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CIRCULA EM TODOS OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO ESTADO www.iof.mg.gov.br BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2015 ANO 123 - Nº 143 Pratique cidadania. Economize água e ener gia. MINAS GERAIS JUDICIÁRIO EXECUTIVO LEGISLATIVO Vale do Aço define prioridades de ação para o Governo do Estado A segunda etapa do Fórum Regional de Governo no Território Vale do Aço, realizada em Ipatinga, no sábado (1º), contou com 423 participantes, com destacada presença de pessoas com necessidades especiais. Foram definidas prioridades para intervenções do Estado em diversas áreas. Para a agricultura familiar, foi solicitado incentivo à produção, beneficiamento, comercialização e logística. Na Educação, implantação de instituições federais e, na Saúde, criação de rede de urgência e emergência. (Página 3) Plenária com grande participação também elegeu comitê que irá acompanhar a efetivação das demandas MICHELLE AGUIAR / SEPLAG Pela primeira vez, um governo estadual irá assegurar a execução e gestão, de forma compartilhada com os municípios, dos serviços de Proteção Social Especial (PSE). O Governo de Minas Gerais e a União vão investir cerca de R$ 14 milhões, até 2017, para a implantação e manutenção de Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e no acolhimento de crianças, adolescentes, adultos e famílias em situação de risco pessoal ou social. (Página 3) Minas Gerais e União vão aplicar R$ 14 milhões em Proteção Social Especial DESENVOLVIMENTO SOCIAL Assembleia Legislativa (ALMG) retomou ontem os trabalhos, após 14 dias de recesso parlamentar. Na sessão de hoje, deverá ser lida mensagem do governador encaminhando projeto de lei que trata do parcelamento, em até 120 prestações, de dívidas com o Estado, de empresas em processo de recuperação judicial. Neste semestre, a Assembleia manterá a realização e participação em eventos que aproximam a instituição da sociedade. São exemplos o seminário Águas de Minas III e a 12ª edição do Parlamento Jovem. (Página 2) ALMG retoma atividades recebendo projeto de lei do Executivo Criação do projeto Execução Fiscal Eficiente e do grupo de estudos Agilização da Execução de Sentença. Essas são duas iniciativas do Tribunal de Justiça (TJMG) para impulsionar a tramitação de ações dessa natureza. Em abril, o Tribunal alcançou 99,52% das metas fixadas para a área. O congestionamento dos processos de execução fiscal e cível registrou queda na Justiça Comum de Primeiro Grau e nos Juizados Especiais. (Página 4) Iniciativas do TJMG reduzem estoques de ações de execução

DOMG-noticiario-2015-08-04

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CIRCULA EM TODOS OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO ESTADO

www.iof.mg.gov.br

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2015ANO 123 - Nº 143

Pratique cidadania. Economize água e energia.

MINAS GERAISJU

DIC

IÁR

IO

EXECUTIVO

LEGISLATIVO

Vale do Aço define prioridades de ação para o Governo do Estado

A segunda etapa do Fórum Regional de Governo no Território Vale do Aço, realizada em Ipatinga, no sábado (1º), contou com 423 participantes, com destacada presença de pessoas com necessidades especiais. Foram definidas prioridades para intervenções do Estado em diversas áreas. Para a agricultura familiar, foi solicitado incentivo à produção, beneficiamento, comercialização e logística. Na Educação, implantação de instituições federais e, na Saúde, criação de rede de urgência e emergência. (Página 3)Plenária com grande participação também elegeu comitê que irá acompanhar a efetivação das demandas

MICHELLE AGUIAR / SEPLAG

Pela primeira vez, um governo estadual irá assegurar a execução e gestão, de forma compartilhada com os municípios, dos serviços de Proteção Social Especial (PSE). O Governo de Minas Gerais e a União vão investir cerca de R$ 14 milhões, até 2017, para a implantação e manutenção de Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e no acolhimento de crianças, adolescentes, adultos e famílias em situação de risco pessoal ou social. (Página 3)

Minas Gerais e União vão aplicar R$ 14 milhões em Proteção Social Especial

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Assembleia Legislativa (ALMG) retomou ontem os trabalhos, após 14 dias de recesso parlamentar. Na sessão de hoje, deverá ser lida mensagem do governador encaminhando projeto de lei que trata do parcelamento, em até 120 prestações, de dívidas com o Estado, de

empresas em processo de recuperação judicial. Neste semestre, a Assembleia manterá a realização e participação em eventos que aproximam a instituição da sociedade. São exemplos o seminário Águas de Minas III e a 12ª edição do Parlamento Jovem. (Página 2)

ALMG retoma atividades recebendo projeto de lei do ExecutivoCriação do projeto Execução Fiscal

Eficiente e do grupo de estudos Agilização da Execução de Sentença. Essas são duas iniciativas do Tribunal de Justiça (TJMG) para impulsionar a tramitação de ações dessa natureza. Em abril, o Tribunal alcançou 99,52% das metas fixadas para a área. O congestionamento dos processos de execução fiscal e cível registrou queda na Justiça Comum de Primeiro Grau e nos Juizados Especiais. (Página 4)

Iniciativas do TJMG reduzem estoques de ações de execução

MINAS GERAIS TERÇA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2015 - 2LEGISLATIVO

Telefone Geral: (31) 3237-3400 • Redação: (31) 3237-3453/3464 • FAX: (31) 3237-3501 • E-MAIL: [email protected] • DISPONÍVEL NA INTERNET NO ENDEREÇO: www.iof.mg.gov.br

DEPUTADO ADALCLEVER LOPES

MARCO ANTÔNIO REZENDE TEIXEIRA

PODERES DO ESTADOExecutivo

GOVERNADOR FERNANDO PIMENTELLegislativo

DEPUTADO ADALCLEVER LOPESJudiciário

DESEMBARGADOR PEDRO C. BITENCOURT MARCONDES

Secretário de Estado de Casa Civile de Relações Institucionais

MARCO ANTÔNIO REZENDE TEIXEIRA

Diretor-Geral da Imprensa OficialEUGÊNIO FERRAZ

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DA ASSEMBLEIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

qMensagem com proposta de parcelamento de dívidas com o Estado deve ser lida na primeira reunião do Plenário

Eventos consolidarão iniciativa da ALMG de ampliar a aproximação

com a sociedade

Assembleia avaliará projeto do governador

Após 14 dias de recesso, a Assembleia Le-gislativa (ALMG) retomou os trabalhos

parlamentares ontem. Na primeira reunião do semestre do Plenário, hoje às 14 horas, deve-rá ser lida mensagem do governador encami-nhando projeto de lei que trata sobre parcela-mento de dívidas tributárias e não tributárias com o Estado, de empresas em processo de recuperação judicial.

A proposição prevê o parcelamento das dívidas em até 120 prestações, para empresas de micro ou pequeno portes, participantes do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacio-nal). As parcelas sofrerão aumentos gradati-vos: da 1ª à 12ª prestação, de 0,3%; da 13ª à 24ª, de 0,4%; da 25ª à 36ª, de 0,6%; da 37ª à 119ª, de 1%. A última prestação terá o valor do saldo remanescente.

Para as demais empresas que não parti-cipam do Simples Nacional, o parcelamento será em até 100 prestações, com índices que variam de 0,3% a 1,3%. Nesses casos, tam-bém incidirão sobre as parcelas, juros mora-tórios equivalentes à taxa Selic.

Mesmo durante o recesso, foram mantidas algumas atividades na ALMG. Deputados partici-param dos encontros na segunda etapa dos Fóruns Regionais de Governo – reuniões no interior do Es-tado para levantar as principais demandas de cada um dos 17 territórios de desenvolvimento, defini-dos pelo Estado na primeira rodada do evento. A Comissão de Participação Popular e deputados, individualmente, participaram, em julho, de reuni-ões em Montes Claros (11), Almenara (15), Teófilo Otoni (18) e Passos (25).

No sábado passado foi realizado um encon-tro em Ipatinga (Vale do Aço). Até setembro estão previstas reuniões em Juiz de Fora, Pouso Alegre, São João del-Rei, Divinópolis, Governador Valada-res, Uberaba, Uberlândia, Patos de Minas, Curvelo

e Belo Horizonte. O compromisso do Executivo é avaliar as propostas levantadas para definir polí-ticas que integrarão o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), o Plano Mineiro de Desen-volvimento Integrado (PMDI) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Neste segundo semestre, serão realizados outros eventos que consolidam a iniciativa da ALMG de ampliar a aproximação com a socie-dade e estimular a participação do cidadão em assuntos de seu interesse.

Na primeira semana de retorno aos trabalhos, estão previstos dois encontros regionais do seminá-rio legislativo Águas de Minas III - Desafios da Crise Hídrica e a Construção da Sustentabilidade. Hoje, a reunião será em Ubá (Zona da Mata) e na próxima

quinta-feira, em Poços de Caldas (Sul de Minas).Durante os encontros regionais são apresen-

tados dados sobre os recursos hídricos em cada região e debatidas proposições para melhoria da si-tuação, que serão levadas para a plenária final, a ser realizada em Belo Horizonte, entre 29 de setembro e 2 de outubro. O seminário já esteve em Montes Claros (Norte de Minas), Divinópolis (Centro-oeste) e Governador Valadares (Rio Doce). Estão previstos, ainda, encontros regionais em Belo Horizonte, Ara-çuaí (Jequitinhonha/Mucuri), Paracatu (Noroeste) e Uberlândia (Triângulo Mineiro).

AÇÃO SOCIAL – Amanhã será realizado o de-bate público Qualifica Suas: como utilizar os saldos em conta da assistência social nos municípios?, no

plenário, a partir das 9 horas. Durante o evento, realizado pela Comissão do Trabalho, da Previdên-cia e da Ação Social, será lançado o programa do Governo do Estado, que tem por objetivo apoiar os municípios na gestão financeira desses recursos repassados pela União.

De agosto a outubro, serão realizadas as con-ferências municipais, regionais e estadual de as-sistência social. Nesses encontros, são avaliadas políticas públicas na área e elaboradas propostas para o aperfeiçoamento do sistema em cada es-fera de governo. A etapa regional, com caráter deliberativo, ocorre pela primeira vez este ano. Com o tema Consolidar o SUAS de vez rumo a 2026, será realizada de 26 a 29 de outubro, no Minascentro, em Belo Horizonte.

Semestre será marcado por aproximação com o cidadão

Em sua 12ª versão, o Parlamento Jovem de Minas 2015 tem como tema Segurança pública e direitos humanos. O projeto de edu-cação para a cidadania é realizado pela Assem-bleia Legislativa em parceria com a PUC Minas e as câmaras municipais.

Com o objetivo de estimular a formação política de estudantes dos ensinos Médio e Superior, já estão sendo realizadas as plenárias municipais. Elas acontecem nas 38 cidades par-ticipantes do projeto, que se dividem em oito polos regionais. A plenária final, com a conclu-são das propostas e a entrega do documento final à Comissão de Participação Popular, será em Belo Horizonte, entre 21 e 23 de outubro.

Outro evento previsto para esse se-mestre é o ciclo de debates Judicialização da Saúde, que será realizado nos dias 14 e 15 de setembro. O objetivo é discutir o aumento de processos judiciais para assegurar o acesso de cidadãos a medicamentos e serviços médicos ainda não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os temas, serão avaliados os impactos desses processos para os municípios e os caminhos para a redução da judicialização.

Jovens debatem sugestões para

segurança pública

Ainda no recesso, deputados acompanharam, em reuniões no interior, segunda etapa dos Fóruns Regionais de Governo

GUILHERME DARDANHAN

MINAS GERAIS TERÇA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2015 - 3GERAL

Economizar água e energia. Isto é cidadania.

qInvestimentos em acessibilidade e apoio à agricultura familiar estão entre as reivindicações apresentadas pela sociedade em Ipatinga

É uma semente que estamos plantando, para

mudar a cultura em relação aos portadores de

necessidades especiais

Vale do Aço define suas prioridades na segunda etapa do Fórum Regional de Governo

A segunda etapa do Fórum Regional de Gover-no no Território Vale do Aço, realizada em Ipa-

tinga, no último sábado (1º), foi marcada pela presença maciça de portadores de necessidades especiais dentre os 423 participantes.

Já na abertura, o time de paratletas do bas-quete entrou no auditório sob aplausos calorosos. Eustáquio José de Oliveira, que participou do grupo temático da Infraestrutura, era um deles e defen-deu a inclusão de melhores condições de acessibi-lidade no relatório final do fórum.

“É uma semente que estamos plantando, para mudar a cultura em relação a todas as pesso-as que possuem alguma deficiência ou mobilidade reduzida”, explica Eustáquio, que é conselheiro estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

A mobilização garantiu que na priorização dos problemas, feita pelo seu grupo, constasse des-tinar parte da receita do Estado para pequenas obras de acessibilidade nas edificações públi-cas e auxílio aos municípios, para aplicação da

lei em todos os prédios de uso coletivo.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - O movimento agrário também estava bem represen-tado e levou como demanda principal o fortaleci-mento da agricultura familiar, considerando tanto a produção e beneficiamento, como a comercializa-ção e logística.

No eixo Desenvolvimento Produtivo e Inova-ção Tecnológica, os integrantes do grupo conside-raram essencial a criação de centros de distribuição no território, linhas de financiamento pelo BDMG e incentivos fiscais que permitam o incremento da cadeia produtiva.

MULHERES - Na área Proteção Social, foi eleita como prioridade a construção de uma insti-tuição de acolhimento para as mulheres vítimas de violência e de centros de proteção com equipe multidisciplinar para atendimento às mulheres.

Na Saúde, a maior reivindicação é a implanta-ção da Rede de Urgência e Emergência da Região Metropolitana do Vale do Aço e redese-nho da assistência hospitalar. Também foi pedi-da a separação da Região Ampliada de Saúde Leste em outras duas: Metropolitana dos vales do Aço e do Rio Doce, o que irá favorecer a iden-tidade regional, planejamento das ações e a quali-ficação dos serviços.

Os integrantes do grupo que debateram a Educação apontaram, como uma das princi-pais necessidades, a implantação do instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia, a criação de escolas agrícolas e cursos de exten-são da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), na região.

Para melhorar a Segurança Pública, os mora-dores do Território solicitaram a construção de um Centro Socioeducativo definitivo da Região Metro-politana do Vale do Aço. Também foi sugerida a instalação de Olho Vivo em Caratinga, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.

Após a apresentação das prioridades na ple-nária final, o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão do Governo do Estado, Wieland Silbersch-neider, anunciou os nomes dos escolhidos para compor o Comitê de Planejamento Territorial (Complete) do Vale do Aço, que irá acompanhar as demandas identificadas e os projetos e recursos necessários para sua implantação.

O Governo de Minas Gerais e a União vão investir cerca de R$ 14 milhões, até 2017, no Plano de Regionalização da Proteção Social Especial. Os recursos vão ser aplicados na implantação e manutenção dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e no acolhimento de crianças, adoles-centes, adultos e famílias. A contrapartida míni-ma do Estado é de 50% do valor total.

Essa é a primeira vez que um governo estadual assegura a execução e a gestão, de forma compartilhada com os municípios, dos serviços de Proteção Social Especial (PSE). O desenho da regionalização levou em conta a divisão do Estado em 17 Territórios de Desen-volvimento. Em todos eles haverá a oferta de serviços da PSE.

Está previsto o funcionamento de 11 Creas no Estado. Duas novas unidades vão ser implan-tadas com recursos unicamente do Estado, sete por meio do cofinanciamento federal e estadual e outras duas serão reordenadas e permane-cem como regionais. Também estão previstas quatro novas unidades de Creas municipais, com recursos dos governos federal e estadual.

O plano sugere a instalação, ou reordena-mento, dos Creas em Peçanha, no Território de Desenvolvimento Vale do Rio Doce; Almenara, Médio e Baixo Jequitinhonha; Águas Formosas, Mucuri; Diamantina, Alto Jequitinhonha; Januária, Norte; Caratinga, Vale do Aço; Barbacena, Vertentes; Ponte Nova, Capa-raó; Mora Nova de Minas, Central; Gua-

Plano de Regionalização da Proteção Social Especial prevê investimento de R$ 14 milhões

nhães, Metropolitano e Piumhi, Sudoeste.Uma inovação é que os Creas, além de execu-

tarem os serviços que lhe são próprios, entre eles o de acompanhamento de indivíduos e famílias para um conjunto de municípios, assumirão um papel de articulação na região e interlocução entre

os serviços de média e alta complexidade. É impor-tante ressaltar que a população daqueles municí-pios que já possuem Creas continuará a ser atendi-da pela unidade existente na cidade.

Em Paineiras, Território de Desenvolvimento Central; Monte Alegre de Minas e Canápolis, Triân-

gulo Norte; e Padre Paraíso, Médio e Baixo Jequi-tinhonha, serão implantados os Centros de Refe-rência em Assistência Social municipais (Cras).

Quanto à regionalização dos serviços de Alta Complexidade, a proposta é criar o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, com 80 vagas regionais para crianças e adolescentes, e cofinanciamento federal e estadual.

A Alta Complexidade inclui, ainda, o serviço de acolhimento para adultos e famílias (migran-tes). Para atender a esse público, vão ser implan-tadas Casas de Passagem, em especial na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

CRITÉRIOS - As definições de municípios que sediarão os Creas e que receberão equipe de referência de Alta Complexidade nem sempre são coincidentes e levaram em conta a existência de rede de proteção, ou seja, Fórum, Promotoria de Justiça, Delegacia de Polícia, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Assistência Social e conse-lhos municipais de direitos.

O indicador de vulnerabilidade socioeconô-mico nas faixas muita alta, alta e média foi deter-minante na seleção dos municípios. As cida-des-sede precisam ainda contar com serviços de saúde, educação e assistência social, além da oferta de instituições de ensino e pesqui-sa, oferta de mão de obra qualificada, estru-tura de transporte e facilidade de deslocamen-to entre o município-sede do serviço e os municí-pios abrangidos.

Diamantina, no Alto do Jequitinhonha, é um dos municípios a ser contemplados com unidade Creas

MARCO EVANGELISTA

MINAS GERAIS TERÇA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2015 - 4JUSTIÇA

Cidadania é economizar água e energia.PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

qIniciativas visam cumprir planejamento estratégico 2015 do TJMG

Com relação aos municípios, mais de 20 deles já aderiram

ao projeto

Tribunal aprimora execução fiscal e cível

A juíza auxiliar da Presidência do TJMG, Lílian Maciel, é a gestora do grupo de estudos Agiliza-ção da Execução de Sentença. Um dos resultados da iniciativa foi a publicação da Resolução 791, de 23 de abril de 2015, que alterou a competência da 13ª e da 24ª Varas Cíveis de Belo Horizonte, tor-nando-as especializadas em execução de títulos extrajudiciais. Essas duas varas centralizam, desde então, as novas ações de execução desses títu-los – nota promissória, duplicata, cheque, contratos garantidos por hipoteca, penhor, bens como os de seguro de vida, escritura pública, crédito comprovado em documento, entre outros, e as ações ligadas a elas.

CENTRAL - Outra importante iniciativa de impulso às execuções cíveis foi a aprovação pelo Órgão Especial, em 22 de julho último, da Central de Cumprimento de Sentença (Centra-se) na comarca de Belo Horizonte. O objetivo da central será retirar dos juízes da Capital a prática de atos processuais posteriores ao trânsito em julgado das sentenças, de modo a atenuar o impacto do elevado número de processos em trâmite, sobretudo nas varas cíveis. Na Centrase, todos os processos irão tramitar virtualmente por meio do Processo Judicial eletrônico (PJe).

Para Lílian Maciel, “a Centrase é um pro-

jeto-piloto inovador em que se objetiva que a central fique especializada e otimize a fase do cumprimento de sentença (execução). O juízo onde se formou o título passa a focar na rapi-dez da fase anterior, no caso, do conheci-mento, onde se diz a quem cabe o direito. Ou seja: ganha o jurisdicionado, pois terá as duas fases do processo (conhecimento e cognição) por conta de juízes e servidores especializados em cada uma delas”.

A Centrase está vinculada à atual estrutura do Centro de Apoio Jurisdicional (CAJ) da Capi-tal, ligado à Direção do Foro de Belo Horizon-te, e irá atuar, em regime de cooperação, com

as varas da comarca de Belo Horizonte, exceto as criminais e a de Execuções Penais. A criação da Centrase atende também ao plano de ação proposto pela Direção do Foro de Belo Horizonte, a partir de orientações da Correge-doria-Geral de Justiça.

Para o juiz diretor do foro de Belo Hori-zonte, Cássio Fontenelle, a vantagem é que a Centrase permite “concentrar em uma única estrutura todas as fases de cumprimento de sentença, otimizando os recursos e desafo-gando as secretarias”. Ele afirma que a expec-tativa é “imprimir celeridade e dar efetividade a esta importante fase processual”.

Centrase concentra todas as fazes de cumprimento da sentença

O projeto Execução Fiscal Eficiente e o grupo de estudos Agilização da Execução de Sentença

são duas iniciativas em andamento no Tribunal de Justiça (TJMG) que, juntas, estão dando grande impulso às execuções fiscais e cíveis, um dos macro-desafios do Planejamento Estratégico da Casa para 2015. O resultado é que, ainda em abril deste ano, 99,52% de uma das metas fixadas no macrodesafio 6, que trata do tema, já estava cumprida, e outra foi ultrapassada, atingindo o índice de mais de 100% de cumprimento.

Reduzir para 86% a taxa de congestiona-mento dos processos relativos às ações de exe-cução fiscal municipal e reduzir, na mesma pro-porção, a dos processos relativos às ações de execução cível foram as duas metas fixadas dentro do macrodesafio. Para alcançá-lo, foram criadas as duas iniciativas mencionadas, o pro-jeto Execução Fiscal Eficiente e o grupo de estu-dos Agilização da Execução de Sentença.

ÍNDICES DE QUEDAS - No caso da Justiça Comum de Primeiro Grau, a taxa de congestiona-mento dos processos relativos às ações de execu-ção cível caiu para 84% – redução de 2% a mais, em relação à meta fixada. Nos Juizados Especiais Cíveis, a redução foi ainda maior: caiu para 55%,

ainda em abril deste ano. Por isso, a porcentagem de cumprimento da meta foi de 102,29% (Justiça Comum) e 135,86% (Juizados Especiais). No caso

da redução da taxa de congestionamento das ações de execução fiscal, a porcentagem de cum-primento da meta foi de 99,52% até os quatro pri-

meiros meses de 2015.O projeto Execução Fiscal Eficiente, gerido

pelo juiz auxiliar da 3ª Vice-Presidência, Carlos Donizetti, busca reduzir as ações de execução fiscal de pequeno valor, ajuizadas pelo Estado e pelos municípios, propondo formas alternativas de cobrança, como o protesto extrajudicial. “Minas Gerais aderiu integralmente a todos os rumos do projeto. A prova maior é a edição de novo decreto que aumenta os valores de extinção daqueles executivos fiscais já existentes e faculta o não ajuizamento de outros. Com rela-ção aos municípios, mais de 20 deles já aderiram ao projeto”, explica o magistrado.

De acordo com o gestor, a iniciativa tem privilegiado os municípios que têm um grande acervo processual de execuções fis-cais, como é o caso de Uberlândia, Juiz de Fora e Belo Horizonte.

COBRANÇA - No caso de Juiz de Fora, por exemplo, o decreto da Prefeitura, graças à adesão do município ao projeto, garante a possibilidade de utilizar o protesto extrajudicial como meio de cobrança de créditos tributários e não tributários, inscritos em dívida ativa, para valores iguais ou inferiores a R$ 10 mil. Até então, as cobranças eram realizadas através de ações judiciais.

A comarca de Juiz de Fora possui o terceiro maior número de ações de execução fiscal do Esta-do – em agosto de 2014 tramitavam mais de 57 mil processos dessa natureza. A expectativa é que com o decreto, assinado em junho, haja uma diminui-ção significativa da quantidade de ações.

O Tribunal de Contas do Estado é parceiro do TJMG no projeto Execução Fiscal Eficiente. Os encontros técnicos regionais promovidos por aquele órgão em cidades-polo do interior, dirigidos a prefeitos, vereadores e procuradores municipais, incluem na programação uma palestra do Tribunal de Justiça para divulgar o projeto.

Diminuição da taxa de congestionamento dos processos de execução é o objetivo dos projetos e ações implantados

RENATA CALDEIRA