Dreito Civil Comentado - Resumo de Aula

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Resumo de aulas de faculdade. Direito Civil.

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Direito CivilFato Jurdico, Ato Jurdico e Negcio Jurdico.FATO -> fato jurdico:-natural-ato jurdico, jurgeno ou voluntrio.(ato jurdico: ilcito ou lcito meramente lcito/ negcio jurdico)Fato: acontecimento no mundo.Fato jurdico: acontecimento juridicamente aprecivel / espcie de fato que gera consequncias no mundo jurdico.Fato natural: se verifica independentemente da interveno do homem e produz consequncias jurdicas.Ato jurdico, jurgeno ou voluntrio: deles repercute fato jurdico; corresponde a fato jurdico praticado pela pessoa; decorre de comportamento que pode ser ativo ou omissivo.Atos lcitos: praticados em conformidade do prprio ordenamento jurdico.Atos ilcitos: praticados em desconformidade com o prprio ordenamento jurdico/ corresponde a negligncia/ vai de encontro com s leis. (consequncia: punio/ indenizao)Meramente lcito: ato voluntrio, no entanto as consequncias desse ato no precisam ser previstas. Consequncia independente da vontade.Negcio Jurdico: vontade qualificada com finalidade especfica (ato jurdico com finalidade)Pode ser ato ilcito, mas no ser crime!Negcio JurdicoAdquirir 1) originrios (via primria ou inaugural):- res nulius( coisa de ningum)/ no h precedentes.-res derelicta (coisa abandonada)2)derivada (secundria ou decorrente)Modificar Direito AtualResguardar Direito FuturoExtinguir Expectativa do Direito-Negcio Jurdico pressupe licitude.-Quem vai adquirir/ criar o direito? A pessoa.- Na via originria, vemos o Direito pela primeira vez, no haver o encadeamento de relaes jurdicas. -Res derelicta: algum abandona algo que era seu de direito; aps o abandono, rompe-se o direito de posse at ento.- Coisa perdida no se adquire por via originria. res desperdicta-Via derivada: sempre se baseia num direito anterior.-Direito Atual aquele que j existe de modo pleno. Confunde-se com Direito Adquirido e pode ser exercido na sua plenitude.-Direito Futuro: recebe proteo/ ainda no pleno/ faltaria a ocorrncia que viesse conferir a ele a forma de Direito Adquirido. -Ex de Direito Futuro: Direito Condicional -> corresponde a elemento acidental geral do Negcio Jurdico que possui futuro incerto, ou seja, j aconteceu, mas eu no sei; h dvida, pode ser que acontea ou no.- Direito futuro a termo: tambm elemento acidental do Negcio Jurdico/ evento futuro certo ele vai acontecer/ requisito de futuricidade + certeza/ a nica incerteza o momento da ocorrncia: ex. morte;Negcio Jurdico:CriarModificar:-objetivo (qualitativo/ quantitativo)-subjetivoDefesa Extino -Defesa: feita a partir dos nossos atos rotineiros; no nosso dia-a-dia, buscamos defender os nossos direitos. Eventualmente, pode haver a violao do Direito, mas o homem buscar resolver tal questo. A impossibilidade de resolver esse conflito ser arbitrada pelo Estado. O juiz aplica a lei no caso concreto, ou seja, no conflito. Ser necessria a utilizao do Direito de ao, ns vamos nos valer desse direito apenas quando necessrio. Precisar-se- do CPC para dar forma a esse processo. No Processo Civil, a pea inaugural de uma ao a Petio Inicial, que seguir umas exigncias com base nCPC (autor, ru, pedido, provas). A prova incumbe a quem alega. A Inicial ser distribuda/ protocolada e o tempo, at chegar s mos do juiz, ser varivel. O juiz poder ler e indeferir devido a Inicial ser mal formulada, poder pedir uma nova Inicial melhor elaborada e poder deferir logo. Depois, citar o ru para que ele possa vir a se defender. O Oficial quem cita o ru por ordem do juiz. Pode-se citar o ru por edital carta com aviso de recebimento e visita do Oficial de Justia. Este protocola a citao e anexa Inicial, d uma Xerox para o ru e ser dado um tempo para o ru se defender ap um prazo.No Processo Civil: reconveno -> prazo para a resposta do ru: 15 dias. Esses 15 dias so contados a partir do momento da juntada do mandado aos autos do processo. O ru dar a sua verso pela Contestao e ter a possibilidade de defesa por questes processuais.O juiz reconhecer a ao: o autor ter procedncia;O juiz no reconhecer a ao: o autor no ter procedncia.Apelao tem um prazo de 15 dias contado a partir da data de disponibilizao mais o ia de intimao, da conta-se o prazo a partir do prximo dia til passados esses dois dias.Contra-razes de apelao de 15 dias/ Os autos sero encaminhados ao Tribunal. O julgamento proferido pelo colegiado chama-se acrdo. O acrdo pode dar provimento ao recurso; a sentena no deve prevalecer. Pode-se dar provimento parcial ao recurso, ou seja, modifica-se em parte a sentena. Em situaes especficas seria possvel o recurso pelo STJ. -Coisa julgada: ter de ser cumprida a deciso judicial-Segurana jurdica: estabilidade nas relaes jurdicas.Negcio Jurdico: Classificao.GratuitoOneroso: comutativo ou aleatrioSolene ou formal.No solene ou no formal.-Todo e qualquer contrato, para fins de formao, exigir duas vontades, ou seja, ser sempre bilateral (duas ou mais pessoas); a vontade ser individual, independentemente da quantidade de pessoas; pode ser vontade coletiva tambm.-Vontade no negcio jurdico a finalidade do contrato;-No negcio bilateral, se eventualmente encontrarmos vantagem para um s, ser negcio gratuito.-Para que haja contrato de doao, tem de haver convergncia de vontades/ contrato/ negcio inter vivus;-Testamento negcio bilateral/ negcio causa mortis;-Negcio oneroso, onde o sujeito que o pratica obtm vantagem;- O contrato de compra e venda um negcio oneroso, pois o vendedor teria vantagem na venda;- O comutativo ter existncia de individualizao da vantagem no momento em que o negcio jurdico realizado;-Oneroso aleatrio: a vantagem no ser possvel em exigncia em toda e qualquer hiptese/ a vantagem estar subordinada a evento futuro incerto/ o risco se restringe a prestao decorrente do negcio.- Elementos essncias gerais do estudo do negcio livre -> Teoria Pontiana: Existncia, Validade, Eficcia. - A lei estabelece a forma (elemento essencial geral de validade); o seu no atendimento gerar uma causa/ prevalece a informalidade.Negcio Jurdico Teoria Objetiva ou Concreta de Pontes de MirandaExistncia,Validade,Eficcia.-Vontade qualificada dirigida a uma finalidade especfica.-Favorvel/ vontade especial/ objetiva.EXISTNCIA:- pressuposto do negcio jurdico= vontade que tenha objetivo/ atenda as suas expectativas.- Identificao da vontade: 1) momento em que surge: produo de um raciocnio/ ainda estaria numa inteno/ aspecto subjetivo. 2) considera a vontade, juridicamente, a partir do momento em que avaliada.- No adiantaria a vontade apenas subjetivamente, tem-se que pratic-la.-Motivo: no h insero na vontade.-O pressuposto de existncia tem incio na vontade.- Vontade expressamente escrita/ declarada/ oral/ gestual.- Se essa vontade verifica plenitude/ objetivo/ conscincia.- No confundir vontade com instrumento.-Forma validade/ existncia vontade.-Silncio (omissivo): 1) pelo Direito Romano, no seria possvel retirar a vontade do silncio. 2) pelo Direito Cannico: de uma omisso retira-se a vontade. 3)Direito Brasileiro: o silncio est no meio do caminho, possvel o surgimento da vontade, desde que a lei no a pea expressamente/ pode reconhecer o silncio como anuncia, havendo outras circunstncias: costume.-A vontade do aspecto psicolgico dever ser compatvel com a vontade expressa.- A interpretao dever ser feita pelas partes.-Ter cuidado com as palavras quando for expressar a vontade, seno submeter-se- essa vontade ao Estado em casos de dvida;-Soluciona-se a dvida pela lei.-Toda e qualquer relao jurdica pautada na boa f, que serve de referencial para todo o Direito Privado.-Atrela-se a inteno boa f (art 113CC)-Prevalece mais a inteno do que a declarao.VALIDADE:-elementos essenciais gerais de validade.-todo e qualquer negcio jurdico verificar os elementos do negcio jurdico.Elementos essenciais gerais de validade -> inobservncia -> INVALIDADE (gnero)-nulidade: (nulo ou anulvel) partir de uma anlise da gravidade do efeito/ se o defeito atingiu a vontade na sua causa estrutural.-anulabilidade: se o defeito atingiu a vontade particular.-agente capaz (art 104 CC)-todas as pessoas so capazes de direito e de fato, mas nem todas so de exerccio.Teoria da Incapacidade: reconhecer a capacidade por um ato concreto (objetivo)/ por uma individualizao da pessoa, como num ato mdico (modo subjetivo)-a lei cria um mecanismo para superar a incapacidade, ou seja, se utiliza de um representante ou pessoa que o assista em seu nome.- relativamente incapaz: o assistente ser figura secundria no ato.-invlido: prtica do ato jurdico por absolutamente incapaz/ negcio nulo.-vlido: ato jurdico realizado por relativamente incapaz assistido/ na falta de assistncia, o negcio ser nulo.-emancipar: tornar capaz o incapaz relativamente.A tutela s aplicada se ele for incapaz e no estiver sob o poder familiar, que sejam menores.Curatela: protege os interesses do incapaz, no envolve idade.No confundir capacidade civil com emancipao por tutela.ELEMENTOS ESSENCIAIS GERAIS DE VALIDADE (CONT.) EEGV-Capacidade -> Objeto: preciso que o objeto do negcio jurdico seja lcito/ lcito e possvel/ possibilidade fsica e jurdica/ compatibilidade e finalidade do negcio jurdico/ determinado ou determinvel {a inobservncia desses aspectos o levar a invalidade na espcie de nulidade} (ato nulo pode ser decretado por membro do Ministrio Pblico ou por particular)-Possibilita o objetivo almejado: finalidade.-> Forma: (a inobservncia da forma o leva a invalidade)/ forma livre, nas hipteses em que a lei no determinar a forma/ hipteses em que a lei determinar a forma:EEGV.-A forma escolhida pelo particular dever ser praticada, ou seja, a sua observncia ser necessria.-O contrato de locao tem forma livre, pode ser verbal.-A inobservncia da forma implicar invalidade na espcie de nulidade.-> Eficcia: produzir efeitos sem a subordinao outros efeitos/ ter exatamente aquilo que quero atingir/ os efeitos podem ser subordinados aos Elementos Acidentais Gerais (ou modalidade especial de negcio jurdico) -> a adoo de um elemento acidental uma faculdade em relao ao negcio jurdico/ ao trazer um elemento acidental ao negcio jurdico, ele ter outra modalidade/ ele absolutamente faculdade, mas passar a integrar obrigatoriamente o negcio jurdico se o particular assim o desejar/alguns direitos no so subordinados a coisa nenhuma: personalidade, direito a vida, direito de imagem, direitos de famlia puros/ condiciona-se a eficcia negcio jurdico realizado, tendo satisfao ou insatisfao.ELEMENTO ACIDENTAL:*condio (art 121 CC)*termo*encargo (cabvel ao negcio jurdico gratuito/ no subordina o efeito)-condio: deriva exclusivamente da vontade/ no est atrelado ao negcio/ evento futuro incerto/ futuricidade, voluntariedade e incerteza (futuricidade: algo que estaria por vir)- considera-se a dvida; se eu souber que vai acontecer ou no, no condio.Condio: - Ilcito/ impossvel/ Puramente potestativo: evento futuro incerto decorrente unicamente de vontade (a lei no impede a condio potestativa, somente a puramente potestativa)-Suspensiva: produz efeito/ os efeitos do negcio jurdico ficam subordinados ao evento futuro incerto (enquanto pendente a condio)-Resolutiva: fato de fazer cessar o negcio jurdico/ se verificar os efeitos da condio.-Simplesmente potestativa: encontra a dvida, a incerteza.(Potestativa: direito que se tem que pode ser exercido a qualquer momento/ a lei protege o que de Direito)Termo:-evento futuro-se houver insero do termo, haver tempo/ corresponde a evento futuro certo/ verifica-se a licitude/ sempre possvel e lcito/ no decorre da vontade/ no h incerteza no termo/ a nica dvida ser quando acontecer/ espcie de direito, ou seja, recebe proteo/ o tmo passar a ser atual na realizao do evento futuro certo.-Termo a quo: termo inicial/ identifica o momento em que o evento futuro certo passa a ser atual;- Termo ad quem: evento futuro certo que pe fim ao meu direito.-Prazo: no se confunde com termo/ lapso temporal/ espao de tempo entre a realizao do negcio e a ocorrncia do evento futuro certo/ incio do prazo, conta-se um dia no que foi realizado o negcio jurdico.-Prazo de ano: dia equivalente ou subsequente-Meado do ms: 15 dia, mesmo que este ms seja de fevereiro.Encargo:- elemento acidental do negcio jurdico/ tem uma particularidade -> no subordina o negcio jurdico/ no impede o exerccio do direito/ o direito se observa no momento em que o negcio jurdico realizado/ pode haver a insero de um encargo ou no/ especfico -> abe aos negcios gratuitos ou benficos/ negcio gratuito: no se verifica vantagem para quem o realiza/ mera restrio/ limite ao direito objetivo do negcio/ o encargo deve ser observado no neg. jurdico gratuito/ tipo de limitao do neg. jurdico gratuito/ se no for atendido, ser preciso a revogao do neg. jurdico por via judicial/ um limite imposto a um direito/ no h dvida quanto ao encargo/ se houver dvida entre o termo e o encargo, a lei entender que ser um encargo, mas somente quando for inidentificvel/ essa restrio possui uma grande amplitude/ pode sair do mnimo at o mximo carter meramente honorfico/ verificar se realmente encargo/ no pode ter natureza de contraprestao, pois o encargo no se aplica ao negcio oneroso/ abrange at o exaurimento do negcio jurdico/ diz respeito ao instituidor, pessoas por mim identificadas, e em benefcio da sociedade.-quando a restrio disser respeito ao beneficiado, no se caracteriza encargo, pois seria meramente uma recomendao -> no poder revogar/ o instituidor tem legitimidade para propor a revogao/- na doao, somente o herdeiro tem legitimidade para propor a revogao do neg. jurdico/ renunciado o neg. jurdico, ningum poder propor ao de revogao/ cumprimento de encargo/ fixa-se o momento e, se no houver o cumprimento do encargo, poder haver a revogao do neg. jurdico/ o instituidor e o herdeiro podem pedir o cumprimento do encargo/ o Ministrio Pblico, quando o encargo disser respeito sociedade, ter legitimidade para exigir cumprimento do neg. jurdico.Vcios ou Defeitos do Negcio Jurdico:Anulabilidade:-vcios de consentimento: (Erro/ Dolo/ Coao/ Estado de Perigo/ Leso ) -> iminncia de risco sem a presena de um coautor-vcios sociais: Fraude contra credores/ (Simulao -> nulidade)-> invalidade absoluta.- o interesse pblico protegido da simulao/ o particular, o MP e o juiz podem reconhecer e requerer a nulidade.- o tempo na interfere na nulidade.-constatou-se que o defeito se manifestava na vontade- o defeito reside na vontade.Fraude:-s o devedor insolvente ou em vias de tornar-se insolvente/ ato de disposio de bens/ tem por objetivo frustrar (credor- categoria especfica de credores quirografrios: credor comum)/ os bens respondem pelas dvidas da pessoa.Vcios ou defeitos:-erro um instituto do Direito/ substancial, principal, espontneo, escusvel, cognoscibilidade (conhecimento, art 138 CC)- Erro um defeito que existe na vontade/ m apreciao da realidade/ o sujeito ignora o que est acontecendo ou no identifica o que est acontecendo para ele/ no se pretende atrelar m f/ a lei proteger a minha vontade/ tem a caracterstica de ser espontneo/ no h a interferncia de outra pessoa.-o erro espontneo, m apreciao da realidade provocada.-o dolo espontneo, m apreciao da realidade verificada.Erro de Direito:-para cumprir a lei, posso anular o neg. jurdico/ quando o erro incide sobre falso motivo, no se v vcio, a no ser que ele seja expresso para efeito do neg. jurdico.-quem age com erro, age de boa f.-consequncia negativa do erro: ato ao qual ele no deu causa.Dolo:-dolus bonus-dolus malusDolo por omisso/ dolo de terceiro/ dolo bilateral.- instituto do Direito.-vcio ou defeito que se opera no negcio jurdico/ vcio de consentimento/ sua verificao implica em anulao do neg. jurdico.- o dolo nada mais que o erro provocado por algum.-o dolus bnus no produz engano/ um enaltecimento de vantagem.-o dolus malus implica em m f/ m aplicao da realidade distorcida/ propsito de enganar.-o dolo sempre apresenta m f/ muito mais grave que o erro/ todo dolo contm erro/ no se verifica a presena do erro e do dolo conjuntamente, pois um se sobressai ao outro/ vcio de consentimento= aquele que teve a sua vontade violada.- o dolo tem de recair sobre um elemento principal do neg. jurdico-quando o dolo recai sobre elemento secundrio, h apenas o direito de indenizao.Dolo bilateral: situao absurda de um querendo enganar o outro/ os dois agem de m f/ vcio de consentimento/ caracteriza o prejuzo em relao vontade dos dois/ o dolo bilateral no protege os que cometem tal ato.-O dolus malus deve recair sobre um elemento secundrioDolo por omisso:-tem que ser apto a produzir engano.-dolo comissivo-ato omissivo caracteriza dolo.Dolo de terceiro:- aquele que no est realizando o negcio jurdico-analisar o sujeito que no foi beneficiado pela prtica do dolo, saber se ele tem conhecimento de dolo / ele deve avisar se h dolo ou no -> ele agiu de m f e tambm haver anulao do negcio jurdico/ propor anulao do negcio contra quem faz o negcio jurdicossoa no sabe da ocorrncia do dolo: no caber anulao/ caber ao indenizatria para aquelteve sua vontade violada/ poder propor ao de anulao e de indenizao.COAO- Coao absoluta (vontade diminuda)- vis absoluta /supresso da vontade.- Coao relativa vis relativa-inteno-decorrncia-mal grave concreto- recai sobe pessoa, famlia e terceiro.-Coao de terceiro O sujeito tem absoluta conscincia do ato praticado/ Ele sabe, mas no tem liberdade.ESTADO DE PERIGO E LESO (SITUAES MUITO ESPECFICAS)-Art 156 CC/02 (estado de perigo) Estado de perigo se assemelha ao estado de necessidade, que se caracteriza como ato ilcito penal, mas no ilcito civil (Ex: naufrgio, onde um mata o outro pra sobreviver no caso de existir somente uma boia)/ A vontade no estado de perigo caracterizada pela situao/ a vontade de quem pratica o ato sofre interferncia da situao de risco/ Necessidade premida: necessidade da prpria pessoa, da famlia ou de algum que sofreria o sacrifcio/ conhecido pela outra parte= dolo de aproveitamento/ para caracterizar estado de perigo, precisa-se do dolo de aproveitamento/ obrigao extremamente onerosa = h desproporcionalidade/ necessidade num aspecto restrito/ o grave dano tem de ser conhecido/ o sujeito assume uma obrigao excessivamente onerosa/ ela desproporcional a prestao/ quem age assim pode cancelar o negcio jurdico? Sim, a lei estabelece que o sujeito tem de ter conhecimento da necessidade dolo de aproveitamento/ anula se o sujeito quiser, pois interesse privado/ salvar a si mesmo/ salvar do grave dano.- Art 157 CC/02 (leso)A necessidade que caracteriza a leso correspondente a necessidade negocial / sem risco/ inexperincia/ desproporcionalidade/ a lei no caracteriza que o sujeito deve saber da necessidade, no h o conhecimento do dolo de aproveitamento/ possvel o aproveitamento do negcio jurdico na leso/ admite abrir mo do proveito na leso/ uma vez desaparecida a desproporcionalidade, no h caracterizao de anulao do negcio jurdic a necessidade negocial no precisa ser conhecida pelo sujeito.SIMULAO-Absoluta-Relativa -> DissimulaoCaracteriza interesse pblico/ ato nulo/ no admite ratificao/ no sofre interferncia do tempo/ um vcio/ continua sendo aquilo que sempre foi/ situao onde o sujeito demonstra a pratica do ato -> ato aparente, que visa ocultar a real inteno do sujeito/ o objetivo do sujeito diferente daquilo que ele demonstra/ quem realiza o ato simulado no sofre a consequncia de tal/ ato simulado = ato aparente/ afastado o ato simulado, volta-se a situao anterior/ quando um ato aparente oculta a prtica de outro ato, verifica-se a simulao relativa/ tanto faz ser simulao relativa ou absoluta, pois sempre haver nulidade/ o ato dissimulado somente verificado na simulao relativa/ dissimulao no sinnimo de ato simulado relativo/ a nulidade diz respeito a simulao/ na verificao de ato dissimulado, o seu aproveitamento plenamente possvel/ o ato dissimulado poder ser aproveitado se verificada a sua forma e a substncia como obedincia/ para caracterizar a simulao, normalmente, se verifica em um ato bilateral, pois dever haver uma combinao, ou seja, um acordo para enganar algum/ h uma desconformidade entre a pretenso de quem pratica o ato simulado e o seu objetivo/ simulao inocente: no h consequncia danosa para quem a pratica, pois houve uma combinao de interesses.PROVAProvar demonstrar a prtica de algo/ prova-se o ato a partir da forma estabelecida em lei/ ser admitido todo e qualquer meio de prova quando a forma for livre/ a lei estabelece um rol de possveis meios de prova/ no h prova melhor que outra/ nenhuma prova ter peso diferente da outra/ rol de provas-> confisso: reconhecer alguma coisa que seja desfavorvel; vai contrariar os meus interesses, mas assim mesmo eu vou admitir/ -> prova testemunhal: a testemunha tem compromisso com a verdade e ela o faz sob juramento; a no observncia da verdade pela testemunha incorre em ato ilcito: falso testemunho/ ningum obrigado a fazer prova contra si mesmo/ ser testemunha mnus pblico, ou seja, imposio do Estado/ ato de carter subjetivo/temunha vai relatar aquilo que sabe/ algumas pessoas no podem ser testemunhas, pois no decorre em compromisso/ uma pessoa com interesse na questo no pode ser testemunha, pois ela no teria a imparcialidade e provavelmente mentiria/ agir de boa f dever do homem mdio/ s ser testemunha a pessoa que puder se compromissar sob pena de falso testemunho/ declarante no presta compromisso e pode ser ouvido/ a oitiva de um declarante meio de prova/ a prova avaliada no conjunto.Prova documental tudo aquilo que registrado/ ser pblica quando a origem dela for pblica/ ser particular quando manada por particulares/ Percia: avaliao feita por um experto/ depender de inmeras demonstraes/ dependendo daquilo que se quer demonstrar, a percia ser diferente/ Presuno: quem presume no sabe/ no se confunde com conhecimento/ decorrncia de raciocnio lgico/ partir de um fato conhecido para um desconhecido, presumido/ se eu presumo, eu no sei, eu conclui/ Presuno comum ou hominis: a que todos temos e varia de pessoa para pessoa/ Presuno legal - presuno relativa: quando em relao a ela caber prova em contrrio/ Presuno absoluta no caber prova em contrrioeio de prova: TODOS/ posso me valer de todas as provas/ Precisamos verificar a utilidade das provas direito em ampla defesa/ A prova tem de ser feita em razo da sua necessidade/ O juiz pode anular uma prova.PRESCRIO E DECADNCIASo dois institutos diferentes/ tm em comum a segurana jurdica/ correspondem ao tempo interferindo num direito/ Prescrio possibilita o surgimento de um direito e a extino de outro direito/ Prescrio aquisitiva (ex: usucapio -> o tempo na posse do bem possibilita a aquisio desse)/ Prescrio extintiva: insere-se na parte geral do CC/ so institutos do direito e no s do direito civil/ o tempo interfere de modo a gerar estabilidade/ o legislador quer discutir dentro de um prazo x/ tenhamos limite no aspecto temporal para discutir o Direito, visando a discusso de direitos que tenham sido violados/ Haver prazo para propor a ao/ o tempo de julgamento ir variar de acordo com a sua complexidade// prescrio: o tempo interfere unicamente na capacidade de exerccio do direito ela no atinge o direito de fato/ Dbito e crdito (ex): Maria empresta dinheiro para Jos em 1970, Jos no a pagou no prazo estabelecido que era em 1972. Ele no pagou e Maria no ajuizou ao; agora, em 2012, ela ajuizou uma ao contra ele para este efetuar a ordem de pagamento; ele no dever pagar, pois est prescrito/ O tempo interferiu apenas na capacidade de exerccio do direito da Maria, que de exigir o pagamento/ Prazo prescricional: atinge a capacidade de defesa.Decadncia: atinge diretamente o direito/ Negcio Jurdico realizado por coao: se o coagido no pedir a anulao do negcio jurdico dentro do prazo, ele no poder mais pedir a anulao do negcio jurdico/ Prazo decadencial: o tempo atinge o direito/ Na prescrio o direito nasce num momento e o direito de exerc-lo nasce em outro/ Decadncia: o direito e a capacidade de defesa desse direito nascem juntos: prazo decadencial/ prescrio: matria de cunho patrimonial/ decadncia incide sobre matria de ordem pessoal/ quando o provimento pretendido for meramente declaratrio, no haver prazo/ provimento de paternidade/ provimento declaratrio constitutivo hiptese de decadncia: constitui ou desconstitui uma ao jurdica: prazo decadencial/ ao declaratria de condenatria: sinal de prescrio/ a lei dir se prescrio ou decadncia/ todas as hipteses de prescriscam a sua origem na lei/ decadncia: origem na lei ou na vontade (decadncia convencional) -> matria de ordem pblica/ pode ser requerida pelo interessado e arguida pelo MP/ o juiz pode decretar de ofcio todas as prescries/ na prescrio no se admite suspenso, nem interrupo/ suspenso: est prevista na lei -> deve reconhecer que o prazo est em curso /causa suspensiva: prazo correndo, mas ficar suspenso/ desaparecida a causa suspensiva, continua-se a contando o prazo (interrupo: o prazo est em curso, interrompeu, no continua-se contando o prazo, comea-se novamente e se ignora o prazo j passado art 189)/ prescrio admite suspenso e interrupo, decadncia no admite/ Preso beneficiado pode renunciar esse direito/ decadncia matria de ordem pblica e no cabe renncia em relao a ela/ decadncia legal no cabe renncia/ na decadncia convencional caber renncia na vontade/ prescrio objetivo.IMPEDIMENTO cabe prescrio/ No impedimento, o prazo no influi (art 197) No corre contra, mas corre a favor/ interrupo/ a lei no impede de existir uma causa suspensiva e uma prescritiva/ prescrio intercorrente: prescrio no curso de uma ao -> sujeito titular do direito deixa de adotar uma providncia num curso cabente a ele/ Fazendas Pblicas: Unio, Estados Membros e Municpios : no se aplica o CC, mas o decreto 20.910/1932 -> princpio da especialidade (dvida passiva: devedor)/ Se a Fazenda pblica for credor, aplica-se a lei do CC/ interupo: devoluo integral do prazo -> o prazo ser devolvido pela metade se ocorrido a interrupo/ art 2028 CC/02.