promovido pela Conferncia Nacional do Meio Ambiente e suas deliberaes;

    Afirmando que o fortalecimento mtuo das Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental e Redes de Educao Ambiental, constitui-se numa estratgia apropriada para o estmulo ao controle social e participao;

    Comprometemo-nos, em conjunto com o rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental, a envidar todos os esforos para enfrentar os desafios do enraizamento da educao ambiental em todo territrio nacional para o empoderamento dos atores e atrizes sociais promovendo o protagonismo socioambiental, e assumimos os seguintes compromissos:

    Abrangncia Institucional e poltica Proporcionar os meios institucionais para articular as atribuies das secretarias estaduais e

    municipais de meio ambiente e de educao na perspectiva de atuao conjunta, em parceria com o rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental, Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental, Redes de Educao Ambiental e Ncleos de Educao Ambiental do IBAMA

    Definir polticas e critrios para parcerias entre setor empresarial e Instituies No-Governamentais e Governamentais para implementao de projetos e aes de educao ambiental nas escolas

    Criar e consolidar colegiados, organismos de meio ambiente, dentre outros espaos consultivos e deliberativos relacionados temtica ambiental a fim de fortalecer o SISNAMA

    Atribuir ao rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental a coordenao de diagnsticos em sries histricas de programas, projetos e aes de educao ambiental envolvendo Estados e Municpios

    Criar e aplicar indicadores de monitoramento e avaliao de programas, projetos e aes de educao ambiental

    Implementar rgos Gestores nos mbitos estadual e municipal nos moldes do rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental

    Elaborar e implementar polticas e programas de educao ambiental nas Unidades Federativas naqueles municpios que ainda no dispem destes marcos orientadores

    Criar e fortalecer redes locais, estaduais, regionais e temticas de educao ambiental Assegurar condies polticas para viabilizar a continuidade de programas, projetos e aes de

    -15-

  • educao ambiental Criar, consolidar, democratizar e fortalecer as Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao

    Ambiental, atravs da ampliao de suas representatividades e da disponibilizao de informaes de forma qualificada e democrtica

    Delinear e implementar estratgias de mapeamento, criao e fortalecimento de Centros de Educao Ambiental (CEAs) nos estados e municpios que possam atuar em parceria com as distintas reas e segmentos

    Propor ao CONAMA a regulamentao do componente de educao ambiental nos processos de licenciamento ambiental

    Criar e fortalecer estruturas de educao ambiental nos rgos de educao e de meio ambiente nos estados e municpios definindo suas competncias, normas e critrios em consonncia com a Lei no 9.795/99 e demais legislaes vigentes

    Criar mecanismos de gesto ambiental compartilhada nas secretarias municipais e estaduais de educao e de meio ambiente

    Efetivar a insero da educao ambiental de forma transversal nos currculos escolares nos diferentes nveis e modalidades de ensino

    Garantir que os rgos representativos do Governo Federal nos Estados e Municpios atuem como disseminadores da Poltica Nacional de Educao Ambiental de forma articulada

    Contribuir com a realizao de diagnsticos em sries histricas do estado da arte da educao ambiental

    Formao Definir e criar polticas e diretrizes estaduais e municipais de formao de recursos humanos que

    contemplem as atividades de gesto institucional, de interveno pedaggica e de produo de conhecimento e de material em educao ambiental

    Destinar carga horria para formao continuada dos professores em servio e certificao para ascenso funcional

    Resgatar as relaes de cooperao e solidariedade nas aes de educao ambiental em todos os segmentos sociais

    Delinear e implementar programa de formao continuada de gestores pblicos, formadores de opinio, professores e agentes locais de sustentabilidade, por meio de parcerias entre as trs esferas de governo

    Investir em parcerias com instituies que atuam com educao e pesquisa para potencializao da ao dessas instituies no seu trabalho de formao de educadores e educadoras ambientais

    Comunicao Inserir publicaes de educao ambiental no Programa Nacional de Livro Didtico (PNLD) e no

    Programa Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE) Divulgar as iniciativas de educao ambiental nos mbitos estadual e municipal, bem como suas

    polticas e programas de educao ambiental Implementar bancos de dados integrados para avaliao e monitoramento sistemtico das aes de

    educao ambiental nas Escolas Fomentar produo local de materiais de informao, e de comunicao ambiental nas escolas e

    comunidades Fortalecer estratgias de comunicao e intercomunicao em educao ambiental na mdia, nas

    assessorias de comunicao dos governos e no SIBEA Difundir e alimentar de forma descentralizada o Sistema Brasileiro de Informaes sobre Educao

    Ambiental Financiamento Definir, criar e regulamentar o acesso a fundos estaduais e municipais de fomento a projetos de

    educao ambiental formal e no formal e na interface escola/comunidade Reestruturar o FNMA para apoiar projetos de educao ambiental de pequeno montante Definir e criar carteira de apoio a projetos de educao ambiental no MEC Divulgar fontes de financiamento para programa, projetos e aes em educao ambiental

    Eventos

    -16-

  • Realizar Fruns Estaduais e Municipais de Educao Ambiental, sintonizados com os eventos de

    mbito nacional Promover encontros municipais, estaduais e regionais, que sensibilizem e comprometam secretrios,

    prefeitos e governadores quanto relevncia da implementao da educao ambienta de forma articulada e integrada

    Garantir a participao dos representantes das secretarias de educao e meio ambiente dos Estados e Municpios em eventos de interesse da educao ambiental

    Goinia, 15 de abril de 2004

    -17-

  • ANEXO 2

    Modelo de Decreto de criao da CIEA democrtica

    DECRETO N ..........., DE ....... DE ....................... DE 2004 Institui a Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do .......... e d outras

    providncias. ..................................., Governador do Estado de .........., no uso de suas atribuies legais, que lhe confere o

    Artigo ...... da Constituio Estadual: CONSIDERANDO as disposies constantes dos Arts. 205 e 225, pargrafo 1, inciso VI, da Constituio

    Federal, a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 que institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental e o Decreto 4.281 de 25 de junho de 2002 que a regulamenta;

    CONSIDERANDO que dever do Estado e da Sociedade Civil a promoo da Educao Ambiental em seus

    aspectos formal e no formal; CONSIDERANDO que as aes em educao ambiental no Estado necessitam da tomada de providncias do

    Poder Pblico, no sentido de estabelecer parmetros, diretrizes, contedos, linhas de ao e outros elementos fundamentais execuo de uma Poltica Estadual Ambiental;

    CONSIDERANDO a existncia e estrutura do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), institudo por

    meio da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, as existncias do Sistema de Ensino, institudo pela Lei de Diretrizes e Bases e do Sistema Nacional de Recursos Hdricos, SINGREH os quais reiteram a necessidade da implementao das Polticas Ambientais e Educacionais ocorrerem de forma descentralizada no Brasil;

    CONSIDERANDO o pluralismo de idias e concepes pedaggicas na perspectiva da inter, multi e

    transdiciplinaridade e a abordagem articulada das questes ambientais locais, regionais, nacionais e globais, princpios bsicos da Educao Ambiental.

    DECRETA: Art. 1 Fica instituda a Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do .........., de

    carter democrtico, consultivo e deliberativo no seu mbito, com a finalidade de promover a discusso, a gesto, a coordenao, o acompanhamento e avaliao bem como a implementao das atividades de Educao Ambiental no Estado de .........., inclusive propor normas, observadas as disposies legais vigentes.

    Art. 2 A Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do .........., fica vinculada diretamente ao rgo Estadual de Meio Ambiente e ao rgo Estadual de Educao, tendo as seguintes competncias:

    I gerir o Programa Estadual de Educao Ambiental, considerando a participao popular atravs dos Grupos de Trabalho locais;

    II fomentar parcerias entre instituies governamentais, no governamentais, instituies educacionais, empresas, entidades de classe, organizaes comunitrias e demais entidades que tenham interesse na rea de educao ambiental;

    III promover intercmbio de experincia e concepo que aprimorem a prtica de educao ambiental; IV estimular, fortalecer, acompanhar e avaliar a implementao da Poltica Nacional de Educao Ambiental, na

    qualidade de interlocutor do Estado junto ao Ministrio do Meio Ambiente e ao Ministrio da Educao; V promover articulao inter e intrainstitucional, buscando a convergncia de esforo no sentido de promover a

    implementao da Poltica Nacional de Educao Ambiental e a gerao das diretrizes Estaduais de Educao Ambiental;

    VI contribuir com aes que promovam a insero transversal da temtica ambiental nos currculos escolares de todos os nveis e modalidades de ensino e nos diversos rgos estaduais e municipais;

    VII promover a educao ambiental a partir das recomendaes da Poltica Nacional de Educao Ambiental e de deliberaes oriundas de conferncias oficiais de meio ambiente e de educao ambiental;

    VIII promover a divulgao da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental, junto aos diversos setores da sociedade, atravs da realizao de fruns, oficinas e seminrios regionais e estaduais;

    IX fomentar as aes de comunicao scio ambiental de forma contnua e permanente;

    -18-

  • X propor aos rgos competentes a destinao de dotao oramentria objetivando a viabilizao de projetos e aes em educao ambiental;

    Art. 3 A Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do .......... ser coordenada por um de seus integrantes, eleito para esse fim, por um perodo de 02 (dois) anos.

    Pargrafo nico A primeira coordenao ser exercida por um representante do rgo Estadual de Meio Ambiente ou de Educao.

    Art. 4 A Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do ..........., observados os limites de suas competncias, poder expedir instrues normativas ou operacionais, visando orientar as suas atividades e o seu funcionamento.

    Art. 5 de responsabilidade dos rgos de Estado a que se refere o Artigo 2, a disponibilizao de recursos fsicos, humanos e materiais necessrios para o funcionamento da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de .......... podendo contar com apoio dos rgos e entidades integrantes da Administrao Estadual direta e indireta.

    Art 6 Atendendo solicitao da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de ........., o Estado, por intermdio do rgo Gestor da Poltica Estadual de Educao Ambiental, poder contratar servio de consultoria com vistas prestao de assessoramento especializado necessrio implementao das atividades desta Comisso.

    Art.7 Atendendo solicitao da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de ........, o Estado, por intermdio do rgo Gestor da Poltica Estadual de Educao Ambiental, poder firmar convnios com outras instituies pblicas ou privadas, com o objetivo de viabilizar a execuo das atividades da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de .......... e das aes em Educao Ambiental no Estado.

    Art. 8 Compete Comisso elaborar e aprovar o seu Regimento Interno, estabelecendo sua organizao administrativa e estrutura operacional.

    Art.9 A Comisso deve participar ativamente do fortalecimento do Sistema Brasileiro de Informao sobre Educao Ambiental, especialmente atravs da alimentao do Sistema.

    Art. 10. Integram a Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do ......... 01 representante e 01 suplente, dos grupos e instituies abaixo relacionados, de forma paritria, com metade dos membros provenientes do governo, com a necessria representao dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e Educao, e a outra metade proveniente da sociedade civil.

    I DO PODER DO PBLICO: a) 01 representante do rgo Estadual de Meio Ambiente; b) 01 representante do rgo Estadual de Educao; c) 01 representante do rgo Estadual de Sade; d) 01 representante do rgo Estadual de Cincia e Tecnologia; e) X representantes de outros rgos Estaduais; f) 01 representante da Cmara Tcnica de Educao Ambiental do Conselho Estadual de Meio Ambiente ou 01

    representante do Conselho Estadual de Meio Ambiente com objetivo, interesse e atuao comprovada em Educao Ambiental;

    g) 01 representante da Cmara Tcnica de Educao Ambiental do Conselho Estadual de Educao ou 01 representante do Conselho Estadual de Educao com objetivo, interesse e atuao comprovada em Educao Ambiental.;

    h) 01 representante do Conselho Estadual de Recursos Hdricos com objetivo e interesse em Educao Ambiental;

    i) 01 representante do Ministrio Pblico Estadual; j) 01 representante do Ncleo de Educao Ambiental do IBAMA; k) X representantes das Associaes de municpios, indicados por regio do Estado; l) 01 representante da Universidade Federal; m) 01 representante da Universidade Estadual; n) 01 representante das Foras Armadas; o) 01 representante da Polcia Militar Florestal ou Ambiental; p) 01 representante de Instituio de pesquisa e extenso; q) 01 representante do poder legislativo Estadual. II - DA SOCIEDADE CIVIL: a) X representantes de organizaes no governamentais ambientalistas, legalmente constitudas, inscrita no

    Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas CNEA. b) 01 representante da CGT Confederao Geral dos Trabalhadores organizaes de trabalhadores; c) 01 representante da CUT Central nica dos Trabalhadores; d) 01 representante da Fora Sindical; e) 01 representante da Federao dos Trabalhadores na Agricultura; f) 01 representante da Federao das Indstrias;

    -19-

  • g) 01 representante da Federao do Comrcio; h) 01 representante da Federao da Agricultura e Pecuria; i) 01 representante da Federao de Transportes; j) 01 representante da Associao de instituies privadas de ensino superior; k) 01 representante das populaes tradicionais; l) 01 representante dos povos indgenas; m) 01 representante de entidade ambientalista no governamental, inscrita no Cadastro Nacional de Entidades

    Ambientalistas CNEA, indicado pela Rede Estadual de Educao Ambiental; n) 01 representante de entidade ambientalista no governamental, inscrita no Cadastro Nacional de Entidades

    Ambientalistas CNEA indicado pelo Conselho Jovem do estado; o) 01 representante do movimento estudantil. p) 01 representante da Associao Brasileira dos veculos de Comunicao com atuao no campo da Educao

    Ambiental; ou 01 representante indicado pela Rede de Jornalismo ambiental, q) 01 representante da seccional da OAB Ordem dos Advogados do Brasil; r) 01 representante da UNDIME estadual. 1 A paridade da sociedade civil com o governo dever ser completada dando-se prioridade dos assentos s

    organizaes no governamentais ambientalistas. 2 Os representantes de que trata o inciso I e seus suplentes sero indicados pelos titulares (dirigentes ou

    presidentes) dos respectivos rgos. 3 Os representantes e seus suplentes de que trata o inciso II, devero ser indicados por suas representaes no

    Estado. 4 Os rgos de estado a que se refere o artigo 2, na elaborao dos seus respectivos oramentos, devero

    consignar recursos para garantir a presena s reunies de todos os integrantes da Comisso, em especial os representantes da sociedade civil, inclusive o custeio de despesas com viagens para representao desta Comisso.

    Art 11. As funes desenvolvidas pela Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado do ........., no enseja qualquer tipo de remunerao, sendo considerado servio de relevante interesse pblico.

    Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao revogadas as disposies em contrrio.

    PALCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO .........., em ......., aos .......... de .............. de 2004.

    GOVERNO DO ESTADO

    -20-

  • ANEXO 3

    Modelo de Regimento Interno da CIEA democrtica

    SUPERINTENDNCIA DE GESTO E PROTEO AMBIENTAL ESTADO DE COMISSO ESTADUAL INTERINSTITUCIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL

    REGIMENTO INTERNO

    Capitulo I

    DA FINALIDADE

    Art. 1 O Regimento da Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental instituda no Estado, com as

    atribuies de promover a discusso, a gesto, a coordenao, o acompanhamento e avaliao, bem como a implementao das atividades de Educao Ambiental no Estado de ............., inclusive propor normas, observadas as disposies legais vigentes, tem por finalidade determinar atribuies e estabelecer normas de funcionamento.

    Capitulo II

    DA COMPOSIO DA COMISSO

    Art. 2 Integram a Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de ........... 01

    representante e 01 suplente, dos grupos e instituies abaixo relacionados, de forma paritria, com metade dos membros provenientes do governo, com a necessria representao dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e Educao, e a outra metade proveniente da sociedade civil.

    I DO PODER DO PBLICO (aqui devem ser nomeadas as instituies): a) 01 representante do rgo Estadual de Meio Ambiente; b) 01 representante do rgo Estadual de Educao; c) 01 representante do rgo Estadual de Sade; d) 01 representante do rgo Estadual de Cincia e Tecnologia; e) X representantes de outros rgos Estaduais; f) 01 representante da Cmara Tcnica de Educao Ambiental do Conselho Estadual de Meio Ambiente ou 01

    representante do Conselho Estadual de Meio Ambiente com objetivo, interesse e atuao comprovada em educao ambiental;

    g) 01 representante da Cmara Tcnica de Educao Ambiental do Conselho Estadual de Educao ou 01 representante do Conselho Estadual de Educao com objetivo, interesse e atuao comprovada em educao ambiental;

    h) 01 representante do Conselho Estadual de Recursos Hdricos com objetivo e interesse em educao ambiental;

    i) 01 representante do Ministrio Pblico Estadual; j) 01 representante do Ncleo de Educao Ambiental do IBAMA; k) X representantes das Associaes de municpios, indicados por regio do Estado; l) 01 representante da Universidade Federal; m) 01 representante da Universidade Estadual; n) 01 representante das Foras Armadas; o) 01 representante da Polcia Militar Florestal ou Ambiental; p) 01 representante de Instituio de pesquisa e extenso; q) 01 representante do poder legislativo Estadual.

    II - DA SOCIEDADE CIVIL (aqui devem ser nomeadas as instituies): a) X representantes de organizaes no governamentais ambientalistas, legalmente constitudas, inscritas no

    Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas CNEA. b) 01 representante da CGT Confederao Geral dos Trabalhadores organizaes de trabalhadores; c) 01 representante da CUT Central nica dos Trabalhadores; d) 01 representante da Fora Sindical; e) 01 representante da Federao dos Trabalhadores na Agricultura; f) 01 representante da Federao das Indstrias; g) 01 representante da Federao do Comrcio;

    -21-

  • h) 01 representante da Federao da Agricultura e Pecuria; i) 01 representante da Federao de Transportes; j) 01 representante da Associao de instituies privadas de ensino superior; k) 01 representante das populaes tradicionais; l) 01 representante dos povos indgenas; m) 01 representante de entidade ambientalista no governamental, inscrita no Cadastro Nacional de Entidades

    Ambientalistas CNEA, indicado pela Rede Estadual de Educao Ambiental; n) 01 representante de entidade ambientalista no governamental, inscrita no Cadastro Nacional de Entidades

    Ambientalistas CNEA indicado pelo Conselho Jovem do estado; o) 01 representante do movimento estudantil. p) 01 representante da Associao Brasileira dos veculos de Comunicao com atuao no campo da educao

    ambiental; ou 01 representante indicado pela Rede de Jornalismo ambiental, q) 01 representante da seccional da OAB Ordem dos Advogados do Brasil; r) 01 representante da UNDIME estadual.

    1 A paridade da sociedade civil com o governo dever ser completada dando-se prioridade dos assentos s organizaes no governamentais ambientalistas.

    2 Os representantes de que trata o inciso I e seus suplentes sero indicados pelos titulares (dirigentes ou presidentes) dos respectivos rgos.

    3 Os representantes e seus suplentes de que trata o inciso II, devero ser indicados por suas representaes no Estado.

    4 Os rgos de estado a que se refere o artigo 2, na elaborao dos seus respectivos oramentos, devero consignar recursos para garantir a presena s reunies de todos os integrantes da Comisso, em especial os representantes da sociedade civil, inclusive o custeio de despesas com viagens para representao desta Comisso.

    Captulo III

    DAS COMPETNCIAS

    Seo I

    Da Coordenao

    Art. 3 A Comisso ter uma coordenao tripartite formada por um representante do rgo estadual de meio

    ambiente, um representante do rgo estadual de educao e um representante da sociedade civil, eleito para esse fim, com seus respectivos suplentes eleitos em plenria e uma secretaria executiva.

    coordenao da Comisso compete: I. Convocar e presidir as reunies da Comisso;

    II. Representar externamente a Comisso; III. Convidar representantes de rgos e entidades pblicas e privadas para participarem de reunies da

    Comisso; IV. Solicitar aos rgos da administrao direta e indireta sempre que julgar necessrio, apoio em pessoal e

    outros meios para consecuo dos objetivos da Comisso; V. Articular junto as prefeituras municipais assuntos relacionados Comisso;

    VI. Deliberar "ad referendum" da plenria, sobre medidas necessrias ao bom andamento dos trabalhos; VII. Organizar os assuntos que devam ser submetidos apreciao da plenria;

    VIII. Indicar substituto, quando necessrio, para presidir e/ou representar a Comisso; IX. Praticar os demais atos necessrios ao cumprimento das atribuies da Comisso; X. Socializar as informaes adquiridas em todo e qualquer evento que a Comisso se fizer representar atravs

    do coordenador; XI. A Comisso tripartite ser presidida por um dos seus coordenadores, eleito entre eles, em rodzio, por um

    perodo de 4 (quatro) meses.

    Seo II

    Dos Membros Art. 4 Aos membros da Comisso compete:

    I. Participar das discusses e deliberaes dos assuntos submetidos plenria; II. Expor e emitir pareceres sobre os assuntos nos quais sejam designados como relatores;

    III. Assinar as atas das reunies; IV. Integrar as Subcomisses Especiais no caso de serem designados pela Plenria;

    -22-

  • V. Prestar informaes sobre as atividades de suas instituies relacionadas a estudos e trabalhos da Comisso;

    VI. Propor matrias para deliberao plenria; VII. Propor plenria que sejam convidadas autoridades e tcnicos de reconhecida capacidade profissional

    para participarem de reunies da Comisso; VIII. Propor plenria as diretrizes metodolgicas a serem adotadas na implementao da educao ambiental

    no Estado; IX. Propor plenria o planejamento da execuo dos trabalhos; X. Elaborar pareceres e relatrios tcnicos de acompanhamento e avaliao da educao ambiental no Estado;

    XI. Desempenhar outras atribuies que Ihes forem outorgadas pela plenria; XII. Acatar as decises da plenria;

    XIII. Eleger a coordenao tripartite e o secretrio executivo da Comisso por um mandato de 02 (dois) anos com direito a uma reconduo.

    Seo III

    Secretaria Executiva

    Art. 5 Secretaria Executiva compete: I. Adotar as medidas necessrias execuo das atividades previstas;

    II. Elaborar atas das reunies da Comisso; III. Elaborar, controlar e acompanhar a proposta e os crditos oramentrios destinados aos trabalhos da

    Comisso; IV. Elaborar relatrios de atividades.

    Art. 6 A Comisso poder contar com assessoria tcnica composta por tcnicos e especialistas de reconhecida experincia.

    Art. 7 Ao titular da Secretaria Executiva compete: I. Coordenar os trabalhos da Secretaria Executiva;

    II. Secretariar as reunies da Comisso; III. Coordenar e providenciar a execuo dos expedientes da Comisso; IV. Assessorar na coordenao; V. Assinar os expedientes da Comisso, quando autorizado;

    VI. Providenciar a convocao dos membros e dos convidados; VII. Executar outras tarefas correlatas determinadas pelo coordenador.

    Captulo IV

    DO FUNCIONAMENTO

    Seo I

    Da Plenria

    Arte 8 A Comisso deliberar em reunies plenrias com a presena de metade mais um de seus membros na

    primeira chamada. E pela maioria simples em segunda chamada aps 30 minutos.

    Seo II

    Das Subcomisses Especiais

    Art. 9 Podero ser criadas Subcomisses Especiais, por deliberao da plenria para elaborao de trabalhos especficos a serem submetidos a ela, as quais sero consideradas extintas quando da concluso destes, ou por deciso da plenria.

    l Comporo as Subcomisses, alm dos membros designados pelo pela plenria, tcnicos ou especialistas de reconhecida experincia, nas questes de educao ambiental, ou segmentos organizados da comunidade, que possam contribuir com o projeto em desenvolvimento;

    2 As Subcomisses Especiais elegero, entre seus membros, os respectivos coordenadores e relatores.

    CAPTULO V

    DAS REUNIOES

    -23-

  • Art 10 A plenria da Comisso se reunir por convocao do seu Coordenador:

    I. Em sesso ordinria, com periodicidade a ser determinada mediante convocao, com antecedncia mnima de 05 (cinco) dias, acompanhada da pauta dos assuntos a serem discutidos;

    II. Em sesso extraordinria, mediante convocao com antecedncia mnima de 48 (quarenta e oito) horas, acompanhada da pauta dos assuntos a serem discutidos;

    1 A convocao de sesso extraordinria poder se dar a pedido da maioria dos membros da Comisso; 2 As reunies da plenria da Comisso sero realizadas em local a ser determinado pelo coordenador; 3 Para cada reunio plenria ser lavrada ata que, aps ser lida, aprovada e assinada pelos membros ser

    arquivada. Art. 11 A conduo dos trabalhos das reunies observar a seguinte ordem:

    I. Instalao dos trabalhos pelo coordenador; II. Assinatura do livro de presena;

    III. Verificao de quorum; IV. Leitura, discusso e votao da ata da reunio anterior; V. Leitura da pauta da reunio;

    VI. Apresentao, discusso e votao dos assuntos constantes da pauta; VII. Apreciao de matria em regime de urgncia, quando aprovada pela plenria a sua incluso na pauta;

    VIII. Assuntos de ordem geral no includos na pauta; IX. Encerramento dos trabalhos.

    Art. 12 Anunciado pelo coordenador o encerramento da discusso, a matria ser submetida votao. Art. 13 As decises da plenria sero tomadas por maioria simples dos membros presentes. Pargrafo nico Em caso de empate, caber ao coordenador a deciso final.

    CAPTULO VI

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 14 As despesas de transporte, dirias ou de outra natureza dos membros da Comisso e Subcomisses sero custeadas pelos rgos de Estado de Meio Ambiente e de Educao, conforme previsto no Decreto n............., que institui a Comisso Estadual Interinstitucional de Educao Ambiental.

    Art. 15 A instituio que deixar de comparecer a 03 (trs) reunies, ordinrias ou extraordinrias, consecutivas, sem delegar representante, ser substituda a critrio da Comisso.

    Art. 16 Os casos no previstos neste Regimento sero resolvidos pela coordenao. Art. 17 Este Regimento Interno, foi aprovado pela plenria da Comisso em sua reunio extraordinria, em ..... de

    outubro de .....

    -24-

  • rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental Srie Documentos Tcnicos 1. CIEAs Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental Prximos nmeros - Construindo juntos a educao ambiental brasileira: relatrio da Consulta Pblica do ProNEA - Programa Latino-americano e Caribenho de Educao Ambiental - A Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel: o que pensa o pblico do V

    Frum Brasileiro de Educao Ambiental

    -25-

  • Ministrio do Meio Ambiente - MMA

    Ministrio da Educao - MEC

    rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao Ambiental Ministrio do Meio Ambiente Secretaria Executiva Diretoria de Educao Ambiental Ministrio da Educao Sumrio

    1. Apresentao 2. A Gesto da Educao Ambiental nas Diferentes Esferas do Poder Pblico 3. Comisses Estaduais Interinstitucionais de Educao Ambiental CIEAs 3.1. Histrico 3.2. Conceituao e Caracterizao - Perfil das CIEAs 3.2.1. As CIEAs e os Conselhos Estaduais 3.2.2. As CIEAs e os Coletivos da Sociedade

    3.3. Diretrizes para a Implementao das CIEAs - Instrumentos Legais 3.3.1. Decreto de Criao 3.3.2. A Estrutura Organizacional e Operacional - Regimento Interno de uma CIEA

    4. Consideraes Finais ANEXO 1 ANEXO 2 ANEXO 3

    Serie doc-tecnicos-2-5_Frente.pdfPgina 1

    Serie doc-tecnicos-2-5_Fundo.pdfPgina 1

    Button1: