62
Universidade Estadual de Goiás ESEFFEGO Curso: Fisioterapia Disciplina: Dermato – Funcional Professora: Flávia MASSAGEM Alunas: Flávia Roberta Silva Freitas Júlia de Cássia Oliveira Goiânia/2010

Drenagem Linfática

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Drenagem Linfática

Universidade Estadual de Goiás ESEFFEGO

Curso: Fisioterapia Disciplina: Dermato – Funcional

Professora: Flávia

MASSAGEM

Alunas: Flávia Roberta Silva FreitasJúlia de Cássia Oliveira

Goiânia/2010

Page 2: Drenagem Linfática

Massagem

• É uma compressão metódica e rítmica do corpo, ou parte dele, para que se obtenha efeitos terapêuticos.

• Tem como objetivos promover o alívio do estresse, ocasionando relaxamento, mobilizar estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir o edema, preveni deformidades e promover a independência funcional.

Page 3: Drenagem Linfática

Efeitos Fisiológicos da Massagem• Relaxamento muscular local e geral;• Alívio da dor;• Aumento da circulação sanguínea e linfática;• Aumento da perspiração;• Aumento da nutrição tecidual;• Aumento da secreção sebácea;• Remoção de produtos catabólicos;• Aumento da maleabilidade e extensibilidade

tecidual;• Aumento da mobilidade articular;

Page 4: Drenagem Linfática

• Descolamento, direcionamento e remoção de secreções pulmonares;

• Estímulo de funções viscerais;• Estímulo de funções autonômicas;• Auxílio na penetração de fármacos.

Page 5: Drenagem Linfática

Manobras da Massagem Clássica

Deslizamento Superficial• Consiste em movimentos deslizantes em grandes

superfícies, leves, suaves e rítmicos.• A pressão deve ser quase imperceptível e uniforme.• Principal efeito se faz via reflexa, uma sedação

neuromuscular.• Diminuição na excitabilidade das terminações

nervosa livres e auxilia na regeneração da pele.• Aumenta limiar de sensibilidade -> iniciar e finalizar a

massoterapia.

Page 6: Drenagem Linfática

Deslizamento Profundo• Pressão suficiente pra causar efeitos

mecânicos e reflexos• Favorece esvaziamento venoso e linfático.• Atua fundamentalmente sobre a pele e o

tecido subcutâneo, melhorando as condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tissulares.

Page 7: Drenagem Linfática

Amassamento• É a mobilização do tecido muscular• Compressões alternadas• Melhorar as condições circulatórias da

musculatura, liberando aderências, eliminando resíduos metabólicos e aumentando sua nutrição.

Page 8: Drenagem Linfática

Fricção• São movimentos circulares ou transversais.• Pressão suficiente para mobilizar o tecido

superficial em relação ao profundo.• Liberar aderências por ação mecânica nas

traves fibróticas, e prevenção após traumatismos.

Page 9: Drenagem Linfática

Vibração• Impulso vibratório transmitido à área a ser

tratada.• Diminuição da hiperexcitação dos nervos

Percussão• Golpes manuais, utilizando a borda ulnar, a

mão espalmada ou fechada.• Auxilia na drenagem postural por liberação

das secreções (tapotagem).• Aumento da circulação capilar superficial.

Page 10: Drenagem Linfática

Indicações

• Edema e hematoma;• Cicatrizes aderentes;• Tensão muscular;• Dor;• Diminuição da ADM.

Page 11: Drenagem Linfática

Contra-Indicações

• Tumores benignos ou malignos;• Distúrbios circulatórios (flebite, tromboflebite, etc.);• Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos, etc.);• Hiperestesia da pele;• Gravidez – massagens abdominais mais profundas;• Processos infecciosos;• Fragilidade capilar.

Page 12: Drenagem Linfática

Massagem Reflexa

• Técnicas que deixam de lado os efeitos mecânicos para centrar-se numa resposta involuntária de uma estimulação cutânea.

• Se baseiam na concepção que o tecido conjuntivo é o ponto de partida das reações metaméricas, que são solicitadas mediante um estiramento unidigital que se realiza em zonas específicas.

• Influência sobre os sistemas simpático e parassimpático.

Page 13: Drenagem Linfática

Conceitos básicos• Alterações patológicas das vísceras podem

causar alterações na pele em áreas bem definidas.

• Dor visceral -> referida.• Dor referida é difusa, não se localiza bem e

refere-se no dermátomo inervado pelo mesmo segmento espinhal que supre a víscera.

Page 14: Drenagem Linfática

Relações Nervosas Reflexas• Quando se realiza a massagem nas zonas

inferiores do tronco com reação simultânea das zonas conjuntivas superiores

• Regra fundamental da massagem: Dve-se iniciar a massagem nas zonas mais inferiores.

Page 15: Drenagem Linfática

• Exploração das Zonas Conjuntivas• As alterações na superfície corporal são: áreas

achatadas ou deprimidas que podem estar circunscritas por áreas elevadas, edemaciadas.

• As manobras diagnósticas são acompanhadas pela avaliação da resistência dos tecidos -> sensação dolorosa, crepitações.

Page 16: Drenagem Linfática

Inspeção• Comparação das zonas conjuntivas simétricas.• Olhar de vários ângulos.• Incidir luzPalpação• É ealizada pelo deslizamento da camada profunda,

da derme contra a fáscia, em diferentes segmentos.• Índividuo na posição sentada sobre uma superfície

dura, MMII flexionados a 90°, com os pés apoiados no chão.

Page 17: Drenagem Linfática

Massagem do Tecido Conjuntivo - MTC

• Afeta sistema autônomo -> corrige desequilíbrios nas funções vegetativas do corpo.

• Conceito Fundamental: Doença visceral pode causar alterações na pele. Manipulação dos tec. conjuntivos da pele pode gerar efeitos em outras estruturas que são derivadas do mesmo segmento mesodérmico.

• Constução de base: manobras iniciadas na região lomba e pélvica.

Page 18: Drenagem Linfática

• Além das ações a distância desencadeiam ações locais -> calor e demografismo elevado, certamente de origem histamínica.

• Frequência do tratamento pode ser diária.• 10 a 12 sessões. Não ultrapassar 20 sessões.• Interromper na 5° sessão caso não haja

melhora.

Page 19: Drenagem Linfática

Manobras

• Rolinho -> elevação do tec. subcutâneo, com polegar e dedo médio,movendo todo tecido contra a fáscia.

• Traço -> com a polpa dos dedos, mover pele sobre estruturas subjacentes, criando uma tração com manobras curtas e fimes.

Page 20: Drenagem Linfática

Técnica de Teirich-Leube – Massagem do Tecido Organizado• Manobras de rolamento, trabalha “pontos de reação”,

paciente informa constantemente a sua sensibilidade às manobras.

• Efeitos: melhor circulação muscular e regulação das tensões aponeuróticas.

Técinica de Kolrausch – Massagem do Tecido Conjuntivo e da Musculatura

• Possibilidade de atingir um órgão a partir do miótomo correspondente

• Movimentos de fricção leve e rítmica nos “pontos-gatilho”, onde se encontram as miogeloses e espasmos nodulares.

• Manobras são moderadas e mais superficiais quanto maior a tensão.

Page 21: Drenagem Linfática

Técnica de Glaeser e Dalicho• Envolve pele, tec. subcutâneo, fáscias, aponeuroses,

musculatura e periósteo. Todos os tecidos que desencadeiem resposta reflexas.

• Sessões de 20 min. 2 ou 3 X por semana.• Iniciam o tratamento pelas regiões lombar e sacral,

coluna vertebral e depois segmento afetadoTécnica de Volger – Massagem do Periósteo• Massagear superfícies ósseas por 2 a 5 min., com a

ponta do polegar ou dedo médio.

Page 22: Drenagem Linfática

• Pressão suave e aumentada progressivamente.• Efeitos: antiálgicos e tróficos no tratamento de

alterações ósseas, articulares e viscerais.• Nas primeiras aplicações a dor é intensificada e com

o passar das sessões, os pontos vão se tornando – sensíveis.

Técnica de Wetterwald• Manobra que envolve um pinçamento tecidual.

Manobras de deslizamento e amassamento em rotação, utilizando polegares e indicadores.

Page 23: Drenagem Linfática

Massagem Chinesa e Similares• Acrupessura / Shiatsu -> aplicação profunda com os

dedos (polegar ou dedo médio) sobre os pontos de aculpuntura, áreas da pele com um aumento da condutibilidade e diminuição da resistência elétrica.

Reflexologia Plantar e Auricular• Correlaciona alívio da dor em determinada parte do

corpo e a aplicação de pressão em pontos correspondentes nos pés e na orelha.

• Movimentos de deslizamento ou fricção circular executadas com polegar ou indicador.

Page 24: Drenagem Linfática

Massagem Abdominal Reflexa – Técnica de Grossi• Pressões em pontos sensíveis 2 ou 3 Xs com o dedo

médio, anular ou ambos. Traços, circunscrevendo a região envolvida.

• Reeducação da secreção e motricidade do sist. digestivo. Indicações: aerofagias, constipação e hérnia de hiato.

Massagem Transversa Profunda – Técnica de Cyriax• Movimentos de fricção transversais às fibras do tec.

conjuntivo com o dedo indicador apoiado pelo dedo médio ou o contrário. Com duração de 3 a 5 min. -> lesões recentes e 15 a 20 min. -> lesões crônicas.

Page 25: Drenagem Linfática

• Duplo efeito: Hiperemia traumática (grande afluxo de sangue, eliminando substâncias alogênicas e produzindo analgesia temporária) e movimento dos planos (liberação de estruturas).

• Aplicar em cicatrizes antigas e sem mobilidade, lesões musculares, tendinosas e ligamentares.

• Não aplicar em presença de processos infecciosos, patologias da pele, neoplasias ou tuberculose, lesões vasculares...

Page 26: Drenagem Linfática

Massagem com Equipamentos• Podem produzir efeitos terapêuticos similares

aos da massagem manual e evitar sobrecargas articulares no terapeuta.

• Deixam de acontecer os efeitos psicológicos pelo ato físico de tocar o individuo.

Page 27: Drenagem Linfática

Drenagem Linfática

Page 28: Drenagem Linfática

Enquanto o sangue arterial chega às células oxigenado, nutre-as e retorna para o sistema venoso, uma pequena parte deste sangue não consegue transpor a membrana dos vasos venosos devido seu maior peso molecular (proteínas). Essa parte do líquido intercelular (cerca de 10%) é retirada do meio intersticial através do sistema linfático (Equilíbrio de Starling), que possui maior permeabilidade devido sua estrutura de fixação aos tecidos ser por meio dos filamentos de ancoragem, que são como válvulas.

Page 29: Drenagem Linfática

Sistema Linfático

Anatomia• Os vasos são delicados e de coloração translúcida.• Transporta a linfa da periferia ao centro em um

sentido único.• Os vasos superficiais são numerosos e possuem muitas

anastomoses. Seu trajeto acompanha as veias e a drenagem é feita para os linfonodos superficiais.

• Os vasos profundos não são tão numerosos e possuem poucas anastomoses. Acompanha vasos sanguíneos profundos e sua drenagem se dá para os linfonodos profundos.

Page 30: Drenagem Linfática

O sistema linfático é composto por:• Capilares linfáticos: são os vasos iniciais do sistema

linfático.• Vasos pré-coletores: possui formato de “colar de

pérolas”, pois diminui o diâmetro próximo ao local das válvulas. Linfangion é o espaço entre uma válvula e outra. Quando o linfangion se distende, há uma resposta de contração, expulsando a linfa para o próximo linfangion. Em repouso ele se contrai 5 a 15 vezes por minuto, no sono contrai 5 a 10 vezes e pode chegar até 100 vezes por minuto.

• Vasos coletores: também possuem válvulas, evitando o refluxo da linfa.

Page 31: Drenagem Linfática

• Tronco linfático: são 11 ao total, sendo lombares, broncomediastinais, subclávios, jugulares, descendentes intercostais e intestinal.

• Ductos linfáticos: ducto linfático direito, ducto torácico.• Linfonodos: filtram a linfa, retira partículas, enriquece com células

linfóides, ativa e libera linfócitos T. Podem ser superficiais (tecido subcutâneo) ou profundos (sob a fáscia muscular, nas cavidades abdominais e torácicas).

Os vasos linfáticos aferentes penetram no gânglio pelo lado convexo e os eferentes saem pelo hilo após recuperarem a linfa.

• Linfa: é o líquido intersticial que passou para os capilares linfáticos. Possui coloração límpida, composto por 96% de água, uma parte plasmática (sódio, potássio, glicose, enzimas etc) e uma parte celular (linfócitos, granulócitos, etitrócitos e macrófagos). Circula cerca de 2 a 3 litros por dia, mas pode chegar até 20 litros em situações especiais.

Page 32: Drenagem Linfática
Page 33: Drenagem Linfática

Fisiologia do Fluxo LinfáticoO fluxo linfático ocorre devido a trocas intermitentes nas pressões hidrostáticas e oncóticas locais.A pressão coloidosmótica, que é determinada pelo número de moléculas de proteínas diluídas no líquido, pode interferir na formação e movimentação do líquido intracelular.A atividade física, respiração, compressões externas, pulsações arteriais e movimentos articulares aceleram o fluxo linfático.

Page 34: Drenagem Linfática

Funções do Sistema Linfático• Mantêm o equilíbrio hídrico e protéico tissular.• Elimina substâncias do metabolismo celular, restos

celulares e microorganismos.• Função imunológica.• Absorve nutrientes do trato gastrointestinal, inclusive

gorduras.

Obs.: Pode ocorrer falência linfática se o sistema linfático não conseguir normalizar a pressão intersticial em caso de alterações entre as diferenças pressóricas ou a quantidade de líquido filtrado maior que a quantidade de líquido absorvido.

Page 35: Drenagem Linfática

Efeitos da Drenagem LinfáticaInfluência Direta• ↑ Respostas imunes.• ↑ Velocidade da filtração da linfa.• ↑ Filtração e absorção dos capilares linfáticos.• ↑ Quantidade de linfa processada nos gânglios (até 5

vezes maior).• ↑ Motricidade do intestino.• O Sistema Nervoso Autônomo libera substâncias

simpaticolíticas.• Promove efeito tônico nos músculos lisos dos vasos

sanguíneos por diminuição da pressão exercida nos capilares venosos.

Page 36: Drenagem Linfática

Influência Indireta• ↑ Quantidade de líquido excretado.• ↓ Ácido lático na musculatura esquelética.• Melhora a nutrição celular.• Melhora a oxigenação dos tecidos.• Desintoxica os tecidos intersticiais.• Absorve nutrientes pelo trato digestivo.

Page 37: Drenagem Linfática

Indicações da Drenagem Linfática• Edemas e linfedemasÉ uma alteração entre o líquidoque é recebido e retirado do meiointersticial.Causa primária ou secundária.A DLM age ativando a circulação linfática, reduzindo o

linfedema e regenerando o sistema linfático.• Paniculopatia Edemato Fibro Esclerótica (PEFE)A DLM ajuda na evacuação de líquidos ricos em

proteínas e toxinas que tornam o tecido cutâneo edemaciado e com aderências teciduais, normalizando o pH intersticial e favorecendo a nutrição e oxigenação tissular.

Page 38: Drenagem Linfática

• Pós-Cirurgia PlásticaÉ indicado devido à destruição de vasos e nervos durante a cirurgia

( retidoplastia, blefaroplastia, rinoplastia, mamoplastia redutora e de aumento, lipoaspiração etc).

A DLM melhora o desconforto, o quadro álgico e promove o retorno precoce a sensibilidade cutânea.

• Insuficiência Venosa Crônica• ObesidadeA DLM melhora a tocinidade tissular e aumenta o transporte de

metabólito.• Mastodinia• Outras indicações: queimadura, acne, enxerto, telangectasia,

cicatrizes, estresse, dores musculares em atletas, ansiedade, irritabilidade, depressão, tensão muscular, algumas dores agudas e crônicas, reumatismo, tendinites, tenossinovite, entorses, luxações, desordens pós-traumáticas, desordens da ATM, asma, bronquite, sinusite, rinite, desordens alimentares, TPM, psoríase e dermatites, hipertensão etc.

Page 39: Drenagem Linfática

Contra-Indicações da Drenagem LinfáticaAbsolutas• Tumores malignos.• Tuberculose.• Infecções agudas e

reações alérgicas agudas.• Edemas sistêmicos de

origem cardíaca ou renal.• Insuficiência renal.• Trombose venosa.

Relativas• Hipertireoidismo.• Insuficiência cardíaca

descompensada.• Menstruação abundante.• Asma e bronquite.• Fibrite e trombose

venosa profunda.• Hipotensão arterial.• Afecções de pele.

Page 40: Drenagem Linfática

Massagem de Drenagem LinfáticaMétodo Vodder• Linha do sandwish: divide os membros superiores; o

antebraço é dividido em face anterior e posterior e o braço em face ântero-medial e póstero-medial.

• Linha da ferradura: da linha inferior da região poplítea, ascendendo pela região da coxa, passando pelo glúteo até a região de 1/3 inferior para superior da prega anal, onde desce até a região infrapoplítea do outro membro.

• Linha média: divide o tronco em face direita e esquerda.

• Linha da cintura: divide o abdômen e tronco em superior e inferior.

Page 41: Drenagem Linfática

A drenagem linfática é com pressão suave, no sentido do fluxo linfático, se inicia distalmente ao segmento, adaptada a determinados tipos de tecidos e patologias, feita de forma lenta e repetitiva, onde não ocorre deslizamento sobre o tecido, e sim o empurrar e relaxar do tecido cutâneo, com duas diferentes fases de toque. Após isso, tem um relaxamento de pressão em que nenhuma força é aplicada, mantendo-se apenas o contato. Procedimentos:•Captação: visa captar a linfa do interstício para os capilares linfáticos.•Evacuação: visa eliminar a linfa que está dentro dos vasos linfáticos, transportando-a para a região linfonodal distante do local do edema, no sentido do fluxo linfático. A massagem deve iniciar por este procedimento.

Page 42: Drenagem Linfática

• Antes de aplicar o movimen-to na técnica de Vodder, é apli-cada a técnica de effleurage em locais específicos a serem tra-tados. Effleurage consiste de uma massagem de

deslizamento muito superficial, com pressão quase nula.

• Possui finalidade de estabelecer um primeiro contato com a pele, formar um vínculo inicial com o paciente e promover o efeito de relaxamento.

• Mãos relaxadas, dedos unidos, posicionando uma mão a seguir da outra.

Page 43: Drenagem Linfática

Movimentos básicos:• Círculos EstacionáriosOs dedos são colocados espalmados sobre a pele e movidos

igualmente ao mesmo tempo em círculos estacionários ou espirais contínuos. Pequena pressão digital (13-40mmHg) durante a fase em que o movimento se inicia, até a metade do círculo. Na outra metade do círculo, a pressão é desfeita, somente o contato com a pele é mantido.

Usado no pescoço, face e linfonodos.• Técnica de BombeamentoO polegar e os dedos movem-se juntos na mesma direção,

realizando círculos ovais. As pontas dos dedos não são utilizadas no movimento, o controle do movimento é feito pelo punho. A pressão também ocorre somente na primeira metade do círculo.

Page 44: Drenagem Linfática

• Técnica de mobilizaçãoO movimento é feito com a palma da mão, como um conjunto

mão-punho. A face superior do arco entre o 1º e o 2º dedos do fisioterapeuta é apoiada na área a ser drenada.

Ocorre um movimento conjunto de rotação externa e adução do ombro, toda a palma da mão vai se adaptando ao tecido, terminando na borda lateral da mão. Os dedos estão relaxados e se movem acompanhando o movimento.

• Técnica rotatóriaÉ usada em superfícies corporais planas.Consiste de vários movimentos individuais, onde a palma da

mão toca a pele relaxadamente, juntamente com os dedos, e movimenta-se tocando com a face ântero-medial da mão, girando para posicionar a face ântero-lateral da mão, partindo sempre da borda interna da mão para a borda externa.

Page 45: Drenagem Linfática

Método LeducOs movimentos se iniciam na região proximal do segmento a ser

drenado. Manobras:• Círculos com os dedosSão movimentos rotatórios realizados com os dedos, a pele é

levemente deprimida e deslocada em relação ao plano profundo.

Pressão suave e progressiva, não ocorre fricção durante o deslocamento das mãos.

• Círculos com o PolegarMovimentos circulares com o polegar, utiliza-se a articulação

metacarpo falangeana.• Movimento combinadoUtiliza-se o polegar e os dedos em conjunto, da mesma forma

dos anteriores.

Page 46: Drenagem Linfática

• Pressões em braceletesPode ser usado quando o local a ser drenados, puder ser

envolvido por uma ou duas mãos.Movimento se inicia na região proximal e , à medida que

a linfa é evacuada, as mãos seguem distalmente, realizando a pressão em direção à região proximal.

Após a compressão, tem o relaxamento.• Drenagem dos gânglios linfáticosUtilizada para a evacuação dos gânglios.Realiza-se uma compressão e um estiramento tecidual no

sentido proximal.É realizada com suavidade.Pode ser feita com uma mão ou com as mãos

sobrepostas.

Page 47: Drenagem Linfática

Método Godoy• A técnica usa rolinhos (“roletes”) para empregar uma

leve pressão no trajeto dos vasos linfáticos.• Pressões nos linfonodos do pescoço são aplicadas

para aumentar o fluxo linfático.• Existem controvérsias a respeito da eficácia da

técnica em regiões papilomatosas, pois não haveria a pressão necessária na área, comprometendo a drenagem.

Page 48: Drenagem Linfática

Utilização Prática da Massagem de Drenagem LinfáticaPescoçoNas cirurgias de lifting facial, a DLM deveser realizada no sentido da drenagem fisiológica, já que não houve modificação da anatomia linfática local.A drenagem do pescoço precede a da face.• Face anterior: inicia-se realizando uma leve pressão 5 a 7 vezes na

região do términus, onde é utilizada a ponta dos dedos indicador e médio( obs: este movimento na técnica de Vodder é sempre utilizado para a execução de massagem em qualquer segmento corpóreo).

A massagem inicia-se na região pré-auricular com movimentos de bombeamento. Continua-se o movimento seguindo o trajeto do músculo esternocleidomastóideo em sua face anterior. A partir daí, reinicia-se o trajeto, porém fazendo a drenagem da face posterior do músculo.

• Face posterior: a linfa é drenada com movimentos estacionários para as laterais do pescoço, onde então é direcionada ao términus.

Page 49: Drenagem Linfática

Face• A DLM em edemas de face causados por câncer tem

efeitos paliativos e deve ser associados ao uso de medicamentos. Já edemas de causas cirúrgicas podem ser tratados com sucesso.

• Posicionamento do paciente: decúbito dorsal, com elevação da cabeceira a 30°.

• A face é dividida em: região da base do nariz ao queixo, área entre o nariz e a região acima da sobrancelha e região da testa até a linha do couro cabeludo.

• Cada parte só pode ser drenada quando a parte anterior já tiver sido drenada. A primeira região é a mais próxima do términus.

Page 50: Drenagem Linfática

• Parte 1: o movimento de círculos estacionários se inicia pela região do mento, segue no terço médio a esse, e na região pré-auricular. Repetindo cada círculo por 5 a 7 vezes.

• Parte 2: é drenada com círculos estacionários a região da maçã do rosto, o nariz, os olhos e a sobrancelha, onde são realizados leves “pinçamentos” em três áreas de sua extensão.

• Parte 3: a testa é drenada com movimentos de bombeamento levando toda a linfa até a região profundus.

Page 51: Drenagem Linfática

Mama• A drenagem da mama ocorre de forma centrípeta.• Posicionamento do paciente: decúbito dorsal.• São realizados movimentos circulares e

compressivos na região do términus, paraesternal (mediastinal) e cadeia ganglionar axilar, realizando manobras de bombeamento, direcionando a linfa no sentido da circulação linfática fisiológica. E, novamente, realiza-se estímulos na região do términus, esternal e da cadeia ganglionar axilar.

• Na paciente mastectomizada, as vias de drenagem convencionais não poderão ser utilizadas devido ao fato de não existir mais a cadeia ganglionar axilar.

Page 52: Drenagem Linfática

Membro Superior• Posicionamento do paciente: decúbito dorsal.• Inicialmente, estimula-se o términus. A drenagem

começa pela cadeia axilar com movimentos de círculos estacionários. A partir daí, realiza-se movimentos de bombeamento na região ântero-lateral e póstero-lateral do braço, utilizando como base a linha do sandwish, direcionando a linfa para a região medial do braço. Em seguida, realiza-se movimentos de bombeamento na região medial do braço, do cotovelo até a região axilar. A linfa é levada em direção à cadeia ganglionar axilar.

Page 53: Drenagem Linfática

• A drenagem do antebraço inicia-se próximo ao punho. O fluxo linfático é encaminhado da região posterior do antebraço à região medial, e daí é encaminhada à cadeia supra epitroclear, onde parte da linfa segue em direção ao sistema profundo através dos linfonodos epitrocleares e outra parte segue no trajeto superficial, sendo direcioanda até o centro linfonodal axilar.

• A drenagem das mãos e da região dos metacarpos é feita com movimentos estacionários, iniciando-se distalmente à mão.

• A região dos dedos é drenada com movimentos rotatórios ascendentes.

• A face palmar da mão é drenada utilizando-se a região hipotênar da mão do fisioterapeuta, realizando-se movimentos de bombeamento e repetindo-se por 5 a 7 vezes.

Page 54: Drenagem Linfática

Abdômen• Antes da DLM do abdômen, a técnica de Vodder propõe a massagem

abdominal com movimentos rotatórios e ascendentes por 2 ou 3 vezes, com a finalidade de melhorar o trânsito intestinal.

• Iniciando pela região próxima à cicatriz umbilical, a linfa da parte superior do abdômen é drenada com a técnica de bombeamento para a cadeia ganglionar axilar, e da parte inferior do abdômen é drenada para a cadeia ganglionar inguinal, considerando também os lados direito ou esquerdo. O abdômen é segmentado em quatro partes ou mais, dependendo do seu tamanho.

• Após toda a região do abdômen ser drenada, a linfa da região lateral do abdômen superior é levada para a região axilar, e do abdômen lateral inferior para a inguinal.

• A técnica de Leduc também preconiza a estimulação das cadeias ganglionares axilar, inguinal e da região abdominal, onde se lo-caliza a cisterna do quilo.

Page 55: Drenagem Linfática

Glúteo• Dependendo do tamanho do glúteo, separa-se a região

acima da linha da ferradura em três ou mais segmentos. Realiza-se movimentos de bombeamento, direcionando os movimentos à região anterior do corpo, próximo à cadeia ganglionar inguinal, repetindo cada movimento por 3 vezes.

• A região inferior à linha de ferra-dura deve ser drenada para baixo (medial) até a região inguinal do membro.• Em pós-operatório de lipoaspiração do glúteo, a DLM é

aplicada com a finalidade de estimular o aumento do fluxo linfático, evitando assim a formação de fibroses.

Page 56: Drenagem Linfática

Membro Inferior• Coxa• A coxa é dividida, anteriormente, em face anterior, medial

e lateral.• A drenagem é iniciada pela face medial próximo à região de

côndilos femorais. Os movimentos são de bombeamento por 3 a 5 vezes no mesmo ponto, ascendendo e massageando cerca de 3 pontos nesta face, de acordo com o comprimento do paciente.

• Depois, é drenada a face anterior utilizando a técnica de mobilização de distal para proximal, direcionando a linfa até a cadeia ganglionar inguinal.

• A face lateral também é massageada com a técnica de mobilização de distal para proximal até a cadeia inguinal.

Page 57: Drenagem Linfática

• Na face posterior da coxa, a área externa à linha da ferradura é drenada em direção à face lateral e então direcionada para a cadeia inguinal com movimentos de bombeamento. A região interna é drenada em direção à região inguinal via face ântero-medial, e então encaminhada para a cadeia inguinal.

Page 58: Drenagem Linfática

• Perna• A drenagem da perna é realizada com a técnica rotatória.• A mão do fisioterapeuta que está na face lateral da perna

desliza suavemente em direção à região medial do joelho, através da face anterior, realizando um movimento helicoidal. Já a mão, que está em contato com a região medial desliza em direção ao oco poplíteo, sequindo a região posterior da perna também em um movimento helicoidal. As duas mãos realizam este movimento ao mesmo tempo. Faz-se compressão nos linfonodos poplíteos ultilizando a técnica de

círculos estacionários. Repete-se por 3 vezes.

Page 59: Drenagem Linfática

• Tornozelo• A região anterior é dividida em três linhas, cada uma é drenada

com movimento de bombeamento, no sentido distal para proximal.

• A região dos maléolos tibiais é drenada com movimento de bombeamento no sentido ascendente.

• Pé• As linhas divisórias da região do tornozelo se estendem até a

região de médio pé, são drenadas em sentido ascendente com movimento de bombeamento.

• Movimentos de abertura são realizados na região metatársica segurando-se a borda medial e lateral do pé, e forçando-as para baixo.

Page 60: Drenagem Linfática

Região Dorsal• A região acima da linha da cintura é drenada com

movimentos rotatórios em direção a região axilar.• A região do trapézio é drenada em direção à região

anterior do tórax.• A região abaixo da linha da cintura é drenada para a região

inguinal com movimentos rotatórios.• A região lateral do tronco é drenada com movimento de

mobilização. Acima da linha da cintura, a linfa é levada à região axilar, e abaixo é drenada à região inguinal.

Page 61: Drenagem Linfática

Observações• O uso de óleos sobre a pele pode impedir que os

movimentos da técnica de drenagem sejam realizados corretamente.

• Caso a pele esteja produzindo suor, pode ser necessária a aplicação de talco.

• O ambiente para a realização da DLM deve ser com temperatura adequada, com luzes fracas e com o mínimo de ruído.

• A DLM nunca deve provocar dor.• O enfaixamento após a DLM com- tribui para um melhor resultado.

Page 62: Drenagem Linfática

Referências Bibliográficas

BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. Phorte, São Paulo, 2006.

GUIRRO, E ; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos, Recursos, Patologias. 3 ed. Manole, São Paulo, 2002.