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DOUTRINA CRISTÃ DO ESPÍRITO SANTO · Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na

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PREFÁCIO

A estudo da matéria de Português é um manancial de conhecimentos, que veio somar

satisfatoriamente para o crescimento dos nossos obreiros.

A Mestra na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, Evangelista Helida Santos Nunes

esforçou-se exaustivamente por apresentar, em especial aos nossos obreiros, um trabalho bem

elaborado, que vale a pena compulsá-lo.

Companheiros e companheiras, alunos e alunas do nosso Seminário em Teologia a nível

Bacharel, vamos crescer no conhecimento! e juntos faremos da nossa grande Igreja, uma

potência mundial.

Juntos somos fortes!!

Bispo Cordeiro

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SUMÁRIO

1. FONEMA

2. ENCONTROS VOCÁLICOS

3. ENCONTROS CONSONANTAIS

4. ORTOGRAFIA

5. EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

6. NOTAÇÕES LÉXICAS

7. EMPREGO DOS PORQUÊS

8. EMPREGO DO HÍFEN

9. LOCUÇÕES CONSAGRADAS:

10. SINAIS DE PONTUAÇÃO

11. CLASSES GRAMATICAIS

12. NUMERAIS

13. PRONOME

14. ADVÉRBIO

15. PREPOSICÃO

16. INTERJEICÃO

17. CONJUNCÃO

18. VERBO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AVALIAÇÃO

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FONEMA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz")

e log, logia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou

"estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma

maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia

de cada falante são estudadas pela Fonética.

Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma

distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que

marcam a distinção entre os pares de palavras:

amor - ator

morro - corro

vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua

memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um

deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema.

Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem

representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

1.1. Fonema e Letra

1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os

fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do

fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na

palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê).

2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o

caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:

Exemplos:

zebra

casamento

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exílio

3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por

exemplo, pode representar:

- o fonema sê: texto

- o fonema zê: exibir

- o fonema chê: enxame

- o grupo de sons ks: táxi

4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.

Exemplos:

tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o

1 2 3 4 5 6 7

1 2 3 4 5 6

galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o

1 2 3 4

1 2 3 4 5

5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os

exemplos:

compra

conta

Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda:

nave: o /n/ é um fonema;

dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas

letras a e n.

6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.

Exemplos:

hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e

1 2 3

1 2 3 4

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1.2. Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que

passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas.

Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal.

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:

a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.

Por Exemplo:

/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.

Por Exemplo:

/ã/: fã, canto, tampa

/ /: dente, tempero

/ /: lindo, mim

/õ/ bonde, tombo

/ / nunca, algum

c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.

Por Exemplo:

até, bola

d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.

Por Exemplo:

até, bola

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:

Abertas

Exemplos:

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pé, lata, pó

Fechadas

Exemplos:

mês, luta, amor

Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras.

Exemplos:

dedo, ave, gente

Quanto à zona de articulação - Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em

direção ao palato duro (céu da boca).

Exemplos:

é, ê, i

Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu

palatino).

Exemplos:

ó, ô, u

Médias - A língua fica baixa, quase em repouso.

Por Exemplo:

a

2) Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma

vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas

são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no

fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.

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Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba,

o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão

forte quanto ele. É a semivogal.

Outros exemplos:

saudade, história, série.

Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou

"m".

Veja:

pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/

3) Consoantes

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra

obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam

verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém

justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais.

Exemplos:

/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

2. ENCONTROS VOCÁLICOS

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes

intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em

sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

2.1. Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.

Pode ser:

a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.

Por Exemplo:

sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

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b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.

Por Exemplo:

pai (a = vogal, i = semivogal)

c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.

Por Exemplo:

pai, série

d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.

Por Exemplo:

mãe

2.2. Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre

nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.

Exemplos:

Paraguai - Tritongo oral

quão - Tritongo nasal

2.3. Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a

sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.

Por Exemplo:

saída (sa-í-da)

poesia (po-e-si-a)

Saiba que:

- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em

palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.

- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma

vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.

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3. ENCONTROS CONSONANTAIS

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o

nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:

- os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba,

como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...

- os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes:

por-ta, rit-mo, lis-ta...

Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso,

inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...

3.1. Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.

Por Exemplo:

lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.

Por Exemplo:

bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.

Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras:

o c e o h.

Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema

(di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que

convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.

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Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos

lh lhe telhado

nh nhe marinheiro

ch xe chave

rr Re (no interior da

palavra) carro

ss se (no interior da

palavra) passo

qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo

gu gue (seguido de e e i) guerra, guia

sc se crescer

sç se desço

xc se exceção

Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.

Fonemas Letras Exemplos

ã am tampa

an canto

em templo

en lenda

im limpo

in lindo

õ om tombo

on tonto

um chumbo

un corcunda

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Observação:

"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas

/g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em

algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar,

linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos

quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

3.2. Sílaba

Observe: A - MOR

A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente:

a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome

de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem

vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o

número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra.

Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar

semivogais.

Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas

1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.

Exemplos: mãe, flor, lá, meu

2) Dissílabas: possuem duas sílabas.

Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por

3) Trissílabas: possuem três sílabas.

Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir

4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.

Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-

gis-ta

3.3. Divisão Silábica

Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas:

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a) Não se separam os ditongos e tritongos.

Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou

b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.

Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa

c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba.

Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co

d) Separam-se as vogais dos hiatos.

Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de

e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.

Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te

f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se

aqueles em que a segunda consoante é l ou r.

Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car

3.4. Acento Tônico

Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba

de maior intensidade sonora do que as demais.

calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.

faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor

intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase.

3.5. Classificação da Sílaba quanto à Intensidade

Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.

Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade.

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Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas

palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo

abaixo:

Palavra primitiva: be - bê

átona tônica

Palavra derivada: be - be - zi - nho

átona subtônica tônica átona

3.6. Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica

De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que

contêm duas ou mais sílabas são classificados em:

Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.

Exemplos:

avó, urubu, parabéns

Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.

Exemplos:

dócil, suavemente, banana

Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima.

Exemplos:

máximo, parábola, íntimo

Saiba que:

São palavras oxítonas, entre

outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.

São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres,

cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito,

Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo,

necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada,

policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a).

São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo,

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ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga.

As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata,

hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil,

réptil/reptil, zângão/zangão.

3.7. Acentuação Gráfica

3.7.1. Acento Prosódico e Acento Gráfico

Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a

qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja:

es - per - te - za

ca - pí - tu - lo

tra - zer

e - xis - ti - rá

Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento

gráfico. Logo, conclui-se que:

Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou

mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica

de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos

empregados são:

Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -

em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas.

Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém

Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto.

Exemplos: pé, herói

Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos

e pronomes.

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Exemplos: à, às, àquele

Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre

fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante

de m, n ou nh.

Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo

3.7.2. Regras de Acentuação Gráfica

Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas

são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -

o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são

acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre

acentuadas.

Proparoxítonas

Sílaba tônica: antepenúltima

As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:

trágico, patético, árvore

Paroxítonas

Sílaba tônica: penúltima

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

l fácil

n pólen

r cadáver

ps bíceps

x tórax

us vírus

i, is júri, lápis

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om, ons iândom, íons

um, uns álbum, álbuns

ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos

ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis

Observações:

1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam

em "ens", não (hifens, jovens).

2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).

3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s),

ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).

Exemplos:

várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início

Oxítonas

Sílaba tônica: última

Acentuam-se as oxítonas terminadas em:

a(s): sofá, sofás

e(s): jacaré, vocês

o(s): paletó, avós

em, ens: ninguém, armazéns

4. ORTOGRAFIA

A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das

palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das

palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante

compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é

produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua

portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o

dicionário sempre que houver dúvida.

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4.1. O Alfabeto

O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma

forma minúscula e outra maiúscula. Veja:

a A (á) d D (dê) g G (gê ou

guê)

j J

(jota)

m M

(eme)

p P (pê)

s S

(esse)

v V (vê)

y Y

(ípsilon)

b B (bê) e E (é) h H (agá) k K

(cá)

n N (ene) q Q

(quê)

t T (tê)

w W

(dáblio)

z Z (zê)

c C (cê) f F (efe) i I (i) l L (ele) o O (ó) r R

(erre)

u U (u)

x X (xis)

Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das

letras: a, o, e u em determinadas palavras.

4.2. Emprego das letras K, W e Y

Utilizam-se nos seguintes casos:

a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.

Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.

Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.

c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de

curso internacional.

Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.

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4.3. Emprego de X e Ch

4.3.1. Emprega-se o X:

1) Após um ditongo.

Exemplos: caixa, frouxo, peixe

Exceção: recauchutar e seus derivados

2) Após a sílaba inicial "en".

Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca

Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"

Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus

derivados (enchente, enchimento, preencher...)

3) Após a sílaba inicial "me-".

Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão

Exceção: mecha

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas

aportuguesadas.

Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu

5) Nas seguintes palavras:

bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe,

roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.

4.3.2. Emprega-se o dígrafo Ch:

1) Nos seguintes vocábulos:

bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo,

debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau,

etc.

Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela

que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:

gesso: Origina-se do grego gypsos

jipe: Origina-se do inglês jeep.

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4.4. Emprega-se o G:

1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem

Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem

Exceção: pajem

2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio

Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio

3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g

Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de

vertigem)

4) Nos seguintes vocábulos:

algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege,

megera, monge, rabugento, vagem.

4.5. Emprega-se o J:

1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear

Exemplos:

arranjar: arranjo, arranje, arranjem

despejar:despejo, despeje, despejem

gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando

enferrujar: enferruje, enferrujem

viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)

2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica

Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji

3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j

Exemplos:

laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira

cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar

4) Nos seguintes vocábulos:

berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento

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4.6. Emprego das Letras S e Z

4.6.1. Emprega-se o S:

1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical

Exemplos:

análise- analisar catálise- catalisador

casa- casinha, casebre liso- alisar

2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem

Exemplos:

burguês- burguesa inglês- inglesa

chinês- chinesa milanês- milanesa

3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa

Exemplos:

catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa

palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa

4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose

Exemplos:

catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose

5) Após ditongos

Exemplos:

coisa, pouso, lousa, náusea

6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados

Exemplos:

pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos

quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos

repus, repusera, repusesse, repuséssemos

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7) Nos seguintes nomes próprios personativos:

Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha,

Tomás

8) Nos seguintes vocábulos:

abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa,

freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio,

presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.

4.6.2. Emprega-se o Z:

1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical

Exemplos:

deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar

raiz- enraizarcruz-cruzeiro

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos

Exemplos:

inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez

frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos

Exemplos:

civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização

colonizar- colonização realizar- realização

4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita

Exemplos:

cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita

5) Nos seguintes vocábulos:

azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão,

cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.

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6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z

Exemplos:

cozer (cozinhar) e coser (costurar)

prezar( ter em consideração) e presar (prender)

traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)

Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:

exame exato exausto exemplo existir exótico inexorável

Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs

Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe:

4.7. Emprega-se o S:

Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender", "verter" e

"pelir"

Exemplos:

expandir- expansão pretender- pretensão verter- versão expelir- expulsão

estender- extensão suspender- suspensão converter - conversão repelir- repulsão

4.8. Emprega-se Ç:

Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"

Exemplos:

ater- atenção torcer- torção

deter- detenção distorcer-distorção

manter- manutenção contorcer- contorção

4.9. Emprega-se o X:

Em alguns casos, a letra X soa como Ss

Exemplos:

auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe

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4.10. Emprega-se Sc:

Nos termos eruditos

Exemplos:

acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio,

imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos,

transcender, etc.

4.11. Emprega-se Sç:

Na conjugação de alguns verbos

Exemplos:

nascer- nasço, nasça

crescer- cresço, cresça

descer- desço, desça

4.12. Emprega-se Ss:

Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e

"cutir"

Exemplos:

agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão discutir-

discussão

progredir- progressão transmitir- transmissão exceder- excesso

repercutir- repercussão

4.13. Emprega-se o Xc e o Xs:

Em dígrafos que soam como Ss

Exemplos:

exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar

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4.14. Observações sobre o uso da letra X

1) O X pode representar os seguintes fonemas:

/ch/ - xarope, vexame

/cs/ - axila, nexo

/z/ - exame, exílio

/ss/ - máximo, próximo

/s/ - texto, extenso

2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-

Exemplos: excelente, excitar

4.15. Emprego das letras E e I

Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida.

Observe:

4.16. Emprega-se o E:

1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar

Exemplos:

magoar - magoe, magoes

continuar- continue, continues

2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)

Exemplos: antebraço, antecipar

3) Nos seguintes vocábulos:

cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

4.17. Emprega-se o I :

1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir

Exemplos:

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cair- cai

doer- dói

influir- influi

2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)

Exemplos:

Anticristo, antitetânico

3) Nos seguintes vocábulos:

Exemplos:

aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc

4.18. Emprego das letras O e U

4.18.1. Emprega-se o O/U:

A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja

os exemplos:

comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)

soar (emitir som) e suar (transpirar)

Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque.

Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua

4.18.2. Emprego da letra H

Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas

como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo,

grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.

4.18.3. Emprega-se o H:

1) Inicial, quando etimológico

Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh

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Exemplos: flecha, telha, companhia

3) Final e inicial, em certas interjeições

Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.

4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico

Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.

Observações:

1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos

derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.

2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição.

No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja: herbívoro,

hispânico, hibernal.

5. EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

1) Utiliza-se inicial maiúscula:

a) No começo de um período, verso ou citação direta.

Exemplos:

Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que

seja no inferno, é estar no Paraíso."

"Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que à luz do sol encerra

As promessas divinas da Esperança…"

(Castro Alves)

Observações:

- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula.

Por Exemplo:

"Aqui, sim, no meu cantinho,vendo rir-me o candeeiro,

gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro."

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- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.

Por Exemplo:

"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel

Bandeira)

b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.

Exemplos:

Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.

c) Nos topônimos, reais ou fictícios.

Exemplos:

Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.

d) Nos nomes mitológicos.

Exemplos:

Dionísio, Netuno.

e) Nos nomes de festas e festividades.

Exemplos:

Natal, Páscoa, Ramadã.

f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.

Exemplos:

ONU, Sr., V. Ex.ª.

g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas.

Exemplos:

Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.

Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são

empregados em sentido geral ou indeterminado.

Exemplo:

Todos amam sua pátria.

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5.1. Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:

a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.

Exemplos:

Rua da Liberdade ou rua da Liberdade

Igreja do Rosário ou igreja do Rosário

Edifício Azevedo ou edifício Azevedo

2) Utiliza-se inicial minúscula:

a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.

Exemplos:

carro, flor, boneca, menino, porta, etc.

b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.

Exemplos:

janeiro, julho, dezembro, etc.

segunda, sexta, domingo, etc.

primavera, verão, outono, inverno

c) Nos pontos cardeais.

Exemplos:

Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.

Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.

Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são

grafados com letra maiúscula.

Exemplos:

Nordeste (região do Brasil)

Ocidente (europeu)

Oriente (asiático)

Lembre-se:

Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.

Exemplo:

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"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel

Bandeira)

5.2. Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:

a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.

Exemplos:

Crime e Castigo ou Crime e castigo

Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas

Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido.

b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que

designam crenças religiosas.

Exemplos:

Governador Mário Covas ou governador Mário Covas

Papa João Paulo II ou papa João Paulo II

Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor

Santa Maria ou santa Maria.

c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.

Exemplos:

Português ou português

Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas

História do Brasil ou história do Brasil

6. NOTAÇÕES LÉXICAS

Para representar os fonemas, muitas vezes há necessidade de recorrer a sinais

gráficos denominados notações léxicas.

6.1. Emprego do Til

Til ( ~ )

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O til sobrepõe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal.

Pode aparecer em sílaba:

Tônica: balão, corações, maçã

Pretônica: balõezinhos, grã-fino

Átona: órgão, bênçãos

Outros Exemplos:

Capitães, limão, mamão, bobão, chorão, devoções, põem, etc.

Observação:

Se a sílaba onde figura o til for átona, acentua-se graficamente a sílaba predominante.

Por Exemplo: Órfãos, acórdão

6.2. Emprego do Apóstrofo

Apóstrofo ( ´ )

O uso deste sinal gráfico pode:

a) Indicar a supressão de uma vogal nos versos, por exigências métricas. Ocorre

principalmente entre poetas portugueses

Exemplos:

esp´rança (esperança)

minh'alma (minha alma)

'stamos (estamos)

b) Reproduzir certas pronúncias populares

Exemplos:

Olh'ele aí...(Guimarães Rosa)

Não s'enxerga, enxerido! (Peregrino Jr.)

c) Indicar a supressão da vogal da preposição de em certas palavras compostas

Exemplos:

copo d´água, estrela d'alva, caixa d'água

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7. EMPREGO DOS PORQUÊS

7.1. Por que

A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome

interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":

Exemplos:

Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.

Por que você comprou este casaco?

Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome

relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais,

pelas quais).

Exemplos:

Estes são os direitos por que estamos lutando.

O túnel por que passamos existe há muitos anos.

7.2. Por quê

Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de

interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por

quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.

Exemplos:

Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?

Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

7.3. Porque

A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que,

como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

Exemplos:

Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.

Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

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7.4. Porquê

A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo"

e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).

Exemplos:

Não consigo entender o porquê de sua ausência.

Existem muitos porquês para justificar esta atitude.

Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

Veja abaixo o quadro-resumo:

Forma Emprego Exemplos

Por que

Em frases interrogativas (diretas e

indiretas)

Em substituição à expressão "pelo

qual" (e suas variações)

Por que ele chorou? (interrogativa direta)

Digam-me por que ele chorou.

(interrogativa indireta)

Os bairros por que passamos eram

sujos.(por que = pelos quais)

Por quê No final de frases Eles estão revoltados por quê?

Ele não veio não sei por quê.

Porque Em frases afirmativas e em

respostas Não fui à festa porque choveu.

Porquê Como substantivo Todos sabem o porquê de seu medo.

8. EMPREGO DO HÍFEN

O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia, geralmente, sugerindo a

ideia de união semântica. As regras de emprego do hífen são muitas, o que faz com que

algumas dúvidas só possam ser solucionadas com o auxílio de um bom dicionário.

Entretanto, é possível reduzir a quantidade de dúvidas sobre o seu uso, ao observarmos

algumas orientações básicas.

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Conheça os casos de emprego do hífen (-):

1) Na separação de sílabas.

Exemplos:

vo-vó;

pás-sa-ro;

U-ru-guai.

2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos e à palavra "eis".

Exemplos:

deixa-o;

obedecer-lhe;

chamar-se-á (mesóclise);

mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo);

ei-lo.

3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua autonomia fonética e

acentuação própria, mas perdem sua significação individual para construir uma

unidade semântica, um conceito único.

Exemplos:

Amor-perfeito, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva,

médico-cirurgião, norte-americano, etc.

Obs.: certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção

de composição, grafam-se sem hífen: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,

paraquedas, paraquedista, etc.

4) Em compostos nos quais o primeiro elemento é numeral.

Exemplos:

primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-feira,

quinta-feira, etc.

5) Em compostos homogêneos (contendo dois adjetivos, dois verbos ou elementos

repetidos).

Exemplos:

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técnico-científico, luso-brasileiro; quebra-quebra, corre-corre, reco-reco, blá-blá-

blá, etc.

6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou por forma verbal

ou cujos elementos estejam ligados por artigos.

Exemplos:

Grã- Bretanha, Grão -Pará;

Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes;

Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios,

Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.

Obs.: os outros topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados,

sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. O topônimo Guiné-

Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.

7) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e

zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento.

Exemplos:

couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá,

ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (planta),

andorinha-grande, formiga-branca, cobra-d'água,

lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc.

Obs.: não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e

zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de

sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com hífen) e bico de

papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen).

8) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem.

Exemplos:

além-mar, aquém-fontreiras, recém-nascido, sem-vergonha.

9) Usa-se o hífen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia

a outra palavra.

Exemplos:

anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário, tele-entrega, etc.

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10) Emprega-se hífen (e não travessão) entre elementos que formam não uma

palavra, mas um encadeamento vocabular:

Exemplos:

A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;

A ponte Rio-Niterói;

A ligação Angola-Moçambique;

A relação professor-aluno.

11) Nas formações por sufixação será empregado o hífen nos vocábulos terminados

por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, tais como -açu,

-guaçu e -mirim, se o primeiro elemento acabar em vogal acentuada graficamente, ou

por tônica nasal.

Exemplos:

Andá-açu, capim-açu, sabiá-guaçu, arumã-mirim, cajá-mirim, etc.

12) Usa-se hífen com o elemento mal antes de vogal, h ou l.

Exemplos:

mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.

13) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, salvo naquelas já consagradas

pelo uso.

Exemplos:

café com leite, cão de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, tomara

que caia.

9. LOCUÇÕES CONSAGRADAS:

água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,

pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

9.1. Prefixos e Elementos de Composição

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Usa-se o hífen com diversos prefixos e elementos de composição. Veja o quadro a

seguir:

Usa-se hífen com os prefixos:

Quando a palavra seguinte começa por:

Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, Extra-, Infra-, Intra-, Sobre-, Supra-, Ultra-

H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO

Exemplos com H: ante-hipófise,

anti-higiênico, anti-herói,

contra-hospitalar, entre-hostil,

extra-humano, infra-hepático,

sobre-humano, supra-hepático,

ultra-hiperbólico.

Exemplos com vogal idêntica:

anti-inflamatório, contra-ataque,

infra-axilar, sobre-estimar,

supra-auricular, ultra-aquecido.

Hiper-, Inter-, Super-

H / R

Exemplos:

hiper-hidrose, hiper-raivoso, inter-humano, inter-racial,

super-homem, super-resistente.

Sub-

B - H - R

Exemplos:

sub-bloco, sub-hepático,

sub-humano, sub-região.

Obs.: as formas escritas sem hífen e sem "h", como por exemplo "subumano" e

"subepático" também são aceitas.

Ab-, Ad-, Ob-, Sob-

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B - R - D (Apenas com o prefixo "Ad")

Exemplos:

ab-rogar (pôr em desuso),

ad-rogar (adotar)

ob-reptício (astucioso), sob-roda

ad-digital

Ex- (no sentido de estado anterior), Sota-, Soto-, Vice-, Vizo-

DIANTE DE QUALQUER PALAVRA

Exemplos:

ex-namorada, sota-soberania (não total), soto-mestre (substituto), vice-reitor,

vizo-rei.

Pós-, Pré-, Pró- (tônicos e com significados próprios)

DIANTE DE QUALQUER PALAVRA

Exemplos:

Pós-graduação, pré-escolar,

pró-democracia.

Obs.: se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen. Exemplos: predeterminado,

pressupor, pospor, propor.

Circum-, Pan-

H / M / N / VOGAL

Exemplos:

circum-meridiano,

circum-navegação, circum-oral,

pan-americano, pan-mágico,

pan-negritude.

Pseudoprefixos (diferem-se dos prefixos por apresentarem elevado grau de

independência e possuírem uma significação mais ou menos delimitada, presente à

consciência dos falantes.)

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Aero-, Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, Eletro-, Geo-, Hidro-, Macro-, Maxi-, Mega,

Micro-, Mini-, Multi-, Neo-, Pluri-, Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, Tele-

H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO

Exemplos com H: geo-histórico,

mini-hospital, neo-helênico,

proto-história, semi-hospitalar.

Exemplos com vogal idêntica:

arqui-inimigo, auto-observação,

eletro-ótica, micro-ondas,

micro-ônibus, neo-ortodoxia,

semi-interno, tele-educação.

Importante

1) Não se utilizará o hífen em palavras iniciadas pelo prefixo ‘co-’. Ele irá se juntar

ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste último caso,

corta-se o 'h'. Se a palavra seguinte começar com 'r' ou 's', dobram-se essas letras.

Exemplos:

coadministrar, coautor, coexistência, cooptar, coerdeiro corresponsável, cosseno.

2) Com os prefixos pre- e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de palavras

começadas por 'e'.

Exemplos:

preeleger, preexistência, reescrever, reedição.

3) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo

elemento começar por r ou s, estas consoantes serão duplicadas e não se utilizará o

hífen.

Exemplos:

antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, contrarregra,

contrassenso, extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, neorrealismo, etc.

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Atenção:

Não confunda as grafias das palavras autorretrato e porta-retrato. A primeira é

composta pelo prefixo auto-, o que justifica a ausência do hífen e a duplicação da

consoante 'r'. 'Porta-retrato', por outro lado, não possui prefixo: o elemento 'porta'

trata-se de uma forma do verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve

ser sempre grafado com hífen.

4) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo

elemento começar por vogal diferente, não se utilizará o hífen.

Exemplos:

antiaéreo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, contraindicação, infraestrutura,

intraocular, plurianual, pseudoartista, semiembriagado, ultraelevado, etc.

5) Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas quais o

segundo elemento tiver perdido o "h" inicial.

Exemplos:

desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.

6) Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal.

Exemplos: não violência, não agressão, não comparecimento.

Lembre-se:

Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra",

"penta", "hexa", etc.

Exemplos:

bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, triênio,

tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono, etc.

Observações:

- Em relação ao prefixo "hidro", em alguns casos pode haver duas formas de grafia.

Exemplos:

"Hidroavião" e "hidravião";

"hidroenergia" e "hidrenergia"

- No caso do elemento "socio", o hífen será utilizado apenas quando houver função

de substantivo (= de associado).

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Exemplos:

sócio-gerente / socioeconômico

10. SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não

consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e

procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:

1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;

2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;

3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.

Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita

maior clareza e simplicidade.

10.1. Vírgula ( , )

A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera

da continuação do período. Geralmente é usada:

- Nas datas, para separar o nome da localidade.

Por Exemplo:

São Paulo, 25 de agosto de 2005.

- Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase.

Por Exemplo:

– Você gostou do vestido?

– Sim, eu adorei!

– Pretende usá-lo hoje?

– Não, no final de semana.

- Após a saudação em correspondência (social e comercial).

Exemplos:

Com muito amor,

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Respeitosamente,

- Para separar termos de uma mesma função sintática.

Por Exemplo:

A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.

Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.

- Para destacar elementos intercalados, como:

a) uma conjunção

Por Exemplo:

Estudamos bastante, logo, merecemos férias!

b) um adjunto adverbial

Por Exemplo:

Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.

Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução

adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o

exija.

c) um vocativo

Por Exemplo:

Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.

d) um aposto

Por Exemplo:

Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.

e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.)

Por Exemplo:

O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio

em Deus.

- Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase.

Por Exemplo:

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O documento de identidade, você trouxe?

- Para separar elementos paralelos de um provérbio.

Por Exemplo:

Tal pai, tal filho.

- Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo.

Por Exemplo:

As flores, eu as recebi hoje.

- Para indicar a elipse de um termo.

Por Exemplo:

Daniel ficou alegre; eu, triste.

- Para isolar elementos repetidos.

Exemplos:

A casa, a casa está destruída.

Estão todos cansados, cansados de dar dó!

- Para separar orações intercaladas.

Por Exemplo:

O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.

- Para separar orações coordenadas assindéticas.

Por Exemplo:

O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.

- Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e

algumas orações alternativas.

Exemplos:

Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.

Vá devagar, que o caminho é perigoso.

Estuda muito, pois será recompensado.

As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.

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ATENÇÃO

Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de

sua ocorrência:

1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.

Por Exemplo:

O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.

Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito de

"protestou".

2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase

(polissíndeto).

Por Exemplo:

E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da adição

(adversidade, consequência, por exemplo)

Por Exemplo:

Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

- Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem

antes da oração principal).

Por Exemplo:

Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.

Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova.

- Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Por Exemplo:

A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.

10.2. Ponto e vírgula ( ; )

O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto.

Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de

assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos:

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- Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem

relação entre si.

Por Exemplo:

O rio está poluído; os peixes estão mortos.

- Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui

elementos separados por vírgula.

Por Exemplo:

O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove,

contra.

- Para separar itens de uma enumeração.

Por Exemplo:

No parque de diversões, as crianças encontram:

brinquedos;

balões;

pipoca.

- Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia,

entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula.

Por Exemplo:

Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.

- Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no

meio da oração.

Por Exemplo:

Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas

alguns.

10.3. Dois-pontos ( : )

O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não

concluída. Emprega-se, geralmente:

- Para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção.

Por Exemplo:

"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :

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– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)

- Para anunciar uma citação.

Por Exemplo:

Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade

sim."

- Para anunciar uma enumeração.

Por Exemplo:

Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos.

- Antes de orações apositivas.

Por Exemplo:

Só aceito com uma condição: irás ao cinema comigo.

- Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.

Exemplos:

Marcelo era assim mesmo: não tolerava ofensas.

Resultado: corri muito, mas não alcancei o ladrão.

Em resumo: montei um negócio e hoje estou rico.

Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou

observações. Veja:

Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma.

Exemplos:

ratificar/retificar, censo/senso, etc.

Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si

" (= cada um por sua vez, isoladamente).

Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns

advérbios: cedinho, melhorzinho, etc.

- Na invocação das correspondências.

Por Exemplo:

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Prezados Senhores:

Convidamos todos para a reunião deste mês, que será realizada dia 30 de julho, no

auditório da empresa.

Atenciosamente,

A Direção

10.4. Ponto Final ( . )

O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o

tom é descendente. Emprega-se, principalmente:

- Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.

Exemplos:

Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo.

Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.

- Nas abreviaturas.

Exemplos:

Sr. (Senhor)

Cia. (Companhia)

10.5. Ponto de Interrogação ( ? )

O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer interrogação direta, ainda

que a pergunta não exija resposta. A entoação ocorre de forma ascendente.

Exemplos:

Onde você comprou este computador?

Quais seriam as causas de tantas discussões?

Por que não me avisaram?

Obs.: não se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas.

Por Exemplo:

Perguntei quem era aquela criança.

Note que:

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1) O ponto de interrogação pode aparecer ao final de uma pergunta intercalada, entre

parênteses.

Por Exemplo:

Trabalhar em equipe (quem o contesta?) é a melhor forma para atingir os resultados

esperados.

2) O ponto de interrogação pode realizar combinação com o ponto admirativo.

Por Exemplo:

Eu?! Que ideia!

10.6. Ponto de Exclamação ( ! )

O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e

imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica,

etc. Possui entoação descendente.

Exemplos:

Como as mulheres são lindas!

Pare, por favor!

Ah! Que pena que ele não veio...

Obs.: o ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um vocativo enfático.

Por Exemplo:

Ana! venha até aqui!

10.7. Reticências ( ... )

As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos

de natureza emocional. Empregam-se:

- Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

Por Exemplo:

O tempo passa...

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- Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

Por Exemplo:

Vim até aqui achando que...

- Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

Exemplos:

"Vamos jantar amanhã?

– Vamos...Não...Pois vamos."

Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

- Para realçar uma palavra ou expressão.

Por Exemplo:

Não há motivo para tanto...mistério.

- Para realizar citações incompletas.

Por Exemplo:

O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:

"Deitado eternamente em berço esplêndido..."

- Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do

leitor.

Por Exemplo:

"Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação

eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre

de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)

Saiba que:

As reticências e o ponto de exclamação, sinais gráficos subjetivos de grande poder

de sugestão e ricos em matizes melódicos, são ótimos auxiliares da linguagem

afetiva e poética. Seu uso, porém, é antes arbitrário, pois depende do estado

emotivo do escritor.

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10.8. Parênteses ( ( ) )

Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que, embora

não pertença propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto. Empregam-se:

- Para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou reflexão.

Por Exemplo:

Zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de um termo

(geralmente um verbo) que já apareceu anteriormente na frase.

- Para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página

etc.)

Por Exemplo:

" O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (Jean- Jacques

Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)

- Para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula

e aos travessões.

Por Exemplo:

Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que

os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

- Para delimitar o período de vida de uma pessoa.

Por Exemplo:

Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987).

- Para indicar possibilidades alternativas de leitura.

Por Exemplo:

Prezado(a) usuário(a).

- Para indicar marcações cênicas numa peça de teatro.

Por Exemplo:

Abelardo I - Que fim levou o americano?

João - Decerto caiu no copo de uísque!

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Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!

(sai pela direita)

(Oswald de Andrade)

Obs.: num texto, havendo necessidade de utilizar alíneas, estas podem ser ordenadas

alfabeticamente por letras minúsculas, seguidas de parênteses (Note que neste caso

as alíneas, exceto a última, terminam com ponto e vírgula).

Por Exemplo:

No Brasil existem mulheres:

a) morenas;

b) loiras;

c) ruivas.

10.9. Os Parênteses e a Pontuação

Veja estas observações:

1) As frases contidas dentro dos parênteses não costumam ser muito longas, mas

devem manter pontuação própria, além da pontuação normal do texto.

2) O sinal de pontuação pode ficar interno aos parênteses ou externo, conforme o

caso. Fica interno quando há uma frase completa contida nos parênteses.

Exemplos:

É importante ter atenção ao uso dos parênteses. (Eles exigem um cuidado

especial!)

Vamos confiar (Por que não?) que cumpriremos a meta.

Se o enunciado contido entre parênteses não for uma frase completa, o sinal de

pontuação ficará externo.

Por Exemplo:

O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).

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3) Antes do parêntese não se utilizam sinais de pontuação, exceto o ponto. Quando

qualquer sinal de pontuação coincidir com o parêntese de abertura, deve-se optar por

colocá-lo após o parêntese de fecho.

10.10. Travessão ( – )

O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

- No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor

nos diálogos.

Por Exemplo:

– O que é isso, mãe?

– É o seu presente de aniversário, minha filha.

- Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

Por Exemplo:

"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado

de Assis)

- Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para

realçar o aposto.

Por Exemplo:

"Junto do leito meus poetas dormem

– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron –

Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

- Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

Por Exemplo:

"Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a

superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das

religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e

como o êxtase." (Raul Pompeia)

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10.11. Aspas ( " " )

As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:

- Antes e depois de citações ou transcrições textuais.

Por Exemplo:

Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um beijo

de moça namorada."

- Para representar nomes de livros ou legendas.

Por Exemplo:

Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.

Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também podemos

grifar as palavras, conforme o exemplo:

Ontem assisti ao filme Central do Brasil.

- Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.

Exemplos:

O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no

Brasil está cada vez mais descarado.(Veja)

Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente.

Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!

- Para realçar uma palavra ou expressão.

Exemplos:

Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".

Quem foi o "inteligente" que fez isso?

Obs.: em trechos que já estiverem entre aspas, se necessário usá-las novamente,

empregam-se aspas simples.

Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, 'olhos

de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada

sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar."

(Machado de Assis)

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10.12. Colchetes ( [ ] )

Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se

restringe aos escritos de cunho didático, filológico, científico. Pode ser empregado:

- Em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra.

Por Exemplo:

amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem

de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de

sua terra. (Novo Dicionário Aurélio)

- Para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto.

Por Exemplo: Em Aruba se fala o espanhol, o inglês, o holandês e o papiamento.

Aqui estão algumas palavras de papiamento que você, com certeza, vai usar:

1- Bo ta bon? [Você está bem?]

2- Dios no ta di Brazil. [Deus não é brasileiro.]

- Para inserir comentários e observações em textos já publicados.

Por Exemplo:

Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte. [pseudônimo de

Visconde de Taunay, autor de "Inocência"]

- Para indicar omissões de partes na transcrição de um texto.

Por Exemplo:

"É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e

risonho" (Machado de Assis)

10.13. Asterisco ( * )

O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, costuma ser empregado:

- Nas remissões a notas ou explicações contidas em pé de páginas ou ao final de

capítulos.

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Por Exemplo:

Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas

outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à

conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns

contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria, etc.

* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a

outras palavras.

- Nas substituições de nomes próprios não mencionados.

Por Exemplo:

O Dr.* conversou durante toda a palestra.

O jornal*** não quis participar da campanha.

10.14. Parágrafo ( § )

O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois ésses (S)

entrelaçados, iniciais das palavras latinas "Signum sectionis" que significam sinal de

secção, de corte. Num ditado, quando queremos dizer que o período seguinte deve

começar em outra linha, falamos parágrafo ou alínea. A palavra alínea (vem do latim a +

lines) e significa distanciado da linha, isto é, fora da margem em que começam as linhas do

texto.

O uso de parágrafos é muito comum nos códigos de leis.

Por Exemplo:

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação

do disposto no § 4º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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11. CLASSES GRAMATICAIS

Palavra variável é a palavra que altera sua forma para indicar um acidente

gramatical. Palavra invariável é a palavra de forma fixa. As palavras, agrupam-se em dez

classes gramaticais. Existem classes gramaticais de palavras variáveis e classes gramaticais

de palavras invariáveis.

11.1. Substantivo

É a classe gramatical de palavras variáveis as quais denominam os seres. Ex.: giz,

Madalena, lousa, mesa, demônio, escola, menino.

Classificação dos Substantivos:

1. Comuns: aplicam-se a todos os seres de uma espécie.

Ex.: mesa, país, homem, árvore, livro, cidade.

2. Próprios: aplicam-se a um único ser de toda espécie.

Ex.: Benedito, Brasil, Rex.

3. Concretos: nomeiam seres de existência real ou que a imaginação dá como tal.

Ex.: caneta, Deus, fada, porta.

4. Abstratos: nomeiam estados, qualidades, ações, sentimentos.

Ex.: viagem, visita, ódio, amor.

5. Primitivos: não tem origem em outra palavra portuguesa.

Ex.: mar, céu, cinza, terra.

6. Derivados: têm origem em outra palavra portuguesa.

Ex.: marujo, cinzeiro, terreno, bondade.

7. Simples: são formados de um só radical.

Ex.: tempo, sol, mármore, terreiro.

8. Compostos: são formados de mais de um radical.

Ex.: couveflor, girassol, fidalgo, pé-de-moleque.

9. Coletivos: nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie.

NOTA - O coletivos é um substantivo singular, mas com idéia de plural.

Ex: alcateia – de lobos, vara – de porcos, enxame – de abelhas

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11.2. Flexões do Substântivo

1. Gênero - Masculino e Feminino

Ex: macaco – macaca

Boi – vaca

2. Número - Singular e Plural

Ex: ator – atores

Professora – professoras

3. Grau - Aumentativo e Diminutivo

Ex: homem – homenzarrão

Pedra – pedrinha

11.3. Artigo

É a classe gramatical de palavras que acompanham os substantivos, determinando-

os.

Classificação dos Artigos:

1- Definidos: o, a, os, as - determinam os substantivos de maneira precisa:

Vi o rapaz.

Comprei a motocicleta.

2- Indefinidos: um, uma, uns, umas - determinam os substantivo de maneira vaga:

Comprei um livro. Ofereci-lhe um carro.

11.4. Adjetivo

É a classe gramatical de palavras que exprimem qualidade, defeito, origem, estado do

ser.

Classificação dos Adjetivos:

1- Explicativo: exprimem qualidade própria do ser.

Restritivo : exprimem qualidade que não é própria do ser.

2- Primitivo: não vem de outra palavra portuguesa.

Derivado: tem origem em outra palavra portuguesa.

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3- Simples: formado de um só radical.

Composto: formado de mais de um radical.

11.5. Locução Adjetiva:

É toda expressão formada de uma preposição mais um substantivo, equivalente a um

adjetivo.

Ex.: Homens com aptidão (aptos)

Pé de chumbo (plúmbeo)

Bandeira da Irlanda (Irlandesa)

Rapazinho com sossego (sossegado)

11.6. Gênero dos Adjetivos:

1- Biformes: tem duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o

feminino.

Ex.: mau - má.

2- Uniformes: têm uma só forma tanto para o masculino quanto para o feminino.

Ex.: cruel, feliz.

11.7. Graus dos Adjetivos:

1 - Grau Comparativo: Igualdade: tão (tanto, tal) bom como (quão, quanto)

Superioridade:

a)Analítico: mais bom que (do que).

b) Sintético: melhor que. Inferioridade: menos bom que.

2- Grau Superlativo: -

Absoluto:

a) Analítico: muito bom.

b) Sintético: (erudito) ótimo /(popular) boníssimo.

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Relativo:

a) Superioridade: o mais bom de.

b) Inferioridade: o menos bom de.

12. NUMERAIS

12.1. Classificação dos Numerais:

1- Cardinais: indicam contagem, medida.

Ex.: um, dois, três.

2- Ordinais: indicam a ordem do ser numa série dada.

Ex.: primeiro, segundo.

3- Fracionários: indicam a divisão dos seres.

Ex.: meio, terço.

4- Multiplicativos: indicam a multiplicação dos seres.

Ex.: dobro, triplo.

12.2. Leitura dos Numerais Cardinais:

Faz-se a leitura do numeral cardinal, dispondo-se a palavra entre e entre as

centenas e as dezenas e entre as dezenas e unidades.

Ex.:

894 = oitocentos e noventa e quatro.

12.3. Classificação dos Algarismos:

1- Arábico: 1, 2 ,3 , 4, 5, 6, 7....

2- Romano:

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1 – I 11 – XI 30 – XXX 400 – CD

2 – II 12 – XII 40 – XL 500 – D

3 – III 13 – XIII 50 – L 600 – CD

4 – IV 14 – XIV 60 – LX 700 – DC

5 – V 15 – XV 70 – LXX 800 – DCCC

6 – VI 16 – XVI 80 – LXXX 900 – CM

7 – VII 17 – XVII 90 – XC 1000 - M

8 – VIII 18 – XVII 100 – C 2000 – MM

9 – IX 19 – XIX 200 – CC 3000 - MMM

10 – X 20 - XX 300 – CCC

13. PRONOME

É a classe de palavras que substituem o nome ou a ele se referem.

Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos:

1- Pronome Substantivo: é o pronome que substitui o nome.

Ex.: Ele não o viu ontem.

2- Pronome Adjetivo: é o pronome que acompanha o nome, juntando-lhe uma

Característica. Ex.: Aquele rapaz não viu sua prima.

13.1. Classificação dos Pronomes:

1- Pronomes Pessoais:

a) Retos: exercem a função de sujeito. (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas)

b) Oblíquos: exercem a função de complementos. (me, te, se ... )

c) Tratamento: são expressões usadas no tratamento cerimonioso ou de respeito.

(Vossa Senhoria, Vossa Santidade ... ).

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2- Pronomes Possessivos:

Número – Pessoas - Pronomes

1° - PESSOA - Meu (s), minha (s) - Singular

2° - PESSOA - Teu (s), tua (s)

3° - PESSOA - Seu (s), sua (s)

1° - PESSOA - Nosso (s), nossa( s) - Plural

2° - PESSOA - Vosso (s), vossa (s)

3° - Seu (s), sua (s)

3- Pronomes Demonstrativos:

Este (s), esta (s), isto,

Esse (s), essa (s), isso,

Aquele (s), aquela (s), aquilo,

Mesmo (s), mesma (s),

Próprio (s), própria (s),

Semelhante (s),

Tal, tais,

O, a, os, as (= aquilo, isto, isso, aquele (s), aquela (s».

4-Pronomes Indefinidos:

Algum, alguns, alguma (s), alguém, algo, muito (s), muita (s), nenhum, nenhuns,

ninguém, nada, qualquer, quaisquer, todo (s), toda (s), tudo, cada, um, uns, uma (s),

outro (s), outra (s), outrem.

5- Pronomes Relativos:

Que, quem, quanto (s), quanta (s), o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cuja,

cujos, cujas, onde, etc ..

6- Pronomes Interrogativos:

Segundo alguns gramáticos, os pronomes interrogativos são algumas formas de

pronomes indefinidos empregados nas interrogações diretas ou indireta.

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14. ADVÉRBIO

É a classe de palavras invariáveis que indicam circunstancias diversas. O advérbio,

dependendo da circunstância que indica.

Classificação do Advérbio:

1- de lugar: perto, longe, aqui, ali, Iá. ..

2- de tempo: ainda, jamais, nunca, sempre ...

3- de modo: bem, mal, assim, calmamente, e quase todas palavras terminadas em

mente.

4- de intensidade: muito, pouco, intensamente ...

5- de negação: não, nem (=não) .

6- de afirmação: sim, certamente . .

7 - de dúvida: talvez, quiçá, porventura ...

Advérbios Interrogativos:

São advérbios interrogativos que estabelecem uma interrogação e se

classificam como:

1- de lugar: onde, donde, aonde. 2- de causa: por que.

3- de modo: como.

4- de tempo: quando.

5- de intensidade: quanto.

Locução Adverbial:

É toda expressão que corresponde a um advérbio, desde que formada demais de

uma palavra. Ex.: de repente, com certeza, por aqui.

Tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro

adverbio. Ex.: não vivemos (verbo) , muito cedo (advérbio).

15. PREPOSICÃO

É a classe de palavras invariáveis que ligam duas palavras, subordinando a segunda

à primeira.

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15.1. Classificação das Preposições:

1- essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,

perante, por, sem, sob, sobre, trás.

2- acidentais: conforme, segundo, consoante, como, afora, mediante, durante.

Locução prepositiva

É a expressão equivalente a uma preposição, formada também por um grupo

de palavras. Ex.: a respeito de, perto de, para com.

Combinação:

É a união da preposição a com os artigos o, os, sem que haja alteração de forma.

Ex.:

a + o = ao

a + os = aos

Contração:

É a união da preposição com outra palavra, havendo alteração da

forma. Ex.:

em + a = na

de + aquela = daquela per + o = pelo

16. INTERJEICÃO

É a classe gramatical de palavras invariáveis que exprimem um estado emotivo.

Dependendo do estado emotivo ( espanto, alivio, advertência, alegria, apelo, dor, lástima,

aplauso, imitação de um som ou ruído, saudação, desaprovação, desejo, indignação,

desculpa, pena, etc.), as interjeições são classificadas.

O estado emotivo expresso pela interjeição é determinado pela entonação com que

é pronunciada. Essa entonação especial é indicada pelo ponto de exclamação. Ex.: íh!

(lástima ou perda) , eh! (advertência).

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Locução Interjetiva:

É toda expressão que corresponde a uma interjeição.

Ex.:Ora bolas! Valha-me Deus! Ai de mim!

17. CONJUNCÃO

É a classe de palavras invariáveis que lígam duas palavras ou orações entre si.

Locução Conjuntiva é a expressão equivalente a uma conjunção.

Classificação das principais Conjunções e Locuções Conjuntivas:

A) Coordenadas:

1- aditivas: e, nem (=e não), mas também, mas ainda, como também, bem como.

2- adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, senão.

3- alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já.

4- conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, por isso, pois (depois do verbo)

5- explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo)

B) Subordinativas:

1- causais: porque, porquanto, visto que, como (= porque), desde que, pois, dado

que, já que, uma vez que, que (= porque), visto como.

2- concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, posto que, por mais

que, por menos que, por muito que, por pouco que, apesar de que, conquanto, sem

que (= embora não).

3- condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, a menos que, desde

que, sem que (= senão).

4- conformativas: como, conforme, segundo, consoante.

5- comparativas: como, do que, quanto, qual, que nem, tal e qual, que.

6- consecutivas: que, sem que, de forma que, de jeito que. 7- finais: para que, a fim

de que, que (= para que), porque (= para que).

8- temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, assim que, agora

que, mal, apenas, até que, desde que, sempre que.

9- proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.

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18. VERBO

É a classe de palavras variáveis em pessoa, número, tempo, modo e voz, que

indicam ação (correr), estado (ficar), fenômeno (chover), fato (nascer).

Flexões Verbais:

1- Pessoa:

Varia a forma verbal para indicar a pessoa gramatical a que se refere:

1ª pessoa: orador (que fala)

2ª pessoa: interlocutor (com quem se fala) 3a pessoa: assunto (de que se fala)

2- Número:

Varia a forma verbal para indicar o número de sujeitos a que se refere:

Singular: refere-se a um único sujeito. Plural: refere-se a mais de um sujeito.

3- Tempo:

Presente: indica a ação que acontece durante o momento em que se fala.

Pretérito: indica a ação que acontece antes de se falar. Futuro: indica a ação que

vai acontecer depois de se falar.

4- Modo:

Indicativo: indica uma realidade

Subjuntivo: indica uma dúvida, uma possibilidade. Imperativo: indica uma ordem,

um pedido, um conselho, um desejo, uma súplica.

Além dos três modos verbais, existem as três formas nominais:

1- infinitivo: passa o substantivo. Ex.: andar = o andar.

2- gerúndio: passa a substantivo. Ex.: formando = o formando.

3- particípio: passa a substantivo ou adjetivo. Ex.: realizado = trabalho realizado.

Voz: indica se o sujeito pratica ou recebe ação.

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Há três vozes verbais:

1- voz ativa: o sujeito pratica a ação ( agente ).

2- voz passiva: o sujeito sofre a ação ( paciente)

3- voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe a ação.

18.1. Verbo Amar

Gerúndio: amando

Particípio passado: amado

Infinitivo: amarTipo de verbo: regular

Transitividade: transitivo direto, intransitivo e pronominal

Separação silábica: a-mar

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Indicativo

Presente

eu amo

tu amas

ele ama

nós amamos

vós amais

eles amam

Pretérito Imperfeito

eu amava

tu amavas

ele amava

nós amávamos

vós amáveis

eles amavam

Pretérito Perfeito

eu amei

tu amaste

ele amou

nós amamos

vós amastes

eles amaram

Pretérito Mais-que-perfeito

eu amara

tu amaras

ele amara

nós amáramos

vós amáreis

eles amaram

Futuro do Presente

eu amarei

tu amarás

ele amará

nós amaremos

vós amareis

eles amarão

Futuro do Pretérito

eu amaria

tu amarias

ele amaria

nós amaríamos

vós amaríeis

eles amariam

Subjuntivo

Presente

que eu ame

que tu ames

que ele ame

que nós amemos

que vós ameis

que eles amem

Pretérito Imperfeito

se eu amasse

se tu amasses

se ele amasse

se nós amássemos

se vós amásseis

se eles amassem

Futuro

quando eu amar

quando tu amares

quando ele amar

quando nós amarmos

quando vós amardes

quando eles amarem

Imperativo

Imperativo Afirmativo

--

ama tu

ame ele

amemos nós

amai vós

amem eles

Imperativo Negativo

--

não ames tu

não ame ele

não amemos nós

não ameis vós

não amem eles

Infinitivo

Infinitivo Pessoal

por amar eu

por amares tu

por amar ele

por amarmos nós

por amardes vós

por amarem eles

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Português

SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 71

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INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicadas aos textos. São Paulo: Ed. Scipione, 1997.

JORDÃO, Rose e OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Linguagens, estrutura e arte. São Paulo:

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Português

SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 72

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NASCENTES, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro,

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RIBEIRO, Manuel P. Nova gramática aplicada da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Metáfora

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SARAIVA, F. R. dos Santos. Novíssimo Dicionário Latino-Português. 10ª edição, Rio de

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TERRA, Ernani. Gramática de Hoje /Ernani&Nicola. São Paulo: Scipione,1999.

TUFANO, Douglas. Estudos da Língua Portuguesa: Gramática - São Paulo: Moderna, 1995.

VASCONCELOS, Viveiros de. Verbos portugueses e rudimentos de análise léxica. 113ª ed. Rio

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Português

SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 73

Nome:________________________________________________nota___________

Prova n°01 – QUESTIONÁRIO 1) A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é:

a) ( ) importância

b) ( ) milhares

c) ( ) sequer

d) ( ) técnica

2) Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:

a) ( ) folha – ficha – lenha – fecho

b) ( ) lento – bomba – trinco – algum

c) ( ) águia – queijo – quatro – quero

d) ( ) descer – cresço – exceto – exsudar

3) Marque a alternativa que corresponde às lacunas da frase: “Me diz, ___ você não tira férias? Me dê

um ___! É que toda vez que pergunto recebo a mesma resposta, mas ainda continuo sem entender ___.”

a) ( ) porque – porque - porquê

b) ( ) por que – por que – por que

c) ( ) por quê – por quê - porquê

d) ( ) por que – porquê – por quê

4) Assinale a alternativa onde a forma “por que” (separado, sem acento) foi empregada corretamente:

a) ( ) Estava vendendo aquele casaco por que o odiava.

b) ( ) Você está aqui por que?

c) ( ) Queríamos saber se a prova por que passou era difícil.

d) ( ) Não tinha mais aquele objeto por que perdi.

5) Qual é a frase que está escrita corretamente?

a) ( ) Amanhã vamos ao parque porquê fará sol.

b) ( ) Ontem passei no banco, por que recebi.

c) ( ) Hoje vou descansar porque é feriado.

d) ( ) Mudei de canal por quê quis.