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Secretaria de Saúde intensifica ações contra a dengue com atividades lúdicas e educativas Apresentação de esquetes em vagões do metrô e trabalhos com crianças em creches da capital estão entre as atividades em vigor neste mês Com o objetivo de promover ações contra a dengue em locais de grande circulação em Belo Horizon- te, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) deu início na última sema- na a uma temporada de interven- ções no metrô da capital. Os vagões do trem metropolitano foram palco de apresentações do MobilizaSUS- -BH, grupo de arte e mobilização da SMSA, que encenou o esquete “Em- barque na Saúde”, uma crítica bem humorada contra os maus hábitos das pessoas que favorecem a proli- feração do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Pesquisas realizadas pela SMSA apontam que 80% dos cria- douros do mosquito estão nas resi- dências. Por isso, durante as apre- sentações os atores alertam o pú- blico a não deixar recipientes co- mo pneus, garrafas e outros inserví- veis em locais descobertos, para evi- tar o acúmulo de água. As interven- ções no metrô vêm sendo realizadas em parceria com a Companhia Bra- sileira de Trens Urbanos (CBTU) des- de setembro de 2013. O público-al- vo são as cerca de 230 mil pessoas que utilizam diariamente esse tipo transporte na capital. A encenação chama a atenção dos passageiros ainda no terminal de embarque. Com um figurino incon- fundível, o casal Donato e Donana (interpretado pelos atores José Almei- da e Jey Barcelos) embarca no metrô dando início a uma grande discussão. Marido e mulher passam a se acusar pelo descuido com objetos do coti- diano, como garrafas deixadas em lo- cais descobertos com o gargalo vira- do para cima, além de outros uten- sílios domésticos, como baldes com roupa para lavar deixados no quin- tal semanas a fio com água parada. Ao invés de cada um fazer a sua par- te, ficam somente cobrando atitudes corretas do outro. Mas, ao final, to- dos reconhecem que estavam sen- do negligentes e que precisam mu- dar de atitude. O trabalho de conscientiza- ção continua quando, algumas es- tações à frente, entram em cena os “atores invisíveis” do Mobiliza/SUS- -BH, que começam a interagir com os passageiros como simples usuá- rios do metrô. Repercutem o com- portamento do casal, trocam ideias e divulgam mensagens de sensibili- zação sobre os cuidados necessários para evitar a propagação da doença. Durante toda a encenação os passageiros se tornam coadjuvantes. Receptivos, interferem nas cenas e interagem com os atores. Foi o ca- so da técnica em enfermagem Tâ- nia Beatriz Lopes Amorim, do Hos- pital Galba Veloso, que participou ativamente do processo. “Foi óti- mo, muito engraçado e divertido. A mensagem transmitida pela peça é que, para vencer a dengue, cada um tem que fazer a sua parte. Só assim nós vamos conseguir”, disse. A dona de casa Lúcia Maria Barbosa, moradora do bairro Pe- trolândia, em Contagem, se divertiu. Disse que achou interessante a ini- ciativa e contou que tem redobrado os cuidados para não contrair nova- mente a doença, pois em fevereiro de 2013 teve dengue pela segunda vez. “Só quem já teve dengue sabe o que é. Fiquei duas semanas de ca- ma, não conseguia nem me levan- tar e não tinha forças para fazer na- da”, contou. O representante comercial Rogério Pereira, morador do bair- ro Floramar, elogiou a performance dos atores e o trabalho realizado. “É muito interessante essa forma de uti- lizar o teatro como ferramenta pa- ra falar para as pessoas sobre uma questão tão grave de saúde pública como é a dengue”, disse. O papel do Mobiliza/SUS-BH O trabalho do Núcleo de Mobilização Social da Secre- taria Municipal de Saúde, o MobilizaSUS-BH, busca sensibili- zar a população para atitudes de promoção à saúde e preven- ção de endemias. O grupo é composto por técnicos em saúde e artistas que utilizam várias formas de comunicação, tais como dinâmicas, intervenções teatrais, músicas, jogos e uma série de atividades lúdicas, todas planejadas de acordo com o objetivo e o público a serem atingidos. Alex Valle, coordenador geral do MobilizaSUS-BH, lem- bra, que, no verão, aumenta o risco da transmissão da den- gue devido à combinação de altas temperaturas com o perío- do chuvoso. “Nossa grande preocupação é que as pessoas de- monstrem conhecimento sobre a dengue, mas muita gente não está fazendo a sua parte”, afirmou. O coordenador do Grupo Arte e Mobilização, Guilher- me Colina, comemorou a parceria entre a SMSA e a CBTU. “O trabalho realizado no metrô tem sido um sucesso abso- luto. A estratégia é levar a mensagem a regiões com gran- de aglomeração de pessoas e sensibilizá-las para que possam atuar como multiplicadores, proativas e responsáveis no com- bate à endemia”, explicou. Recado para crianças e adolescentes Depois da bem suce- dida participação da SM- SA no programa Férias no Parque em janeiro, quan- do o Mobiliza-SUS BH le- vou mensagens de comba- te à dengue de forma lúdi- ca a crianças e jovens, neste mês de fevereiro está sendo trabalhada a prevenção com crianças de creches e edu- candários da região Norte da capital. De acordo com o técnico em Mobilização em Saúde, o biólogo Fran- cisco Santos, a região foi es- colhida em razão dos resul- tados apontados pelo Le- vantamento do Índice Rá- pido do Aedes aegypti (LI- RAa), que detecta os índices de infestação larvária nas re- sidências. Na primeira semana do mês foram contempladas as creches Santa Terezinha, Benedita Hilídia da Silva Rezende e Etelvina Caeta- no de Souza, além das Uni- dades Municipais de Ensino Infantil (Umeis) 1º de Maio e Heliópolis. Os alunos as- sistiram ao esquete “Vila Fe- liz no Combate à Dengue”, que conta a história de Ma- riana, uma garotinha que fi- ca algum tempo desapareci- da até ser encontrada com sin- tomas da dengue. A mensagem transmitida pelos atores reforça a importância da adoção de me- didas básicas para evitar a doen- ça. “Os alunos ficaram encan- tados com a história”, disse Ana Paula Silva de Moura Veneres, coordenadora administrativa da Creche Benedita Hilídia da Sil- va Rezende. Para a coordenado- ra pedagógica Márcia Aparecida Martins, “a mensagem foi passa- da de forma clara e objetiva”. Todas as instituições visi- tadas recebem instruções e ma- terial de apoio dos técnicos da SMSA, como o checklist, um fo- lheto que orienta o cidadão a dedicar dez minutos por sema- na para eliminar todos os pos- síveis criadouros do mosquito. As crianças também recebem a cartilha Brincar e Aprender, que ensina a combater a dengue por meio de palavras cruzadas, jogo dos sete erros, caça palavras e atividades para colorir. Em reunião com a coor- denadora administrativa da Cre- che Santa Terezinha, Andrea Re- gina Lemos, o técnico da SMSA Francisco Santos pediu a parti- cipação ativa de todos no com- bate à doença. Ele explicou que o resultado do LIRAa mostrou a necessidade de redobrar a atenção para diminuir os índices de infestação larvá- ria nas residências da região Norte. Ele pediu o envolvi- mento da instituição para re- percutir junto à comunida- de, o comércio e outros es- tabelecimentos, para que se tornem multiplicadores no combate. As ações lúdicas e educa- tivas prosseguem em mais seis creches da região (até o dia 25), na Escola Municipal Acadêmi- co Vivaldi Moreira (dia 27), além do “Meu Bairro em Fo- co”, hoje, no bairro Pompéia. BELO HORIZONTE Esquete “Embarque na Saúde” faz uma crítica bem humorada contra os hábitos das pessoas que favorecem a proliferação da dengue Mensagem transmitida por meio de esquete em creches reforça importância de adoção de medidas básicas para evitar a doença Crianças receberam material de apoio com material informativo como cartilhas e folhetos Marina Jordá Marina Jordá Reinaldo Gomes Reinaldo Gomes Reinaldo Gomes Ano XX N. 4.502 R$ 0,90 Tiragem: 2.500 19/2/2014 Diário Oficial do Município - DOM dom 4502.indd 1 18/02/2014 18:22:06

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Secretaria de Saúde intensifica ações contra a dengue com atividades lúdicas e educativas

Apresentação de esquetes em vagões do metrô e trabalhos com crianças em creches da capital

estão entre as atividades em vigor neste mêsCom o objetivo de promover

ações contra a dengue em locais de grande circulação em Belo Horizon-te, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) deu início na última sema-na a uma temporada de interven-ções no metrô da capital. Os vagões do trem metropolitano foram palco de apresentações do MobilizaSUS-

-BH, grupo de arte e mobilização da SMSA, que encenou o esquete “Em-barque na Saúde”, uma crítica bem humorada contra os maus hábitos das pessoas que favorecem a proli-feração do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

Pesquisas realizadas pela SMSA apontam que 80% dos cria-

douros do mosquito estão nas resi-dências. Por isso, durante as apre-sentações os atores alertam o pú-blico a não deixar recipientes co-mo pneus, garrafas e outros inserví-veis em locais descobertos, para evi-tar o acúmulo de água. As interven-ções no metrô vêm sendo realizadas em parceria com a Companhia Bra-sileira de Trens Urbanos (CBTU) des-de setembro de 2013. O público-al-vo são as cerca de 230 mil pessoas que utilizam diariamente esse tipo transporte na capital.

A encenação chama a atenção dos passageiros ainda no terminal de embarque. Com um figurino incon-fundível, o casal Donato e Donana (interpretado pelos atores José Almei-da e Jey Barcelos) embarca no metrô dando início a uma grande discussão. Marido e mulher passam a se acusar pelo descuido com objetos do coti-diano, como garrafas deixadas em lo-cais descobertos com o gargalo vira-do para cima, além de outros uten-sílios domésticos, como baldes com roupa para lavar deixados no quin-tal semanas a fio com água parada. Ao invés de cada um fazer a sua par-te, ficam somente cobrando atitudes corretas do outro. Mas, ao final, to-dos reconhecem que estavam sen-do negligentes e que precisam mu-dar de atitude.

O trabalho de conscientiza-ção continua quando, algumas es-tações à frente, entram em cena os “atores invisíveis” do Mobiliza/SUS--BH, que começam a interagir com

os passageiros como simples usuá-rios do metrô. Repercutem o com-portamento do casal, trocam ideias e divulgam mensagens de sensibili-zação sobre os cuidados necessários para evitar a propagação da doença.

Durante toda a encenação os passageiros se tornam coadjuvantes. Receptivos, interferem nas cenas e interagem com os atores. Foi o ca-so da técnica em enfermagem Tâ-nia Beatriz Lopes Amorim, do Hos-pital Galba Veloso, que participou ativamente do processo. “Foi óti-mo, muito engraçado e divertido. A mensagem transmitida pela peça é que, para vencer a dengue, cada um

tem que fazer a sua parte. Só assim nós vamos conseguir”, disse.

A dona de casa Lúcia Maria Barbosa, moradora do bairro Pe-trolândia, em Contagem, se divertiu. Disse que achou interessante a ini-ciativa e contou que tem redobrado os cuidados para não contrair nova-mente a doença, pois em fevereiro de 2013 teve dengue pela segunda vez. “Só quem já teve dengue sabe o que é. Fiquei duas semanas de ca-ma, não conseguia nem me levan-tar e não tinha forças para fazer na-da”, contou.

O representante comercial Rogério Pereira, morador do bair-ro Floramar, elogiou a performance dos atores e o trabalho realizado. “É muito interessante essa forma de uti-lizar o teatro como ferramenta pa-ra falar para as pessoas sobre uma questão tão grave de saúde pública como é a dengue”, disse.

O papel do Mobiliza/SUS-BHO trabalho do Núcleo de Mobilização Social da Secre-

taria Municipal de Saúde, o MobilizaSUS-BH, busca sensibili-zar a população para atitudes de promoção à saúde e preven-ção de endemias. O grupo é composto por técnicos em saúde e artistas que utilizam várias formas de comunicação, tais como dinâmicas, intervenções teatrais, músicas, jogos e uma série de atividades lúdicas, todas planejadas de acordo com o objetivo e o público a serem atingidos.

Alex Valle, coordenador geral do MobilizaSUS-BH, lem-bra, que, no verão, aumenta o risco da transmissão da den-gue devido à combinação de altas temperaturas com o perío-do chuvoso. “Nossa grande preocupação é que as pessoas de-monstrem conhecimento sobre a dengue, mas muita gente não está fazendo a sua parte”, afirmou.

O coordenador do Grupo Arte e Mobilização, Guilher-me Colina, comemorou a parceria entre a SMSA e a CBTU. “O trabalho realizado no metrô tem sido um sucesso abso-luto. A estratégia é levar a mensagem a regiões com gran-de aglomeração de pessoas e sensibilizá-las para que possam atuar como multiplicadores, proativas e responsáveis no com-bate à endemia”, explicou.

Recado para crianças e adolescentesDepois da bem suce-

dida participação da SM-SA no programa Férias no Parque em janeiro, quan-do o Mobiliza-SUS BH le-vou mensagens de comba-te à dengue de forma lúdi-ca a crianças e jovens, neste mês de fevereiro está sendo trabalhada a prevenção com crianças de creches e edu-candários da região Norte da capital. De acordo com o técnico em Mobilização em Saúde, o biólogo Fran-cisco Santos, a região foi es-colhida em razão dos resul-tados apontados pelo Le-vantamento do Índice Rá-pido do Aedes aegypti (LI-RAa), que detecta os índices de infestação larvária nas re-sidências.

Na primeira semana do mês foram contempladas as creches Santa Terezinha, Benedita Hilídia da Silva Rezende e Etelvina Caeta-no de Souza, além das Uni-dades Municipais de Ensino Infantil (Umeis) 1º de Maio e Heliópolis. Os alunos as-sistiram ao esquete “Vila Fe-liz no Combate à Dengue”, que conta a história de Ma-riana, uma garotinha que fi-ca algum tempo desapareci-

da até ser encontrada com sin-tomas da dengue. A mensagem transmitida pelos atores reforça a importância da adoção de me-didas básicas para evitar a doen-ça.

“Os alunos ficaram encan-tados com a história”, disse Ana Paula Silva de Moura Veneres, coordenadora administrativa da Creche Benedita Hilídia da Sil-va Rezende. Para a coordenado-ra pedagógica Márcia Aparecida Martins, “a mensagem foi passa-da de forma clara e objetiva”.

Todas as instituições visi-tadas recebem instruções e ma-terial de apoio dos técnicos da SMSA, como o checklist, um fo-lheto que orienta o cidadão a dedicar dez minutos por sema-na para eliminar todos os pos-síveis criadouros do mosquito. As crianças também recebem a cartilha Brincar e Aprender, que ensina a combater a dengue por meio de palavras cruzadas, jogo dos sete erros, caça palavras e atividades para colorir.

Em reunião com a coor-denadora administrativa da Cre-che Santa Terezinha, Andrea Re-gina Lemos, o técnico da SMSA Francisco Santos pediu a parti-cipação ativa de todos no com-bate à doença. Ele explicou que o resultado do LIRAa mostrou

a necessidade de redobrar a atenção para diminuir os índices de infestação larvá-ria nas residências da região Norte. Ele pediu o envolvi-mento da instituição para re-percutir junto à comunida-de, o comércio e outros es-tabelecimentos, para que se tornem multiplicadores no combate.

As ações lúdicas e educa-tivas prosseguem em mais seis creches da região (até o dia 25), na Escola Municipal Acadêmi-co Vivaldi Moreira (dia 27), além do “Meu Bairro em Fo-co”, hoje, no bairro Pompéia.

BELO HORIZONTE

Esquete “Embarque na Saúde” faz uma crítica bem humorada contra os hábitos das pessoas que favorecem a proliferação da dengue

Mensagem transmitida por meio de esquete em creches reforça importância de adoção de medidas básicas para evitar a doença

Crianças receberam material de apoio com material informativo como cartilhas e folhetos

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Ano XX • N. 4.502 • R$ 0,90 Tiragem: 2.500 • 19/2/2014Diário Oficial do Município - DOM

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BELO HORIZONTEQuarta-feira, 19 de fevereiro de 2014Diário Oficial do Município2

Poder Executivo

Secretaria de Educação premia vencedores da Olimpíada Cultural do Projeto Acervos Museológicos

Comédia premiada em cartaz no Teatro Bradesco retrata crises ciumentas de um casal

Secretaria de Planejamento divulga

ganhadores de ingressos para peça de teatro

A Prefeitura de Belo Ho-rizonte, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e do Instituto Minas pela Paz, re-alizou na última semana a pre-miação das 18 escolas munici-pais que conquistaram o primei-ro e o segundo lugares e das du-as turmas vencedoras da Olimpí-ada Cultural do Projeto Acervos Museológicos. Os prêmios foram

entregues pela secretária munici-pal de Educação, Sueli Baliza, e pela coordenadora de produção e gestora do projeto, Eliana Mara de Rezende. As escolas premia-das receberam um notebook, um projetor multimídia, um scanner de mesa e um tablet. Cada estu-dante das turmas vencedoras ga-nhou um tablet.

Na categoria Escolas, cada

região teve uma escola que con-quistou o primeiro lugar. São elas: Escola Municipal Vinícius de Mo-rais (Barreiro), Marconi (Centro--Sul), Doutor Júlio Soares (Les-te), Governador Ozanam Coelho (Nordeste), Carlos Goes (Noroes-te), Hilda Rabelo da Mata (Norte), Padre Henrique Brandão (Oeste), Maria de Magalhães Pinto (Pam-pulha) e Deputado Renato Aze-redo (Venda Nova). O segundo lugar de cada região ficou com as escolas Edith Pimenta da Vei-ga (Barreiro), Marconi, Israel Pi-nheiro (Leste), Maria Assunção de Marco (Nordeste), Carlos Go-es, Hilda Rabelo da Mata, Padre Henrique Brandão, Anne Frank (Pampulha) e Deputado Renato Azeredo.

Entre as turmas premiadas, o primeiro lugar foi para a turma da cursista e professora Jeanne Ma-ry Cherquer, da Escola Municipal Maria de Magalhães Pinto (Pampu-lha). O segundo lugar ficou com a turma da cursista Alzenira Gouvea, da Escola Municipal Governador Ozanam Coelho (Nordeste).

Projeto inovadorO projeto “Acervos Museológicos, democratização e for-

mação de agentes culturais”, encerrado em dezembro de 2013, envolveu 228 professores, coordenadores e diretores, além de mais de 75 mil alunos da rede municipal de Educação de Be-lo Horizonte. Teve como objetivo capacitar gestores educacio-nais e professores para a inclusão sociocultural de alunos de es-colas públicas e difundir a cultura como meio de construção da cidadania.

As ações foram realizadas em quatro etapas, com foco na qualificação, formação e multiplicação de valores culturais, ten-do os professores como instrumentos-chave para esse ciclo. Na primeira etapa, foi realizada uma pesquisa de campo visando co-nhecer o perfil dos professores das escolas da Rede Municipal de Educação e avaliar o interesse e o grau de disponibilidade dos profissionais, alunos e familiares na ampliação da frequência de visitas aos espaços culturais da cidade.

Na segunda fase, realizada entre agosto de 2011 e março de 2013, os profissionais participaram de um curso de pós-graduação em Gestão de Projetos Culturais ministrado pela Pontifícia Univer-sidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Na terceira, acon-teceu uma imersão cultural dos professores e alunos por meio de visitas aos museus e a outros espaços culturais de Belo Horizonte. Na quarta etapa, aconteceu a Olimpíada Cultural.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da Cultura e conta com a parceria da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Smed. A meta dos idealizadores é am-pliar a abrangência do projeto para a re-gião metropolitana de Belo Horizonte e para o interior de Mi-nas Gerais.

A Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação (SMPL) sorteou ontem pares de convites pa-ra apresentações do espetá-culo “Meu tio é tia”, em car-taz amanhã e nos dias 21, 22 e 23 (sexta, sábado e domin-go) no Espaço Cultural Ima-culada (rua Aimorés, 1.600, Lourdes). A lista com os no-mes dos ganhadores e o ho-rário de exibição da peça po-de ser conferida abaixo e está disponível na internet, no si-te da Prefeitura de Belo Hori-zonte (www.pbh.gov.br).

Na próxima terça-fei-ra, dia 25, às 10h, serão sor-

teados mais pares de convites para a peça “Meu tio é tia”. Para se inscrever é necessá-rio acessar a “Sala do Servi-dor”, no site da Prefeitura, onde está localizado o ban-ner do sorteio. Clicando ne-le, é possível efetuar a inscri-ção. Para que o link seja dire-cionado corretamente é ne-cessário que um e-mail insti-tucional da PBH esteja aberto antes do cadastramento. So-mente será considerada uma inscrição por pessoa. Podem se inscrever servidores, em-pregados, terceirizados e es-tagiários das administrações direta e indireta.

Vencedora da categoria Melhor Comediante e Humoris-ta do Prêmio Sesc/Sated de 2012, a montagem “Vexame” continua em cartaz no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), den-tro da 40ª Campanha de Popula-rização do Teatro e da Dança. O espetáculo cômico, dirigido pe-la atriz Inês Peixoto, apresenta o ator Amauri Reis na pele de um homem que usa todos os métodos possíveis para vigiar a vida de sua noiva, Irene, interpretada por Lu-

ciana Bahia. O medo da traição acaba por deteriorar a relação e leva o protagonista a perder sua amada. A peça pode ser vista até o dia 26 deste mês, nas terças e quartas, sempre às 20h30. Os in-gressos custam R$ 12.

Sufocada pelas constantes desconfianças e crises de ciúmes do noivo, Irene põe fim à rela-ção e se surpreende quando ele passa a vigiá-la dia e noite, pro-vocando os mais trágicos e cômi-cos vexames de amor na tentati-va de reatar o romance. A ideia é que o espetáculo, escrito por Wesley Marchiori, desperte risa-das, mas convida também o pú-blico a refletir a partir das situa-ções embaraçosas a que se pres-tam os amantes nas crises ciu-mentas. A peça também celebra a parceria entre Inês e Amauri, que começaram a fazer teatro juntos e já contam com mais de 40 anos de amizade.

Confira a programação de hoje da campanha de

popularização

Teatro adulto

• “A Virgem de 40 – Agora ou Nunca” – Teatro Shopping Esta-ção BH (Avenida Cristiano Macha-do, 11.183, Venda Nova), às 20h30. R$ 12.

• “As Sereias da Zona Sul” – Teatro Izabela Hendrix (rua da Bahia, 2.020, Lourdes), às 20h. R$ 12.

• “Adultérios e outras pe-quenas traições” – Teatro Júlio Mackenzie (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro), às 20h. R$ 12.

• “Amar é... Uma comé-dia!” - Tea tro Dom Silvério (ave-nida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro), às 21h. R$ 12.

• “Como fazer uma mulher feliz com apenas cinco reais!” - Teatro Santo Agostinho (rua Ai-morés, 2.679, Santo Agostinho), às 20h30. R$ 12.

• “Comi a galinha e tô pa-gando o pato” – Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), às 21h. R$ 12.

• “É vira-lata, mas não tem rabo preso” – Cine Theatro Bra-sil – Teatro de Câmara (rua Cari-jós, 258, Centro), às 21h. R$ 12.

• “Os Sem Vergonha” – Teatro Alterosa (avenida Assis Chateubriand, 499, Floresta), às 21h. R$ 12.

• “Quem tem medo da ve-lhice” – Sala Juvenal Dias do Pa-lácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro), às 20h30. R$ 12.

• “Talvez seja amor...” – Teatro Sesi Holcim (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), às 20h30. R$ 12.

• “Trem de Minas” – Teatro da Cidade (rua da Bahia, 1.341, Centro), às 20h30. R$ 12.

• “Vexame” – Teatro Bra-desco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), às 20h30. R$ 12.

• “Vulgaridades Sublimes” – Teatro Júlio Mackenzie (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro), às 21h. R$ 10.

Escolas premiadas receberam notebook, projetor multimídia, scanner de mesa e tablete, enquanto cada estudante das turmas vencedoras ganhou um tablet

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BELO HORIZONTEQuarta-feira, 19 de fevereiro de 2014 Diário Oficial do Município 3

Poder Executivo

Servidores podem trabalhar como voluntários na Copa do Mundo

Secretaria Municipal de Educação publica diretrizes pedagógicas do 1° Ciclo

A Copa do Mundo de 2014 será disputada entre 12 de junho e 13 de julho e Belo Hori-zonte, uma das cidades que re-ceberá o evento, se prepara pa-ra receber turistas de várias par-tes do mundo. Por isso, a Prefei-tura de Belo Horizonte convo-ca os servidores a serem volun-tários nas atividades do Mundial e, assim, contribuir para a cons-trução de uma imagem positiva da cidade para o Brasil e para o mundo.

Para participar, os servido-res devem estar disponíveis du-rante, no mínimo, 15 dias, en-tre 12 de junho e 13 de julho, ter noções de uma língua estrangeira (a fluência é desejável, mas não obrigatória), ter interesse nas áreas de atuação disponíveis, principal-mente em atividades de orienta-ções aos cidadãos e turistas e ser servidor ou empregado público das administrações direta ou in-direta do município.

Os interessados deve-rão preencher a ficha de inscri-ção disponível na Sala do Servi-dor, localizada no site da PBH (www.pbh.gov.br). É importan-te enviá-la em formato digital para o e-mail [email protected] até sexta, dia 21. O candida-to deve também realizar a inscri-ção no programa Brasil Voluntá-rio, no site www.brasilvoluntario.gov.br, até 6 de março. Os vo-luntários passarão por processo de capacitação e seleção.

A inscrição no programa Brasil Voluntário é importan-te para que o voluntário rece-ba os benefícios oferecidos pe-lo Ministério do Esporte. Entre eles estão vantagens como: nos dias de convocação, a libera-ção de cumprimento de sua jor-nada diária no órgão de lota-ção em contrapartida ao cum-primento da jornada do progra-ma Brasil Voluntário; liberação de um dia de serviço por dia de convocação, em caso de chama-da em finais de semana, feriado ou pontos facultativos; uniforme completo; treinamento on-line e presencial; vale transporte para os deslocamentos necessários; vale-alimentação; seguro contra acidentes e certificado emitido por universidade federal.

Alfabetizar uma criança não é uma tarefa fácil. É ne-cessário muita dedicação e um planejamento que requer do alfabetizador estratégias criativas, variadas e lúdicas que possam proporcionar à criança experiências pedagó-gicas capazes de fazê-la com-preender o princípio alfabéti-co e a introdução à ortogra-fia, conhecimentos que per-mitem ao estudante ler e es-crever com autonomia.

Com o objetivo de nor-tear o trabalho da prática pe-dagógica em sala de aula, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Muni-cipal de Educação, publicou as Diretrizes Pedagógicas para o 1º Ciclo. O documento vem reafirmar a política de educa-ção da PBH e ajudar o corpo docente a organizar o trabalho no 1º ciclo, oferecendo refle-xão e orientação sobre o pro-cesso de mediação da apren-dizagem proporcionado pe-la escola, no qual é necessário que o professor compreenda, valorize e respeite as maneiras como a criança se apropria do

conhecimento. Tais diretrizes apontam os

programas, projetos e ações que compõem um conjunto articula-do, cuja finalidade é a melhoria da qualidade da educação. De acor-do com a gerente de Educação Bá-sica e Inclusão da Secretaria Muni-cipal de Educação, Adriana Mota

Ivo Martins, o documento orienta a construção do trabalho pedagó-gico em todas as disciplinas. “Nes-te ano, o documento traz uma ino-vação importante, que é o fomen-to do trabalho com as relações ét-nico-raciais, orientando a cons-trução do trabalho pedagógico de forma interdisciplinar e valori-

zando o trabalho com a diversida-de por meio de um detalhamen-to de ações e propostas”, afir-mou.

O docu-mento, produzi-do coletivamente com as gerências regionais de Edu-cação e com as equipes da Ge-rência de Coor-denação da Po-lítica Pedagógi-ca e de Forma-ção, está dispo-nível na intranet da Educação e as equipes pedagó-gicas do 1° ciclo das escolas da re-

alunos só em Belo Horizon-te. Ainda que não seja o pri-meiro contato da criança com uma instituição educacional, ele representa um divisor de águas, pois é o ciclo da alfa-betização. É um processo con-tínuo, em um bloco pedagó-gico não passível de inter-rupção, com duração de três anos, que tem como finalida-de ampliar as oportunidades de sistematização e aprofun-damento das aprendizagens básicas apontadas no docu-mento “Proposições Curricu-lares do Ensino Fundamental”.

Nessa faixa de idade, as crianças possuem característi-cas semelhantes do ponto de vista do desenvolvimento hu-mano. Isso significa que es-se ciclo deve pautar-se pela compreensão das especifici-dades da infância e de seus processos de desenvolvimen-to e aprendizagem, identifi-cando cada criança em sua individualidade em uma tra-jetória pessoal diferente e própria, mesmo que social-mente compartilhada com seus pares.

de municipal receberão também a versão impressa.

O 1º CicloConsiderado o ciclo da for-

mação, o primeiro ciclo agrega crianças com idade entre 5/6 e 8/9 anos, o que corresponde a 58.300

Primeiro ciclo reúne 58.300 alunos em Belo Horizonte e é o ciclo da alfabetização

Adão

de

Souz

a

Diário Oficial do Município de Belo HorizonteInstituído pela Lei nº 6.470 de 06/12/1993 e alterado pela Lei nº 9.492 de 18/01/2008 • Endereço eletrônico: www.pbh.gov.br/dom

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BELO HORIZONTEQuarta-feira, 19 de fevereiro de 2014Diário Oficial do Município22

Poder Executivo

IndIcadores econômIcos de Belo HorIzonte

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesset/13 404,56 0,24 4,17 5,76 404,09 0,27 2,97 4,24

out/13 406,05 0,37 4,56 5,53 405,26 0,29 3,27 4,07

nov/13 408,69 0,65 5,24 5,76 407,86 0,64 3,93 4,51

dez/13 412,25 0,87 6,15 6,15 410,67 0,69 4,64 4,64

jan/14 419,05 1,65 1,65 5,40 413,63 0,72 0,72 3,32

1ª fev/14 440,88 (3) 1,34 2,33 5,47 435,87 (3) 0,65 1,32 3,53

IPCR(2)IPCA(1)

(2) IPCR= Índice de Preços ao Consumidor Restrito: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Período

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Evolução dos Preços ao Consumidor

Variação (%)Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Variação (%)

Produtos / serviços(1) Forma deCobrança Menor (R$) Maior (R$) Diferença (%) Média(2) (R$)

CADASTRO

Confecção de cadastro para início de relacionamento - CADASTRO por evento 0,00 59,00 .. 20,68

CONTAS DE DEPÓSITOS

CARTÃO - Fornecimento de 2º via de cartão com função débito por cliente 5,30 10,00 88,68 6,37

CARTÃO - Fornec. de 2ª via de cartão com função mov. conta de poupança por cliente 5,30 10,00 88,68 6,37

CHEQUE - Exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) por Operação 28,50 52,00 82,46 42,58

CHEQUE - Contra-ordem e oposição ao pagamento de cheque por cheque 10,35 15,00 44,93 11,68

CHEQUE - Fornecimento de folhas de cheque por cheque 1,00 1,50 50,00 1,27

CHEQUE - Cheque Administrativo por Cheque 20,00 30,00 50,00 23,89

CHEQUE - Cheque Visado por cheque 0,00 21,00 .. 10,50

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE pessoal por operação 2,00 3,00 50,00 2,18

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE Terminal por operação 1,15 3,00 160,87 1,77

Saque de conta de dep. à vista e de poupança - SAQUE correspondente por operação 1,15 2,15 86,96 1,50

DEPÓSITO - Depósito Identificado por operação 0,00 3,00 .. 1,90

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (P) por operação 1,45 6,00 313,79 3,04

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (E) por operação 1,35 3,00 122,22 2,01

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (C) por operação 1,20 1,40 16,67 1,29

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período -EXTRATO(P) por operação 2,00 6,00 200,00 3,18

Ext. mensal de conta de dep. à vista e Poup. p/um período - EXTRATO(E) por operação 1,35 4,00 196,30 2,17

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período - EXTRATO(C) por operação 1,20 4,00 233,33 1,81

Fornecimento de cópia de microfilme, microficha ou assemelhado por operação 0,00 6,00 .. 4,75

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(P) por operação 0,00 19,00 .. 13,03

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(E) por operação 0,00 9,50 .. 7,04

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(I) por operação 6,50 8,60 32,31 7,54

Transferência entre contas na própria instituição- TRANSF. RECURSOS(P) por operação 1,00 2,00 100,00 1,17

Transferência entre contas na própria instituição-TRANSF.RECURSOS(E/I) por operação 0,00 1,20 .. 0,86

Ordem de Pagamento - ORDEM PAGAMENTO por operação 23,80 27,00 13,45 24,98

Transferência por meio de DOC - DOC Pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 14,85

Transferência por meio de DOC - DOC eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,07

Transferência por meio de DOC - DOC internet (3) por evento 6,50 8,60 32,31 7,52

Transferência por meio de TED - TED pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 14,85

Transferência por meio de TED - TED eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,07

Transferência por meio de TED - TED internet (3) por evento 0,00 8,60 .. 7,59

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Concessão de adiantamento a depositante - ADIANT. DEPOSITANTE por operação 30,00 51,80 72,67 43,56

PACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICAPACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICA por evento 9,50 32,00 236,84 12,62

CARTÃO DE CRÉDITO (3)

Anuidade - cartão básico nacional a cada 365 dias 24,00 54,00 125,00 44,00

Fornecimento de 2ª via de cartão com função crédito por evento 0,00 15,00 .. 6,86

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no país por evento 4,00 15,00 275,00 8,27

Pagamento de contas utilizando a função crédito em espécie por evento 1,99 19,90 900,00 10,40

Avaliação emergencial de crédito por evento 15,00 18,00 20,00 15,56

Anuidade - cartão básico internacional a cada 365 dias 0,00 90,00 .. 73,33

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no exterior por evento 12,00 30,00 150,00 16,14

(1) Não são consideradas vantagens progressivas

Fonte: Banco Central do Brasil / Bancos - Dados trabalhados pela Fundação IPEAD/UFMG

Tarifas Bancárias – Janeiro de 2014

(2) Considera-se a média das tarifas praticadas pelos bancos pesquisados

.. Não se aplica dados numéricos ND: não disponível

IPCA(1) Salário Mínimo

Cesta Básica(2) IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica

ago/13 403,59 1046,46 522,71 0,10 0,00 -2,72 3,92 9,00 5,27 5,85 9,00 4,42

set/13 404,56 1046,46 513,64 0,24 0,00 -1,73 4,17 9,00 3,45 5,76 9,00 0,63

out/13 406,05 1046,46 540,14 0,37 0,00 5,16 4,56 9,00 8,78 5,53 9,00 5,87

nov/13 408,69 1046,46 545,56 0,65 0,00 1,00 5,24 9,00 9,87 5,76 9,00 11,20

dez/13 412,25 1046,46 541,66 0,87 0,00 -0,72 6,15 9,00 9,09 6,15 9,00 9,09

jan/14 419,05 1117,46 532,22 1,65 6,78 -1,74 1,65 6,78 -1,74 5,40 6,78 -2,29

Evolução da inflação, salário mínimo e cesta básica

Variação (%)

Últimos 12 Meses

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Período

Índice de Base Fixa(Jul/94=100) No mês No ano

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG(2) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38

Produto Quantidade Valores(em R$)

Contribuição na variação (p.p.)

Açúcar cristal 3,00 kg 4,15 -0,06

Arroz 3,00 kg 7,30 0,03

Banana caturra 12,00 kg 27,07 -0,24

Batata inglesa 6,00 kg 12,32 -0,87

Café moído 0,60 kg 7,63 -0,02

Chã de dentro 6,00 kg 116,55 1,04

Farinha de trigo 1,50 kg 4,26 0,00

Feijão carioquinha 4,50 kg 15,59 -0,32

Leite pasteurizado 7,50 lt 16,53 -0,20

Manteiga 750,00 gr 16,70 -0,12

Óleo de soja 1,00 un 2,82 0,00

Pão francês 6,00 kg 51,76 0,08

Tomate Santa Cruz 9,00 kg 25,64 -1,07

Custo da Cesta Básica(*) – Janeiro de 2014

(*) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesago/13 461,16 0,30 4,11 6,25 643,47 0,55 5,68 9,60

set/13 463,14 0,43 4,56 6,40 646,62 0,49 6,19 9,32

out/13 464,62 0,32 4,89 6,35 649,72 0,48 6,70 8,76

nov/13 466,81 0,47 5,39 6,23 652,91 0,49 7,23 8,38

dez/13 468,30 0,32 5,72 5,72 656,56 0,56 7,83 7,83

jan/14 469,38 0,23 0,23 5,19 661,55 0,76 0,76 7,94FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Período

Evolução do Mercado Imobiliário: Aluguéis

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Comerciais

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Residenciais

Popular Médio Alto Luxo

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 519,38(15)

1007,67(9)

778,72(47)

1296,30(54)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 721,95(148)

996,31(153)

1153,72(211)

2077,67(206)

3 Quartos e 1 banheiro 868,08(52)

1013,26(46)

1253,95(75)

1634,00(25)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1241,17(77)

1378,57(133)

1647,60(275)

2448,37(439)

4 Quartos e até 2 banheiros 1285,60(7)

-(3)

2219,39(18)

3136,49(37)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

-(3)

2111,25(8)

2626,00(46)

4545,51(229)

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 456,07(19)

602,14(14)

-(3)

-

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 605,00(26)

682,22(9)

- -

1 Quartos e 1 banheiro ou mais 605,38(13)

- -(2)

-

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 822,02(54)

974,36(25)

1237,51(16)

1993,63(8)

3 Quartos e 1 banheiro 1032,90(31)

1325,00(10)

1569,60(5)

-(1)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1378,21(39)

1811,71(17)

2872,17(23)

6354,55(11)

4 Quartos e até 2 banheiros 2300,00(5)

2271,43(7)

4975,00(4)

-(1)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

2988,89(9)

4127,27(11)

5644,44(9)

8598,02(51)

Valores médios (em R$) dos aluguéis residenciais por classe de bairro(*) - Janeiro de 2014Imóveis

Barracões

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(*) O valor entre parênteses representa o número de imóveis utilizados no cálculo da respectiva média. Na maioria das vezes, somente são publicados valores médios obtidos a partir de quatro imóveis pesquisados. Os casos em que não foi pesquisado nenhum imóvel são indicados por hífen (-). Os valores médios referentes a apartamentos de 1 e 2 quartos da classe luxo são influenciados pela oferta de Flats.

Apartamentos

Casas

ICCBH(1) IEE(2) IEF(3) ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEFago/13 126,79 180,41 117,28 5,51 8,58 2,93 -8,66 -11,26 -0,80 -4,98 -8,02 3,43

set/13 118,32 160,27 114,11 -6,68 -11,16 -2,70 -14,76 -21,17 -3,48 -10,58 -16,48 0,73

out/13 120,41 161,61 116,97 1,76 0,84 2,51 -13,26 -20,51 -1,06 -11,39 -19,19 1,36

nov/13 123,30 170,12 117,11 2,40 5,27 0,12 -11,17 -16,32 -0,94 -8,51 -15,95 3,51

dez/13 120,48 159,06 118,51 -2,28 -6,50 1,20 -13,20 -21,76 0,24 -13,20 -21,76 0,24

jan/14 121,76 162,09 119,03 1,06 1,90 0,43 1,06 1,90 0,43 -7,50 -15,78 6,09(1) ICCBH: Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte: trata-se de um indicador que tem por finalidade sintetizar a opinião dos consumidores em Belo Horizonte quanto aos aspectos capazes de afetar as suas decisões de consumo atual e futuro

Período

Índice de Confiança do Consumidor

(2) IEE: Índice de Expectativa Econômica: retrata a expectativa do consumidor em relação aos indicadores macroeconômicos (3) IEF: Índice de Expectativa Financeira: retrata a confiança do consumidor a respeito de alguns indicadores microeconômicosFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Últimos 12 MesesÍndice de Base Fixa

(Maio/04=100)Variação (%)

No mês No ano

Menor Maior Diferença (%) Média

Alimentício 1,99 5,90 196,48 4,41

Automóveis Novos

Prefixada (montadoras) 0,99 2,92 194,95 1,68

Prefixada (multimarcas) 1,30 2,89 122,31 2,08

Automóveis Usados

Prefixada (montadoras) 1,36 2,92 114,71 1,92

Prefixada (multimarcas) 1,44 2,99 107,64 2,13

Cartão de Crédito 4,14 17,89 332,13 10,96

Cheque Especial (2) (8) 4,73 10,58 123,68 8,32

Combustíveis 5,38 15,71 192,01 8,32

Construção Civil (3) (7)

Imóveis Construídos 0,10 1,73 1.630,00 1,05

Imóveis na Planta 0,10 1,73 1.630,00 0,27

Cooperativas de Crédito (empréstimo) 0,40 2,90 625,00 2,02

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

CDC - Financeiro (8) 3,29 5,36 62,92 4,25

CDC - Bens Alienáveis (8) 1,41 2,01 42,55 1,64

Eletroeletrônicos 3,03 5,37 77,23 4,27

Mobiliário 1,00 5,89 489,00 3,21

Financeiras Independentes 10,32 15,70 52,13 13,50

Turismo

Nacional 0,94 1,49 58,51 1,22

Internacional 0,68 1,63 139,71 1,16

Vestuário e Calçados 1,50 6,90 360,00 3,88

Empréstimos pessoa jurídica

Desconto de Duplicatas (8) 0,99 2,75 177,78 2,12

Capital de Giro (8) 1,48 3,70 150,00 2,19

Conta Garantida (8) 1,95 4,28 119,49 2,90

Captação

CDB 30 dias (4) 0,75

Cooperativas de Crédito (aplicação) 0,71

Fundo de Investimento Curto Prazo 0,36 0,72 100,00 0,57

Fundo de Investimento Longo Prazo 0,66 0,73 10,61 0,71

Poupança (5) 0,61

Taxa SELIC (6) 0,82(1) Considera-se a média das taxas praticadas pelos informantes(2) Não são consideradas vantagens progressivas(3) Inclui a variação dos indexadores CUB, TR, INCC e IGP-M (7) Novo cálculo considerando o período dos índices que compõem a estimativa(4) Taxa ANBID do primeiro dia útil do mês e projetada para 30 dias

.. Não se aplica dados numéricos ND - não disponívelFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(8) Dados coletados a partir de informações consolidadas no Banco Central do Brasil

Taxas de Juros – Janeiro de 2014

(6) Média ponderada pela vigência

SetoresTaxas médias praticadas(1)

(5) Taxa referente ao primeiro dia do mês subsequente

Empréstimos pessoa física

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BELO HORIZONTEQuarta-feira, 19 de fevereiro de 2014 Diário Oficial do Município 23

Poder Executivo

Secretaria de Saúde estimula o parto normal na 51ª Feira do Bebê e da Gestante

Profissionais esclareceram ao público os benefícios do parto humanizado e alertaram sobre os riscos das cesarianas para a mãe e para o bebê

O Brasil é campeão mun-dial em cesarianas, com um ín-dice muito superior ao recomen-dado pela Organização Mundial

de Saúde (OMS). Esse alto índi-ce reflete uma cultura criada ao redor de uma série de mitos que perpassam o imaginário coleti-

vo e que transformou a cesaria-na em sinônimo de praticidade e ausência de dor. Ignora-se, po-rém, que a mortalidade materna

é sete vezes maior em uma ce-sariana de baixo risco, se com-parada com o parto normal, e o risco de morte neonatal é duas vezes maior. Para modificar es-sa realidade, a Secretaria Muni-cipal de Saúde (SMSA), em par-

ceria com o Movimento BH Pe-lo Parto Normal, trabalha para reduzir o número de cesarianas desnecessárias e, consequente-mente, melhorar a saúde mater-na e infantil.

Presente à 51ª Feira do Bebê e Gestante BH 2014, que aconteceu na primeira sema-na deste mês no Minascentro (avenida Augusto de Lima, 768, Centro), a SMSA montou um es-tande para orientar o público so-bre os benefícios do parto natu-ral. Os visitantes puderam escla-recer dúvidas sobre o parto hu-manizado, aleitamento materno e hospitais de referência. Além disso, acompanharam documen-tários com depoimentos sobre os benefícios do parto normal.

A fotógrafa Marina Mame-de enfrentou uma cesárea aos 19 anos ao dar à luz ao seu pri-meiro filho. Hoje, grávida no-vamente e mais informada, es-tá decidida pelo parto normal. “Quatro anos após o nascimen-to do João, sei que o meu ca-so foi de violência obstétrica. Ti-ve contrações por quatro dias e no hospital disseram que meu fi-lho estava sofrendo e que eu ti-nha que fazer cesariana naquele momento. Não permitiram a en-trada da minha mãe e tive que passar por tudo aquilo sozinha”, relembra.

Agora na segunda gesta-ção, Marina é uma mulher segu-ra, que pesquisou, se informou e sabe exatamente o que está fa-zendo: conhece seus direitos e busca aqueles que podem ajudá--la a realizar o parto que dese-ja. Ela fez questão de conhecer todas as maternidades de Belo Horizonte, apresentou seu plano de parto e acabou optando pelo Hospital Sofia Feldman, referên-cia em parto humanizado.

Dúvidas

No estande da SMSA na Feira do Bebê e do Gestante, a residente em enfermagem obstétrica Carla Lima Ribeiro foi uma das responsáveis por orientar e tirar dúvidas dos interessados. Ela disse que grande parte das mulheres que passou por ali já estava com a cesárea marcada, porque acham que parto nor-mal dói e querem saber se tem anestesia. “Nós apresentamos os benefícios, mostramos que é importante deixar o parto acontecer naturalmente e que é preciso esperar o momento certo do bebê nascer”, disse.

O amadurecimento final do bebê apenas acontece durante o trabalho de parto. Nesse tempo, ele se beneficia dos hormônios que a mulher libera durante o processo – hormônio que também é impor-tante para a recuperação da mãe, já que pode diminuir o sangramento. No caso da cesariana, uma ci-rurgia que abre sete camadas do abdômen, a dor pós-parto é muito maior, assim como os riscos de in-fecção e de complicações por anestesia. A prematuridade está associada à maior morbidade, ao aumen-to de doenças e necessidade de internação. Isso significa o afastamento da mãe do bebê e é prejudicial ao desenvolvimento da criança. A amamentação na primeira hora é fundamental para a imunidade na-tural do bebê.

Informações úteisNo caso da auxiliar administrativa Vanessa de Paula, grávida de 35 semanas, a cesárea não é uma

opção. Ela tem alergia a anestésicos e, quando perguntada sobre qual seria a sua escolha, respondeu: “Mesmo que eu não tivesse alergia, gostaria que meu parto fosse normal”. Mas, ainda assim, ao chegar, parecia bastante assustada com a falta de escolha em caso de dor, e foi informada pela residente Car-la sobre seus direitos. Vanessa foi orien-tada a fazer um plano de parto, conhe-cer as maternidades e também se infor-mar sobre a importância do apoio emo-cional durante o parto, além da autono-mia da mãe, a posição ao dar à luz, prá-ticas de exercícios e o acompanhamen-to de uma doula como forma de aliviar o nervosismo.

O Movimento BH Pelo Parto Nor-mal recebe o apoio de diversos órgãos e entidades, como o Ministério Público e o Conselho Municipal de Saúde, além da sociedade civil organizada. Mais infor-mações sobre o movimento podem ser obtidas pelo site www.pbh.gov.br/smsa/bhpelopartonormal.

Estande da Secretaria de Saúde no Minascentro serviu para que gestantes e demais interessados se informassem sobre os benefícios do parto natural

Marina Jordá

SMSA

SMSA

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BELO HORIZONTEQuarta-feira, 19 de fevereiro de 2014Diário Oficial do Município24

Poder Executivo

Idealizador do BRT reconhece a qualidade do projeto implantado em Belo Horizonte e defende a priorização do transporte de superfície

Saiba mais sobre o BRTTarifas e economia no BRT MoveCom o BRT Move, o passageiro tem mais opções para

ir de um ponto a outro em sua região ou andar pela cidade. Além de gastar menos tempo, há a possibilidade de economi-zar dinheiro.

Para chegar a uma estação de integração, você pode pe-gar uma linha alimentadora (que liga o bairro à estação de in-tegração) no seu bairro. A tarifa é R$ 1,90. Se você vai de um bairro a outro da sua região, você pode pegar a linha alimenta-dora que passa perto da sua casa e ir à estação de integração. Lá, você embarca na linha alimentadora do bairro aonde quer ir. E não paga nada a mais por isso.

No caminho de volta, quando você embarca primeiro em uma linha do BRT Move, você paga R$ 2,65 na estação de transferência. Na estação de integração, você pode pegar sua li-nha alimentadora para o bairro sem pagar nada a mais.

Se você for a uma estação do BRT Move utilizando ape-nas uma das linhas troncais (a troncal direta liga as estações de integração ao Centro, sem paradas, e a paradora sai das esta-ções de integração e faz paradas nas estações de transferência ao longo dos corredores), você paga a tarifa de R$ 2,65. Se vo-cê desembarcar de uma linha do BRT Move dentro de uma es-tação de transferência, pode pegar outra linha do BRT Move e não vai pagar nada a mais pela utilização da segunda linha.

Se a linha diametral (ela interliga bairros diferentes e tem parte do seu itinerário circulando pelos corredores BRT) que você utiliza agora faz parte do BRT Move e passa por uma es-tação de transferência, o valor total da tarifa continuará a ser R$ 2,65.

*Valores vigentes em dezembro de 2013.

O arquiteto e urbanista Jaime Lerner é o responsável por uma das grandes inovações no transporte público desde a implantação do primeiro metrô do mundo, em Londres, ainda no século 19. Quando era pre-feito de Curitiba-PR, concebeu e colocou para funcionar o sis-tema de transporte por ônibus articulados em corredores ex-clusivos, que entrou em opera-ção em 1974. Conhecido por BRT, o modelo é adotado com sucesso em outras cidades bra-sileiras e em diversos países.

Durante o 3º Congresso da Associação Latino-Ameri-cana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT), realizado no ano passado em Belo Horizonte, Lerner defendeu que o proble-ma da mobilidade urbana deve ser enfrentado em várias fren-tes. “É possível dar ao ônibus a mesma performance do me-trô. Temos que aproveitar as li-nhas de metrô e ganhar quali-dade nas operações de superfí-cie”, afirmou.

Na última semana, em entrevista à rádio Band News, Jaime Lerner falou sobre a im-plantação do BRT em Belo Ho-rizonte. Leia, a seguir, os princi-pais trechos da entrevista.

Pergunta: O senhor foi ouvido por Belo Horizonte, pelo órgão público responsá-vel pela coordenação do pro-jeto do BRT, já que o senhor acertou e errou antes de to-dos, no que diz respeito ao BRT?

Lerner: O mérito todo é da própria equipe de Belo Ho-rizonte. Acho que é um mo-mento importante para a ci-dade quando se começa a dar uma resposta para problemas na mobilidade e, principal-mente, por não aguardar, co-mo outras cidades vêm fazen-do, por 30 anos, por uma li-nha de metrô, quando podem entregar uma melhoria signi-ficativa no transporte públi-co em dois ou três anos. Acho que vai ser muito positivo para Belo Horizonte e não deve fi-car por aí, porque o mais im-portante da operação do BRT é criar uma rede de transporte. Mas já é um excelente come-ço. E, a partir desse momen-to, eu acho que outras cida-des brasileiras também devem acordar. O Rio começou... O fundamental é garantir a con-tinuidade da linha, possibilitar integrações, dar condição de se criar uma rede de transporte. E

é isso que está sendo iniciado em Belo Horizonte.

Em Curitiba esse siste-ma foi implementado na dé-cada de 1970. Ainda hoje ele é suficiente para atender a demanda da cidade, que também cresceu nos últimos anos?

Eu acho que ainda hoje o sistema pode ser melhorado. Começou a operar em 1974 e Curitiba foi a primeira cida-de do mundo a adotá-lo. Ho-je são mais de 200 cidades no mundo inteiro, inclusive Bogo-

tá, Cidade do México, Seul, Is-tambul, Rio de Janeiro e várias cidades dos Estados Unidos, da Europa e da China. A rea-lidade hoje mostra que o futu-ro está na superfície. Curitiba inovou, criou uma rede e um sistema que hoje transporta 2 milhões e 800 mil passageiros por dia. Para se ter uma ideia, o metrô de Londres transporta 3 milhões. Ou seja, é quase o número de passageiros de Lon-

“O futuro está na superfície. Temos que dar à superfície, ao

ônibus, a mesma performance

do metrô. Esse é um caminho

positivo, fácil e viável, que pode

dar uma resposta boa em relação à

mobilidade”.

“É melhor se o BRT puder ser

utilizado durante a Copa, mas não é isso que justifica

a execução do sistema de transporte. A

cidade tem que ser melhor para os seus habitantes no dia a dia, inclusive

na Copa”.

dres, só que é um sistema com-pleto e Londres é uma cidade muito maior, que tem o metrô há 150 anos. Eu não sou contra o metrô, mas acho que vai ser muito difícil criar redes com-pletas de metrô. Então, nós va-mos ter que conviver com a su-perfície e o futuro está na su-perfície. Agora, nós temos que dar à superfície, ao ônibus, a mesma performance do metrô, ou seja, “metronizar” o ônibus e esse é um caminho positi-vo, fácil e viável, que pode dar uma resposta boa em relação à mobilidade.

Lerner, de acordo com a BHTrans, o funcionamento completo do BRT de Belo Ho-rizonte está previsto para cer-ca de um mês antes da Co-pa. Você acredita que é tem-po suficiente para receber os turistas que nós teremos com os jogos da Copa do Mundo? Dá para operar bem até lá?

Eu acho que o raciocínio em termos de Copa é comple-tamente furado. É melhor se puder ser utilizado durante a Copa, mas não é isso que jus-tifica a execução do sistema de transporte. A cidade tem que ser melhor para os seus habi-tantes no dia a dia, inclusive na Copa.

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