85
03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 1/85 BDJUR - Vista de Impressão Imprimir Fechar DR nº 201/2013 Ser. II Regulamento CMVM nº 6/2013 de 17-10-2013 Contabilidade dos Organismos de Investimento Coletivo (Altera o Regulamento da CMVM n.º 16/2003) Com a publicação do novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2013, de 10 de maio, e a revisão do Regulamento da CMVM n.º 15/2003, importa proceder à revisão do plano de contabilidade dos organismos de investimento coletivo previsto no Regulamento da CMVM n.º 16/2003, de modo a refletir as alterações introduzidas pelo novo regime jurídico. Entre as alterações agora introduzidas ao plano de contabilidade dos organismos de investimento coletivo, destaca-se a criação de novas contas associadas aos ativos, passivos e resultados relacionados com a estrutura das sociedades de investimento mobiliário. Podendo as sociedades de investimento mobiliário ser heterogeridas ou autogeridas, consoante designem ou não uma terceira entidade para o exercício da respetiva gestão, as sociedades de investimento mobiliário terão que dispor dos bens necessários ao exercício da sua atividade, em particular, meios técnicos e humanos. Atendendo a que, no caso das sociedades de investimento mobiliário autogeridas, o exercício da respetiva gestão é realizado pela própria sociedade, a constituição de um património para uso próprio ganha particular acuidade. Nessa medida, as disposições do regulamento relativas às especificidades das sociedades de investimento mobiliário, ainda que feitas de modo genérico e independente da forma que as sociedades de investimento mobiliário assumam, visam sobretudo as sociedades de investimento mobiliário autogeridas atenta a relevância que essas matérias assumem para essas sociedades. Contudo, não se deixa de reconhecer que as sociedades de investimento mobiliário heterogeridas poderão eventualmente dispor, ainda que em menor escala, de recursos para o exercício da sua atividade, com particular destaque para os órgãos de administração e fiscalização que desempenharão as funções previstas no Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo. No que respeita aos ativos e passivos associados à atividade das sociedades de investimento mobiliário, optou-se pela remissão para as Normas Internacionais de Contabilidade em tudo o que não está previsto no regulamento, com particularidades, designadamente quanto à valorização de ativos e passivos financeiros das sociedades de investimento mobiliário que se espera virem a ser realizados num prazo superior a um ano, e quanto ao tratamento contabilístico das contas a receber, contas a pagar e empréstimos com prazos de recebimento, pagamento ou maturidades, respetivamente, superiores a um ano. Ainda quanto às sociedades de investimento mobiliário, foram introduzidos na classe 3 - Outros ativos, os ativos para uso próprio, sendo que para efeitos de valorização desses ativos foi definida como regra de valorização o modelo do custo, tendo em vista reduzir a ocorrência de alterações inesperadas no valor da unidade de participação face à aplicação alternativa do modelo das revalorizações. De igual modo, foi definido que as sociedades de investimento mobiliário apenas podem adotar um método de amortização (o método das quotas constantes ou linha reta), imputando os correspondentes custos, na periodicidade mínima com que é valorizada a carteira das mesmas ao valor global do seu património. Foram ainda definidas novas contas na classe 4 - Terceiros, tendo em vista os recursos humanos ao dispor das sociedades de investimento mobiliário, bem como a eventual existência de situações relacionadas com titulares de ações de categoria especial, bem como novas contas na classe 6 - Capital do OIC, com particular destaque para a diferenciação entre capital realizado e capital subscrito não realizado, e na classes 7 e 8, respetivamente, relativas a custos e proveitos. Atenta a possibilidade de os organismos de investimento alternativo investirem em ativos imobiliários, foi desdobrada a conta #31 - Outros ativos da carteira, no sentido de a mesma prever desde já subcontas que acolham ativos dessa natureza.

DR nº 201/2013 Ser. II Regulamento CMVM nº 6/2013 de 17 ... · 03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão 3/85 participação, podendo

Embed Size (px)

Citation preview

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 1/85

BDJUR - Vista de ImpressãoImprimir Fechar

DR nº 201/2013 Ser. II

Regulamento CMVM nº 6/2013 de 17-10-2013

Contabilidade dos Organismos de Investimento Coletivo

(Altera o Regulamento da CMVM n.º 16/2003)

Com a publicação do novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado peloDecreto-Lei n.º 63-A/2013, de 10 de maio, e a revisão do Regulamento da CMVM n.º 15/2003, importaproceder à revisão do plano de contabilidade dos organismos de investimento coletivo previsto noRegulamento da CMVM n.º 16/2003, de modo a refletir as alterações introduzidas pelo novo regime jurídico. Entre as alterações agora introduzidas ao plano de contabilidade dos organismos de investimentocoletivo, destaca-se a criação de novas contas associadas aos ativos, passivos e resultados relacionados com aestrutura das sociedades de investimento mobiliário. Podendo as sociedades de investimento mobiliário ser heterogeridas ou autogeridas, consoante designemou não uma terceira entidade para o exercício da respetiva gestão, as sociedades de investimento mobiliárioterão que dispor dos bens necessários ao exercício da sua atividade, em particular, meios técnicos e humanos.Atendendo a que, no caso das sociedades de investimento mobiliário autogeridas, o exercício da respetivagestão é realizado pela própria sociedade, a constituição de um património para uso próprio ganha particularacuidade. Nessa medida, as disposições do regulamento relativas às especificidades das sociedades deinvestimento mobiliário, ainda que feitas de modo genérico e independente da forma que as sociedades deinvestimento mobiliário assumam, visam sobretudo as sociedades de investimento mobiliário autogeridasatenta a relevância que essas matérias assumem para essas sociedades. Contudo, não se deixa de reconhecerque as sociedades de investimento mobiliário heterogeridas poderão eventualmente dispor, ainda que emmenor escala, de recursos para o exercício da sua atividade, com particular destaque para os órgãos deadministração e fiscalização que desempenharão as funções previstas no Regime Jurídico dos Organismos deInvestimento Coletivo. No que respeita aos ativos e passivos associados à atividade das sociedades de investimento mobiliário,optou-se pela remissão para as Normas Internacionais de Contabilidade em tudo o que não está previsto noregulamento, com particularidades, designadamente quanto à valorização de ativos e passivos financeiros dassociedades de investimento mobiliário que se espera virem a ser realizados num prazo superior a um ano, equanto ao tratamento contabilístico das contas a receber, contas a pagar e empréstimos com prazos derecebimento, pagamento ou maturidades, respetivamente, superiores a um ano. Ainda quanto às sociedades de investimento mobiliário, foram introduzidos na classe 3 - Outros ativos,os ativos para uso próprio, sendo que para efeitos de valorização desses ativos foi definida como regra devalorização o modelo do custo, tendo em vista reduzir a ocorrência de alterações inesperadas no valor daunidade de participação face à aplicação alternativa do modelo das revalorizações. De igual modo, foidefinido que as sociedades de investimento mobiliário apenas podem adotar um método de amortização (ométodo das quotas constantes ou linha reta), imputando os correspondentes custos, na periodicidade mínimacom que é valorizada a carteira das mesmas ao valor global do seu património. Foram ainda definidas novas contas na classe 4 - Terceiros, tendo em vista os recursos humanos aodispor das sociedades de investimento mobiliário, bem como a eventual existência de situações relacionadascom titulares de ações de categoria especial, bem como novas contas na classe 6 - Capital do OIC, comparticular destaque para a diferenciação entre capital realizado e capital subscrito não realizado, e na classes7 e 8, respetivamente, relativas a custos e proveitos. Atenta a possibilidade de os organismos de investimento alternativo investirem em ativos imobiliários,foi desdobrada a conta #31 - Outros ativos da carteira, no sentido de a mesma prever desde já subcontas queacolham ativos dessa natureza.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 2/85

As alterações no normativo contabilístico foram devidamente refletidas no balancete mensal em anexoao plano e que serve de referencial ao reporte de informação à CMVM, tendo-se ainda procedido à adaptaçãodas demonstrações financeiras previstas no plano em conformidade com as alterações realizadas ao nível daestrutura de contas, bem como a introdução de uma nova nota às divulgações exigidas aos organismos deinvestimento coletivo, a nota 17, na qual deverá ser considerada toda a informação relevante não prevista nasnotas anteriores e especificamente relacionada com a atividades das sociedades de investimento mobiliário. As alterações introduzidas pelo presente regulamento são aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2014,exceto no caso de sociedades de investimento mobiliário que sejam constituídas antes daquela data, às quaisas alterações agora introduzidas são aplicáveis a partir da entrada em vigor do regulamento, de forma aassegurar que o plano de contas dos organismos de investimento coletivo não seja um entrave à constituiçãodesde já deste tipo de organismos. Assim, ao abrigo do disposto na subalínea i) da alínea a) e subalínea vi) da alínea c) do artigo 178.º donovo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2013,de 10 de maio, na alínea b) do n.º 1 do artigo 353.º e no n.º 1 do artigo 369.º, ambos do Código dos ValoresMobiliários, e na alínea n) do artigo 9.º do Estatuto da CMVM, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 473/99, de 8de novembro, o Conselho Diretivo da CMVM aprova o seguinte Regulamento:

Artigo 1.º - Alteração ao Regulamento da CMVM n.º 16/2003

É alterado o Anexo ao Regulamento da CMVM n.º 16/2003, de 18 de dezembro de 2003, alterado peloRegulamento da CMVM n.º 1/2013, de 7 de fevereiro de 2013, nos seguintes termos:

a)

O ponto 1.1 (Enquadramento dos organismos de investimento coletivo) do Capítulo I passa a ter a seguinteredação:

«O Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de outubro, transpôs para a ordem jurídica nacional as Diretivas doConselho n.º 107/CE/2001 e 108/CE/2001, de 21 de janeiro de 2002, instituindo simultaneamente um quadro legalamplo, aplicável a diversos organismos de investimento coletivo que não apenas aqueles que invistam em valoresmobiliários. Anteriormente, o Decreto-Lei n.º 276/94, de 2 de novembro, tinha transposto para o normativo daordem jurídica interna a Diretiva do Conselho n.º 85/611/CEE, de 20 de dezembro de 1985, relativa a alguns dosorganismos de investimento coletivo em valores mobiliários, ao mesmo tempo, reformulou o regime jurídico dosfundos de investimento mobiliário constituídos em Portugal. Este regime jurídico foi posteriormente alterado peloDecreto-Lei n.º 309/95, de 20 de novembro e pelo Decreto-Lei n.º 323/97, de 26 de novembro e, subsequentemente,objeto de revisão com a publicação do Decreto-Lei n.º 323/99, de 13 de agosto. Em 10 de maio de 2013, foipublicado o Decreto-Lei n.º 63-A/2013, que aprovou o novo regime jurídico dos organismos de investimentoscoletivo, transpondo as Diretivas n.ºs 2009/65/CE, de 13 de julho de 2009, 2010/43/eu, de 01 de julho de 2010,2010/44/EU, de 01 de julho de 2010, e parcialmente a Diretiva n.º 2010/78/EU, de 24 de novembro de 2010. De acordo com o atual diploma, consideram-se organismos de investimento coletivo (OIC) as instituições,dotadas ou não de personalidade jurídica, que têm como fim o investimento coletivo de capitais obtidos junto dosinvestidores, cujo funcionamento se encontra sujeito a um princípio de divisão de riscos e à prossecução doexclusivo interesse dos participantes. Os OIC assumem a forma de fundo de investimento ou de sociedade de investimento mobiliário, estando oseu capital dividido em partes com características idênticas e sem valor nominal, designadas por unidades de

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 3/85

participação, podendo ocorrer duas situações:

Serem em número fixo, designando-se neste caso, OIC fechado; Serem em número variável, pelo que se designará de OIC aberto.

As referidas alterações legislativas vieram introduzir realidades que exigem acolhimento no Plano deContabilidade dos OIC, nomeadamente as novas regras relacionadas com categorias de unidades de participação, asnovas regras de constituição e atividade das sociedades de investimento mobiliário (SIM), em particular, as SIMautogeridas, e a possibilidade dos organismos de investimento alternativo investirem em ativos não financeiros eativos imobiliários. Podendo as SIM ser heterogeridas ou autogeridas, consoante designem ou não uma terceira entidade para oexercício da respetiva gestão, as SIM terão que dispor dos bens necessários ao exercício da sua atividade, emparticular, meios técnicos e humanos. Atendendo a que, no caso das SIM autogeridas, o exercício da respetivagestão é realizado pela própria sociedade, a constituição de um património para uso próprio ganha particularacuidade. Nessa medida, as disposições do presente Plano relativas às especificidades das SIM, ainda que feitas demodo genérico e independente à forma que as SIM assumam, visam sobretudo as SIM autogeridas atenta arelevância que essas matérias assumem para essas sociedades. Contudo, não se deixa de reconhecer que as SIMheterogeridas, ainda que em menor escala, poderão eventualmente dispor de recursos para o exercício da suaatividade, com particular destaque para os órgãos de administração e fiscalização que desempenharão as funçõesprevistas no Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo. Tal como referido, as SIM apresentam algumas particularidades que as distinguem dos restantes OIC,nomeadamente, a possibilidade de existência de uma parte do património da SIM que é constituída pelos bensnecessários ao exercício da sua atividade. Bens esses que apresentam uma natureza funcional que os aproxima maisda natureza dos bens normalmente detidos por empresas comerciais ou industriais, pelo que a valorização dosmesmos deverá refletir essa natureza distinta. Neste sentido optou-se por tipificar os critérios de valorização de alguns ativos e passivos específicos dasSIM, tal como descrito no ponto 2.3.7. abaixo, e as divulgações que deverão ser apresentadas, tal como descrito nanota 17 das divulgações ao presente regulamento. Para as restantes especificidades das SIM, a contabilidade deveráser elaborada à luz das normas internacionais de contabilidade (NIC), adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) n.º1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho e, em conformidade com o texto original doRegulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de novembro, quando tal se encontre expressamente previstoneste regulamento. Com a remissão para as NIC pretende-se flexibilizar a adaptação do presente Plano à nova realidade que osOIC na forma societária introduzem na indústria nacional, não obstante se pretender, concomitantemente, consagrar,com o presente Regulamento, o princípio da neutralidade de investimento em OIC, assumam os mesmos a formacontratual ou a forma societária. Para todos os aspetos comuns, aos OIC, independentemente da sua natureza (e.g. avalorização da carteira de ativos), deverão ser aplicados idênticos critérios contabilísticos.»

b)

O terceiro e o quinto parágrafo do ponto 1.2 (Contabilidade dos organismos de investimento coletivo) doCapítulo I passam a ter a seguinte redação:

«[...] Pretende-se, desta forma, através da normalização do sistema contabilístico, proteger os interesses dosinvestidores proporcionando-lhes uma informação de leitura simples e útil que lhes facilite a tomada de decisões deinvestimento informadas, apoiar a gestão e a tomada de decisão das entidades responsáveis pela gestão eproporcionar às autoridades de supervisão modelos de acompanhamento e controlo da atividade dos fundos que se

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 4/85

revelem simples e eficientes. [...] Para o efeito, os OIC encerram anualmente as suas contas, com referência a 31 de dezembro de cada ano, asquais são obrigatoriamente objeto de relatório elaborado por auditor registado na CMVM. Com referência a 30 dejunho de cada exercício, devem ainda as entidades gestoras responsáveis pela gestão elaborar um relatório e contassemestral dos OIC que administram, o qual deve ser igualmente objeto de relatório elaborado por auditor registadona CMVM. [...]»

c)

O quinto parágrafo do ponto 2.3.2 (Carteira de títulos e outros ativos) do Capítulo 2 passa a ter a seguinteredação:

«Os valores mobiliários em carteira são avaliados ao seu justo valor, de acordo com as regras definidas emregulamento da CMVM. As metodologias e critérios de valorização são definidos pelas entidades gestorasresponsáveis pela gestão nos prospetos dos OIC sob sua administração, tendo em conta os limites e condiçõesconsagradas no mesmo regulamento. De acordo com a International Accounting Standard n.º 39 (IAS 39), o justovalor é"a quantia pela qual um cativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras,dispostas a isso, numa transação em que não exista relação entre elas":»

d)

O ponto 2.3.3 (Terceiros) do Capítulo 2 passa a ter a seguinte redação:

«As dívidas ativas com prazos de recebimento ou maturidades inferiores a um ano não devem ser expressaspor um valor superior àquele que se espera efetivamente receber do devedor. Pela diferença entre o valorcontabilizado e o valor que se espera receber efetivamente, deverá ser constituída ou reforçada a provisão paracrédito vencido. As dívidas a receber em situação de contencioso serão provisionadas pela sua totalidade, incluindo asdespesas suportadas e não cobradas. Os ativos e passivos financeiros do OIC com prazos de recebimento, pagamento ou maturidades,respetivamente, superiores a um ano devem ser mensurados inicialmente pelo seu justo valor mais os custos detransação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.Subsequentemente estes ativos ou passivos financeiros devem ser mensurados pelo custo amortizado usando ométodo do juro efetivo, nos termos da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Relativamente às dívidas de ou a terceiros expressas em moeda diferente do Euro, devem ser aplicados oscritérios referidos no ponto 2.3.1 - Disponibilidades, quanto ao registo em contas de Posição Cambial.»

e)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 5/85

O segundo parágrafo do ponto 2.3.5 (Posição cambial) do Capítulo 2 passa a ter a seguinte redação:

«As posições cambiais à vista, entendidas como o saldo líquido:

Dos ativos e passivos dessa moeda; Das operações à vista a aguardar liquidação; Das operações a prazo que se vencem nos dois dias úteis seguintes; são reavaliadas em função das últimas cotações conhecidas, no momento de referência de valorização da carteira,divulgadas pelo Banco de Portugal ou por agências internacionais de informação financeira mundialmentereconhecidas, como sejam a Reuters, Bloomberg ou Moneyline Telerate.»

f)

É introduzido o ponto 2.3.7 (Especificidades das SIM) no Capítulo 2, com a seguinte redação:

«2.3.7. - Especificidades das SIM 2.3.7.1. - Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis Os ativos fixos tangíveis e os ativos intangíveis deverão ser mensurados pelo seu custo, devendo sersubsequentemente depreciados ou amortizados ao longo da sua vida útil, que em nenhum caso poderá ser indefinida. O cálculo das depreciações ou amortizações deverá, no mínimo, ser efetuado com a mesma periodicidadeque seja imposta à SIM para valorização das suas ações. Define-se como método a ser utilizado para efeitos de determinação das depreciações/amortizaçõesperiódicas o método da linha reta (ou das quotas constantes), que resulta no débito de um valor constante durante avida útil do ativo se o seu valor residual e a sua vida útil não se alterarem. O custo da depreciação/amortizaçãoobtém-se da seguinte forma:

Custo de depreciação periódico = (Valor do ativo - Valor residual do bem)/n.º de períodos de vida útilestimados para o bem

Os ativos sujeitos a depreciação/amortização, cujo custo de aquisição não ultrapasse os 1.000 Euros sãoconsiderados elementos de reduzido valor e devem ser totalmente depreciados/amortizados num só período, excetoquando façam parte integrante de um conjunto de elementos que devam ser depreciados como um todo. A SIM deve ainda manter uma monitorização regular que permita garantir o reconhecimento atempado deeventuais imparidades, nos termos da IAS 36 - Imparidade de ativos. Os ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis que sejam reconhecidos contabilisticamente por serem objetode locação financeira devem ser mensurados inicialmente por quantias iguais ao justo valor da propriedade locadaou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado no início da locação. Ataxa de desconto a usar no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos da locação é a taxa de juro implícitana locação, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento dolocatário. Quaisquer custos diretos iniciais do locatário são adicionados à quantia reconhecida como ativo. Numa locação financeira, se não houver certeza razoável de que o locatário virá a obter a propriedade nofim do prazo da locação, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo da locação ou da sua vida útil, oque for mais curto. A classificação de uma locação como financeira ou operacional, bem como as regras definidas para a suacontabilização, deverão ser as consideradas na IAS 17 - Locações

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 6/85

2.3.7.2. - Contas a receber, contas a pagar e empréstimos Os ativos e passivos financeiros que uma SIM detenha por serem necessários ao exercício da sua atividadee que tenham a natureza de empréstimos concedidos ou contas a receber que se espera virem a ser realizados numprazo superior a um ano, ou contas a pagar ou empréstimos obtidos com maturidade superior a um ano, devem sermensurados inicialmente pelo seu justo valor mais os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis àaquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro. Subsequentemente estes ativos ou passivos financeiros devem ser mensurados pelo custo amortizadousando o método do juro efetivo, nos termos da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. A SIM deve avaliar à data de cada balanço se existe ou não qualquer prova objetiva de que um ativofinanceiro ou um grupo de ativos financeiros esteja com imparidade. Se existir prova objetiva de que foi incorrida uma perda por imparidade em empréstimos concedidos econtas a receber, a quantia da perda é mensurada como a diferença entre a quantia escriturada do ativo e o valorpresente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sidoincorridas) descontado à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro (i.e., a taxa de juro efetiva calculada noreconhecimento inicial). A quantia escriturada do ativo deve ser reduzida ou diretamente ou através do uso de umaconta de abatimento. A quantia da perda deve ser reconhecida nos lucros ou prejuízos. Para empréstimos concedidos ou contas a receber que se espera virem a ser realizados num prazo inferior aum ano, ou contas a pagar ou empréstimos obtidos com maturidade inferior a um ano, devem ser utilizados oscritérios, referidos no ponto 2.3.3 - Terceiros utilizados para a valorização de contas de terceiros relativas atransações não específicas das SIM.»

g)

O subponto 5 do ponto 3.1 (Estrutura e articulação das contas) do Capítulo 3 passa a ter a seguinte redação:

«5 - A utilização das oito classes de contas normalmente reservadas para registo dos factos de naturezapatrimonial (no anterior plano eram utilizadas apenas sete). Com efeito, a ausência de imobilizados no patrimóniodos OIC permitia libertar uma classe de contas (classe 3) a qual é agora destinada a outros organismos deinvestimento coletivo que não invistam exclusivamente em valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros,designadamente os Organismos de Investimento Alternativo (OIA). Livre fica apenas a classe 0, a qual pode seradaptada às necessidades específicas de cada sociedade gestora.»

h)

No ponto 3.1 (Estrutura e articulação das contas) do Capítulo 3, o quadro de articulação de contas passa a ter aseguinte redação:

i)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 7/85

O ponto 3.2.1 (Codificação) do Capítulo 3 passa a ter a seguinte redação:

«3.2.1 - Codificação No que concerne à codificação, optou-se por um sistema de código flexível em vez de um código rígido queprocura responder a múltiplas finalidades. Esta opção justifica-se por:

a) As potencialidades dos sistemas informáticos os quais podem recorrer às tecnologias assentes nosflexfields para flexibilizar a estrutura de dados e a sua utilização futura; b) A possibilidade de utilizar carateres alfanuméricos, o que torna a linguagem do código mais próximados utilizadores; c) A definição de códigos com menor extensão, o que se traduz numa melhoria dos trabalhos decodificação, introdução e leitura dos dados; d) Uma grande redução da dimensão da lista-base de contas; e) Melhor adequação às necessidades de gestão e dos outros utilizadores da informação contabilística.De facto, cada OIC terá bastante liberdade em definir atributos próprios, sem aumentar a dificuldade de prestação deinformações a outros utilizadores externos e internos. f ) Facilidade em se adaptar a alterações e novas exigências futuras, na medida em que tais alteraçõesse reflitam apenas em meras extensões ou reduções do sistema existente, sem que seja posta em causa a estruturabase da informação. g) Possibilidade de elaborar relatórios por diferentes óticas e grau de análise, incluindo o cruzamentoentre aquelas.

Para codificação-base das contas propõe-se um código composto por 11 dígitos, repartidos por quatro campos(flexfields) distintos, assim composto: xxxxxx.xx.x.xx

O primeiro campo composto por seis dígitos destina-se à natureza das contas, conforme lista do respetivo plano; O segundo campo composto por dois dígitos destina-se à identificação do tipo de operação ou de entidade.Assim, poderá ser utilizado duma forma flexível por cada OIC e, neste, em cada classe de contas quer por força denecessidade de prestação de informações complementares, por ex. ações cotadas ou não cotadas, quer de informaçãopara a gestão. O terceiro campo composto por apenas um dígito destina-se à identificação da localização da entidade. Estainformação visa responder à necessidade de conhecer a localização das entidades intervenientes nas operações(residentes ou não residentes) ou emitentes dos títulos que integram a carteira do OIC (Portugal, União Europeia ouOutro País); O quarto campo composto por dois dígitos destina-se à identificação da categoria de unidade de participação.Esta categorização permite a aplicação do plano de contas definido no presente documento de forma transversal porcada categoria de unidade de participação que o OIC disponha

Procurou-se definir um código de contas pouco extenso, mas capaz de contemplar o registo de todos os factosrelacionados com operações dos OIC. Também, utilizando o conjunto dos campos referidos, poderão serorganizadas informações por diferentes sequências, nomeadamente:

e, assim sucessivamente. Quanto ao código representativo da natureza da conta, preconiza-se a sua estruturação da seguinte forma:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 8/85

Primeiro dígito identifica a classe de contas; Contas de dois dígitos constituem as contas de razão geral (1.º grau); Contas de três dígitos representam contas de 2.º grau; Contas de quatro dígitos representam contas de 3.º grau; Contas de cinco dígitos representam contas de 4.º grau; Contas de seis dígitos representam contas de 5.º grau

Quaisquer das contas de 2.º ao 4.º grau podem constituir contas de movimento, dependendo da extensão dainformação necessária. O sistema de gestão contabilístico do OIC deve, relativamente a cada conta, permitiridentificar:

a) O seu grau; b) Se é conta de acumulação (de razão ou intermédia) ou de movimento; c) Qual a conta para onde acumula (sendo intermédia ou de movimento).»

j)

O primeiro parágrafo do ponto 3.2.2 (Lista de contas) do Capítulo 3 passa a ter a seguinte redação:

«Seguidamente apresenta-se a lista de contas previstas por cada uma das classes. Os conteúdos das classese das contas, bem como as regras de movimentação destas últimas serão desenvolvidos no capítulo seguinte. Ascontas constantes da lista representam o desenvolvimento mínimo. O desdobramento de algumas contasidentificadas como de movimento poderá ser realizado, desde que tal contribua para a melhoria da informação doOIC. Para além disso, faculta-se às entidades responsáveis pela gestão a criação de outras contas intermédias. Prevê-se o recurso a tabelas auxiliares para gestão das moedas (A), do quadro de fluxos de caixa (B) e da identificação dacategoria de unidade de participação (2 dígitos).»

k)

O quadro da "Estrutura das classes de contas e contas do razão geral" do ponto 3.2.2 (Lista de contas) doCapítulo 3 passa a ter a seguinte redação:

l)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 9/85

No quadro da Classe 1 (Disponibilidades) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3, a estrutura global da classe de contaspassa a ter seguinte redação:

m)

No quadro da Classe 2 (Carteira de títulos) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3, a estrutura global da classe de contaspassa a ter seguinte redação:

n)

No quadro da Classe 2 (Carteira de títulos) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3, a designação das contas 241, 242,28141, 28142, 28241, 28242 passa a ser a seguinte:

«[...] 241 - OICVM" 242 - OIAVM [...] 28141 - Em OICVM 28142 - Em OIAVM [...] 28241 - Em OICVM 28242 - Em OIAVM [...]»

o)

O quadro da Classe 3 do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 (Estrutura e articulação das contas) passa a ter seguinteredação:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 10/85

p)

No quadro da Classe 4 (Terceiros) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 (Estrutura e articulação das contas) foramintroduzidas as seguintes contas e alterações de denominação:

q)

No quadro da Classe 5 (Acréscimos e diferimentos) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 a estrutura global da classe decontas passa a ter seguinte redação:

r)

No quadro da Classe 5 (Acréscimos e diferimentos) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 a designação das contas51241, 51242, 58 e 5927, passa a ser a seguinte:

«[...] 51241 - De OICVM 51242 - De OIAVM [...] 58 - Outros acréscimos e diferimentos [...] 5927 - De operações de garantia sobre taxas de juro [...]»

s)

No quadro da Classe 6 (Capital do OIC) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 foram introduzidas as seguintes contas:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 11/85

t)

No quadro da Classe 7 (Custos e perdas) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3, foram introduzidas as seguintes contas ealterações de denominação:

u)

No quadro da Classe 8 (Proveitos e ganhos) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 foram introduzidas as seguintes contase alterações de denominação:

v)

No quadro da Classe 9 (Contas extrapatrimoniais) do ponto 3.2.2 do Capítulo 3 a estrutura global da classe decontas passa a ter seguinte redação:

w)

No quadro relativo à conta com o código 24 (Unidades de participação) da Classe 2 (Carteira de títulos) doponto 4.2.2. do Capítulo 4, as regras de movimentação passam a ter a seguinte redação:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 12/85

x)

O ponto 4.2.3. (Classe 3 - Outros ativos) do Capítulo 4 passa a ter a seguinte redação: «4.2.3. Classe 3 - outros ativos

Nesta classe deverão ser incluídas todas as contas relativas às aplicações dos OIC que respeitem a outrosativos da carteira que não se enquadrem na classe 2, designadamente por não se tratarem de valores mobiliários ouinstrumentos financeiros e ainda as contas relativas a ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis das sociedades deinvestimento mobiliário.

Observações:

Nesta conta é feita ainda a distinção entre os diferentes ativos imobiliários detidos pelo OIC, em particular,imóveis, participações em organismos de investimentos imobiliário e acções emitidas por sociedades imobiliárias.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas contas 321 - Imóveis, 322 - Equipamento, 323 - Ativos fixos tangíveis emlocação financeira, 324 - Outros ativos fixos tangíveis, 325 - Ativos fixos tangíveis em curso, 328 - Depreciaçõesacumuladas e 329 - Perdas por imparidade acumuladas. Os saldos das contas de depreciações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas visam ajustar osativos do OIC pelo que são evidenciados nas colunas de balanço reservadas para os aumentos e reduções de valoresativos.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas subcontas 3211 - Terrenos e 3212 - Edifícios. Os terrenos e edifícios são ativos separáveis e, ainda que adquiridos conjuntamente, são contabilizados emseparado. Considera-se que os terrenos afetos à atividade da SIM autogerida têm uma vida útil ilimitada pelo que nãosão depreciáveis. Por terem uma vida útil limitada os edifícios são sujeitos a depreciação, no entanto, um aumento

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 13/85

no valor de um terreno no qual um edifício esteja construído, não afetará a determinação da sua quantia depreciável.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas subcontas 3221 - Equipamento básico, 3222 - Equipamento de transporte,3223 - Equipamento administrativo e 3228 - Outro equipamento. A conta 3221 - Equipamento básico destina-se a registar o conjunto de bens (Hardware, máquinas, outrosbens), diretamente afetos à atividade das SIM. A conta 3222 - Equipamento de transporte destina-se a registar o equipamento de transporte (viaturas)diretamente afeto à atividade das SIM. A conta 3223 - Equipamento administrativo destina-se a registar os itens do ativo fixo tangíveis destinadosàs tarefas administrativas que não sejam equipamento básico e o mobiliário diverso. Na conta 3228 - Outro equipamento deverão registar-se de forma residual outros equipamentos que nãosejam classificáveis nas contas anteriores.

Observações:

A locação financeira é uma operação assimilada a uma venda financiada sob a forma de locação em que setransferem substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade legal. A classificação como locação financeira depende da substância da operação e não da forma do contrato. A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos emcausa e agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação.

Observações:

Registam-se nesta conta os ativos fixos tangíveis que não se enquadrem em nenhuma das contas anteriores

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos emcausa e agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação. Os investimentos em ativos só a partir da sua conclusão e entrada em funcionamento é que podem ser

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 14/85

objeto de depreciação.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. A depreciação de um ativo é a imputação sistemática (de acordo com a periodicidade que seja imposta àsSIM para valorização das suas ações) da sua quantia depreciável durante a sua vida útil. A quantia depreciável é ovalor que serve de base ao cálculo da depreciação, ou seja, é o custo de um ativo menos o seu valor residual. Adepreciação tem início quando o ativo está na localização e nas condições necessárias para iniciar o seufuncionamento. O valor residual de um ativo é a quantia estimada que uma entidade poderá obter correntemente pela suaalienação, após dedução dos custos e alienação estimados, se o ativo tiver a idade e as condições esperadas no finalda sua vida. A vida útil de um ativo é o período durante o qual se espera que um ativo esteja disponível para uso. É umaestimativa efetuada pela entidade fundamentada por um juízo de valor baseado na experiência da entidade comativos semelhantes.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. Um ativo está numa situação de imparidade se, e apenas se, a sua quanta escriturada excede a sua quantiarecuperável, devendo a entidade reduzir a quantia escriturada para a quantia recuperável (justo valor menos oscustos de vender ou valor de uso, dos dois o mais alto). O justo valor menos os custos de vender é a quantia a abaterda venda de um ativo numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamentoentre elas, menos os custos da alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futurosestimados, que se espere surjam do uso continuado de um ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Na data de cada relato a entidade deve avaliar se há qualquer indicação de que uma perda por imparidadereconhecida em períodos anteriores possa já não existir ou tenha diminuído. Neste caso deve ser feita a reversão daimparidade, ou seja a quantia escriturada do ativo deve ser aumentada até à sua quantia recuperável.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas contas 331 - Software, 333 - Outros ativos intangíveis, 335 - Ativos intangíveisem curso, 338 - Amortizações acumuladas e 339 - Perdas por imparidade acumuladas. Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável e sem substância física. No entanto, alguns

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 15/85

ativos estão contidos numa substância física como é por exemplo o caso do sistema operativo de um computadorque é parte integrante de um hardware. Nestes casos torna-se necessário algum juízo de valor para avaliar qual oelemento mais significativo para determinar se o ativo deve ser reconhecido como ativo tangível ou intangível. Na conta 331-Software devem ser registadas as quantias que são separáveis do elemento físico onde estãoinseridas. Os saldos das respetivas contas de amortizações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas visamajustar os ativos do OIC pelo que são evidenciados nas colunas de balanço reservadas para os aumentos e reduçõesde valores ativos.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos intangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos em causae agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação. Os investimentos em ativos só a partir da suaconclusão e entrada em funcionamento é que podem ser objeto de depreciação.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos intangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. Só os ativos intangíveis com vida útil finita é que são amortizáveis. A quantia depreciável de um ativointangível com uma vida útil finita deve ser imputada numa base sistemática durante a sua a vida útil, de acordo coma periodicidade que seja imposta às SIM para valorização das suas ações. A amortização deverá iniciar-se quando oativo tiver disponível para uso.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos intangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos.

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 16/85

As flutuações de valor, com caráter temporário, dos ativos em carteira serão lançadas nas contas deproveitos e custos por contrapartida destas contas. Este procedimento resulta da necessidade dos ativos seremdiariamente, ou com outra periodicidade, ajustados ao valor de mercado. É desdobrada nas respetivas subcontas da 381 - Mais Valias e 382 - Menos Valias, cuja estrutura observaestritamente a que seja adotada para a carteira de outros ativos da carteira, nos termos do exposto para a conta 31. Consistindo em elementos que visam ajustar os ativos do OIC, os seus saldos são evidenciados nas colunasde balanço reservadas para os aumentos e reduções de valores ativos.»

y)

No ponto 4.2.4. (Classe 4 - Terceiros) do Capítulo 4 é introduzido o seguinte quadro da conta com o código 419(Outros valores a receber):

Observações:

Nesta conta deverão ainda ser incluídas outras operações decorrentes da atividade das SIM cuja natureza resultenum saldo devedor de terceiros, desde que não enquadráveis noutras contas previstas neste plano.

z)

No quadro da conta com o código 424 (Estado e outros entes públicos) do ponto 4.2.4 (Classe 4 - Terceiros) doCapítulo 4, as observações passam a ter seguinte redação:

Observações: Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza do imposto ou da contribuição devida,nomeadamente nas seguintes subcontas: 4241 - Imposto sobre o rendimento de capitais e incrementos patrimoniais,4242 - Impostos indiretos, 4243 - Imposto sobre outros rendimentos, 4245 - Contribuições para a Segurança Social e4248 - Outros impostos.

aa)

No ponto 4.2.4. (Classe 4 - Terceiros) do Capítulo 4 é introduzido o seguinte quadro da conta com o código 429(Outros valores a pagar):

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 17/85

Observações:

Nesta conta deverão ainda ser incluídas outras operações decorrentes da atividade das SIM cuja naturezaresulte num saldo credor de terceiros, desde que não enquadráveis noutras contas previstas neste plano.

bb)

No quadro da conta com o código 43 (Empréstimos obtidos) do ponto 4.2.4 (Classe 4 - Terceiros) do Capítulo 4,as observações passam a ter seguinte redação:

Observações:

Nos termos da legislação em vigor, as entidades responsáveis pela gestão podem obter empréstimos porconta dos OIC que administram, os quais serão registados nas seguintes contas, devendo ser desdobrada pormutuante: 431 - Empréstimos bancários -Esta conta inclui os empréstimos obtidos junto das instituições financeiras,independentemente do seu prazo. A decomposição desta conta deve ser efetuada no anexo às demonstraçõesfinanceiras. 432 - Descobertos bancários - Incluem-se nesta conta os saldos credores das contas de depósitos à ordemexistentes à data de balanço. O valor destes saldos deve ser transferido por débito da respetiva conta dedisponibilidades. 433 - Locações financeiras - Nesta conta devem ser registadas as quantias por locações financeiras daentidade. Esta conta é creditada por débito da conta de ativos fixos tangíveis respetiva, sendo posteriormentedebitada pelos pagamentos referentes à amortização do capital em dívida (redução do saldo do passivo) e quandoaplicável pelo valor residual Caso sejam cedidos quaisquer valores do OIC a título de garantia dos empréstimos obtidos, esses valoressão evidenciados numa conta de natureza extrapatrimonial, prevista para o efeito (943 - Compromissos com e deterceiros - Valores cedidos em garantia).

cc)

No ponto 4.2.4. (Classe 4 - Terceiros) do Capítulo 4 são introduzidos os seguintes quadros das contas com oscódigos 44 (Pessoal), 46 (Acionistas) e 49 (Perdas por imparidades acumuladas):

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 18/85

Observações:

No conceito de pessoal inclui-se os órgãos sociais e o restante pessoal. Nesse sentido esta conta tem oseguinte desdobramento: 441 - Remunerações a pagar - A movimentação desta conta está associada às seguintes fases deprocessamento dos vencimentos do pessoal:

a) Processamento dos salários (vencimento base) e de outras remunerações (isenção de horário detrabalho, subsídios de responsabilidade, ajudas de custo, etc). Movimentação: Débito das respetivas contas 63 - Custos com o pessoal por crédito nas contas 441- Remunerações a pagar, conta, 424 - Estado e outros entes públicos e outras contas de terceiros (regularização deadiantamentos, quotizações sindicais e outros descontos por conta do pessoal); b) Processamento dos encargos sobre remunerações Movimentação: Débito das contas 63 - Custos com o pessoal, relativas a encargos, por crédito naconta 424 - Estado e outros entes públicos; c) Pagamentos ao pessoal, ao estado e outras entidades Movimentação: Débito das contas 441 - Remunerações a pagar, 424 - Estado e outros entespúblicos e outras contas de terceiro por crédito da conta de disponibilidades.

442 - Adiantamentos - Nesta conta registam-se os adiantamentos ao pessoal por conta de remuneraçõesfuturas ou de custos suportados pela entidade (ex: adiantamentos de vencimentos, adiantamentos para deslocaçõesem serviço e abonos para despesas diversas). 448 - Outras operações - Conta residual onde deverão ser registadas situações que não se enquadremnas contas anteriores.

Observações:

Esta conta concentra as operações relacionadas com os detentores do capital das SIM e tem o seguintedesdobramento:

462 - Acionistas com subscrição - Esta conta regista o compromisso de uma entidade subscrever ocapital (por constituição da sociedade ou por aumento de capital), evidenciando assim o registo da dívida referenteàs ações subscritas. 463 - Adiantamentos por conta de lucros - Nesta conta registam-se as quantias dos adiantamentosefetuados aos acionistas por conta de lucros de um determinado período que ainda estão por atribuir. 464 - Resultados atribuídos - Contempla a atribuição dos lucros ainda não colocados à disposição ou àcobertura de prejuízos pelos detentores do capital 465 - Lucros disponíveis - Nesta conta evidenciam-se os lucros colocados à disposição dos detentoresde capital ou por forma direta ou por movimentação da conta 464 - Resultados atribuídos quando existedesfasamento entre o momento da atribuição dos lucros e a sua colocação à disposição. Aqui deverá considerar-se aquestão a retenção na fonte sobre rendimentos de capitais.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 19/85

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida nesta classede contas, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço para obtenção dos valoreslíquidos.

dd)

O primeiro parágrafo do ponto 4.2.6 (Classe 6 - Capital do OIC) do Capítulo 4 passa a ter a seguinte redação:

«Esta classe contém as contas de balanço que, conjuntamente com o resultado líquido do exercício,permitem evidenciar o valor líquido global do OIC. Desta forma são contempladas as contas representativas dovalor base das unidades de participação em circulação, bem como dos seus aumentos ou reduções de valor, quer emconsequência de operações sobre as próprias unidades de participação (resgates e subscrições), podendo ambas ascontas ser subdivididas em diversas categorias com direitos e obrigações distintos, quer por resultados obtidos e nãodistribuídos aos participantes. São ainda consideradas nesta classe as operações que referentes ao capital das SIM(incluindo-se as operações que configuram alterações) e as transações com os detentores de capital.»

ee)

No quadro da conta com o código 611 (UP - Valor base do ponto 4.2.6 (Classe 6 - Capital do OIC) do Capítulo4, a designação da conta 611 passa a ter a seguinte redação:

ff)

No ponto 4.2.6. (Classe 6 - Capital do OIC) do Capítulo 4 são introduzidos os seguintes quadros das contas comos códigos 612 (Capital) e 67 (Dividendos antecipados das SIM):

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 20/85

Esta conta é desdobrada nas seguintes subcontas: 6121 - Capital realizado - Esta conta representa o capital subscrito e realizado e deve ser deduzida da conta 462- Acionistas com subscrição para efeitos de elaboração do balanço. 6122 - Capital subscrito e não realizado - Esta conta representa o capital ou a fração de capital subscrito e nãorealizado.

gg)

No quadro da conta com o código 64 (Resultados transitados) do ponto 4.2.6 (Classe 6 - Capital do OIC) doCapítulo 4, o conteúdo passa a ter a seguinte redação:

hh)

No quadro da conta com o código 641 (Resultados aprovados) do ponto 4.2.6 (Classe 6 - Capital do OIC) doCapítulo 4, as regras de movimentação passam a ter a seguinte redação:

ii)

No quadro da conta com o código 71 (Juros e custos equiparados) do ponto 4.2.7 (Classe 7 - Custos e perdas)do Capítulo 4, as observações às regras de movimentação passam a ter a seguinte redação:

Observações:

Devem ser custos equiparados a juros os seguintes:

1) As comissões com caráter de juro e calculadas em função da duração ou do montante do crédito ou docompromisso; 2) Os custos com caráter de juro decorrentes de operações a prazo, incluindo a "taxa repo" em operações devenda com acordo de recompra.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 21/85

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem, nomeadamente relacionados com disponibilidades, com a carteira de títulos e outros ativos dacarteira (incluindo os ativos não financeiros o os ativos imobiliários), com situações provenientes da relação do OICcom terceiros e ainda com as situações resultantes das operações de reporte e empréstimo de valores.

jj)

O quadro da conta com o código 72 (Comissões e taxas) do ponto 4.2.7 (Classe 7 - Custos e perdas) do Capítulo4, passa a ter seguinte redação:

Observações:

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem e, em cada uma destas, pela natureza da comissão suportada. Na conta 723 - Comissões de outros ativos da carteira, respetivas subcontas, deverão considerar-se os encargosdecorrentes do recurso a serviços especializados de terceiros (ex: avaliações periódicas de imóveis, comissões deintermediação). As comissões de subscrição e resgate sobre unidades de participação do OIC deverão ser registadas nasrespetivas subcontas da conta 728 - Outras comissões.

kk)

No quadro da conta com o código 73 (Comissões e taxas) do ponto 4.2.7 (Classe 7 - Custos e perdas) doCapítulo 4, as observações às regras de movimentação passam a ter seguinte redação:

Observações:

Devem ser considerados como prejuízos e perdas em operações financeiras, entre outros, os seguintes factos:

1) As diferenças de reavaliação desfavoráveis apuradas nas posições cambiais; 2) Os ajustamentos desfavoráveis de preço decorrentes da aplicação dos critérios de valorimetria dos ativose das operações a prazo; 3) Os resultados negativos apurados na venda ou reembolso de títulos e outros ativos; 4) Os resultados negativos na data de vencimento e os prémios suportados que não assumam caráter dejuro, em operações a prazo; 5) Os ajustamentos desfavoráveis em ativos imobiliários resultantes do valor atribuído em função dasavaliações periódicas (menos valias potencias dos ativos imobiliários que integram a carteira); 6) Os resultados negativos apurados na venda de outros ativos da carteira (ex: imóveis, obras de arte)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 22/85

O seu desdobramento em subcontas é efetuado em função do tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem.

ll)

O quadro da conta com o código 77 (Outros custos e perdas correntes) do ponto 4.2.7 (Classe 7 - Custos eperdas) do Capítulo 4 passa a ter seguinte redação:

Observações:

Nesta conta devem ser considerados outros custos relacionados com ativos não financeiros que integram acarteira e com os ativos imobiliários (ex: encargos correntes com imóveis que façam parte da carteira do fundo e quepor este sejam suscetíveis de serem suportados).

mm)

No ponto 4.2.7. (Classe 7 - Custos e perdas) do Capítulo 4 é introduzido o seguinte quadro da conta com ocódigo 79 (Outros custos e perdas das SIM):

Observações:

Esta conta engloba o seguinte desdobramento por natureza de custo: 7962 - Fornecimentos e serviços externos - Nas suas subcontas são registados os gastos com consumos e ouserviços prestados por terceiros, nomeadamente serviços especializados, materiais, energia e fluídos, deslocaçõesestadas e transportes e outros serviços diversos 7963 - Custos com o pessoal - Na desagregação desta conta deverão ser considerados os custos com opessoal, processados no período ou relativos a períodos subsequentes, nomeadamente relativos a remunerações(ordenados, subsídios, horas extraordinárias, despesas de representação, ajudas de custo), benefícios pós-emprego eindemnizações dos empregados, encargos patronais (segurança social e outros), seguros (acidentes de trabalho),gastos de ação social (cantinas, serviços médicos, creches) e outros não especificados (seguros de doença e deacidentes pessoais, eventos, formação profissional, etc). O valor dos acréscimos de custos com o pessoal deverá serimputado ao OIC numa base sistemática 7964 - Custos de depreciação e de amortização - Regista nas respetivas subcontas os custos com asdepreciações do ativo fixo tangível e do ativo intangível que devem ser reconhecidos no período. Estes custos

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 23/85

deverão ser imputados ao OIC numa base sistemática 7965 - Perdas por imparidade - Esta conta regista as perdas por imparidade dos ativos mensurados ao custoou ao custo amortizado que devam ser reconhecidos no período 7968 - Outros custos e perdas - Nesta conta registam-se os custos e perdas relacionados com a atividade dasSIM não especificamente previstos em nenhuma outra conta do plano.

nn)

No quadro da conta com o código 83 (Ganhos em operações financeiras) do ponto 4.2.8 (Classe 8 - Proveitos eganhos) do Capítulo 4, as observações às regras de movimentação passam a ter seguinte redação:

Observações:

Devem ser considerados como lucros e ganhos em operações financeiras, entre outros, os seguintes factos:

1) As diferenças de reavaliação favoráveis apuradas nas posições cambiais; 2) Os ajustamentos favoráveis de preço decorrentes da aplicação dos critérios de valorimetria dos ativos edas operações a prazo; 3) Os resultados positivos apurados na venda ou reembolso de títulos e outros ativos; 4) Os resultados positivos na data de vencimento e os prémios que não assumam caráter de juro, emoperações a prazo. 5) Os ajustamentos favoráveis em ativos imobiliários resultantes do valor atribuído em função dasavaliações periódicas (mais valias potencias dos ativos imobiliários que integram a carteira); 6) Os resultados positivos apurados na venda de outros ativos da carteira (ex: imóveis, obras de arte)

O seu desdobramento em subcontas é efetuado em função do tipo de cativo, de compromisso ou de operaçãoque tenha estado na sua origem.

oo)

No ponto 4.2.8. (Classe 8 - Proveitos e ganhos) do Capítulo 4 (Conteúdo e regras de movimentação das contas),é introduzido o seguinte quadro da conta com o código 89 (Outros proveitos e ganhos das SIM):

Observações:

Esta conta engloba o seguinte desdobramento por natureza de custo:

892 - Prestação de serviços - Engloba os serviços prestados de acordo com a atividade das SIM 896 - Reversões - Regista nas respetivas subcontas os proveitos com as reversões de

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 24/85

depreciações/amortizações e de perdas por imparidade que devem ser reconhecidos no período. 898 - Outros proveitos e ganhos - Nesta conta registam-se os proveitos e ganhos relacionados com aatividade das SIM não especificamente previstos em nenhuma outra conta do plano.

pp)

No quadro da conta com o código 94 (Compromissos com e de terceiros) do ponto 4.2.9 (Classe 9 - Contasextrapatrimoniais) do Capítulo 4, o conteúdo passa a ter a seguinte redação:

qq)

O primeiro parágrafo do ponto 5.5.3 (Operações de reporte de valores do OIC) do Capítulo 5 passa a ter aseguinte redação:

«De acordo com as condições e limites definidos em Regulamento da CMVM, as entidades responsáveispela gestão podem realizar, por conta dos OIC que administram, operações de reporte de valores. Concretamente, oOIC pode entrar neste tipo de operações a vender valores integrantes da sua carteira, assumindo o compromisso deos recomprar numa data futura e a um determinado preço, previamente definidos. De forma inversa, o OIC poderátomar (comprar) valores, assumindo o compromisso de os revender, igualmente numa data futura, a um preço pré-definido.»

rr)

O terceiro parágrafo do ponto 6.2 (Características da informação contabilística) do Capítulo 6 passa a ter aseguinte redação:

«A responsabilidade pela preparação da informação financeira e da sua apresentação é das entidadesresponsáveis pela gestão do OIC. Por este motivo, constituem um dos principais interessados não apenas nessainformação, mas também em todos os elementos que as ajudem a executar e cumprir as responsabilidades inerentesà sua missão.»

ss)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 25/85

No ponto 6.3 (Balanço) do Capítulo 6, o modelo de balanço passa a ter a seguinte redação:

tt)

No ponto 6.4 (Demonstração de resultados) do Capítulo 6, o quadro com o modelo a adotar para ademonstração dos resultados passa a ter seguinte redação:

uu)

No ponto 6.5.3 (Modelo da demonstração dos fluxos de caixa) do Capítulo 6, o quadro relativo à demonstraçãodos fluxos de caixa passa a ter a seguinte redação:

vv)

No ponto 6.5.4 (Tabela auxiliar para construção da demonstração dos fluxos de caixa) do Capítulo 6, a lista decódigos de fluxos de caixa passa a ter a seguinte redação:

«Lista de códigos de fluxos de caixa

RF - Recebimentos de operações s/unidades do OIC

RF01 - Subscrição de unidades de participação RF02 - Subscrição de ações - categoria especial RF03 - Outras operações com acionistas RF04 - Comissão de subscrição RF05 - Comissão de resgate ... RF99 - Outros recebimentos s/unidades do OIC

PF - Pagamentos de operações s/unidades do OIC

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 26/85

PF01 - Resgates de unidades de participação PF02 - Rendimentos pagos aos participantes PF03 - Reembolso de ações - categoria especial PF04 - Rendimentos pagos aos acionistas - categoria especial PF05 - Outras operações com acionistas ... PF99 - Outros pagamentos s/ unidades do OIC

RT - Recebimentos de operações com a carteira de títulos

RT01 - Vendas de títulos e outros ativos da carteira RT02 - Reembolsos de títulos e outros ativos da carteira RT03 - Resgates de unidades de participação noutros OIC RT04 - Rendimentos de títulos e outros ativos da carteira RT05 - Vendas de títulos e outros ativos com acordo de recompra RT06 - Juros e proveitos similares RT07 - Ativos Fixos Tangíveis RT08 - Ativos Intangíveis ... RT99 - Outros recebimentos relacionados com a carteira

PT - Pagamentos de operações com a carteira de títulos

PT01 - Compras de títulos e outros ativos da carteira PT02 - Subscrições de títulos e outros ativos da carteira PT03 - Subscrições de unidades de participação noutros OIC PT04 - Comissões de bolsa suportadas PT05 - Vendas de títulos e outros ativos com acordo de recompra PT06 - Juros e custos similares PT07 - Comissões de corretagem PT08 - Outras comissões e taxas PT09 - Ativos Fixos Tangíveis PT10 - Ativos Intangíveis ... PT99 - Outros pagamentos com a carteira de títulos

RP - Recebimentos de operações a prazo e de divisas

RP01 - Juros e proveitos similares recebidos RP02 - Operações cambiais RP03 - Operações de taxa de juro RP04 - Operações sobre cotações RP05 - Margem inicial em contratos de futuros e opções, recebida RP06 - Comissões recebidas em contratos de opções RP07 - Outras comissões recebidas em operações a prazo e de divisas ... RP99 - Outros recebimentos de operações a prazo e de divisas

PP - Pagamentos de operações a prazo e de divisas

PP01 - Juros e proveitos similares pagos PP02 - Operações cambiais

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 27/85

PP03 - Operações de taxa de juro PP04 - Operações sobre cotações PP05 - Margem inicial em contratos de futuros e opções, paga PP06 - Comissões pagas em contratos de opções PP07 - Outras comissões pagas em operações a prazo e de divisas ... PP99 - Outros pagamentos de operações a prazo e de divisas

RC - Recebimentos em operações de gestão corrente

RC01 - Cobranças de crédito vencido RC02 - Compras com acordo de revenda RC03 - Juros de depósitos bancários RC04 - Juros de certificados de depósito RC05 - Rendimentos de outras contas de disponibilidades RC06 - Contração de empréstimos RC07 - Comissões em operações de empréstimo de títulos RC08 - Empréstimos obtidos RC09 - Pessoal ... RC99 - Outros recebimentos com operações de gestão corrente

PC - Pagamentos em operações de gestão corrente

PC01 - Despesas com crédito vencido PC02 - Comissão de garantia PC03 - Compras com acordo de revenda PC04 - Juros de disponibilidades e empréstimos PC05 - Comissão de gestão PC06 - Comissão de depósito PC07 - Impostos e taxas PC08 - Reembolso de empréstimos obtidos PC09 - Pessoal ... PC99 - Outros pagamentos com operações de gestão corrente

RE - Recebimentos em operações eventuais

RE01 - Ganhos extraordinários RE02 - Valores atribuíveis a exercícios anteriores RE03 - Recuperação de valores incobráveis ... RE99 - Outros recebimentos com operações eventuais

PE - Pagamentos em operações eventuais

PE01 - Perdas extraordinárias PE02 - Valores atribuíveis a exercícios anteriores ... PE99 - Outros pagamentos com operações eventuais»

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 28/85

ww)

No Capítulo 6, o "Anexo" passa a ter a designação de "Divulgações", o quadro relativo ao inventário de carteirapassa a incluir o seguinte desdobramento e o quadro da discriminação da liquidez do OIC passa a ter a seguinteredação, na Nota 3:

xx)

No Capítulo 6, o quadro da Nota 15 das Divulgações passa a ter a seguinte redação:

yy)

No Capítulo 6 é introduzida nas Divulgações a Nota 17 com a seguinte redação:

Nota 17

Nesta nota deverá ser divulgada toda a informação relevante do OIC não prevista nas notas anteriores,incluindo a especificamente relacionada com a atividade das SIM Contas a Receber e empréstimos concedidos

zz)

Em anexo ao Plano, o quadro relativo ao balancete mensal passa a ter a seguinte redação:

Balancete mensal OIC: Código: Data:.../.../...

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 29/85

D - Saldo devedor C - Saldo credor

aaa)

As referências no plano de contabilidade dos organismos de investimento coletivo a "Anexo" são substituídaspela expressão "Divulgações", sendo alterado o respetivo texto em conformidade.

Artigo 2.º - Aplicação no tempo

1 - As alterações introduzidas pelo presente regulamento são de aplicação obrigatória a partir de 1 de janeiro de2014, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2 - Relativamente às sociedades de investimento mobiliário que se constituam antes da data referida no númeroanterior, as alterações introduzidas pelo presente regulamento são de aplicação imediata.

Artigo 3.º - Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Artigo 4.º - Republicação

É republicado em anexo o plano de contabilidade dos organismos de investimento coletivo com as alteraçõesintroduzidas pelo presente regulamento.

(...)

12 de setembro de 2013. - O Presidente do Conselho Diretivo, Carlos Tavares. - O Vogal do Conselho Diretivo,Carlos Alves.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 30/85

ANEXO - Plano de contas dos organismos de investimento coletivo

CAPÍTULO 1 - Introdução

1.1 - Enquadramento dos organismos de investimento coletivo

O Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de outubro, transpôs para a ordem jurídica nacional as Diretivas doConselho n.º 107/CE/2001 e 108/CE/2001, de 21 de janeiro de 2002, instituindo simultaneamente um quadrolegal amplo, aplicável a diversos organismos de investimento coletivo que não apenas aqueles que invistamem valores mobiliários. Anteriormente, o Decreto-Lei n.º 276/94, de 2 de novembro, tinha transposto para onormativo da ordem jurídica interna a Diretiva do Conselho n.º 85/611/CEE, de 20 de dezembro de 1985,relativa a alguns dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, ao mesmo tempo,reformulou o regime jurídico dos fundos de investimento mobiliário constituídos em Portugal. Este regimejurídico foi posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 309/95, de 20 de novembro e pelo Decreto-Lei n.º323/97, de 26 de novembro e, subsequentemente, objeto de revisão com a publicação do Decreto-Lei n.º323/99, de 13 de agosto. Em 10 de maio de 2013, foi publicado o Decreto-Lei n.º 63-A/2013, que aprovou onovo regime jurídico dos organismos de investimentos coletivo, transpondo as Diretivas n.ºs 2009/65/CE, de13 de julho de 2009, 2010/43/eu, de 01 de julho de 2010, 2010/44/EU, de 01 de julho de 2010, eparcialmente a Diretiva n.º 2010/78/EU, de 24 de novembro de 2010. De acordo com o atual diploma, consideram-se organismos de investimento coletivo (OIC) asinstituições, dotadas ou não de personalidade jurídica, que têm como fim o investimento coletivo de capitaisobtidos junto dos investidores, cujo funcionamento se encontra sujeito a um princípio de divisão de riscos e àprossecução do exclusivo interesse dos participantes. Os OIC assumem a forma de fundo de investimento ou de sociedade de investimento mobiliário, estandoo seu capital dividido em partes com características idênticas e sem valor nominal, designadas por unidadesde participação, podendo ocorrer duas situações:

Serem em número fixo, designando-se neste caso, OIC fechado; Serem em número variável, pelo que se designará de OIC aberto.

As referidas alterações legislativas vieram introduzir realidades que exigem acolhimento no Plano deContabilidade dos OIC, nomeadamente as novas regras relacionadas com categorias de unidades departicipação, as novas regras de constituição e atividade das sociedades de investimento mobiliário (SIM),em particular, as SIM autogeridas, e a possibilidade dos organismos de investimento alternativo investiremem ativos não financeiros e ativos imobiliários. Podendo as SIM ser heterogeridas ou autogeridas, consoante designem ou não uma terceira entidadepara o exercício da respetiva gestão, as SIM terão que dispor dos bens necessários ao exercício da suaatividade, em particular, meios técnicos e humanos. Atendendo a que, no caso das SIM autogeridas, oexercício da respetiva gestão é realizado pela própria sociedade, a constituição de um património para usopróprio ganha particular acuidade. Nessa medida, as disposições do presente Plano relativas àsespecificidades das SIM, ainda que feitas de modo genérico e independente à forma que as SIM assumam,visam sobretudo as SIM autogeridas atenta a relevância que essas matérias assumem para essas sociedades.Contudo, não se deixa de reconhecer que as SIM heterogeridas, ainda que em menor escala, poderãoeventualmente dispor de recursos para o exercício da sua atividade, com particular destaque para os órgãos

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 31/85

de administração e fiscalização que desempenharão as funções previstas no Regime Jurídico dos Organismosde Investimento Coletivo. Tal como referido, as SIM apresentam algumas particularidades que as distinguem dos restantes OIC,nomeadamente, a possibilidade de existência de uma parte do património da SIM que é constituída pelosbens necessários ao exercício da sua atividade. Bens esses que apresentam uma natureza funcional que osaproxima mais da natureza dos bens normalmente detidos por empresas comerciais ou industriais, pelo que avalorização dos mesmos deverá refletir essa natureza distinta. Neste sentido optou-se por tipificar os critérios de valorização de alguns ativos e passivos específicosdas SIM, tal como descrito no ponto 2.3.7. abaixo, e as divulgações que deverão ser apresentadas, tal comodescrito na nota 17 das divulgações do presente regulamento. Para as restantes especificidades das SIM, acontabilidade deverá ser elaborada à luz das normas internacionais de contabilidade (NIC), adotadas aoabrigo do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho e, emconformidade com o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de novembro,quando tal se encontre expressamente previsto neste regulamento. Com a remissão para as NIC pretende-se flexibilizar a adaptação do presente Plano à nova realidade queos OIC na forma societária introduzem na indústria nacional, não obstante se pretender, concomitantemente,consagrar, com o presente Regulamento, o princípio da neutralidade de investimento em OIC, assumam osmesmos a forma contratual ou a forma societária. Para todos os aspetos comuns, aos OIC,independentemente da sua natureza (e.g. a valorização da carteira de ativos), deverão ser aplicados idênticoscritérios contabilísticos.

1.2 - Contabilidade dos organismos de investimento coletivo

Após a publicação do já mencionado Decreto-Lei n.º 276/94, de 2 de novembro, a contabilidade dos OICpassou a ser organizada de harmonia com as normas emitidas pela Comissão do Mercado de ValoresMobiliários. Desde então, tem sido constante preocupação da CMVM que o respetivo plano contabilístico permitadar resposta à necessidade das contas dos fundos proporcionarem uma imagem verdadeira e apropriada dorespetivo património e dos resultados das suas operações, procurando evidenciar duma forma simples eobjetiva o valor líquido global do fundo, bem como os elementos económicos e financeiros necessários aoacompanhamento da sua rendibilidade e do risco. Pretende-se, desta forma, através da normalização do sistema contabilístico, proteger os interesses dosinvestidores proporcionando-lhes uma informação de leitura simples e útil que lhes facilite a tomada dedecisões de investimento informadas, apoiar a gestão e a tomada de decisão das entidades responsáveis pelagestão e proporcionar às autoridades de supervisão modelos de acompanhamento e controlo da atividade dosfundos que se revelem simples e eficientes. A aplicação do plano de contas passou a ser obrigatória a todos os fundos de investimento mobiliário apartir do dia 1 de janeiro de 1996. Para o efeito, os OIC encerram anualmente as suas contas, com referência a 31 de dezembro de cadaano, as quais são obrigatoriamente objeto de relatório elaborado por auditor registado na CMVM. Comreferência a 30 de junho de cada exercício, devem ainda as entidades responsáveis pela gestão elaborar umrelatório e contas semestral dos OIC que administram, o qual deve ser igualmente objeto de relatórioelaborado por auditor registado na CMVM. Os documentos de prestação de contas dos organismos de investimento coletivo, definidas neste planocontabilístico, são constituídos pelo Balanço, pela Demonstração dos Resultados, pela Demonstração dosFluxos de Caixa e pelas divulgações, as quais formam um todo, sendo acompanhadas pelos relatóriosprevistos na lei.

1.3 - Particularidades contabilísticas dos organismos de investimento coletivo

1.3.1 - Necessidade de determinar diariamente o valor líquido

Nos OIC abertos, os participantes podem realizar, a todo o momento, subscrições e resgates de unidadesde participação. Este facto obriga a conhecer, em permanência, o valor líquido global do OIC para

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 32/85

determinação do valor unitário da unidade de participação. Esta necessidade de determinar diariamente o valor da unidade de participação, conduziu a que no planocontabilístico tivessem sido adotadas as seguintes soluções: Valorização das operações financeiras ao seu justo valor, destacando-se a adoção do principio do mark-to-market para valores transacionados em mercado, as quais se estruturam em torno das seguintes categorias:valores mobiliários, operações a prazo, divisas e outros instrumentos de dívida e de capital próprio; Especialização diária de custos e proveitos; Inscrição no passivo (2.º membro do balanço) dum grupo representativo do valor líquido global do OIC(capital do OIC). Esta inscrição permite determinar o valor líquido da unidade de participação, dividindosimplesmente o valor global pelo número de unidades em circulação; Apresentação, nas divulgações, de quadros de exposição ao risco. A exposição ao risco constitui umainformação de importância muito significativa para os investidores. Os modelos de quadros de exposição aorisco seguem de próximo a estrutura de contas preconizada para o registo dos contratos a prazo (operaçõessobre taxas de juro, taxas de câmbio e sobre cotações).

1.3.2 - Montantes distribuíveis e resultado líquido dum OIC

O capital próprio dum OIC é composto por capital e montantes distribuíveis aos participantes,nomeadamente o resultado líquido. Trata-se de um elemento variável, em consequência dos resultados degestão apurados no OIC e das operações de subscrição e de resgate valorizadas ao valor líquido da unidadede participação. A política e os critérios de distribuição dos rendimentos do OIC devem ser definidos objetivamente nosdocumentos constitutivos. Contudo, todos os participantes devem ter direito ao mesmo rendimentodistribuível, qualquer que seja a data de subscrição. Desta forma, o sistema contabilístico prevê mecanismosque permitem neutralizar a incidência das subscrições e dos resgates no valor unitário e, consequentemente,no rendimento unitário da unidade de participação. No caso dos OIC de distribuição deve prever-se a afetação dos rendimentos a distribuir na competenteconta de capital do OIC. Nos OIC de capitalização, as operações são registadas sem qualquer formalidade particular.

1.3.3 - Capital

O capital dum OIC tem uma aceção mais vasta do que numa empresa comercial ou industrial. Trata-sede um elemento variável, constituído quer pelos valores-base das unidades de participação, quer pelasdiferenças para esse valor base nas operações de subscrição e de resgate, quer ainda pelos resultadosapurados no exercício e em exercícios anteriores e não distribuídos aos participantes. Compreende as mais e menos valias latentes e realizadas sobre as operações financeiras, as diferenças decâmbio, os gastos com a negociação dos títulos, os gastos com as operações a prazo fechadas oucondicionadas, a comissão de gestão, a comissão de depósito, impostos, taxas e outros custos e proveitosrelacionados com a atividade do OIC.

1.3.4 - Contabilidade de divisas

Prevê-se a possibilidade dos OIC terem as suas operações registadas nas divisas em que se realizam,bem como a sua apresentação em termos de documentos de síntese nas divulgações. O modelo adotadobaseia-se no princípio conhecido por "contabilidade multidivisas", por forma a permitir o controlocontabilístico das operações nas várias moedas, bem como o acompanhamento das respetivas posiçõescambiais.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 33/85

CAPÍTULO 2 - Princípios contabilísticos e critérios valorimétricos

2.1 - Considerações gerais

Os OIC têm inúmeros clientes efetivos e potenciais, quer nacionais quer estrangeiros, para os quais ainformação contabilística é determinante. Por esse motivo, a normalização do sistema contabilístico não se deve limitar apenas à definição dascontas, do seu conteúdo e regras de movimentação e à elaboração dos documentos contabilísticos deprestação de contas, mas também à definição dos princípios e critérios subjacentes à avaliação dos elementospatrimoniais, por forma a que as contas sejam formuladas com clareza, expressando uma imagem fiel dopatrimónio, da situação financeira e dos resultados do OIC. Desta forma, esta definição visa não só contribuir para a proteção dos interesses dos intervenientesdiretos e de terceiros, como também assegurar a comparabilidade e fiabilidade da informação financeira.

2.2 - Princípios contabilísticos

Como princípios contabilísticos, adotam-se os seguintes:

Continuidade

Considera-se que o OIC de investimento opera continuamente, com duração ilimitada, entendendo-seque não tem intenção nem necessidade de entrar em liquidação, sem prejuízo dos OIC fechados teremduração limitada.

Consistência

Considera-se que o OIC não altera as suas regras, princípios, critérios e políticas contabilísticas de umperíodo para o outro. Se o fizer e o efeito for materialmente relevante, deve referir o facto nas divulgações.

Materialidade

As demonstrações financeiras do OIC devem evidenciar todos os elementos que sejam de interesse,relevantes (qualitativa e quantitativamente) e possam afetar avaliações ou decisões pelos utilizadoresinteressados.

Substância sobre a forma

As operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância, à realidade financeira e não apenas àsua forma documental ou legal.

Especialização

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 34/85

Os elementos patrimoniais do OIC devem ser valorizados e reconhecidos diariamente ou com aperiodicidade com que o OIC deva valorizar os seus ativos, independentemente do seu recebimento oupagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras do período a que dizem respeito, bem como osseus ajustamentos de valor decorrentes dessa valorização.

Prudência

Em caso de pluralidade de aplicação de critérios contabilísticos perante um mesmo facto, deve utilizar-seaquele que menor impacto tiver no património do OIC, por forma a observar o valor de realização esperado,em condições normais de transação, dos elementos patrimoniais que o integram.

2.3 - Critérios valorimétricos

2.3.1 - Disponibilidades

Os custos e proveitos decorrentes da sua detenção são registados nas respetivas contas das classes 7 e 8,por contrapartida da correspondente conta da classe "5 - Acréscimos e Diferimentos". As disponibilidades expressas em moeda diferente do Euro são registadas na correspondente conta deposição cambial, por cada moeda, na classe 5 (conta "595 - Posição cambial") e são ajustadas diariamente emfunção das variações diárias do mercado cambial. As diferenças de câmbio apuradas são contabilizadas nas contas "711 - Juros e custos equiparados - dedisponibilidades", respetivas subcontas, e "811 - Juros e proveitos equiparados - de disponibilidades",respetivas subcontas, por contrapartida da conta "595 - posição cambial" (Euro).

2.3.2 - Carteira de títulos e outros ativos

As compras de títulos são contabilizadas, na data da transação, pelo seu custo efetivo de aquisição. Nas vendas, para efeitos de imputação do respetivo custo, os valores em carteira podem em alternativaser valorizados pelo custo médio de aquisição, pelo FIFO (first in first out) ou pelo LIFO (last in first out),devendo a opção tomada para cada categoria de valores mobiliários ser indicada nas divulgações referidas noCapítulo 7. Todavia, sempre que a legislação fiscal, relativamente a determinada categoria de valores mobiliáriosimponha, para apuramento das valias obtidas em cada ano, a utilização de um método de imputação decustos diferente, será este o utilizado na sua contabilização (apuramento do saldo das valias efetiva oupotencialmente tributáveis). Os encargos suportados com a compra, tal como com a venda, nomeadamente comissões de bolsa e decorretagem, são considerados como custos da operação, pelo que se contabilizam na conta "722 - Comissõesda carteira de títulos", respetiva subconta. Os valores mobiliários em carteira são avaliados ao seu justo valor, de acordo com as regras definidasem regulamento da CMVM. As metodologias e critérios de valorização são definidos pelas entidadesresponsáveis pela gestão nos prospetos dos OIC sob sua administração, tendo em conta os limites econdições consagradas no mesmo regulamento. De acordo com a International Accounting Standard n.º 39(IAS 39), o justo valor é "a quantia pela qual um cativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entrepartes conhecedoras, dispostas a isso, numa transação em que não exista relação entre elas":

Para valores mobiliários negociados em mercado, considera-se como representativo do seu justovalor a cotação ou preço resultante do encontro de vontades de compra e de venda dos intervenientes nosmercados; Na falta de valores de cotação, deve ser tomado o seu presumível valor de realização respeitando ascondições do emitente e do mercado vigentes no momento de referência dessa avaliação. Tal poderá

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 35/85

fundamentar-se na consideração de ofertas firmes de compra difundidas por operadores especializados ou naaplicação de critérios de avaliação universalmente aceites e utilizados, devendo os parâmetros a utilizarresultar do funcionamento dos respetivos mercados (taxas de juro, yields, taxas de câmbio e volatilidades). Os ajustamentos resultantes da aplicação destes critérios serão registados diariamente ou com aperiodicidade mínima com que o OIC seja obrigado a valorizar as suas unidades de participação nas contas"732/733 - Perdas em operações financeiras - na carteira de títulos/outros ativos", e respetivas subcontas, ou"832/833 - Ganhos em operações financeiras - na carteira de títulos/outros ativos", e respetivas subcontas,conforme se trate de menos ou mais valias, por contrapartida da conta "28 - Mais e menos valias de títulos" e"38 - Mais e menos valias de outros ativos". Também diariamente ou com a periodicidade mínima com que o OIC seja obrigado a valorizar as suasunidades de participação, deve ser reconhecido o montante de imposto incidente sobre o saldo positivo entremais e menos valias que, efetiva ou potencialmente, é devido pelo OIC. Por uma questão de prudência, e com o intuito de evitar variações abruptas no valor da unidade departicipação, impõe-se que este novo mecanismo de reconhecimento de imposto sobre as valias potenciaisseja utilizado tendo como referência o valor pelo qual se encontram inscritos os ativos nas carteiras dos OICà data da entrada em vigor do plano (01 de abril de 2013), pelo que só as valia potenciais geradas a partirdesse momento serão objeto de "tributação", deixando-se que a normal atividade de gestão dos OIC váconcretizando em efetivas as valias potenciais que respeitem a momento anterior. Os lançamentos contabilísticos a observar a este respeito são descritos no ponto 5.2.4 do presente anexo. Os rendimentos dos títulos em carteira, sempre que determináveis, são registados diariamente na classe"5 - Acréscimos e Diferimentos". Para os títulos expressos em moeda diferente do Euro, são aplicados os critérios referidos no ponto 2.3.1- Disponibilidades. A valorização de Outros Ativos rege-se pelo disposto na regulamentação específica para os respetivosOIC, sendo que se aplicam, com as devidas adaptações, os procedimentos referidos nos parágrafosanteriores. A constituição e utilização de provisões deve conformar-se com princípios de prudência e ser adequadaàs expectativas do gestor do OIC. As normas e princípio subjacentes a este mecanismo devem constituir-secomo uma política de cada OIC, em face das situações concretas inerentes à exposição a diversos tipos derisco, devendo ser dada primazia ao princípio write-down/write-off, ou seja, a reflexão imediata no valor docativo de factos ou circunstâncias que possam induzir uma diminuição desse valor. Por conseguinte, os ativos permanecem nas respetivas contas das classes 2 ou 3, ainda que em situaçãode incumprimento por parte do emitente/devedor, até à sua alienação ou perda total de valor (write-off).

2.3.3 - Terceiros

As dívidas ativas com prazos de recebimento ou maturidades inferiores a um ano não devem serexpressas por um valor superior àquele que se espera efetivamente receber do devedor. Pela diferença entre ovalor contabilizado e o valor que se espera receber efetivamente, deverá ser constituída ou reforçada aprovisão para crédito vencido. As dívidas a receber em situação de contencioso serão provisionadas pela sua totalidade, incluindo asdespesas suportadas e não cobradas. Os ativos e passivos financeiros do OIC com prazos de recebimento, pagamento ou maturidades,respetivamente, superiores a um ano devem ser mensurados inicialmente pelo seu justo valor mais os custosde transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivofinanceiro. Subsequentemente estes ativos ou passivos financeiros devem ser mensurados pelo custoamortizado usando o método do juro efetivo, nos termos da IAS 39 - Instrumentos Financeiros:Reconhecimento e Mensuração. Relativamente às dívidas de ou a terceiros expressas em moeda diferente do Euro, devem ser aplicadosos critérios referidos no ponto 2.3.1 - Disponibilidades, quanto ao registo em contas de Posição Cambial.

2.3.4 - Unidades de participação

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 36/85

O valor da unidade de participação é calculado e divulgado diariamente, nos dias úteis, ou com outraperiodicidade que seja definida em lei ou regulamento e determina-se dividindo o valor líquido global doOIC (saldos das contas de Balanço da classe 6 - Capital do OIC, acrescidos do resultado líquido doexercício) pelo número de unidades de participação em circulação. No caso de pedidos de subscrição ou de resgate, o valor da unidade de participação corresponde ao valordivulgado no dia do respetivo pedido ou no dia útil seguinte. Nas operações de subscrição e resgate, a contabilidade regista em separado o valor base das unidades departicipação, por forma a evidenciar a diferença entre este e os respetivos valores de resgate ou subscriçãoantes das respetivas comissões, devendo esta diferença ser repartida entre a fração imputável a exercíciosanteriores e a fração atribuível ao exercício em curso. As unidades de participação, não obstante possuírem idêntico valor líquido global, podem ser segregadasem diversos tipos, conforme o que seja definido nos documentos constitutivos, tendo por objetivo únicodiferenciar as condições de subscrição e resgate que eventualmente sejam aplicáveis a diversos segmentos deinvestidores, por exemplo no que respeita às comissões e mínimos de subscrição aplicáveis.

2.3.5 - Posição cambial

As posições cambiais são reavaliadas diariamente ou com a periodicidade mínima com que o OIC sejaobrigado a valorizar as suas unidades de participação em função dos valores de mercado de cada moeda emrisco de câmbio. As posições cambiais à vista, entendidas como o saldo líquido:

Dos ativos e passivos dessa moeda; Das operações à vista a aguardar liquidação; Das operações a prazo que se vencem nos dois dias úteis seguintes;

são reavaliadas em função das últimas cotações conhecidas, no momento de referência de valorização dacarteira, divulgadas pelo Banco de Portugal ou por agências internacionais de informação financeiramundialmente reconhecidas, como sejam a Reuters, Bloomberg ou Moneyline Telerate. O método utilizado para a determinação das cotações referidas no parágrafo anterior deve sermencionado nas divulgações.

2.3.6 - Contratos de futuros e opções

Nas operações realizadas em mercados organizados, deve ser seguido o princípio do valor de mercado,que consiste em valorizar diariamente ou com a periodicidade mínima com que o OIC seja obrigado avalorizar as suas unidades de participação, todos os contratos com base nas cotações ou preços formados nosmercados onde sejam negociados. A valorização de instrumentos derivados "over-the-counter" deve, igualmente, ser consistente com ocritério do justo valor, devendo as respetivas posições ser avaliadas tendo em conta oferta firmes de compradifundidas por operadores especializados ou modelos de avaliação definidos nos prospetos dos OIC, os quaisdevem ter por base parâmetros de mercado.

2.3.7. - Especificidades das SIM

2.3.7.1. - Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis

Os ativos fixos tangíveis e os ativos intangíveis deverão ser mensurados pelo seu custo, devendo sersubsequentemente depreciados ou amortizados ao longo da sua vida útil, que em nenhum caso poderá serindefinida. O cálculo das depreciações ou amortizações deverá, no mínimo, ser efetuado com a mesmaperiodicidade que seja imposta à SIM para valorização das suas ações.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 37/85

Define-se como método a ser utilizado para efeitos de determinação das depreciações/amortizaçõesperiódicas o método da linha reta (ou das quotas constantes), que resulta no débito de um valor constantedurante a vida útil do ativo se o seu valor residual e a sua vida útil não se alterarem. O custo dadepreciação/amortização obtém-se da seguinte forma: Custo de depreciação periódico = (Valor do ativo - Valor residual do bem)/n.º de períodos de vidaútil estimados para o bem

Os ativos sujeitos a depreciação/amortização, cujo custo de aquisição não ultrapasse os 1.000 Euros sãoconsiderados elementos de reduzido valor e devem ser totalmente depreciados/amortizados num só período,exceto quando façam parte integrante de um conjunto de elementos que devam ser depreciados como umtodo. A SIM deve ainda manter uma monitorização regular que permita garantir o reconhecimento atempadode eventuais imparidades, nos termos da IAS 36 - Imparidade de ativos. Os ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis que sejam reconhecidos contabilisticamente por seremobjeto de locação financeira devem ser mensurados inicialmente por quantias iguais ao justo valor dapropriedade locada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada umdeterminado no início da locação. A taxa de desconto a usar no cálculo do valor presente dos pagamentosmínimos da locação é a taxa de juro implícita na locação, se for praticável determinar essa taxa; se não for,deve ser usada a taxa incremental de financiamento do locatário. Quaisquer custos diretos iniciais dolocatário são adicionados à quantia reconhecida como ativo. Numa locação financeira, se não houver certeza razoável de que o locatário virá a obter a propriedade nofim do prazo da locação, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo da locação ou da sua vidaútil, o que for mais curto. A classificação de uma locação como financeira ou operacional, bem como as regras definidas para a suacontabilização, deverão ser as consideradas na IAS 17 - Locações.

2.3.7.2. - Contas a receber, contas a pagar e empréstimos

Os ativos e passivos financeiros que uma SIM detenha por serem necessários ao exercício da suaatividade e que tenham a natureza de empréstimos concedidos ou contas a receber que se espera virem a serrealizados num prazo superior a um ano, ou contas a pagar ou empréstimos obtidos com maturidade superiora um ano, devem ser mensurados inicialmente pelo seu justo valor mais os custos de transação que sejamdiretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro. Subsequentemente estes ativos ou passivos financeiros devem ser mensurados pelo custo amortizadousando o método do juro efetivo, nos termos da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento eMensuração. A SIM deve avaliar à data de cada balanço se existe ou não qualquer prova objetiva de que um ativofinanceiro ou um grupo de ativos financeiros esteja com imparidade. Se existir prova objetiva de que foi incorrida uma perda por imparidade em empréstimos concedidos econtas a receber, a quantia da perda é mensurada como a diferença entre a quantia escriturada do ativo e ovalor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenhamsido incorridas) descontado à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro (i.e., a taxa de juro efetivacalculada no reconhecimento inicial). A quantia escriturada do ativo deve ser reduzida ou diretamente ouatravés do uso de uma conta de abatimento. A quantia da perda deve ser reconhecida nos lucros ou prejuízos. Para empréstimos concedidos ou contas a receber que se espera virem a ser realizados num prazoinferior a um ano, ou contas a pagar ou empréstimos obtidos com maturidade inferior a um ano, devem serutilizados os critérios, referidos no ponto 2.3.3 - Terceiro, utilizados para a valorização de contas de terceirosrelativas a transações não específicas das SIM.

CAPÍTULO 3 - Estrutura e articulação das contas

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 38/85

Constituindo a contabilidade um subsistema de informação vocacionado para a determinação, valorização eexpressão em apropriadas demonstrações económico-financeiras dos meios e recursos utilizados e do valor geradopelo exercício de determinada atividade, através do registo das operações daí decorrentes, a forma como se define aestrutura e a codificação das contas reflete-se na leitura, interpretação e conhecimento dos impactos económicos efinanceiros dessa atividade. Por esses motivos, constituiu principal preocupação definir um sistema de contas que permitisse uma leiturasimples e objetiva das informações financeiras dos OIC, observando, em simultâneo, os modelos nacionais einternacionais, particularmente do sistema contabilístico das entidades financeiras. Por último, estão também presentes as potencialidades dos modernos sistemas informáticos, que permitem otratamento da informação duma forma mais flexível e versátil quer na forma de codificação das contas, quer naposterior extração de dados e consequente produção de relatórios para a gestão, prestação de contas e elaboração deestatísticas.

3.1 - Estrutura e articulação das contas

Como já foi referido, o modelo preconizado aproxima-se do plano de contas bancário embora tendo-seintegrado outros aspetos e conceitos, quer do plano oficial de contabilidade aprovado para a generalidade dasempresas, quer de normativos internacionais, particularmente das Diretivas do Conselho da União Europeia. Apresenta-se a estrutura geral das contas, bem como a sua ligação de base às demonstrações financeirasdos OIC.

Como principais particularidades refere-se:

1) A ênfase dada à distinção entre factos patrimoniais e extrapatrimoniais justifica-se pelo crescimento dosmercados de derivados. Para além dos impactos económicos e financeiros imediatos, os quais são registados nasrespetivas contas patrimoniais, há que acompanhar os valores inerentes aos contratos celebrados, com a consequenteexposição ao risco, os quais deverão ser evidenciados nas divulgações às demonstrações financeiras, das quais fazparte integrante; 2) A estrutura das contas foi preconizada com vista à elaboração, duma forma direta, do Balanço, daDemonstração dos Resultados e dos quadros das divulgações. Desta forma, prevê-se a elaboração da Demonstraçãodos Fluxos de caixa não a partir das contas constantes no Plano mas através de uma tabela própria associada àsoperações registadas nas contas de disponibilidades (vide Capítulo 6); 3) Contrariamente ao estabelecido noutros planos contabilísticos, nomeadamente o plano oficial decontabilidade, não foram definidas contas próprias para transferência dos saldos das contas de custos e de proveitos,ou seja, para apuramento dos resultados. Optou-se por uma solução próxima dos modelos anglo-saxónicos, em queos resultados são apurados a partir de operações sobre as contas de proveitos e custos, sem que tenham de serrefletidas em qualquer conta contabilisticamente concebida para o efeito; 4) A definição das classes de contas teve por base os grandes grupos de elementos patrimoniais e deoperações identificáveis neste tipo de negócio. Constituiu preocupação a definição de uma classe que,conjuntamente com o resultado líquido do período, permitisse identificar o valor líquido do OIC, bem como ascausas das suas variações; 5) A utilização das oito classes de contas normalmente reservadas para registo dos factos de naturezapatrimonial (no anterior plano eram utilizadas apenas sete). Com efeito, a ausência de imobilizados no patrimóniodos OIC permitia libertar uma classe de contas (classe 3) a qual é agora destinada a outros organismos deinvestimento coletivo que não invistam exclusivamente em valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros,designadamente os Organismos de Investimento Alternativo (OIA). Livre fica apenas a classe 0, a qual pode ser

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 39/85

adaptada às necessidades específicas de cada sociedade gestora.

Apresenta-se, seguidamente, um esquema de articulação das contas patrimoniais com as correspondentesdemonstrações financeiras. Como se pode verificar, cada classe de contas irá constituir um grupo homogéneo deinformação da demonstração financeira em que se vai integrar.

Desta forma, cada classe contempla não apenas as contas representativas do elemento patrimonial de base, v.g.aplicação em ações, como também as correspondentes flutuações de valor quer consistindo em valorizações quer emdepreciações, v.g. mais ou menos valias, por forma a refletir, no seu conjunto, o valor líquido desse elemento. A necessidade de determinar e contabilizar diariamente ou com a periodicidade que a lei exija o valor líquido doOIC enfatiza a aplicação do princípio da especialização dos proveitos e custos e o consequente reflexo em contas deregularização. Por esse motivo, justifica-se a criação de uma classe de contas de regularização, a qual constitui oscorrespondentes grupos homogéneos no cativo e no passivo do Balanço. Também ao nível dos proveitos e custos, as contas foram estruturadas nas respetivas classes por forma aidentificar grupos de resultados, de acordo com a sua natureza e características. De forma genérica, prevê-se a distinção entre resultados correntes e resultados eventuais, os quais poderão serainda analisados a nível mais elementar (vide capítulo 6).

3.2 - Codificação e lista de contas

3.2.1 - Codificação

No que concerne à codificação, optou-se por um sistema de código flexível em vez de um código rígidoque procura responder a múltiplas finalidades. Esta opção justifica-se por:

a) As potencialidades dos sistemas informáticos os quais podem recorrer às tecnologias assentes nosflexfields para flexibilizar a estrutura de dados e a sua utilização futura; b) A possibilidade de utilizar carateres alfanuméricos, o que torna a linguagem do código maispróxima dos utilizadores; c) A definição de códigos com menor extensão, o que se traduz numa melhoria dos trabalhos decodificação, introdução e leitura dos dados; d) Uma grande redução da dimensão da lista-base de contas; e) Melhor adequação às necessidades de gestão e dos outros utilizadores da informaçãocontabilística. De facto, cada OIC terá bastante liberdade em definir atributos próprios, sem aumentar adificuldade de prestação de informações a outros utilizadores externos e internos. f ) Facilidade em se adaptar a alterações e novas exigências futuras, na medida em que taisalterações se reflitam apenas em meras extensões ou reduções do sistema existente, sem que seja posta emcausa a estrutura base da informação. g) Possibilidade de elaborar relatórios por diferentes óticas e grau de análise, incluindo ocruzamento entre aquelas.

Para codificação-base das contas propõe-se um código composto por 11 dígitos, repartidos por quatrocampos (flexfields) distintos, assim composto: xxxxxx.xx.x.xx

O primeiro campo composto por seis dígitos destina-se à natureza das contas, conforme lista dorespetivo plano; O segundo campo composto por dois dígitos destina-se à identificação do tipo de operação ou deentidade. Assim, poderá ser utilizado duma forma flexível por cada OIC e, neste, em cada classe de contas

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 40/85

quer por força de necessidade de prestação de informações complementares, por ex. ações cotadas ou nãocotadas, quer de informação para a gestão. O terceiro campo composto por apenas um dígito destina-se à identificação da localização daentidade. Esta informação visa responder à necessidade de conhecer a localização das entidadesintervenientes nas operações (residentes ou não residentes) ou emitentes dos títulos que integram a carteirado OIC (Portugal, União Europeia ou Outro País); O quarto campo composto por dois dígitos destina-se à identificação da categoria de unidade departicipação. Esta categorização permite a aplicação do plano de contas definido no presente documento deforma transversal por cada categoria de unidade de participação que o OIC disponha

Procurou-se definir um código de contas pouco extenso, mas capaz de contemplar o registo de todos osfactos relacionados com operações dos OIC. Também, utilizando o conjunto dos campos referidos, poderãoser organizadas informações por diferentes sequências, nomeadamente:

e, assim sucessivamente.

Quanto ao código representativo da natureza da conta, preconiza-se a sua estruturação da seguinte forma:

Primeiro dígito identifica a classe de contas; Contas de dois dígitos constituem as contas de razão geral (1.º grau); Contas de três dígitos representam contas de 2.º grau; Contas de quatro dígitos representam contas de 3.º grau; Contas de cinco dígitos representam contas de 4.º grau; Contas de seis dígitos representam contas de 5.º grau

Quaisquer das contas de 2.º ao 4.º grau podem constituir contas de movimento, dependendo da extensão dainformação necessária. O sistema de gestão contabilístico do OIC deve, relativamente a cada conta, permitiridentificar:

a) O seu grau; b) Se é conta de acumulação (de razão ou intermédia) ou de movimento; c) Qual a conta para onde acumula (sendo intermédia ou de movimento).

3.2.2 - Lista de contas

Seguidamente apresenta-se a lista de contas previstas por cada uma das classes. Os conteúdos das classese das contas, bem como as regras de movimentação destas últimas serão desenvolvidos no capítulo seguinte.As contas constantes da lista representam o desenvolvimento mínimo. O desdobramento de algumas contasidentificadas como de movimento poderá ser realizado, desde que tal contribua para a melhoria dainformação do OIC. Para além disso, faculta-se às entidades responsáveis pela gestão a criação de outrascontas intermédias. Prevê-se o recurso a tabelas auxiliares para gestão das moedas (A), do quadro de fluxosde caixa (B) e da identificação da categoria de unidade de participação (2 dígitos).

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 41/85

CAPÍTULO 4 - Conteúdo e regras de movimentação das contas

4.1 - Considerações gerais

A normalização do sistema contabilístico não se limita apenas à identificação da lista das contas, do conteúdo eforma das demonstrações financeiras e à definição dos princípios e critérios subjacentes à avaliação dos elementospatrimoniais. Sendo condições necessárias, não são suficientes. Para que as entidades responsáveis pelacontabilização das operações o façam de forma equivalente, torna-se necessário definir o conteúdo e regras demovimentação das contas, particularmente daquelas que suscitem mais dúvidas ou possam ter diversasinterpretações. Caso contrário, poderia levar a que um mesmo facto fosse contabilizado, pelas diversas entidades, em diferentescontas o que prejudicaria o conhecimento de terceiros, colocando em causa a proteção dos seus interesses e acomparabilidade entre o património e os resultados das operações realizadas pelas diversas entidades. Contudo, a definição exaustiva de conteúdos e regras de movimentação poderia proporcionar limitações àliberdade de registo de operações, situação que se pretende evitar com o presente plano contabilístico, porquanto asentidades deverão optar pelos sistemas de registo que se afigurem mais adequados, desde que seja garantida aimagem verdadeira e apropriada do património e dos resultados do OIC. Identificando-se neste capítulo apenas o conteúdo e regras de movimentação das contas do plano, reserva-separa o capítulo seguinte a explicitação dos lançamentos contabilísticos a efetuar nas operações mais frequentes doOIC.

4.2 - Conteúdo e regras de movimentação

Tendo por base a definição das classes de contas e a ordem na sua codificação apresenta-se, de seguida, oconteúdo das principais contas e as regras da sua movimentação. Na sua identificação, utilizou-se a seguintenomenclatura:

Tipo: Razão - Contas de 1.º grau (2 dígitos) Intermédia - Conta que acumula e se desdobra noutras contas; Movimento - Conta que se destina a acolher diretamente o registo das operações.

Acumula: Conta de grau imediatamente inferior que a integra e, por isso, recebe os valores por acumulação.

Natureza: Balanço - Conta a ser integrada no balanço; Resultados - Conta de custos ou de proveitos; Extrapatrimonial - Conta para registo dos factos extrapatrimoniais.

Grau: Nível de desdobramento/integração da conta.

Desde que observado o seu conteúdo de base, outros factos, para além dos referidos, poderão ser contabilizados

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 42/85

nas contas, quando as entidades considerarem que tal contribua para a melhoria do conhecimento do património edos resultados do OIC.

4.2.1 - Classe 1 - Disponibilidades

Nesta classe deverão ser incluídas todas as contas representativas de meios líquidos de pagamento, imediata ourapidamente mobilizáveis.

Observações:

Por cada conta bancária deverá ser criada a respetiva subconta.

Observações:

Por cada conta bancária deverá ser criada a respetiva subconta.

4.2.2 - Classe 2 - Carteira de títulos

Nesta classe deverão ser incluídas todas as contas relativas às aplicações dos OIC que respeitem a valoresmobiliários, direitos de conteúdo económico destacáveis desses valores, desde que suscetíveis de negociaçãoautónoma em mercado secundário, instrumentos financeiros derivados e instrumentos representativos de dívida,transacionáveis, que possuam liquidez e tenham valor suscetível de ser determinado com precisão a qualquermomento.

Observações:

Esta conta desdobra-se de acordo com a categoria das entidades emitentes. Faz-se ainda a distinção entre:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 43/85

Títulos com taxa fixa, quando a taxa de juro do cupão é fixada no início e se mantém para todo o período devida do título; Títulos com taxa indexada, quando a taxa de juro do cupão varia em função de determinadas taxas-base dereferência; Títulos com remuneração variável, ainda que a remuneração do obrigacionista se encontre dependente devariáveis que não tenham a natureza de taxa de juro.

Nas vendas e reembolsos de obrigações da mesma emissão adquiridas por preços de custo diferentes, seráutilizado o critério do custo médio ponderado, o FIFO ou o LIFO, ou qualquer outro critério que venha a serdefinido para efeitos fiscais.

Observações:

Tal como nas contas anteriores, preconiza-se a sua classificação em títulos com taxa fixa com taxa indexada ecom remuneração variável.

Observações:

No desdobramento desta conta prevê-se a contabilização em contas próprias dos OIC.

Observações:

As flutuações de valor, com caráter temporário, dos títulos em carteira serão lançadas nas contas de proveitos ecustos por contrapartida destas contas. Este procedimento resulta da necessidade dos títulos serem diariamente, oucom a periodicidade com que o OIC deva ser reavaliado, ajustados ao valor de mercado. É desdobrada nas subcontas 281 - Mais Valias e 282 - Menos Valias, cuja estrutura observa a estritamentedefinida para a carteira de títulos. Consistindo em elementos que visam ajustar os ativos do OIC, os seus saldos são evidenciados nas colunas debalanço reservadas para os aumentos e reduções de valores ativos.

4.2.3 - Classe 3 - Outros ativos

Nesta classe deverão ser incluídas todas as contas relativas às aplicações dos OIC que respeitem a outros ativosda carteira que não se enquadrem na classe 2, designadamente por não se tratarem de valores mobiliários ou

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 44/85

instrumentos financeiros e ainda as contas relativas a ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis das sociedades deinvestimento mobiliário.

Observações:

Nesta conta é feita ainda a distinção entre os diferentes ativos imobiliários detidos pelo OIC, em particular,imóveis, participações em organismos de investimentos imobiliário e acções emitidas por sociedades imobiliárias.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas contas 321 - Imóveis, 322 - Equipamento, 323 - Ativos fixos tangíveis emlocação financeira, 324 - Outros ativos fixos tangíveis, 325 - Ativos fixos tangíveis em curso, 328 - Depreciaçõesacumuladas e 329 - Perdas por imparidade acumuladas. Os saldos das contas de depreciações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas visam ajustar osativos do OIC pelo que são evidenciados nas colunas de balanço reservadas para os aumentos e reduções de valoresativos.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas subcontas 3211 - Terrenos e 3212 - Edifícios. Os terrenos e edifícios são ativos separáveis e, ainda que adquiridos conjuntamente, são contabilizados emseparado. Considera-se que os terrenos afetos à atividade da SIM autogerida têm uma vida útil ilimitada pelo que nãosão depreciáveis. Por terem uma vida útil limitada os edifícios são sujeitos a depreciação, no entanto, um aumentono valor de um terreno no qual um edifício esteja construído, não afetará a determinação da sua quantia depreciável.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas subcontas 3221 - Equipamento básico, 3222 - Equipamento de transporte,3223 - Equipamento administrativo e 3228 - Outro equipamento. A conta 3221 - Equipamento básico destina-se a registar o conjunto de bens (Hardware, máquinas, outrosbens), diretamente afetos à atividade das SIM. A conta 3222 - Equipamento de transporte destina-se a registar o equipamento de transporte (viaturas)diretamente afeto à atividade das SIM.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 45/85

A conta 3223 - Equipamento administrativo destina-se a registar os itens do ativo fixo tangíveis destinadosàs tarefas administrativas que não sejam equipamento básico e o mobiliário diverso. Na conta 3228 - Outro equipamento deverão registar-se de forma residual outros equipamentos que nãosejam classificáveis nas contas anteriores.

Observações:

A locação financeira é uma operação assimilada a uma venda financiada sob a forma de locação em que setransferem substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade legal. A classificação como locação financeira depende da substância da operação e não da forma do contrato. A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos emcausa e agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação.

Observações:

Registam-se nesta conta os ativos fixos tangíveis que não se enquadrem em nenhuma das contas anteriores

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos emcausa e agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação. Os investimentos em ativos só a partir da sua conclusão e entrada em funcionamento é que podem serobjeto de depreciação.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. A depreciação de um ativo é a imputação sistemática (de acordo com a periodicidade que seja imposta àsSIM para valorização das suas ações) da sua quantia depreciável durante a sua vida útil. A quantia depreciável é ovalor que serve de base ao cálculo da depreciação, ou seja, é o custo de um ativo menos o seu valor residual. A

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 46/85

depreciação tem início quando o ativo está na localização e nas condições necessárias para iniciar o seufuncionamento. O valor residual de um ativo é a quantia estimada que uma entidade poderá obter correntemente pela suaalienação, após dedução dos custos e alienação estimados, se o ativo tiver a idade e as condições esperadas no finalda sua vida. A vida útil de um ativo é o período durante o qual se espera que um ativo esteja disponível para uso. É umaestimativa efetuada pela entidade fundamentada por um juízo de valor baseado na experiência da entidade comativos semelhantes.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos tangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. Um ativo está numa situação de imparidade se, e apenas se, a sua quanta escriturada excede a sua quantiarecuperável, devendo a entidade reduzir a quantia escriturada para a quantia recuperável (justo valor menos oscustos de vender ou valor de uso, dos dois o mais alto). O justo valor menos os custos de vender é a quantia a abaterda venda de um ativo numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamentoentre elas, menos os custos da alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados,que se espere surjam do uso continuado de um ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Na data de cada relato a entidade deve avaliar se há qualquer indicação de que uma perda por imparidadereconhecida em períodos anteriores possa já não existir ou tenha diminuído. Neste caso deve ser feita a reversão daimparidade, ou seja a quantia escriturada do ativo deve ser aumentada até à sua quantia recuperável.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas contas 331 - Software, 333 - Outros ativos intangíveis, 335 - Ativos intangíveisem curso, 338 - Amortizações acumuladas e 339 - Perdas por imparidade acumuladas. Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável e sem substância física. No entanto, algunsativos estão contidos numa substância física como é por exemplo o caso do sistema operativo de um computadorque é parte integrante de um hardware. Nestes casos torna-se necessário algum juízo de valor para avaliar qual oelemento mais significativo para determinar se o ativo deve ser reconhecido como ativo tangível ou intangível. Na conta 331-Software devem ser registadas as quantias que são separáveis do elemento físico onde estãoinseridas. Os saldos das respetivas contas de amortizações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas visamajustar os ativos do OIC pelo que são evidenciados nas colunas de balanço reservadas para os aumentos e reduçõesde valores ativos.

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 47/85

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos intangíveis, devendo a entidade gestora identificar inequivocamente o tipo de ativos em causae agregá-los em grupos homogéneos de acordo com essa classificação. Os investimentos em ativos só a partir da sua conclusão e entrada em funcionamento é que podem serobjeto de depreciação.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos fixos intangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos. Só os ativos intangíveis com vida útil finita é que são amortizáveis. A quantia depreciável de um ativointangível com uma vida útil finita deve ser imputada numa base sistemática durante a sua a vida útil, de acordo coma periodicidade que seja imposta às SIM para valorização das suas ações. A amortização deverá iniciar-se quando oativo tiver disponível para uso.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida neste plano decontas para os ativos intangíveis, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço paraobtenção dos valores líquidos.

Observações:

As flutuações de valor, com caráter temporário, dos ativos em carteira serão lançadas nas contas deproveitos e custos por contrapartida destas contas. Este procedimento resulta da necessidade dos ativos seremdiariamente, ou com outra periodicidade, ajustados ao valor de mercado. É desdobrada nas respetivas subcontas da 381 - Mais Valias e 382 - Menos Valias, cuja estrutura observaestritamente a que seja adotada para a carteira de outros ativos da carteira, nos termos do exposto para a conta 31. Consistindo em elementos que visam ajustar os ativos do OIC, os seus saldos são evidenciados nas colunasde balanço reservadas para os aumentos e reduções de valores ativos.

4.2.4 - Classe 4 - Terceiros

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 48/85

Nesta classe devem ser consideradas as contas representativas de dívidas a receber ou a pagar pelo OIC,resultante de operações realizadas com terceiros e ainda não recebidas ou pagas. Embora as contas de terceiros sejam consideradas na generalidade dentro desta classe, existem também contasem que se relevam operações com terceiros na classe 5, em particular na conta 58, mas em que estas últimas seapresentam com um caráter pontual e muito transitório. Também serão de considerar nesta classe as provisões acumuladas para crédito vencido, as representativas deriscos e encargos diversos e as respeitantes ao imposto sobre valias potenciais.

Observações:

4151 - Esta conta destina-se a registar o valor do prémio a receber em contratos de opções durante o períodocompreendido entre o momento a que se reporta a transação e da liquidação financeira da mesma. 4152 - Esta conta regista o montante inicial ou o reforço das margens a depositar a favor da contraparte durantea vigência do contrato. 4153 - Regista os ajustamentos de margens durante a vigência do contrato.

Observações:

Para o efeito preconiza-se a utilização de diferentes subcontas para o registo da margem inicial e dosajustamentos de preços. Cada uma destas será desdobrada de acordo com a natureza dos contratos sobre futuros. Não prejudica a contabilização das margens segundo outros critérios que possam vir a ser convencionados coma contraparte.

Observações:

Nesta conta deverão ainda ser incluídas outras operações decorrentes da atividade das SIM cuja natureza resultenum saldo devedor de terceiros, desde que não enquadráveis noutras contas previstas neste plano.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a entidade credora.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 49/85

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza do imposto ou da contribuição devida,nomeadamente nas seguintes subcontas: 4241 - Imposto sobre o rendimento de capitais e incrementos patrimoniais,4242 - Impostos indiretos, 4243 - Imposto sobre outros rendimentos, 4245 - Contribuições para a Segurança Social e4248 - Outros impostos.

Observações:

Para o registo da margem inicial e dos seus ajustamentos de cotações, preconizam-se diferentes subcontas, asquais serão ainda desdobradas de acordo com a natureza dos contratos.

Observações:

Nesta conta deverão ainda ser incluídas outras operações decorrentes da atividade das SIM cuja natureza resultenum saldo credor de terceiros, desde que não enquadráveis noutras contas previstas neste plano.

Observações:

Nos termos da legislação em vigor, as entidades responsáveis pela gestão podem obter empréstimos por contados OIC que administram, os quais serão registados nas seguintes contas, devendo ser desdobrada por mutuante: 431 - Empréstimos bancários - Esta conta inclui os empréstimos obtidos junto das instituições financeiras,independentemente do seu prazo. A decomposição desta conta deve ser efetuada nas divulgações às demonstraçõesfinanceiras. 432 - Descobertos bancários - Incluem-se nesta conta os saldos credores das contas de depósitos à ordemexistentes à data de balanço. O valor destes saldos deve ser transferido por débito da respetiva conta dedisponibilidades. 433 - Locações financeiras - Nesta conta devem ser registadas as quantias por locações financeiras daentidade. Esta conta é creditada por débito da conta de ativos fixos tangíveis respetiva, sendo posteriormentedebitada pelos pagamentos referentes à amortização do capital em dívida (redução do saldo do passivo) e quandoaplicável pelo valor residual Caso sejam cedidos quaisquer valores do OIC a título de garantia dos empréstimos obtidos, esses valores sãoevidenciados numa conta de natureza extrapatrimonial, prevista para o efeito (943 - Compromissos com e deterceiros - Valores cedidos em garantia).

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 50/85

Observações:

No conceito de pessoal inclui-se os órgãos sociais e o restante pessoal. Nesse sentido esta conta tem o seguintedesdobramento: 441 - Remunerações a pagar - A movimentação desta conta está associada às seguintes fases de processamentodos vencimentos do pessoal:

a) Processamento dos salários (vencimento base) e de outras remunerações (isenção de horário de trabalho,subsídios de responsabilidade, ajudas de custo, etc). Movimentação: Débito das respetivas contas 63 - Custos com o pessoal por crédito nas contas 441 -Remunerações a pagar, conta, 424 - Estado e outros entes públicos e outras contas de terceiros (regularização deadiantamentos, quotizações sindicais e outros descontos por conta do pessoal); b) Processamento dos encargos sobre remunerações Movimentação: Débito das contas 63 - Custos com o pessoal, relativas a encargos, por crédito na conta 424- Estado e outros entes públicos; c) Pagamentos ao pessoal, ao estado e outras entidades Movimentação: Débito das contas 441 - Remunerações a pagar, 424 - Estado e outros entes públicos eoutras contas de terceiro por crédito da conta de disponibilidades.

442 - Adiantamentos - Nesta conta registam-se os adiantamentos ao pessoal por conta de remunerações futurasou de custos suportados pela entidade (ex: adiantamentos de vencimentos, adiantamentos para deslocações emserviço e abonos para despesas diversas). 448 - Outras operações - Conta residual onde deverão ser registadas situações que não se enquadrem nas contasanteriores.

Observações:

Esta conta concentra as operações relacionadas com os detentores do capital das SIM e tem o seguintedesdobramento: 462 - Acionistas com subscrição - Esta conta regista o compromisso de uma entidade subscrever o capital(por constituição da sociedade ou por aumento de capital), evidenciando assim o registo da dívida referente às açõessubscritas. 463 - Adiantamentos por conta de lucros - Nesta conta registam-se as quantias dos adiantamentos efetuadosaos acionistas por conta de lucros de um determinado período que ainda estão por atribuir. 464 - Resultados atribuídos - Contempla a atribuição dos lucros ainda não colocados à disposição ou àcobertura de prejuízos pelos detentores do capital 465 - Lucros disponíveis - Nesta conta evidenciam-se os lucros colocados à disposição dos detentores decapital ou por forma direta ou por movimentação da conta 464 - Resultados atribuídos quando existe desfasamentoentre o momento da atribuição dos lucros e a sua colocação à disposição. Aqui deverá considerar-se a questão aretenção na fonte sobre rendimentos de capitais.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 51/85

Observações:

Esta conta apenas deve ser utilizada em casos excecionais e não pode ter por objeto corrigir os valores doselementos do cativo, uma vez que, nesse caso, o princípio a ser seguido centra-se no reconhecimento dos factosrelevantes sobre o emitente/mutuário no próprio valor das dívidas sobre as participadas (write down/write off) ou dequalquer outro efeito que possa potenciar uma redução do valor dos ativos por imparidade. Nessa eventualidade, esta conta de passivo pretende reconhecer as provisões consideradas como tal pelasNormas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB, designadamente a IAS 37. A incerteza decorre daquantia e não da ocorrência da responsabilidade. A responsabilidade não pode ser abstrata mas de ocorrência certaou provável, embora com data incerta. A responsabilidade pode decorrer de aspetos legais ou ser criada pela própriaentidade, em resultado de práticas reiteradas e que gere a legitima expectativa de terceiros em como não se furtará adesembolsar os recursos suficientes para lhe fazer face. A definição das suas subcontas atenta à natureza da responsabilidade para a qual surge o respetivoreconhecimento de provisões.

Observações:

A abertura de contas de razão inferior deverá processar-se de acordo com a estrutura definida nesta classe decontas, a fim de facilitar o controlo e possibilitar a correspondência no balanço para obtenção dos valores líquidos.

4.2.5 - Classe 5 - Acréscimos e diferimentos

Esta classe contempla as contas necessárias para que possam ser evidenciados os valores relativos a, entreoutros, os seguintes factos:

1) Desajustamentos entre as datas de realização das despesas e receitas e da atribuição dos correspondentescustos e proveitos, nomeadamente os acréscimos de custos e proveitos e as despesas e receitas antecipadas. Anecessidade de determinar o valor diário da unidade de participação, ou com a periodicidade com que o OIC devaser valorizado, origina a aplicação do princípio da especialização de resultados; 2) Operações em divisa e consequente exposição ao risco cambial, bem como os correspondentesajustamentos de preços; 3) Operações de natureza patrimonial mas relativas a contratos que, pela sua natureza, estão contabilizadosem contas extrapatrimoniais; 4) Outras operações de caráter ocasional e transitório.

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 52/85

Nesta conta devem ser contabilizados diariamente ou com a periodicidade com que o OIC deva ser valorizado,os proveitos imputáveis ao período cuja receita e recebimento ocorrerá posteriormente. O seu desdobramento observa a estrutura de contas dos correspondentes classes, incluindo as extrapatrimoniais.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza das contas de disponibilidades.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas, de acordo com a estrutura preconizada para a carteira de títulos.

Observações:

Esta conta deve ser desdobrada de acordo com a estrutura definida para as contas de terceiros.

Observações:

Esta conta é desdobrada em duas subcontas (5171 e 5172), de acordo com a natureza da operação.

Observações:

O seu desdobramento em subcontas respeita a estrutura das contas extrapatrimoniais.

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 53/85

O desdobramento desta conta observa a estrutura das correspondentes classes, incluindo as contasextrapatrimoniais.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza da carteira de títulos. Excluem-se as despesas que tenham a natureza de flutuações de valor.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza da carteira de títulos, sendo movimentadadurante a vigência da operação, por contrapartida da correspondente conta de custos.

Observações:

O montante das despesas e do período a que respeite a operação devem ser bem determinados. Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a estrutura das contas extrapatrimoniais (classe 9).

Observações:

Nesta conta são registados diariamente, ou com a periodicidade com que o OIC deva ser valorizado, os custoscuja despesa ocorra em datas posteriores, isto é, encargos liquidados postecipadamente. Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza dos custos, tal como definida na classe 7. Asubconta "554 - Passivos por impostos diferidos" é saldada em contrapartida da conta "424 - Estado e outros entespúblicos", aquando do apuramento do imposto devido.

Observações:

Esta conta visa registar o que vulgarmente se designa por receitas antecipadas, bem como a atribuição diária, ou

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 54/85

com a periodicidade com que o OIC deva ser valorizado, do correspondente proveito. Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza dos proveitos e com a estrutura da carteira detítulos e das contas extrapatrimoniais (classe 9).

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza das operações realizadas. Diariamente, ou coma periodicidade com que o OIC deva ser valorizado, é movimentada durante a vigência da operação porcontrapartida de conta de proveitos respetiva.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza das operações.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza das operações cambiais.

Observações:

Esta conta é desdobrada em subcontas de acordo com a natureza das operações.

Observações:

É desdobrada em função da natureza das operações sobre cotações.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 55/85

Observações:

Esta conta é desdobrada por cada moeda, incluindo Euros. É saldada apenas na data de fecho da posiçãocambial de risco.

4.2.6 - Classe 6 - Capital do OIC

Esta classe contém as contas de balanço que, conjuntamente com o resultado líquido do exercício, permitemevidenciar o valor líquido global do OIC. Desta forma são contempladas as contas representativas do valor base dasunidades de participação em circulação, bem como dos seus aumentos ou reduções de valor, quer em consequênciade operações sobre as próprias unidades de participação (resgates e subscrições), podendo ambas as contas sersubdivididas em diversas categorias com direitos e obrigações distintos, quer por resultados obtidos e nãodistribuídos aos participantes. São ainda consideradas nesta classe as operações que referentes ao capital das SIM(incluindo-se as operações que configuram alterações) e as transações com os detentores de capital. Para o efeito, foram previstas as contas necessárias quer para a determinação do valor líquido global do OIC,quer para identificar as causas das suas variações ao longo da sua vida, mantendo-se os valores transitados deexercícios anteriores.

Observações:

Esta conta é desdobrada nas seguintes subcontas:

6121 - Capital realizado - Esta conta representa o capital subscrito e realizado e deve ser deduzida da conta462 - Acionistas com subscrição para efeitos de elaboração do balanço. 6122 - Capital subscrito e não realizado - Esta conta representa o capital ou a fração de capital subscrito enão realizado.

Observações:

Esta conta desdobra-se nas subcontas indicadas na lista de contas. A diferença entre o valor da operação e ovalor base deve ser decomposta em:

Diferença imputável a exercícios anteriores, tendo em conta a cotação da unidade de participação no iníciodo exercício (subcontas 621) Diferença imputável ao exercício em curso decorrente da variação da cotação ao longo do mesmo(subcontas 622, cujos saldos serão, no início de cada exercício, transferidos para as correspondentes subcontas 621).

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 56/85

Observações:

Esta conta movimenta-se por contrapartida da conta "424 - Estado e Outros Entes Públicos" (quando o impostoseja imediatamente devido, como é o caso do imposto retido na fonte) ou da conta "554 - Passivos por impostosdiferidos" (tratando-se de impostos cujo valor devido e a pagar ao Estado apenas serão conhecidos em momentoulterior). No final do exercício, aquando do apuramento do imposto a liquidar, a conta 554 é liquidada por contrapartidada conta de terceiros respetiva (424), devendo esta última ser saldada por contrapartida de disponibilidades aquandodo efetivo pagamento ao Estado.

4.2.7 - Classe 7 - Custos e perdas

Nesta classe incluem-se as contas que registam os custos e as perdas imputáveis ao período, normais oueventuais. A sua estrutura reflete a natureza dos custos e perdas e, em cada uma das contas, o tipo de operação que estevena sua origem, permitindo apurar os resultados quer pela sua natureza, quer em função da categoria de ativos oucompromissos que os originaram.

Observações:

Devem ser custos equiparados a juros os seguintes:

1) As comissões com caráter de juro e calculadas em função da duração ou do montante do crédito ou docompromisso; 2) Os custos com caráter de juro decorrentes de operações a prazo, incluindo a "taxa repo" em operações devenda com acordo de recompra.

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem, nomeadamente relacionados com disponibilidades, com a carteira de títulos e outros ativos dacarteira (incluindo os ativos não financeiros o os ativos imobiliários), com situações provenientes da relação do OICcom terceiros e ainda com as situações resultantes das operações de reporte e empréstimo de valores.

Observações:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 57/85

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem e, em cada uma destas, pela natureza da comissão suportada. Na conta 723 - Comissões de outros ativos da carteira, respetivas subcontas, deverão considerar-se os encargosdecorrentes do recurso a serviços especializados de terceiros (ex: avaliações periódicas de imóveis, comissões deintermediação). As comissões de subscrição e resgate sobre unidades de participação do OIC deverão ser registadas nasrespetivas subcontas da conta 728 - Outras comissões.

Observações:

Devem ser considerados como prejuízos e perdas em operações financeiras, entre outros, os seguintes factos:

1) As diferenças de reavaliação desfavoráveis apuradas nas posições cambiais; 2) Os ajustamentos desfavoráveis de preço decorrentes da aplicação dos critérios de valorimetria dos ativose das operações a prazo; 3) Os resultados negativos apurados na venda ou reembolso de títulos e outros ativos; 4) Os resultados negativos na data de vencimento e os prémios suportados que não assumam caráter dejuro, em operações a prazo; 5) Os ajustamentos favoráveis em ativos imobiliários resultantes do valor atribuído em função dasavaliações periódicas (mais valias potencias dos ativos imobiliários que integram a carteira); 6) Os resultados positivos apurados na venda de outros ativos da carteira (ex: imóveis, obras de arte)

O seu desdobramento em subcontas é efetuado em função do tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem.

Observações:

A título de exemplo refira-se o imposto de mais-valias sobre ganhos em operações financeiras e outra categoriade imposto sobre o rendimento liquidado em proveitos financeiros. O seu desdobramento em subcontas é efetuadotendo em atenção o local em que o imposto é devido e a sua natureza, sendo pretendido um elevado detalhe eespecificidade dos registos, em particular no que se refere aos países onde se tornou devido o imposto.

Observações:

A finalidade desta conta é de atribuir ao período os custos decorrentes da necessidade em constituir ou reforçaras provisões para cobrir encargos previsíveis mas de valor ou data incertos. O seu desdobramento em subcontas éefetuado tendo em atenção a natureza dos encargos para os quais é constituída.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 58/85

Observações:

Nesta conta devem ser considerados outros custos relacionados com ativos não financeiros que integram acarteira e com os ativos imobiliários (ex: encargos correntes com imóveis que façam parte da carteira do fundo e quepor este sejam suscetíveis de serem suportados).

Observações:

De acordo com o desdobramento em subcontas, contempla-se nesta conta os créditos incobráveis, as perdasextraordinárias, as perdas imputáveis a exercícios anteriores e outras de caráter eventual.

Observações:

Esta conta engloba o seguinte desdobramento por natureza de custo:

7962 - Fornecimentos e serviços externos - Nas suas subcontas são registados os gastos com consumos e ouserviços prestados por terceiros, nomeadamente serviços especializados, materiais, energia e fluidos, deslocaçõesestadas e transportes e outros serviços diversos 7963 - Custos com o pessoal - Na desagregação desta conta deverão ser considerados os custos com opessoal processados no período ou relativos a períodos subsequentes, nomeadamente relativos a remunerações(ordenados, subsídios, horas extraordinárias, despesas de representação, ajudas de custo), benefícios pós-emprego eindemnizações dos empregados, encargos patronais (segurança social e outros), seguros (acidentes de trabalho),gastos de ação social (cantinas, serviços médicos, creches) e outros não especificados (seguros de doença e deacidentes pessoais, eventos, formação profissional, etc). O valor dos acréscimos de custos com o pessoal deverá serimputado ao OIC numa base sistemática 7964 - Custos de depreciação e de amortização - Regista nas respetivas subcontas os custos com asdepreciações do ativo fixo tangível e do ativo intangível que devem ser reconhecidos no período. Estes custosdeverão ser imputados ao OIC numa base sistemática 7965 - Perdas por imparidade - Esta conta regista as perdas por imparidade dos ativos mensurados ao custoou ao custo amortizado que devam ser reconhecidos no período 7968 - Outros custos e perdas - Nesta conta registam-se os custos e perdas relacionados com a atividade dasSIM não especificamente previstos em nenhuma outra conta do plano.

4.2.8 - Classe 8 - Proveitos e ganhos

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 59/85

Nesta classe incluem-se as contas que registam os proveitos e os ganhos imputáveis ao período, normais oueventuais. Tal como na classe 7, a sua estrutura reflete a natureza dos proveitos e ganhos e, em cada uma das contas, o tipode operação que esteve na sua origem, permitindo apurar os resultados quer pela sua natureza, quer em função dacategoria de ativos ou compromissos que os originaram.

Observações:

Devem ser proveitos equiparados a juros os seguintes:

1) As comissões com caráter de juro e calculadas em função da duração ou do montante do crédito ou docompromisso; 2) Os proveitos (prémios ou descontos favoráveis) decorrentes de operações a prazo, incluindo a taxa"reverse repo" em operações de compra com acordo de revenda.

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo ou de compromisso que tenhaestado na sua origem.

Observações:

O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção o tipo de cativo, de compromisso ou deoperação que tenha estado na sua origem.

Observações:

Devem ser considerados como lucros e ganhos em operações financeiras, entre outros, os seguintes factos:

1) As diferenças de reavaliação favoráveis apuradas nas posições cambiais; 2) Os ajustamentos favoráveis de preço decorrentes da aplicação dos critérios de valorimetria dos ativos edas operações a prazo; 3) Os resultados positivos apurados na venda ou reembolso de títulos e outros ativos; 4) Os resultados positivos na data de vencimento e os prémios que não assumam caráter de juro, emoperações a prazo. 5) Os ajustamentos favoráveis em ativos imobiliários resultantes do valor atribuído em função dasavaliações periódicas (mais valias potencias dos ativos imobiliários que integram a carteira); 6) Os resultados positivos apurados na venda de outros ativos da carteira (ex: imóveis, obras de arte)

O seu desdobramento em subcontas é efetuado em função do tipo de cativo, de compromisso ou de operação

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 60/85

que tenha estado na sua origem.

Observações:

A finalidade desta conta é de registar as reduções de provisões para encargos sempre que o seu valor seapresente excessivo face às perdas previsíveis. O seu desdobramento em subcontas é efetuado tendo em atenção a natureza dos encargos para os quais tinhasido constituída.

Observações:

Esta conta deve ser desdobrada em função da natureza do proveito ou ganho.

Observações:

De acordo com o desdobramento em subcontas, contempla-se nesta conta a recuperação de créditosanteriormente considerados incobráveis, os ganhos extraordinários, os ganhos imputáveis a exercícios anteriores eoutros de caráter eventual.

Observações:

Esta conta engloba o seguinte desdobramento por natureza de custo:

892 - Prestação de serviços - Engloba os serviços prestados de acordo com a atividade das SIM 896 - Reversões - Regista nas respetivas subcontas os proveitos com as reversões dedepreciações/amortizações e de perdas por imparidade que devem ser reconhecidos no período. 898 - Outros proveitos e ganhos - Nesta conta registam-se os proveitos e ganhos relacionados com aatividade das SIM não especificamente previstos em nenhuma outra conta do plano.

4.2.9 - Classe 9 - Contas extrapatrimoniais

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 61/85

Nas condições e limites definidos em regulamento, os organismos de investimento coletivo podem recorrer atécnicas de gestão e à utilização de instrumentos financeiros derivados com vista a uma adequada administração doseu património. Nesta classe são incluídas todas as contas destinadas a registar os factos que expressem o recurso às técnicas einstrumentos referidos no parágrafo anterior. Refira-se que, apenas são de incluir as contas representativas decompromissos ou direitos subjacentes aos contratos realizados, porquanto os factos de natureza patrimonial que lheestejam associados, nomeadamente, comissões ou margens recebidas ou pagas, ajustamentos de preços,reconhecimento de ganhos e perdas, são contabilizados nas respetivas classes de contas, integrando o Balanço e aDemonstração dos Resultados. Sendo as operações em mercado a contado ou a prazo e sabendo que estas últimas podem ter por objeto valoresmobiliários e outros instrumentos financeiros, esta classe de contas visa acompanhar os riscos associados àsresponsabilidades assumidas ou dotar os OIC de exposição a determinados segmentos de mercado.

As técnicas e instrumentos previstos dividem-se em:

Operações cambiais, prevendo-se a realização de operações com instituições financeiras autorizadas aexercer o comércio de câmbios, ou em mercados regulamentados, designadamente:

Operações cambiais à vista ("SPOT") e a prazo ("FORWARD"); Operações de "swaps" de moeda; Contratos de opções de moeda; Contratos de futuros de moeda.

Operações sobre taxas de juro, que contempla as operações que visam reduzir o risco de perda patrimonialdos ativos cujo valor varia em função das taxas de juro de mercado, designadamente:

Contratos a prazo de taxas de juro ("FRA"); Contratos de garantia de taxas de juro ("FLOORS", "CAPS" e "COLLARS"); Operações de "swaps" sobre taxas de juro ("IRS"); Opções sobre taxas de juro; Futuros de taxas de juro.

Operações sobre cotações de ativos cotados em mercados regulamentados, nomeadamente:

Opções valores mobiliários ou índices de valores mobiliários; Futuros sobre valores mobiliários ou índices de valores mobiliários.

As contas desta classe foram estruturadas por forma a identificarem num primeiro nível as operações realizadasde acordo com os ativos subjacentes e, em cada uma destas, a natureza do contrato celebrado. As subcontas da contade contrapartida (99) foram organizadas por forma a obter-se a informação dos contratos em curso, de acordo com asua natureza.

Observações:

Esta conta desdobra-se nas subcontas estruturadas de acordo com a natureza dos contratos celebrados,nomeadamente de operações cambiais à vista e a prazo, de operações de "swap" de moeda, de operações de opçõesde moeda e de operações sobre futuros de moeda.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 62/85

No capítulo seguinte serão caracterizadas com mais detalhe a natureza e as características subjacentes a cada umdos referidos contratos.

Observações:

Esta conta desdobra-se nas subcontas estruturadas de acordo com a natureza dos contratos celebrados,nomeadamente de operações de "swap" de taxa de juro, de operações de contratos de garantia de taxa de juro, deoperações de opções de taxa de juro e de operações sobre futuros de taxa de juro, as quais serão caracterizadas commais detalhe no capítulo seguinte.

Observações:

Esta conta desdobra-se nas subcontas estruturadas de acordo com a natureza dos contratos celebrados,nomeadamente de operações de opções sobre preços e de operações de futuros sobre preços, as quais serãocaracterizadas com mais detalhe no capítulo seguinte.

Observações:

Esta conta desdobra-se em subcontas destinadas ao registo da natureza dos compromissos em apreço,nomeadamente com a subscrição de títulos, com a realização de reporte de valores, com a cedência e obtenção devalores em garantia, assim como com operações de empréstimo de valores. No capítulo seguinte serão apresentadasreferências complementares quanto à natureza destas responsabilidades.

Observações:

Esta conta desdobra-se em subcontas estruturadas em função da natureza dos contratos celebrados.

CAPÍTULO 5 - Contabilização de operações

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 63/85

5.1 - Introdução

Neste capítulo procura-se apresentar o esquema contabilístico de algumas operações realizadas pelosorganismos de investimento coletivo, particularmente as operações correntes relacionadas com subscrições,resgates e a carteira de títulos e as operações a prazo e de divisas. Não é objetivo deste capítulo apresentar a contabilização de todas as operações do OIC, mas tão somentereferir os aspetos fundamentais na contabilização daquelas que sejam passíveis de algumas dúvidas oudiferentes interpretações das sociedades responsáveis pela sua gestão, quer pela estrutura preconizada para ascontas do plano, quer pela reduzida tradição na contabilidade das operações a prazo e de divisas. Também, para efeitos de simplificação, não serão utilizadas as extensões das contas previstas para otipo/entidade e para a localização.

5.2 - Operações correntes

5.2.1 - Resgates

Nesta operação deve ser registado o pedido de resgate na data a que se reporta, bem como a entrega daquantia ao participante. Também o valor do resgate deve ser repartido entre valor base, diferença imputável aexercícios anteriores e diferença imputável ao exercício. O montante a pagar ao participante decorrente do pedido de resgate, será contabilizado nacorrespondente conta de terceiros (classe 4) até ao momento do seu pagamento efetivo. Por sua vez, deverãoser contabilizados em separado, nas respetivas contas da classe 6, o valor base das unidades de participaçãoresgatadas, a diferença imputável ao ano anterior (pelo que se torna necessário dispor do preço no fim do anoanterior) e a diferença imputável ao exercício em curso (diferença de preço entre a data a que se reporta oresgate e a data do fim do exercício imediatamente anterior). Na data de pagamento será saldada a conta de credores (resgates a pagar aos participantes) porcontrapartida da respetiva conta de disponibilidades.

5.2.2 - Subscrições

O procedimento é equivalente ao resgate, com a diferença de o recebimento coincidir com o ato desubscrição, não havendo a necessidade de utilizar uma conta de terceiros. O crédito nas correspondentes contas da classe 6 (caso o valor de subscrição exceda o valor base) seráregistado de acordo com os princípios referidos na contabilização dos resgates.

5.2.3 - Rendimentos aos participantes

Pela aprovação e colocação à disposição dos rendimentos (R) aos participantes deve ser efetuado olançamento:

Pelo pagamento dos rendimentos aos participantes:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 64/85

ficando, deste modo, saldada a correspondente conta de terceiros.

5.2.4 - Operações com a carteira de títulos e outros ativos

i) Na compra, os valores mobiliários, incluindo warrants e opções, devem ser valorizados pelo preço decusto, sendo as despesas classificadas na correspondente conta de custos. Caso o débito na conta de disponibilidades não coincida com o dia da operação de compra, deveráutilizar-se uma conta de terceiros, estando prevista para o efeito a conta "428 - Credores por operações deregularização de compra de títulos e outros ativos", a qual é saldada no momento da ocorrência do débito emconta. ii) Diariamente ou com a periodicidade com que o OIC deva ser valorizado, deve proceder-se ao registocontabilístico do ajustamento do valor dos títulos e outros ativos em carteira, lançando-se o correspondenteganho ou perda (ainda que potencial) em contrapartida das contas de mais ou menos valias, respetivamente iii) No ato de venda de títulos e outros ativos deve ser contabilizado o ganho ou perda efetivo, anulando-se não apenas os títulos e outros ativos em carteira, mas também os valores acumulados nas correspondentescontas de mais e menos valias. Na venda, os ajustamentos positivos (mais valias) e negativos (menos valias) são anulados creditando oudebitando as respetivas contas da classe 2 e 3 (contas 28 e 38), o valor de compra é anulado nacorrespondente conta e as perdas ou ganhos, incorridos desde a última avaliação, registados nas respetivascontas de perdas (732 ou 733) ou ganhos (832 ou 833) em operações financeiras. Caso o crédito na conta de disponibilidades não coincida com o dia da operação de venda, utiliza-se umaconta de terceiros, estando prevista para o efeito a conta "418 - Devedores por operações de regularização devenda de títulos e outros ativos", a qual é saldada no momento da ocorrência do crédito em conta. iv) Também diariamente, ou com a periodicidade com que o OIC deva ser valorizado, são efetuados osseguintes lançamentos:

Imposto sobre valias efetivas:

a) Lançamento na conta 74, respetiva subconta, por contrapartida da conta "554 - Acréscimosde Custos - Passivos por impostos diferidos" (os ajustes que vão sendo efetuados podem originarmovimentos a débito e a crédito em ambas as contas, devendo porém o saldo da conta 74 ser sempre devedore o da conta 554 credor); b) No momento em que o imposto se torne efetivamente devido a conta 554 é saldada porcontrapartida da conta "424 - Estado e outros entes públicos";

Imposto sobre valias potenciais:

c) Lançamento na conta "7511 - Provisões do Exercício - Provisões para Encargos - ParaImpostos a Pagar", respetiva subconta, por contrapartida da conta "4811 - Provisões Acumuladas - Provisõespara Encargos - Impostos a Pagar", respetiva subconta (os ajustes que vão sendo efetuados no montante deimposto devido, no sentido da sua redução, devem originar movimentos a crédito na conta "8511 - Reposiçãoe Anulação de Provisões - De Provisões para Encargos - Para Impostos a Pagar", respetiva subconta); d) No momento da concretização das valias potenciais em efetivas deve ser creditada a conta8511, pelo respetivo montante das valias efetivas, em contrapartida da conta 4811, respetiva subconta; e) Por último, lançamento a débito na conta 74, respetiva subconta, por contrapartida da conta554, saldando-se oportunamente esta última por contrapartida da conta 424 (ficando assim reconhecido nasapropriadas contas de custos e credores o montante de imposto que se tornou efetivamente devido).

Relativamente aos juros suportados em empréstimos obtidos (incluindo os relativos a descobertosbancários), deve proceder-se à sua contabilização pelo crédito da conta "551 - Acréscimos de Custos - Jurose custos equiparados a liquidar", por contrapartida da conta de custos respetiva, devendo a primeira serliquidada aquando do vencimento dos juros devidos.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 65/85

5.2.5 - Comissões de gestão variáveis

A utilização de esquemas de comissionamento que sejam o reflexo do desempenho dos OIC face a umdeterminado parâmetro de referência é autorizada nos termos da legislação em vigor. Esse tipo de comissionamento (performance fees) é por vezes estabelecido nos termos em que apenas setorna possível determinar com exatidão se a comissão é devida, bem como conhecer o seu valor efetivo, emdeterminados momentos discretos no tempo (e.g. no final de cada semestre ou ano). Tendo por objetivos evitar variações significativas no valor da unidade de participação esimultaneamente respeitar o princípio da especialização, impõe-se que seja efetuado o reconhecimentodiário, ou com a periodicidade mínima com que o valor da unidade de participação deva ser apurado, dovalor da perfomance fee que é potencialmente devida a cada momento. Para este efeito, deverão serutilizadas as contas 7242 - Comissão de gestão - componente variável por contrapartida da conta 552 -Comissões a liquidar para se ir procedendo aos lançamentos periódicos do valor em dívida (os ajustes quevão sendo efetuados podem originar movimentos a débito e a crédito em ambas as contas, devendo porém osaldo da conta 7242 ser sempre devedor e o da conta 552 credor). Uma vez apurado o valor da performance fee efetivamente devida a conta 552 deve ser saldada porcontrapartida da conta 4231 - Comissões a pagar - entidade gestora.

5.2.6 - Retrocessões e devolução de comissões

Nos termos legalmente definidos, as receitas provenientes de mecanismos de retrocessão ou dedevolução de comissões em função da realização de determinadas operações por conta dos organismos deinvestimento coletivo constituem receita do próprio OIC. Nestes termos, a contabilização das receitas a que se refere o parágrafo anterior deve ser efetuada deacordo com os seguintes lançamentos:

Diariamente, ou com a periodicidade mínima com que o valor da unidade de participação deva serapurado, é movimentada a conta 871 - Retrocessões e devolução de comissões, por contrapartida da conta518 - Outros acréscimos de proveitos, ainda que por estimativa do valor a receber caso este não sejadeterminável a cada instante; Assim que seja determinado o valor efetivo das receitas, a conta 518 é saldada por contrapartida daconta 4199 - Outros devedores.

5.3 - Operações em moeda estrangeira

Nos mercados cambiais internacionais convencionou-se que a data valor das operações é o 2.º dia útilapós o dia da negociação da operação. Esta prática também foi a adotada em Portugal. Porém, os princípioscontabilísticos universalmente aceites exigem que as operações fiquem imediatamente registadas na data dasua contratação. Assim, a relevação contabilística de cada operação deve permitir:

O controlo contabilístico das operações, A sua correta representação patrimonial, E as responsabilidades extrapatrimoniais, bem como o acompanhamento periódico do valor das posições cambiais de cada OIC. Cada operação deve ser registada exclusivamente nas subcontas das moedas da transação.

5.3.1 - Operações à vista (Spot)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 66/85

No dia da transação a conta de posição cambial (conta 591) à vista deve imediatamente registar anatureza e o valor da operação contratada. A responsabilidade contraída deve igualmente ser registada emcontas extrapatrimoniais. Na data valor (liquidação) o movimento em contas internas (conta 591) deve ser saldado porcontrapartida de disponibilidades, e anulando o registo em contas extrapatrimoniais. Diariamente as posições cambiais à vista terão de ser reavaliadas em função dos valores diários demercado de cada moeda por contrapartida das respetivas contas de resultados.

5.3.2 - Operações a prazo (Forward)

No dia da transação as contas extrapatrimoniais registam a responsabilidade assumida. De acordo com os critérios definidos no prospeto completo do OIC, procede-se ao registo decorrente dareavaliação do forward, movimentado a conta "583 - Ajustamento de Margens", por contrapartida darespetiva conta de custos ou proveitos. Na data de vencimento, a conta de acréscimos e diferimentos salda por contrapartida dedisponibilidades, anulando-se o registo em contas extrapatrimoniais.

5.3.3 - Operações de swap de moeda

Trata-se de uma troca temporária de moedas, podendo igualmente incorporar uma troca de jurosperiódica entre as moedas envolvidas na operação, ao longo da vida do swap. A valorização de swap cambialpode ser reproduzida pela valorização de uma posição longa numa obrigação denominada numa dessasmoedas e uma posição curta na outra. O swap deverá, pois, ser reavaliado diariamente ou com aperiodicidade que o OIC deva ser reavaliado, sendo levadas às respetivas contas de resultados todas as valiaspotenciais. Paralelamente, devem ser reconhecidos os juros implícitos em cada período (prémio ou desconto), queserão trocados no final de cada um desses períodos. A contabilização dos fluxos reais ou potenciais inerentes a este tipo de operações comporta os seguintesmovimentos:

i) Na data da contratação da operação

Registo da responsabilidade incorrida nas correspondentes contas extrapatrimoniais. Esteregisto deve ser efetuado pelo valor "nocional" do swap, expresso na moeda de denominação do OIC.

ii) Na data da liquidação financeira da operação "à vista" Troca dos montantes expressos em cada uma das moedas, registando o facto nas contas internas(operações de swap a prazo)

iii) Diariamente ou com a periodicidade que o OIC deva ser reavaliado

Devem ser considerados dois tipos de factos patrimoniais: com a natureza de ajustamentos decotação e com a natureza de juro. O primeiro refere-se ao registo das mais e menos valias potenciais decorrentes da reavaliaçãodo swap, devendo ser movimentadas as contas de regularização (583) por contrapartida das correspondentescontas de resultados (73 ou 83). Paralelamente, a troca periódica de juros deve ser reconhecida nas respetivas contas deresultados (71 ou 81), por contrapartida de proveitos a receber ou de custos a pagar (classe 5).

iv) Datas de troca dos cash-flows periódicos (juros)

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 67/85

Contabiliza-se o recebimento ou pagamento do diferencial de juros, anulando-se as contas deproveitos a receber ou de custos a pagar.

v) Dois dias úteis anteriores à maturidade ou reversão do swap

Transferência, dentro das contas transitórias (classe 5) do valor inscrito na conta "operações deswap a prazo" para a conta de "operações de swap à vista".

vi) Maturidade

Na maturidade da operação procede-se ao registo do recebimento ou pagamento dos juros quevieram a ser reconhecidos ao longo do último período. Procede-se, igualmente, ao registo da troca das moedas, anulando as contas internas e aresponsabilidade inscrita em contas extrapatrimoniais. Em caso da operação ser revertida antes da sua maturidade, procede-se ainda à anulação dosganhos ou perdas decorrentes da avaliação do swap, registados na conta 583 - Ajustamento de Margens,respetiva subconta.

5.4 - Operações a prazo

O desenvolvimento e utilização de instrumentos financeiros derivados na gestão de OIC requer umacompanhamento específico destes instrumentos financeiros. Apesar da sua complexidade, as contas das instituições não podem deixar de refletir a realidadeeconómica dessas operações, a quantificação dos riscos em que incorrem e os resultados obtidos. Esses resultados devem registar-se em função da evolução do valor de mercado, consagrando, destaforma, o critério do "mark-to-market".

5.4.1 - Contratos a prazo de taxa de juro ("FRAs")

Entende-se por "FRA" um contrato futuro sobre taxas de juro de curto prazo, realizado fora de ummercado regulamentado. No dia da contratação deve registar-se na respetiva conta extrapatrimonial (classe 9) a responsabilidadecontraída. Este registo é feito pelo valor "nocional" do contrato. Diariamente ou com a periodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação, o contrato éobjeto de reavaliação até à sua liquidação utilizando-se as respetivas contas da classe 5 (conta 59 - Contastransitórias, respetiva subconta e conta 583 - Ajustamento de Margens, respetiva subconta). Na data da liquidação, as importâncias recebidas ou pagas são registadas pelo saldo na classe 5,anulando-se, também, os registos feitos nas contas extrapatrimoniais. O respetivo custo ou proveito diferido deve ser registado diariamente ou com a periodicidade com que oOIC valorize a sua unidade de participação por contrapartida de contas de resultados (classe 7 ou 8).

5.4.2 - Operações de "swap" de taxa de juro ("IRS")

Entende-se por swap de taxa de juro, um contrato entre duas partes, em que estas acordam trocar fluxosde juros, calculados sobre um valor teórico do contrato, sendo um dos fluxos baseado numa taxa fixa durantetoda a vida do contrato e o outro baseado numa taxa que varia periodicamente conforme a evolução nomercado do indexante acordado. Desta forma, a sua avaliação pode ser reproduzida pela posição longa numaobrigação de taxa fixa (variável) e por posição curta numa obrigação de taxa variável (fixa).

i) Na data de operação

Registo da responsabilidade incorrida nas correspondentes contas extrapatrimoniais, pelo valor

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 68/85

"nocional" do swap.

ii) Diariamente ou com a periodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação

Tal como no caso dos swaps cambiais, devem ser considerados dois tipos de factospatrimoniais: com a natureza de capital e com a natureza de juro. O primeiro refere-se ao registo das mais e menos valias potenciais decorrentes da reavaliaçãodiária do swap, devendo ser movimentadas as contas de acréscimos e diferimentos (583) por contrapartidadas correspondentes contas de resultados. Paralelamente, os fluxos a trocar no final de cada período devem ser reconhecidos nasrespetivas contas de resultados com caráter de juro ou equiparado, por contrapartida de proveitos a receber(em caso de prémio) ou de custos a pagar (em caso desconto).

iii) Datas de troca dos cash-flows periódicos (juros)

Contabiliza-se o recebimento ou pagamento do diferencial de juros, anulando-se as contas deproveitos a receber ou de custos a pagar.

iv) Maturidade

Na maturidade da operação procede-se ao registo do recebimento ou pagamento (conforme setrate de prémio ou desconto) que veio sendo reconhecido ao longo do último período. Procede-se, igualmente, à anulação da responsabilidade inscrita em contas extrapatrimoniais. Em caso da operação ser revertida antes da sua maturidade, dever-se-á ainda proceder àanulação dos ganhos ou perdas decorrentes da avaliação do swap, registados na conta 583 - Ajustamento deMargens, respetiva subconta.

5.4.3 - Opções

Entende-se por opção o direito adquirido (mas não a obrigação) de comprar ou vender um instrumentofinanceiro (moeda, taxa de juro, ações ou índice de cotações) por um preço acordado para um certo períodode tempo. As posições longas e curtas nestes instrumentos devem figurar ao nível da carteira (classe 2) pelorespetivo valor (prémio). A variação do valor da opção deve ser reconhecida diariamente ou com a periodicidade com que o OICvalorize a sua unidade de participação nas respetivas contas de custos ou proveitos do exercício. A contabilização de opções de estilo americano segue os mesmos trâmites das opções de estilo europeu,existindo apenas a possibilidade de exercício antecipado, o que, ao nível do impacto contabilístico, resultatambém numa antecipação dos lançamentos a efetuar no vencimento de uma opção do estilo europeu.

Comprador da opção:

i) Na data de operação

Registo da responsabilidade incorrida nas correspondentes contas extrapatrimoniais. Esteregisto deve ser efetuado pelo preço de exercício. O prémio pago deve ser registado na respetiva conta de carteira do OIC (classe 2, conta 254,respetiva subconta).

ii) Diariamente ou com a periodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação

O contrato de opção deve ser reavaliado diariamente ao seu valor de mercado, de acordo com oscritérios estabelecidos no prospeto completo do OIC. Para contratos não admitidos à negociação nummercado regulamentado, todos os parâmetros a utilizar nos modelos de valorização definidos no prospetocompleto do OIC devem ser tomados a partir do seu comportamento no mercado (preço e volatilidade dosubjacente, taxa de juro). O montante de mais ou menos valias resultantes da reavaliação deve ser levado à conta de

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 69/85

carteira "28 - Mais e Menos Valias de Títulos", por contrapartida da correspondente conta de custos ouproveitos.

iii) Expiração ou reversão

Na maturidade da opção, na eventualidade do seu exercício (opção in-the-money), anula-se aconta de carteira (onde se havia registado o prémio no início do contrato) e de mais e menos valias de títulos(conta 28), por contrapartida da conta de Disponibilidades. Considerando a sua expiração out-the-money,apenas se procede à anulação do saldo da conta de carteira, por contrapartida da conta de ajustamento demais e menos valias de títulos (conta 28), pois neste caso os respetivos saldos são coincidentes. Procede-se, igualmente, à anulação da responsabilidade inscrita em contas extrapatrimoniais. Em caso da operação ser revertida, através da sua venda no mercado, por exercício contratualde cláusulas de reversão ou outras quaisquer, para além dos lançamentos referidos para o caso de expiraçãoin-the-money, há ainda que registar a mais ou menos valia, incorrida desde a última avaliação até aomomento da reversão, nas respetivas contas de custos ou proveitos.

Vendedor da opção:

Na data de operação, os registos extrapatrimoniais são idênticos ao caso da posição longa. O prémiorecebido deve ser registado na respetiva conta de carteira (254 - Opções, respetiva subconta). Caso sejaaplicável, deverá ser efetuado o registo da margem inicial devida pelo vendedor da opção na respetiva contade terceiros (conta 415 - Devedores por Operações Sobre Opções), o qual deverá ser mantido até àmaturidade, reversão ou expiração do contrato. Diariamente ou com a periodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação e nomomento da expiração ou reversão, os procedimentos contabilísticos são análogos à posição longa emopções.

5.4.4 - Operações com contratos de "futuros"

Um contrato de futuro é um acordo realizado num mercado organizado em bolsa, pelo qual as partes seobrigam a trocar um determinado instrumento financeiro (moeda, taxa de juro, ações ou índices de cotações)com entrega e preço previamente acordados. No dia da transação essa responsabilidade deve imediatamente ser refletida em contas extrapatrimoniaispelo valor do contrato. A margem inicial deve ser registada em contas de terceiros na classe 4, bem como os eventuais reforços(ajustamentos de margens). Os contratos são reavaliados em função dos preços desses contratos na bolsa onde foram transacionados,registando as eventuais flutuações de valor nas respetivas contas de acréscimos e diferimentos da classe 5(conta 583 - Ajustamentos de Margens), por contrapartida das contas de resultados respetivas. Caso o contrato seja revertido antes do respetivo vencimento ou levado até esta data, haverá necessidadede anular os registos feitos na classe 9, para além dos relativos à sua liquidação física ou financeira. Tratando-se de um contrato futuro de moeda a conta da posição cambial a prazo deve também sermovimentada registando o valor e a natureza da operação, sendo por isso reavaliada globalmente com asrestantes operações cambiais a prazo.

5.5 - Outras operações

5.5.1 - Subscrições de títulos

Existindo normalmente um desfasamento temporal entre a data de decisão de subscrição de títulos nomercado primário e a data da sua liquidação financeira, esse compromisso é registado de imediato narespetiva conta da classe 9.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 70/85

5.5.2 - Operações a prazo de títulos

No intervalo de tempo compreendido entre a data a que se reporta a operação e a data da efetivaliquidação, o compromisso assumido perante terceiros é registado na competente conta da classe 9.

5.5.3 - Operações de reporte de valores do OIC

De acordo com as condições e limites definidos em Regulamento da CMVM, as entidades responsáveispela gestão podem realizar, por conta dos OIC que administram, operações de reporte de valores.Concretamente, o OIC pode entrar neste tipo de operações a vender valores integrantes da sua carteira,assumindo o compromisso de os recomprar numa data futura e a um determinado preço, previamentedefinidos. De forma inversa, o OIC poderá tomar (comprar) valores, assumindo o compromisso de osrevender, igualmente numa data futura, a um preço pré-definido. A assunção de uma ou outra posição terá consequências divergentes ao nível contabilístico.

Posição compradora a prazo (cedente de valores):

Nesta situação, os valores cedidos devem permanecer na carteira do OIC e, como tal, devemcontinuar a registar-se todos os factos patrimoniais por eles produzidos, embora a situação em que taisvalores se encontram deva ser relevada através do seu registo em subcontas específicas. Na data da operação, as responsabilidades devem ser expressas em termos de contasextrapatrimoniais, pelo valor da posição a prazo. O recebimento do valor da venda à vista deve ser efetuado por contrapartida da correspondenteconta de terceiros (427 - Credores por Operações de Venda com Acordo de Recompra), sendo a remuneraçãoda operação a pagar pelo OIC ("repo rate") registada em contas de regularização da seguinte forma:

i) Taxa repo paga no final da operação: Diariamente ou com a periodicidade com que o OICvalorize a sua unidade de participação, ao longo da operação, a conta "557 - Operações de Reporte eEmpréstimo de Valores" deve ser creditada por contrapartida da conta de custos respetiva (conta 717). Nofinal da operação, a conta 557 será saldada por contrapartida da respetiva conta de Disponibilidades. ii) Taxa repo paga no início da operação: débito da conta 527 - Operações de Reporte eEmpréstimo de Valores, por contrapartida da respetiva conta de Disponibilidades. Diariamente ou com aperiodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação, ao longo da operação, a conta 527 deveser creditada por contrapartida da conta de custos respetiva (conta 717).

Finalmente, no vencimento, procede-se à anulação das contas extrapatrimoniais, sendo igualmenteregistada a recompra dos valores.

Posição vendedora a prazo (cedente de fundos):

Neste caso, os valores tomados em repo não integram a carteira do OIC, pelo que os factospatrimoniais por estes gerados também não apresentam qualquer influência na situação patrimonial do OIC. Assim, na data da operação, e para além do seu reflexo em contas extrapatrimoniais, procede-se aoregisto da posição a prazo em contas de terceiros (417 - Operações de Reporte e Empréstimo de Valores), porcontrapartida da conta de depósitos e de regularizações, na parte respeitante à taxa repo a receber pelo OIC.A contabilização deste facto patrimonial processar-se-á da seguinte forma:

i) Taxa repo recebida no final da operação: Diariamente ou com a periodicidade com que oOIC valorize a sua unidade de participação, ao longo da operação, movimenta-se a débito a conta "5171 -Operações de Compra com Acordo de Revenda", por contrapartida da respetiva conta de proveitos (conta817), sendo a 517 movimentada por contrapartida da respetiva conta de Disponibilidades, no final da mesma. ii) Taxa repo recebida no início da operação: movimentação a débito da conta "567 - Operaçõesde Reporte e Empréstimo de Valores", por contrapartida da conta de disponibilidades respetiva. Diariamenteou com a periodicidade com que o OIC valorize a sua unidade de participação, ao longo da operação, a conta567 deve ser creditada por contrapartida da respetiva conta de proveitos (conta 817).

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 71/85

No vencimento, procede-se à anulação das contas extrapatrimoniais, sendo igualmente registada arevenda dos valores.

5.5.3 - Operações de empréstimo de valores do OIC

Com exceção dos procedimentos contabilísticos relativos à alienação e aquisição posterior dos valoressubjacentes à operação, todos os outros lançamentos são análogos aos estabelecidos para as operações devenda com acordo de recompra e vice-versa, com as adaptações resultantes do facto da remuneração doempréstimo assumir um caráter de ganho de capital (pelo que será registado ao nível da conta 837).

CAPÍTULO 6 - Demonstrações financeiras

6.1 - Introdução

Como já anteriormente foi referido, é objetivo do sistema contabilístico a recolha, registo e tratamento dosfactos decorrentes das operações realizadas pelas organizações, por forma a elaborar demonstrações económico-financeiras que revelem:

A situação patrimonial e financeira, bem como o grau de cumprimento das obrigações para com terceiros; A situação económica e a capacidade de gerar excedentes; A forma como se gera e se utiliza o dinheiro em determinados períodos.

Para tal, preconiza-se a preparação de três categorias de demonstrações financeiras:

Balanço; Demonstração dos Resultados; Demonstração dos Fluxos de Caixa. e respetivas divulgações. As demonstrações financeiras devem ser apresentadas em conjunto com o relatório de gestão do OIC, o qualdeve conter, para além do que decorra de disposições legais ou regulamentares, os seguintes elementos:

Descrição objetiva e lícita sobre o enquadramento macro-económico relativo ao OIC; Indicação do número de unidades de participação em circulação e o seu valor unitário no final de cada umdos últimos 5 anos civis ou, caso não seja aplicável, no final dos anos civis desde o seu início de atividade; Evolução da rendibilidade e risco do OIC nos últimos dez anos civis ou, caso não seja aplicável, nos anoscivis completos desde o seu início da atividade, de acordo com as regras de cálculo de medidas de rendibilidade erisco definidas em regulamento; Indicação nos três últimos anos civis, com particular ênfase no exercício a que respeita:

Do volume sob gestão;

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 72/85

Da política de investimentos; Dos mercados onde o OIC investe e respetivas condições de acesso, nomeadamente no que respeita acustos de transação; Dos custos e proveitos do OIC, com particular ênfase nas comissões suportadas pelo OIC e pelosparticipantes; Descrição dos factos relevantes ocorridos após o termo do exercício e a evolução previsível daatividade do OIC.

Por constituírem um instrumento de informação não apenas para a gestão, mas também para utilizadoresexternos, refira-se o disposto no n.º 1 do artigo 2.º da Diretiva n.º 78/660/CEE, adotada em 25 de julho de 1978 peloConselho das Comunidades Europeias e geralmente conhecida por 4.ª Diretiva da UE, a qual refere que aqueles trêsdocumentos devem ser considerados como um todo, proporcionando a informação necessária com vista a:

Proteger os interesses dos participantes e de terceiros; Garantir uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e patrimonial e dos resultados obtidosno exercício da atividade; Assegurar a comparabilidade das informações financeiras, não só no interesse de cada unidade, mastambém do setor e, consequentemente nacional; Estabelecer regras de divulgação pública, por forma a garantir uma uniformidade nos documentos adivulgar, assim como a sua leitura.

Tendo em consideração que as contas anuais devem dar uma imagem verdadeira e apropriada da posiçãofinanceira e dos resultados das operações do OIC, estabelece-se, neste capítulo, esquemas de modelos obrigatóriospara a elaboração do Balanço, da Demonstração dos Resultados e da Demonstração dos Fluxos de caixa. Nocapítulo seguinte serão identificadas as informações a divulgar em notas anexas aos mesmos.

6.2 - Características da informação contabilística

A informação deve ser compreensível aos que desejem analisar e avaliar, ajudando-os, a distinguir quem gere deforma eficiente ou não, a conhecer os resultados obtidos no exercício da atividade e a identificar a responsabilidadepresente e futura pelos recursos que lhe foram confiados e pelas operações realizadas ou comprometidas. Os utilizadores da informação financeira proporcionada pelos OIC são, mais especificamente, os seguintes:

Os participantes (investidores); Os gestores; Os credores; Os organismos e entidades de supervisão e controlo; O público em geral.

A responsabilidade pela preparação da informação financeira e da sua apresentação é das entidades responsáveispela gestão do OIC. Por este motivo, constituem um dos principais interessados não apenas nessa informação, mastambém em todos os elementos que as ajudem a executar e cumprir as responsabilidades inerentes à sua missão. Adotam-se como características qualitativas da informação financeira, as divulgadas no sistema contabilístico aque estão subordinadas as empresas comerciais, constituindo qualidade fundamental a sua compreensibilidade pelosdiversos utilizadores. Mais especificamente, constituem características fundamentais:

A relevância; A fiabilidade;

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 73/85

A comparabilidade.

A relevância tem a ver com a capacidade da informação em influenciar as decisões dos seus utilizadores,ajudando-os a avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou a corrigir as suasavaliações passadas. A objetividade e rapidez da informação constituem os elementos fundamentais para a suarelevância. Assim, uma informação deixa de ser relevante quando a sua omissão ou erro não influenciar a decisão do gestor,ou quando não for tempestivamente relatada, isto é, houver demoras no seu relato. A relevância está muito ligada àutilidade da informação financeira, pelo que a oportunidade na sua divulgação e a objetividade para que sejacompreensível ao utilizador, constituem fatores críticos desta característica. Tendo em atenção esta característica, foi dado particular desenvolvimento ao registo dos factosextrapatrimoniais e à explicitação em quadros das divulgações da respetiva exposição ao risco, pelo que asdemonstrações financeiras e divulgações, devem ser consideradas como um todo. A fiabilidade consiste na característica que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de juízosprévios. Assim, deve ser capaz de evidenciar de forma apropriada a realidade que tem por finalidade representar ouse espera que represente. Para que a informação seja fiável, os factos devem ser registados de acordo com a sua substância e realidadeeconómica e financeira e não apenas com base na sua forma legal ou documental. A neutralidade e a objetividadedos princípios e critérios utilizados nos registos das operações, constituem requisitos fundamentais para a obtençãode informação fiável. A existência de informação relevante e fiável reduz o risco e maximiza a sua utilidade aos diferentesutilizadores. A comparabilidade deve ser entendida como a característica da informação financeira em ser confrontada comos impactos financeiros de operações similares quer no tempo, quer no espaço. A comparabilidade no tempo leva a que, numa dada unidade, os factos sejam registados de forma consistente aolongo dos vários períodos. Desta forma, será possível acompanhar, durante a sua vida, a evolução e tendências naposição financeira e nos resultados das operações realizadas. A comparabilidade no espaço permite que a posição financeira e os resultados de uma determinada unidadepossam ser confrontados com unidades com atividade equivalente e analisadas no âmbito de um setor, pelo quetodas deverão adotar sistemas normalizados assentes em princípios, critérios e regras comummente aceites. Contudo, esta normalização não pode significar uniformização total, nem tão pouco um meio que constituaimpedimento à introdução de conceitos, princípios e técnicas contabilísticas mais aperfeiçoadas. Uma entidade nãose vê forçada a contabilizar da mesma maneira uma dada operação ou facto, se a política contabilística adotadapermitir obter a informação requerida de forma também relevante e fiável. Em síntese, podemos referir que estas características, aplicadas conjuntamente com regras, princípios e critérioscontabilísticos adequados, permitem a obtenção de demonstrações financeiras capazes de proporcionar uma imagemverdadeira e apropriada da posição financeira e dos resultados das operações do OIC.

6.3 - Balanço

Numa perspetiva financeira, o Balanço traduz um conjunto de aplicações de capital, bem como ascorrespondentes origens. Trata-se então, duma demonstração de todas as aplicações de capital (1.º membro),nomeadamente, em títulos, em dívidas de terceiros, em aplicações monetárias, etc., e das fontes de financiamento(origens) dessas aplicações (2.º membro), nomeadamente, participantes, resultados gerados pelo exercício daatividade e credores diversos. A forma de representação, para além de refletir esta perspetiva, aproxima-se da estrutura preconizada na 4.ªDiretiva do Conselho, na medida em que: O modelo apresenta uma disposição vertical com determinada sucessão de grupos homogéneos de elementos

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 74/85

ativos e passivos, de forma a comparar as aplicações de OIC (Ativo), com as correspondentes origens (Capital ePassivo). A estrutura do Balanço é obrigatória, pelo que se indica a correspondência de cada um dos seus elementos comas contas do plano. Os elementos do Ativo são estruturados de acordo com o seu destino ou aplicação e tendo em conta a sua ordemnatural neste tipo de atividade. O mesmo em relação ao Passivo, mas tendo em atenção a sua origem. Evidencia, fácil e inequivocamente ovalor líquido do OIC, para além das provisões para riscos e encargos, das dívidas do OIC e das regularizaçõespassivas. Alguns grupos homogéneos do Balanço serão desenvolvidos nas divulgações, mas observando a mesmaestrutura e forma de apresentação da informação. Os aumentos e reduções dos elementos Ativos deverão serindicados nas correspondentes rubricas do Ativo e nas colunas previstas para o efeito. Relativamente ao valor líquido do OIC, evidencia-se não apenas o seu valor base, mas também as suasvariações, quer resultantes de operações de capital (resgates, subscrições ou outras), quer dos resultados de gestão(lucros ou prejuízos acumulados e do período). A inequívoca apresentação do número de unidades de participação e do respetivo valor unitário é requeridaporque constitui um dos objetivos fundamentais da gestão dos OIC. Apresenta-se de seguida o modelo de Balanço que, para melhor informação dos utilizadores, inclui as quantiascorrespondentes ao ano anterior.

6.4 - Demonstração dos resultados

Esta demonstração tem por finalidade evidenciar os resultados (lucros ou prejuízos) obtidos na atividade doOIC. Apresenta-se sob a forma de quadro demonstrativo dos resultados apurados, discriminando os custos e osproveitos segundo a sua natureza. Também, à semelhança do Balanço, o modelo de Demonstração dos Resultados apresenta uma estruturapróxima da preconizada na 4.ª Diretiva do Conselho, isto é, aquela que apresenta, em disposição horizontal os custose os proveitos classificados por natureza. Tal como o Balanço, esta demonstração financeira inclui as quantias correspondentes ao ano anterior. A estrutura da demonstração visa identificar as naturezas dos resultados do período, nomeadamente:

Resultados correntes, ou seja, o lucro ou prejuízo decorrente das operações normais do OIC, ou seja dosproveitos e custos diretamente relacionados com a sua atividade, nomeadamente:

Proveitos e ganhos correntes (juros e proveitos equiparados, rendimentos de títulos e outros ativos,ganhos em operações financeiras, reposição e anulação de provisões e outros). Custos e perdas correntes (juros e custos equiparados, comissões suportadas, perdas em operaçõesfinanceiras, impostos, constituição e reforço de provisões e outros). Resultados eventuais, os decorrentes de factos ou operações de caráter ocasional ou acidental e que,por isso, a sua ocorrência tem reduzido grau de previsibilidade (incobrabilidade de valores, correções a exercíciosanteriores, penalidades, ganhos e perdas extraordinários).

A estrutura dos resultados supra permite conhecer, para além dos dois grandes grupos mencionados, ainda:

Resultados da carteira de títulos e de outros ativos (rendimentos e encargos correntes direta e

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 75/85

inequivocamente relacionados com a detenção da carteira de títulos e de outros ativos) Resultados das operações extrapatrimoniais (idem relativamente às operações extra balanço) Resultados antes de imposto sobre o rendimento (soma dos Resultados Correntes e Eventuais com o valordo imposto sobre o rendimento) Resultado líquido do período, o qual constará no Balanço no grupo homogéneo relativo ao capital do OIC.

Apresenta-se de seguida o modelo a adotar. A estrutura é obrigatória, pelo que se indica a correspondência decada um dos seus elementos com as contas do plano.

6.5 - Demonstração dos fluxos de caixa

6.5.1 - Características

Para além do conhecimento da situação financeira e dos resultados gerados, assume também relevânciapara os utilizadores da informação financeira o conhecimento da forma como é obtido e utilizado o dinheironum determinado período. É sabido que nem sempre existe uma correlação direta entre os resultados apurados e os fluxos de caixa.Por exemplo, o facto de um OIC apurar lucros não significa necessariamente que disponha de dinheiro para,designadamente, distribuir rendimentos ou investir. A informação acerca dos fluxos de caixa reveste-se de grande utilidade, pois permite aos utilizadores dasdemonstrações financeiras, por um lado, conhecer as origens de dinheiro durante um determinado período detempo e, por outro lado, verificar o destino que lhe foi dado. A Demonstração dos Fluxos de Caixa, como parte integrante das demonstrações financeiras do OIC,permite aos utilizadores melhorar o conhecimento das variações ocorridas na posição financeira e acapacidade de gerar meios de pagamento e em que tempo, com vista designadamente, a adaptar-se asituações de mudança. Por fluxos de caixa entende-se os recebimentos (entradas em contas de disponibilidades, com exceçãodas quantias transferidas de outras contas da mesma natureza) e os pagamentos (saídas das contas dedisponibilidades, com exceção das importâncias transferidas para outras contas da mesma natureza); Os fluxos de caixa devem ser classificados de acordo com o tipo de operação que os originou. Os tiposde operação identificados na demonstração dos fluxos de caixa são os seguintes:

Operações sobre as unidades do OIC; Operações da carteira de títulos e outros ativos à vista; Operações a prazo e de divisas; Operações de gestão corrente; Operações eventuais.

1 - Operações sobre as unidades do OIC que dizem respeito aos fluxos de entrada e saída de meiosmonetários em consequência de operações com os participantes, incluindo a distribuição de rendimentos. Atítulo de exemplo, serão de incluir neste grupo, os fluxos de caixa resultantes de:

Pagamentos por resgates de unidades de participação; Recebimentos pela subscrição de unidades de participação; Pagamentos por distribuição de rendimentos aos participantes.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 76/85

2 - Operações da carteira de títulos e outros ativos à vista dizem respeito a todos os fluxos derecebimentos e pagamentos diretamente relacionados com a gestão da carteira, incluindo os custos e perdas eos proveitos e ganhos dela decorrente. Assim, contempla os fluxos de caixa resultantes de:

Pagamentos por aquisições de aplicações financeiras; Recebimentos pela venda de aplicações financeiras; Recebimentos por rendimentos de títulos e outros ativos; Pagamentos por comissões de corretagem.

3 - Operações a prazo e de divisas que dizem respeito a todos os fluxos de recebimentos e pagamentosrelacionados com operações a prazo sobre instrumentos financeiros, e com divisas, incluindo os resultadosgerados. Assim, engloba os fluxos de caixa relativos a:

Pagamentos de comissões em contratos de futuros; Recebimentos de prémios num contrato de opções; Recebimentos cambiais num contrato s/câmbio.

4 - Operações de gestão corrente que correspondem a todos os recebimentos e pagamentos nãocontemplados nos grupos anteriores e que não tenham a natureza eventual. Estão, neste caso, entre outros, osseguintes factos:

Pagamentos da comissão de gestão; Recebimentos de juros de depósitos a prazo; Pagamentos de juros devedores de depósitos à ordem.

5 - Operações eventuais que dizem respeito a todos os fluxos de recebimentos e pagamentos decorrentesde factos ocasionais ou acidentais e registados nas correspondentes contas de resultados. Assim, contemplaos fluxos de caixa resultantes de:

Pagamentos por perdas imputáveis a exercícios anteriores; Recebimentos de ganhos extraordinários.

Tecnicamente, os componentes dos recebimentos e dos pagamentos acima mencionados, podem serobtidos por uma de duas vias:

i) Diretamente do registo contabilístico das operações, mediante a adoção de rubricas apropriadas(por exemplo, através da criação de um subsistema informativo integrado no sistema de contas ou dadefinição de uma tabela associada aos movimentos das contas de disponibilidades); ii) Pelo ajustamento das rubricas constantes da Demonstração dos Resultados pelas contas ativas epassivas que lhe estejam associadas, por forma a deduzir os proveitos ainda não recebidos e os custos aindanão pagos. A esse ajustamento haveria que acrescentar as restantes variações de balanço representativas derecebimentos e de pagamentos não refletidos nos resultados.

6.5.2 - Tratamento específico de algumas situações

Os fluxos de caixa provenientes de operações em moeda estrangeira devem ser registados em Euros,pela aplicação da taxa de câmbio à data dos respetivos recebimentos ou pagamentos. Os fluxos monetários relacionados com as rubricas eventuais são classificados e divulgados em grupopróprio e autónomo, a fim de habilitar os utilizadores a compreender a sua natureza e os seus efeitos, atual efuturo. Os juros, comissões e taxas pagos e os juros, dividendos e outros rendimentos recebidos devem serclassificados como um componente dos fluxos de caixa em cada um dos grupos das operações a quecorrespondem, por forma a obter-se uma imagem mais apropriada dos impactos dessas operações. Os fluxos de caixa relativos a imposto sobre o rendimento, quando os haja, devem ser considerados nogrupo das operações que os originaram, salvo os que não puderem ser especificamente identificados, os quaisserão considerados nas operações de gestão corrente. Nas situações de retenção na fonte, pode registar-se a

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 77/85

operação pelo seu valor líquido. As operações que não exijam a utilização de meios monetários devem ser excluídas da Demonstraçãodos Fluxos de Caixa. Esta exclusão da Demonstração dos Fluxos de Caixa é consistente com o objetivo destademonstração financeira, dado que esses elementos não envolvem recebimentos ou pagamentos no períodoem causa. Também não devem ser considerados na Demonstração dos Fluxos de Caixa as operações que se limitama transferência de valores entre as contas de disponibilidades, constituição de depósitos a prazo a partir decontas de depósitos à ordem, etc. Contudo, os custos ou proveitos gerados pelas contas de disponibilidades jádevem ser considerados nas Demonstração dos Fluxos de Caixa no grupo de operações de gestão corrente.

6.5.3 - Modelo da demonstração dos fluxos de caixa

Por ser desejável assegurar a uniformidade da demonstração dos fluxos de caixa, apresenta-se de seguidaum modelo mínimo a que deverá subordinar-se a sua divulgação. Admite-se, assim, a criação de rubricas noscasos evidenciados por reticências.

6.5.4 - Tabela auxiliar para construção da demonstração dos fluxos de caixa

Das duas alternativas mencionadas para obtenção dos valores a inscrever nas rubricas destademonstração financeira, preconiza-se a que se baseia no registo contabilístico das operações, mediante adefinição de uma tabela associada aos movimentos das contas de disponibilidades. Assim, no momento de lançamento das contas de disponibilidades, particularmente contas de depósitos àordem, o sistema informático deve prever o preenchimento de um atributo adicional a que corresponde umficheiro (tabela) que contempla os vários tipos de operações previstos no quadro supra e que serão utilizadosna sua elaboração. A título exemplificativo, apresenta-se uma possível lista de códigos de atributos monetários a afetar,como se referiu, nos registos de entradas e saídas das contas de disponibilidades, utilizando um sistemaalfanumérico até 4 campos.

Lista de códigos de fluxos de caixa

RF - Recebimentos de operações s/unidades do OIC

RF01 - Subscrição de unidades de participação RF02 - Subscrição de ações - categoria especial RF03 - Outras operações com acionistas RF04 - Comissão de subscrição RF05 - Comissão de resgate ... RF99 - Outros recebimentos s/unidades do OIC

PF - Pagamentos de operações s/unidades do OIC

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 78/85

PF01 - Resgates de unidades de participação PF02 - Rendimentos pagos aos participantes PF03 - Reembolso de ações - categoria especial PF04 - Rendimentos pagos aos acionistas - categoria especial PF05 - Outras operações com acionistas ... PF99 - Outros pagamentos s/ unidades do OIC

RT - Recebimentos de operações com a carteira de títulos

RT01 - Vendas de títulos e outros ativos da carteira RT02 - Reembolsos de títulos e outros ativos da carteira RT03 - Resgates de unidades de participação noutros OIC RT04 - Rendimentos de títulos e outros ativos da carteira RT05 - Vendas de títulos e outros ativos com acordo de recompra RT06 - Juros e proveitos similares RT07 - Ativos Fixos Tangíveis RT08 - Ativos Intangíveis ... RT99 - Outros recebimentos relacionados com a carteira

PT - Pagamentos de operações com a carteira de títulos

PT01 - Compras de títulos e outros ativos da carteira PT02 - Subscrições de títulos e outros ativos da carteira PT03 - Subscrições de unidades de participação noutros OIC PT04 - Comissões de bolsa suportadas PT05 - Vendas de títulos e outros ativos com acordo de recompra PT06 - Juros e custos similares PT07 - Comissões de corretagem PT08 - Outras comissões e taxas PT09 - Ativos Fixos Tangíveis PT10 - Ativos Intangíveis ... PT99 - Outros pagamentos com a carteira de títulos

RP - Recebimentos de operações a prazo e de divisas

RP01 - Juros e proveitos similares recebidos RP02 - Operações cambiais RP03 - Operações de taxa de juro RP04 - Operações sobre cotações RP05 - Margem inicial em contratos de futuros e opções, recebida RP06 - Comissões recebidas em contratos de opções RP07 - Outras comissões recebidas em operações a prazo e de divisas ... RP99 - Outros recebimentos de operações a prazo e de divisas

PP - Pagamentos de operações a prazo e de divisas

PP01 - Juros e proveitos similares pagos

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 79/85

PP02 - Operações cambiais PP03 - Operações de taxa de juro PP04 - Operações sobre cotações PP05 - Margem inicial em contratos de futuros e opções, paga PP06 - Comissões pagas em contratos de opções PP07 - Outras comissões pagas em operações a prazo e de divisas ... PP99 - Outros pagamentos de operações a prazo e de divisas

RC - Recebimentos em operações de gestão corrente

RC01 - Cobranças de crédito vencido RC02 - Compras com acordo de revenda RC03 - Juros de depósitos bancários RC04 - Juros de certificados de depósito RC05 - Rendimentos de outras contas de disponibilidades RC06 - Contração de empréstimos RC07 - Comissões em operações de empréstimo de títulos RC08 - Empréstimos obtidos RC09 - Pessoal ... RC99 - Outros recebimentos com operações de gestão corrente

PC - Pagamentos em operações de gestão corrente

PC01 - Despesas com crédito vencido PC02 - Comissão de garantia PC03 - Compras com acordo de revenda PC04 - Juros de disponibilidades e empréstimos PC05 - Comissão de gestão PC06 - Comissão de depósito PC07 - Impostos e taxas PC08 - Reembolso de empréstimos obtidos PC09 - Pessoal ... PC99 - Outros pagamentos com operações de gestão corrente

RE - Recebimentos em operações eventuais

RE01 - Ganhos extraordinários RE02 - Valores atribuíveis a exercícios anteriores RE03 - Recuperação de valores incobráveis ... RE99 - Outros recebimentos com operações eventuais

PE - Pagamentos em operações eventuais

PE01 - Perdas extraordinárias PE02 - Valores atribuíveis a exercícios anteriores ... PE99 - Outros pagamentos com operações eventuais"

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 80/85

Divulgações

As contas dos OIC devem dar uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação financeira e dos resultadosdas operações. Ao proporcionarem uma informação de grande síntese, a leitura e interpretação dos conteúdos doBalanço, da Demonstração dos Resultados e da Demonstração dos Fluxos de Caixa dificulta que, por si só, seobtenha tal imagem. Por esse motivo a necessidade em complementar tais informações com outras, dadas de forma narrativa ouatravés de mapas, as quais constituem as presentes divulgações às demonstrações financeiras de síntese. As divulgações abrangem dois tipos de informações:

Umas que se destinam a desenvolver e a comentar quantias incluídas nas demonstrações financeirasdefinidas no capítulo anterior; Outras que se destinam a divulgar factos ou situações que, não tendo expressão naquelas, são úteis para osutilizadores das informações dos organismos de investimento coletivo, por influenciarem ou poderem vir ainfluenciar as suas decisões.

Assim sendo, pode afirmar-se que a qualidade da informação financeira dos organismos de investimentocoletivo está muito dependente do conteúdo das notas divulgadas. Todavia, o conteúdo das divulgações deve serdiferenciado nos documentos de prestação de contas anual e semestral, quanto à quantidade da informação a incluir.

Nota 1

Número de unidades de participação emitidas, resgatadas e em circulação no período em referência.Comparação do valor líquido global do OIC e da unidade de participação no início e no fim do período emreferência, bem como dos factos geradores das variações ocorridas. Para o efeito, deve elaborar-se um quadro com o seguinte formato:

No caso de OIC que preveem no seu regulamento resgates com valor da primeira avaliação subsequente, deveindicar-se em separado o número de unidades de participação com pedidos de resgate em curso.

Nota 2

Volume de transações do exercício, por tipo de valor mobiliário, aferido pelo preço de realização dosrespetivos negócios, dos montantes de subscrições e resgates, bem como os respetivos valores cobrados a

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 81/85

título de comissões de subscrição e resgate.

Nota 3

Inventário da carteira de títulos, com repartição de acordo com o quadro seguinte e com discriminaçãoao nível dos valores que a compõem, nos termos em que é mensalmente publicada no Boletim de Cotações:

Discriminação da liquidez do OIC. Deve elaborar-se um quadro com o seguinte conteúdo:

Nota 4

Explicitação dos critérios utilizados na valorização dos ativos integrantes da carteira do OIC, incluindoinstrumentos financeiros derivados. Fundamentação das circunstâncias especiais que justificaram a utilização, caso tenha ocorrido, decritérios diferentes dos estabelecidos nos documentos do OIC. Devem tais critérios ser objetivamenteidentificados, bem como o período durante o qual a sua utilização ocorreu.

Nota 5

Resultados obtidos pelo OIC, decorrentes das posições detidas pelos OIC nos mercados a contado e aprazo, bem como de operações destinadas a aumentar a rendibilidade do OIC.

Nota 6

Valor das dívidas de cobrança duvidosa incluídas em cada uma das rubricas de devedores e de carteira. Deve também ser elaborado um quadro com o seguinte conteúdo:

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 82/85

Nota 7

Desdobramento das contas de provisões acumuladas e explicitação dos movimentos ocorridos noexercício, de acordo com um quadro do seguinte tipo

Nota 8

Valor das dívidas a terceiros cobertas por garantias prestadas pelo OIC, com indicação da natureza evalor destas, bem como da sua repartição em conformidade com as rubricas do Balanço. A informação aprestar deve ser divulgada através de um quadro com o modelo seguinte:

Nota 9

Descrição detalhada dos impostos suportados pelo OIC, seguindo a desagregação da conta 74.

Nota 10

Discriminação das responsabilidades com e de terceiros, de acordo com o quadro seguinte:

Nota 11

Para expressar as posições cambiais abertas do OIC nas várias moedas, deve elaborar-se um quadrocomo o seguinte, explicitando os tipos de instrumentos de cobertura utilizados. A posição global deve refletiro montante em moeda diferente do Euro não coberta.

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 83/85

As posições compradas devem evidenciar o sinal (+) e as posições vendidas o sinal (-).

Nota 12

Esta nota deve expressar o total dos ativos com taxa de juro fixa durante toda a vida da operação, bemcomo as operações extrapatrimoniais realizadas para cobertura do risco taxa de juro.

As posições compradas devem evidenciar o sinal (+) e as posições vendidas o sinal (-).

Nota 13

Esta nota deve expressar a composição da carteira de ações, as operações de cobertura do riscorealizadas (extrapatrimoniais), bem como a posição de risco não coberta.

As posições compradas devem evidenciar o sinal (+) e as posições vendidas o sinal (-).

Nota 14

Para os organismos de investimento coletivo que utilizem metodologias de quantificação de riscodestinadas a determinar as perdas potenciais máximas inerentes à respetiva carteira, deve ser divulgada aprojeção dessas perdas, com referência ao final do exercício.

Devem ser explicitados os pressupostos assumidos na determinação dos valores, bem como uma brevedescrição narrativa do significado dos mesmos.

Nota 15

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 84/85

Indicação dos custos imputados ao OIC no exercício.

Nota 16

Indicação e comentário das rubricas do Balanço, da Demonstração dos Resultados e da Demonstraçãodos Fluxos de Caixa cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior.

Nota 17

Nesta nota deverá ser divulgada toda a informação relevante do OIC não prevista nas notas anteriores,incluindo a especificamente relacionada com a atividade das SIM

Para efeitos da elaboração do Relatório e Contas semestral, devem as divulgações relevar as seguintes notas:

Nota 1. A tabela descritiva da evolução do OIC apenas refletirá os valores relativos ao final de cada mês doano a que respeita a prestação de contas (janeiro a junho); Nota 3; Nota 4; Nota 10; Notas 11, 12, 13 e 14 (nesta última, o "final do exercício anterior" deve ser entendido como a perdapotencial em 31/12/n-1); Notas 15 e 17.

Balancete mensal

OIC: Código: Data:.../.../...

03/10/2017 Almedina.net - Base de Dados Jurídica - Vista Completa de Impressão

http://bdjur.almedina.net/dcompleto.php?doc_id=134951 85/85

D - Saldo devedor C - Saldo Credor