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Profissionais que valorizam o vínculo e dedicam seu tempo e sua carreira ao cuidado do pa- ciente em todos os ciclos de vida. Dentro do processo de atenção e cuidado com a saúde, o papel do médico de família e comunidade é essencial, principalmente para o fortalecimento da Estratégia Saú- de da Família (ESF), modelo assis- tencial da atenção básica. O SUS- -BH conta com cerca de 600 mé- dicos de saúde da família e Be- lo Horizonte é a capital brasilei- ra com a maior cobertura da ESF, com 82,13% (dados de outubro deste ano) da população atendi- da por 583 equipes. Tal cobertu- ra tem refletido em diversos indi- cadores importantes de saúde, co- mo a redução da mortalidade in- fantil para 9,7 óbitos por mil nas- cidos vivos. Uma importante vitó- ria para toda a Rede SUS-BH. Médico do Centro de Saú- de Confisco, Daniel Vieira atua na Rede SUS-BH desde 2002 e explica a essência do traba- lho do médico de família e co- munidade. “Além da promoção, prevenção, reabilitação e edu- cação em saúde como foco de trabalho, a medicina de família faz uma abordagem centrada na pessoa, tentando ver o usuário como um indivíduo inserido em um contexto que influencia na sua qualidade de vida e no bem estar, bem como nos processos de adoecer e morrer”, disse. O seu paciente, Silvio Julio Ferrei- ra, de 68 anos, só tem elogios. “Ele conversa e explica o que devo fazer e o que não devo. Eu entro aqui no centro de saúde e saio mais feliz. Todo mundo elo- gia o trabalho e gosta muito do médico”, comentou. Além dos centros de saú- de, muitos médicos de família tra- balham também em outros seto- res da gestão, como é o caso do mestre em epidemiologia e refe- rência técnica do Centro de Edu- cação em Saúde (CES), Warley Aguiar Simões. Ele iniciou suas atividades assistenciais em 2001 e conta que os médicos precisa- ram combater o estigma que exis- tia em torno dos médicos de famí- lia, já que as pessoas acreditavam que estes médicos seriam pouco preparados tecnicamente. “Hoje vemos departamentos de Medici- na de Família e Comunidade em várias universidades federais e es- tamos, aos poucos, conquistando espaço na docência e mostrando que fazemos parte de uma espe- cialidade que exige do profissio- nal profundo conhecimento téc- nico”, disse Warley. BH é a capital brasileira com a maior cobertura da Estratégia Saúde da Família, com 82,13% da população atendida por 583 equipes Médicos de Família e Comunidade fortalecem a Rede SUS-BH Ano XXI N. 4.715 R$ 0,90 Tiragem: 2.100 2/1/2015 Diário Oficial do Município - DOM BELO HORIZONTE Márcio Martins Marina Poblet Marina Poblet Marina Poblet PBH investe nos profissionais por meio de diversas ações Cobertura da ESF tem ajudado a cidade a conquistar importantes indicadores de saúde, como a redução da mortalidade infantil Investimento A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) tem in- vestido nesses profissionais por meio de ações como o Programa de Educação Permanente (PEP), que tem o CES como equipamento de grande importância dentro da rede para a articulação da educação em saúde e que tem sido referência para todo o Brasil. O PEP tem como objetivo melhorar a performance do profissional. São utilizadas metodo- logias específicas como o Ciclo de Aperfeiçoamento da Prática Profissional (CAPP), o Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP) e Auditoria Clínica, entre outras. Essas ferramentas são condu- zidas por um facilitador em seu Grupo de Aperfeiçoamento Profissional (GAP). “O CES tem sua experiência reconhecida nacionalmente e foi citado em um grupo de trabalho da região Sudes- te em oficina realizada em novembro, em Brasília, pelos ministérios da Educação e da Saúde”, comenta Warley. O médico de família e comunidade se difere de outras especialidades devido aos atributos dos que atuam nesse campo, como vínculo, longitudinalidade e coordenação do cuidado, além de competência cultural e orientação familiar. “O médico deve saber manejar as situações mais prevalentes de sua área de abrangência para ser efetivo em suas ações. Esses médicos não lidam apenas com questões relacionadas às doenças, mas também com aspectos sociais, econômicos e relacionais”, complementa Warley. Segundo a gerente de Assistência da SMSA, Maria Luisa Tostes, o médico de família e comu- nidade tem o grande desafio de cuidar da saúde da pessoa, da família e da comunidade, abran- gendo as competências preventivas e terapêuticas, com abordagem integral em todos os ciclos da vida, independentemente do gênero. dom 4715.indd 1 31/12/2014 11:43:53

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Diário Oficial do Município

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Profissionais que valorizam o vínculo e dedicam seu tempo e sua carreira ao cuidado do pa-ciente em todos os ciclos de vida. Dentro do processo de atenção e cuidado com a saúde, o papel do médico de família e comunidade é essencial, principalmente para o fortalecimento da Estratégia Saú-de da Família (ESF), modelo assis-tencial da atenção básica. O SUS--BH conta com cerca de 600 mé-dicos de saúde da família e Be-lo Horizonte é a capital brasilei-ra com a maior cobertura da ESF, com 82,13% (dados de outubro deste ano) da população atendi-da por 583 equipes. Tal cobertu-ra tem refletido em diversos indi-cadores importantes de saúde, co-mo a redução da mortalidade in-fantil para 9,7 óbitos por mil nas-cidos vivos. Uma importante vitó-ria para toda a Rede SUS-BH.

Médico do Centro de Saú-de Confisco, Daniel Vieira atua na Rede SUS-BH desde 2002 e explica a essência do traba-lho do médico de família e co-munidade. “Além da promoção, prevenção, reabilitação e edu-cação em saúde como foco de trabalho, a medicina de família faz uma abordagem centrada na pessoa, tentando ver o usuário como um indivíduo inserido em um contexto que influencia na sua qualidade de vida e no bem estar, bem como nos processos de adoecer e morrer”, disse. O seu paciente, Silvio Julio Ferrei-ra, de 68 anos, só tem elogios. “Ele conversa e explica o que devo fazer e o que não devo. Eu entro aqui no centro de saúde e saio mais feliz. Todo mundo elo-gia o trabalho e gosta muito do médico”, comentou.

Além dos centros de saú-de, muitos médicos de família tra-balham também em outros seto-res da gestão, como é o caso do mestre em epidemiologia e refe-rência técnica do Centro de Edu-cação em Saúde (CES), Warley Aguiar Simões. Ele iniciou suas atividades assistenciais em 2001 e conta que os médicos precisa-ram combater o estigma que exis-tia em torno dos médicos de famí-lia, já que as pessoas acreditavam que estes médicos seriam pouco preparados tecnicamente. “Hoje vemos departamentos de Medici-na de Família e Comunidade em várias universidades federais e es-tamos, aos poucos, conquistando espaço na docência e mostrando que fazemos parte de uma espe-cialidade que exige do profissio-nal profundo conhecimento téc-nico”, disse Warley.

BH é a capital brasileira com a maior cobertura da Estratégia Saúde da Família, com 82,13% da população atendida por 583 equipes

Médicos de Família e Comunidade fortalecem a Rede SUS-BH

Ano XXI • N. 4.715 • R$ 0,90 Tiragem: 2.100 • 2/1/2015Diário Oficial do Município - DOM

BELO HORIZONTE

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PBH investe nos profissionais por meio de diversas ações

legenda

Cobertura da ESF tem ajudado a cidade a conquistar importantes indicadores de saúde, como a redução da mortalidade infantil

InvestimentoA Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) tem in-

vestido nesses profissionais por meio de ações como o Programa de Educação Permanente (PEP), que tem o CES como equipamento de grande importância dentro da rede para a articulação da educação em saúde e que tem sido referência para todo o Brasil.

O PEP tem como objetivo melhorar a performance do profissional. São utilizadas metodo-logias específicas como o Ciclo de Aperfeiçoamento da Prática Profissional (CAPP), o Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP) e Auditoria Clínica, entre outras. Essas ferramentas são condu-zidas por um facilitador em seu Grupo de Aperfeiçoamento Profissional (GAP). “O CES tem sua experiência reconhecida nacionalmente e foi citado em um grupo de trabalho da região Sudes-te em oficina realizada em novembro, em Brasília, pelos ministérios da Educação e da Saúde”, comenta Warley.

O médico de família e comunidade se difere de outras especialidades devido aos atributos dos que atuam nesse campo, como vínculo, longitudinalidade e coordenação do cuidado, além de competência cultural e orientação familiar. “O médico deve saber manejar as situações mais prevalentes de sua área de abrangência para ser efetivo em suas ações. Esses médicos não lidam apenas com questões relacionadas às doenças, mas também com aspectos sociais, econômicos e relacionais”, complementa Warley.

Segundo a gerente de Assistência da SMSA, Maria Luisa Tostes, o médico de família e comu-nidade tem o grande desafio de cuidar da saúde da pessoa, da família e da comunidade, abran-gendo as competências preventivas e terapêuticas, com abordagem integral em todos os ciclos da vida, independentemente do gênero.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de janeiro de 2015Diário Oficial do Município2

Poder Executivo

Arena da Cultura realiza mostra das oficinas de 2014

Para marcar a inauguração da Escola Livre de Artes (ELA), a Fundação Municipal de Cultura ofereceu três dias de atrações nas áreas de dança, artes visuais, de-sign popular, música, patrimônio cultural, teatro e circo. As apresen-tações são resultados das oficinas do Arena da Cultura que aconte-ceram ao longo de 2014. A mostra, gratuita, aconteceu no início do mês de dezembro no Edifício Cen-tral, na Praça da Estação, onde fun-ciona o Núcleo de Formação Ar-tística. Durante três dias, os espa-ços receberam desde adaptações teatrais de nomes como William Shakespeare e Ariano Suassuna até apresentações musicais carnavales-cas, de violão e funk, além de ou-tras manifestações.

Na área de teatro, a peça “A história do boi nas terras do ma-to da lenha” mostrou uma paisa-gem cênica construída a partir das lembranças de uma das alunas do Arena, cuja família era da antiga fazenda do Mato da Lenha, hoje bairro Salgado Filho. Outra atração teatral foi “O Julgamento da Com-padecida”, adaptação da obra de Ariano Suassuna “O Auto da Com-padecida”.

Já a mostra “Registros” apre-sentou o resultado de três oficinas nas quais os alunos desenvolveram processos marcados pelo registro em imagens fotográficas, bidimen-sionais ou tridimensionais, com fo-co na memória de sua comunida-de e/ou da cidade de Belo Hori-zonte.

No campo da dança, os tra-balhos foram reconstruídos espe-cialmente para a mostra. É o ca-so do “Rotina em suspensão”, que apresentou simples movimentos, como uma grande pausa para um olhar ou uma simples caminhada, por outras perspectivas.

Os alunos de artes visuais do Arena da Cultura apresenta-ram uma mostra com o resulta-do de experimentações a partir de técnicas e procedimentos ar-tísticos das turmas dos ciclos de Desenvolvimento e Projetos e do módulo de complementação de estudos, em gravura, do Núcleo de Criação e Formação Artística e Cultural.

Na música, as apresentações foram variadas. A exposição e insta-lação “Retratos Sonoros” mostrou o

trabalho de alunos da oficina de tri-lha sonora, atividade na qual se ex-plorou as interseções entre o mundo do som e da imagem. Já os alunos de percussão do Centro Cultural Salga-do Filho apresentaram o bloco car-navalesco “Unidos da Oeste”.

No setor de design, a mos-

tra “Primeiras experiências” apre-sentou alguns objetos produzidos durante as oficinas de curta dura-ção “objeto achado e transforma-do” e “oficina ponta de agulha”, que são as primeiras atividades rea-lizadas pela nova área do Arena da Cultura.

Espaços do Núcleo de Formação Artística receberam adaptações teatrais, apresentações musicais e diversas manifestações culturais

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de janeiro de 2015 Diário Oficial do Município 3

Poder Executivo

Trabalhos e projetos desenvolvidos em 2014 foram apresentados

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Diário Oficial do Município de Belo HorizonteInstituído pela Lei nº 6.470 de 06/12/1993 e alterado pela Lei nº 9.492 de 18/01/2008 • Endereço eletrônico: www.pbh.gov.br/dom

Composição, Produção e EdiçãoAssessoria de Comunicação Social - Prefeitura de Belo HorizonteAv. Afonso Pena, 1.212 - 4º andar - Tel.: (31) 3277-4246

Distribuição e AssinaturasRicci Diários & Publicações Ltda - Rua Curitiba, 1.592 - Loja 01Lourdes - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3274-4136

ImpressãoDidática Editora do Brasil Ltda - ME - Rua Custódio Maia, 469Bairro Darcy Vargas - CEP 32372-160 - Contagem - MG - Tel.: (31) 2557-8030

Servidores da Regional Pampulha participam de palestra sobre

prevenção contra o câncer

A Regional Pampulha rea-lizou em seu auditório (Avenida Antônio Carlos, 7.596, 2º andar, São Luís) uma palestra para os servidores com informações so-bre o câncer, que reuniu aproxi-madamente 40 servidores.

A médica mastologista Soraya de Paula Paim apresen-tou dados sobre a incidência de câncer entre homens e mulhe-res, as formas de prevenção e os fatores de risco da doença. Gerente do Centro Municipal de Alta Complexidade da Se-cretaria Municipal de Saúde e integrante da Comissão Munici-pal de Oncologia/Alta Comple-xidade, Fábio de Castro Guerra apresentou a rede de assistên-cia de oncologia, a organização do acesso dos usuários do SUS às consultas, exames e procedi-mentos especializados a fim de disponibilizar de forma ordena-da a oferta existente para ga-rantir um atendimento integral e humanizado.

Fábio mostrou ainda o trabalho da comissão, suas pro-postas e os procedimentos para

acompanhamento das deman-das. “Temos levado as informa-ções aos distritos para mostrar o que está sendo feito. Nossa proposta é levantar questões e quebrar tabus”, disse. A Comis-são Municipal de Oncologia/Al-ta Complexidade encaminha os pacientes doentes para as insti-tuições e, a partir daí, fiscaliza e controla a realização do tra-tamento.

Funcionário da Gerên-cia de Orçamento Participativo Pampulha, Jonathan Marinho achou que a palestra foi muito esclarecedora. “As informações que recebemos nos deram ar-gumentos para divulgar o tra-balho de prevenção. Fiquei fe-liz porque consegui convencer meu pai a fazer o exame”, dis-se. Gerente de Saúde na Pam-pulha, Cláudia Capistrano re-forçou a importância da pre-venção e da detecção precoce da doença. “Precisamos estar atentos ao nosso corpo. Quan-to mais rápido o câncer for de-tectado, maiores são as chances de cura.”

Regional Noroeste reúne usuários e servidores da Assistência Social em

reunião de balanço de 2014O Serviço de Proteção Social

à Pessoa com Deficiência promo-veu no auditório da Regional No-roeste, no bairro Carlos Prates, um encontro entre os servidores da As-sistência Social da região, usuários e familiares do serviço. O intuito foi apresentar projetos e trabalhos de-senvolvidos durante 2014. Foram desenvolvidas diversas atividades de caráter lúdico e apresentações artísticas, protagonizadas pelos pró-prios usuários do serviço.

Carlos Henrique Ferrei-ra Gonçalves, pai do usuário João Victor, de 14 anos, afirmou que o encontro foi surpreendente. “Fi-quei emocionado com a coreo-grafia realizada pelos cadeirantes.

Meu filho é cadeirante e ver que a cadeira não foi uma barreira pa-ra que essas crianças apresentas-sem um número de dança muito me emocionou. A Prefeitura está de parabéns”, encerrou.

A tarde foi de muita confra-ternização entre o público atendi-do, convidados e servidores. Além disso, os usuários e seus familia-res foram homenageados com um exemplar do livro “Viagem Inclusi-va”, lançado pela Prefeitura de Be-lo Horizonte e elaborado pelo Ser-viço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência, com colabora-ção de todas as equipes regionais. Para abrilhantar o evento foi mon-tada, no salão interno do auditó-

rio, uma exposição com todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano, desde as atividades feitas nos domicílios, as pinturas monitora-das e também os trabalhos produ-zidos nas oficinas realizadas com as famílias.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de janeiro de 2015Diário Oficial do Município18

Poder Executivo

IndIcadores econômIcos de Belo HorIzonte

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesjul/14 430,31 0,01 4,38 6,73 427,28 0,01 4,04 5,90

ago/14 431,08 0,18 4,57 6,81 427,87 0,14 4,19 6,17

set/14 433,07 0,46 5,05 7,05 429,03 0,27 4,47 6,17

out/14 434,84 0,41 5,48 7,09 429,93 0,21 4,69 6,09

nov/14 438,19 0,77 6,29 7,22 432,55 0,61 5,33 6,06

3ª dez/14 446,24 (3) 0,87 6,90 6,90 438,18 (3) 0,50 5,68 5,68

IPCA(1)

Período

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte(2) IPCR= Índice de Preços ao Consumidor Restrito: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Evolução dos Preços ao Consumidor

Variação (%)Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Variação (%)IPCR(2)

Produtos / serviços(1) Forma deCobrança Menor (R$) Maior (R$) Diferença (%) Média(2) (R$)

CADASTRO

Confecção de cadastro para início de relacionamento - CADASTRO por evento 0,00 30,00 .. 15,32

CONTAS DE DEPÓSITOS

CARTÃO - Fornecimento de 2º via de cartão com função débito por cliente 5,30 15,00 183,02 7,48

CARTÃO - Fornec. de 2ª via de cartão com função mov. conta de poupança por cliente 5,30 15,00 183,02 7,48

CHEQUE - Exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) por Operação 28,50 52,00 82,46 42,94

CHEQUE - Contra-ordem e oposição ao pagamento de cheque por cheque 10,35 15,00 44,93 11,71

CHEQUE - Fornecimento de folhas de cheque por cheque 1,00 1,60 60,00 1,28

CHEQUE - Cheque Administrativo por Cheque 20,00 30,00 50,00 24,14

CHEQUE - Cheque Visado por cheque 0,00 21,00 .. 10,50

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE pessoal por operação 2,00 3,00 50,00 2,19

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE Terminal por operação 1,15 3,00 160,87 1,82

Saque de conta de dep. à vista e de poupança - SAQUE correspondente por operação 1,15 2,15 86,96 1,51

DEPÓSITO - Depósito Identificado por operação 0,00 4,65 .. 2,10

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (P) por operação 1,45 6,00 313,79 3,10

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (E) por operação 1,35 3,00 122,22 2,01

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (C) por operação 1,20 1,40 16,67 1,30

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período -EXTRATO(P) por operação 2,00 6,00 200,00 3,20

Ext. mensal de conta de dep. à vista e Poup. p/um período - EXTRATO(E) por operação 1,35 4,00 196,30 2,32

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período - EXTRATO(C) por operação 1,20 4,00 233,33 1,82

Fornecimento de cópia de microfilme, microficha ou assemelhado por operação 0,00 6,00 .. 4,75

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(P) por operação 0,00 19,90 .. 13,21

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(E) por operação 0,00 9,50 .. 7,08

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(I) por operação 6,50 9,00 38,46 7,62

Transferência entre contas na própria instituição- TRANSF. RECURSOS(P) por operação 1,00 2,00 100,00 1,17

Transferência entre contas na própria instituição-TRANSF.RECURSOS(E/I) por operação 0,85 1,20 41,18 0,98

Ordem de Pagamento - ORDEM PAGAMENTO por operação 23,80 27,00 13,45 25,03

Transferência por meio de DOC - DOC Pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 15,06

Transferência por meio de DOC - DOC eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,14

Transferência por meio de DOC - DOC internet (3) por evento 6,50 9,00 38,46 7,63

Transferência por meio de TED - TED pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 15,06

Transferência por meio de TED - TED eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,14

Transferência por meio de TED - TED internet (3) por evento 0,00 9,00 .. 7,70

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Concessão de adiantamento a depositante - ADIANT. DEPOSITANTE por operação 30,00 54,70 82,33 44,62

PACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICAPACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICA por evento 9,45 14,50 53,44 10,98

CARTÃO DE CRÉDITO (3)

Anuidade - cartão básico nacional a cada 365 dias 39,00 55,00 41,03 46,43

Fornecimento de 2ª via de cartão com função crédito por evento 5,00 15,00 200,00 7,94

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no país por evento 4,00 15,00 275,00 7,94

Pagamento de contas utilizando a função crédito em espécie por evento 1,99 19,90 900,00 10,40

Avaliação emergencial de crédito por evento 10,00 18,00 80,00 15,00

Anuidade - cartão básico internacional a cada 365 dias 0,00 90,00 .. 55,00

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no exterior por evento 8,00 30,00 275,00 15,13

(1) Não são consideradas vantagens progressivas

Fonte: Banco Central do Brasil / Bancos - Dados trabalhados pela Fundação IPEAD/UFMG

Tarifas Bancárias – Novembro de 2014

(2) Considera-se a média das tarifas praticadas pelos bancos pesquisados

.. Não se aplica dados numéricos ND: não disponível

IPCA(1) Salário Mínimo

Cesta Básica(2) IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica

jun/14 430,27 1117,46 554,54 0,20 0,00 -7,34 4,37 6,78 2,38 6,78 6,78 -2,95

jul/14 430,31 1117,46 539,24 0,01 0,00 -2,76 4,38 6,78 -0,45 6,73 6,78 0,36

ago/14 431,08 1117,46 533,37 0,18 0,00 -1,09 4,57 6,78 -1,53 6,81 6,78 2,04

set/14 433,07 1117,46 539,86 0,46 0,00 1,22 5,05 6,78 -0,33 7,05 6,78 5,11

out/14 434,84 1117,46 556,35 0,41 0,00 3,05 5,48 6,78 2,71 7,09 6,78 3,00

nov/14 438,19 1117,46 553,74 0,77 0,00 -0,47 6,29 6,78 2,23 7,22 6,78 1,50

Período

Índice de Base Fixa(Jul/94=100)

Evolução da inflação, salário mínimo e cesta básica

Variação (%)

Últimos 12 Meses

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG(2) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

No mês No ano

Produto Quantidade Valores(em R$)

Contribuição na variação (p.p.)

Açúcar cristal 3,00 kg 3,89 0,04

Arroz 3,00 kg 7,50 -0,03

Banana caturra 12,00 kg 27,41 -0,50

Batata inglesa 6,00 kg 13,86 1,95

Café moído 0,60 kg 8,43 0,03

Chã de dentro 6,00 kg 118,37 -0,88

Farinha de trigo 1,50 kg 4,33 -0,04

Feijão carioquinha 4,50 kg 13,88 -0,03

Leite pasteurizado 7,50 lt 17,83 -0,17

Manteiga 750,00 gr 17,52 0,07

Óleo de soja 1,00 un 2,70 -0,01

Pão francês 6,00 kg 55,75 -0,09

Tomate Santa Cruz 9,00 kg 29,33 -0,82

Custo da Cesta Básica(*) – Novembro de 2014

(*) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesjun/14 479,46 0,35 2,38 4,81 679,88 0,61 3,55 7,02

jul/14 480,85 0,29 2,68 4,58 682,67 0,41 3,98 6,68

ago/14 480,90 0,01 2,69 4,28 685,94 0,48 4,47 6,60

set/14 480,13 -0,16 2,53 3,67 691,22 0,77 5,28 6,90

out/14 481,38 0,26 2,79 3,61 694,20 0,43 5,73 6,84

nov/14 483,40 0,42 3,22 3,55 696,49 0,33 6,08 6,67FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Período

Evolução do Mercado Imobiliário: Aluguéis

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Comerciais

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Residenciais

Popular Médio Alto Luxo

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 516,15(13)

1010,00(10)

863,17(60)

1500,65(77)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 759,04(125)

1052,28(172)

1201,49(290)

2044,86(278)

3 Quartos e 1 banheiro 914,72(57)

1127,37(27)

1363,94(52)

1744,00(25)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1307,73(82)

1390,35(197)

1637,96(379)

2445,96(428)

4 Quartos e até 2 banheiros -(3)

-(3)

2418,48(25)

3256,10(41)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

2010,00(5)

2153,85(13)

2613,05(42)

4549,78(288)

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 516,92(39)

630,34(29)

-(2)

-(2)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 607,14(7)

769,23(13)

-(Z)

-(Z)

1 Quartos e 1 banheiro ou mais -(2)

-(2)

-(1)

-(Z)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 835,58(52)

984,41(34)

1367,50(8)

4066,67(6)

3 Quartos e 1 banheiro 1094,17(24)

1570,00(4)

1475,00(4)

-(Z)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1441,05(19)

2174,88(16)

3136,63(30)

6260,00(20)

4 Quartos e até 2 banheiros -(1)

1950,00(4)

5200,00(5)

6274,88(8)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

3620,00(5)

4528,43(7)

4629,41(17)

9218,60(43)

Valores médios (em R$) dos aluguéis residenciais por classe de bairro(*) - Novembro de 2014Imóveis

Barracões

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(*) O valor entre parênteses representa o número de imóveis utilizados no cálculo da respectiva média. Na maioria das vezes, somente são publicados valores médios obtidos a partir de quatro imóveis pesquisados. Os casos em que não foi pesquisado nenhum imóvel são indicados por hífen (-). Os valores médios referentes a apartamentos de 1 e 2 quartos da classe luxo são influenciados pela oferta de Flats.

Apartamentos

Casas

ICCBH(1) IEE(2) IEF(3) ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEFjun/14 115,14 150,59 114,11 6,13 6,61 5,74 -4,44 -5,32 -3,72 -3,92 -11,97 3,28

jul/14 112,59 144,07 113,41 -2,22 -4,33 -0,61 -6,56 -9,43 -4,31 -6,31 -13,29 -0,47

ago/14 120,80 162,13 117,34 7,29 12,54 3,47 0,26 1,93 -0,99 -4,73 -10,13 0,05

set/14 119,83 165,20 113,86 -0,80 1,89 -2,97 -0,54 3,86 -3,93 1,28 3,07 -0,22

out/14 119,36 160,01 116,04 -0,39 -3,14 1,92 -0,93 0,60 -2,08 -0,87 -0,99 -0,79

nov/14 118,35 156,21 116,48 -0,85 -2,38 0,37 -1,77 -1,79 -1,72 -4,02 -8,18 -0,55(1) ICCBH: Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte: trata-se de um indicador que tem por finalidade sintetizar a opinião dos consumidores em Belo Horizonte quanto aos aspectos capazes de afetar as suas decisões de consumo atual e futuro

Período

Índice de Confiança do Consumidor

(2) IEE: Índice de Expectativa Econômica: retrata a expectativa do consumidor em relação aos indicadores macroeconômicos (3) IEF: Índice de Expectativa Financeira: retrata a confiança do consumidor a respeito de alguns indicadores microeconômicosFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Últimos 12 MesesÍndice de Base Fixa

(Maio/04=100)Variação (%)

No mês No ano

Período de referência

(novembro)Menor Maior Média

Aquisição de outros bens (1) 05 a 11 2,69 5,92 3,51

Aquisição de veículos (1) 05 a 11 1,48 2,04 1,70

Automóveis Novos montadoras 01 a 30 0,99 2,15 1,48

Automóveis Usados multimarcas 01 a 30 1,80 2,68 2,10

Cheque especial (1) 05 a 11 5,98 12,37 9,69

Comércio Eletrônico 15 0,99 3,58 1,67

Construção Civil Imóveis Construídos 01 a 30 0,09 1,38 0,74

Construção Civil Imóveis na Planta 01 a 30 0,09 0,20 0,16

Cooperativas de Crédito (empréstimo) 01 a 30 1,32 2,85 2,25

Crédito pessoal consignado privado (1) 05 a 11 2,03 2,80 2,36

Crédito pessoal consignado público (1) 05 a 11 1,55 1,99 1,74

Crédito pessoal não consignado (1) 05 a 11 3,50 5,84 4,26

Financiamento imobiliário com taxas reguladas (1) 05 a 11 0,67 1,41 0,90

Empréstimos pessoa jurídicaAntecipação de faturas de cartão de crédito (1) 05 a 11 2,16 3,65 2,74

Capital de Giro (1) 05 a 11 1,36 2,66 1,99

Conta Garantida (1) 05 a 11 2,20 4,09 2,79

Desconto de Duplicatas (1) 05 a 11 1,13 2,90 2,19

CaptaçãoCDB 30 dias (4) 30 0,78

Cooperativas de Crédito (aplicação) 01 a 30 0,72

Fundos de Curto Prazo 30 0,44 0,73 0,61

Fundos de Longo Prazo 30 0,62 0,74 0,69

Poupança (5) (1) 30 0,55

Taxa SELIC (6) (1) 01 a 30 0,89(1) Considera-se a média das taxas praticadas pelos informantes(2) Não são consideradas vantagens progressivas(3) Inclui a variação dos indexadores CUB, TR, INCC e IGP-M (7) Novo cálculo considerando o período dos índices que compõem a (4) Taxa ANBID do primeiro dia útil do mês e projetada para 30 dias

.. Não se aplica dados numéricos ND - não disponívelFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(8) Dados coletados a partir de informações consolidadas no Banco

Taxas de Juros – Novembro de 2014

(6) Média ponderada pela vigência

Setores

(5) Taxa referente ao primeiro dia do mês subsequente

Empréstimos pessoa física

Taxas médias praticadas(1)

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de janeiro de 2015 Diário Oficial do Município 19

Poder Executivo

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Encontro foi importante para qualificar a participação popular na Conferência Municipal de Assistência Social que será realizada em 2015

A Prefeitura de Belo Hori-zonte, por meio da Gerência de Políticas Sociais da Regional Oes-

Rodoviária foi palco de ações de conscientização contra a Aids

Durante o mês de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) realizou diversas ações para conscien-tizar a população sobre a doença, inclusive na Rodoviá-ria. Quem passou lá fez o teste rápido para diagnóstico do HIV, recebeu informações sobre a prevenção da Aids e ob-teve preservativos gratuitamente. O Centro de Testagem e Aconselhamento (CAT) Itinerante ficou no 2º piso da Rodo-viária. A Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pe-na recebeu a Blitz da Prevenção e o metrô também rece-beu ações de conscientização, além dos centros de saúde.

Nos últimos anos, Belo Horizonte registrou uma di-minuição do número de novos casos de Aids. Em 2012, fo-ram 636 diagnósticos, em 2013, 593, e, até o dia 6 de ou-tubro de 2014, 243. Como forma de prevenção da doen-ça, os 147 centros de saúde de Belo Horizonte são pon-tos centrais de distribuição de preservativos. Além isso, nas unidades também é possível realizar a testagem convencio-nal para HIV, sífilis e hepatites virais.

Já para o tratamento de doenças sexualmente trans-missíveis, a Rede SUS-BH conta com três serviços pró-prios: Centro de Treinamento e Referência / Doenças In-fecto-Parasitárias (CTR/DIP) Orestes Diniz; Centro de Tes-tagem e Aconselhamento/Serviço de Atendimento Especia-lizado (CTA/SAE) Sagrada Família e Unidade de Referência Secundária/ Serviço de Atendimento Especializado (URS/SAE) Centro-Sul. Há também outras duas unidades conve-niadas: Eduardo de Menezes e SAE Unifenas, onde tam-bém é possível fazer o teste rápido para HIV.

Regional Oeste promove encontro com usuários dos serviços da Assistência Social

te e em parceria com o Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte (CMAS-BH), pro-

moveu o Encontro Regional de Usuários da Assistência Social. O evento foi realizado na sede da

regional, no bairro Nova Granada, e foi uma iniciativa do Conselho Municipal de Assistência Social

(CMAS), que vem empreendendo esforços para qualificar a partici-pação dos usuários, trabalhadores e parceiros da politica pública de Assistência Social.

Participaram do evento ges-tores da Assistência Social, con-selheiros do CMAS e mais de 50 usuários dos serviços. “É extre-mamente válida a iniciativa dessa reunião, é um incentivo à partici-pação protagonista, pois sensibili-za os usuários para uma ação con-junta entre gestores e usuários pa-ra termos políticas públicas mais eficientes”, avaliou a gerente re-gional de Assistência Social, Cás-sia Maria de Oliveira de Freitas.

Segundo o aposentado Al-do Matos Melo, de 70 anos, mo-rador do bairro Betânia, o even-to permitiu que os cidadãos expu-sessem suas necessidades. “A par-ticipação é fundamental para que possamos discutir em grupo e ma-nifestar o que queremos junto à Prefeitura”, disse.

O encontro regional, segun-do Cássia Maria, é importante pa-ra qualificar a participação popu-lar na Conferência Municipal de Assistência Social que acontecerá em meados de 2015. “Por meio deste trabalho são apresentadas as reais necessidades do público atendido, bem como são coleta-das avaliações dos serviços, pro-gramas, projetos e benefícios ofer-tados à população”, concluiu.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de janeiro de 2015Diário Oficial do Município20

Poder Executivo

Foto

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M. F

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FZB-BH sediou uma oficina com a participação de 40 pessoas de diversas instituições envolvidas com o faveiro-de-wilson Espécie ocorre exclusivamente na região central de Minas

Plano para a conservação do faveiro-de-wilson compila diversas informações sobre a espécie

Fundação Zoo-Botânica participa de plano de ação nacional para conservação de espécie com risco elevado de extinção

EstudosDescrito para a Ciência em 1969, o faveiro-de-wilson come-

çou a ser estudado pela Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizon-te há 10 anos. Na época, os pesquisadores encontraram apenas 12 indivíduos dessa espécie. Teve início, então, um exaustivo trabalho de pesquisa e de busca pela espécie envolvendo tanto especialis-tas quanto a população local. Atualmente, há registro de 246 árvo-res dessa espécie, que ocorre exclusivamente na região central de Minas Gerais, na transição do Cerrado para a Mata Atlântica, e es-tá classificada como “Criticamente em Perigo” de extinção no Li-vro Vermelho da Flora do Brasil.

A parceria da Fundação Zoo--Botânica de Belo Horizonte (FZB--BH) com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio de seu Centro Nacional de Conservação da Flo-ra (CNCFlora), colhe frutos e já tem muito o que comemorar. Foi lança-da neste mês de dezembro uma no-va publicação de fundamental im-portância para a conservação da bio-diversidade em nosso país: o Plano de Ação Nacional (PAN) para con-servação do faveiro-de-wilson, espé-cie com risco elevado de extinção.

Para a elaboração do PAN fo-ram compiladas todas as informa-ções disponíveis sobre a espécie e a área onde ocorre, em 16 municípios próximos a Belo Horizonte, e foi re-alizada na FZB-BH uma oficina com a participação de 40 pessoas envol-vidas com a espécie de diferentes instituições, como Universidade Fe-deral de Minas Gerais (UFMG), Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria de Estado de Meio Am-biente e Desenvolvimento Susten-tável (Semad), Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodiversi-dade (ICMBio), Polícia Ambiental e as ONGs Terra Brasilis, Instituto Pris-tino e AASE.

Foram meses de trabalho até se chegar ao produto final, oficiali-zado por portaria do Ministério do Meio Ambiente e publicado na for-ma de livro. O PAN de Conserva-ção do Faveiro-de-Wilson tem, na sua primeira fase, duração de cinco anos, após a qual passará por uma avaliação para sua continuidade. A meta para dez anos é de que a es-

pécie saia da categoria “Criticamen-te em Perigo” e passe para as cate-gorias “Em Perigo” ou “Vulnerável”, que representam menor risco de ex-tinção. Um indicador do sucesso do PAN será, ao final dos cinco primei-ros anos, a triplicação do número de plantas do faveiro-de-wilson reintro-duzidos na natureza.

Para Fernando Fernandes, pes-quisador do Jardim Botânico da Fun-dação Zoo-Botânica, o PAN é muito importante por agregar novos parcei-ros e estabelecer tarefas bem claras, com prazos definidos, para cada um dos participantes e instituições en-volvidas. “Com a divisão do traba-lho e das responsabilidades – são 30 ações propostas - será mais fácil re-alizar o que precisa ser feito, alcan-çar as metas e assim trazer mais es-perança para a espécie, que chegou a esta situação de risco de extinção por causa da destruição do seu habi-tat pelo homem”, afirma.

ResultadosA publicação é o primeiro re-

sultado concreto do planejamento realizado de forma consistente das ações necessárias para diminuir o risco de extinção da flora ameaçada. O trabalho realizado com o faveiro--de-wilson (Dimorphandra wilsonii), espécie da qual a FZB-BH possui bastante conhecimento acumulado, tem o objetivo de direcionar ações de conservação, monitorar e medir resultados por meio de indicadores e evitar a dispersão e a duplicação de esforços.

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