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Doenas Vasculares
Cerebrais (AVE)
M.Sc. Prof. Viviane MarquesFonoaudiloga, Neurofisiologista, Mestre em Fonoaudiologia,
Doutoranda em Psicanlise e Sade
Coordenadora da Ps-graduao em Fonoaudiologia Hospitalar
http://www.fonovim.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=R3SjHtiHly8
A famlia das doenas vasculares pode ser
classificada de acordo com o fato de
afetarem focal ou difusamente o suprimento
vascular do crebro.
A expresso Acidente Vascular Enceflico
(AVE) refere-se ao sbito comprometimeto
da funo cerebral provocado por uma
variedade de alteraes histopatolgicas
envolvendo um (focal) ou vrios (multifocal)
vasos sanguneos intra ou extra cranianos.
Cerca de 80% dos AVE so causados
por fluxo sanguneo insuficiente,
denominado AVE isqumico,
enquanto 20% so divididos entre
hemorragia do tecido cerebral ou no
espao subaracnide.
Epidemiologia
O acidente vascular cerebral uma das
doenas que mais matam no Brasil e
no mundo. Em 2008, estima-se que
seja responsvel por cerca de 10% do
total de mortes no mundo, com
aproximadamente 6 milhes de bitos,
concentrados principalmente em
pases pobres.
No Brasil em torno de 40% das mortes so
por doena cardiovascular. E, predomina a
mortalidade por acidente vascular cerebral
em relao mortalidade por doena
coronariana (infarto do miocrdio). Os
nmeros atingem em torno de 100 mil
vtimas por ano. Alm das mortes, o
acidente vascular cerebral pode levar a
seqelas graves que atingem em torno de
50% dos sobreviventes a um derrame.
Nos Estados Unidos: 500.000 casos
novos por ano de AVE, dos quais:
50% vo a bito;
25% ficam permanentemente
incapacitados;
s 5% retornam ao trabalho.
A incidncia aumenta rapidamente
com a idade: 80% dos casos ocorrem
acima de 65 anos.
O encfalo irrigado pelas artrias
cartidas internas e vertebrais.
Na base do crnio estas artrias
formam o polgono de Willis, de
onde saem as principais artrias
para a vascularizao cerebral.
Prof Viviane Marques
Artria cartida
interna
Artria vertebral
POLGONO DE WILLIS
Artria cerebral anteriorArtria comunicante anterior
Artria cerebral mdia
Artria cartida interna
Artria comunicante posterior
Artria cerebral posterior
Artria cerebelar superior
Artria basilarArtria cerebelar inferior anterior
Artria cerebelar inferior posterior Artria vertebral
Artria cerebral mdia
Territrio Cortical das Artrias
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Artria cerebral anterior
Artria cerebral
posterior
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Artria cerebelar superior
Artria cerebelar
inferior anterior
Artria cerebelar
inferior posterior
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O acidente vascular enceflico uma doena
caracterizada pelo incio agudo de um dficit
neurolgico (diminuio da funo) que
persiste por pelo menos 24 horas, refletindo
envolvimento focal do sistema nervoso central
como resultado de um distrbio na circulao
cerebral que leva a uma reduo do aporte de
oxignio s clulas cerebrais adjacentes ao
local do dano com conseqente morte dessas
clulas; comea abruptamente, sendo o dficit
neurolgico mximo no seu incio, e podendo
progredir ao longo do tempo.
O AVE isqumico consiste na ocluso de
um vaso sangneo que interrompe o
fluxo de sangue a uma regio especfica
do crebro, interferindo com as funes
neurolgicas dependentes daquela regio
afetada, produzindo uma sintomatologia
ou dficits caractersticos.
2008 ComoTudoFunciona
Imagem da esquerda mostra um AVC isqumico visto pela tomografia de crnio:
a rea da leso a mais clara do lado esquerdo
No AVE hemorrgico existe
hemorragia (sangramento) local, com
outros fatores complicadores tais
como aumento da presso
intracraniana, edema (inchao)
cerebral, entre outros, levando a
sinais nem sempre focais.
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Prof Viviane MarquesCASO CLNICO
Paciente M. F. C. M, 57 anos, com
histrico de leso hipodensa
crtico-subcortical com
comprometimento significativo dos
lobos temporal, frontal, parietal e
ncleos da base esquerda,
devido a rompimento de aneurisma
em artria cerebral mdia,
ocorrido em 14 de maio de 2000.
P.S. A exposio deste caso clnico foi autorizada pela paciente e seu responsvel
Prof Viviane Marques
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Relatrio da avaliao
em 15 de julho de 2001:Paciente apresentava todas as funes importantes
de linguagem seriamente comprometidas,
incluindo os componentes receptivos e
expressivos da linguagem, caracterizando uma
afasia global. A produo verbal se limitava a fala
estereotipada fluente, com prosdia mantida. A
capacidade de compreenso apresentava severo
comprometimento, desde sentenas complexas a
simples. Apresentava alexia, agrafia, anomia,
incapacidade de repetio e acalculia, sem
nenhum reconhecimento de signos lingsticos.
Apresentava paralisia facial central direita,
disfagia leve para lquidos e em associao
apresentava hemiplegia direita.
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Relatrio da evoluo
em 22 de junho de 2009:Paciente apresenta compreenso reabilitada, leitura
restabelecida, boa interpretao de textos, resoluo de
problemas envolvendo clculos, melhora significativa na
escrita podendo apresentar aglutinaes, omisses ou
parafasias, especialmente parafasias semnticas.
Apresenta melhora significativa na produo verbal,
embora a produo da fala seja lenta, exigindo esforo
para ser produzida, telegramtica com predominncia
de substantivos e verbos de ao com escassez de
adjetivos, advrbios e preposies conferindo um estilo
telegrfico ao discurso, faz uso freqentemente da fala
estereotipada, melhora na repetio.
Simetria facial restabelecida, bem como adequao total
da deglutio.
Condies de comunicao restabelecida.
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Relatrio da evoluo
em julho de 2011:Paciente apresenta compreenso reabilitada, leitura normal,
melhora interpretao textual. Foi introduzido o uso do
computador no tratamento, a paciente apresentou
excelentes respostas, principalmente em relao a
motivao para realizar as tarefas, consegue ler e enviar
emails sozinha, realiza downloads, sabe fazer pesquisas no
google, aprendeu a utilizar alguns dos recursos do power
point, word e redes sociais, houve melhora significativa na
escrita, contudo ainda apresente aglutinaes, omisses
ou parafasias. Melhora nos aspectos referentes a ateno e
memria de trabalho.
A produo verbal tambm progrediu, embora mantenha um
discurso telegramtico com predominncia de substantivos
e verbos de ao.
Progressos nas condies de comunicao
e na
Prof Viviane Marques
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https://www.youtube.com/watch?v=kb6iswFmOPQ
https://www.youtube.com/watch?v=WAaYxwPnGWc
https://www.youtube.com/watch?v=kb6iswFmOPQhttps://www.youtube.com/watch?v=kb6iswFmOPQhttps://www.youtube.com/watch?v=WAaYxwPnGWchttps://www.youtube.com/watch?v=WAaYxwPnGWc
Vrios fatores de risco so descritos e
esto comprovados na origem do
acidente vascular cerebral, atualmente
denominado, acidente vascular
enceflico, entre eles esto: a hipertenso
arterial, doena cardaca, fibrilao atrial,
diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros
fatores que podemos citar so: o uso de
plulas anticoncepcionais, lcool, ou
outras doenas que acarretem aumento
no estado de coagulabilidade (coagulao
do sangue) do indivduo.
Entre os principais sintomas da ocorrncia
de um AVE podem ser:
Fraqueza
Distrbios Visuais
Perda sensitiva
Linguagem e fala (afasia)
Convulses
Exerccio
BIBLIOGRAFIA E ILUSTRAES:
BEAR, MF, CONNORS, BW & PARADISO, MA Neurocincias Desvendando o Sistema
Nervoso. Artmed Editora.
FRANK H. NETTER, MD - Netter Atlas de Anatomia Humana
Editora Elsevier.
LENT, Roberto Cem Bilhes de Neurnios Editora Atheneu.
MACHADO, ngelo - Neuroanatomia FuncionalEditora: Atheneu Captulo 10
+ item 1.0 / 2.2 / + 2.2.5.
PAPAIS ALVARENGA, R. M . Neurologia clnica: um mtodo de ensino integrado -volume I Neurologia (I). 1. ed. Rio de Janeiro: UNIRIO.
SOBOTTA - Atlas de Anatomia Humana. Editora Guanabara Koogan
SNELL, RS Neuroanatomia Clnica 7.ed Guanabara Koogan, 2013
Consultem os livros e os atlas indicados.
Prof Viviane Marques
BOM ESTUDO!
Teus pensamentos e vontade so a chave de