Dossier Outubro 2011 Virtualização de Servidores

  • Upload
    arkinux

  • View
    222

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 Dossier Outubro 2011 Virtualizao de Servidores

    1/12O%$%b"o 2011 - COMPUTERWORLD

    A virtualizao de infra-estrutura de TI e, em particular, a de servidores est j bem implantada entre as empresasportuguesas, de acordo com vrios responsveis de organizaes do sector das TIC. Dado o reconhecimento dosbenefcios da prtica e tecnologias inerentes, o investimento inicial no ser uma importante barreira. Contudo, aexpanso ainda ca na fronteira das aplicaes crticas de negcio.O processo para a implantao de uma infra-estrutura virtualizada tem uma srie de armadilhas. Torna-se importantegerir a ruptura com a situao anterior e no criar expectativas irrealistas. preciso saber minimizar o risco e

    garantir o desempenho durante a implantao, a qual envolve em grande parte dos casos uma renovao de mquinas.Noutras vezes, esquece-se a formao dos gestores de TI, crucial para usufruir dos benefcios em pleno. Algumasempresas prescindem dessa formao como forma de reduzir custos, enquanto outras, em menor nmero, levantama hiptese de se libertarem dos prprios recursos humanos.

    Outubro 2011COMPUTERWORLDVirtualizao

    de Servidores

  • 7/26/2019 Dossier Outubro 2011 Virtualizao de Servidores

    2/12

    Com%nica+.e# Unificada#VIRTUALIZA(/O2 |

    COMPUTERWORLD - O%$%b"o 2011

    2 |

    Poucas tecnologias se tornaram uma parte funda-mental do centro de dados to rapidamente quantoa virtualizao de servidores.Isto porque a proposta de valor bsico fcil deentender: quando se executam muitos servidores l-gicos num nico servidor fsico, consegue-se obtermuito mais do hardware logo no necessrio in-vestir tanto em servidores fsicos para lidar com omesmo conjunto de volume de trabalho. quasecomo encontrar dinheiro. Mas os detalhes da adop-o, claro, so mais complicados.O hipervisor, a fina camada de software sobre a qualse podem implantar servidores virtuais, geral-mente incorporado numa soluo completa de soft-

    ware envolvendo uma combinao delicenciamento, suporte e/ou custos de manuteno(dependendo do software de virtualizao seleccio-nado). Muito provavelmente, preciso tambm ac-tualizar os servidores com processadores capazesde suportar a virtualizao.Apesar disso, reduzir o nmero de servidores traz cor-tes indirectos de custos necessrio arrendarmenos espao para o centro de dados, pagar menosrefrigerao e o consumo de energia baixa. Aindamais atraente a agilidade inerente da virtualizao.Conforme os volumes de trabalho mudam, poss-vel colocar mais ou menos servidores virtuais a fun-cionar, mais facilmente, aumentando a escala da

    infra-estrutura para suportar uma nova aplicao,de um momento para o outro.O caminho para a implantao de uma infra-estru-tura virtualizada tem a sua quota de armadilhas.Primeiro necessrio justificar o custo inicial e aruptura com a situao anterior, de maneira a nocriar expectativas irrealistas. preciso saber comoproceder implantao, de modo a minimizar orisco e garantir o desempenho da infra-estrutura emnveis aceitveis.

    Justificar o projecto fcil

    muito fcil vender ou justificar a virtualizaode servidores. Quem no quer comear a usar o seu

    hardware, o mais possvel? Na verdade, a ideia b-sica to atraente que preciso ter cuidado parano exagerar. No se pode esquecer o financia-mento do equipamento, a implantao, os custosde formao e de manuteno. As economias reaisalcanadas atravs de virtualizao, tal como acon-

    tece com tantos outras novas tecnologias, tendem aacumular-se ao longo do tempo.A maioria das implantaes de virtualizao requernovo hardware, principalmente porque os hipervi-sores exigem processadores mais novos preparadospara suportar a virtualizao. Por isso, o melhor mo-mento de implantar a virtualizao quando se pre-cisa de adicionar servidores infra-estruturaexistente ou quando hora de substituir hardwareenvelhecido ou obsoleto.A eficincia superior de servidores mais novos vaiajudar a justificar o projecto. O passo inicial cal-cular o consumo de energia e os nveis de refrige-rao exigidos pela infra-estrutura actual.

    Idealmente, isso deve ser feito individualmente,servidor a servidor, podendo ser demorado, para re-sultar em nmeros mais rigorosos.Depois preciso verificar que so usadas as mes-mas especificaes no hardware previsto, para seter uma ideia da reduo de custos de consumo deenergia, incluindo para a refrigerao.No se pode deixar de contar com o facto de se usa-rem menos servidores fsicos com o projecto de vir-tualizao para os mesmos volumes de trabalho.Assim, a proposta para a infra-estrutura com vir-tualizao ser muito boa em comparao com ocenrio existente. Se o novo hardware for suficien-temente poderoso, ser capaz de executar muitos

    servidores lgicos, em cada unidade fsica.Infelizmente, determinar quantos servidores virtuaisvo caber no suporte fsico no uma cinciaexacta. Mas existem ferramentas capazes de aju-dar.Algumas ferramentas de consolidao de servido-res permitiro mesmo especificar a marca e o mo-delo do hardware actual e do hardware que estprevisto comprar. Assim mais fcil estabelecercomparaes e monitorizar a infra-estrutura exis-tente por um determinado perodo de tempo.Com todos os dados recolhidos possvel fazer re-latrios capazes de mostrarem exactamente quan-tos anfitries de virtualizao se vai precisar, o seu

    tipo, alm de se prever a proporo esperada de ser-vidores virtuais, para cada anfitrio fsico.Algumas dessas ferramentas at conseguem calcu-lar o consumo de energia e a capacidade de refri-gerao da nova infra-estrutura. Importa investigaras opes disponibilizadas pela VMware ou pela Mi-

    crosoft, entre outros fabricantes, a fim de obter omximo de dados rigorosos, antes de iniciar qual-quer projecto de virtualizao.Contudo, mais uma vez, no se deve exagerar. im-portante perceber que a diminuio do nmero deservidores fsicos no significa reduzir os servido-res lgicos e no conduz necessariamente re-duo da equipa de TI. Na verdade, geralmente benfico contratar um consultor competente paraajudar a planear todo o esforo de virtualizao.Embora os conceitos bsicos sejam simples, o pla-

    neamento, o desenvolvimento do projecto e a im-plantao so fases passveis de se tornarembastante complicadas sem o devido conhecimentoe experincia.Formar antes de entrar em produo Tambm im-portante ter em conta a necessidade de formaodo pessoal existente. Virtualizar uma infra-estruturade TI significa mudar a base estrutural de toda aplataforma de computao. Num certo sentido, co-locam-se muitos ovos em algumas cestas. de vitalimportncia que os gestores de TI sejam bem ver-sados na gesto desta infra-estrutura quando ela co-mear a funcionar em pleno, dado a virtualizaointroduzir uma srie de riscos que necessrio evi-

    tar.Tanto quanto possvel, convm que os profissionaisestejam formados antes de embarcarem numaimplantao de virtualizao completa.Os fornecedores de equipamento devem oferecermuitas opes de formao especfica - ou pelo

    Como tornar ainfra-estruturavirtual mas slidaCortes drsticos nos custos tornam a virtualizao de servidores numa parteessencial de qualquer centro de dados. Saiba como planear, implantar e geriruma infra-estrutura virtual.

  • 7/26/2019 Dossier Outubro 2011 Virtualizao de Servidores

    3/12

    | 3

    a Internet nem Amazon e a Fnac nofacturava o que factura hoje. Receberuma carta das Seleces era umevento e tinha uma taxa de respostabrutal. Hoje no estamos nessa reali-dade. A concorrncia durssima, osnossos livros tm dscondo que foi umadas razes que me facilitou a deciso,entrei depois de no ano anterior teremsado muitas

    M&P: As 'gorduras' j tinham sido cor-tadas.

    FL: J, j. Houve trs razes pelasquais conseguimos atingir este ano obreak-even, depois de dois ou trs anosde perdas muito duras em Portugal. Afundamental foi, claramente, o cortena estrutura de custos, aconteceu tam-bm noutros pases, mas em Portugalfoi drstico. Saram dezenas de pesal eEspanha, ra fa do que prosto no aestrutura de custos, que no elevada,o problema que a receita no sufi-ciente para, em condies normais,

    rentabilizar essa

    M&P: Noutros mercados a RD tem lan-

    ado ttulos em segmentos nos quais o

    grupo tem know-how. Esse tipo de es-

    tratgia est a ser pensadapara o mercado ibrico?

    FL: O mercado portugusem termos publicitrios um dcimo, mais coisamenos coisa, do Espa-nhol. um mercado rela-tivamente pequeno emuito ocupado por gran-des grupos de media, por-tanto, no caro lanarrevistas em Portugal o di-fcil rentabiliz-las.Agora o meu dever ana-lisar oportunidades, ver oque faz sentido lanar ou,eventualmente, adquirir.Do lado de Espanha, omercado muito grande,

    M&P: Mas h planos con-

    cretos de aumentar o port-

    flio da RD ao nvel de

    imprensa?

    FL: Se as oportunidadessurgirem e forem boas,sim. E ter como accionistaum fundo de investimentoat facilita as coisas. Mais

    facilmente vem umplano para investiir unsquantos milhes num

    novo prodr uns quantos milhes numnovo produto do que meio milho dedlares de desvio de budget.

    M&P: Dado que tm de diversificar as

    fontes de receita, parece quase uma

    inevitabilidade.

    FL: No necessariamente. Tenho vriasformas de poder crescer, uma delas sair da minha concha. H um mercadoque domino muito bem, que a venda

    por correspondncia. Estamos a tentaralargar o lote de produtos que podemosvender, j hoje vendo vitaminas, comose fossem cum teste e vendemos vita-minas. Nos catlogos j vendemosjias.

    M&P: Diversificar no necessaria-

    mente na rea editorial, portanto.

    FL: No uma inevitabilidade. Ouseja, sim tenho de analisar oportuni-dades de investimento na rea edito-rial e revistas em concreto, depois nosei que posso cdes que vou investir,

    no posso apostar tudo a. Posso cres-cer o negcio com venda de mais pro-dumail, de anncios nos ps pases daEuropa.

    M&P: E isso est a ajudar a rejuvenes-cer o perfil de audincia da Seleces?

    FL: Estamos a ter resultados de vendasmelhores do que h uns tempos, me-lhores do que espervamos, precisa-mente porque estamos a conseguirchegar a mais pessoas. A internet, asnovas formas de comunicao, esto-nos a permitir chegar a novos clientes,clientes diferentes, mas que, feliz-mente, no so assim to diferentes.Diferradicionais compram. Eles tmvindo e gostam dos produtos. Eu tenhobons produtos, tenho um problemade percepo, as pessoas pensam RDe imaginam logo teias de aranha.

    M&P: Olhando para o perfil da Selec-

    es o Bareme Imprensa indica

    FL: Esses nmeros do uma idademdia de 44 anos do meu leitor - o Ba-reme Imprensa da maneira como cal-culado vale o que vale, mas o quetemos nmeros at um pouco maisjovens do que a idade mdia do meucliente em base de dados, tenho de ad-mitir. Tirando os pases da Amrica La-tina e da sia, a minha revista invulgarmente jovem, por estranho que

    parea em relao a outros pases. De-pois tambm no propriamente umproblema porque a populao no esta rejuvenescer, antes pelo contrrio. Nolimite at tenho um mercado maior.

    M&P: A percepo que a revista um

    pouco envelhecida. Como que se

    muda?

    FL: A maior parte das pessoas nopega na revista h mais de dez anos. Apercepo depois um ciclo vicioso,se a minha percepo esta no vou procura. Por outro lado, as vendas em

    banca tambm tm vindo a cair. A es-magadora maioria das vendas, 94 a 95mil, so por assinatura e.