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Domínio Total
Por
Silvio Dutra
Jul/2018
2
A474 Alves, Silvio Dutra Domínio total / Silvio Dutra Alves Rio de Janeiro, 2018. 45p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Soberania. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 232
3
“O Senhor tem estabelecido o seu trono nos
céus, e o seu reino domina sobre tudo.” (Salmo
103.19)
“E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu
dominas sobre tudo, e na tua mão há força e
poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar
força a tudo.” (I Crônicas 29.12)
Deus usa instrumentos, tanto da igreja,
quanto do mundo, para a consumação dos Seus
propósitos e controle sobre todas as coisas na
Terra.
Todavia, é Ele mesmo que tudo faz e opera pela
própria concessão, ou ação direta do Seu poder
divino, de modo que o instrumento nada faz de
si mesmo, porque Deus é quem controla e
realiza tudo.
Veja as próprias Cruzadas na Idade Média, que
foram um movimento usado pela Igreja Católica
em coligação com os poderes seculares do
mundo. Qual foi seu propósito, senão a própria
ação de Deus para impedir o avanço do
Islamismo em toda a Terra?
A propósito, isto teria ocorrido, caso não
houvesse a interferência divina, pois lhes foi
4
permitido fazer avanços consideráveis até
então.
Não se entenda com isto, que Deus tenha
subscrito todos os métodos e intenções dos que
se empenharam nas Cruzadas, mas sem dúvida,
elas foram permitidas porque eram necessárias
para o propósito de se reduzir o poder do Islã,
especialmente no mundo ocidental que deveria
ser libertado de sua completa influência,
sobretudo, deve-se ter em conta que com a
libertação de Jerusalém da dominação árabe
pelas Cruzadas, não era o interesse imediato dos
que estavam envolvidos naquela empreitada,
garantir a Israel direitos absolutos sobre aquele
território, até mesmo porque haviam sido
expulsos de lá desde o ano 70, e aqui as ações se
desenvolveram na Idade Média nos séculos XII
a XV.
O alvo era o de manter a Terra Santa sob o
controle dos cristãos e não dos muçulmanos,
mas em tudo isto, Deus estava olhando adiante,
quando faria Israel retornar para lá, e assim
evitou previamente, uma completa dominação
islâmica daquele território.
Temos outro exemplo desta soberania divina,
quando Israel foi libertado do cativeiro em
Babilônia, em 532 a.C. Uma vez decorrido o prazo
5
de setenta anos, que Deus predissera que eles
deveriam permanecer lá, o arcanjo Miguel foi
levantado para operar na Corte da Pérsia, já que
seria pela decisão de uma coligação entre
medos e persas, que Ciro os conduziria para fora
de Babilônia, e havia necessidade de que fosse
aprovado e assinado por aquela corte, o decreto
que permitiria aos judeus retornarem e
habitarem em sua própria terra, na Palestina.
Certamente, isto deveria estar sendo obstado
pela ação de muitos cortesãos medos e persas,
mas o anjo do Senhor, que partiu com a missão
de dar o significado da visão a Daniel, ajudado
por Miguel, prevaleceu sobre eles para que
fossem atendidos os interesse de Israel e não
propriamente os de Satanás, que era o de
impedir que retornassem à sua pátria.
“12 Então, me disse: Não temas, Daniel, porque,
desde o primeiro dia em que aplicaste o coração
a compreender e a humilhar-te perante o teu
Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por
causa das tuas palavras, é que eu vim.
13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu
por vinte e um dias; porém Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu
obtive vitória sobre os reis da Pérsia.” (Daniel
10.12-13).
6
Exércitos de anjos entram em operação nestes
conflitos terrenos, quando o resultado final
deve ser aquele que Deus determinou, e não o
que é intentado pelos homens e demônios sob o
governo de Satanás.
A revelação deveria ter prosseguimento até a
manifestação do Messias; e não seria a idolatria
que passou a reinar em Israel, que o impediria,
pois Deus purificou o povo da idolatria,
enviando-o para o cativeiro prolongado em
Babilônia.
Quando aqueles a quem cabe guardar a verdade
e proclamá-la na terra, se prostituem e a
pervertem, o Senhor sempre guardará para si
um remanescente fiel para preservá-la. Os céus
e a terra podem passar, mas a Palavra do Senhor
jamais, pois vela por ela e a mantém, a despeito
de toda oposição, inclusive esta perversa que
parte do seu próprio povo.
Nos dias do rei Ezequias, milhares do exército
sírio de Senaqueribe foram destruídos por um
só anjo, a serviço de Deus, num só momento de
uma mesma noite. Aquela ação de Senaqueribe
tinha por detrás dela, a intenção de Satanás de
varrer Israel do mapa, como continua sendo a
mesma até hoje - e tudo com o propósito de
desacreditar a Palavra de Deus que tem
7
promessas específicas para a preservação de tal
povo, até o tempo de restauração de todas as
coisas.
Israel vive e continuará vivendo, porque o
Senhor vive. Hitler que o diga no inferno. Hamã
também, e todos aqueles que foram
instrumentos do diabo para tal propósito
perverso de tentar exterminar Israel.
Nem mesmo na dispersão dos judeus por todo o
mundo, em razão da rejeição de Jesus por eles,
operada pelo general romano Tito, em 70 d.C.,
que durou até meados do século XX, quando
retornaram à Palestina, a nacionalidade de
Israel foi extinta. Eles deixaram de ter um país
por todo este tempo, mas não deixaram de ter a
nacionalidade judaica, o que é mais uma
demonstração do grande poder do Senhor para
cumprir Seus propósitos.
É em Israel que devem ocorrer todas as coisas
do período da Grande Tribulação, com o
Anticristo, e depois de tantos séculos
decorridos, o palco foi montado pelo poder de
Deus, para que o conflito final seja estabelecido
para o retorno de Jesus a este mundo.
Tudo o que Ele já fez até agora, em múltiplos
cumprimentos de suas promessas e registros
8
em profecias, afiança com toda a segurança que
certamente há de cumprir tudo o mais que tem
prometido fazer. Bem-aventurados, pois, são
todos os que nele confiam e esperam.
Esta é uma luta que há no mundo; que na
verdade é contra a Palavra de Deus, contra a sua
fidelidade e poder de preservar e manter todas
as suas boas promessas, mas sabemos qual tem
sido o resultado de toda esta forte oposição e
perseguição pelo testemunho da própria
história.
Quantos servos fiéis foram queimados em
estacas, por causa do bom testemunho que
receberam da parte do Senhor quanto à
fidelidade deles à verdade!
Quantas bíblias foram queimadas em todas as
partes do mundo!
Mas, no que tem dado todo este esforço
maligno?
Satanás tem alcançado seu objetivo?
Quando o rei Jeoaquim queimou o livro do
profeta Jeremias, não foi por ter sido obrigado
por algum poder estrangeiro, mas o fez na
9
condição de ser o próprio rei de Israel, agindo
contra as ordenanças de Deus.
Deus ordenou que Baruque reescrevesse o livro,
e tomou providências quanto àquele ato insano
do rei.
“27 Então, veio a Jeremias a palavra do SENHOR,
depois que o rei queimara o rolo com as palavras
que Baruque escrevera ditadas por Jeremias,
dizendo:
28 Toma outro rolo e escreve nele todas as
palavras que estavam no original, que Jeoaquim,
rei de Judá, queimou.
29 E a Jeoaquim, rei de Judá, dirás: Assim diz o
SENHOR: Tu queimaste aquele rolo, dizendo:
Por que escreveste nele que certamente viria o
rei da Babilônia, e destruiria esta terra, e
acabaria com homens e animais dela?
30 Portanto, assim diz o SENHOR, acerca de
Jeoaquim, rei de Judá: Ele não terá quem se
assente no trono de Davi, e o seu cadáver será
largado ao calor do dia e à geada da noite.
31 Castigá-lo-ei, e à sua descendência, e aos seus
servos por causa da iniquidade deles; sobre ele,
sobre os moradores de Jerusalém e sobre os
10
homens de Judá farei cair todo o mal que tenho
falado contra eles, e não ouviram.
32 Tomou, pois, Jeremias outro rolo e o deu a
Baruque, filho de Nerias, o escrivão, o qual
escreveu nele, ditado por Jeremias, todas as
palavras do livro que Jeoaquim, rei de Judá,
queimara; e ainda se lhes acrescentaram muitas
palavras semelhantes.” (Jeremias 36.27-32).
Deus mesmo se põe em defesa de Sua verdade,
e de Seus interesses no mundo.
Jesus falou a respeito disso, quando foi preso
para ser crucificado. Ele repreendeu Pedro,
quando cortou a orelha de Malco, dizendo-lhe
que caso quisesse agir para se proteger, teria
pedido ao Pai, e lhe enviaria legiões de anjos
para impedirem que ele fosse preso e subjugar
todos os seus inimigos.
Agora, este poder não é visto apenas no sentido
físico, pois atua sobretudo no moral e espiritual,
pois corações são impedidos de perpetrar o mal,
pela influência restringidora do Espírito Santo,
e não poucos são convertidos a Deus pela
mesma ação espiritual.
Até mesmo os pássaros do céu estão sob o
controle e domínio do Senhor, de maneira que
11
Jesus nos ensinou que nenhum deles cai sem a
permissão divina.
Temos a falsa impressão de que tudo o que
acontece no mundo é devido ao acaso, ou pela
própria ação direta dos homens; no entanto por
trás de tudo, a causa primeira de todas as coisas
é a vida e a capacitação que são proporcionadas
por Deus a todas as suas criaturas, que sendo
criaturas, são dependentes em tudo dEle, e nada
poderiam fazer, caso fossem deixadas a si
mesmas, sem qualquer atuação divina sobre a
criação.
Por isso somos chamados a ter uma confiança e
fé totais no Senhor, em nada duvidando dEle e
do seu controle total sobre todas as
circunstâncias.
Evidentemente, nos é exigido que tenhamos o
cuidado de agir segundo as regras que Ele
também estabeleceu, porque o universo é
regido tanto por leis físicas, quanto morais e
espirituais, que procedem da autoria e poder de
Deus para que sejam mantidas.
Sabemos quais são as consequências, quando
violamos estas regras fixas.
12
Quem venceria de forma natural a lei da
gravidade, por exemplo, pulando sem qualquer
aparato de proteção, de um prédio de 50
andares?
Deus não deve ser tentando, antes, obedecido.
A fé genuína descansa no pensamento, de que
por piores que sejam as condições mundiais,
tudo está seguindo o que o Senhor determinou
para suceder na história da humanidade, até
que tudo seja restaurado pela volta de Jesus.
Por isso temos, sobretudo as profecias bíblicas e
a revelação do livro de Apocalipse para sermos
instruídos sobre este controle total de Deus,
sobre tudo o que há de acontecer até o tempo do
fim.
O propósito disso é que estejamos quietos,
sossegados, confiantes no cuidado do Senhor
pelo Seu povo, porque tem prometido guardá-lo
sob quaisquer condições terrenas, ainda que
extremas.
Nós vemos este controle total de Deus sobre as
nações, especialmente no livro do profeta
Daniel. Veja o destaque que foi feito na
interpretação do sonho que o Senhor deu ao rei
Nabucodonozor, sobre o que ocorreria à
13
Babilônia e às nações que se levantariam com
domínio sobre a terra depois dela, no versículo
45, no qual é citada uma pedra cortada, sem
auxílio de mãos, que esmiuçou todos os reinos
que foram revelados a Nabucodonozor, desde a
cabeça de ouro, até os pés de ferro misturado
com barro.
Esta pedra é Jesus. Ele foi levantado por Deus e
fará todo o trabalho de subjugar as nações, e
passar a reinar sobre elas para sempre, sem a
ajuda de mãos, isto é, sem qualquer participação
direta de homens nesta obra. Ele tudo faz pelo
seu próprio poder. É ele que tudo governa, como
se vê no Salmo:
“Tu governas sobre tudo”.
Se o reino de Jesus em sua forma final
dependesse da ação da Igreja, que será apóstata
em sua maior parte nos últimos dias, jamais o
teríamos estabelecido entre nós - mas ele o fará
pelo seu próprio poder divino, sem o auxílio de
mãos.
Como dissemos, o homem é um instrumento
que Deus usa, mas o poder de realização é
sempre de Deus e nunca do próprio homem. É
do Senhor que sempre procede o querer e o
efetuar.
14
“27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse:
O mistério que o rei exige, nem encantadores,
nem magos nem astrólogos o podem revelar ao
rei;
28 mas há um Deus no céu, o qual revela os
mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o
que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as
visões da tua cabeça, quando estavas no teu
leito, são estas:
29 Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te
pensamentos a respeito do que há de ser depois
disto. Aquele, pois, que revela mistérios te
revelou o que há de ser.
30 E a mim me foi revelado este mistério, não
porque haja em mim mais sabedoria do que em
todos os viventes, mas para que a interpretação
se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as
cogitações da tua mente.
31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande
estátua; esta, que era imensa e de extraordinário
esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua
aparência era terrível.
32 A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços,
de prata, o ventre e os quadris, de bronze;
15
33 as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro,
em parte, de barro.
34 Quando estavas olhando, uma pedra foi
cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos
pés de ferro e de barro e os esmiuçou.
35 Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o
barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se
fizeram como a palha das eiras no estio, e o
vento os levou, e deles não se viram mais
vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se
tornou em grande montanha, que encheu toda
a terra.
36 Esteé o sonho; e também a sua interpretação
diremos ao rei.
37 Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu
conferiu o reino, o poder, a força e a glória;
38 a cujas mãos foram entregues os filhos dos
homens, onde quer que eles habitem, e os
animais do campo e as aves do céu, para que
dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de
ouro.
39 Depois de ti, se levantará outro reino, inferior
ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual
terá domínio sobre toda a terra.
16
40 O quarto reino será forte como ferro; pois o
ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro
quebra todas as coisas, assim ele fará em
pedaços e esmiuçará.
41 Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em
parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro,
será esse um reino dividido; contudo, haverá
nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que
viste o ferro misturado com barro de lodo.
42 Como os artelhos dos pés eram, em parte, de
ferro e, em parte, de barro, assim, por uma
parte, o reino será forte e, por outra, será frágil.
43 Quanto ao que viste do ferro misturado com
barro de lodo, misturar-se-ão mediante
casamento, mas não se ligarão um ao outro,
assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu
suscitará um reino que não será jamais
destruído; este reino não passará a outro povo;
esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas
ele mesmo subsistirá para sempre,
45 como viste que do monte foi cortada uma
pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o
ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O
Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser
17
futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua
interpretação.” (Daniel 2.27-45).
O rei Davi tinha uma compreensão espiritual
correta desta verdade, de que o Senhor tem o
domínio sobre todas as coisas na Terra; o que
era um dos fatores que muito contribuíram para
a fé excelente que ele tinha em Deus, e para a
honra da qual, Deus fizera tantas operações
através dele. Ele sabia que não propriamente
ele, Davi, havia feito alguma coisa, mas foi o
Senhor pela força do Seu próprio braço e graça,
que tudo fizera.
Isto está revelado claramente na oração de
dedicação das ofertas que ele mesmo fizera, e o
povo de Israel, para a construção do templo que
seria erigido por Salomão.
São palavras de Davi nesta oração:
“10 Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante a
congregação toda e disse: Bendito és tu,
SENHOR, Deus de Israel, nosso pai, de
eternidade em eternidade.
11 Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra,
a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto
há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e
tu te exaltaste por chefe sobre todos.
18
12 Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre
tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o
engrandecer e a tudo dar força.
13 Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e
louvamos o teu glorioso nome.
14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo
para que pudéssemos dar voluntariamente
estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas
mãos to damos.
15 Porque somos estranhos diante de ti e
peregrinos como todos os nossos pais; como a
sombra são os nossos dias sobre a terra, e não
temos permanência.
16 SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância
que preparamos para te edificar uma casa ao teu
santo nome vem da tua mão e é toda tua.
17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações
e que da sinceridade te agradas; eu também, na
sinceridade de meu coração, dei
voluntariamente todas estas coisas; acabo de
ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui,
te faz ofertas voluntariamente.
18 SENHOR, Deus de nossos pais Abraão, Isaque
e Israel, conserva para sempre no coração do
19
teu povo estas disposições e pensamentos,
inclina-lhe o coração para contigo;
19 e a Salomão, meu filho, dá coração íntegro
para guardar os teus mandamentos, os teus
testemunhos e os teus estatutos, fazendo tudo
para edificar este palácio para o qual
providenciei.
20 Então, disse Davi a toda a congregação:
Agora, louvai o SENHOR, vosso Deus. Então,
toda a congregação louvou ao SENHOR, Deus de
seus pais; todos inclinaram a cabeça, adoraram
o SENHOR e se prostraram perante o rei.” (I
Crônicas 29.10-20).
A mesma fé de Davi habitou no coração do
apóstolo Paulo. Ele muito fez em seu ministério
para a expansão do evangelho, mas sabia que
tudo tinha por trás e por diante o poder da graça
de Jesus, conforme se depreende de suas
próprias palavras:
“7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por
todos os apóstolos
8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por
mim, como por um nascido fora de tempo.
20
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que
mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo,
pois persegui a igreja de Deus.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua
graça, que me foi concedida, não se tornou vã;
antes, trabalhei muito mais do que todos eles;
todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim
pregamos e assim crestes.” (I Coríntios 15.7-11).
“....trabalhei muito mais do que todos eles;
todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.”
O apóstolo sabia e reconhecia, que toda a obra
que Deus fizera por seu intermédio foi o fruto da
graça de Jesus, e não propriamente algo de sua
própria lavra apostólica.
E o que lhe rendeu, ser tanto usado por Deus?
Prisões, perseguições, sofrimentos, e rejeições
a ponto de ter falado o seguinte:
“9 Porque a mim me parece que Deus nos pôs a
nós, os apóstolos, em último lugar, como se
fôssemos condenados à morte; porque nos
tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos,
como a homens.
21
10 Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós,
sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós,
nobres, e nós, desprezíveis.
11 Atéà presente hora, sofremos fome, e sede, e
nudez; e somos esbofeteados, e não temos
morada certa,
12 e nos afadigamos, trabalhando com as nossas
próprias mãos. Quando somos injuriados,
bendizemos; quando perseguidos, suportamos;
13 quando caluniados, procuramos conciliação;
até agora, temos chegado a ser considerados
lixo do mundo, escória de todos.” (I Coríntios
4.9-13).
Por que tudo isto, senão para que seja
reconhecido que a excelência do poder e do
realizar pertencem somente ao Senhor, e não
aos vasos de barro que ele usa?
Os homens passam, mas a Palavra e o poder de
Deus permanecem.
É o próprio Senhor que garante a continuidade
da Igreja na Terra. Se não fosse sua ação
poderosa, de há muito já não haveria nem Bíblia,
nem crente, nem coisa semelhante neste
mundo, porque não foram e não têm sido
22
poucas e pequenas as investidas do inferno, dos
demônios, e do mundo para tal fim.
Mas, para a defesa da Igreja, da nova criação que
Deus está fazendo na Terra - a Igreja; desde o
princípio, para que seja sua habitação eterna no
Espírito, Ele tem repreendido reis, elevado e
rebaixado nações, julgado e contido a tudo o que
se levanta contra ela, sem no entanto, deixar de
usar tais oposições, como ocasião e
oportunidade para refinar a fé dos seus servos.
“1 Por que se enfurecem os gentios e os povos
imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes
conspiram contra o SENHOR e contra o seu
Ungido, dizendo:
3 Rompamos os seus laços e sacudamos de nós
as suas algemas.
4 Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor
zomba deles.
5 Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no
seu furor os confundirá.
6 Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu
santo monte Sião.” (Salmo 2.1-6)
23
Os crentes da Igreja Primitiva tinham uma plena
compreensão deste fato, revelado na profecia do
Salmo, pois a mencionam na oração que fizeram
quando os apóstolos foram presos, e
posteriormente soltos.
“24 Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a
Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que
fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há;
25 que disseste por intermédio do Espírito
Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por
que se enfureceram os gentios, e os povos
imaginaram coisas vãs?
26 Levantaram-se os reis da terra, e as
autoridades ajuntaram-se à uma contra o
Senhor e contra o seu Ungido;
27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta
cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual
ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios
e gente de Israel,
28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu
propósito predeterminaram;
29 agora, Senhor, olha para as suas ameaças e
concede aos teus servos que anunciem com
toda a intrepidez a tua palavra,
24
30 enquanto estendes a mão para fazer curas,
sinais e prodígios por intermédio do nome do
teu santo Servo Jesus.
31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde
estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a
palavra de Deus.” (Atos 4.24-31)
Jesus havia operado poderosamente na Terra
durante seu ministério entre os apóstolos, até
sua morte e ressurreição, e continua operando
a partir do céu, pelo Espírito Santo, depois que
subiu para lá em uma nuvem.
Mas, deve ser destacado que ele sempre
ensinou que tudo o que fazia, era feito pelo Pai
através dele. E, que o mesmo ocorreria com
aqueles que cressem nele - eles receberiam o
Espírito Santo, mas as obras são do Pai através de
todos eles, assim como havia sido com ele
próprio quando aqui estivera.
O Pai opera tudo em todos, de modo que as obras
do Filho são as obras do Pai, e importa que as
obras do crente em Seu nome, procedam e
sejam realizadas também pelo Pai.
“9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou
convosco, e não me tens conhecido? Quem me
25
vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o
Pai?
10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está
em mim? As palavras que eu vos digo não as digo
por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em
mim, faz as suas obras.
11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim;
crede ao menos por causa das mesmas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo que aquele
que crê em mim fará também as obras que eu
faço e outras maiores fará, porque eu vou para
junto do Pai.
13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso
farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome,
eu o farei.
15 Se me amais, guardareis os meus
mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, a fim de que esteja para sempre
convosco,
17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o
26
conheceis, porque ele habita convosco e estará
em vós.
18 Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós
outros.
19 Ainda por um pouco, e o mundo não me verá
mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós
também vivereis.
20 Naquele dia, vós conhecereis que eu estou
em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.
21 Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu também o
amarei e me manifestarei a ele.
22 Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde
procede, Senhor, que estás para manifestar-te a
nós e não ao mundo?
23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama,
guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e
viremos para ele e faremos nele morada.
24 Quem não me ama não guarda as minhas
palavras; e a palavra que estais ouvindo não é
minha, mas do Pai, que me enviou.
25 Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;
27
26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o
Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-
la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize.” (João 14.9-27).
“19 Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu
trono, e o seu reino domina sobre tudo.
20 Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos,
valorosos em poder, que executais as suas
ordens e lhe obedeceis à palavra.
21 Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos,
vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.
22 Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras,
em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó
minha alma, ao SENHOR.” (Salmo 103.19-22).
“9 O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas
misericórdias permeiam todas as suas obras.
10 Todas as tuas obras te renderão graças,
SENHOR; e os teus santos te bendirão.
28
11 Falarão da glória do teu reino e confessarão o
teu poder,
12 para que aos filhos dos homens se façam
notórios os teus poderosos feitos e a glória da
majestade do teu reino.
13 O teu reino é o de todos os séculos, e o teu
domínio subsiste por todas as gerações. O
SENHOR é fiel em todas as suas palavras e santo
em todas as suas obras.
14 O SENHOR sustém os que vacilam e apruma
todos os prostrados.
15 Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu
tempo, lhes dás o alimento.
16 Abres a mão e satisfazes de benevolência a
todo vivente.
17 Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos,
benigno em todas as suas obras.
18 Perto está o SENHOR de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam em verdade.
19 Ele acode à vontade dos que o temem; atende-
lhes o clamor e os salva.
29
20 O SENHOR guarda a todos os que o amam;
porém os ímpios serão exterminados.
21 Profira a minha boca louvores ao SENHOR, e
toda carne louve o seu santo nome, para todo o
sempre.
“1 Aleluia! Louva, ó minha alma, ao SENHOR.
2 Louvarei ao SENHOR durante a minha vida;
cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu
viver.
3 Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos
homens, em quem não há salvação.
4 Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse
mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.
5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de
Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no
SENHOR, seu Deus,
6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que
neles há e mantém para sempre a sua fidelidade.
7 Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que
têm fome. O SENHOR liberta os encarcerados.
30
8 O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR
levanta os abatidos, o SENHOR ama os justos.
9 O SENHOR guarda o peregrino, ampara o
órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos
ímpios.
10 O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó
Sião, reina de geração em geração. Aleluia!”
(Salmo 146.1-10).
“17 Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e
esta ordem, por mandado dos santos; a fim de
que conheçam os viventes que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens; e o dá a
quem quer e até ao mais humilde dos homens
constitui sobre eles.” (Daniel 4.17).
O próprio Nabucodonozor, ainda que não
convertido pela graça, e no mesmo caso, o rei
Dario, o medo, depois dele, pelas obras de Deus
reveladas a eles através do profeta Daniel; ao
primeiro, quanto à perda temporária do seu
reinado, quando viveria sobre a terra como um
animal, sendo restaurado ao trono
posteriormente pelo Senhor; e o segundo, no
episódio do livramento de Daniel da boca dos
leões, deram respectivamente o testemunho
que nenhum outro possui domínio sobre as
31
nações e os reinos da terra, senão somente o
Deus de Israel.
Veja a carta que Nabucodonozor dirigiu às
nações por ele dominadas, com o testemunho
relativo ao Senhor:
“1 O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações
e homens de todas as línguas, que habitam em
toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e
maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para
comigo.
3 Quão grandes são os seus sinais, e quão
poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é
reino sempiterno, e o seu domínio, de geração
em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em
minha casa e feliz no meu palácio.
5 Tive um sonho, que me espantou; e, quando
estava no meu leito, os pensamentos e as visões
da minha cabeça me turbaram.
6 Por isso, expedi um decreto, pelo qual fossem
introduzidos à minha presença todos os sábios
da Babilônia, para que me fizessem saber a
interpretação do sonho.
32
7 Então, entraram os magos, os encantadores, os
caldeus e os feiticeiros, e lhes contei o sonho;
mas não me fizeram saber a sua interpretação.
8 Por fim, se me apresentou Daniel, cujo nome é
Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no
qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe
contei o sonho, dizendo:
9 Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em
ti o espírito dos deuses santos, e nenhum
mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu
tive; dize-me a sua interpretação.
10 Eram assim as visões da minha cabeça
quando eu estava no meu leito: eu estava
olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja
altura era grande;
11 crescia a árvore e se tornava forte, de maneira
que a sua altura chegava até ao céu; e era vista
até aos confins da terra.
12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto,
abundante, e havia nela sustento para todos;
debaixo dela os animais do campo achavam
sombra, e as aves do céu faziam morada nos
seus ramos, e todos os seres viventes se
mantinham dela.
33
13 No meu sonho, quando eu estava no meu
leito, vi um vigilante, um santo, que descia do
céu,
14 clamando fortemente e dizendo: Derribai a
árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as
folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os
animais de debaixo dela e as aves, dos seus
ramos.
15 Mas a cepa, com as raízes, deixai na terra,
atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva
do campo. Seja ela molhada do orvalho do céu, e
a sua porção seja, com os animais, a erva da
terra.
16 Mude-se-lhe o coração, para que não seja
mais coração de homem, e lhe seja dado coração
de animal; e passem sobre ela sete tempos.
17 Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e
esta ordem, por mandado dos santos; a fim de
que conheçam os viventes que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens; e o dá a
quem quer e até ao mais humilde dos homens
constitui sobre eles.
18 Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu,
pois, óBeltessazar, dize a interpretação,
porquanto todos os sábios do meu reino não me
34
puderam fazer saber a interpretação, mas tu
podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
19 Então, Daniel, cujo nome era Beltessazar,
esteve atônito por algum tempo, e os seus
pensamentos o turbavam. Então, lhe falou o rei
e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho,
nem a sua interpretação. Respondeu
Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja
contra os que te têm ódio, e a sua interpretação,
para os teus inimigos.
20 A árvore que viste, que cresceu e se tornou
forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi
vista por toda a terra,
21 cuja folhagem era formosa, e o seu fruto,
abundante, e em que para todos havia sustento,
debaixo da qual os animais do campo achavam
sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam
morada,
22 és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte;
a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o
teu domínio, atéà extremidade da terra.
23 Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um
santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a
árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes
deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de
35
bronze, na erva do campo; seja ela molhada do
orvalho do céu, e a sua porção seja com os
animais do campo, até que passem sobre ela
sete tempos,
24 esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto
do Altíssimo, que virá contra o rei, meu Senhor:
25 serás expulso de entre os homens, e a tua
morada será com os animais do campo, e dar-te-
ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado
do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos
por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo
tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a
quem quer.
26 Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa
da árvore com as suas raízes, o teu reino tornará
a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu
domina.
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe
termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas
iniquidades, usando de misericórdia para com
os pobres; e talvez se prolongue a tua
tranquilidade.
28 Todas estas coisas sobrevieram ao rei
Nabucodonosor.
36
29 Ao cabo de doze meses, passeando sobre o
palácio real da cidade de Babilônia,
30 falou o rei e disse: Não é esta a grande
Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com
o meu grandioso poder e para glória da minha
majestade?
31 Falava ainda o rei quando desceu uma voz do
céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou
de ti o reino.
32 Serás expulso de entre os homens, e a tua
morada será com os animais do campo; e far-te-
ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete
tempos por cima de ti, até que aprendas que o
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos
homens e o dá a quem quer.
33 No mesmo instante, se cumpriu a palavra
sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os
homens e passou a comer erva como os bois, o
seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até
que lhe cresceram os cabelos como as penas da
águia, e as suas unhas, como as das aves.
34 Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu,
tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse
o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive
37
para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo
reino é de geração em geração.
35 Todos os moradores da terra são por ele
reputados em nada; e, segundo a sua vontade,
ele opera com o exército do céu e os moradores
da terra; não há quem lhe possa deter a mão,
nem lhe dizer: Que fazes?
36 Tão logo me tornou a vir o entendimento,
também, para a dignidade do meu reino,
tornou-me a vir a minha majestade e o meu
resplendor; buscaram-me os meus
conselheiros e os meus grandes; fui
restabelecido no meu reino, e a mim se me
ajuntou extraordinária grandeza.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo,
exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as
suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos,
justos, e pode humilhar aos que andam na
soberba.” (Daniel 4).
Estas foram as palavras do rei Dario:
“25 Então, o rei Dario escreveu aos povos,
nações e homens de todas as línguas que
habitam em toda a terra: Paz vos seja
multiplicada!
38
26 Faço um decreto pelo qual, em todo o
domínio do meu reino, os homens tremam e
temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o
Deus vivo e que permanece para sempre; o seu
reino não será destruído, e o seu domínio não
terá fim.
27 Ele livra, e salva, e faz sinais e maravilhas no
céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do
poder dos leões.” (Daniel 6.25-27).
Nabucodonozor e Dario chegaram ao
entendimento do que na verdade, deveria ser o
entendimento de todos os governantes,
especialmente os magistrados, porque toda
autoridade é instituída por Deus, especialmente
para executar justiça e juízo na Terra,
notadamente no que se refere aos assuntos
relacionados à Igreja do Senhor - deveriam
protegê-la como fizeram Nabucodonozor e
Dario, depois do entendimento que tiveram, e
fazer de tudo para que ela tenha paz neste
mundo, conforme é da vontade de Deus.
Todavia, como a maioria deles se corrompe em
seus ofícios, e segue a direção de Satanás, em
vez da que procede do Senhor, eles também são
submetidos aos Seus juízos e terão que
responder perante Ele por suas más ações.
39
“13 Eu estava olhando nas minhas visões da
noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um
como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião
de Dias, e o fizeram chegar até ele.
14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para
que os povos, nações e homens de todas as
línguas o servissem; o seu domínio é domínio
eterno, que não passará, e o seu reino jamais
serádestruído.” (Daniel 7.13,14).
“23 Então, ele disse: O quarto animal será um
quarto reino na terra, o qual será diferente de
todos os reinos; e devorará toda a terra, e a
pisará aos pés, e a fará em pedaços.
24 Os dez chifres correspondem a dez reis que se
levantarão daquele mesmo reino; e, depois
deles, se levantará outro, o qual será diferente
dos primeiros, e abaterá a três reis.
25 Proferirá palavras contra o Altíssimo,
magoará os santos do Altíssimo e cuidará em
mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão
entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos
e metade de um tempo.
26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe
tirar o domínio, para o destruir e o consumir até
ao fim.
40
27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos
santos do Altíssimo; o seu reino será reino
eterno, e todos os domínios o servirão e lhe
obedecerão.
28 Aqui, terminou o assunto. Quanto a mim,
Daniel, os meus pensamentos muito me
perturbaram, e o meu rosto se empalideceu;
mas guardei estas coisas no coração.” (Daniel
7.23-28)
“9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha
de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e
salvador, humilde, montado em jumento, num
jumentinho, cria de jumenta.
10 Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de
Jerusalém, e o arco de guerra será destruído. Ele
anunciará paz às nações; o seu domínio se
estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às
extremidades da terra.” (Zacarias 9.9,10).
“15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que
há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com
todos os santos,
16 não cesso de dar graças por vós, fazendo
menção de vós nas minhas orações,
41
17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria
e de revelação no pleno conhecimento dele,
18 iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu
chamamento, qual a riqueza da glória da sua
herança nos santos
19 e qual a suprema grandeza do seu poder para
com os que cremos, segundo a eficácia da força
do seu poder;
20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-
o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais,
21 acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio, e de todo nome que se possa
referir não só no presente século, mas também
no vindouro.
22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para
ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja,
23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que
a tudo enche em todas as coisas.” (Efésios 1.15-
23).
42
“7 Ora, o fim de todas as coisas está próximo;
sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das
vossas orações.
8 Acima de tudo, porém, tende amor intenso
uns para com os outros, porque o amor cobre
multidão de pecados.
9 Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem
murmuração.
10 Servi uns aos outros, cada um conforme o
dom que recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus.
11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos
de Deus; se alguém serve, faça-o na força que
Deus supre, para que, em todas as coisas, seja
Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a
quem pertence a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos. Amém!” (I Pedro 4.7-11).
“4 João, às sete igrejas que se encontram na
Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele
que é, que era e que há de vir, da parte dos sete
Espíritos que se acham diante do seu trono
5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha,
o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis
da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu
sangue, nos libertou dos nossos pecados,
43
6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu
Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos. Amém!
7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até quantos o traspassaram. E todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Certamente.
Amém!
8 Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus,
aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-
Poderoso.” (Apocalipse 1.4-8).
“7 Veio, pois, e tomou o livro da mão direita
daquele que estava sentado no trono;
8 e, quando tomou o livro, os quatro seres
viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-
se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma
harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são
as orações dos santos,
9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de
tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste
morto e com o teu sangue compraste para Deus
os que procedem de toda tribo, língua, povo e
nação
44
10 e para o nosso Deus os constituíste reino e
sacerdotes; e reinarão sobre a terra.
11 Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do
trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo
número era de milhões de milhões e milhares
de milhares,
12 proclamando em grande voz: Digno é o
Cordeiro que foi morto de receber o poder, e
riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e
louvor.
13 Então, ouvi que toda criatura que há no céu e
sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e
tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que
está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos
séculos dos séculos.
14 E os quatro seres viventes respondiam:
Amém! Também os anciãos prostraram-se e
adoraram.” (Apocalipse 5.7-14).
45
“Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus.” (Salmo 62.11)