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Aspectos laboratoriais em coagulação DOENÇAS TROMBOEMBÓLICAS DOENÇAS TROMBOEMBÓLICAS Dr. João Carlos de Campos Guerra Departamento de Patologia Clínica Departamento de Patologia Clínica - HIAE HIAE Centro de Hematologia de São Paulo Centro de Hematologia de São Paulo CHSP CHSP Centro de Hematologia de São Paulo Centro de Hematologia de São Paulo - CHSP CHSP

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Aspectos laboratoriais em coagulação

DOENÇAS TROMBOEMBÓLICASDOENÇAS TROMBOEMBÓLICAS

Dr. João Carlos de Campos GuerraDepartamento de Patologia Clínica Departamento de Patologia Clínica -- HIAEHIAE

Centro de Hematologia de São PauloCentro de Hematologia de São Paulo CHSPCHSPCentro de Hematologia de São Paulo Centro de Hematologia de São Paulo -- CHSPCHSP

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SISTEMAS ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIASISTEMAS ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIASISTEMAS ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIASISTEMAS ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIA

Hemodinâmico FibrinóliseHemorragia

Fator Vascular

EquilíbrioPlaquetário

Coagulação Inibidores

Equilíbrio(Hemostasia)

Coagulação InibidoresAnticoagulantesTrombose

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Formação do Dímero-Dç

Ativação da Coagulação

Formação Trombina

Fibrinogênio FibrinFibrinaFactor XIIIa

Plasmina

Factor XIIIa

Fibrinaestável

Plasmina

Produtos Degradação Fibrina

D dimersD-dimers

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Papel do Dímero-D

O D-dimer é um produto específico da d d ã d á l d fib i t bili ddegradação do coágulo de fibrina estabilizado

A ausência do Dímero-D no plasma indica ausência de trombo ? (Valor preditivo negativo)

Níveis elevados de Dímero-D possue valor pprognóstico ? (Valor preditivo positivo)

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Dados Demográficos - EUA

Tromboembolismo Venoso – TEV (TVP- EP) 1,2

100 000 - 300 000 casos/ano100.000 300.000 casos/ano300.000 - 600.000 internações/ano.50.000 óbitos/ano.

Aproximadamente 75% dos pacientes que se apresentam com suspeita de Tromboembolismoapresentam com suspeita de Tromboembolismo Venoso (TEV) não têm a doença3

1Hirsh, J. et al., Management of deep vein thrombosis and pulmonary embolism, Circulation, 1996; 93:2212-45. 2Carter,C.et al , The epidemiology and pathophysiology of venous thromboembolism. Armonk: Futura, 1996; 3-20.3Perrier, A. et al., Non-invasive diagnosis of venous thromboembolism in outpatients, Lancet, 1999; 353: 190-195.

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EtiopatogeniaEtiopatogenia -- TEVTEVEtiopatogenia Etiopatogenia TEVTEV

Estase venosaEstase venosaEstase venosaEstase venosa

Triade de VirchowTriade de VirchowTriade de VirchowTriade de Virchow Lesão endotelialLesão endotelialLesão endotelialLesão endotelial

HipercoagulabilidadeHipercoagulabilidadeHipercoagulabilidadeHipercoagulabilidade

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D-Dímero - Doença TromboembólicaTabela - Fatores de risco para tromboembolismo venoso

•Idade maior que 40 anos•Historia anterior de tromboembolismo•Cirurgia que precisou de mais de 30 minutos de anestesia•Imobilização prolongada•Acidente vascular cerebral•Insuficiência cardíaca congestiva•Câncer•Fratura de pelve, fêmur ou tíbia•Gravidez ou parto recente•Terapêutica com estrógenos•Doença inflamatória intestinal•Trombofilia genética ou adquirida

•Deficiência de antitrombina•Deficiência de Proteína C•Deficiência de proteína S•Mutação de protrombina G20210A•Fator V de Leiden•Anticorpos anticardiolipina

Tabela 1. Risk Factors for Venous Thromboembolism. From: Fedullo: N Engl J Med, Volume 349(13).September 25, 2003.1247-1256

•Anticoagulante lúpico

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D-Dímero - Doença Tromboembólicaç

Características demográficas e clínicas dos pacientesDímeroDímero--DD grupo grupo

controlecontroleCaracteristicasCaracteristicas (N=566)(N=566) (N=530)(N=530)Id d ( édi ) 58 6 58 3Idade ( média) em anos 58.6 58.3Duração sintomas - dias 7.8 7.9Sexo – M / F 248/318 212/318Clinicamente provável/clinicamente

improvável317/249 284/246

Antecedente de trombose venosa 102( 18.0) 100 (18.9)% de pacientes com Câncer 51(9 0) 46(8 7% de pacientes com Câncer 51(9.0) 46(8.7Cirurgia ou imobilização 82( 14.5) 75(14.2)

• From: Wells: N Engl J Med, Volume 349(13).September 25, 2003.1227-1235

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D-Dímero - Doença Tromboembólica

Regras para avaliar a probabilidade de tromboembolismoRegras para avaliar a probabilidade de tromboembolismoFatores de riscoFatores de risco PontosPontosSinais e sintomas de TVP 3.0

Trombose venosa é clinicamente mais possível que outro diagnóstico alternativo 3.0

Freqüência cardíaca maior que 100 bpm 1.5

I bili ã i i últi 4 1 5Imobilização ou cirurgia nas últimas 4 semanas 1.5

Trombose ou embolia pulmonar anterior 1.5

Hemoptise 1.0

Câncer – tratamento nos últimos 6 meses ou em tratamento paliativo 1 0Câncer – tratamento nos últimos 6 meses ou em tratamento paliativo 1.0

Probabilidade clinicaProbabilidade clinicaBaixa Menor que 2.0q

Intermediaria 2.0-6.0

Alta Maior que 6.0

Tabela 2. Rules for Predicting the Probability of Embolism. From: Fedullo: N Engl J Med, Volume 349(13).September 25, 2003.1247-1256

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D-Dímero - Doença TromboembólicaSuspeita TVP

Teste pré-clinico de probabilidade de TVP

Baixa-moderada Alta

Realizar Dímero-D Realizar Exame de Imagem

- +Confirmação TVPExclusão TVP

Exclusão TVP

Confirmação TVPExclusão TVP

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Seleção do Ensaio de Dímero-D

• 1 em 1000 pacientes estudados irão morrer

Seleção do Ensaio de Dímero D

pdevido a TEP recorrente, para cada 2% de descréscimo na sensibilidade

• Isto é resultado da ausência de terapia anticoagulante

• Para excluir a TEP com segurança, a sensibilidade deve se aproximar de 100%

Kruip et Al, Arch Intern Med 162, july 22, 2002:1631-1635

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Dímero-D: performance no evento trombótico agudotrombótico agudo

publicaçoes pacientes sensibilidade especificidade VPNTVP n (%) (%) (%)TVP n (%) (%) (%)

ELISA clássico 1 1337 97 35 96Vidas-DD 4 785 98 41 98Latex 1 733 83 68 92Simplired 2 1108 85 71 92

TEPTEP

ELISA clássica 2 1579 98 43 98Vidas-DD 2 639 100 44 100Vidas DD 2 639 100 44 100Latex 1 364 92 55 89Simplired 3 1317 87 68 96Liatest 1 386 100 35 100

Perrier and Bounameaux. Thromb Haemost 2001

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DD--Dímero Dímero -- Doença TromboembólicaDoença Tromboembólicaçç

ELISAValor Preditivo Negativo [NV/(NV+FN)] > 98,6%Sensibilidade [PV/(PV+FN)] 97,1%E ifi id d N ti (D Dí N ti /NV) 48 2%Especificidade Negativa (D-Dímero Negativo/NV) 48,2%

ELISA= enzyme-linked immunosorbent assay

Aumento de DAumento de D--DímeroDímero:: - Idade avançadaIdade avançada-- GravidezGravidez-- TraumasTraumas-- PósPós--operatóriooperatório-- Estados InflamatóriosEstados Inflamatórios

CâncerCâncer-- CâncerCâncer

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High D-dimer levels at presentation in patients with venous thromboembolism is a marker of adverse clinical outcomes

T b l I C t í ti d P i tTabela I: Características dos PacientesNo de pacientes 699Masc/Fem 360/339

Idade ao diagnóstico [anos (media/intervalo)] 65 (16 96)Idade ao diagnóstico [anos (media/intervalo)] 65 (16-96)

Idade > 60 anos 438 pacientes (59,3%)

Dímero-D, mg/l (media/intervalo) 2,3 (0,1 - 43,3)

Dímero-D > 8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml) 115 (17 2%)Dímero D > 8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml) 115 (17,2%)

Locais de trombose

TEV acima do joelho 412 (55,9%)

TEV abaixo do joelho 308 (41,8%)

Quadril superior 17 (2,3%)

Presença de neoplasia 188 (25,4%)Neoplasia subsequente 29 (4,15%)Tempo de neoplasia subsequente, meses

(media/intervalo)1,6 ( 0-18)

Recorrência de TEV 36 (5,2%)

Follow up, meses (media/intervalo) 23,2 (0-59)

British Journal of Haematology, 2006, 135: 85-90.

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High D-dimer levels at presentation in patients with venous thromboembolism is a marker of adverse clinical outcomes

Tabela II: Análise Multi-variada para fatores prognósticos nos pacientes com TEV

Variáveis p value

Dímero-D >8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml)

TEV + neoplasia188 (25 4%) com neoplasia e 29Variáveis p-value

OS (sobrevida global)Dímero-D > 8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml) < 0,001Idade >60 anos < 0 001

188 (25,4%) com neoplasia e 29 (4,15%) neo subseq. durante follow up

#

13,4% TEV sem neoplasia

P< 0,0001Idade >60 anos < 0,001

Trombose acima do joelho < 0,001

Presença de neoplasia < 0,001

,

E t t dEFS (sobrevida livre de doença)Dímero-D > 8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml) < 0,001Idade >60 anos < 0,001P d l i 0 001

Este estudo sugere que níveis muito elevados de

Dímero-D na apresentação do TEV, possui valor

Presença de neoplasia < 0,001

Trombose acima do joelho < 0,001

, ppreditivo para neoplasia

British Journal of Haematology, 2006, 135: 85-90.

Dímero-D > 8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml) na apresentação não estava associado com diminuição da OS nos pacientes com TEV sem neoplasia

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High D-dimer levels at presentation in patients with venous thromboembolism is a marker of adverse clinical outcomes

CONCLUSÃO:

í íNíveis muito elevados de Dímero-D na apresentação de pacientes com TEV…é um marcador de pior OS e EFSé um indicativo de extensa trombose mas não de recorrênciaé um indicativo de extensa trombose mas não de recorrênciaé mais frequente em neoplasiaé mais frequente em neoplasia subsequente

Ficar atento para investigação de neoplasia….Pacientes com TEV> 60 anos> 60 anosDímero-D >8 mg/l (> 8.000 ng FEU/ml)

British Journal of Haematology, 2006, 135: 85-90.

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Estratégia Diagnóstica com Dímero-Dg g

A principal indicação validada clinicamente para o D-dimer éa EXCLUSÃO da Trombose ema EXCLUSÃO da Trombose em

conjunto com o modelo de

avaliação da probabilidadeavaliação da probabilidade

pré-teste.

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TROMBOFILIA

• Alterações hereditárias ou adquiridas do sistema hemostático que resultam em risco aumentado de trombose

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TROMBOFILIA HEREDITÁRIATROMBOFILIA HEREDITÁRIA

• distúrbio genético que predispõe ao desenvolvimento da trombose

• indivíduos jovens

• história familiar de trombose

indivíduos jovens

história familiar de trombose

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Trombofilias Hereditárias ou Hipercoagulabilidade Primária

• Redução das proteínas anti-trombóticas:Deficiência de ATDeficiência de PCDeficiência de PS

• Aumento das proteínas protrombóticas:Fator V LeidenFator V LeidenMutação G20210A do gene da protrombinaNíveis aumentados dos fatores VIII, IX, XI, VII

FVWe FVW

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Etiopatogenia Etiopatogenia -- TEVTEVCausas hereditárias e AdquiridasCausas hereditárias e AdquiridasCausas hereditárias e AdquiridasCausas hereditárias e AdquiridasComuns Raras Muito Raras

Cirurgia ou TraumaImobilização

Hereditárias Provavelmente Hereditárias

Adquiridas

Imobilização prolongada

Idade avançadaCancer

Doenças Mieloproliferativas

Deficiência de Antitrombina

G1691 A: Mutação no gen do fator V (fator V Leiden) Desfibrinogenemia

pTromboses prévias

Gestação e PuerpérioUso de contraceptivos

e terapias de reposição Resistência à proteína Deficiência de

í CG20210A: Mutação no gen

(f )

Níveis elevados de fator VIII, fator IX,

fator XI ou C ativada não causadas por

alterações genéticas no fator VAnticorpos

antifosfolípides

Proteína C

C677T (homozigose):

da Protrombina (fator II) Fibrinogênio

Homozigose homocistinuria

antifosfolípides

Média a moderada Hiperhomocisteinemia

Deficiência de proteína S

Mutação no gen do metilenotetrahidrofolato

redutase - hiperhomocisteinemia

Seligsohn,Uri et all. Genetic Susceptability to Venous Thrmbosis.N Engl J Med, Vol 344, No 16. 2001

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Freqüência de Trombofilia Hereditária em Freqüência de Trombofilia Hereditária em Indivíduos saudáveis, não selecionados e Indivíduos saudáveis, não selecionados e

pacientes selecionados com trombose venosapacientes selecionados com trombose venosaSaudáveis Não Selec. Selecion.Trombofilia

N o % N o % N o % Deficiência de

Proteína C 15.070 0,2 - 0,4 2.008 3,7 767 4,8

Hereditária

Proteína CDeficiência de

proteína S - - 2.008 2,3 649 4,3

Deficiência deDeficiência de Anitrombina tipo I 9.669 0,02 2.008 1,9 649 4,3

Fator V Leiden 16.150 4,8 1.142 18,8 162 40 G20210A Mutação

genética da protrombina

11.932 2,7 2.884 7,1 551 16

Seligsohn,Uri et all. Genetic Susceptability to Venous Thrmbosis.N Engl J Med, Vol 344, No 16. 2001

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Prevalência dos portadores daPrevalência dos portadores da mutação FVR506Q no Brasil

Grupo étnico Nº FVQ506 %

CaucasianosAfricanos

15297

40

2,60

AsiáticosIndígenas

40151

01

00,6

Franco e cols., Gen. Mol. Biol., 1999

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Condições clínicas associadas à Condições clínicas associadas à trombose arterialtrombose arterial

• Síndrome do Anticorpo-antifosfolipídio

• Plaquetopenia induzida pela heparina

• Transplante renal

Trombofilia hereditária• Trombofilia hereditária

• Hiper-homocisteinemiap

• Catetetrização arterial

• Doenças mielo-proliferativas

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Síndrome Antifosfolípide (SAF)

T b t i i /• Tromboses arteriais e /ou venosas;• Complicações obstétricas• Presença de anticorpos antifosfolípides

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Diagnósticos de SAFDiagnósticos de SAFgg

– Anticoagulante lúpico

– Anticardiolipina IgG, IgM ou IgA

– Antifosfatidilserina

– Anti beta 2 glicoproteína 1

– Antiprotrombina

Lopez LR, et all: Anti-beta 2-glycoprotein I and antiphosphatidylserine antibodies are predictors of arterial trhombosis in patients with antiphospholipid syndrome. Am J Clin Pathol. 2004 Jan; 121(1):142-9

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OUTROS MARCADORES PARA TROMBOSEOUTROS MARCADORES PARA TROMBOSE

•• Fibrinogênio ou disfibrinogenemiasFibrinogênio ou disfibrinogenemias•• F VIIF VII•• F VIII F VIII •• F IXF IX•• F XI F XI •• PlasminogênioPlasminogênioPlasminogênioPlasminogênio•• Deficiência de cofator II da heparinaDeficiência de cofator II da heparina•• Aumento do PAIAumento do PAI--11•• Deficiência do tPA e TFPIDeficiência do tPA e TFPI•• Deficiência do tPA e TFPIDeficiência do tPA e TFPI•• Trombomodulina anormalTrombomodulina anormal

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Prevalence of thrombophilia in 444 patients with thrombosis clinical suspicion studied in Albert Einstein Hospital.João Carlos C. Guerra, MD,Valdir F. Aranda, PhD, Claudio A. Mendes, PhD, Nelson Hamerschlak, MD, Nydia S. Bacal, MD Marjorie P. Colombini, MD, Jacyr Pasternak, MD, Roberta Sitnik, PhD, Claudia H. Graça, PhD and João Renato R. Pinho, MD. Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Departament of clinical Pathology- Hematology / Coagulation Sector, Albert Einstein Hospital, São Paulo, Brazil.

artherial venous %Thrombosis

General ResultsTests Qt no

thromb.no

alterations alterations masc. fem.artherial venous %

Factor V Leiden 439 407 32 7,2% 10 22 5 21 81% 6 p<0,0001Prothrombin 444 419 25 5,6% 8 17 2 18 80% 5 p<0,0001Protein S 307 231 76 24,7% 26 50 7 34 54% 35 p<0,0001Protein C 297 264 33 11,1% 16 17 2 15 52% 16 p<0,0001Antithrombin 319 311 8 2,5% 6 2 2 3 63% 3Antithrombin 319 311 8 2,5% 6 2 2 3 63% 3Anti-Cardiolipin 183 156 27 14,7% 14 13 7 15 81% 5Lupus Anticoagulant 205 202 3 1,4% 2 1 1 2 100% 0Homocistein 218 211 7 3,2% 5 2 1 4 71% 2

Statistical analysis : X test of Pearson or Fisher exact test

Guerra et al. CLINICAL CHEMISTRY, Vol. 51, No. 6, Supplement, 2005Guerra et al. CLINICAL CHEMISTRY, Vol. 51, No. 6, Supplement, 2005

Guerra et al. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts) 2006 108: abstract 4088.Guerra et al. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts) 2006 108: abstract 4088.

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DISCUSSÃO / CONC USÃODISCUSSÃO / CONCLUSÃO

P ti t it lí i d t b• Patientes com suspeita clínica de trombose:– Fator V de Leiden 7.2 %

– Mutação da Protrombina 5.6 %Mutação da Protrombina 5.6 %• Similares a dados de literatura.

• Este estudo mostrou alta prevalência de deficiência de proteina C ( 11.1%) and S ( 24,7%), quando comparados com dados de literatura.

• Muitos exames foram solicitados inadequadamente -na fase aguda da doença ou durante o uso de anticoagulante oralanticoagulante oral.

Guerra et al. CLINICAL CHEMISTRY, Vol. 51, No. 6, Supplement, 2005Guerra et al. CLINICAL CHEMISTRY, Vol. 51, No. 6, Supplement, 2005

Guerra et al. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts) 2006 108: abstract 4088.Guerra et al. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts) 2006 108: abstract 4088.

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Critérios para indicar investigação Critérios para indicar investigação de trombofilia de trombofilia

(como proposto por Crowther MA e Ginsberg JS)(como proposto por Crowther MA e Ginsberg JS)

•• Pacientes com menos de 60 anos de idade com o primeiro Pacientes com menos de 60 anos de idade com o primeiro i ódi d t b “idi áti ”i ódi d t b “idi áti ”episódio de trombose venosa “idiopática”.episódio de trombose venosa “idiopática”.

•• História familiar de trombose.História familiar de trombose.

•• Trombose em sítios incomuns (veias mesentéricas, hepáticas, Trombose em sítios incomuns (veias mesentéricas, hepáticas, SNC).SNC).

•• Necrose de pele induzida por uso de AVK.Necrose de pele induzida por uso de AVK.

•• Flebite superficial recalcitranteFlebite superficial recalcitranteFlebite superficial recalcitrante.Flebite superficial recalcitrante.

•• Pacientes com TRM ?Pacientes com TRM ?

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Investigação de TrombofiliaInvestigação de Trombofilia( PERFIL TROMBOSE( PERFIL TROMBOSE-- HIAE )HIAE )( PERFIL TROMBOSE( PERFIL TROMBOSE HIAE )HIAE )

•• Pesquisa de Fator V de Leiden e/ou Pesquisa de Fator V de Leiden e/ou Resistência a proteína C Ativada.Resistência a proteína C Ativada.Resistência a proteína C Ativada.Resistência a proteína C Ativada.

•• Mutação G20210 do gene da protrombina.Mutação G20210 do gene da protrombina.

•• Dosagem de Homocisteína.Dosagem de Homocisteína.

•• Pesquisa de anticoagulante lúpico /Pesquisa de anticoagulante lúpico /•• Pesquisa de anticoagulante lúpico / Pesquisa de anticoagulante lúpico / anticardiolipina.anticardiolipina.

•• Dosagem de AntitrombinaDosagem de Antitrombina•• Dosagem de Antitrombina.Dosagem de Antitrombina.

•• Dosagem de Proteína C e Proteína S livre.Dosagem de Proteína C e Proteína S livre.

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Quando investigar?Quando investigar?Quando investigar?Quando investigar?

Realizar os testes no mínimo após 3 - 6 meses do i ódi depisódio agudo

Ensaios moleculares não sofrem interferência nem do momento e nem do tratamentoNa ausência de anticoagulação: 02 semanas após a descontinuidade da anticoagulação oral e 02 dias para heparinaheparina

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Investigação laboratorial do risco trombóticotrombótico

Fator de Risco Ensaio Laboratorial

Deficiência da Antitrombina Atividade (cromogênico)

Deficiência Proteína C Atividade (cromogênico)

Deficiência Proteína S Determinação do antígeno da Proteína S livre e total (ELISA)

Resistência a Proteína C ativada / t ã f t V L id

RPCA (TTPa); se anormal FV Leiden ensaio l lmutação fator V Leiden molecular

Mutação Protrombina G20210A Teste Molecular

Hiper-homocisteinemia ELISA, HPLC

Anticoagulante lúpico Ensaio coagulométrico – veneno de vìbora de Russell (DRVVT )

Anticardiolipina IgG / IgM Teste Antigênico ELISA

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OBRIGADOOBRIGADO

DR. JOÃO CARLOS DE CAMPOS GUERRADR. JOÃO CARLOS DE CAMPOS GUERRADepartamento de Patologia Clínica Departamento de Patologia Clínica -- HIAEHIAE

Centro de Hematologia de São Paulo Centro de Hematologia de São Paulo -- [email protected]@einstein.br