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Curva dose-resposta Hormese

Dose Resposta Hormese

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Page 1: Dose Resposta Hormese

Curva dose-resposta

Hormese

Page 2: Dose Resposta Hormese

Expressão quantitativa da toxicidade: Dose-resposta

OBJECTIVOS

• Perceber a relação quantitativa entre a exposição a uma substância tóxica e o efeito induzido.

• Compreender quais os tipos de curvas dose-resposta

• Interpretar curvas dose-resposta

• Perceber o conceito de dose limiar

• Perceber o conceito de hormese

Page 3: Dose Resposta Hormese

Pode a radioactividade ser benéfica?

http://www.hoteluso.com/c/hoteis/luso

Page 4: Dose Resposta Hormese

Curvas dose-resposta

Modelo linear

Modelo com limiar

Page 5: Dose Resposta Hormese

Modelo com hormese

Page 6: Dose Resposta Hormese

Risco fantasma

Scott, B.R. et al. Dose-Response, 7:104–131, 2009

Page 7: Dose Resposta Hormese

Forma da relação dose-resposta com limiar

Dosagem Resposta(mg/kg) (%)0,01 10,1 21 94 2911 5029 7150 84100 95200 981000 100

0

10

2030

40

50

60

7080

90

100

0 200 400 600 800 1000

Dosagem (mg/kg)

% R

espo

sta

0

1020

30

4050

60

70

8090

100

0,001 0,1 10 1000

Dosagem (mg/kg)

% R

espo

sta

Dosagem= dose em relação ao peso do animal

Page 8: Dose Resposta Hormese

Premissas na obtenção da relação dose-resposta

1. A resposta está relacionada causalmente com o composto. 2. A magnitude da resposta está relacionada com a dose.

a) Existe um local alvo molecular com o qual o composto químico interage para produzir a resposta

b) A resposta e a sua magnitude é função da concentração do composto no local de actuação

c) A concentração no local de actuação está relacionada com a dose

3. Existe um método de medição que permite quantificar o efeito

0

10

2030

40

50

60

7080

90

100

0 200 400 600 800 1000

0

1020

30

4050

60

70

8090

100

0,001 0,1 10 1000

Dosagem (mg/kg)

% R

esp

ost

a

Page 9: Dose Resposta Hormese

A resposta é função da concentração do composto no local de actuação

R + x (Rx)

R= receptor x = composto efector (fármaco, tóxico, nutriente, etc.)(Rx) = complexo receptor-composto efector; k1 e k2 são as constantes de velocidade para a formação e dissociação do complexo

Então temos que:

Kt = cte de dissociação do complexo

Se Rtotal=R + (Rx), então

T1

2 Kk

k

R

R

x

x

x

xx

tR

R

2k

1 k

Page 10: Dose Resposta Hormese

A resposta é função da concentração do composto no local de actuação

Se a resposta ao efeito (y) é proporcional à concentração de (Rx), então:

y=k3(Rx)

A resposta máxima (Max) ocorre quando todos os receptores estão

ocupados:

Max= k3 Rtotal

Então:

totalR

RMax

xy

0

10

2030

40

50

60

7080

90

100

0 200 400 600 800 1000

Dosagem (mg/kg)

% R

esp

ost

a

0

1020

30

4050

60

70

8090

100

0,001 0,1 10 1000

1/

Max Max

xx

xy

Page 11: Dose Resposta Hormese

Medição das relações dose-resposta

• a resposta de um indivíduo a diversas doses de um químico

– Esta resposta é gradual (graded) porque é medida numa escala contínua para um largo intervalo de doses.

• a distribuição de respostas a doses diferentes numa população de indivíduos.

– Este tipo de tratamento é necessário quando o ponto final medido é um efeito do tipo tudo ou nada (Quantal).

Page 12: Dose Resposta Hormese

Curvas dose-resposta graduais (graded)

Os gráficos de curvas dose-resposta graduais:

• Mostram a relação dose-resposta para sujeitos testes individuais

• Descrevem a actividade toxicológica (ou farmacológica) básica de um dado composto: afinidade a receptores, potência, eficácia e variabilidade.

• Os gráficos de curvas dose-resposta quantitativas também ilustram a interacção entre diversos compostos.

Page 13: Dose Resposta Hormese

Curvas dose-resposta graduais Potência, eficácia, declive e variabilidade

Page 14: Dose Resposta Hormese

Utilidade das curvas dose-resposta graduais

Page 15: Dose Resposta Hormese

Utilidade das curvas dose-resposta graduais

Interacções entre xenobióticos

Page 16: Dose Resposta Hormese

Curvas dose-resposta quantais (“Tudo ou nada”)

Curvas de distribuição de frequência de resposta

(Hipersensíveis) (Resistentes)

Page 17: Dose Resposta Hormese

Curvas dose-resposta quantais Curvas cumulativas de distribuição de frequência de resposta

Page 18: Dose Resposta Hormese

Forma da curva dose-respostaDose limiar

• NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) = Nível de efeito adverso não observado. Dose mais alta experimental onde não se observa efeito adverso

• LOAEL (Lowest Adverse Observed Effect Level) = Nível mínimo de efeito adverso observado. Dose mais baixa experimental onde se observa efeito adverso

Page 19: Dose Resposta Hormese

Forma da curva dose-respostaModelo com limiar ou modelo linear?

Page 20: Dose Resposta Hormese

Modelo de Hill: Extensão do modelo de Michaelis-Menten

1/

Max Max

xx

xy

1/

Max

xy

Modelo de HillSe > 1 a resposta é positivaSe < 1 a resposta é negativa

1/

Min-MaxMin

x

y Se o efeito na ausência de dose for não nulo

Modelo de Michaelis-Menten

Page 21: Dose Resposta Hormese

Hormese como a soma de duas curvas dose

respostaSe Max = 1 e Min=0

0e0com

1/

1

1/

1

negpos

negposnegpos

xxy

Beckon W.N. et al. Environ. Sci. Technol. 2008, 42, 1308–1314

Page 22: Dose Resposta Hormese

Hormese: curva geral

0e0,

1/

1/

Min-MaxMax-Min

Max hormhorm

hormhorm

x

xy

Beckon W.N. et al. Environ. Sci. Technol. 2008, 42, 1308–1314

Page 23: Dose Resposta Hormese

Hormese: ajustes

Beckon W.N. et al. Environ. Sci. Technol. 2008, 42, 1308–1314

Page 24: Dose Resposta Hormese

Hormese: curva típica

E. J. Calabrese, Hormesis: Why it is Important to Toxicology and Toxicologists, Environ. Toxicol. Chem. 27 (2008) 1451-1474.

Page 25: Dose Resposta Hormese

Tipos de Hormese

Hormese estimulada directamente

Hormese estimulada por sobrecompensação

E. J. Calabrese, L. A. Baldwin, Defining Hormesis, Hum. Exp. Toxicol. 21 (2002) 91-97.

Page 26: Dose Resposta Hormese

Hormese estimulada por sobrecompensação

Efeitos citotóxicos da cloropromazina (anti-

psicótico)

Efeitos do H2O2 no tempo de vida pós-mitótico

Andres et al Vet Hum Toxicol. 1999 Oct;41(5):273-8.

Mesquita et al P Natl Acad Sci USA 107 (2010) 15123-15128.

Page 27: Dose Resposta Hormese

Poluentes

Page 28: Dose Resposta Hormese

Radiação

Page 29: Dose Resposta Hormese

Radiação

Page 30: Dose Resposta Hormese

Antibióticos

Miller WS, Green CA, Kitchen H. Nature. 1945;155:210-211

Page 31: Dose Resposta Hormese

Anti-cancerígenos

Page 32: Dose Resposta Hormese

Anti-cancerígenos

Page 33: Dose Resposta Hormese

Anti-cancerígenos

Crescimento de células do cancro da próstata

Page 34: Dose Resposta Hormese

Carcinogénicos

Cancro da próstata

Page 35: Dose Resposta Hormese

Oxidantes

Comunicação de junções GAP em células BPNi

Proliferação em leveduras

Efeitos do H2O2 no tempo de vida pós-mitótico

Page 36: Dose Resposta Hormese

Exposição à radioactividade

Page 37: Dose Resposta Hormese

Radão

Page 38: Dose Resposta Hormese

Hormese do radão

Thompson RE Dose-Response, 9:59–75, 2011

Amostra200 individuos com cancro do

pulmão 397 individuos sem cancro do pulmão

Page 39: Dose Resposta Hormese

Hormese do radão

Thompson RE Dose-Response, 9:59–75, 2011

Amostra200 individuos com cancro do

pulmão 397 individuos sem cancro do pulmão