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Domínio: Sistema Urbano e Organização do Território
Relatório Final
Coordenação sectorial Teresa Sá Marques
Data Janeiro de 2008
Sistema Urbano e Organização do Território 2/70
Índice
1. Diagnóstico preliminar ................................................................................. 4 1.1. Reabilitação sócio-urbanística ................................................................. 4 1.1.1. Degradação do edificado ................................................................. 4 1.1.2. Periferias urbanas desqualificadas .................................................... 6 1.1.3. Habitação e condições sociais .......................................................... 7 1.1.4. Níveis de ocupação da habitação.................................................... 11 1.1.5. Conclusão..................................................................................... 13
1.2. Funcionalidades Urbanas...................................................................... 13 1.2.1. Equipamentos e Serviços de Saúde................................................. 14 1.2.2. Equipamentos e serviços de educação e formação ........................... 16 1.2.3. Equipamentos e serviços de apoio social ......................................... 19 1.2.4. Equipamentos e serviços de cultura ................................................ 21 1.2.5. Equipamentos e serviços de desporto e e lazer ................................ 23 1.2.6. Equipamentos e serviços do conhecimento...................................... 25 1.2.7. Comércio e serviços ...................................................................... 28 1.2.8. Serviços públicos e administrativos ................................................. 28
1.3. Especializações e Redes ....................................................................... 30 1.3.1. As Apostas de Especialização ......................................................... 30 1.3.2. Parcerias, projectos e capacidade de cooperação............................. 35 1.3.3. Eixos urbanos e respectivas especializações .................................... 37 1.3.4. Domínios de Inserção em Redes e Principais Factores de Cooperação Intermunicipal ........................................................................................... 38 1.3.5. Conclusões em termos funcionais ................................................... 39 1.3.6. Redes de governança .................................................................... 40
2. Visão Estratégica e Modelo Territorial .......................................................... 44 3. Normas..................................................................................................... 56 3.1. Normas Orientadoras e Operacionais..................................................... 56 3.1.1. Princípios gerais............................................................................ 56 3.1.2. Sistema Urbano ............................................................................ 57 3.1.3. Funções Urbanas: Habitação, Comércio e Serviços........................... 61
3.2. Normas Territoriais .............................................................................. 68
Sistema Urbano e Organização do Território 3/70
Figura 1 - Edifícios degradados, por concelhos, em 2001 (%) .............................................. 4 Figura 2 - Alojamentos familiares clássicos de residência habitual sem banho ou duche, por concelhos, em 2001 .......................................................................................................... 8 Figura 3 - Alojamentos não clássicos, por concelho, em 2001, %......................................... 8 Figura 4 - Alojamentos familiares clássicos de residência habitual em bairros sociais, por concelhos, em 2001 (%) ................................................................................................... 9 Figura 5 - Alojamentos familiares clássicos sobrelotados, por concelho em 2001 (%) .......... 12 Figura 6 - Alojamentos familiares clássicos vagos, por concelhos em 2001 (%)................... 12 Figura 7 – Oferta de Equipamentos e Serviços de Saúde ................................................... 14 Figura 8 – Acessibilidade da Região Centro aos Hospitais Gerais ........................................ 16 Figura 9 – Oferta de Equipamentos e Serviços de Educação e Formação ............................ 17 Figura 10 – Acessibilidade da Região Centro às escolas secundárias................................... 18 Figura 11 - Oferta de Equipamentos e Serviços de Apoio Social ......................................... 20 Figura 12 – Acessibilidade da Região Centro às creches..................................................... 21 Figura 13 - Oferta de Equipamentos e Serviços de Cultura................................................. 22 Figura 14 – Oferta de equipamentos e Serviços Desportivos .............................................. 23 Figura 15 – Acessibilidade da Região Centro ás Piscinas Cobertas ...................................... 25 Figura 16 - Oferta de equipamentos e Serviços do Conhecimento ...................................... 26 Figura 17 – Acessibilidade da Região centro ao Ensino Superior Público Universitário .......... 27 Figura 18 – Oferta de Comércio e Serviços ...................................................................... 28 Figura 19 – Oferta de Serviços Públicos e Administrativos.................................................. 29 Figura 20 – Acessibilidade da Região centro aos Tribunais ................................................. 30 Figura 21 – Fluxos residência-trabalho, na Região Centro, 2001......................................... 40 Gráfico 1 -Diagnóstico às Áreas Centrais............................................................................. 5 Gráfico 2 - Diagnóstico das Áreas Históricas Degradadas ..................................................... 6 Gráfico 3– Periferias Urbanas Desqualificadas ..................................................................... 6 Gráfico 4 – Bairros Sociais ............................................................................................... 10 Gráfico 5 – Avaliação dos Bairros Sociais .......................................................................... 10 Gráfico 6 – Bairros Críticos............................................................................................... 11 Gráfico 7 – Caracterização da Oferta de Equipamentos de Saúde ....................................... 14 Gráfico 8 – População por classes de acessibilidades aos hospitais da Região centro ........... 15 Gráfico 9 - Caracterização da Oferta de Equipamentos de Ensino ....................................... 17 Gráfico 10 – População por classes de acessibilidade às escolas secundárias ...................... 18 Gráfico 11 – Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Segurança Social ...... 20 Gráfico 12 - Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Cultura ..................... 23 Gráfico 13 - Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Desporto e Lazer ...... 24 Gráfico 14 – População por classes de acessibilidade aos estabelecimentos de Ensino Superior Público Universitário na Região Centro ............................................................................. 27 Gráfico 15 – População por classes de acessibilidade aos Tribunais da Região centro .......... 29 Esquema 1 - Estrutura de referências urbanas a nível regional........................................... 41
Sistema Urbano e Organização do Território 4/70
1. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR
Este capítulo organiza-se em três partes. A primeira parte pretende fazer uma avaliação das
necessidades de intervenção em matéria de reabilitação sócio-urbanística, um dos três
vectores em que se organiza a actual política de cidades em Portugal. A segundo parte, faz
uma análise da oferta de equipamentos e serviços e das condições de acessibilidade aos
mesmos, de forma a avaliar os níveis de coesão territorial e a emergência de especializações
urbanas. A terceira parte pretende sistematizar a percepção local em matéria de
especializações e estratégias inter-urbanas.
1.1. REABILITAÇÃO SÓCIO-URBANÍSTICA 1
1.1.1. DEGRADAÇÃO DO EDIFICADO
Figura 1 - Edifícios degradados, por concelhos, em 2001 (%)
Fonte: INE; Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001
1 Esta análise baseia-se nas respostas a um inquérito realizado às Câmaras Municipais e em informação estatística disponível. Relativamente aos inquéritos, é necessário salientar que até à data apenas responderam cinquenta, dos setenta e sete municípios da Região Centro, pelo que, apesar de se poder considerar uma amostra representativa, não corresponde à totalidade a região.
Total de Edificios,no concelho, em 2001 (Nº)
%
FONTE: INE, Censos 2001Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
0 20 Km
Continente=18.6%
40000
1000020000
26.3 - 36.520.9 - 26.316.7 - 20.911.6 - 16.76.4 - 11.6
Sistema Urbano e Organização do Território 5/70
• O estado de degradação do parque habitacional da Região não é muito significativo
no contexto Nacional, pois apenas 17 concelhos apresentam um parque mais degradado que
o nível médio do Continente. Os municípios que apresentam mais problemas situam-se
dominantemente no Pinhal Interior Norte (com 7 concelhos) e em Dão-Lafões (com 5
concelhos). Saliente-se, ainda, que a maioria destes concelhos apresentam um parque muito
envelhecido, com mais de 19% dos edifícios construídos antes de 1945, e abandonado ou
desocupado.
Relativamente aos centros antigos ou históricas, segundo o questionário realizado às Câmara
Municipais, os problemas intensificam-se:
• Um pouco mais de metade dos municípios referem ter o centro degradado, enquanto
apenas um pequeno número (5) considera que esta já está reabilitada. No entanto, existem
poucos centros abandonados (4), sendo que destes apenas um não está em reabilitação ou
em projecto.
Gráfico 1 -Diagnóstico às Áreas Centrais
0
10
20
30
40
50
Degradada Abandonada Com projectode Reabilitação
Em Reabilitação Reabilitada CentroHistóricodelimitado
Áre
as
His
tórica
s (n
º)
Sim Não Não Responde
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
• Nos 26 municípios com Área Centrais Degradadas, existem intervenções em cerca de
dois terços; 14 estão em reabilitação (6 com projecto e 8 sem) e 3 possuem projecto mas
ainda sem operação de reabilitação iniciada. Apesar desta aposta significativa de
requalificação dos centros degradados, por parte dos municípios da Região Centro, verifica-se
ainda a necessidade de um maior esforço de intervenção, dado que em 8 casos não existe
qualquer tipo de acção.
• O número de centros em reabilitação (21) é muito superior ao número de Projecto de
Reabilitação (13), o que precisa de ser esclarecido posteriormente, pois pode indiciar a
existência de Processos de Requalificação pouco sustentados e de fraca qualidade. Devemos
Sistema Urbano e Organização do Território 6/70
no entanto salientar que, metade dos concelhos possui centro histórico delimitado, o que
demonstra uma razoável sensibilização para com as acções de requalificação e valorização
urbana.
Gráfico 2 - Diagnóstico das Áreas Históricas Degradadas
Áreas Históricas Degradadas (26 no total)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Com Projecto deReabilitação
Com Projecto e emReabilitação
Em Reabilitaçãosem Projecto
Sem qualquerintervenção
%
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
1.1.2. PERIFERIAS URBANAS DESQUALIFICADAS
• A avaliação da qualidade das Periferias Urbanas, realizada pelas Câmaras Municipais,
espelha a diversidade territorial da região centro e reflecte a dicotomia na evolução dos
centros urbanos, com uma crescente pressão sobre as cidades do litoral e algumas do
interior, mas onde existe um número significativo de centros estagnados e a perder
claramente população.
• Verifica-se um certo equilíbrio entre os municípios que consideram que não existem
periferias urbanas desqualificadas (24) e os que julgam que estas carecem de valorização
(20). Os primeiros correspondem a municípios com núcleos urbanos de pequena dimensão e
localizados no interior, enquanto os segundos são os de maior dimensão. As “Áreas de
crescimento urbano intenso a necessitarem de requalificação” foram referidas em doze
situações, sendo que, com excepção de três municípios localizados no interior, estas
coincidem com Centros Urbanos em forte crescimento. Por fim, cinco concelhos consideram
que necessitam de realizar intervenções pontuais de qualificação nas periferias urbanas.
• Apenas em oito situações é referenciada a existência de “Áreas Industriais
Abandonadas” Tratam-se essencialmente de áreas cuja actividade industrial (p.ex. têxtil)
entrou em declínio e que progressivamente foram abandonadas sem que tenham sido
requalificadas.
Gráfico 3– Periferias Urbanas Desqualificadas
Sistema Urbano e Organização do Território 7/70
0
10
20
30
40
50
Não existemPeriferias Urbanas
Desqualificadas
Periferias urbanascom crescimento
intenso anecessitarem de
valorização
Áreas industriaisabandonadas
Áreas decrescimento
urbano intenso anecessitarem derequalificação
Outra situação
Per
iferia
s U
rba
nas
Sim Não Não Responde
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
1.1.3. HABITAÇÃO E CONDIÇÕES SOCIAIS
Em termos de conforto, podemos afirmar que o parque habitacional da Região Centro
apresenta uma divisão territorial clara, com os concelhos do litoral com um parque mais
qualificado e um vasto território interior com níveis de conforto ainda insatisfatórios.
Nas infra-estruturas consideradas básicas (água, electricidade, esgotos e instalações
sanitárias), a maioria dos concelhos apresentam uma boa cobertura, ainda que, se verifique
um número ainda significativo de concelhos que não possuem esgotos e instalações
sanitárias. Esta última infraestrutura é a que apresenta uma pior situação, particularmente,
num conjunto de concelhos do interior que possuem valores entre 5% e 12%, encontrando-
se em pior situação (em 2001) os concelhos de Oleiros, Penalva do Castelo, Tábua, Aguiar da
Beira, Fornos de Algodres, Meda, Pinhel, Trancoso, Castro Daire, Penalva do Castelo e
Vouzela.
Em relação aos alojamentos sem banho ou duche, indicador muito utilizado na avaliação do
conforto habitacional, a situação é muito semelhante, estando um vasto território a sentir
este problema.
Sistema Urbano e Organização do Território 8/70
Figura 2 - Alojamentos familiares clássicos de residência habitual sem banho ou duche, por concelhos, em 2001
Relativamente aos alojamentos não clássicos, verifica-se que apenas 14 concelhos
apresentam um valor pior que o do Continente, sendo de destacar os concelhos de Aguiar da
Beira, Almeida, Vila Velha de Ródão e Tábua com os valores mais elevados.
Figura 3 - Alojamentos não clássicos, por concelho, em 2001, %
Alojamentos familiares clássicosde residência habitual,
no concelho, em 2001 (Nº)
%
FONTE: INE, Censos 2001Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
0 20 Km
50000
12500
25000
Continente=6.3%
14.9 - 18.811.1 - 14.98.1 - 11.15.3 - 8.12.4 - 5.3
Alojamentos familiares clássicosde residência habitual,
no concelho, em 2001 (Nº)
%
FONTE: INE, Censos 2001Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
0 20 Km
50000
12500
25000
Continente=6.3%
14.9 - 18.811.1 - 14.98.1 - 11.15.3 - 8.12.4 - 5.3
Sistema Urbano e Organização do Território 9/70
Os bairros sociais são pouco significativos na região, existindo apenas cinco concelhos que
apresentam valores elevados: Murtosa, Vila Nova de Paiva, Santa Comba Dão e Mortágua),
sendo necessário um levantamento mais cuidado destas situações.
Figura 4 - Alojamentos familiares clássicos de residência habitual em bairros sociais, por concelhos, em 2001 (%)
• Segundo o questionário às Câmaras Municipais, a grande maioria dos concelhos tem
um bairro social (74%) ou vários (16%). Os centros urbanos com maior número de bairros
sociais são, regra geral, aqueles que têm sofrido uma maior pressão demográfica (Guarda,
Leiria, Figueira da Foz, Marinha Grande, Aveiro e Covilhã). A elevada expressão da Covilhã
decorrerá de acções de realojamento de operários do sector têxtil e de lanifícios.
50000
1250025000
%
FONTE: INE, Censos 2001Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
0 20 Km
Continente=12.5%
50000
1250025000
Alojamentos familiares clássicosde residência habitual,
no concelho, em 2001 (Nº)
18.9 - 31.111.1 - 18.96.4 - 11.13.6 - 6.41 - 3.6
Sistema Urbano e Organização do Território 10/70
Gráfico 4 – Bairros Sociais
0
2
4
6
8
10
12
14
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Bairros Sociais (nº)
Cen
tros
Urb
anos
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
• Na avaliação dos bairros sociais no que diz respeito ao “estado de conservação dos
alojamentos” e à “oferta local de equipamentos”, o estado “regular” foi o citado com mais
frequência, existindo uma apreciação ligeiramente mais positiva sobre o estado de
conservação do edificado. A situação foi considerada “má” num número significativo de
situações: quanto, ao estado de conservação em 16% dos bairros; na oferta de
equipamentos em 20%. Ou seja, apesar de ser necessário conferir uma maior atenção a
estas situações, da leitura dos inquéritos não transparecem condições excessivamente
negativas na Região Centro.
Gráfico 5 – Avaliação dos Bairros Sociais
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0%
Boa
Regular
Má
Não tem
Não responde
Estado de conservação dos alojamentos em Bairros Sociais
Oferta local de equipamentos em Bairros Sociais
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
Sistema Urbano e Organização do Território 11/70
No entanto, em 17 centros urbanos foi assinalada a existência de Bairros Críticos, o que
representa 34% do universo inquirido. Os bairros críticos localizam-se em centros urbanos
com diferentes características, tanto no litoral como no interior e de dimensão variável. As
razões invocadas são sobretudo a existência de casos sociais problemáticos associados a
fenómenos de marginalidade social, a degradação de zonas históricas associada ao
envelhecimento de população, instalação de etnia cigana e bairros de pescadores.
Gráfico 6 – Bairros Críticos
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
1.1.4. NÍVEIS DE OCUPAÇÃO DA HABITAÇÃO
Níveis elevados de alojamentos sobrelotados ou vagos também podem ser indiciadores de
problemas, agora ou no futuro.
Relativamente aos níveis de ocupação, verifica-se que a sobrelotação não constitui um
problema grave para a Região Centro, pois o número de concelhos com valores de
sobrelotação é pouco significativo. sendo no entanto de destacar os concelhos de Ovar,
Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha.
No entanto, os alojamentos vagos/desocupados podem vir ser um problema estrutural - Os
alojamentos vagos apresentam valores significativos em vários concelhos da região, não
havendo um padrão territorial clarmente definido. Saliente-se ainda que, valores de
alojamentos vagos na casa dos 11% parecem converter-se numa característica estrutural,
relativamente pesada, do sistema habitacional português e da Região Centro.
Sistema Urbano e Organização do Território 12/70
Figura 5 - Alojamentos familiares clássicos sobrelotados, por concelho em 2001 (%)
Figura 6 - Alojamentos familiares clássicos vagos, por concelhos em 2001 (%)
Concluindo, podemos afirmar que os problemas do parque habitacional são, sobretudo, de
ordem qualitativa, uma vez que se considerarmos os fogos vagos disponíveis, estes são
suficientes para cobrir as carências quantitativas.
Continente=10.9%
0 20 Km Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
FONTE: INE, Censos 2001
%
Alojamentos familiares clássicos,no concelho, em 2001 (Nº)
60000
1500030000
12.7 - 15.810.4 - 12.78.3 - 10.46.3 - 8.34.7 - 6.3
%
FONTE: INE, Censos 2001Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
0 20 Km
Continente=15.6%
50000
12500
25000
Alojamentos familiares clássicosde residência habitual,
no concelho, em 2001 (Nº)
13.1 - 16.610.4 - 13.18.8 - 10.46.8 - 8.84.7 - 6.8
Sistema Urbano e Organização do Território 13/70
1.1.5. CONCLUSÃO
Assim, tendo em conta a avaliação feita dos problemas do parque habitacional da Região
Centro, conclui-se que a questão central não se coloca na necessidade de construir mais
alojamentos, mas sim na necessidade de:
- preservar e requalificar o parque existente evitando a sua degradação a níveis por vezes
irreversíveis;
- melhorar os níveis de conforto de uma parte do parque habitacional, atingindo coberturas
totais ao nível das infraestruturas básicas;
- inverter a tendência para a construção de novas habitações (com consequências ao nível
dos alojamento.
1.2. FUNCIONALIDADES URBANAS
As redes de equipamentos, de comércio e de serviços constituem um dos principais
elementos estruturadores do território, como já referimos no enquadramento conceptual.
Neste sentido, e tendo em conta os objectivos e a natureza do Plano Regional de
Ordenamento do Território, a configuração final do modelo territorial a adoptar depende em
muito, e simultaneamente influencia, as propostas específicas para cada uma das redes
sectoriais. Dado o nível de infra-estruturas de equipamentos e serviços existentes, importa
identificar, valorizar e dinamizar redes tendo em vista a melhoria das condições de vida e os
níveis de especialização existentes.
Os níveis de acessibilidade física às centralidades urbanas evidenciam as áreas melhor
servidas e os territórios relativamente excluídos a um conjunto de equipamentos e serviços.
Com esta análise pretendemos dar um primeiro contributo para a avaliação dos níveis de
equidade territorial regional, nos diferentes sectores (educação, saúde, cultura, desporto e
lazer, etc). Por outro lado, contribuir para uma primeira aproximação aos níveis hierárquicos
estratégicos e às especializações urbanas, de forma a garantir o funcionamento global do
sistema urbano regional.
Segundo o PNPOT é preciso na Região Centro reforçar o potencial estruturante dos
grandes eixos de comunicação, de forma a estimular complementaridades entre
centros urbanos, em particular nas áreas do interior, e assegurar as ligações intra-
regionais relevantes para a coesão regional. Neste âmbito, é fundamental avaliarmos
os níveis de acessibilidade e de mobilidade aos principais centros urbanos da Região.
Sistema Urbano e Organização do Território 14/70
O inquérito às Câmaras Municipais permite fazer uma avaliação da percepção local em
matéria da oferta de equipamentos e serviços. Esta avaliação qualitativa vai ser
posteriormente complementada com uma avaliação estadística mais rigorosa.
1.2.1. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE
• A oferta dos equipamentos de saúde é genericamente positiva. Coimbra estrutura a
rede de equipamentos regional, e Viseu, Aveiro, Leiria e Covilhã juntamente com a Guarda,
Castelo Branco, Figueira da Foz e Pombal contribuem para a equidade territorial dos serviços
de saúde regional. Globalmente o litoral está aparentemente melhor servido, reflectindo
naturalmente a estrutura territorial do povoamento e implicitamente da procura.
Figura 7 – Oferta de Equipamentos e Serviços de Saúde2
N
100
2550
0 7 14 Km
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Hospital geral
Unidades funcionais (Nº)
FONTE: INE, CESAP 2002. Direcção Regional de Saúde, 2006/07.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Nivel de diversidade funcional
654
321
• No questionário às Câmaras Municipais, os Hospitais têm uma percepção
genericamente positiva, pois só em três casos a oferta foi considerada má. Relativamente aos
Centros de Saúde, em sete municípios a oferta foi qualificada como negativa, mas em
contrapartida quase metade do universo qualificou-a como boa.
Gráfico 7 – Caracterização da Oferta de Equipamentos de Saúde3
2 Funções centrais contempladas: Hospital Geral, Hospital Especializado, Hospital ou Clínica com Internamento, centro de atendimento a toxicodependentes, consultório médico, posto de enfermagem, serviços de análises clínicas, serviços de radiologia, serviços de ecografia, serviços de TAC 3 Nota: As não respostas correspondem a concelhos que não têm Hospital
Sistema Urbano e Organização do Território 15/70
Equipamentos de Saúde
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Hospital
Centros Saúde
Boa Regular Má Não tem N. resp.
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
Em termos de condições de acessibilidade aos Hospitais da Região Centro, cerca de 60% da
população residente encontra-se actualmente a menos de 15 minutos e 13% a mais de 30
minutos.
Gráfico 8 – População por classes de acessibilidades aos hospitais da Região centro
População por classes de acessibilidade aos hospita is da Região Centro
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
< 10 10 - 15 15 - 20 20 - 30 30 - 45 45 - 60 60 - 90
minutos
Pop
ulaç
ão
• A análise das isócronas confirma a melhor acessibilidade aos Hospitais em toda a zona
litoral, se bem que com um espaço mais contínuo e coeso entre Coimbra e Aveiro.
• O Baixo Vouga, o Baixo Mondego e o Pinhal Litoral posicionam-se sobre o eixo de ligação
entre as duas áreas metropolitanas, com boas condições de acessibilidade rodo-ferroviária,
com uma estrutura urbana policêntrica e uma razoável distribuição de Hospitais.
• No centro Norte, a região de Dão-Lafões é servida por três hospitais gerais (Viseu,
Tondela e Seia), o que, associado à sinuosidade da rede rodoviária, resulta na penalização do
Sistema Urbano e Organização do Território 16/70
acesso pelas populações – note-se, a exemplo, que as populações do concelho de Penalva do
Castelo (vizinho de Viseu) estão a mais de 30 minutos.
• Denuncia-se claramente o eixo Guarda-Covilhã-Castelo Branco, estruturado sobretudo
pela A23 e pela presença de Hospitais Gerais em Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda.
As condições de acessibilidade são boas, para as populações próximas das infra-estruturas de
acesso, mas penalizam com deslocações de 30 minutos ou mais, aquelas que se localizam
mais longe das vias.
• As regiões mais sensíveis em termos de acessibilidade aos Hospitais são o Pinhal Interior
Norte e Sul, dado que na maioria das vezes se encontram a mais de uma hora destes
equipamentos.
Figura 8 – Acessibilidade da Região Centro aos Hospitais Gerais
1.2.2. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
• A oferta aparece a garantir níveis de equidade territorial satisfatórios, ainda que muito
dependentes das cidades médias – Coimbra, Leiria, Viseu, Aveiro e ainda com menor
Sistema Urbano e Organização do Território 17/70
expressão Guarda, Covilhã e Castelo Branco. Marinha Grande, Pombal e Seia contribuem para
equilibrar o sistema.
• Aveiro concentra a oferta do Baixo-Vouga, contrastando com um claro esvaziamento da
oferta nos territórios envolventes, concelhos fortes demograficamente, com estrutura
populacional jovem e com uma estrutura produtiva robusta.
• Na Beira Litoral Sul, Leiria, Marinha Grande e um pouco Pombal garantem a solidez da
oferta, contribuindo com um nível de serviço aparentemente diversificado e muito acessível.
• Na Beira Interior, Guarda, Covilhã e Castelo Branco garantem um mínimo de oferta às
áreas de baixa densidade do interior.
Figura 9 – Oferta de Equipamentos e Serviços de Educação e Formação4
N
60
1530
Nivel de diversidade funcional
FONTE: INE, CESAP 2002. Direcção Regional de Educação, 2006/07.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Unidades funcionais (Nº)
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Escola secundária pública
6
543
21
0 7 14 Km
• Na resposta das Câmaras aos questionários constatou-se uma oferta globalmente positiva
em todos os níveis de ensino obrigatório. Esta apenas foi considerada má em cinco
municípios para a Escola Básica do 1º ciclo, em quatro para o 2º e 3º ciclo e em dois para o
Ensino Secundário.
• Verificou-se ainda uma maior satisfação com os equipamentos da Escola Básica 2/3 do
que com o 1º ciclo.
Gráfico 9 - Caracterização da Oferta de Equipamentos de Ensino
4 Funções centrais contempladas: Ensino secundário, Escolas Profissionais, Centros Novas Oportunidades (CRVCC), Centros de Formação Profissional, Instituições de Formação acreditadas no IQF, coordenações educativas
Sistema Urbano e Organização do Território 18/70
Equipamentos de Ensino
0% 20% 40% 60% 80% 100%
EB 1º ciclo
EB 2,3
EnsinoSecundário
Boa Regular Má N. resp.
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
• Em termos de condições de acessibilidade, 97% da população residente encontra-se até
20 minutos de uma escola secundária, sendo que destes a maioria está a menos de 10
minutos. Esta situação confirma o elevado grau de satisfação manifestado nos questionários.
Gráfico 10 – População por classes de acessibilidade às escolas secundárias
População por classes de acessibilidade às escolas secundárias do interior da Região Centro
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
< 10 10 - 15 15 - 20 20 - 30 30 - 45
minutos
Pop
ula
ção
• A avaliação da acessibilidade confirma que as Escolas Secundárias constituem uma
função de âmbito local que em geral detém uma boa cobertura na região. Exceptuam-se
algumas áreas com más condições de acessibilidade e baixa concentração demográfica, são o
caso de um núcleo restrito na zona de Dão Lafões (parte dos concelhos de Vouzela e
Tondela), na zona de centro Sul – Serra da Lousã (sobretudo Pampilhosa da
Seera/Arganil/Góis) e, alguns concelhos mais afastados do eixo Guarda-Covilhã-castelo
Branco.
Figura 10 – Acessibilidade da Região Centro às escolas secundárias
Sistema Urbano e Organização do Território 19/70
1.2.3. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE APOIO SOCIAL
• Apesar da forte centralização em Coimbra e de uma tendência para a litoralização, a
cobertura dos serviços e equipamentos de apoio social é genericamente positiva, dado que
em todos os concelhos coexistem pelo menos duas funções.
• Aveiro destaca-se, pela diversidade funcional, de um conjunto de cidades médias que
surgem num plano intermédio a estruturar o território, como são o caso de Leiria, Guarda
Figueira da Foz e Viseu (este com menos funções, mas com um quantitativo significativo) e
ainda Castelo Branco, Pombal, Cantanhede e Águeda.
• Por regiões, destaca-se o Baixo Vouga, com um conjunto de centros urbanos com uma
diversidade funcional apreciável, seguido do Pinhal Litoral e do Baixo Mondego.
Sistema Urbano e Organização do Território 20/70
Figura 11 - Oferta de Equipamentos e Serviços de Apoio Social5
N
200
50100
0 7 14 Km
6
543
21
Unidades funcionais (Nº)
FONTE: INE, CESAP 2002. Instituto de Segurança Social, 2006/07.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Nivel de diversidade funcional
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Creche e Lar de crianças/jovens
• No questionário às Câmaras Municipais, verificou-se, genericamente, uma oferta boa e/ou
regular oferta de equipamentos de segurança social.
Gráfico 11 – Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Segurança Social
Equipamentos Segurança Social
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Creches
Jardins Infância
ATLs
Lares Idosos
Centros Dia
Centro Comunitário
Centro de Acolhimento Temporário
Boa Regular Má N. resp. N. tem
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
• No apoio à infância, as creches, com dez municípios a responderem de forma negativa
(20% do universo), é o equipamento que possui uma avaliação menos favorável. Nos
restantes, apenas houve referência negativa em quatro concelhos para os Jardins-de-infância
e em três para os ATL’s.
5 Funções centrais contempladas de serviços e equipamentos para: idosos, crianças e jovens, reabilitação e integração de pessoas com deficiência, família e comunidade, pessoas com doença do foro mental ou psiquiátrico, toxicodependentes, saúde mental, pessoas infectadas pelo HIV/Sida e suas famílias.
Sistema Urbano e Organização do Território 21/70
• Nos equipamentos de apoio aos idosos (Lares e Centros de Dia), a oferta é boa ou
regular em mais de 85% dos municípios. Já a nível de outro tipo de equipamentos, como
Centros Comunitários e Centros de Acolhimento Temporário, a oferta é muito diminuta.
• As creches constituem a função estudada que tem a melhor cobertura. Este é um
equipamento de proximidade em que 99% da população se encontra a menos de 20 minutos,
sendo que a maioria está mesmo a menos de 10 minutos. A apreciação negativa de alguns
autarcas estará sobretudo relacionada com alguma falta de capacidade de resposta face às
necessidades da população.
• Na análise das condições de acessibilidade às creches da região Centro verifica-se que a
maior parte da população residente encontra-se a menos de 10 minutos, exceptuam-se
apenas algumas zonas no Pinhal interior (com acessibilidade que pode chegar até 30
minutos) e na Beira Interior Norte, sobretudo na zona fronteiriça de Idanha-a-Nova. Trata-se
de áreas pouco povoadas e com estruturas etárias muito envelhecidas.
Figura 12 – Acessibilidade da Região Centro às creches
Fonte: Geografia, UP
1.2.4. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE CULTURA
• Verifica-se uma boa cobertura dos equipamentos de cultura, com um conjunto
significativo de concelhos com oferta de todos os equipamentos considerados, no entanto,
sobressaem pela quantidade e variedade, Leiria, Coimbra, Aveiro e Viseu.
Sistema Urbano e Organização do Território 22/70
• Salientam-se pela diversidade: Batalha, Marinha Grande e Pombal no Pinhal Litoral;
Lousão, Vila Nova de Poiares e Oliveira do Hospital no Pinhal Interior Sul; Cantanhede no
Baixo Mondego; Oliveira do Bairro no Baixo Vouga; Tondela e Nelas em Dão Lafões; Gouveia
na Serra da Estrela, Pinhel e Guarda na Beira Interior Norte; Covilhã na Cova da Beira,
Idanha-a-Nova e Castelo Branco na Beira Interior Sul. Pelo número de unidades funcionais
sobressaem Figueira da Foz, Ovar e Águeda.
Figura 13 - Oferta de Equipamentos e Serviços de Cultura6
FONTE: INE, CESAP 2002. Direcção Regional da Cultura, 2006/07.
N
502512
0 7 14 Km
6
543
21
Unidades funcionais (Nº)
Nivel de diversidade funcional
• No questionário às Câmaras Municipais o equipamento com melhor cobertura são as
Bibliotecas, com apreciação de boa ou regular em 76% dos casos. Seguem-se o espaço
multimédia (70%), as salas de espectáculo (68%), e os museus (62%). Destaque para a
oferta significativa dos espaços multimédia, o que é reflexo do esforço de difusão das novas
tecnologias.
• O centro cultural e as galerias de arte, com uma cobertura próxima dos 40%, são os
equipamentos com uma apreciação mais negativa.
6 Funções centrais contempladas: salas de espectáculo e de conferência/congressos, biblioteca aberta ao público, cinema, museu, galeria de arte e exposição temporária, parque de exposições
Sistema Urbano e Organização do Território 23/70
Gráfico 12 - Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Cultura
Equipamentos cultura
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Salas de espectáculo
Bibliotecas
Museus
Centro Cultural
Espaços Multimedia
Galerias
Boa Regular Má N. resp. N. tem
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
1.2.5. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE DESPORTO E E LAZER
• Nos equipamentos de desporto e lazer, pela diversidade de funções sobressai Leiria,
seguido de Pombal e Viseu, e pelo seu quantitativo, Coimbra.
Figura 14 – Oferta de equipamentos e Serviços Desportivos7
N
60
1530
0 7 14 Km
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Piscina descoberta e coberta
Unidades funcionais (Nº)
FONTE: INE, CESAP 2002. Instituto Português de Desporto, 2006/07.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Nivel de diversidade funcional
654
321
• Existe ainda um conjunto de centros urbanos com um bom nível de cobertura e que se
destacam claramente dos restantes, são o caso de Aveiro, Covilhã, Cantanhede, Seia,
Figueira da Foz, Castelo Branco e Guarda.
7 Funções centrais contempladas: campo de ténis, pavilhão desportivo, piscina descoberta, campo de tiro, piscina coberta, circuito de manutenção, centro de equitação, pista de cross, pista de atletismo, pista de karting, campo de golfe.
Sistema Urbano e Organização do Território 24/70
• No questionário às Câmaras municipais constatou-se uma boa oferta de equipamentos
desportivos básicos, como os pavilhões gimnodesportivos e os polidesportivos. Mesmo a nível
das piscinas existe uma oferta considerável (quase 75% dos municípios referem que é boa ou
regular).
• Os estádios e os campos de ténis registam uma cobertura intermédia e as pistas de
atletismo e os parques radicais são os equipamentos desportivos com pior oferta.
• Boa difusão dos espaços verdes por oposição à carência nos Parques Urbanos. Esta
última justifica-se por serem equipamentos mais característicos das grandes concentrações
urbanas, sendo que muitos destes núcleos constituem Pólos Urbanos em Áreas Rurais onde
ainda vigora uma paisagem mais “naturalizada”.
Gráfico 13 - Caracterização da oferta de Equipamentos e Serviços de Desporto e Lazer
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro, 2006
• Em termos das condições de acessibilidade, e a título de exemplo, 88% da população da
região centro encontra-se a menos de 20 minutos de uma piscina coberta.
• Na análise da acessibilidade às piscinas descobertas é notória uma verdadeira dicotomia
entre o litoral e o interior, que resulta de uma excelente cobertura e de boas condições de
acessibilidade no primeiro caso, enquanto no segundo a fraca cobertura é agravada por
piores acessos que condicionam o tempo de deslocação das populações mais interiores.
• A região de Dão-Lafões detem em geral boas condições de acessibilidade aos
equipamentos e serviços de desporto e lazer.
Sistema Urbano e Organização do Território 25/70
Figura 15 – Acessibilidade da Região Centro ás Piscinas Cobertas
Fonte: Geografia, UP
1.2.6. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DO CONHECIMENTO
• Nas funções ligadas ao conhecimento emerge a ausência deste tipo de
equipamento/infra-estrutura na maior parte dos concelhos da região.
• Coimbra, com um bom nível de oferta em número e diversidade polariza claramente este
tipo de funções na região. Num plano secundário, salienta-se Aveiro, pelo número de funções
e Viseu pela sua diversidade, seguidos embora de forma menos expressiva por, Leiria,
Marinha Grande e Figueira da Foz.
• As Câmaras Municipais avaliam a oferta como globalmente positiva (Águeda, Castelo
Branco, Leiria, Aveiro e Covilhã) ou regular (Mangualde, Seia, Fundão, Figueira da Foz e
Guarda). Apenas em três municípios a situação é avaliada como má, decorrente das
aspirações a receber este tipo de equipamento ou das insuficientes acessibilidades. A maioria
dos Municípios não responde a esta questão porque não possui este equipamento no seu
próprio concelho.
Sistema Urbano e Organização do Território 26/70
Figura 16 - Oferta de equipamentos e Serviços do Conhecimento8
FONTE: INE, CESAP 2002. Fundação Ciência e Tecnologia, 2006/07.
N
60
1530
0 7 14 Km
Unidades funcionais (Nº)
Nivel de diversidade funcional
7
65
432
1
• A partir da avaliação que cada Cidade/Centro Urbano faz da sua performance
relativamente a um conjunto de funções urbanas de natureza avançada, constata-se que, na
generalidade, a Região Centro apresenta uma oferta urbana pouco desenvolvida, com uma
performance apenas considerada como razoável na maioria das funções consideradas. Como
excepção positiva, destaca-se a oferta cultural e criatividade e, pela negativa, a oferta de
serviços especializados às empresas.
Nº Respostas por Categoria
Mto Bom Bom Razoável Mau
Oferta de Serviços Especializados às Empresas 0 5 25 11
Atracção de Actividades Produtivas 0 14 20 7
Capacidade de Empreendedorismo 3 11 18 10
Produção e Difusão de Conhecimento 1 12 22 8
Acessibilidades e Mobilidade 3 8 21 10
Oferta Cultural e Criatividade 5 12 22 4
Inserção em Redes Nacionais e Internacionais 1 13 12 13
• Em termos das condições de acessibilidade aos Estabelecimentos de Ensino Superior
Público Universitário da Região Centro, cerca de 42% da população residente encontra-se a
menos de 30 minutos, o que se justifica pela localização das universidades nos principais
centros urbanos. A mais de 45 minutos está um pouco mais de 30% da população.
8 Funções centrais contempladas: Ensino superior público universitário, ensino superior público não universitário, ensino superior privado universitário, ensino superior privado não universitário, incubadoras de empresas, centros tecnológicos, laboratórios do estado e laboratórios associados de I&D, centros de I&D (FCT – classificados – Bom; Muito Bom, Excelente nas avaliações realizadas em 2002), Laboratórios acreditados do IPQ
Sistema Urbano e Organização do Território 27/70
Gráfico 14 – População por classes de acessibilidade aos estabelecimentos de Ensino Superior Público Universitário na Região Centro
População por classes de acessibilidade aos Estabel ecimentos de Ensino Superior Público Universitário da Região Cen tro
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
< 30 30 - 45 45 - 60 60 - 90 > 90
minutos
Pop
ulaç
ão
• Na análise das acessibilidades é largamente evidenciada as melhores condições da faixa
litoral, nomeadamente do Baixo Vouga e Baixo Mondego onde se localizam os principais pólos
universitários, e um núcleo no interior sobretudo Covilhã, Fundão, Belmonte, estruturado pela
proximidade à Universidade da Beira Interior.
• Os resultados do Pinhal Litoral, nomeadamente de Leiria, estão claramente influenciados
pela proximidade a Lisboa.
Figura 17 – Acessibilidade da Região centro ao Ensino Superior Público Universitário
Fonte: Geografia, UP
• A reposta ao questionário às Câmaras Municipais reflecte a presença de Ensino Superior
em diversos concelhos da região centro, que desta forma avaliam a oferta como globalmente
positiva (Águeda, Castelo Branco, Leiria, Aveiro e Covilhã) ou regular (Mangualde, Seia,
Sistema Urbano e Organização do Território 28/70
Fundão, Figueira da Foz e Guarda). Apenas em três municípios a situação é considerada má,
decorrente das aspirações a receber este tipo de equipamento ou das insuficientes
acessibilidades.
1.2.7. COMÉRCIO E SERVIÇOS
• A distribuição do comércio e serviços está fortemente condicionado pela procura dos
principais centros urbanos, Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu.
• Embora com quantitativos muito inferiores, existem alguns centros de média dimensão a
garantir alguma equidade territorial, sobressaindo Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Guarda,
Pombal, Marinha Grande, Figueira da Foz, Águeda e Tondela.
Figura 18 – Oferta de Comércio e Serviços 9
N
200
50100
Nivel de diversidade funcional
FONTE: INE, CESAP 2002; Direcção das Actividades Económicas, 2006/07; MTSS, 2005.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Unidades funcionais (Nº)
0 7 14 Km
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Agência de viagens eAgência de aluguer de automóveis
54
321
• Nas condições de acessibilidade às agências de viagem verifica-se que 93% da população
residente encontra-se a menos de 20 minutos, o que resulta de uma boa cobertura pelo
território deste tipo de função.
1.2.8. SERVIÇOS PÚBLICOS E ADMINISTRATIVOS
• Apesar do predomínio de Coimbra e de Aveiro existe alguma equidade territorial, com os
principais centros urbanos a terem um nível idêntico de oferta em número de unidades e
9 Funções centrais contempladas: centros comerciais (mais de 6000m2), centros de inspecção automóvel, agência de aluguer de automóveis e outros veículos (rent-a-car), posto de turismo, agência de viagens, comércio alimentar e misto, comércio não alimentar, gabinete de projectos de construção civil, gabinetes de contabilidade/consultoria de gestão
Sistema Urbano e Organização do Território 29/70
apenas com pequenas variações na diversidade. Neste âmbito, destacam-se Leiria, Castelo
Branco, Guarda Viseu e depois Figueira da Foz e Covilhã.
Figura 19 – Oferta de Serviços Públicos e Administrativos
N
30
715
0 7 14 Km
6
543
21
Unidades funcionais (Nº)
FONTE: INE, CESAP 2002. Websites de vários Ministérios e Instituições, 2006/07.NOTA: Os fluxos têm como origem a freguesia de residência e como destino a freguesia onde se localiza o equipamento.
Nivel de diversidade funcional
Fluxo casa-equipamento: Residência --> Tribunal
• No que respeita à acessibilidade aos tribunais na região centro, 93% da população
da encontra-se até 20 minutos de distância, havendo uma parte significativa (cerca de 43%)
que está a 10 minutos ou menos.
Gráfico 15 – População por classes de acessibilidade aos Tribunais da Região centro
População por classes de acessibilidade aos tribuna is da Região Centro
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
< 10 10 - 15 15 - 20 20 - 30 30 - 45
minutos
Pop
ula
ção
• Em todos os concelhos onde existem tribunais os tempos de deslocação são curtos,
enquanto nos outros, a sua ausência é muitas vezes agravada por más condições de
acessibilidade o que origina deslocações que podem ir até 60 minutos nalgumas zonas do
Pinhal Interior e Beira Interior Norte. No entanto, como estas são pouco representativas em
Sistema Urbano e Organização do Território 30/70
termos demográficos acabam por ter uma expressão reduzida nos quantitativos globais da
região.
Figura 20 – Acessibilidade da Região centro aos Tribunais
Fonte: Geografia, UP
1.3. ESPECIALIZAÇÕES E REDES
Este diagnóstico baseia-se num questionário realizado junto dos municípios. Esta
apresentação será posteriormente revista e completada, dado que ainda não recebemos
todas as respostas. Os relacionamentos externos serão tratados num relatório posterior.
1.3.1. AS APOSTAS DE ESPECIALIZAÇÃO
No quadro seguinte apresentam-se discriminadas as apostas de especialização que cada
cidade/centro urbano pretende privilegiar como eixo estratégico para o respectivo
desenvolvimento.
Sistema Urbano e Organização do Território 31/70
Apostas de Especialização
Infraestrut.
Turismo Produtivas
Comércio + Serviços Urbanos
Qualid. Urbana
Cultura, Desporto e Lazer
Produtos Locais
Serviços Avançados
Águeda Comércio e Serviços urbanos
Lazer
Albergaria-a-Velha
Requal.Urbana de Esp. Pub
Anadia Requalificação Urbana
Aveiro Turismo Oferta Comercial e ambiente urbano
Estarreja Comércio Ambiente
Ílhavo Turismo Cultura e Mar/Ria
Mealhada Gastronómico, de Natureza, Sénior e Desportivo
Murtosa TER; Desportivo Activ. Ligadas à Pesca
Oliveira do Bairro
Serviços Públicos
Desporto
Ovar Não responde
Sever do Vouga
Não responde
Vagos Educação Cultura; Desporto
Sistema Urbano e Organização do Território 32/70
Apostas de Especialização
Infraestrut.
Turismo Produtivas
Comércio + Serviços Urbanos
Qualid. Urbana
Cultura, Desporto e
Lazer Produtos Locais
Serviços Avançados
Cantanhede Infraest. Tecnológicas
Biotecnologia
Coimbra De eventos e histórico/patrimonial
e cultural
Saber (Conhecimento);
Saúde
Condeixa-a-Nova
Incubação Empresas e Serviços de
Apoio
Figueira da Foz
Turismo
Mira Turismo Indústria
Montemor-o-Velho
Agricultura Industrial
Cultura – Desporto Alto
Rendimento
Ciência e Tecnologia; Energias Renováveis
Batalha Cultural Desporto
Leiria Revit. Comércio Requal. CH
Marinha Grande
Prod. e Dif. Tecnológica à Ind. Vidro, Moldes e Plásticos
Porto de Mós
Natural, aliado à História e
Património Local
Arganil Turismo
Góis Turismo Indústria
Lousã Natureza Requal. CH
Rede Ecomuseus
Miranda do Corvo
Serv. Comunidade
Lazer
Pampilhosa da Serra
Espaços Verdes/lazer
Penela Cultural + Patrimonial
Tábua Comércio Qualidade urbana
Sistema Urbano e Organização do Território 33/70
Apostas de Especialização
Infraestrut.
Turismo Produtivas
Comércio + Serviços Urbanos
Qualid. Urbana
Cultura, Desporto e Lazer
Produtos Locais
Serviços Avançados
Alvaiázere Turismo Desporto; Lazer
Ansião Não responde
Castanheira de Pêra
Turismo
Figueiró dos Vinhos
Cultural Criação de corredores verdes
Pedrógão Grande
Cultural + Natureza
Carregal do Sal
Não responde
Castro Daire
Não responde
Mangualde Comércio Artes e Ofícios
Comercializ. de Prod. Locais
Mortágua Turismo - natureza
Nelas Centralidade na região do Dão (em áreas com potencial neste território)
Oliveira de Frades
Oferta de serviços às empresas e
às actividades avícola e florestal
Sátão Requal.Urbana
Tondela Não responde
Vila Nova de Paiva
TER Req. Urbanística
Oleiros Turismo e Gastronomia
Proença-a-Nova
Não responde
Sertã Não responde
Vila de Rei Serv. 3ª Idade
Sistema Urbano e Organização do Território 34/70
Apostas de Especialização
Infraestrut.
Turismo Produtivas
Comércio + Serviços Urbanos
Qualid. Urbana
Cultura, Desporto e Lazer
Produtos Locais
Serviços Avançados
Fornos de Algodres
Arqueológico
Gouveia Turismo Desp. Inverno
Seia Turismo Saúde; Ensino e Formação
Serviços na área
cultural
Almeida Museu Histórico Militar
Guarda Saúde
Manteigas Turismo
Pinhel Revitalização do Centro Histórico
Sabugal TER; Cultural
Castelo Branco
Incubação de Empresas
Inovação e Desenv.
Empresarial em sectores
AVAC, Floresta e Agro-
Alimentar Vila Velha de Ródão
Natural; Patrimonial
Belmonte Cultural
Covilhã Turismo Requalificação urbana
Museologia
Fundão Comércio
Total (% de
concelhos)
53,8 13,5 26,9 21,2 26,9 1,9 5,8
Sistema Urbano e Organização do Território 35/70
Observam-se assim algumas tendências marcantes, sendo desde logo de destacar as
seguinte:
• O predomínio da aposta de especialização no Turismo (cultural, de
natureza, TER, etc), reforçando assim uma das vocações da região, que congrega, entre
outras, duas tipologias de oferta relevantes, concretamente o Sol & Praia e a
Montanha/Natureza (ex. Pinhal Interior Norte);
• A crescente importância atribuída à aposta na Cultura, Desporto
e Lazer, quer no que respeita à componente de hardware (equipamentos) quer
relativamente à componente mais soft (serviços, programação e promoção), potenciando a
articulação com os factores de identidade local (ex. Baixo Vouga; Pinhal Interior Norte; Serra
da Estrela);
• Algum upgrade e diversificação ao nível da aposta nas funções
urbanas “tradicionais”como base de especialização (comércio, serviços públicos, …),
sendo perceptível a existência de apostas em novas áreas, mais dirigidas para a saúde e
bem-estar (ex. Baixo Vouga);
• O surgimento da oferta de infraestruturas produtivas
qualificadas como aposta de especialização urbana, nomeadamente no que respeita à
incubação de iniciativas empresariais e à oferta de infraestruturas tecnológicas
(especialização particularmente relevante no Baixo Mondego);
1.3.2. PARCERIAS , PROJECTOS E CAPACIDADE DE COOPERAÇÃO
Constata-se a existência na região de parcerias bastante diversificadas, centradas sobretudo
na escala local (destacam-se as parcerias com as Juntas de Freguesia, Instituições
Particulares de Solidariedade Social, Associações Locais Comerciais/Industriais/Empresariais,
Associações Culturais/Desportivas, Bombeiros e Agrupamentos Escolares). É contudo
importante assinalar também a existência de algumas parcerias de nível regional (Associações
de Municípios, Associações Regionais Comerciais/Industriais/Empresariais, etc.), e nacional
(ex. empresas públicas e privadas), sendo que estas envolvem geralmente agentes muito
qualificados e de referência nos diversos domínios abrangidos, considerados de forma geral
como muito importantes para a intervenção à escala urbana.
É também possível identificar duas grandes tipologias de intervenção:
• por um lado, as de natureza básica, geralmente associadas às competências
municipais tradicionais (educação, acção social, infraestruturas básicas, equipamentos
municipais, …)
Sistema Urbano e Organização do Território 36/70
• por outro lado, as de natureza avançada, maioritariamente associadas a novos
domínios de intervenção autárquica (ou a domínios tradicionais mas onde se vem registando
um upgrade nessa intervenção), destacando-se nesta tipologia as seguintes intervenções: a
protecção civil e a gestão florestal, a saúde e os serviços à comunidade, a energia, o apoio à
I&D, os equipamentos e serviços qualificados de apoio às actividades económicas, os
programas integrados de desenvolvimento rural, o planeamento estratégico, as TIC’s, etc.
Intervenções básicas Intervenções avançadas
Nº Concelhos Nº ocorrências Nº Concelhos Nº ocorrências
Parceiros locais 27 42 31 51
Parceiros regionais 5 6 25 34
Parceiros nacionais 2 2 8 10
Fonte: Questionário aos Municípios da Região Centro – 54 respostas, 2006
No que respeita à capacidade dos agentes locais para se envolverem em processos de
cooperação, regista-se a existência de perspectivas pouco favoráveis, no sentido em que de
uma forma geral, os municípios consideram que esses agentes revelam uma capacidade
limitada ou muito limitada para consolidarem e viabilizarem parcerias (62,1%).
Quanto aos projectos de âmbito supra-municipal considerados mais relevantes para o
desenvolvimento do centro urbano destacam-se:
• Acessibilidades (maioritariamente rodoviárias) e Transportes (domínio mais referido –
82% dos concelhos;
• Ambiente (água, resíduos, energia - domínio referido por 42% dos concelhos);
• Equipamentos (saúde, cultura, desporto – considerado um dos três projectos mais
relevantes por 29% dos concelhos);
• Apoio às actividades económicas (parques empresariais / industriais / tecnológicos –
domínio mencionado por 22% dos concelhos).
Os projectos municipais considerados mais relevantes para o desenvolvimento do centro
urbano são:
• (Re)Qualificação urbanística (47%);
• Equipamentos de cultura e lazer – considerado um dos três projectos mais relevantes
por 42% dos concelhos);
• Apoio às actividades económicas (parques empresariais / industriais / tecnológicos –
domínio mencionado por 40% dos concelhos);
• Rede viária (domínio referido por 28% dos concelhos);
• Equipamentos de educação (19%);
Sistema Urbano e Organização do Território 37/70
• (Re)Qualificação ambiental (12%);
• Urbanismo comercial (12%);
• Parque urbano (11%)
São também mencionados os projectos de infraestruturas básicas (9% dos concelhos) e de
dinamização do turismo (9%), entre outras categorias residuais.
1.3.3. EIXOS URBANOS E RESPECTIVAS ESPECIALIZAÇÕES
Um primeiro comentário que se afigura oportuno na abordagem a este tema relaciona-se
com o facto dos eixos urbanos referidos serem geralmente “muito curtos”, no sentido em que
envolvem normalmente apenas dois e, no máximo, 3 ou 4 cidades/centros urbanos. Isto
acontece especialmente no que respeita a Coimbra (especializada na Saúde e Ensino
Superior), pelo que neste caso se pode falar mais de polarização do que propriamente de
eixo urbano envolvendo esta cidade.
É então possível identificar os seguintes eixos urbanos como os mais significativos ao nível da
Região Centro:
Eixo Urbano Especialização
Leiria / Marinha Grande
Indústria / Moldes / Tecnologia
Coimbra / Figueira da Foz Turismo / Lazer / 2ª Residência
Coimbra / Cantanhede Actividades Económicas
Coimbra / Condeixa Habitação, Comércio
Coimbra / Lousã Habitação / Comércio
Guarda / Covilhã / Fundão / C. Branco
Articulação Urbano-Rural, Agro-indústria, Turismo de
Natureza e Patrimonial, Educação, Produções Locais
de Excelência
O. Hospital / Seia / Gouveia Emprego, Comércio e Serviços
Seia / Nelas / Viseu Actividades Económicas
Viseu / Tondela Educação / Serviços
Aveiro / Estarreja / Ovar Indústria / Turismo / Lazer
Águeda / Aveiro Emprego / Ensino / Lazer
Observam-se assim alguns eixos funcionais, com destaque para o relacionamento de Coimbra
com outras cidades/centros urbanos vizinhos, baseada fundamentalmente na função
habitação que estes últimos asseguram. Por outro lado, o eixo tradicional Leiria/Marinha
Grande, assente num relacionamento produtivo histórico, tem vindo a registar algum upgrade
Sistema Urbano e Organização do Território 38/70
(passando a incluir funções tecnológicas). Merece também algum destaque o eixo que
engloba Oliveira do Hospital / Seia / Gouveia, suportado num relacionamento económico que
estrutura uma área interior da região, fazendo a transição entre as cidade de Viseu e Guarda.
Por fim, é ainda necessário sublinhar, por um lado, o eixo urbano que estrutura a Beira
Interior (Guarda / Covilhã / Fundão / C. Branco), que apresenta uma funcionalidade alargada
e, por outro lado, o eixo Aveiro / Estarreja / Ovar, este mais assente numa especialização
industrial. São também referidos os eixos:
− Leiria / Fátima, no domínio do turismo religioso; e
− Aveiro / Coimbra / Viseu, nos domínios do ensino superior e saúde.
1.3.4. DOMÍNIOS DE INSERÇÃO EM REDES E PRINCIPAIS FACTORES DE COOPERAÇÃO INTERMUNICIPAL
Apesar dos municípios inseridos em redes de cooperação ser em maior número (60%), há
ainda um conjunto significativo de municípios que referem não estar inseridos em qualquer
rede de cooperação (40%), o que revela o fraco carácter relacional do sistema urbano da
Região Centro.
Para além das redes assentes em aspectos administrativos e de organização territorial (no
caso concreto da Região Centro, a existência de 3 Grandes Áreas Urbanas – em torno de
Aveiro, Viseu e Coimbra), destacam-se as seguintes redes temáticas:
− Turismo (são identificadas dez redes – turismo de aventura, de montanha, de
natureza, patrimonial, cultural, balnear);
− Regiões Digitais (destacadas por quatro municípios);
− Rede de Teatros;
− Universidades / Ensino / Conhecimento (destacando-se Coimbra, mas sendo também
referidas Aveiro e Covilhã);
− Saúde (entre oito referências, seis referem-se a Coimbra);
− Produções Locais (eixo Castelo Branco / Guarda);
− Comércio (sete redes referidas), Serviços (disperso, mas dominando Coimbra) e
Indústria (com destaque para os eixos Leiria / Marinha Grande / Pombal e Aveiro /
Estarreja / Ovar);
− Logística (associada à Figueira da Foz).
Os principais domínios de cooperação intermunicipal realçados pelos municípios da Região
Centro incidem nas seguintes áreas:
− Ambiente (equipamentos, serviços e gestão - domínio referido por 10% dos
concelhos);
Sistema Urbano e Organização do Território 39/70
− Acessibilidades Regionais e Transportes (domínio mais referido – 35% dos
concelhos);
− Planeamento e Gestão Florestal;
− Construção e gestão de equipamentos supramunicipais;
− Turismo (Oferta e Promoção – domínio mencionado por 31% dos concelhos);
− Cultura e Desporto (destacado por 14% dos concelhos);
− Valorização das Produções Locais de Excelência;
− Redes de Conhecimento;
− Gestão de Fundos Comunitários;
− Planeamento (realçado por 19% dos concelhos).
Como pode ser constatado na análise dos elementos anteriores, os domínios apresentados
coincidem com as áreas centrais para o desenvolvimento da região, o que revela a abertura e
o reconhecimento das mais valias associadas a uma gestão integrada por parte dos autarcas.
Tal como também pode ser observado, as apostas de cooperação incidem cada vez mais nos
aspectos organizativos, apesar da região apresentar ainda carências a nível da sua dotação
infraestrutural e de equipamentos.
1.3.5. CONCLUSÕES EM TERMOS FUNCIONAIS
Da análise ao presente inquérito é desde logo possível destacar o seguinte conjunto de
conclusões:
• O limitado carácter relacional ao nível do sistema urbano regional, com a
concentração de relações de dependência em torno das capitais de distrito, e
reduzidos relacionamentos inter-urbanos. As carências ao nível das acessibilidades e
mobilidade em muito contribuem para esta situação;
• A existência de uma clara diferenciação funcional entre dois grandes grupos de
cidades/centros urbanos, concentrando-se nas capitais de distrito as funções urbanas
mais avançadas. As articulações funcionais ocorrem então geralmente em
sentido unívoco, perdendo-se o efeito de rede. São assim muito mais evidentes as
situações de polarização exercidas pelas capitais de distrito relativamente aos centros
urbanos de hierarquia inferior, havendo um fraco nível de relacionamento entre
estes.
• Não é ainda perceptível a existência de uma aposta clara na qualificação
estratégica dos diversos sistemas urbanos regionais, ou seja, no
desenvolvimento de funções e ofertas urbanas especializadas e orientadas para
potenciar e valorizar a diversidade de recursos existentes, por um lado, e na
Sistema Urbano e Organização do Território 40/70
preocupação em fomentar complementaridades e economias de aglomeração, por
outro;
• Regista-se contudo alguma abertura e interesse por parte de um número crescente
de municípios em apostar na gestão integrada de recursos comuns, o que
poderá induzir um reforço do relacionamento supra-municipal e, consequentemente,
um fortalecimento e densificação das redes urbanas regionais.
Figura 21 – Fluxos residência-trabalho, na Região Centro, 2001
Fonte: Geografia, UP
1.3.6. REDES DE GOVERNANÇA
No inquérito elaborado às Câmaras Municipais, a partir de uma lista completa dos centros
urbanos (sedes de concelho) da região, pedia-se para cada Município seleccionar os centros
urbanos mais importantes da região (12/15 centros urbanos) e indicar uma palavra que
associasse a cada um deles.
A estrutura de ligações na Região Centro é eminentemente distrital, ou seja, os concelhos são
sobretudo valorizados pelos outros concelhos do seu próprio distrito. Esta situação é tão clara
que no esquema interpretativo (esquema 1) optou-se por representar o distrito no seu
conjunto sem estabelecer as ligações no seu interior, de forma a permitir uma leitura mais
nítida das ligações regionais, as que extravasassem o próprio distrito.
"8"8 "8"8
"8
"8
"8
"8
"8"8
"8"8
"8"8"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8"8
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"8
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"8
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"8
"8"8
"8 "8 "8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8 "8
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"8
"8
"8
"8
"8
"8 "8"8
"8
"8
"8"8
"8 "8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8
"8
"8"8"8 "8"8
"8
"8"8
"8 "8
"8
"8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8 "8"8
"8
"8
"8
"8
"8"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
"8
ESPANHA
Fluxos residência-->trabalho, em 2001(Nºtrabalhadores)
1885 - 46311033 - 1885518 - 1033210 - 51851 - 210
FONTE: INE, Censos 2001
Rede ferroviáriaRede viária principal
Rios principais
"8 Sede de concelho
0 10 Km
N
Sistema Urbano e Organização do Território 41/70
Muito forte
Forte
Níveis de Associação
Significativo
Muito forte
Forte
Níveis de Associação
Significativo
Muito forte
Forte
Níveis de Associação
Significativo
Os centros urbanos que surgem individualizados são os que escapam a este cenário, ou seja,
são valorizados não só pelos do seu próprio distrito mas também por vários concelhos de
outros distritos (no esquema estão individualizados os que têm um mínimo de 4 nomeações
de municípios de outro distrito - traço mais fino).
Esquema 1 - Estrutura de referências urbanas a nível regional
Em termos muito sintéticos, destacam-se as seguintes conclusões:
1. Coimbra surge numa posição central com ligações muito fortes a todos os distritos: é
nomeada pela grande maioria dos municípios da região, vincando a sua imagem
regional.
Sistema Urbano e Organização do Território 42/70
2. Aveiro e Figueira da Foz surgem também centrais, com uma imagem regional muito
forte, mas uma valorização um pouco menor por parte de outros distritos (a Figueira,
por exemplo, é menos nomeada por municípios da Guarda).
3. Na “coroa” seguinte, com menor centralidade, há 4 centros urbanos: Covilhã, S.
Pedro do Sul, Mealhada e Marinha Grande. Este grupo tem uma imagem regional
forte, mas menos consensual e com preferências distintas em termos distritais (S.
Pedro do Sul é valorizado sobretudo pelos municípios do litoral, a Marinha Grande
sobretudo pelos municípios do sul da região e a Covilhã é referenciada
dominantemente pelos municípios do interior).
4. Os centros urbanos da Lousã e da Batalha são mencionados por outros distritos, mas
com menor intensidade que o grupo anterior.
5. Depois temos ainda os centros urbanos que são valorizados sobretudo por outro
distrito, geralmente adjacente e onde a proximidade geográfica é geralmente
importante:
− Águeda é escolhida por vários municípios do distrito de Viseu,
− Mira por vários municípios do distrito de Aveiro,
− Penela e Pampilhosa por vários municípios do distrito de Leiria,
− Seia por vários municípios do distrito de Castelo Branco,
− Manteigas curiosamente por municípios do distrito de Leiria
Finalmente, existem sedes de distrito com imagens regionais aparentemente ténues –Viseu
(escolhido por municípios do distrito de Guarda) e Leiria (escolhido por municípios do distrito
de Coimbra).
É também curioso registar os centros urbanos que não são referenciados e salientar algumas
outras situações:
1. Guarda e Castelo Branco têm muito pouca saliência fora do seu distrito. O centro
urbano de Castelo Branco até para os seus é pouco referenciado.
2. Há também centros urbanos com imagem distrital muito forte mas com valorização
regional fraca: Ovar, Estarreja em Aveiro; Fundão em Castelo Branco; Penacova em
Coimbra; Celorico da Beira na Guarda.
Pode-se concluir que em termos de governância regional, há uma fraca conectividade inter-
municipal. O distrito continua a ser o espaço de conectividade e as NUTS 3 não
Sistema Urbano e Organização do Território 43/70
se visualizam no mapa. Por outro lado, as principais centralidades em termos funcionais não
são sempre as principais referências regionais. Neste sentido, a construção do policentrismo
regional (território de nós e redes) fica de certa forma debilitada pela a fraca conectividade
inter-municipal.
Sistema Urbano e Organização do Território 44/70
2. VISÃO ESTRATÉGICA E MODELO TERRITORIAL
VISÃO PARA O SISTEMA URBANO DA REGIÃO CENTRO
A Região Centro afirmar-se-á como um sistema urbano competitivo e coeso,
potenciando, por um lado, o seu posicionamento estratégico e o seu papel como
espaço de articulação no contexto do sistema urbano nacional e na ligação deste
às redes europeias e, por outro lado, promovendo o seu carácter policêntrico,
consolidando e equilibrando os sistemas urbanos sub-regionais que estruturam
este território e inovando no relacionamento entre os respectivos espaços urbanos
e rurais.
Descrição:
A Região Centro dispõe de uma posição charneira entre as Regiões Metropolitanas de
Lisboa/Vale do Tejo e do Noroeste, e conta ainda com uma estrutura urbana policêntrica
assente num conjunto equilibrado de cidades médias.
Estes atributos positivos e diferenciadores, susceptíveis de conferir a este território uma
importância e um potencial relevante no quadro do sistema urbano nacional, não têm
contudo sido devidamente potenciados devido a diversos factores, com especial destaque:
• por um lado, para os constrangimentos que este mesmo território apresenta no que
respeita quer à sua articulação externa quer à incipiente articulação dos sub-sistemas
urbanos regionais entre si;
• por outro lado, devido às fragilidades de integração funcional que a região
apresenta, e que têm limitado a sua integração territorial e sectorial relativamente a
contextos mais abrangentes.
Sistema Urbano e Organização do Território 45/70
Fonte: Geografia, UP
Fonte: Geografia, UP
ESPANHA
Sistema Urbano do Centro Litoral
Fluxo Residência ->Hospital Geral (2002)
N
Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
População residentenas áreas urbanas, 2001
(nºhabitantes)
40000
1000020000
Sub-sistemas urbanos
0 9 Km
ESPANHA
0 9 Km
Sub-sistemas urbanos
40000
1000020000
População residentenas áreas urbanas, 2001
(nºhabitantes)
Rede ferroviária
Rede viária principal
Rios principais
N
Fluxos Residência ->Trabalho, em 2001,no interior da região (>50 trabalhadores)
Sistema Urbano do Centro Litoral
1885 - 46311033 - 1885518 - 1033210 - 51851 - 210
Sistema Urbano e Organização do Território 46/70
Fonte: Geografia, UP
Perante este quadro, e tendo em vista a concretização da Visão, anteriormente definida, os
seguintes objectivos estratégicos revelam-se como decisivos:
1. Reforçar a articulação do cordão litoral da Região Centro
(Aveiro/Coimbra/Leiria) com as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do
Noroeste, afirmando a sua competitividade nos domínios da Logística, Mobilidade,
Turismo, Saúde e Energia, e desenvolvendo novas funções de apoio à ligação dos
corredores estruturantes entre as duas grandes Áreas Metropolitanas, e entre estas e
a Europa;
2. Promover a articulação entre os sub-sistemas regionais, reforçando o
relacionamento e a conectividade entre os sub-sistemas do litoral e do Interior
(Cordão Litoral/Dão-Lafões/Beira Interior) e as acessibilidades intra-regionais. Será
também fundamental promover o desenvolvimento de complementaridades
funcionais, através da organização e gestão supra-municipal de recursos,
equipamentos e de ofertas (produtivas, urbanas, etc);
3. Estruturar a unidade territorial do Pinhal Interior, desenvolvendo serviços
(organizados à escala supra-municipal), com características polivalentes e orientados
para as zonas rurais de baixa densidade. A qualificação dos centros urbanos e a
aposta no desenvolvimento de actividades ligadas à gestão integrada dos seus
Sistema Urbano e Organização do Território 47/70
recursos naturais (com destaque para a floresta e potencial energético) constituirão
apostas importantes a realizar;
4. Dinamizar o Eixo da Beira Interior, promovendo a competitividade das cidades
que o integram através da requalificação urbana, do desenvolvimento de
complementaridades funcionais e da criação de novas actividades associadas às
respectivas especializações produtivas. Reforçar o “efeito cidade” como factor
dinamizador das áreas de baixa densidade que polarizam deverá ser assumido como
factor relevante de coesão deste território.
A materialização dos objectivos estratégicos e a construção do modelo territorial baseiam-se
num conjunto de fundamentos que deverão constituir-se como referencial para o
desenvolvimento do Sistema Urbano da Região Centro:
• o sistema urbano regional está polarizado por um pequeno número de cidades. Em
torno de cada cidade há um território onde gravitam outras aglomerações urbanas e
espaços rurais. Estes territórios polarizados, organizam-se em torno de mobilidades
para o trabalho e o usufruto de comércio e serviços. Estes conjuntos estruturam sub-
sistemas urbanos.
• - os sub-sistemas urbanos não são estruturas fechadas, mas espaços de articulação
de geometria variável. Há um potencial de concertação estratégica regional (entre os
diferentes sub-sistemas urbanos existentes na região) e com as regiões adjacentes
(com o Norte, o Oeste e Vale do Tejo, o Alentejo e com as metrópoles) que deve ser
dinamizado.
• os sub-sistemas urbanos lideram as redes de internacionalização regional,
dominantemente organizadas a partir da base económica e das redes de
conhecimento (redes tecnológicas e de investigação e formação avançada).
• os sub-sistemas urbanos estabelecem um contexto apropriado para conceber
projectos estruturantes, para consolidar estratégias concertadas e para contratualizar
as diferentes realizações sectoriais.
O sistema urbano regional enquadra-se num território extenso, entre um litoral dinâmico e
fragmentado e um rural pouco denso e regressivo. A estruturação do sistema urbano regional
assenta numa forte articulação entre centros urbanos de 1º nível hierárquico, enquanto
factores de amarração e organização territorial. A construção de um compromisso entre os
objectivos de competitividade e coesão regional está ancorada nestes nós da rede.
Em termos de inserção inter-regional, a Região Centro é um território de charneira entre as
metrópoles de Lisboa e Porto, entre a Região Norte e as regiões de Lisvoa e Vale do Tejo e
do Alentejo. Em termos transfronteiriços, liga-se às regiões espanholas de Castela-Leão e da
Sistema Urbano e Organização do Território 48/70
Estremadura. As cidades de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda, Covilhã e Castelo Branco
são os pilares do policentrismo regional.
Sistema Urbano e Organização do Território 49/70
IP3
IP2
IP1
IC2
IC1
IC1
IP6
IC8
IC6
IP3
IP3
IC2
IC1
IP1
IP6
IC31
IC9
IP5
IP5
IC2
IC26
IC26
IC34
IP5
IP2
IP2
IC3
Centros urbanos regionaisCentros urbanos estruturantes
Centros urbanos complementares
2000 - 46311000 - 2000500 - 1000250 - 50051 - 250
Fluxos casa-->trabalho superiores a 50 trabalhadores
Sistemas urbanos complementaresSistemas urbanos estruturantes
Polaridades regionais
Eixos estruturantes
Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
População residentepor lugar, 2001
100000
2500050000
Sistema Urbano e Organização do Território 50/70
IC34
IP2
IP3
IP2
I C3
IC9I P
6
IC1
IP1
IC1
IP5
IC12
IP3
IC31
IC3 IP
6
IC8
IP6
IP2
IP2
IC6
IC12
IP3
IC3
IC8
I C3
IC9
IP1
IC2
IC1
IC1
IP5
IC7
IP5
IC26
IP3
IC2
IC8
IC8
Fluxos casa-->hospital geral (2002)
Centros urbanos regionaisCentros urbanos estruturantes
Centros urbanos complementares
Sistemas urbanos complementaresSistemas urbanos estruturantes
Eixos estruturantes
Rios principais
Rede viária principal
Rede ferroviária
População residente no concelho, 2001
100000
2500050000
Sistema Urbano e Organização do Território 51/70
População residente no concelho, 2001
100000
2500050000
Rede ferroviária
Rede viária principal
Rios principais
Eixos estruturantes
2000 - 46311000 - 2000
500 - 1000250 - 50051 - 250
Fluxos casa-->trabalho superiores a 50 trabalhadores
Divisão NUT III
Centros urbanos regionaisCentros urbanos estruturantes
Centros urbanos complementares
Sistema Urbano e Organização do Território 52/70
Sistema Urbano e Organização do Território 53/70
IC2
IP3
IC26
IP5
IC7
IP5
IC1
IC1
IC2
IP1
IC9
I C3
IC8
IC3
IP3
IC12
IC6
IP2
IP2
IP6
IC8
IP6
IC3
IC31
IP3
IC12
IP5
IC1
IP1
IC1
IP6 IC
9
I C3
IP2
IP3
IP2
IC34
IC8
IC8
População residente no concelho, 2001
100000
2500050000
Rede ferroviária
Rede viária principal
Rios principais
Eixos estruturantes
Sistemas urbanos complementaresSistemas urbanos estruturantes
Polaridades regionais
Fluxos casa-->trabalho superiores a 50 trabalhadores
2000 - 46311000 - 2000500 - 1000250 - 50051 - 250
Centros urbanos regionaisCentros urbanos estruturantes
Centros urbanos complementares
Reforço da conectividade com o exterior
Reforço da conectividade interurbana
Rede de centros a estruturar
Sistema Urbano e Organização do Território 54/70
Ao longo do litoral desenvolve-se uma extensa mancha urbana estruturada em três sub-
sistemas urbanos:
O sub-sistema Aveiro e Ilhavo-Vagos-Oliveira do Bairro-Águeda-Albergaria-Ovar, é
polarizado pela cidade de Aveiro que se afirma pela oferta de serviços na área do
conhecimento (ensino superior, estruturas de base tecnológica e de investigação), mas
também pelas funções administrativas, sociais e de comércio. Constitui uma centralidade com
uma forte vocação industrial, com intensa inter-relação com a área metropolitana do Porto e
com uma forte componente logística decorrente do Porto de Aveiro, que pode ser potenciado
pela Plataforma Logística.
O sub-sistema de Coimbra integra núcleos como Figueira da Foz, Montemor-o-Velho
Cantanhede, Mealhada, Penacova, Lousã, Miranda do Corvo e Condeixa-a-Nova. Coimbra
destaca-se claramente pela oferta formativa, ligado à universidade secular, mas também nas
funções administrativas, de saúde e de comércio e serviços. Polariza um conjunto de centros
urbanos vizinhos que asseguram a função habitacional de suporte. A influência dos serviços
mais avançados, designadamente na área da saúde, estende-se a um extenso território.
Figueira da Foz mostra a sua especialização nos serviços turísticos.
O sub-sistema Leiria - Marinha Grande estrutura-se em função de Leiria e assenta num
relacionamento produtivo histórico ligado à indústria vidreira, que tem vindo a registar um
upgrade assinalável. Mantem inter-relações com o norte da Área Metropolitana de Lisboa,
particularmente com Nazaré, Alcobaça, Fátima e Tomar. Leiria é um centro de emprego e de
funções administrativas e de comércio e serviços, enquanto que o eixo Nazaré-Alcobaça-
Fatima-Tomar evidencia uma oferta na área do turismo e do património. Pombal polariza o
espaço de intermediação entre Leiria e Coimbra e localiza-se num local estratégico de ligação
ao interior.
O sub-sistema urbano de Viseu, é fortemente polarizada por este núcleo urbano, embora à
sua volta gravitem outras aglomerações urbanas, bem como pequenos centros de cariz rural,
cujos habitantes estão diariamente ligados por diversos motivos (trabalho, consumo e uso de
serviços colectivos). Viseu é uma cidade média com uma dimensão razoável no contexto
nacional, com uma localização privilegiada e com um forte dinamismo comercial e industrial.
Neste sub-sistema gravitam núcleos como Mangualde, Tondela e Nelas, com uma forte
presença da actividade industrial e São Pedro do Sul onde sobressai o termalismo. A
influência deste aglomerado urbano dilata-se para norte em direcção a Lamego e para sul em
direcção a Oliveira do Hospital-Seia-Gouveia.
Sistema Urbano e Organização do Território 55/70
O sub-sistema urbano da Beira Interior, desenvolve-se ao longo da A23 e abrange
Guarda-Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco. É constituído por núcleos que distam
entre si apenas alguns minutos e polarizam as áreas envolventes de baixa densidade. Este
eixo é profundamente marcado por actividades industriais tradicionais, como o têxtil e os
lacticínios, embora apresente actualmente uma estrutura funcional diversificada, como uma
vocação turística ligada sobretudo ao sistema montanhoso Serra da Estrela-Serra da
Gardunha e aos valores patrimoniais existentes. Guarda e Castelo Branco sobressaem pelas
funções administrativas, Covilhã pelos serviços do conhecimento ligados à oferta de ensino
universitário, Fundão pela produção local de excelência como a cereja e Belmonte com uma
forte presença da indústria têxtil. A cidade da Guarda, com a sua posição de charneira entre
duas importantes vias (A23 e A 25), a que acresce a linha ferroviária e a futura plataforma
logística, tem um importante papel de ligação entre o litoral e o resto da Europa, muito
especialmente com Espanha. Por outro lado, a norte, o Douro Património Mundial abre novas
oportunidades de relacionamento. A cidade de Castelo Branco, com o reforço das inter-
conexões com o litoral e Lisboa, evidencia tendências para privilegiar as suas ligações com
Pombal e Leiria e com a metrópole. As redes de concertação com Portalegre, e com o Norte
Alentejano, também constituem uma oportunidade a desenvolver.
A poente da Serra da Estrela aparece um eixo urbano em consolidação, baseado no
segmento da estrada da Beira, Oliveira do Hospital-Seia-Gouveia, suportado num
relacionamento económico que estrutura uma área interior da região. Tem um importante
papel de consolidação de um espaço intersticial, onde na ausência de um núcleo polarizador,
emergem estes três centros urbanos que se complementam. Este eixo urbano sustenta-se
economicamente na actividade industrial tradicional e na oferta de produtos e de turismo
local. Em termos de redes, desenvolve relacionamentos quotidianos (movimentos casa-
trabalho e casa-escola) sobretudo com Viseu e relacionamentos funcionais de nível
hierárquico superior preferencialmente com Coimbra.
Ao longo do IC 8 surge uma nuvem de pequenos centros urbanos, de pequena dimensão
e fraca capacidade de polarização, num contexto demográfico claramente regressivo. A
fragilidade urbana desta área deve ser equacionada a nível regional. Neste contexto, certos
centros urbanos, como a Sertã, poderão ter um papel fundamental na melhoria equidade na
distribuição de serviços.
Trata-se de um território de múltiplas geometrias de relacionamento. Aveiro balança entre
Viseu e Coimbra e articula-se com a metrópole do Porto. Leiria oscila entre a Região Centro e
o Oeste e Vale do Tejo. Castelo Branco tende cada vez mais para ocidente e para a
metrópole de Lisboa, enquanto que a Guarda pende para ocidente e pode vir a interligar-se
Sistema Urbano e Organização do Território 56/70
com o Douro. Viseu é um território de intermediação entre o litoral e o interior e Coimbra
entre as duas metrópoles.
3. NORMAS
3.1. NORMAS ORIENTADORAS E OPERACIONAIS
3.1.1. PRINCÍPIOS GERAIS
A valorização do modelo policêntrico da Região Centro e as políticas de habitação, comércio e
serviços seguem um conjunto de princípios gerais que enquadram as normas gerais e
territoriais.
Um dos princípios fundamentais do PROT-C consiste na consolidação de um modelo
policêntrico de organização do Sistema Urbano Regional como base para a melhoria da
competitividade regional e da qualidade de vida, implicando:
• Aprofundar os relacionamentos entre áreas urbanas do mesmo nível hierárquico e/ou
de níveis hierárquicos diferentes, tendo em vista a construção de massa crítica e de
complementaridades regionais;
• Garantir que os subsistemas urbanos regionais sejam as bases de sustentação da
coesão territorial e da melhoria da qualidade de vida dos residentes;
• Assegurar que a regeneração urbana contribua para potenciar os recursos
diferenciadores dos centros urbanos da Região;
• Consolidar redes de relacionamento transversais e de conexão inter-regional,
nacionais ou fronteiriças, potenciando proximidades geográficas;
• Reforçar a competitividade e a projecção internacional a partir de “redes urbanas”
centradas em factores de inovação territorial;
• Definir regionalmente a coerência dos planos e programas de incidência urbana.
Por outro lado, os princípios das políticas de saúde, educação e formação, apoio social,
cultura e património cultural, desporto e lazer estão definidos nos respectivos Planos
Nacionais, que, conjuntamente com o PNPOT, constituem o referencial para a territorialização
das políticas públicas. Neste âmbito, nas políticas sectoriais:
• a rede de equipamentos e serviços deve responder adequadamente à
diversidade dos contextos territoriais, atendendo às características das
estruturas sociais e económicas e aos níveis e tipologia dos problemas
presentes e emergentes;
Sistema Urbano e Organização do Território 57/70
• o sistema urbano regional orienta a definição e a estruturação das redes de
serviços, infra-estruturas e equipamentos públicos de âmbito supra-municipal
e regional, garantindo condições de equidade territorial em termos de
cobertura e acessibilidade;
• a rede de equipamentos e serviços deve assentar em sistemas de articulação,
de modo a dar coerência à oferta, rentabilizar recursos humanos e físicos e
permitir uma melhor adaptação aos novos desafios da sociedade e da
economia. Neste sentido, deve-se valorizar e melhorar as articulações inter-
sectoriais (entre diferentes Ministérios) e as parcerias inter-institucionais.
3.1.2. SISTEMA URBANO
G1. A estratégia urbana que suporta o PROT-C exige que se fomente a consolidação de um
sistema urbano regional policêntrico segundo um modelo de estrutura urbana a
três níveis:
• Centros urbanos regionais (CUR);
• Centros urbanos estruturantes (CUE);
• Centros urbanos complementares (CUC).
G1.1. Os CUR definem-se pela concentração de população residente, pela importância da
base económica e por um leque diversificado de equipamento e serviços. No seu contributo
para o policentrismo deve-se:
i. Afirmar os CUR como âncoras do desenvolvimento da Região, onde os compromissos
entre os objectivos de competitividade e coesão regional são aqui ancorados.
ii. Desenvolver redes de forte articulação com os níveis hierárquicos superiores e/ou
inferiores, contribuindo para uma forte coesão do conjunto urbano;
iii. Desempenhar funções de articulação regional, liderar processos de inovação e
desenvolvimento económico e dinamizar redes urbanas de afirmação externa.
iv. Fomentar o inter-relacionamento institucional, com a participação dos diferentes
agentes sociais e económicos.
v. Impulsionar redes temáticas (cidades patrimoniais, cidades turísticas, cidades
desportivas, entre outras), em que a proximidade ou a contiguidade não são requisitos
necessários.
vi. Os Centros Urbanos Regionais de Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria, Viseu,
Guarda, Covilhã e Castelo Branco devem assumir esta função de ancoragem regional.
Sistema Urbano e Organização do Território 58/70
G1.2. Os CUE desenvolvem um leque de funções razoavelmente diversificado ou um conjunto de
funções especializadas. No seu contributo para o policentrismo deve-se:
i. Afirmar-se como nós estruturantes do sistema urbano regional.
ii. Desenvolver redes de forte articulação com os centros urbanos regionais e os centros
urbanos complementares, consolidando sub-sistemas urbanos.
iii. Desempenhar funções de articulação supra-municipal e construir e dinamizar redes
urbanas potenciadoras da coesão territorial.
iv. Cooperar na promoção conjunta de um espaço sócio-económico, territorialmente
coerente e que ofereça uma coesão produtiva e socio-cultural.
v. Fomentar o inter-relacionamento institucional, com a participação dos diferentes
agentes sociais e económicos.
vi. Afirmar, eventualmente em complementaridade com os centros regionais, algumas
funções de especialização, para a construção de redes temáticas, em que a
proximidade ou a contiguidade não são requisitos necessários.
vii. Os Centros Urbanos de Ovar, Ílhavo, Águeda, Cantanhede, Pombal, Marinha Grande,
Mangualde, Tondela, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital devem assumir esta função
de estruturação do território regional.
G1.3. Os CUC apresentam um leque mínimo de funções urbanas, ainda que pouco
diversificadas, mas fundamentais na sustentação da coesão territorial e na consolidação de redes
de proximidade. No seu contributo para o policentrismo deve-se:
i. Afirmar os centros urbanos complementares enquanto nós de estruturação e
amarração local e de articulação com o sistema urbano regional.
ii. Assegurar, nos territórios de baixa densidade, que os centros urbanos
complementares são nós fundamentais de sustentação sócio-rural.
iii. Afirmar os centros urbanos complementares enquanto espaços de cidadania, de
valorização de recursos e de quadros de vida cruciais para o desenvolvimento local.
iv. Os centros urbanos, que não são centros urbanos regionais nem centros urbanos
estruturantes, mas são sedes de concelho, devem desempenhar um papel
complementar na estruturação regional. Estes centros urbanos podem fazer parte de
um ou mais sub-sistemas urbanos.
Sistema Urbano e Organização do Território 59/70
G2. Consolidação de um sistema urbano policêntrico suportado no papel dos centros
urbanos regionais:
a) Desenvolver redes inter-urbanas, articulando funções orientadas para potenciar e
valorizar as especificidades e a diversidade dos recursos urbanos.
b) Expandir os serviços avançados nos centros urbanos regionais, através de uma maior
articulação com o SC&T.
c) Reestruturar e inovar os serviços urbanos da Administração Pública (e-Government,
e-Planning, e-Health, …).
d) Fomentar complementaridades e economias de aglomeração inter-urbanas capazes
de alavancar as áreas de maior densidade e potencial económico.
e) Conceber e operacionalizar um sistema integrado de aproveitamento e monitorização
dos recursos do Mar, a partir dos sub-sistemas urbanos do litoral.
G3. Consolidação de um sistema urbano policêntrico regional, suportado em subsistemas
urbanos e em eixos de relacionamento longitudinal ou transversal regionais:
a) Fomentar a articulação urbana no litoral, sobretudo entre Aveiro, Coimbra, Leiria-
Marinha Grande, fortalecendo desta forma a massa crítica urbana, social e económica
dos territórios inter-metrópoles.
b) Fomentar a articulação urbana transversal, litoral-interior, de forma a fortalecer a
coesão com os territórios de baixa densidade, designadamente em torno do eixo
Aveiro-Viseu-Guarda e Leiria-Castelo Branco.
c) Fortalecer os níveis de especialização e o carácter inovador do sub-sistema urbano
ancorado em Aveiro;
d) Valorizar o sub-sistema urbano ancorado em Coimbra-Figueira da Foz;
e) Fortalecer e inovar o sub-sistema urbano de Leiria-Marinha Grande;
f) Desenvolver e articular o sub-sistema urbano de Viseu/Dão-Lafões;
g) Dinamizar e impulsionar o Eixo da Beira Interior;
h) Consolidar o eixo transversal estruturado pelos centros urbanos de Oliveira do
Hospital-Seia-Gouveia;
i) Estruturar as centralidades urbanas no Pinhal Interior.
Sistema Urbano e Organização do Território 60/70
G4. Reforçar as sinergias urbano-rurais:
a) Procurar maximizar as articulações entre o urbano e o rural, atendendo às
especificidades das “unidades territoriais” e as respectivas unidades urbanas.
b) Incentivar as parcerias institucionais de âmbito urbano-rural, como instrumento de
coordenação das actuações da administração local e central e de outros agentes
pertinentes.
c) Assumir os sub-sistemas urbanos, enquanto espaço de cidadania, de valorização de
recursos, de residência e de quadros de vida, e como referencial de desenvolvimento
urbano-rural.
d) Assegurar nos sub-sistemas urbanos uma distribuição de serviços e uma oferta de
equipamentos que promova a polivalência, a complementaridade e a equidade
territorial.
e) Organizar a mobilidade de pessoas e bens, de forma a assegurar a equidade territorial no
acesso a bens e serviços.
f) Organizar os serviços agro-rurais de carácter inter-municipal ou regional, privilegiando
as polarizações já existentes e de forma a criar sinergias inter-serviços.
g) Definir a escala (municipal, inter-municipal ou regional) a que devem ser prestados
os serviços ao sector agro-rural e organizar os serviços em função do tipo de
mobilidade a incrementar (ou seja, identificando se deve ser o serviço que se desloca
ao produtor/agricultor ou se é o produtor/agricultor que se desloca ao serviço).
G5. Consolidação do sistema urbano da Região, através do fortalecimento da cooperação
inter-urbana (intra-regional, inter-regional e de afirmação externa) baseada em
relacionamentos múltiplos de geometrias variáveis:
a) Promover o estabelecimento de redes envolvendo os diferentes actores do PROT, tendo
em vista a facilitação e mobilização colectiva para o estabelecimento de redes de
concertação inter-urbana e intra-urbana.
b) Investir no perfil estratégico desta área enquanto factor de inserção internacional,
com tradução em acções/projectos ambiciosos de qualificação das infra-estruturas,
equipamentos, serviços, espaço público e ambiente.
c) Aumentar a interacção (territorial e funcional) da Região Centro com as regiões
espanholas de Castela-Leão e da Estremadura.
Sistema Urbano e Organização do Território 61/70
d) Reforçar a articulação do cordão litoral da Região Centro (Aveiro/Coimbra/Leiria) com
as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, nos domínios da Logística, Mobilidade,
Turismo, Saúde e da Energia.
e) Afirmar Aveiro nas redes de articulação com a metrópole do Porto, designadamente
nas áreas do conhecimento, nas fileiras do Habitat e das TIC, e da Logística.
f) Afirmar Leiria-Marinha Grande nas redes de articulação com a metrópole de Lisboa,
designadamente nas áreas da Logística.
g) Reforçar Coimbra nas redes da área da saúde, no âmbito nacional e externo,
designadamente com o cluster da saúde da metrópole do Porto.
h) Garantir redes de articulação com o Oeste e o Médio Tejo nas áreas do património e
do turismo (Alcobaça-Batalha-Fátima-Tomar).
i) Apostar em Viseu e na Guarda enquanto “portas” de entrada para a Região do Douro
– Património Mundial.
j) Fomentar as redes de articulação de Castelo Branco com o Norte Alentejano e com o
Médio-Tejo.
k) Reforçar as redes de articulação e afirmação externa.
3.1.3. FUNÇÕES URBANAS : HABITAÇÃO , COMÉRCIO E SERVIÇOS
G6. A Administração Local, em colaboração e com o apoio da Administração Central, deve
preservar a função residencial nos centros urbanos e conceber um tecido urbano
integrador em termos sociais:
a) Definir uma política municipal de habitação, eventualmente recorrendo à
concepção de um Programa Local de Habitação, que desenvolva um estudo da
procura e da oferta de habitação local, tendo em consideração a sua crescente
diferenciação, a reabilitação, o realojamento, a segunda habitação, os
residentes de carácter temporário e a eventual necessidade de atrair e fixar
população jovem e/ou imigrante. Os problemas de habitação devem ser
especificados em função das diversidades territoriais locais, designadamente
as questões inerentes às áreas rurais.
b) Fomentar a reabilitação para habitação do parque edificado existente,
estabelecendo medidas de discriminação positiva para a reabilitação dos
tecidos urbanos existentes.
c) De forma a atenuar progressivamente carências habitacionais observadas a
nível municipal, a administração local poderá definir a afectação de quotas de
habitação a custos controlados nas novas urbanizações garantidas pelos
promotores privados. O Programa Local de Habitação ou a regulamentação
Sistema Urbano e Organização do Território 62/70
dos PMOTs (Unidades de Execução) podem ser também instrumentos de
previsão de quotas mínimas de habitação acessível a estratos sociais com
menores recursos, atendendo às diferentes realidades sócio-territoriais.
d) Facilitar o acesso das famílias jovens a alojamentos a preços razoáveis nos
meios rurais. Nestes territórios os municípios podem apostar em apoios à
aquisição ou à auto-construção de habitação a custos limitados, desenvolvidos
fundamentalmente em “géneros” (terrenos a preços muito reduzidos ou
simbólicos, materiais de construção, projecto e acompanhamento de obra,
mão de obra para apoio à auto-construção, incentivos fiscais, redução de
taxas de licenciamento, etc.), em vez de apoios financeiros. Assiste-se hoje a
alguma inovação nas formas de apoio, que podem ser exploradas
nomeadamente pela população jovem e/ou imigrante.
G7. O planeamento municipal das actividades comerciais deve contribuir para a
consolidação do sistema urbano regional e para a estruturação urbana:
a) De acordo com o sistema urbano do Centros, os centros urbanos regionais devem
desenvolver uma estrutura comercial diversificada e inovadora que contribua para
a competitividade regional do sistema urbano e para a melhoria da qualidade de
vida das populações. Os centros urbanos estruturantes e complementares devem
promover uma oferta comercial que favoreça a sociabilidade urbana e melhore a
qualidade de vida das populações. Nas áreas turísticas, os centros urbanos devem
incrementar uma oferta comercial mais especializada e orientada para a procura
residencial e turística.
b) O planeamento urbano, ao tratar especificamente da regulação espacial do
pequeno e médio comércio das áreas urbanas, deve favorecer um modelo de
cidade funcionalmente diversificada. Nas áreas centrais antigas ou históricas,
deve-se regulamentar a implantação das actividades comerciais com o objectivo
de inovar e valorizar os tecidos antigos ou a qualidade histórica e patrimonial da
escala urbana.
c) As novas formas de comércio, sobretudo a implantação de grandes
estabelecimentos ou conjuntos comerciais, têm cada vez mais repercussões sobre
os modelos de cidade, afectando a estrutura e a organização urbana, e a própria
rede urbana. Assim, a localização de novos empreendimentos comerciais deve
optimizar a funcionalidade dos núcleos existentes, promover a sua qualificação,
incluindo, as formas de comércio dito tradicional que constituem um elemento de
identidade social e urbana, sobretudo nos centros antigos ou históricos.
Sistema Urbano e Organização do Território 63/70
G8. Os objectivos gerais a prosseguir pela política de equipamentos deverão ser os
seguintes:
a) A oferta de equipamentos e serviços deve contribuir para a consolidação do sistema
urbano regional.
b) Aumentar a articulação, inter-sectorial e inter-institucional, nas respostas às
necessidades locais, promovendo acções que visem a melhoria da qualidade de vida
das populações (sobretudo as mais carenciadas) e/ou organizando uma oferta
integrada de multi-serviços (sobretudo nos territórios de baixa densidade).
c) Organizar os serviços em função do tipo de mobilidade a incrementar, ou seja,
identificando se deve ser o serviço que se desloca ao utente ou se é o utente que se
desloca ao serviço.
d) Desenvolver uma rede de centros multi-serviços assente na integração e polivalência
de recursos e na contratualização entre os serviços desconcentrados da
administração pública central, as autarquias e outros agentes de desenvolvimento
local.
e) Garantir níveis de mobilidade de pessoas e bens, designadamente nos territórios de
baixa densidade, de forma a garantir níveis de equidade territorial.
f) Criar infra-estruturas e impulsionar o uso das TIC, na organização, no uso e no
acesso aos serviços.
G9. Em matéria de rede de equipamentos e serviços de saúde, com vista à prossecução
dos interesses públicos e dos objectivos estratégicos estabelecidos nesta componente,
competirá à Administração Central, em colaboração com a Administração Local:
a) Reestruturar os Serviços de Saúde Pública Locais de forma a proporcionarem
uma utilização adequada dos instrumentos epidemiológicos essenciais ao
cumprimento das suas funções, o que significa que os Serviços de Saúde Pública
Locais devem organizar-se de acordo com critérios geodemográficos. Neste âmbito, é
fundamental articular a organização dos serviços ao modelo de sistema urbano
regional, trabalhando em rede, de acordo com as necessidades de saúde, as
condições de acessibilidade, e a necessidade de reforçar a qualidade e a eficiência do
sistema.
b) No âmbito dos cuidados de saúde primários, os centros de saúde, as unidades de
saúde familiar, os serviços de saúde ao domicílio, as unidades móveis de saúde e os
serviços multi-serviços de proximidade devem garantir uma oferta de serviço de
qualidade, assente num modelo que garanta a equidade territorial.
i. Os Centros de Saúde devem abranger áreas com uma dimensão
Sistema Urbano e Organização do Território 64/70
geodemográfica que permita vigilância e gestão epidemiológica para a maioria
dos fenómenos saúde-doença. Para atingir a referida dimensão geo-demográfica,
podem ser agrupados centros de saúde, não prejudicando a identidade e a
denominação dos centros de saúde existentes. Os Agrupamentos de Centros
de Saúde permitem uma gestão articulada e integrada de recursos com uma
área de influência até 50.000 utentes nas zonas menos povoadas e 200 mil nas
mais povoadas. Os centros de saúde, e implicitamente os agrupamentos de
centros de saúde, devem assumir-se como centros de recursos de intervenção na
comunidade e dinamizar uma participação efectiva dos utentes e das
comunidades. Na Região Centro devem funcionar 18 agrupamentos de Centros
de Saúde.
ii. De forma a responder com mais qualidade aos desafios que se colocam
actualmente aos cuidados de saúde primária, as Unidades de Saúde Familiar
são, ou devem vir a ser, as unidades elementares de prestação de cuidados
individuais e familiares, garantindo a prestação de cuidados de saúde gerais, de
forma personalizada, com continuidade e acessibilidade. Esta responsabilidade
focaliza-se num grupo de cidadãos que, em geral, varia entre 4000 e 14000
utentes.
iii. As unidades móveis devem constituir uma forma de levar os cuidados
primários a populações muito isoladas, designadamente nos territórios de baixa
densidade, ou a grupos populacionais específicos (grupos de elevado risco de
saúde e/ou social.
iv. De forma a ser melhorada a prestação de cuidados de saúde ao domicílio, os
Centros de Saúde /Unidades de Saúde Familiar devem ser dotados dos recursos
logísticos e materiais necessários e adequados à população presente.
c) A prestação de cuidados de saúde diferenciados é, dentro da região Centro, da
responsabilidade da Rede Hospitalar: Centro Hospitalar de Coimbra, Hospitais da
Universidade de Coimbra, Guarda, Viseu, Tondela, Leiria, Aveiro, Centro Hospitalar da
Cova da Beira (Covilhã e Fundão), Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco), Centro
Hospitalar Psiquiátrico Sobral Cid de Coimbra, Centro de Medicina de Reabilitação da
Região Centro - Rovisco Pais, Águeda, Seia, Águeda, Visconde Salreu (Estarreja),
Anadia, Pombal e Cantanhede.
d) A Rede de Serviços de Urgência deve possuir as valências e os meios necessários
à prestação de um serviços de emergência de qualidade.
e) Fomentar a interligação entre centros de saúde-hospitais, via Unidades Locais de
Saúde, de forma a favorecer uma abordagem sistémica da saúde, ou seja a
organização e prestação dos cuidados de saúde centrada no cidadão.
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f) As tecnologias de informação e comunicação (TIC) e os serviços de telemedicina
devem também contribuir para uma melhor gestão integrada do utente, centrada no
cidadão e na resposta às suas necessidades.
G10. Em matéria de redes de equipamentos e serviços de Educação e Formação, com vista à
prossecução dos interesses públicos e dos objectivos estratégicos estabelecidos nesta
componente, competirá à Administração Central e à Administração Local:
a) Organizar uma rede de Escolas Básicas Integradas a nível regional. A educação
pré-escolar, os 1º, 2º e 3º ciclos devem funcionar de forma articulada, para dar
coerência pedagógica a todo o funcionamento da escolaridade básica e da educação
pré – escolar;
b) A rede de equipamentos de educação pré-escolar deve articular a rede pública
e a rede privada e solidária, para que todas as crianças entre os 3 e os 5 anos
possam frequentar este nível de escolaridade e de forma a permitir um alargamento
do horário escolar. As escolas devem garantir o funcionamento em horário a tempo
inteiro, assegurando as “actividades extra curriculares” com acesso a recursos
adequados (sala de informática, sala de recursos, ginásio, biblioteca, refeitório).
c) No 2º e 3º ciclo e secundário deve-se garantir uma maior racionalização de recursos
em prole de uma melhor qualidade da prestação dos serviços. Deve-se diminuir o
número de unidades de gestão e haver uma melhor partilha e qualidade de recursos
materiais (refeitório, polivalente, sala de actividades, biblioteca) e imateriais (gestão
e projectos integrados). Neste âmbito, a oferta de equipamentos deve contribuir para
a consolidação do modelo de sistema urbano.
d) Deve-se desenvolver conselhos intermunicipais, apoiados na definição de territórios
educativos supra municipais, que possibilitem a construção de Cartas Educativas
Regionais ou Sub-regionais. Estas cartas devem definir programas educativos
específicos, designadamente ao nível do ensino secundário e profissional, uma
melhor articulação de recursos humanos e físicos e o desenvolvimento de uma oferta
formativa melhor adaptada às necessidades do mercado de trabalho e à procura
existente.
e) A nível regional, deve ser valorizada e melhorada a articulação entre a rede de
agrupamentos de escolas básicas, escolas do ensino secundário, profissionais,
centros de formação profissional e outras instituições formadoras, de forma a permitir
o desenvolvimento de uma rede de cursos profissionalizantes, de acordo com as
necessidades do tecido económico e de forma a serem atingidas as metas
consagradas no Programa das Novas Oportunidades.
f) A nível regional, deve-se desenvolver formas institucionais de articulação entre a
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rede de escolas do ensino secundário, a rede de estabelecimentos do ensino superior,
e outras entidades formativas, de modo a permitir uma sequencialidade coerente nas
áreas de formação e a uma melhor adequação às necessidades da procura.
G11. Em matéria de rede de equipamentos e serviços de Apoio Social, com vista à
prossecução dos interesses públicos e dos objectivos estratégicos estabelecidos nesta
componente, competirá à Administração Central e à Administração Local e a outras
instituições públicas ou privadas:
a) Conceber Planos de Desenvolvimento Social a nível regional (NUT 2) e/ou sub-
regional (NUT 3), que façam um diagnóstico e definam uma estratégia sócio-
territorial, atendendo às prioridades definidas na política nacional (combate à pobreza
das crianças, idosos e famílias, a correcção das desvantagens de educação e
formação, e a integração de deficientes e imigrantes) e à diversidade de
contextos sócio-territoriais (de acordo com as características das estruturas
sócio-demográficas e os níveis e tipologia dos problemas presentes e emergentes).
Neste âmbito, devem também ser criados sistemas de monitorização e avaliação
das políticas sociais em termos territoriais
b) Dar resposta às necessidades de criação de novos lugares em equipamentos de
apoio a crianças e jovens e aos idosos, garantindo taxas de cobertura nas áreas
de maior densidade e níveis de equidade territorial nas áreas de baixa densidade.
c) Ao nível da deficiência e saúde mental, deverá promover-se a instalação de
equipamentos supra-municipais seguindo o modelo do sistema urbano da região.
d) Numa perspectiva intersectorial, a segurança social e os serviços de saúde devem
caminhar para a conclusão da rede de cuidados continuados, na qual as unidades de
convalescença se instalam junto dos hospitais e as unidades de média e longa
duração se encontram mais disseminadas pelo território. Por outro lado, a segurança
social e os serviços de educação devem articular a oferta de serviços na área da
educação pré-escolar, da escola a tempo inteiro, e da educação e da formação para
todos e ao longo da vida.
e) Numa perspectiva inter-institucional, e sobretudo nos territórios de baixa
densidade, os diferentes órgãos da Administração Central e as Câmaras Municipais
devem articular as respostas às necessidades locais, organizando uma oferta
integrada de multi-serviços (saúde, educação, formação profissional, e apoio social) e
promovendo acções que visem a melhoria da qualidade de vida das populações mais
carenciadas (conforto habitacional, sociabilidade nos espaços-internet, etc).
Sistema Urbano e Organização do Território 67/70
G12. Na organização da rede de equipamentos e serviços de Cultura, com vista à
prossecução dos interesses públicos e dos objectivos estratégicos, competirá à Administração
Central e à Administração Local e a outras instituições públicas ou privadas:
a) Estruturar a oferta de equipamentos e serviços culturais segundo o modelo de
sistema urbano da região Centro, numa lógica de rentabilização e organização
dos recursos existentes e de valorização patrimonial.
b) Garantir que todos os municípios possuem uma Biblioteca Pública, a inserir na
Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, e favorecer a qualificação / adequação de
equipamentos existentes, em particular os teatros, cine-teatros e as
infraestruturas museológicas (visando uma integração futura na Rede Portuguesa
de Museus).
c) Desenvolver as complementaridades territoriais e as sinergias entre os
diversos tipos de equipamentos e serviços, fomentando a articulação de
iniciativas, estruturas e equipamentos, de forma a consolidar o modelo de
sistema urbano, reforçar as especificidades instaladas e rentabilizar os recursos
existentes. Neste âmbito, as redes devem ser ancoradas preferencialmente nos
centros urbanos regionais.
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3.2. NORMAS TERRITORIAIS
T1. Fortalecer os níveis de especialização e o carácter inovador do sub-sistema urbano
ancorado em Aveiro, de forma a:
a) Articular a produção e a oferta de serviços na área do conhecimento (ensino
superior, estruturas de base tecnológica e de investigação) e desenvolver serviços
avançados de apoio à actividade empresarial deste território;
b) Articular a oferta de equipamentos e serviços de educação, saúde, cultura, lazer e
apoio social;
c) Organizar este sub-sistema a partir do centro regional de Aveiro e dos centros
estruturantes de Ílhavo, Águeda, Ovar e uma estrutura múltipla de centros urbanos
complementares;
d) Reforçar a articulação do cordão litoral da Região Centro (Aveiro/Coimbra/Leiria)
com as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, nos domínios da Logística,
Mobilidade, Turismo, Saúde e da Energia;
e) Afirmar Aveiro nas redes de articulação com a metrópole do Porto, designadamente
nas áreas do conhecimento, nas fileiras do Habitat e das TIC, e da Logística;
T2. Valorizar o sub-sistema urbano ancorado em Coimbra-Figueira da Foz:
a) Reforçar as complementaridades e apostando numa estratégia urbana em torno da
saúde, turismo (designadamente turismo sénior, articulado com os serviços de
saúde), cultura e lazer;
b) Articular a oferta de equipamentos e serviços de educação, saúde, cultura, lazer e
apoio social;
c) Organizar este sub-sistema integrando os centros urbanos regionais Coimbra e
Figueira da Foz e ainda o centro estruturante de Cantanhede, conjuntamente com
um conjunto de centros complementares envolventes;
d) Reforçar Coimbra nas redes da área da saúde, no âmbito nacional e externo.
T3. Qualificar o sub-sistema urbano de Leiria:
a) Reforçar complementaridades e inovar em torno da base económica envolvente;
b) Articular a oferta de equipamentos e serviços de educação, saúde, cultura, lazer e
apoio social;
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c) Organizar este sub-sistema integrando o centro urbano regional de Leiria e ainda os
centros estruturantes de Marinha Grande e Pombal, associando-se um leque de
centros urbanos complementares localizados nas proximidades;
d) Afirmar Leiria-Marinha Grande nas redes de articulação com a metrópole de Lisboa
designadamente nas áreas da Logística;
e) Garantir redes de articulação com o Oeste e o Médio Tejo nas áreas do património
e do turismo (Alcobaça-Batalha-Fátima-Tomar).
T4. O sub-sistema urbano de Viseu/Dão-Lafões, deve:
a) Desenvolver a capacidade de oferta de serviços avançados nas áreas do turismo
e do apoio empresarial;
b) Articular localmente estratégias em torno da oferta turística (termalismo,
gastronomia e produtos vinícolas);
c) Organizar este sub-sistema em torno da polarização por Viseu e dos núcleos
estruturantes como Mangualde e Tondela que gravitam em torno da sua
infliuência e de um conjunto diversificado de pequenos centros complementares;
d) Apostar em Viseu como “porta” de entrada para a Região do Douro – Património
Mundial.
T5. A dinamização do Eixo da Beira Interior implica:
a) Promover a coesão das cidades que o integram através da requalificação urbana,
do desenvolvimento de complementaridades funcionais e do incentivo às novas
actividades associadas às respectivas especializações produtivas (moda, agro-
alimentar e floresta);
b) Reforçar o papel dos centros urbanos regionais e estruturantes enquanto
dinamizadores e suporte das áreas de baixa densidade envolventes;
c) Reforçar os espaços de relacionamento transversais, nacionais e transfronteiriços;
d) Organizar este sub-sistema urbano integrando os centros urbanos de Guarda,
Covilhã e Castelo Branco e um grupo de pequenos centros urbanos
complementares;
e) Apostar no estatuto da Guarda como “porta” de entrada para a Região do Douro –
Património Mundial;
f) Fomentar as redes de articulação de Castelo Branco com o Norte Alentejano e com o
Médio-Tejo.
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T6. A consolidação do eixo transversal estruturado pelos centros urbanos de Oliveira do
Hospital-Seia-Gouveia implica:
a) Dinamizar o relacionamento económico e social destes centros urbanos
estruturantes enquanto factores de amarração e dinamização dos territórios
envolventes de baixa densidade.
b) Articular estratégias e projectos com os sub-sistemas envolventes – com Coimbra
na área da saúde; com o eixo da Beira Interior nas áreas das agro-florestais e do
turismo; com Viseu nas áreas dos serviços de educação, cultura e lazer.
T7. A consolidação do eixo transversal estruturado pelos centros urbanos de Oliveira do
Hospital-Seia-Gouveia implica:
c) Dinamizar o relacionamento económico e social destes centros urbanos
estruturantes enquanto factores de amarração e dinamização dos territórios
envolventes de baixa densidade.
d) Articular estratégias e projectos com os sub-sistemas envolventes – com Coimbra
na área da saúde; com o eixo da Beira Interior nas áreas das agro-florestais e do
turismo; com Viseu nas áreas dos serviços de educação, cultura e lazer.
T8. A estruturação do sistema urbano da unidade territorial do Pinhal Interior implica:
a) Desenvolver serviços, organizados à escala supra-municipal, com características
polivalentes e orientados para as zonas rurais de baixa densidade.
b) Qualificar os centros urbanos, designadamente a Sertã;
c) Reforçar as actividades ligadas à gestão integrada dos recursos naturais (com
destaque para a floresta e o potencial energético).
d)Integram esta unidade designadamente Proença-a-nova, Sertã, Pedrógão Grande,
Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, e um pequeno grupo de centros
urbanos complementares localizados nas proximidades geográficas.