75
Prezada Equipe, Estamos na “construção” do dossiê Nova Sede, com algum tempo de atraso: 2008 a 2012. O tempo foi nos engolindo na nossa rotina e só em 2012 conseguimos dar início a esta ação. Essa demora no registro dos fatos nos trouxe limitações e muitas dificuldades no processo de criação deste dossiê. (A partir de agora, todo ano vamos soltar a documentação anual: o dossiê de 2013 já está sendo organizado). Pelo tempo e por questões de desorganização interna do Depto Socioambiental, estamos com dificuldade para localizar algumas documentações e informações gerais do Projeto Nova Sede: físicas e virtuais. Desde 2012, estamos num processo interno de organização e, aos poucos, estamos tentando sanar esta falha, recuperando dados que considerávamos perdidos. Em breve teremos a documentação pronta para consulta. Neste processo, sentimos que algumas informações não foram registradas no papel, estão na cabeça da equipe envolvida, então é de suma importância que cada um leia com atenção o documento e contribua com os dados não registrados aqui. Além de criticar os pontos positivos e negativos, marcar dúvidas, fazer correções e colaborarem com ideias e sugestões: do texto ao layout. (Se alguém tiver fotos, que por algum motivo ainda não nos foi encaminhada, favor providenciar. Estamos construindo um banco de imagens). Outra dificuldade na construção do dossiê foi a questão dos assuntos mais técnicos. No texto, marcamos de amarelo as pendências gerais, as dúvidas e pedimos uma atenção especial aos responsáveis! Este dossiê ainda está em fase de estudo e ainda faltam alguns dados que serão acrescentados, como: uma avaliação comparativa entre os custos de uma obra padrão e os custos das ações socioambientais do Projeto Multidisciplinar Nova Sede. Porcentagem sobre valor final gasto: valores agregados que não passam por esta lógica. Contamos com a colaboração de todos para que possamos construir, em equipe, um dossiê mais completo e verdadeiro possível, para que ele cumpra com competência o seu fim: demonstrar, a partir de uma experiência prática, a busca pela sustentabilidade, com todos os aspectos positivos e negativos que este tipo de proposta apresenta. Data para devolução: 22/04/13 Nesta data solicitamos, também, um depoimento individual e/ou de todas as equipes envolvidas, que relate a experiência e as vivências neste Projeto: aspectos positivos e negativos. Um depoimento simples, claro e objetivo para ser anexado ao dossiê. Nos colocamos à disposição para dúvidas e esclarecimentos. Desde já obrigada, Claudia e Juliana

Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Versão revisão grupo.

Citation preview

Page 1: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Prezada Equipe,

Estamos na “construção” do dossiê Nova Sede, com algum tempo de atraso: 2008 a

2012. O tempo foi nos engolindo na nossa rotina e só em 2012 conseguimos dar início a

esta ação. Essa demora no registro dos fatos nos trouxe limitações e muitas dificuldades

no processo de criação deste dossiê. (A partir de agora, todo ano vamos soltar a

documentação anual: o dossiê de 2013 já está sendo organizado).

Pelo tempo e por questões de desorganização interna do Depto Socioambiental,

estamos com dificuldade para localizar algumas documentações e informações gerais do

Projeto Nova Sede: físicas e virtuais. Desde 2012, estamos num processo interno de

organização e, aos poucos, estamos tentando sanar esta falha, recuperando dados que

considerávamos perdidos. Em breve teremos a documentação pronta para consulta.

Neste processo, sentimos que algumas informações não foram registradas no

papel, estão na cabeça da equipe envolvida, então é de suma importância que cada um leia

com atenção o documento e contribua com os dados não registrados aqui. Além de criticar

os pontos positivos e negativos, marcar dúvidas, fazer correções e colaborarem com ideias

e sugestões: do texto ao layout. (Se alguém tiver fotos, que por algum motivo ainda não nos

foi encaminhada, favor providenciar. Estamos construindo um banco de imagens).

Outra dificuldade na construção do dossiê foi a questão dos assuntos mais técnicos.

No texto, marcamos de amarelo as pendências gerais, as dúvidas e pedimos uma atenção

especial aos responsáveis!

Este dossiê ainda está em fase de estudo e ainda faltam alguns dados que serão

acrescentados, como: uma avaliação comparativa entre os custos de uma obra padrão e os

custos das ações socioambientais do Projeto Multidisciplinar Nova Sede. Porcentagem

sobre valor final gasto: valores agregados que não passam por esta lógica.

Contamos com a colaboração de todos para que possamos construir, em equipe,

um dossiê mais completo e verdadeiro possível, para que ele cumpra com competência o

seu fim: demonstrar, a partir de uma experiência prática, a busca pela sustentabilidade,

com todos os aspectos positivos e negativos que este tipo de proposta apresenta.

Data para devolução: 22/04/13

Nesta data solicitamos, também, um depoimento individual e/ou de todas as

equipes envolvidas, que relate a experiência e as vivências neste Projeto: aspectos

positivos e negativos. Um depoimento simples, claro e objetivo para ser anexado ao dossiê.

Nos colocamos à disposição para dúvidas e esclarecimentos.

Desde já obrigada, Claudia e Juliana

Page 2: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 3: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto Multidisciplinar

Nova Sede Vina

Documento Piloto

Período de 2008 a 2012

Page 4: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 5: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Grandes realizações são possíveis quando se

dá atenção aos pequenos começos. (Lao-Tsé, Século VII a.C.)

Page 6: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 7: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A ideia e o grupo multidisciplinar

A empresa Vina – Gestão de Resíduos Sólidos e Locação de Equipamentos desenvolve, desde

2008, um projeto com foco socioambiental para a construção de sua nova sede, a fim de

minimizar os impactos ambientais gerados tanto no processo de construção quanto na

utilização do edifício.

O Departamento Socioambiental da Vina foi criado em 2002, com o objetivo de colocar em

prática conceitos de responsabilidade socioambiental na empresa e na sociedade. Em

2008, ao perceber o grande potencial arbóreo que o lote onde a Nova Sede da empresa iria

ser construída, este departamento propôs à Vina desenvolver um projeto inovador, que

minimizasse os efeitos negativos decorrentes da construção civil e que também tivesse

como base a filosofia de trabalho que esse departamento vem realizando.

Para colocar essa ideia em prática, o Departamento Socioambiental montou uma equipe

multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros e biólogos. A fusão de diversas

áreas de conhecimento possibilita a realização de um projeto mais dinâmico.

Como ponto de partida, a equipe começou a traçar a direção que esse projeto iria tomar,

levando em conta fatores como recursos, demandas operacionais, preservação ambiental e

prazos, dentro da realidade da empresa e de acordo com os conceitos sustentáveis que o

Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão* – vem trabalhando: o que é

“sustentabilidade”, termo banalizado e distorcido pela atual lógica comercial e econômica

da sociedade.

Esse grupo de estudo é coordenado pela Prof. Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de

Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais/Departamento de Materiais e

Construção, parceira do Departamento Socioambiental desde 2002.

Teresa: alguma consideração ou modificação neste texto?

(*) Para mais informações sobre o Grupo NOC, ver “Ficha técnica” (pág.xx).

Page 8: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

O que é a construção sustentável?

Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão

De acordo com o Grupo NOC, coordenado pela Prof.ª Maria Teresa Paulino Aguilar, criado

em XX, a construção sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções

sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo,

utilizando os recursos naturais de forma consciente, de forma a preservá-los para as

gerações futuras.

Esse tipo de construção prioriza o uso de materiais e soluções tecnológicas inteligentes

para promover o bom uso e a economia de recursos finitos – como água e energia elétrica

–, a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar e o conforto de seus moradores e

usuários. O objetivo é manter o equilíbrio entre os aspectos econômicos, socioculturais e

ambientais envolvidos na implementação e no uso do empreendimento.

Conceber e executar uma obra que pense globalmente e aja localmente é um grande

desafio e requer uma equipe multidisciplinar, para que seja possível a integração das

diferentes áreas do conhecimento e o resultado seja uma obra sustentável.

Teresa: Favor completar mais detalhes sobre o grupo NOC se for necessário. E o

Projeto Construir? Estamos com dúvida se devemos citá-lo, se ele faz parte do

NOC ou vice-versa.

Page 9: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Metodologia

e Prática

Esse documento segue uma ordem cronológica dos fatos. Para uma

melhor compreensão, alguns fatos mais complexos foram descritos

seguindo a sua própria cronologia.

Page 10: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 11: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A área e o levantamento florístico

Data: Junho de 2008

A área

O terreno adquirido para a construção da Nova Sede da Vina situa-se no Distrito Industrial

Jatobá B, pertencente ao bairro Barreiro, na cidade de Belo Horizonte (MG). A área possui

12.296,03 m2.

Lilian e Paulinho - VINA: pesquisa de documentação e informações: datas e

detalhes da compra, endereço, etc.

Área do terreno: grande potencial arbóreo.

Levantamento Florístico

A partir da formação do grupo multidisciplinar, foi iniciado o trabalho dos biólogos*, que

consistiu no levantamento, na análise e catalogação das espécies vegetais e na

caracterização e avaliação do estado de conservação da vegetação presente no terreno. O

primeiro levantamento foi realizado em junho de 2008**.

Os biólogos se surpreenderam com a riqueza e variedade das espécies encontradas no

terreno, especialmente por se tratar de uma área impactada, fragmentada e rodeada por

construções. Foram mais de 60 espécies em uma área com pouco mais de 12.000 m².

É importante destacar a coleta de uma espécie rara de orquídea (Habenaria curvilabria),

que não apresentava registro de ocorrência em Minas Gerais desde 1950.

(*) Para mais informações sobre o grupo de biólogos, ver “Ficha técnica” (pág.xx).

(**) O arquivo com essa documentação encontra-se no CD anexo ao documento.

Page 12: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Orquídea Habenaria curvilabria

Biólogos: favor revisar o texto abaixo. Bia e Leandro: precisamos do número de

catalogação da orquídea, a data, forma de acesso, outros detalhes etc.

Dentre as espécies encontradas na área, cabe destacar a orquídea Habenaria curvilabria,

que foi encontrada crescendo sobre um arbusto num ponto central do terreno. A espécie

tinha sua última coleta documentada em 1950 e foi tratada como rara pelo especialista do

grupo (J. A. N. Batista, com. pess.*). A espécie foi coletada em duas vias, uma para compor

um exemplar a ser depositado no herbário do Departamento de Botânica da UFMG

(Herbário BHCB) e outra para ser mantida em cultivo em casa de vegetação, juntamente

com a coleção viva de orquídeas do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências

Biológicas da UFMG. Esta medida permitirá estudos filogenéticos utilizando todo o grupo a

que a espécie pertence e compõe uma das metas da Estratégia Global para a Conservação

de Plantas (BGCI & UNEP, 2006**), que é a de manter parte da flora em estado de

conservação ex-situ (fora do local de origem). Recomenda-se que os indivíduos restantes

que foram mantidos in-situ (dentro do local de origem) sejam alocados para uma área

onde possam ser preservados.

Habenaria curvilabria

(*) Comunicação pessoal

(**) referência bibliográfica

Page 13: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Ao final desse levantamento, chegou-se a conclusão de que o terreno era composto por

uma vegetação típica de cerrado. O esquema a seguir mostra o mapeamento das áreas que

foram demarcadas pelos biólogos, seguindo critérios de distribuição e preservação

máxima das principais espécies.

Panorama da área, mostrando os principais locais de relevância. Ponto alaranjado corresponde à ocorrência de Habenaria curvilabria.

O projeto arquitetônico foi concebido de acordo com o levantamento florístico,

preservando, ao máximo, a “essência” vegetal do terreno.

Além dessa demarcação, a análise do terreno ajudou a definir o tipo de vegetação ideal

para a concepção do futuro plano de paisagismo a ser implantado após a execução do

projeto. Chegou-se a conclusão que o ideal é manter as espécies do cerrado, por se

adaptarem melhor ao solo existente e evitar a necessidade de irrigação e outros cuidados.

Áreas prioritárias; alta ocorrência de pequi;

Áreas com presença marcante de gramíneas invasoras;

Áreas com sinais de presença humana, espécies ruderais e lixo;

Área com presença de K. coriacea no extrato arbóreo;

Área com presença de C. glaziovi, Cissus sp. e spp. de formação florestal;

Page 14: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto Arquitetônico

No processo de escolha do arquiteto*, buscou-se por um profissional que incorporava, nos

seus projetos, os conceitos socioambientais que a Vina propunha desenvolver no projeto

da sua futura sede.

A criação do projeto arquitetônico foi baseada:

no esquema de preservação, respeitando ao máximo as espécies nativas;

em condições físicas para a entrada e manobra de equipamentos pesados;

nos parâmetros de sustentabilidade que começavam a ser “construídos” pelo

grupo, tais como:

- redução dos resíduos e da emissão de gás carbônico

- custos e valores agregados

- segurança estrutural

- conforto térmico

- utilização inteligente do espaço

- durabilidade, funcionalidade, estética e reformabilidade

Pita e Teresa: qual seria a melhor maneira de ordenar essas informações? Falta

algum item? Estamos em dúvida.

Conceito inicial: empresa-parque

A disposição das edificações levou em conta o norte e os ventos dominantes, visando um

melhor beneficiamento energético e conforto térmico. Foi sugerida a criação de espaços de

convivência, onde a equipe Vina poderá desfrutar de um ambiente agradável e em contato

com a natureza, como: criação de redários e quiosques de piaçava nas áreas verdes.

(*) Para mais informações sobre o arquiteto, ver “Ficha técnica” (pág.xx).

Page 15: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

O projeto arquitetônico é composto por seis blocos descritos a seguir:

Bloco 1: Boxes de oficina mecânica;

Bloco 2: Escritórios;

Bloco 3: Almoxarifado, vestiários e escritórios: administrativo, mecânica e Serviço de

Segurança e Medicina do Trabalho – SESMIT

Bloco 4: Refeitório;

Bloco 5: Borracharia, pintura e lavagem;

Bloco 6: Guarita;

O bloco 01 incluirá um coletor de luz solar, capaz de abastecer os vestiários do bloco 03

com água aquecida. Na parte superior do bloco 03 haverá um vão livre, que poderá ser

utilizado como um espaço multiuso.

O bloco 02 foi projetado para o norte, de maneira que o seu telhado pudesse oferecer, no

futuro, a possibilidade de ser transformado em um painel fotovoltaico*. Além disso, esse

bloco foi desenhado para permitir a ventilação cruzada** e o máximo possível de

aproveitamento de luz.

Para reduzir o impacto ambiental, foi prevista a fundação com tubulões***. Esse tipo de

fundação evita o uso de equipamentos pesados, que poderiam danificar a essência vegetal

do terreno.

(*) O painel fotovoltaico acumula luz solar e a converte em energia elétrica.

(**) Posicionamento dos vãos seguindo a direção dos ventos predominantes, o que permite a renovação do ar

e a redução da temperatura no interior dos ambientes.

(***) Tipo de fundação na qual se escava um poço de um determinado diâmetro, revestido de concreto

armado, até obter terreno firme.

Page 16: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Aprovação do projeto arquitetônico na Prefeitura de Belo

Horizonte – PBH

Data de entrada: xxxx

Data de aprovação: xxxx

Apesar de todo o cuidado com que o projeto arquitetônico foi concebido, o processo de

aprovação exigiu um grande empenho do escritório de arquitetura, devido a várias

solicitações de modificações no projeto inicial, exigidas pelo setor XX da Prefeitura de Belo

Horizonte. Essa burocracia fez com que o projeto levasse cerca de um ano e meio para ser

aprovado.

Durante a aprovação, iniciou-se a discussão sobre as próximas etapas do projeto dentro

dos parâmetros de sustentabilidade que estavam sendo estabelecidos pelo grupo:

1. Definição do método construtivo

2. Concepção e execução dos projetos complementares: elétrico, hidráulico, telefonia

e drenagem superficial.

3. Execução

4. Uso da edificação

Lilian e Paulo – documentação: Confirmar data de entrada e aprovação.

1. Arquivos com o projeto inicial, etapas do processo de aprovação:

solicitações/modificações exigidas e Projeto aprovado.

2. Qual o nome do setor na PBH? Onde se aprova?

3. Qual é o período padrão para esse tipo de aprovação?

Page 17: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Pegadas Ecológicas

No decorrer do projeto Nova Sede Vina, algumas pegadas ecológicas ocorreram e

trouxeram fortes impactos ambientais.

Teresa: o texto abaixo foi adaptado a partir de outros textos. Favor ler com

uma visão mais crítica e acrescentar ou modificar algo se você considerar

necessário. Você teria referências bibliográficas a indicar sobre esse assunto?

O que são as pegadas ecológicas?

Qual a relação entre o nosso cotidiano e o meio ambiente? Muitas vezes nos

remetemos à responsabilidade do outro sem olhar para os nossos hábitos

em casa, no trabalho e na comunidade. A pegada ecológica é uma

estimativa, capaz de revelar até que ponto a nossa forma de viver está de

acordo com a capacidade do planeta de renovar seus recursos naturais e

absorver os resíduos que geramos, considerando o fato de que dividimos o

mesmo planeta com outros seres vivos e que precisamos cuidar da nossa e

das próximas gerações.

Texto adaptado – Homepage do WWF (World Wildlife Fund) / www.wwf.org.br

Page 18: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Poda Indevida – julho/2008

Para visualizar melhor os níveis do terreno, o arquiteto solicitou uma capina superficial,

onde seriam retiradas apenas algumas espécies gramíneas do lote.

Conversando com os responsáveis pela execução do serviço, o arquiteto e a bióloga

enfatizaram o objetivo do projeto e os cuidados necessários para a realização dessa poda.

A bióloga, enquanto mostrava as espécies presentes no terreno, ficou surpresa com o

conhecimento sobre ervas medicinais que um deles demonstrou.

Porém, ao ouvirem a palavra “limpeza”, eles provavelmente entenderam que era

necessário retirar todas as espécies que estivessem atrapalhando a visualização da área.

Eles ouviram, mas não escutaram e não ousaram questionar!

O “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude.

Resultado: ¼ do terreno foi degradado.

Bia, favor verificar se essas informações estão completas.

Leandro, você estava nessa ocasião? Fique a vontade para sugerir alterações.

Queimada criminosa – julho/2008

Pouco tempo após a poda indevida, o terreno sofreu uma queimada criminosa para

coleta e venda de madeira ilegal, trazendo consequências graves para todo o projeto.

Antes e depois da queimada.

Page 19: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Este fato gerou um grande impacto em toda a equipe envolvida e provocou uma

reavaliação das propostas iniciais. Decidiu-se, então, que haveria um acompanhamento

periódico da área, a ser realizado pelos biólogos, para que, através de registros de imagens

e relatórios, fosse possível verificar a recuperação dos espécimes vegetais.

Esse acompanhamento tornaria possível, também, a coleta de mudas e sementes que

tendem a se desenvolver mesmo após o incêndio, já que a flora do Cerrado é altamente

adaptada ao fogo. Essa coleta possibilitaria, no futuro, replantar mudas com as mesmas

características genéticas existentes no local, contribuindo com considerável economia

para o futuro projeto de paisagismo da empresa.

A partir dessa fase, os biólogos passaram a apresentar relatórios periódicos* sobre a

recuperação das espécies do terreno.

(*) Esses registros estão disponíveis para consulta no Departamento Socioambiental.

Page 20: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A Vina e a comunidade

Lilian e Paulo: buscar documentação VINA a data da construção do muro e a

lei correta. Seria a citada abaixo? Lei 2113/72

Renato: O assunto “Vina/Comunidade” entra exatamente aqui ou antes das

pegadas ecológicas acima citadas? Tivemos dúvida. Precisamos descobrir essas

datas para manter a cronologia.

Antes da chegada da Vina, uma parte do lote, que é localizado entre duas avenidas, servia

como passagem para a população da comunidade local.

Foi exigida pela Prefeitura de Belo Horizonte – PBH a construção de um muro que

demarcasse a área do lote, conforme legislação vigente: Lei 2113 de 2 de Agosto de

1972. A Vina cumpriu essa exigência, mas optou por deixar o acesso livre para a

comunidade, por perceber a dificuldade de deslocamento enfrentada pelos moradores no

seu cotidiano e por receber vários pedidos das pessoas que por ali passavam a respeito

dessa questão.

O livre acesso ao lote acarretou tanto aspectos positivos como negativos. Por um lado, a

comunidade se mostrou muito grata, manifestando-se através de pequenas atitudes, como

sorrisos, acenos e paradas para um bate-papo, que também serviram como oportunidade

de aproximação entre a empresa e os moradores da região.

Por outro lado, a Vina não tinha como controlar a entrada e saída de pessoas do terreno, o

que acarretou alguns atos de vandalismo, como: quebras de galhos e troncos de árvores,

pequenos focos de incêndio, esconderijo para drogas, descarte de lixo caseiro, entulho,

“encontros amorosos”...

Área utilizada como passagem pelos moradores da comunidade.

Page 21: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Reflexões

Esses acontecimentos provocaram alguns questionamentos no grupo, que percebeu a

importância da educação e da conscientização socioambiental, tanto na própria equipe

quanto na comunidade ao redor.

O conhecimento sobre o meio ambiente é necessário, mas não suficiente para a mudança

de valores que desencadeiam a criação de uma consciência socioambiental: o saber, às

vezes, dá lugar à mecanização de atitude. Assim, muitas pessoas que compreendem a

importância da preservação do “ambiente”, tanto na visão ecológica como na social, muitas

vezes adotam atitudes mecanizadas que acabam provocando acontecimentos negativos,

causando “desequilíbrio socioambiental”.

A formação da consciência demanda tempo, onde a educação é a ferramenta mais eficaz

para que ela ocorra. O saber provoca a incorporação de valores e mudanças de

comportamento, despertando a consciência individual e coletiva para a importância das

questões socioambientais.

A partir dessas reflexões, o grupo optou por focar suas ações na educação e sensibilização

de toda a equipe que fizer parte deste projeto, direta ou indiretamente – da criação ao uso

da edificação e na convivência com a comunidade ao redor.

Page 22: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Recuperação do terreno

Agosto de 2009

Com a visita mensal dos biólogos ao lote, foi possível acompanhar, de perto, a evolução e

recuperação de toda a vegetação do terreno.

Surpreendentemente, apenas um ano após o ocorrido (agosto de 2009) a vegetação se

recuperou e a transformação da paisagem do lote foi notável. Isto demonstra a incrível

capacidade do bioma Cerrado de se reerguer, sobretudo frente ao fogo.

Vale ressaltar que a recuperação da área ocorreu simultaneamente a impactos ambientais

que continuavam ocorrendo, como outros casos de incêndios pontuais, acúmulo de lixo

doméstico e presença humana constante, detectada através de pertences abandonados no

lote (cobertores, sapatos, utensílios domésticos, entre outros).

Fotos tiradas em agosto de 2009

Fotos tiradas em dezembro de 2009

Page 23: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Mais um incêndio...

Junho de 2010

Em 2010, o trabalho com os biólogos evoluiu muito. O lote já parecia estar totalmente

recuperado, quando, no mês de junho, outro incêndio foi provocado. Desta vez, não foi

constatado a retirada de lenha como na primeira queimada, mas a vegetação foi mais uma

vez afetada negativamente, sobretudo na parte central do terreno.

Área atingida pelo incêndio.

A liberação da via de acesso para a comunidade dentro da área da Nova Sede expunha o

local a vários tipos de interferências negativas. A falta de controle da entrada e saída de

pessoas pode ter provocado um incêndio ocasional, devido ao acúmulo de lixo e outros

detritos, como, por exemplo, uma ponta de cigarro acesa ou até mesmo um incêndio

criminoso. A empresa optou por não apurar a causa desse incêndio.

Entulho e lixo jogados no lote: presença humana.

Page 24: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Topografia e Sondagem

Início: setembro de 2010

As biólogas estiveram no terreno para verificar os riscos de impacto nos locais onde o

topógrafo realizaria o seu trabalho. Foi feito o acompanhamento in loco para evitar novos

impactos ambientais, como também os topógrafos receberam orientações das biólogas

sobre o projeto multidisciplinar e os cuidados a serem tomados para a conservação das

espécies. As futuras edificações foram delimitadas com fita zebrada, para facilitar o

trabalho das biólogas na verificação dos impactos que poderiam ser causados pelos

equipamentos de sondagem.

O processo de sondagem e a fita zebrada no lote demarcando as áreas.

O projeto Nova Sede preocupa-se em gerar o mínimo possível de resíduos, como também

reaproveitar ao máximo todo o material descartado no canteiro de obra. Para viabilização

do trabalho de sondagem, foi necessária a criação de acessos. Para isso, parte do muro

existente no lote precisou ser remanejada. Na reconstrução, foram reaproveitadas as

placas de concreto do muro para fechar as laterais de um dos acessos.

Page 25: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto Estrutural

Carla, Teresa e Renato: Atenção especial para esse texto. Como leigas, tivemos

dificuldade. Favor completar ou modificar o que for necessário.

Definição do tipo de estrutura

Em julho de 2010, o grupo iniciou a etapa de pesquisas e reuniões para discutir e

definir os parâmetros de sustentabilidade que orientariam o projeto estrutural.

Em agosto de 2010, foi realizada uma reunião com uma engenheira calculista* e alguns

integrantes do grupo (representantes da Vina e do Grupo NOC/UFMG) sobre o projeto

estrutural. A engenheira sugeriu que fosse feito um modelo de projeto básico** para

verificar qual seria a estrutura mais indicada para cada edificação, levando em

consideração a realidade da empresa e o projeto arquitetônico.

Lilian e Paulo: há documentação com os dados da eng. Ana Margarida?

Esse projeto básico avaliou três tipos de estrutura:

Metálica;

Pré-moldado de concreto;

Madeira.

Ao solicitar um orçamento aos fornecedores de estruturas pré-moldadas de concreto,

chegou-se à conclusão de que o custo não valeria a pena e, por isso, essa opção foi

descartada. Já o projeto em madeira, foi inviabilizado por falta de projetistas, calculistas

e fornecedores desse tipo de material no mercado.

(*) Informações e contatos, ver ficha técnica (pag xx)

(**) Um projeto básico, segundo a lei brasileira 8.666 de 21 de junho de 1993, é o conjunto de elementos

necessários e com nível de precisão adequado para caracterizar a obra ou serviço, elaborado com base nas

indicações de estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do

impacto ambiental do empreendimento. Ele possibilita a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos

e do prazo de execução.

Page 26: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A equipe multidisciplinar optou, então, pela estrutura metálica na edificação. Foi

solicitada aos parceiros da Escola de Engenharia da UFMG/Grupo NOC, uma avaliação

sobre essa opção.

Após reuniões e discussões sobre conceitos e parâmetros sustentáveis, o grupo chegou à

conclusão de que não seria possível efetuar uma avaliação palpável sobre a

sustentabilidade das estruturas metálicas. Para esse cálculo, seria necessário realizar

análises comparativas e uma avaliação posterior dos dados. O tempo necessário para esse

trabalho iria acabar comprometendo o prazo de execução da obra.

Diante à falta de dados e tempo para essa análise, chegou-se a conclusão que a estrutura

metálica seria a melhor opção pelas seguintes razões:

rapidez de fabricação e montagem;

durabilidade;

menor geração de resíduos e menos desperdício;

permite atividade simultânea, o que agilizaria o cronograma da obra;

desconstrução;

opções de empresas fabricantes na região metropolitana de Belo Horizonte: menor

emissão de gás carbônico (CO²). Um dos parâmetros de sustentabilidade

estabelecidos pelo grupo considera, neste projeto, a distância/locomoção ideal de

até 500 km.

Teresa e Carla: é necessário que vocês completem de maneira mais técnica o

porquê dessa escolha. Vamos considerar o fato de que a estrutura metálica usa

aço, minério de ferro como matéria-prima?

Devido à dificuldade de se colocar em prática as teorias da construção sustentável dentro

da realidade local, social e do próprio projeto, o grupo optou por fazer da Nova Sede Vina

um laboratório de construção sustentável. Essa experiência poderia ser uma

oportunidade de descobrir, repensar, questionar e analisar os parâmetros de

sustentabilidade e insustentabilidade, que direta ou indiretamente, viabilizam, contribuem

e/ou afetam a essência deste projeto, além de servir como referência para outros projetos

que tenham o mesmo foco.

Além disso, foi debatida a questão de que a utilização do edifício é um dos fatores que

mais geram os impactos ambientais: a geração de resíduos sólidos e líquidos, o consumo

de energia, o consumo de água, etc...

Page 27: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A partir desses questionamentos, o grupo optou por desenvolver ações que vão além das

preocupações com a construção do espaço físico. Através da educação, ações de

sensibilização serão desenvolvidas para tentar diminuir os futuros impactos ambientais

gerados pelo mau uso da edificação.

A conscientização e a incorporação dos valores socioambientais pelo indivíduo e pela

sociedade são questões primordiais na busca pela sustentabilidade. O desenvolvimento de

tecnologias limpas torna-se dispensável se as pessoas que forem utilizá-las não tiverem

estes valores incutidos no seu cotidiano. Para o grupo, a sustentabilidade começa do

indivíduo para a sociedade.

Nessa ocasião, também foram determinados alguns parâmetros para o projeto:

Segurança

Durabilidade

Funcionalidade

Ciclo de Vida: edificações devem durar no mínimo 50 anos, incluindo desconstrução.

Redução no uso de recursos naturais (matéria prima) e recursos não renováveis

(energia, emissão de gases, etc.);

Permitir modificações futuras;

Pontos de sensibilização dentro do próprio edifício: ambientes decorados com

objetos reciclados, horta orgânica, placas informativas, campanhas a favor da redução do

uso de papeis e copos plásticos, entre outras opções.

Page 28: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Estrutura metálica – dezembro/2010

A partir das discussões acima citadas e a definição pela estrutura metálica, a Vina solicitou

orçamentos a alguns fornecedores para análise técnica e custo/benefício.

A empresa contratada para a fabricação e montagem da estrutura foi a AMN Brasil*, pelas

referências, custo/benefício e pelo fato da fábrica ser localizada próxima ao terreno da

Vina – reduzindo a emissão de gás carbônico.

A imagem abaixo ilustra a rota entre a AMN e a Vina, cuja distância é de,

aproximadamente, 4 km.

Distância entre as empresas, onde A representa a AMN e B representa a Vina.

Renato: rever o texto e acrescentar informações caso necessário.

Lilian e Paulo: AMN: Documentos, Contratos, Notas, Data da contratação.

(*) Para mais informações sobre a AMN, ver “Ficha técnica” (pág.xx).

Page 29: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

AMN Brasil

Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Tivemos muita dúvida.

Lilian/Paulo/Fernando: Documentação

Produção

Em dezembro de 2010, foi iniciado o processo de fabricação das estruturas metálicas. O

primeiro passo dessa etapa é a compra de todo o material necessário para a produção, que

foi realizada pela Vina. A partir daí, a AMN começaria a produzir as estruturas.

Início da produção: dezembro de 2010

Previsão de montagem inicial: 75 dias

Durante esse período, a AMN fez um contato com a Vina avisando que as estruturas

estavam prontas e que a montagem poderia ser iniciada. Porém, com o atraso no

cronograma da obra devido à burocracia na aprovação do projeto arquitetônico pela PBH

(mais detalhes, pag xx) e também por se tratar de uma época chuvosa, a Vina solicitou que

a montagem fosse adiada por um período.

Montagem

A partir da aprovação do projeto arquitetônico pela PBH, em data xxx, e com o terreno

pronto para receber a parte principal das estruturas metálicas – bases, vigas e pilares – a

Vina informou a AMN, em data xxx, que o processo de montagem poderia ser iniciado.

Antes de iniciar a montagem, foi realizado, pela equipe da Vina e biólogos, um trabalho de

conscientização e sensibilização com a equipe contratada pela AMN para essa ação. O

objetivo era uma breve explicação sobre o Projeto Multidisciplinar Nova Sede e sua

filosofia.

Logo no início de execução da montagem, a AMN começou a apresentar uma série de

problemas, atrasando ainda mais o cronograma da obra. As estruturas metálicas, que de

acordo com o representante já estavam prontas, nunca foram entregues nos prazos

estabelecidos. O caminhão tipo munk, ferramenta fundamental para o transporte e

montagem das estruturas, responsabilidade do fabricante, apresentava constantes

problemas mecânicos. A equipe contratada para realizar a montagem das estruturas

também se queixou da falta de pagamento pelo serviço, outra responsabilidade da AMN.

Page 30: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A Vina fez vários contatos com a empresa solicitando a entrega das estruturas, sempre

sem retorno. Também foram realizadas algumas reuniões com o representante da AMN,

nas quais foram estabelecidos novos prazos de entrega, que também não foram

cumpridos.

Foi necessário que a Vina solicitasse um advogado e marcasse uma nova reunião, para que,

novamente, os prazos para a finalização da entrega fossem estabelecidos e cumpridos sem

atraso. Nessa ocasião, o representante da AMN assinou um contrato de multa que seria

cobrada em caso de outros atrasos. Ainda assim, após um ano de início da obra (que já

apresentava um atraso no seu cronograma inicial, de xx meses, previsto na contratação

desse serviço) e dois anos do início da fabricação, parte da estrutura metálica ainda não

tinha sido entregue.

Contrato de multa: termo de compromisso? Qual o nome correto?

Lilian e Paulinho: verificar datas em diário de obra, reuniões, notas, etc.

Na tentativa de finalizar essa etapa o mais rápido possível e minimizar os prejuízos, a Vina

optou por comprar material extra para a AMN produzir as estruturas pendentes como

também alugou, por conta própria, um caminhão munk.

Apesar dos esforços da Vina no sentido de amenizar os problemas apresentados pela AMN,

esta acabou abandonando a obra, confirmando a sua falta de profissionalismo e ética.

Resultado: Até dezembro de 2012, parte da estrutura metálica ainda está pendente.

A Vina, depois de tantas tentativas de negociação com a AMN, pretende, em breve, exigir

os seus direitos na justiça.

Além do grande prejuízo financeiro gerado pela falta de compromisso e envolvimento da

AMN, a Vina foi prejudicada com um atraso significativo no cronograma da obra, que

causou prejuízos físicos e conceituais ao Projeto Multidisciplinar Nova Sede.

A atitude da AMN acabou tornando insustentáveis pontos, que na visão do grupo, faziam da

estrutura metálica a melhor opção dentro dos parâmetros socioambientais que esse

projeto vem buscando: envolvimento, profissionalismo, ética, rapidez na entrega, redução

na geração de resíduos, entre outros.

(*) Documentação aberta à consulta, local a ser definido.

Page 31: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projetos Complementares

Após a aprovação do projeto arquitetônico, em julho de 2010, a Vina iniciou uma

pesquisa no mercado e buscou indicações para a escolha da empresa que seria contratada

para realizar os projetos complementares: elétrico, hidráulico, aterramento e telefonia.

O objetivo era encontrar uma empresa que estivesse em sintonia com os parâmetros de

sustentabilidade definidos pelo grupo e que pudesse acrescentar novas tecnologias ao

projeto.

Após essa análise, a Vina chegou à empresa Green Gold*, pioneira no ramo de

desenvolvimento de projetos sustentáveis, conceituada no mercado, muito bem

recomendada por profissionais da área e com selo de certificação Green Building**.

Green Gold

Documentação Lilian/Paulo – Valores, data da contratação, dados da empresa

Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Nomes corretos dos projetos.

Nas primeiras reuniões com a Green Gold, em dezembro de 2010, a Vina e sua equipe

apresentaram o Projeto Multidisciplinar Nova Sede, com foco na questão socioambiental,

para que os projetos complementares fossem desenvolvidos de acordo com a filosofia ao

qual este projeto se propõe. A Green Gold sugeriu à Vina algumas soluções nessa linha,

inclusive algumas delas já estavam previstas no projeto arquitetônico.

No orçamento apresentado, combinado na contratação, foi solicitado um adicional de 10%

sobre o valor total, para que a Green Gold pudesse pesquisar e desenvolver tecnologias

diferenciadas, para atender melhor às expectativas deste projeto multidisciplinar.

(*) Mais detalhes na ficha técnica.

(**) Green Building Council Brasil – O Green Building Council Brasil é uma organização não governamental

que surgiu para auxiliar no desenvolvimento da indústria da construção sustentável no País, em um processo

integrado de concepção, construção e operação de edificações e espaços construídos. www.gbcbrasil.org.br

Page 32: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Em março de 2011, a Green Gold apresentou os projetos solicitados e o grupo se reuniu

para avalia-los. Nessa análise, o grupo se surpreendeu ao notar que nenhuma tecnologia

diferenciada foi sugerida, além de uma série de erros apresentados, que iam contra os

parâmetros básicos de sustentabilidade:

aquecimento solar para uma torneira;

uma sala de 6m² com 27 pontos de energia;

seis bombas elétricas para bombeamento de água;

dimensionamento de 80mil metros cúbicos de água para a caixa reserva em caso

de incêndio: o padrão aprovado pelo corpo de bombeiros foi de 12.500 metros

cúbicos.

Lilian e Paulo: Documento do projeto de incêndio.

Renato, Fernando e Pita: Conferir se existem outros pontos insustentáveis.

Durante o mês de março, a Vina e sua equipe se reuniram com a Green Gold para

questionar e discutir o projeto, como também mostrar a sua “surpresa” em relação às

insustentabilidades desse projeto sustentável apresentado pela Green Gold.

Até o mês de novembro, nenhuma das modificações solicitadas tinha sido realizada. Após

duas reuniões, finalmente a Green Gold estabeleceu um prazo para a entrega do projeto

com as modificações exigidas pela Vina: data xxx, após vários meses de atraso.

Em xxxx, o projeto finalmente foi entregue à Vina. O grupo analisou novamente o projeto

apresentado, que continuava não correspondendo às expectativas que a Vina esperava

desse projeto.

Resultado:

A Green Gold, que no mercado se apresenta como uma empresa “verde” e inovadora, que

se propõe a apresentar soluções sustentáveis e diferenciadas, não respeitou e não se

envolveu com o projeto Nova Sede. O discurso sobre sustentabilidade foi incoerente com a

prática de trabalho, tanto nos projetos quanto no relacionamento e atendimento ao

cliente.

Outro fato que chamou a atenção da Vina no relacionamento com a Green Gold foi ao que

se refere ao aspecto financeiro: conforme firmado no contrato, foi realizado o pagamento

da primeira parcela no ato da contratação. O departamento financeiro da Vina liberou o

pagamento da segunda parcela antes da aprovação final do projeto.

Page 33: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Renato, a parcela era de 50%? Essa liberação foi um engano ou aconteceu pelo

fato de no contrato estar estabelecida uma data X para a entrega desse

projeto? O financeiro liberou devido a uma falta de comunicação interna: eles

não tinham ciência do atraso dos projetos / aprovação?

Mesmo com o pagamento integral quitado, a Green Gold demonstrou, novamente, falta de

profissionalismo, respeito e envolvimento com o cliente. Morosidade e falta de soluções

inteligentes para as questões levantadas pela Vina, tanto nos aspectos básicos que esse

tipo de projeto exige como também nos parâmetros sustentáveis que levaram a Vina a

contratá-la.

Mais uma vez, os parâmetros de sustentabilidade ao qual esse projeto se propõe foram

comprometidos pela falta de envolvimento e ética das empresas contratadas.

Page 34: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Monitoramento dos biólogos e retirada de sementes e mudas

Início: outubro de 2010

Nos locais de acesso necessários para a entrada desses equipamentos, a fim de preservar

as espécies presentes nesse espaço, foi proposta uma coleta de mudas e sementes, para

futuro plantio. Essas coletas passaram a ser feitas de acordo com as épocas de floradas de

cada espécie, nas visitas periódicas dos biólogos.

Essa iniciativa, se concretizada com sucesso, faria uma grande diferença como atitude em

prol da conservação do meio ambiente e representaria uma economia significativa no

futuro plano de paisagismo para a empresa. Em meio às adversidades no decorrer do

projeto, é impossível desconsiderar o fato de que as necessidades ambientais precisam

andar lado a lado às econômicas.

Primeiras mudinhas de Kielmeyera coriácea (pau-santo) a serem plantadas.

Page 35: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Situação da retirada das mudas no terreno – maio/2011

Em maio de 2011, foi realizada a coleta de sementes e mudas de barbatimão

(Stryphnodendron adstringens), que foram plantadas conforme a orientação específica

para a espécie. Apesar de cuidados constantes, as mudas não se desenvolveram de

maneira satisfatória e acabaram morrendo. Como existem muitas variáveis envolvidas na

germinação e no crescimento dos exemplares de cerrado, as biólogas não puderam

identificar o motivo da perda.

As sementes e o plantio do barbatimão (Stryphnodendron adstringens sp.)

O desenvolvimento das mudas de cada espécie está registrado nos relatórios entregues

periodicamente pelos biólogos, que estão arquivados e disponíveis para consulta no

Departamento Socioambiental da Vina.

Brotamento das folhas de pau-santo (Kielmeyera coriácea).

Page 36: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Situação das mudas: desenvolvimento – junho/2012

As 49 mudas de Kielmeyera coriacea (pau-santo) apresentaram crescimento lento, sendo

possível observar o brotamento de duas folhas, que após atingirem certo tamanho, caem,

dando à planta aspecto de morta. Porém percebe-se após algum tempo o brotamento de

novas folhas.

Primeiras folhas brotando, caimento e brotamento de novas folhas.

Em junho de 2012, foi feito o transplante das mudas de pau-santo do saquinho de plantio

para novos vasos maiores, que permitirão o melhor desenvolvimento dos exemplares.

Vale ressaltar que, seguindo a filosofia do Projeto Nova Sede, os vasos onde as mudas

estão replantadas foram reaproveitados, visando o baixo impacto ambiental e a

reutilização de materiais.

Page 37: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Sensibilização Interna Vina Data: março de 2011

O atraso no cronograma da obra gerou uma grande expectativa na Equipe Vina, que

demonstrou curiosidade sobre os processos de construção e finalização da futura sede da

empresa.

Percebendo essa demanda, a Vina decidiu realizar uma sensibilização interna para a sua

equipe. O evento aconteceu no dia 18 de março de 2011, das 15h às 18h, no Auditório da

Unidade de Educação Ambiental da SLU, no Aterro Sanitário de Belo Horizonte.

O objetivo foi sensibilizar os participantes apresentando a filosofia do Projeto Nova Sede,

baseado nos conceitos de sustentabilidade:

da idealização do projeto ao uso inteligente do espaço.

Despertar, na equipe Vina, a importância que cada um deles representa para esse projeto

também foi um dos focos desse evento: sensibilizá-los para a consciência de como a

atitude de cada um de nós, no cotidiano, é essencial para a formação de uma rede social,

onde pequenas ações são importantes agentes de transformação...

Programação

Para dar início à Sensibilização, Renato Malta, diretor da Vina, falou brevemente sobre a

proposta do evento:

Apresentação do Departamento Socioambiental da empresa: filosofia e ações

Apresentação do conceito filosófico do Projeto da Nova Sede, uma das ações

deste Departamento e foco desta Sensibilização.

Em seguida, Cláudia Lessa, coordenadora do departamento, fez uma apresentação

sucinta, dando uma visão geral das ações realizadas e destacando o Projeto

Multidisciplinar da Nova Sede Vina.

Page 38: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Para simbolizar as ações do Departamento Socioambiental,

foi realizado um sorteio de 06 kits, produzidos pela artista

da sucata Dalma Camilo.

Kit: saquinho de pano contendo bloquinho de anotações

(1/4 de folha A4), porta moedas e caneta.

Material: Reaproveitamento de retalhos de tecidos

variados, tetra pak, filtro de papel/café, folhas de papel

impressas e descartadas pela Vina e Copiadora Objetiva.

Logo após, Cíntia Mendonça, coordenadora de execução do Projeto da Nova Sede, deu

uma visão geral sobre o projeto arquitetônico, que foi todo idealizado respeitando as

áreas de preservação demarcadas pelos biólogos. Cíntia enfatizou, especialmente, o

processo diferencial que envolveu toda essa ação – da criação à fase de execução – e o

grande desafio de aliar os conceitos da sustentabilidade ao fator econômico e ao fator

tempo.

A Prof.ª Maria Teresa Aguilar, da Escola de Engenharia da UFMG, coordenadora do

Grupo NOC, foi convidada para concluir as apresentações acerca do Projeto da Nova Sede.

Ela fez uma breve introdução, reforçando a responsabilidade de cada um de nós como

agentes transformadores e exibiu o curta indiano “Tree”, que de maneira delicada e

sensível simbolizou a ideia de que pequenas atitudes fazem a diferença.

Ao citar o projeto da Nova Sede, ela explicou que mais importante que a busca de

tecnologias limpas, é a intenção que moveu o projeto e, especialmente, a educação e

sensibilização de todos os envolvidos: direta ou indiretamente.

Assim, Teresa encerrou sua apresentação colocando que, mais importante que a filosofia a

qual este Projeto se propõe e sua forma de execução, são a conscientização e o

envolvimento da equipe da Vina com o Projeto, especialmente, no uso inteligente e correto

da futura edificação. E, para finalizar, ela lembrou:

“as nossas atitudes são fatores impactantes para

o meio ambiente, sejam elas positivas ou negativas...”

Page 39: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Buffet

Em seus eventos, o Departamento Socioambiental busca ser coerente com a filosofia de

trabalho ao qual se propõe, dando preferência aos grupos de produção e geração de renda

nas diferentes ações que os eventos exigem.

Dona Geralda, uma das fundadoras da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel,

Papelão e Material Reaproveitável), contou, de maneira sensível, um pouco da sua história

e da ASMARE, destacando o trabalho realizado pelo Reciclo ASMARE Cultural, que estava

responsável pelo serviço de buffet oferecido nesse evento. A qualidade dos quitutes

oferecidos foi apreciada por todos.

Aluguel de Utensílios

Nos eventos do Departamento

Socioambiental não são usados

materiais descartáveis, com exceção do

guardanapo de papel.

Trupe Circuriá – Sensibilização através da arte e cultura

Antes do lanche, os participantes foram surpreendidos pelo Grupo Circuriá, formado em

2007, artistas do teatro, do circo e da música. O objetivo era, de forma lúdica, sensibilizar

os participantes sobre o foco do evento, dando destaque para a responsabilidade de cada

um dentro do “todo”: de dentro para fora.

Figurino/Cenário: foi todo produzido com sucatas

geradas pelo próprio grupo, que já tem

incorporado o conceito de reutilização nas suas

produções.

Texto: O grupo escolheu o texto “Reverência ao

Destino” (Carlos Drummond de Andrade) para

passar de maneira simples e sensível o objetivo do

mote. O texto foi livre, adaptado pelos artistas.

Page 40: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Dinâmica: “Macarrão Humano” (brincadeira de domínio público, sabedoria popular).

Tal escolha foi feita para descontrair o ambiente e, principalmente, mostrar a importância

da formação de uma rede e a responsabilidade das ações de cada um dentro desta. O

objetivo era, também, colocar as pessoas em contato, mostrar a importância das relações.

Parecer dos artistas: “O grupo alcançou os objetivos esperados dentro da proposta inicial

de “colocar a pulga atrás da orelha” no público presente, de maneira leve, alegre e sensível,

mesmo se tratando de um assunto tão sério. O público foi participativo, o que era

fundamental para a proposta ter sucesso.”.

Encerramento

O Circuriá encerrou o evento conduzindo as

pessoas de forma descontraída até o local

onde foi servido o lanche.

A participação de todos foi essencial para

darmos início à formação de uma rede

social, onde pequenas ações são importantes

agentes de transformação...

Elo: Jornal Mural

Uma semana após a I Sensibilização da Nova Sede, foi afixado na Vina um “Jornal Mural”

sobre o evento. Foram colocadas duas caixinhas de sugestão, para que a Equipe Vina

manifestasse sua opinião. Outro objetivo foi envolver a equipe com o Projeto através de

sugestões pessoais para a Nova Sede.

Page 41: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Terraplenagem

Preservação e cuidados prévios

Início: junho/2011

Após vários impactos ambientais sofridos pelo projeto e, principalmente, após a

experiência da capina indevida, o grupo achou necessário tomar cuidados especiais na fase

de terraplenagem do terreno.

Além de evitar outros impactos ambientais, a intenção era sensibilizar a equipe

responsável pelo trabalho, explicando a importância do projeto e a necessidade de se

preservar a vegetação recuperada após todos os danos sofridos.

A ideia era demarcar as áreas de preservação, criando mecanismos que despertassem o

conceito da sustentabilidade e conscientizasse os operários envolvidos na obra.

Nessa ocasião, um novo levantamento florístico* foi realizado, uma vez que a vegetação

presente no terreno apresentava alterações drásticas em relação à vegetação inicial em

que o projeto arquitetônico tinha sido elaborado. Após o novo estudo feito pelos biólogos,

o arquiteto fez pequenas modificações no projeto de terraplenagem, a fim de aumentar as

áreas de preservação do lote.

Área de preservação demarcada.

(*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental da Vina.

Page 42: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Mudas por estaquia

Na tentativa de conservar o bioma original do terreno, foi realizada uma experiência a

partir da técnica de mudas por estaquia. A estaquia é um método de reprodução assexuada

de plantas, que consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas, que

plantados em um meio úmido, se desenvolvem em novas plantas.

Com essa técnica seria possível, futuramente, plantar as mudas nos jardins da empresa,

mantendo o bioma original do terreno.

Biólogos realizando o estudo das espécies vegetais do terreno.

Marcell, Bia e Ju: revisar a parte técnica e sugerir modificações.

Renato: a ordem das etapas está correta?

Page 43: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Execução Início: Agosto de 2011

Desde o início do processo de terraplenagem, a responsável pela execução do Projeto teve

uma conversa com os executores dessa ação, explicando a filosofia e objetivos do projeto e

alertando sobre os problemas já sofridos anteriormente. O objetivo era sensibilizar e

destacar a importância das áreas de preservação demarcadas.

As primeiras etapas de terraplenagem foram acompanhadas de perto, com a coordenadora

sempre presente para conversar e esclarecer qualquer dúvida que pudesse surgir. Apesar

de todo esse acompanhamento, o projeto, mais uma vez, sofreu um grande impacto: a

praça de preservação central, em poucas horas, foi totalmente destruída.

Na etapa da praça, todas as instruções foram passadas ao encarregado, que foi alertado

sobre as modificações realizadas no projeto inicial, na tentativa de preservar a vegetação

que surgiu na área da futura Praça. Acreditando que todo o serviço havia sido

compreendido, a responsável pela execução da obra se ausentou por algumas horas do

local. Ao voltar, a praça estava toda destruída.

Mais uma vez, o “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude.

Ouviu-se, mas não se escutou e não se ousou questionar!

Resultado: toda a praça foi destruída.

Antes

Depois

Page 44: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Questionamento

Se o grupo repetiu o mesmo tipo de descuido causando, mais uma vez, impactos

ambientais ao projeto, fica a pergunta: “o grupo, também, não está agindo de maneira

padronizada?”

Pensando no futuro e a partir dos impactos ambientais sofridos, era evidente a

necessidade de educar e sensibilizar as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, no

projeto Nova Sede da Vina:

equipe da obra, usuários da edificação e comunidade do entorno.

Assim, foram propostas ações que priorizassem uma reflexão sobre os padrões

mecanizados de comportamento em relação ao ‘ambiente’ e sobre a importância do

envolvimento de cada um com o projeto: corresponsabilidade socioambiental.

Page 45: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Visita ao Departamento Socioambiental Data: 14/09/11

Participantes: Cláudia, Renato, Doriedson (encarregado), Alexandre (Engenheiro), Cíntia e Juliana.

O Encarregado e o Engenheiro responsáveis pela execução da obra conheceram o

Departamento Socioambiental e puderam entender melhor a filosofia do Projeto da Nova

Sede, reconhecendo a importância e a responsabilidade de cada um deles e de toda a

equipe na execução da obra. Eles viram as fotos do lote antes e depois do erro de

terraplenagem e perceberam o tamanho da devastação.

Foi ressaltada a importância da sensibilização da equipe interna e externa envolvida, com

ações preventivas e cuidadosas na rotina: atenção à rotatividade da equipe e a

sensibilização de todos que por lá passam.

Visita à sala da Teresa – UFMG

Data: 22 de novembro de 2011

Presença: - Prof.ª Teresa, Sônia Rocha (produtora), Cintia, Doriedson, Alexandre e Nelson.

Assim como o Departamento Socioambiental, a sala da

Profª. Teresa é um espaço simbólico, criado a partir de

reutilização e inclusão social, que representa a filosofia

à qual essa parceria se propõe.

Essa visita foi realizada com o mesmo objetivo da visita

ao Departamento Socioambiental: sensibilizar e

apresentar a filosofia do Projeto Nova Sede: criação dos

parâmetros de sustentabilidade.

Page 46: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Desafio: educação e sensibilização

Início: setembro de 2011

A criação de placas sinalizadoras e educativas, que foram instaladas dentro e fora da obra,

foi uma das primeiras formas de sensibilização e apresentação do projeto multidisciplinar

a todos os envolvidos nele, direta e indiretamente: equipe da obra, visitantes, moradores

da comunidade e empresas vizinhas.

A instalação das placas foi realizada em conjunto: os biólogos participaram através de uma

conversa informal com toda a equipe, para explicar a filosofia e todas as dificuldades

enfrentadas ao longo do projeto. Enquanto isso, a própria equipe da obra instalou as

placas: envolvimento conceitual e prático com o foco desse trabalho.

Ao final da instalação, todos pareceram entender os conceitos que movem o projeto: a

equipe da obra se mostrou especialmente disposta a cuidar da área de preservação. O

resultado foi positivo.

Page 47: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Etapa Construtiva

Lilian e Paulo: Entrada Monte Verde: entrada setembro/2011: contrato, nº de

funcionários, endereço...

Renato: rever o texto, tentar lembrar a história. Muitas informações parecem

ter sido perdidas.

Construtora Monte Verde – setembro de 2011

A Monte Verde foi contratada para dar início à obra, participando na construção do muro

definitivo do terreno e na preparação do canteiro de obra.

No mês de janeiro de 2012, a Monte Verde começa a etapa de fundação (tubulões de 15m

de profundidade), para instalação das estruturas metálicas. Nesse período, houve uma

paralização na montagem das estruturas metálicas, devido ao intenso volume de chuvas.

No mês de fevereiro, intercalando as estiadas com os períodos de chuva, foi dada a

continuidade na montagem da estrutura metálica. No mês de março, a montagem da

estrutura continuou e também foi iniciada a execução do projeto hidráulico.

Estrutura do bloco 02

Page 48: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

No mês de agosto, foi iniciado o trabalho de montagem da parte de cobertura das

estruturas metálicas: telhas e calhas, que garantem o isolamento e conforto térmico do

prédio.

Outro foco da obra foi a concretagem dos pisos do bloco 02 (parte superior) e do bloco

03, com tecnologia de nivelamento com régua laser. Essa tecnologia foi utilizada pelo

custo/benefício e pela garantia do piso não apresentar trincas. Logo após a execução desse

serviço, o piso apresentou trincas. A empresa dava alguma garantia? A Vina cobrou? Teve

algum ressarcimento? Como ficou essa história?

Os pisos do bloco 01 e 05 não foram executados com a tecnologia de nivelamento com

régua laser e apresentaram problemas de nível. Também apresentaram trincas?

A prof.ª Teresa, da UFMG, em data xx, fez uma visita à obra. Ela ficou a par das tecnologias

adotadas, dos problemas enfrentados durante a execução das mesmas. Teresa elogiou o

canteiro de obra, que estava limpo e organizado e também fez uma reflexão sobre a

dificuldade de se fazer uma obra realmente sustentável na prática.

Foram discutidas opções de material para a fase de acabamento, que estivessem de acordo

com os parâmetros de sustentabilidade que esse projeto vem construindo.

- Comparativo do bloco sical e do tijolo cerâmico?

- Piso: Teresa chegou a optar pela régua a laser? // - Vedação??

Teresa e Renato: pelos diários de obra e relatórios que temos em mãos, não

conseguimos elaborar esse texto, tivemos muitas dúvidas. Precisamos que vocês

puxem da memória e nos esclareçam melhor.

Page 49: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A empresa e a

comunidade

Page 50: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 51: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Elo: aproximação e educação

Início: setembro de 2011

Como já mencionado anteriormente, a Vina liberou a passagem em uma parte do lote,

utilizada como atalho pela comunidade. Porém, com a presença humana constante, o lote

começou a sofrer alguns impactos ambientais. Após alguns atos de vandalismo e uma

tentativa de assalto à obra, com agressões ao vigia e depredação dos equipamentos, a Vina

se viu forçada a construir um muro de proteção, causando o fechamento da via de acesso.

Após a criação desse muro, era urgente a criação de um elo entre a empresa, o projeto e a

comunidade ao redor. O caminho escolhido pela equipe foi o da aproximação e educação

via a escola: o foco seriam as crianças e os adolescentes.

A Vina deu início, então, a um trabalho conjunto com a UMEI (Unidade Municipal de

Ensino Infantil) – Águas Claras, uma escola infantil que fica ao lado do lote. A primeira

proposta foi que as crianças da escola, junto com os professores, participassem da pintura

do muro construído. A ideia se estendeu também aos adolescentes, com intervenções de

um grupo de grafiteiros da região na pintura do muro.

Muro da frente: intervenções com desenhos feitos pelas crianças e suporte dos grafiteiros.

Muro dos fundos: criação dos grafiteiros com liberdade de expressão.

Trabalho Conjunto Vina / UMEI

Page 52: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

No início, foi realizada na UMEI uma pequena palestra pela equipe do Departamento

Socioambiental da Vina, para que os pais pudessem conhecer a história do Projeto Nova

Sede e entender melhor a filosofia de trabalho da empresa. Foi oferecido um lanche

produzido pela equipe do Reciclo 2, o que tornou o evento mais interessante, por se tratar

de um grupo de inclusão produtiva*.

Ação inicial: pintura do muro

Data de início: novembro de 2011

A primeira ação dentro do Trabalho Conjunto Vina/UMEI foi a participação das crianças

e dos grafiteiros da comunidade no projeto de pintura do muro da Nova Sede Vina. Essa

ação foi coordenada em conjunto pela equipe UMEI e pelos grafiteiros.

No processo inicial de concepção desse projeto, os alunos da UMEI fizeram uma visita ao

terreno e tiveram contato com as máquinas usadas na obra. A partir das conversas e

observações realizadas nessa visita, as crianças fizeram vários desenhos, que foram

adaptados pelos grafiteiros para serem utilizados na pintura. Durante a execução, as

crianças utilizaram aventais produzidos com reutilização de faixas de rua e geração de

renda. A Vina ofereceu um lanche a todos os presentes.

Alunos da UMEI – Águas Claras: conhecendo os equipamentos e visitando a obra.

* Para mais detalhes sobre o Reciclo 2, ver “Ficha Técnica” (pag. Xx)

Page 53: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

A pintura do muro dos fundos, por ser alto e perigoso para as crianças, ficou sob

responsabilidade da equipe de grafiteiros. Num primeiro momento, eles ficaram livres

para realizar os grafites com criatividade e liberdade de expressão. Nessa etapa, apenas

metade da extensão do muro dos fundos foi preenchida. O período era de chuvas, o que

dificultou o acesso ao restante da área.

Paralelamente à pintura, foram criadas duas placas para serem fixadas nos muros, com o

objetivo de sensibilizar e informar a comunidade e a equipe interna da Vina sobre a

filosofia e importância do Trabalho Conjunto Vina/UMEI.

No muro dos fundos, a visibilidade da placa ficou prejudicada pela altura e pela estrutura

do terreno. Assim, foi proposto aos grafiteiros que eles finalizassem a pintura da outra

metade do muro reproduzindo e destacando o conteúdo da placa. Além da geração de

renda, a Vina forneceu aos artistas toda a estrutura necessária para o grafite, como

transporte, alimentação, tintas. Essa ação foi finalizada em julho de 2012.

No decorrer do processo, em conversas informais com os grafiteiros, a produtora teve uma

ideia de contrapartida para o trabalho de grafite: produção da capa de um CD, que seria

lançado em janeiro de 2013, pela banda de música independente formada pelos

grafiteiros. Eles se mostraram muito satisfeitos e empolgados.

Page 54: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Contrapartida Pintura Muro: alunos e equipe da UMEI

Suporte na Festa de Fim de Ano da UMEI

A contrapartida pela pintura do muro da Nova Sede à UMEI foi o suporte que a Vina

ofereceu para a excursão de fim de ano que a UMEI estava organizando: um passeio a um

sítio próximo a Lagoa Santa (MG). A Vina providenciou o transporte (fretagem de ônibus

para ida/volta) e forneceu o lanche para as 100 crianças.

Foram divididas duas turmas e a excursão foi programada para ser realizada durante um

final de semana: cada turma em um dia. No sábado, uma parte das crianças viajou e o dia

foi bastante proveitoso. Já no domingo, devido a uma grande chuva, o passeio foi

cancelado.

A vice-diretora da UMEI e a coordenadora do evento, então, sugeriram outra ação:

aproveitar os lanches e o ônibus, que já estavam pagos, em uma excursão pela cidade para

ver as luzes de Natal. A ideia foi muito bem aceita pelas crianças e pelos pais, pois a grande

maioria nunca tinha visitado os pontos turísticos de Belo Horizonte.

Neste passeio, os pais puderam acompanhar as crianças e alguns integrantes da Equipe

UMEI que estavam presentes também curtiram a cidade iluminada!

Equipe UMEI e alunos no sítio.

Pais, alunos e equipe UMEI na Praça da

Liberdade, em Belo Horizonte (MG).

Page 55: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Jornal Mural na UMEI

A partir dessas primeiras ações, o Departamento

Socioambiental da Vina sentiu que era necessária a

criação de um espaço que apresentasse fotos e

informações sobre o trabalho conjunto e sobre a

Nova Sede. Foi inaugurado, então, o Jornal Mural

Vina/UMEI – um mural na própria escola, onde os

pais e alunos podem se informar e interagir com

os novos projetos. Esse Jornal Mural é atualizado

conforme as ações vão sendo realizadas.

Doação de Livros Infantis – fevereiro/2012

Anualmente, o Departamento Socioambiental investe uma verba na

compra de livros para sua futura biblioteca, que vem sendo formada

aos poucos. Com o início desse trabalho conjunto, o Departamento

investiu na biblioteca da UMEI, doando doze livros infantis com foco

socioambiental que foram sugeridos pela vice-diretora.

Primeiros resultados

O trabalho conjunto Vina/UMEI apresentou resultados positivos.

O comportamento da comunidade em relação à empresa melhorou de forma considerável,

direta e indiretamente, o que foi visível a toda equipe Vina. Além das ações

socioeducativas realizadas via UMEI, a Vina também passou a oferecer oportunidade de

emprego aos moradores do bairro na Nova Sede, facilitando e melhorando ainda mais a

atitude dos moradores.

Lilian e Paulinho: Registros dos moradores da comunidade que já passaram por

lá. Ativos e demitidos. Quantos foram? Nomes. Função, etc. Checar diário de

obra.

Page 56: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Parquinho

Início: fevereiro de 2012

No início desse trabalho conjunto, foi sugerida pela UMEI a reforma do parquinho da

escola, que necessitava de algumas melhorias. A Vina deu suporte, cedendo alguns

funcionários da obra para realizarem alguns reajustes na área do parquinho.

A primeira ação foi a retirada de três cavalinhos

de madeira, que eram antigos e apresentavam

riscos às crianças. A UMEI sugeriu que os

cavalinhos fossem substituídos por pneus de

trator, que passariam a servir de brinquedo para

as crianças.

Durante todo esse processo, as equipes da Vina e da UMEI trabalharam na reforma do

parquinho: a Vina oferecendo mão de obra na parte técnica e a UMEI cuidando da pintura

e da estética. Até o ano de 2012, o projeto ainda estava em andamento.

Parquinho antes e depois da reforma da Vina.

Vânia, Sônia e Fernando: completar com informações mais técnicas, se

necessário.

Page 57: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto “Cultura da Criança”

Início: março de 2012

A aproximação entre empresa e comunidade se estabeleceu de maneira positiva. O

trabalho em conjunto com a UMEI foi fundamental para essa aproximação, pois a escola

trabalha em sintonia com o Departamento Socioambiental da Vina, o que vem

proporcionando o desenvolvimento de várias ações socioeducativas.

Em 2012, a principal ação do trabalho conjunto Vina UMEI foi o projeto “Cultura da

Criança”, com a criação e coordenação do educador Adelsin, um educador experiente na

temática do universo da infância, que pesquisa e resgata brincadeiras e canções antigas

por todo o Brasil.

A maior preocupação da equipe UMEI é o choque de conceitos que ocorre quando as

crianças saem do ensino infantil e mudam de escola, iniciando o ensino fundamental. Por

isso, o foco principal desse projeto é a formação dos educadores da UMEI e da região no

universo da criança: resgate da imaginação e das brincadeiras e cantigas lúdicas, para que

esse processo de mudança não seja tão sentido pelos alunos.

Em busca do resgate da autoestima e do desenvolvimento cognitivo das crianças, festivais

mensais e oficinas de brinquedos construídos com material reutilizável* também foram

inclusos nesse projeto. A Vina, através da sua rede de cooperação, periodicamente doa à

UMEI sucatas para ações desenvolvidas dentro desse trabalho conjunto e outros fins.

Festival realizado em julho de 2012, com o tema “a música na infância”.

Page 58: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Formação:

Para a equipe da UMEI Águas Claras e para os educadores das escolas da região: criação de

rede pela valorização da infância.

Duração de 08 meses com um encontro mensal de quatro horas (total de 32 horas).

Temas:

O movimento natural do ser humano criança; A infância e a natureza; A cultura da criança;

Movimento universal e expressões regionais; A música na infância; As artes visuais e a

infância; As histórias, a fantasia, o teatro e a infância; A identidade cultural, a TV e a

padronização; Um natal brasileiro.

Festivais mensais:

Os festivais são encontros que contam com o envolvimento dos familiares das crianças da

UMEI. Os festivais funcionam como um exercício dos conceitos discutidos na formação dos

professores e oferecem para as famílias a oportunidade de brincar com seus filhos.

Os festivais são realizados sempre aos sábados.

Espaço e logística:

Os encontros acontecem no espaço externo da UMEI. São utilizadas a arquibancada e as

áreas próximas ao parquinho, sempre valorizando a possibilidade de realizar atividades ao

ar livre, de frente para a montanha e debaixo do céu.

A Vina sempre oferece os lanches, que são produzidos na própria escola ou em

estabelecimentos próximos, gerando renda para a comunidade.

Oficina realizada em setembro de 2012.

Page 59: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Novas Ações – Vina/UMEI

Como a Vina irá se instalar nessa comunidade e pelos excelentes resultados que este

trabalho vem apresentando, o Departamento Socioambiental decidiu ampliar e focar, de

maneira mais pontual, as suas ações na parceria com a UMEI.

Oficinas – Cristina Araújo

Início: agosto de 2012

Foco: Reutilização das sucatas geradas nos lares – geração de renda e resgate da

autoestima.

Ações diversas estão sendo realizadas nessas oficinas. A produção das flores para a

sensibilização da Nova Sede da Vina (mais detalhes, pag.x) foi a primeira ação

desenvolvida.

No fim do ano, a ideia é que sejam produzidas borboletas para a árvore de Natal da Vina e

que essa produção gere renda para as mulheres do grupo. Para o Natal, o foco será a

produção de enfeites e objetos para a casa, tudo criado a partir da reutilização das sucatas

geradas nos lares da comunidade.

Page 60: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Oficinas – Circo em Cena

Início: agosto de 2012

O grupo Circo em Cena foi apresentado à comunidade em julho

de 2012, em uma participação especial no Projeto Cultura da

Criança, em um dos festivais realizados por Adelsin. A partir

dessa apresentação, surgiu a ideia de que o grupo participasse

do Trabalho Conjunto Vina/UMEI, com oficinas circenses para as

crianças e adolescentes da comunidade.

Foco: desenvolvimento da cultura e da arte na comunidade, sem perder o foco na alegria e

no resgaste da autoestima. As oficinas ainda estão em processo de construção: os artistas

do grupo estão se adaptando à comunidade, para ouvir e entender as demandas.

Geralmente, as oficinas acontecem aos sábados e têm duração de 2h. O público ainda não é

fiel e a faixa etária varia muito. De acordo com o depoimento dos artistas, alguns jovens

aparecem e demonstram muito interesse em aprender as técnicas e trabalhar com

seriedade. Por outro lado, algumas crianças menores também comparecem e querem

apenas “brincar”, se divertir.

Essa diferença entre os interesses ainda dificulta o processo de preparação e planejamento

dos artistas para as futuras oficinas. Em reuniões, o grupo decidiu que o mais importante

nesse início é ouvir e reconhecer as necessidades dos jovens e crianças da comunidade,

ganhar a confiança e o respeito deles. E assim, aos poucos, construir uma metodologia de

trabalho que seja funcional e preserve a essência do projeto.

Fotos tiradas na Festa de Fim de Ano, em dezembro, e na Festa da Família, em setembro.

Page 61: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto Educação Socioambiental

Início: agosto de 2012

Coordenação: Equipe de biólogos

Esse projeto de Educação Socioambiental tem como foco resgatar os valores ecológicos e

sociais não só na UMEI, mas em toda comunidade Águas Claras.

As atividades realizadas buscaram estimular a integração e harmonia das crianças e

funcionários da UMEI com o meio ambiente.

Objetivos principais:

Criar uma horta, junto às crianças, para o abastecimento da cantina;

Utilizar materiais recicláveis (garrafas pet e pneus usados) para o plantio de

espécimes da flora nas dependências da escola;

Aperfeiçoar habilidades individuais, tal como a coordenação motora;

Propiciar a ampliação de conhecimentos sobre o desenvolvimento de vegetais e

sobre outras questões ambientais relevantes (desperdício).

Plantio realizado na UMEI, em novembro de 2012.

Antes de decidir as hortaliças a serem plantadas, as biólogas realizaram uma pesquisa*

com as famílias dos alunos da UMEI sobre os hábitos alimentares. Essa pesquisa mostrou

um grande déficit na alimentação dos alunos e das famílias, tanto na qualidade quanto no

conhecimento sobre o assunto. Assim, a ideia para 2013 é que seja criado um livro de

receitas voltadas para o reaproveitamento de alimentos.

Até novembro de 2012, já foram realizados alguns plantios na horta com as crianças acima

de 04 anos e plantio de sementes de girassol, com as crianças menores. A colheita estava

programada para dezembro, porém as mudas acabaram morrendo, devido a uma série de

fatores, como: mau tempo, ruídos de comunicação e algumas falhas de acompanhamento.

(*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental.

Page 62: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Festa de encerramento das ações de 2012

Data: dezembro de 2012

Trabalho Conjunto Vina/Umei

Encerrando suas atividades de 2012, o projeto Cultura da Criança, que integra as ações do

trabalho conjunto VINA / UMEI Águas Claras, realizou um encontro marcado por muita

alegria e emoção.

Um presépio vivo, formado pelas crianças da UMEI, foi o centro do palco e da festa. Todas

as turmas da escola ofereceram um presente ao menino Jesus: um trabalho coletivo,

realizado em sala de aula e que completava a cena do nascimento de Cristo. Foi realmente

um presépio muito especial! O palhaço Sufoco, do Grupo Circo em Cena, e o educador

Adelsin comandaram a festa antes e durante a sua realização.

As crianças e suas famílias participaram de tudo com muita animação. Ao final, a equipe da

cantina da UMEI preparou uma mesa linda com um lanche delicioso que foi compartilhado

por todos os presentes.

Page 63: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Festa de fim de ano Vina 2012

Trabalho Conjunto Vina/UMEI: Oficinas de reutilização

Árvore de Natal Reciclada

Símbolo da renovação e da reciclagem, a tradicional árvore de Natal de sucata – criada em

2007 pelo artista Libério, ex-morador de rua e primeiro contratado do projeto Aracê* –

ganhou uma nova decoração e ficou ainda mais especial!

Este ano a árvore recebeu borboletas coloridas, que foram criadas com embalagens de

produtos de limpeza em oficinas realizadas na UMEI Águas Claras. As oficinas foram

coordenadas pela artista plástica Cristina Araújo e contaram com o trabalho criativo de

um grupo de mulheres da comunidade. Essas oficinas geraram renda e alegria para todas

as participantes.

Para cada borboleta produzida, foi pago o valor simbólico, como incentivo, de R$ 0,25 para

cada participante das oficinas. Esse valor foi definido em conjunto, levando em conta os

valores agregados das oficinas.

(*) Projeto piloto de inclusão social via mercado formal de trabalho, que tem como objetivo servir de

parâmetro para que outras empresas possam ampliar as possibilidades do exercício da responsabilidade social

a partir de uma experiência prática. Ação do Departamento Socioambiental da VINA.

Page 64: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

II Sensibilização Nova Sede Vina Data: setembro de 2012

Dando continuidade ao processo de sensibilização das pessoas que vão utilizar o prédio e

com o objetivo principal de apresentar o trabalho com a comunidade, foi realizada uma

segunda sensibilização com a equipe interna da Vina.

Data: 27 de setembro de 2012

Local: Obra da futura sede Vina.

Horário: das 14h às 17h

Número de convidados: em torno de 100 -- Equipe Vina BH + Equipe obra + um

representante de cada unidade Vina do interior + convidados especiais

Foco:

Visita à futura Sede: filosofia Socioambiental do Projeto

Apresentação: Trabalho conjunto Vina - UMEI

Decoração: coordenação e produção – Cristina Araújo

Produzida a partir de sucatas doadas pela equipe da Vina e com aproveitamento de tijolos

da obra. As capas das almofadas foram produzidas com reaproveitamento de faixa de rua,

com participação do Grupo de Costura da ASMARE. Os vasos que enfeitavam o ambiente

foram confeccionados com garrafa pet e botas da Vina também foram reaproveitadas para

a construção de um lindo canteiro!

Page 65: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Programação

Apresentação Vina e Projeto Nova Sede

Renato Malta, diretor da Vina, fez uma breve introdução ao evento e apresentação do

Projeto Nova Sede. Cláudia Lessa, coordenadora do Departamento Socioambiental, falou

um pouco sobre o Departamento e suas ações, destacando a filosofia do Projeto Nova Sede

e o trabalho conjunto Vina/UMEI. Anunciou, também, o lançamento do Jornal da Vina

(mais detalhes, pág. xx), cuja primeira edição foi entregue a toda equipe da Vina BH e

interior no dia 01 de outubro de 2012.

Apresentação UMEI: Projeto Cultura da Criança

Adelsin, educador e coordenador do projeto, e Vânia, vice-diretora da UMEI, falaram um

pouco sobre a UMEI e sobre o trabalho que está sendo realizado com os professores,

alunos e famílias da comunidade (mais detalhes, pag. Xx).

Plantio simbólico de flores artificiais

Alguns dias antes do evento, as crianças da UMEI “plantaram” flores de pet na cerca da

praça central, produzidas nas oficinas da UMEI com sucatas doadas pela equipe Vina. No

dia do evento, cada convidado também plantou uma flor feita de sucata! A praça da futura

sede da Vina ficou mais alegre e colorida!

Page 66: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Buffet

Produção: Reciclo II -- Grupo de inclusão produtiva.

Foi feita uma breve apresentação do grupo pelo coordenador Mauricio.

Encerramento

O grupo Circo em Cena surpreendeu os convidados após o lanche com música e muita

diversão! Com um discurso sobre “um mundo mais transparente” e com dinâmicas

coletivas, os palhaços Sufoco e Pianinho encantaram e fizeram a tarde mais agradável.

Page 67: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

No final do evento, cada convidado levou para casa sua

almofada produzida a partir de faixa de rua, juntamente

com o caderninho Ações Vina, que fala um pouco sobre

as ações do Departamento Socioambiental, desde a sua

criação.

Jornal da Vina

Primeira edição: outubro

O jornal foi criado pelo Departamento Socioambiental e, nas suas duas primeiras edições

(Outubro/Dezembro 2012), foi fixado em todas as unidades da Vina (Belo Horizonte e

interior). Ele funciona como veículo de comunicação e informação entre a Equipe Vina e o

Departamento Socioambiental. O foco principal é a Nova Sede.

Todas as edições foram recolhidas e serão reaproveitadas em produção futura de material

interno de divulgação do Dpto Socioambiental com geração de renda.

Perfil

Linguagem simples, textos curtos e layout leve, colorido, que chame atenção. O perfil da

Equipe Vina, no geral, é de baixa escolaridade e tem pouco acesso às redes sociais.

A publicação é bimestral.

Page 68: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Projeto Amoras

Foram plantadas 95 mudas de amora no muro que faz divisa com o “vizinho” da nova

sede Vina. Esse plantio vai diminuir o barulho causado pela outra fábrica, além de atrair os

pássaros para o local e, futuramente, servir como área de convivência para a equipe Vina,

que poderá desfrutar dos pés de amora.

Sensibilização Amoreiras

Data: 22 de novembro 2012

Horário: 9 h às 11h

Participantes: 04 funcionários Vina (funcionário mais recente, funcionário mais antigo,

contratado Projeto Aracê e uma mulher) + 04 representantes UMEI + 07 funcionários da

obra + Biólogo e Equipe Departamento Socioambiental.

Para essa ação, foi realizada uma pequena sensibilização no processo de plantio,

envolvendo as equipes da Vina e da UMEI. O foco foi aliar a responsabilidade de cada um

com o “seu” pé de amora ao cuidado com a vegetação do lote como um todo. Todos fizeram

o seu plantio com muito cuidado e empolgação, num ambiente muito agradável. Em breve,

serão colocadas plaquinhas nas mudas identificando o nome de cada um que as plantou e

uma placa de sensibilização sobre essa ação.

Page 69: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Alguns dias após o plantio notou-se um grande ataque de formigas saúvas às mudas. Uma

forma de controle menos agressiva e natural foi aplicada, na tentativa de controlar esse

ataque. Porém, essa forma foi ineficaz, sendo necessário um controle químico, que acabou

resolvendo o problema.

Um mês após o plantio, as amoreiras estavam se desenvolvendo muito bem, crescendo

rapidamente e muito saudáveis.

As fotos mostram o “antes” e “depois” do plantio das amoreiras.

Agosto / 2010

Janeiro / 2013 Agosto / 2010

Janeiro / 2013

Page 70: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
Page 71: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Conclusão A partir de uma experiência prática

Pessoal, essa é a essência da conclusão que estamos desenvolvendo. É preciso

ainda melhorar! Gostaríamos que vocês nos ajudassem nessa construção,

contribuindo com sugestões para o texto e outras boas ideias: “canetando”!

Tomei a liberdade de escrever incluindo o Grupo Multidisciplinar, porque

acredito que este é o caminho que norteia este trabalho de equipe.

A aprovação de vocês é fundamental.

Na visão da Vina, uma obra padrão da construção civil na realidade brasileira, geralmente,

passa por vários pontos de insustentabilidade, causados não só pelas tecnologias

utilizadas, mas também pelos entraves nas relações com os diversos setores da sociedade

que participam desse processo: a indústria, o comércio, a economia, a política, a educação

e as relações interpessoais, com todos os aspectos positivos e negativos que cada um dos

setores envolvidos nesta cadeia, direta e indiretamente, apresenta.

A Vina se preocupou em agregar o foco socioambiental ao Projeto Nova Sede, criando um

Grupo Multidisciplinar para pensá-lo sob uma nova ótica, dando o primeiro passo no

sentido de aprimorar os pontos positivos e amenizar os efeitos negativos decorrentes do

processo da construção civil: criação, execução e uso da edificação.

Com o Grupo Multidisciplinar, deu-se início à construção de parâmetros sustentáveis que

atendessem a realidade do projeto (conceitos: filosóficos e técnicos, recursos e prazos) e

que despertassem reflexões e questionamentos sobre o termo sustentabilidade, tão

banalizado e deturpado atualmente. Na prática da construção civil, dentro de uma visão

mais ampla, o projeto Nova Sede realiza ações de corresponsabilidade socioambiental, que

englobam as equipes que participam dessa ação e a comunidade ao redor, com o intuito de

sensibilizar e educar.

Mesmo com todos os cuidados tomados desde o princípio, por essas e outras questões, a

Vina não se surpreendeu, de certo modo, com os diversos “impactos” sofridos, que

prejudicaram, de diferentes formas, a execução do projeto. Ficou clara, mais uma vez, a

dificuldade em unir teoria e prática nesse setor. Por outro lado, estes “impactos”

trouxeram a oportunidade de reflexão em diferentes aspectos dessa experiência. Em

vários momentos, o negativo se tornou positivo e as barreiras se tornaram elos.

Page 72: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Por tudo isto, para a Vina e para a equipe multidisciplinar responsável pelo Projeto Nova

Sede, apesar de todas as insustentabilidades apresentadas, o projeto continua sustentável,

por agregar valores socioambientais que nos levam a novas reflexões sobre a inversão da

atual lógica econômica, tecnológica, política, social e ambiental.

O conceito e a intenção que norteiam esse projeto, independente dos erros internos e

externos que ele possa sofrer, são positivos, capazes de despertar questionamentos,

mudanças e transformações...

Fica o convite para a reflexão:

“Não é a economia que é mais importante que as pessoas, e não são as pessoas que são mais importantes que o planeta. É o inverso.

“Se a gente quer atingir a sustentabilidade, a gente tem que inverter o eixo¹.”

¹ Trechos da palestra de Hugo Penteado, economista, no TEDx Amazônia 2012.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=RfFnSp4fa94

Page 73: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Retrospectiva de fotos do lote

Maio / 2008 Agosto / 2008

Setembro / 2009 Julho / 2010

Maio / 2013

Agosto / 2011

Page 74: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Anexos, documentação e relatórios

- Relatórios: solicitados na carta inicial (depoimento)

- Custos (estimativa e comparação– ainda em estudo pelo Depto. Socioambiental)

- Lista dos documentos disponíveis para consulta no Departamento/VINA

- Referências Bibliográficas (pegadas ecológicas e outras informações: biólogos,

engenheiros, estudos, etc.)

Contatos

- Endereços e contatos das empresas contratadas.

Paulinho e Renato: completar endereços de todos os fornecedores que vocês acham que

devem entrar nessa documentação.

Lilian: pesquisar o endereços na documentação

AMN Brasil

Av. Nelio Cerqueira, 547 - Tirol - Belo Horizonte - MG

Telefone: (31) 3382-7307 / 33210998 | E-mail: [email protected]

Green Gold

Monte Verde

Page 75: Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)

Ficha técnica

Pessoal,

Estamos ainda organizando essas informações. Favor completar os dados

profissionais da maneira que acharem mais adequada. Sugerimos que o número

do conselho de cada profissional seja registrado, como também os contatos,

e-mail e telefone.

Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão, coordenado pela Profª.

Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas

Gerais – UFMG. Esse grupo de estudo vem desenvolvendo pesquisas em tecnologias

limpas, repensando o que é meio ambiente e o que é sustentabilidade, partindo do

indivíduo para a sociedade, com foco na educação.

Arquiteto – Márcio Pita,

Biólogos – Beatriz Dias, Juliana Barata, Marcell (Marco Túlio?), Leandro.

Engenheiros – Carla, Teresa

Equipe Vina – Claudia, Renato, Juliana Foini, Élida Murta, Lika, Cíntia Mendonça,

Fernando, Depto Socioambiental,

Ekofoot – impressão a base de cera

Trabalho Conjunto Vina / UMEI:

Vânia e equipe

Cristina

Circo em Cena

Circuriá

Adelsin

Grafiteiros

Sônia Rocha