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    Direito penitencirio muito recente

    Prises nunca tiveram grande ateno por parte dos estudiosos at ao sc.XVIII.Direitos e deveres dos reclusos no recebiam ateno dos tericos nem do

    poder.

    A situao altera-se por fora da formao da sociedade, que por acescaritativas preocupavam-se com os presos. Isto surge na Amrica.

    Amrica Sc. XVIII procurou-se a melhor forma de ajudar estas pessoas.Preocupao pela regenerao do individuo. A sociedade ainda deve investirnesta pessoa para a recuperar e integrar.

    desta ideia que surge o direito penitencirio.

    A preocupao pela penitncia do individuo. Com as condies para que openitenciado pense nas suas faltas e pecados.

    At 1820 no h reflexes sobre a recuperao dos reclusos. Mas com ascortes constituintes comea a haver em 1820.

    Art. 208 - CRP 1822:y Cadeias limpas e arejadasy Separao dos presos (jovens v.s. adultos; pequenos delitos v.s. grandes

    delitos)

    CEJ antigamente era uma priso.

    Havia uma especial contemplao pelos no condenados os que esto empriso preventiva.

    Legislador de 1820 no escolhe um sistema prisional mas j se falava naEuropa e na Amrica de dois sistemas (foram primeiro experimentados naAmrica)

    1 Sistema Filadelfiano Cidade de Filadlfia

    isolamento celular permanente do recluso com trabalho na cela. Orecluso no v ningum. S contacta com Deus.Este sistema teve altas taxas de suicdio, loucura e tuberculose.No servia os bons propsitos dos presos.

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    2 Sistema - Ento em Auburm (Estado de Nova Iorque) tentou-se uma novaexperincia:

    isolamento celular nocturno, com trabalho comum diurno no entanto

    no podiam falar. A conversa era severamente punida em termos disciplinares.Usavam um capuz.

    Consequncia taxas menos altas de loucura, suicdio e tuberculose.Sistema que se espalha por toda a Amrica e tambm pela Europa.

    Comea a haver o voto dos congressos internacionais.

    As pessoas que saam antes do termo da pena liberdade condicional, porqueera provisria tinha consequncias muito benficas. Saam porque davamgarantias que tudo ia correr bem e que se iam integrar na sociedade.

    Sculo XIX legislador devia legislar sobre a liberdade condicional.

    Sistema Irlands ou Progressivo (3 sistema) :

    diviso da execuo da pena em 3 ou 4 fases. S passa da 1 fase paraoutra se merecer:1. Isolamento celular continuo2.Isolamento celular nocturno com trabalho comum diurno3. Enviado par uma das colnias

    O preso ainda ia trabalhar coercivamente em muitos trabalhos pblicos.

    O nosso direito prisional passou por todas estas fases

    Portugal foi o primeiro pas do mundo a abolir a pena de morte para crimescivis.Para os crimes polticos foram os franceses.Somos um exemplo para o resto do mundo grande grau de civilizao.

    O mesmo legislador tambm em 1867 aprova a introduo do sistemapenitencirio de Filadlfia.

    Enquanto nos outros pases j se falava no 3 sistema em Portugal ainda se iaaplicar o 1.

    Em 1885 construdo o estabelecimento prisional de Lisboa que demorou 18anos a construir. s neste ano que se introduz o sistema Filadelfiano.

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    A pena de morte segundo um estudo realizado pelo Prof. Braga da Cruzacabou em Abril 1846 (data da ultima execuo em Lagos). ltima execuopor crime civil.

    Ao crime poltico foi abolida em 1833, foi este o ultimo caso de execuo.

    Estatuto do recluso implicado nas restries ao direito das pessoas. O quemexe com o direito da livre comunicao e expresso.

    Silvestre Pinheiro Ferreira escreve sobre as prises.

    Este homem o marco fundamental da construo jurdicaportuguesa do sc. XIX. Influencia o direito penitencirio.

    Trs tipos de delinquentes:y Incorrigveisy Perversos mas corrigvely Perverso mas no corrigvel ou mau

    Incorrigvel vai a tribunal e depois de se achar a sua culpa, criado um juizde visita que vai determinar a pena. Faz um crime. Separao entre o juiz dedeciso da culpa e o juiz de determinao da pena.

    Perverso mas corrigvel comete um delito e era julgado nos mesmos termos.

    Tinha um juiz de deciso da culpa e um juiz de determinao da pena.Perverso no corrigvel Contraveno. Aqui s havia juiz da culpa

    Presos preventivos isolamento celular continuo na cela.

    Condenados por crime e delito p regime trifsico:1. Isolamento celular com trabalho obrigatrio2. Trabalho passa a ser em comum, deixa de ser na cela.Degredo para outra provncia espcie de liberdade condicional mas com

    cautela mandam-no para longe.

    Se se provar e verificar que est emendado depois pode voltar para a sua terrade origem.

    Vadios/mendigos comportamentos sociais que eram punidos. Deviam serinternados, mas excludos de todos os outros, com isolamento celular etrabalho obrigatrio.

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    Estas eram as ideias de Silvestre Pinheiro Ferreira ideias estas da dcada de30 do sculo XIX. Est na vanguarda dos sistemas progressivos que se iriamaplicar mais tarde, consoante as possibilidades do Estado Portugus.

    1 de Julho de 1867 Portugal abole a pena de morte para crimes civis.

    1 de Julho de 1867 Motivo de glria para cada portugus. Somos umexemplo para o resto do mundo.

    Vtor Hugo Elogia Portugal num dos seus textos.Portugal foi o primeiro a mostrar outros caminhos do mundo e agora ainda maisimportante mostra o valor sagrado da vida humana.

    1839 Xabregas estabelecimento prisional para adultos com mais de 2 anosde priso. Mas os internados estavam interditos de falarem, comunicarem. Istopara no haver instrues de como efectuar os crimes uns pelos outros. Aregra a do silncio.

    1843 16 Janeiro 1 regulamento das cadeias civis. At ento cada cadeiavivia de acordo com a direco responsvel era o arbtrio. No havia regras anica limitao que havia era os presidentes dos tribunais da relao iremvisitar os presos e ouvirem as suas reclamaes. Mas as visitas eram muitoirregulares e breves.

    Primeiro decreto que estabelece regras para as prises j existentes regrasprofissionais para os carcereiros, varredores, juiz (que era um presointermedirio entre os presosera o mais violento pa ra haver um certo respeitoentre eles, mas complicado pois ganhava com os outros presos extorquindo -lhes dinheiro).No havia isolamento nem silncio. As pessoas contaminavam -se umas soutras. Presos por crimes contra o patrimnio estavam ao lado de presos porcrimes contra as pessoas.

    1843 Primeiro modelo em que se regula a vida nas cadeias portuguesas.No h neste regulamento a inteno de introduzir um sistemas, h s uma

    primeira tentativa de limitar o arbtrio entre as pessoas mais poderosas dacadeia.

    1867 Sistema Filadelfiano

    Isolamento continuo e quando saam era com capuz e sem poderem falar, istopara no comunicarem os seus feitos e tambm para no se identificarem unsaos outros quando sassem c para fora.

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    Este sistema implica uma grande alterao de penas. Legislador introduz novosistema de penas, aboliu pena de morte e os trabalhos pblicos forados.

    Cdigo Penal de 1852 nesta poca aplicava-se o sistema filadelfiano mas nofim era a pena de degredo para frica, isto no era um sistema filadelfiano

    puro, mas sim misto.

    Prof. Dr. Augusto Barjona de Freitas.

    Pensou-se criar nesta poca trs estabelecimentos prisionais dois em Lisboae um no Porto mas como no havia dinheiro s se fez um em Lisboa, o actualestabelecimento prisional de Lisboa que recebeu os primeiros presos a 15 deJaneiro de 1885.

    20 de Novembro de 1884 Regulamento da priso de Lisboa.

    Primeiro estabelecimento prisional para jovens delinquentes surge emPortugal em 1871. Sobretudo vadios, que era um crime na poca.

    Menores de 18 anos com priso preventiva.Menores de 128 anos com pena correccional at 3 anos.Qualquer condenado menor at 14 anos.

    1871 1 diploma que introduz a liberdade condicional. Foi introduzida emPortugal, primeiro do que em muitos pases da Europa.

    Muitos jovens no conseguiram ir para os estabelecimentos de jovensdelinquentes e ento o legislador tomou a iniciativa de abrir uma colniaagrcola em Vila Fernando no Alentejo . Foi votada esta colnia em 1880 mass foi aberta em 1895 e iam para l os jovens entre os 10 a 16 anos; e jovensvadios e abandonados e postos disposio do governo. Tambm jovensincapazes.

    Regulamento de 1901 Probe o internamento de jovens at aos 18 anos.Permite tambm todos os jovens com penas correccionais. O seu mbito no

    era s agrcola mas tambm com outros tipos de trabalhos manuais.A ideia a de vida em comum mas com trabalho obrigatrio.

    Os criminosos se tivessem lugar na priso cumpriam a a 1 parte da pena edepois iam para o degredo na parte final. Iam para as colnias ultramarinas,isto na tentativa por parte do legislador de criar colnias penais (1869), masfracassou-se e no resultou porque as pessoas no estavam motivadas.

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    Em 1879 criam-se nas colnias os estabelecimentos militares.

    Vrias opes:

    y O preso era sustentado pelo depsito militar e trabalhava para ele.y Vivia no depsito mas no era sustentado por ele e portanto no era

    obrigado a trabalhar para ele.y No viviam no depsito porque havia quem pagasse a fiana para eles

    viverem noutro lugar. Mas tinha que haver quem se responsabilizassepelo seu comportamento.

    Era uma espcie de liberdade condicional. Este sistema foi regulamentado a 27Dezembro de 1881.

    Entre os militares foi criado em 1895 o primeiro estabelecimento penitenciriosobre o regime de internamento celular nocturno mas com trabalho comumdiurno. Foi aqui que foi introduzido o sistema de Auburn. Este estabelecimentofoi em Santarm.

    Sistema de Auburn mas s para militares.

    este o sistema penitencirio que temos at 1910.

    Cadeiascomarcs

    Lisboa/Porto

    PenitenciriaLisboa M

    nicas /C

    axias(1903) menores

    delinquentes

    Vila Fernando(vadios e

    mendigos)1843 1867 1871 18801872 Reg. 1884 R. 1901 Concretizado

    18951901 Concretizado

    1885Porto R. 1907

    Lib. Cond. 1893 1902R. 1903 Mnicas

    1903

    Ultramar CP/DMMilitares 1895

    A inteno era cobrir o pas com 3 cadeias mas por falta de dinheiro s se crioua de Lisboa situao dupla:

    Presos que entram em Lisboa e presos que no entram. Situaodefinida por uma comisso constituda por diversas personalidades,

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    decidiam propor ao Governo que os presos masculinos com penatransitada em julgado.. O preso podia vir de qualquer parte do pas.Quando no cabia 2 penas alternativas: celular ou se no houvesseespao, priso com degredo.

    Em 1867 para todos os casos em que estava prevista a pena de morte, aplica -se a pena de priso maior celular por 6 anos seguida de ena de degredo por 10anos DL 1867.Aos antigos crimes em que o degredo era perptuo pena celular por 4 anos edegredo por 8.

    Este regime verificou-se a partir de 1885 (concretizado) embora estivessepensado desde 1867.

    Depois de 1885 temos um sistema duplo priso celular + degredo, istoenquanto tivermos colnias (vai iniciar-se em Portugal a priso de Alcoentre

    que vai substituir o degredo).

    1893 Surge primeira lei que consagra a liberdade condicional

    Aos 2/3 da pena com autorizao do Ministro da Justia.Quando o individuo se mostrar corrigido. Se o indivduo cometer algumcrime durante a liberdade condicional, esta era revogada pelo Ministro.Muito poucas foram concedidas at repblica.

    Em 1903 revisto o regulamento penitencirio de Lisboa este regulamento de 1884.

    y Separao dos presos na cela.y Visitas eram um prmio de bom comportamento e no um direito do

    recluso.y Ao incio o preso ficava fechado para reflectir e era vigiado/visitado pelo

    director que analisava a influncia que poderia exercer sobre os outrospresos. Por isso no trabalhavam ou iam escola.

    y Art. 159 - Presos no se podem ver ou falar.y Presos devem guardar entre si a distncia de 5 a 6 passos.

    y Trabalho dirio de 10 horas e descanso de 8 no mximo haviaexcepes.y Visitas internas 3 vezes por semana (objectivo fortalecimento do seu

    carcter)y Visitas externas (famlia) ao Domingo de 15 em 15 dias, isto para quem

    merc porque era um prmio. Quem estiver sob pena disciplinar nopode.

    y Presos no podia, escrever ou receber cartas sem ter sido vistas pelodirector. Quem tem pena disciplinar no pode.

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    Recompensas:y permisso de maior n de visitas;y fumar durante o passeio:y aumento da taxa de salrio;

    y proposta de perdo ou reduo da pena no se refere liberdadecondicional.

    Sanes / penas disciplinares:y Privao de leitura e visitasy Posto em celas isoladas ou escurasy Alimentao a po e gua durante 8 dias

    Em 1903 restringe-se o mbito de aplicao do sistema filadelfiano. Pessoas

    cegas, surdas, mudas e com restritas capacidades fsicas. Porque era umsistema com graves consequncias fsicas. Outro exemplo so os idosos.

    Jovens internados nas Mnicas em 1871 e revisto em 1901. Criou-se umestabelecimento para as meninas em 1903 e estas ficaram nas Mnicas e osrapazes passaram para Caxias.

    Para os vadios e mendigos em Vila Fernando concretizado em 1885 erevisto em 1901.

    1901 Abriu-se a colnia Vila Fernando a qualquer menor consideradocriminoso.

    Vila Fernando:

    y Primeiros 8 dias separados dos outros, visitado s pelo director eprofessores.

    y Diviso dos colonos tendo em conta a sua idade, sua procedncia,trabalho que faz e tipo de crime que cometeu.

    y O. Era como um castigo para os menores, com a proibio de visitas epasseios. Ficavam inscritos na lista dos castigados.

    As listas podiam ser feitas a qualquer dia mas tinha de haverautorizao do Director.

    Depsitos militares 3 regimes:

    y Sustentados pelo depsito trabalhavam neley Dormiam no depsito mas no trabalhavam l

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    y No dormiam nem trabalhavam l, mas de qualquer maneira tinham depassar por l. Por ex. 1 vez semana.

    Quem tinha esta ltima fase porque j tinha passado pelas outras duas etinham que ser afianados por algum da comunidade que se responsabilizavapor ele.

    Sistema prisional militar por deficincia de construo aplica-se o sistema deAuburm Santarm 1895.

    trabalho em comummas em silncio.

    Hoje em dia j no militar, mas sim de foras de segurana ex sargentos,policias, etc.

    Medidas de Segurana

    Nasceram em Portugal a 21 Abril 1892 (lei) medidas de segurana parareincidentes e vadios.

    A pessoa depois de condenada era posta disposio do Governo .

    Ex: 2 anos pena correccional (Limoeiro) depois era posta disposio doGoverno para ser relegado (por tempo indeterminado) para as colnias estaparte era a medida de segurana.

    A nossa relegao no era obrigatria (em Frana era) e os nossos vadiosdispunham de uma audincia contraditria na colnia para provar que j estavacurado e que j no causava perigo para a sociedade se isso fosse provadopodia sair da terra do degredo.

    Quando chegavam s colnias iam para os depsitos (ficavam com oscondenados a pena de degredo que j vimos anteriormente)

    3 Abril de 1896 alarga-se esta medida a vadios, mendigos e rufies (viviamda prostituio)Pena correccional + relegao por tempo indeterminado.

    A medida de segurana a relegao.

    Tnhamos um sistema dualista: para um imputvel temos uma pena e umamedida de segurana.

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    3 Medida de segurana, tambm em 1896 para anarquistas (motivos polticos) priso correccional +relegao por tempo indeterminado; mas h umadiferena que os primeiros podiam voltar para a metrpole com a audinciacontraditria em que se provava a inexistncia de perigo para a sociedade;estes ltimos s com a autorizao do Governo, o que se verificava quantomuito que em regra nunca mais voltavam

    3 Abril 1986 verdadeiras medidas de segurana para inimputveis internamento hospital indeterminado. Mas como no havia dinheiro paraconstruir hospitais, mandavam-nos para hospitais comuns depsitos desseshospitais.

    Estas medidas de segurana deram azo a vrios abusos, mandavam-nos paraTimor ou Moambique porque era o que estava mais longe.

    Nas vsperas do regicdio Joo Franco tentou criar uma medida desegurana que tinha de ser instaurada pelo Governo, mas que foi logorevogada aps o regicdio. No se aplicou. Era para indivduos politicamenteinconvenientes (at deputados) relegao administrativa ou governamental.Foi a fase mais extrema da luta politica.

    1910 Republicanos toma o poder e tm vrias ideias:

    y 10 Outubro 1910 acabam-se todas as penas e medidas de seguranaperptuas.

    y Os reincidentes, vadios, mendigos e rufies so condenados a partir de1910 na mesma pena de priso correccional mas depois com relegaode 3 a 5 anos.

    y Medidas de segurana passam a ser determinadas.y Aboliram-se as medidas de segurana para anarquistas.

    Instabilidade politica o legislador de 1912 para mendigos, vadios, rufies (20Julho 1912) e reincidentes, alm da pena correccional estabelece-se umamedida de segurana internamento at 6 anos.

    No era relegado para o Ultramar e eram internados c na colnia agrcolaou casa correccional de trabalho.

    Para variar no havia dinheiro e s se criou a colnia agrcola , no em Viseumas em Sintra, que abriu em 1915. onde o actual estabelecimentoprisional de Sintra.

    Sintra funcionou muito bem, tal como Vila Fernando para os vadios menores.

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    Era para funcionar como casa correccional, mas no foi isso que aconteceu,ficou estabelecimento prisional para condenados a priso maior .

    Terceira grande ideia dos republicanos :

    Alterao do sistema penitencirio filadelfiano para o sistema Auburn 29Janeiro 1913

    Ordem dada pessoalmente por Afonso Costa (Conselho de Ministros) mandaretirar os capuzes.

    4 Grande reforma abolio da pena de morte para todos os crimes militares Decreto 16 Maro de 1911.

    Excepo a esta regra criada em 1916 e perdura at 1976. Permitida a pen a demorte a militar que trai no campo de batalha (crime de desobedincia e traio)

    era julgado no prprio campo.

    H conhecimento de um s caso (soldado na Flandres) soldado fugiu batalhae foi logo condenado.

    5 Grande Reforma 27 Maio 19111 criao de tribunais para menores jexistia nos EUA primeiro s em Lisboa.y 24 Abril 1912 para o Portoy 1925 Para toda a metrpole

    Competncia dos tribunais:Crimes cometidos por maiores de 9 anos aplicando-lhes penas de detenocom intervalo em reformatrios.Crimes menores 16 anos penas deteno em reformatrios ou casas decorreco.Menores de 9 anos eram considerados inimputveis no eram julgados.Previa-se tambm a liberdade condicional para os menores que estavam emreformatrios ou casas correccionais Lei criada pelo Padre Antnio deOliveira

    O legislador criou uma medida de segurana acompanhada de pena parabombistas em 1920.

    Reintroduz-se nesta data o sistema dualista para sujeitos com crimes debombas. Delinquentes por crimes polticos. Eram condenados com penacorrespondente ao crime e depois a medida de segurana que era estarem disposio do governo e que era a deportao at 10 anos medida desegurana com tempo indeterminado. At 1926 com a revo luo para o regimeditatorial.

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    1836 8 Dias 1855 Pronncia provisria artificio para furar os prazos1867 Deteno policial (averiguao ilimitada)

    28 Agosto 1893 Joo Franco (legislador) admite a deteno judicial para

    averiguaes por perodo ilimitado.

    Em 1910 acaba a deteno policial e a deteno judicial ilimitada. AfonsoCosta que o faz.

    Passa a ser 8 dias contados desde a primitiva deteno.Neste prazo a policia tinha que levar o arguido ao juiz e estetinha que dar a pronuncia.

    Regime de 1910 igual ao de 1836.

    O prazo pode ser prorrogado por mais 8 dias se tiver exigido

    diligncias (contraditrias).Nestes 8 dias o julgador s pode estar ocupado pelasdiligncias contraditrias do preso.

    De 15 Fevereiro 1911 at 1936 legislador introduz deteno ministerial porperodo ilimitado para averiguaes s por ordem do Ministro da Justia

    De 1912 a 1945 deteno ilimitada para averiguaes mas s para algunscrimes:y Armas proibidasy Associaes malfeitores

    Ou seja:1867 Todos os crimes1912 S alguns crimes

    1918 Regime alargado de deteno policial ilimitada para averiguaes tudo crimes polticos:y Perseguioy Rebelio

    y Alta traio

    Houve pessoas detidas durante 5/8/9 anos mas sem nunca terem sidojulgadas.Pessoas que foram condenadas a 3 anos mas que estiveram, 10 a 15 anosporque a policia queria.Pessoas absolvidas pelo tribunal mas que a policia levou para o Tarrafaldurante 5/10/15 anos.

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    Decreto de 1922 era igual ao de 1918.

    Quem acabou com esta deteno em 1945 foi o Prof. Manuel CavaleiroFerreira.

    O tempo de deteno policial na monarquia era por um perodo pequeno 1 a

    2 meses.

    Tarrafal passou a ser a primeira colnia do Ministrio da Justia.

    10 Novembro de 1927 (14/1549) logo aps a tomada de poder pelosmilitares vai-se dar a primeira grande reforma do sistema prisional. Isto com aintroduo do sistema progressivo .

    1 Perodo tinha um limite mnimo de um ano priso cumprida com absolutaseparao celular de dia e noite.

    2 Perodo no tinha limite priso cumprida com absoluta separao celularde dia e noite com excepo do trabalho em comum mas em silncio.

    3 Perodo no tinha limite priso celular com separao absoluta de dia enoite mas com trabalho em comum, onde podiam falar. Tambm podiam falarnos recreios.

    Este regime no vigorou para os agentes de crimes polticos.

    A 1 e a 2 fase eram cumpridas em Lisboa a 3 fase em Coimbra.

    Se o agente se portasse bem podia ficar s um ms na 2 fase, mas se por ex.na 3 se portasse mal, podia voltar 2.

    Este regime foi ligeiramente alterado em 1932:y A 1 fase j no est limitada a um ano, podia ser inferior.y Os de Coimbra e Norte podiam fazer todas as fases em Coimbra, e os de

    Lisboa e Sul as 3 em Lisboa. Para evitar custos com os transportes.

    Prev-se a construo de mais um estabelecimento prisional em Alcoentrepara evitar o degredo devido a queixas de quem l vivia uma colniaagrcola semelhante de Sintra.

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    1936 1979 Grande reforma que vigora durante todo o perodo doantigo regime

    Lei Prof. Beleza dos Santos (universidade de Coimbra)

    Detenes para averiguaes deteno policial sem autorizao judicialpor perodo indeterminado para meras averiguaes.

    1867 1 Lei que organiza a policia civil em PortugalDura at 1945 (termina a II GM)

    Em 1945 Manuel Cavaleiro Ferreira com o aval de Salaz ar termina com isto (foiministro justia de 1945 a 1954)

    Interesse estratgico e politico

    Durante este perodo (1867-1945) vigoram 3 regimes polticos em Portugal:y Monarquiay Republicay Ditadura

    Estas detenes foram interrompidas em 1910, recomeando em 1912.

    (1911 havia deteno por ordem do ministro da justia tambm por perodo

    indeterminado sem qualquer aval judicial)Lei 15 Maro 1912 s para determinados crimes crimes graves denatureza politica

    Continuam e em 1918 Sidnio Pais militar presidencialista emite um decretode ditadura feito revelia das cortes e do parlamento.

    1922 Restaurar/reconfirmar todo o teor do preceito que permitia a detenoem crimes de natureza politica.

    Vigora at 1945.

    Serve para crimes polticos:

    1 CasoDeteno extrajudicial policial ilimitada

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    Punio pela policia de pessoas que nem sequer tinham ido ajulgamento

    2 CasoProlongamento da pena aplicada pelo tribunal por perodo ilimitado

    Pessoas j condenadas que a policia entendia que deviam continuarpresas

    3 CasoPessoas que tinham sido absolvidas pelo tribunal.

    Polcia substitua-se s autoridades judicirias.

    Isto no aconteceu s em Portugal, so particularidades de um tempo histrico

    uma situao extrajudiciria.

    Tese de doutoramento A reforma da justia criminal em Portugal e naEuropa.

    Sistema penitencirio filadelfiano:

    Isolamento celular contnuo (noite/dia) com trabalho na cela.

    Nasceu na cidade de Filadlfia.Para que a priso no seja uma escola do crime, no comunicam uns com osoutros.

    Penitencirio influncia religiosa (de penitencia).Finais do Sec. XVIII Filadlfia criou uma cadeia muito diferente do que atento se verificava. A sua caracterstica era o isolamento contnuo comtrabalho na cela.

    Forma de fazer passar o indivduo por um perodo de reflexo, como penitnciapelos seus pecados.

    Isto contrapunha-se regra nas prises europeias presos todos juntos nacela (no Limoeiro que era a maior priso de Lisboa at 1974)Estavam todos juntos novos e velhos, crimes + e graves.

    Sistema de governao mandavam os carcereiros, abaixo dele o juiz queera o pior dos presos e que resolvia as querelas entre os presos.

    Isto estava na lei a partir de 1843.

    Havia outra grande cadeia cadeia da relao do Porto que hoje um museu.

    Este sistema existia antes de ser implantado o sistema penitencirio:

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    Cadeias civis todos juntos (perverso completa) sem preocupao com arecuperao. Sem trabalho.Lisboa e Porto + cadeias comarcs.Carcereiro p juiz p preso

    1867 Abolio da pena de morte para crimes civis. Introduz as cadeiaspenitencirias.

    A 1 foi o EPL que abre em 1885 isolamento contnuo

    O plano era construir mais 3, mas no havia dinheiro.

    Em 1867 arranja-se um esquema para fazer conviver simultaneamente cadeiascivis e penitencirias.

    Sistema da pena dupla s se concretizou em 1885.

    Duas penas: uma na penitenciria e outra na civil. Se houvesse lugar napenitenciria cumpria, seno cumpria a outra.

    Manuteno do sistema da pena dupla dois assentos na dcada de 50:

    1 Corrente minoritria que defende s penas penitencirias

    S em 1979 cessa de vez. Na prtica a partir dos assentos.

    Qual a ideia fundamental por detrs da pena penitenciria?

    Inspirada por Silvestre Pinheiro Ferreira

    Distinguia os delinquentes:

    y Incorrigveis julgados por um juiz de culpa. Juiz de visita definia a pena(Isolamento/trabalho em comum/degredo)

    y Perversos mas corrigveis

    y No perversos

    O regime filadelfiano (capuz) substitudo em 1813 por sistema Auburniano(Da cidade Auburn no Estado de Nova York)

    Criou cadeia com certas particularidades:y Isolamento nocturnoy Durante o dia trabalha vem em conjunto em silencia para no se

    influenciarem.

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    Em 1895 implementado no 1 estabelecimento prisional militar Santa rm.

    Restantes em 1913.

    EPL 6 alas sistema de estrela

    Cadeia de Coimbra abriu em 1901 4 alas

    Santarm cadeia militar depois de 1998 apenas para agentes policiais

    Plano inicial: 1 em Lisboa, 2 Porto.

    Acabou por ser:1885 Lisboa1895 Santarm1901 Coimbra

    A cadeia de Santarm era para ser civil, mas houve um erro de engenharia naconcepo.As celas eram grandes.

    Introduz-se o sistema Auburniano

    Legislador resolveu experimentar s no mbito militar.Em 1913 foi alargado ao mbito civil.

    A seguirsistema progressivo:1 Fase p isolamento celular contnuo2 Fase p trabalho comum com isolamento celular nocturno3 Fase p conversar no recreio.

    1867 Cria sistema de dupla pena

    1884 Acaba-se com as penas perptuas

    1885 Entra em vigncia

    C.P. 1886 vigora at 1982 ( uma reposio da lei 14 Junho 1884

    De um lado penas maiores penitencirias. Do outro penas maiores comuns(alternativas)(Isto vigora at reforma Prof. Cavaleiro Ferreira em 1954

    Escala de cinco penas: (Ideia de Silvestre Pinheiro Ferreira)

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    Pena priso maior celular 8 anos + degredo 20 anos (no como penaautnoma mas como parte final da pena)Pena alternativa (aplicada quando no havia lugar na penitenciria) pena fixa degredo de 28 anos com priso no lu gar de degredo de 8 a 10anos fixados pelo juiz (aqui o degredo autnomo)

    P.Priso maior celular 8 anos + degredo 12 anosP. Alternativa pena fixa degredo 25 anos

    P.Priso maior celular 65 anos + degredo 10 anosP. Alternativa pena fixa degredo 20 anos

    P.Priso maior celular 6 anos + degredo 8 anosP. Alternativa pena fixa degredo 15 anos

    P. Priso maior celular 2 a 8 anosP. Alternativa priso maior temporria (3 a 12 anos) o legislador diziaque esta obrigava ao trabalho.

    As penas correccionais (abaixo dos 2/3 anos de priso) no obrigavam aotrabalho.

    Era uma comisso nomeada pelo Governo que determinava quem ia para oEPL.

    O legislador portugus sentiu que havia por parte dos governantes dasprovncias alternativas uma averso em relao pena de degredo.Este movimento de oposio foi crescendo com episdios recambolescos.

    A certa altura o legislador entendeu no dever forar sobretudo a colnia deAngola a receber as pessoas que vinham de c.

    Decreto 20877 de 13 Maro 1932 Em 1913acaba o sistema filadelfiano e inicia-se o de Auburn.

    Em 1927cessa o de Auburn e inicia-se o progressivo:1. Isolamento celular total com trabalho na cela (pelo menos 1 ano)2. Separao absoluta com trabalho em silncio3. Possibilidade de comunicao dos presos durante o trabalho e horas de

    lazer1 e 2 EPL, 3 Coimbra

    Se o preso se portasse mal retrocedia fase anterior.

    O decreto rev o sistema progressivo e prev colnia penitenciria emAlcoentre.

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    Em 1932 decide-se:y 1 Perodo pode ser mais curtoy J no tinham de mudar de cadeia, podiam cumprir tudo no EPL ou em

    Coimbra.

    Cede tambm presso dos governantes das colnias para acabar com o

    degredo.

    Regime trabalho agrcola na colnia penitenciria agrcola de Alcoentre.

    Duas experincias anteriores com sucesso:y Sintra para vadios abriu em 1915.

    Criada por lei de 1912, que a previu em Viseu mas acabou por serSintra.

    y Vila Fernando para menores (antes de Sintra)

    A partir desta altura deixam de fazer sentido as penas alter nativas, masmanteve-se porque a colnia de Alcoentre no tinha espao para toda a gente.(Tambm no o disse expressamente no decreto de 32)

    Em 1933 Decreto 23203 de 6 Novembro vai regulamentar/uniformizar todo osistema de crimes polticos.Prev para uma srie de crimes o desterro, e volta em fora com as penas dedegredo p ilha do Tarrafal.Desterro a expulso de uma parte do pas para outra. Degredo expulsoterritrio continental para provncias ultramarinas .

    Prof. Beleza dos Santos fez parte da comisso que elaborou vrios projectospara a criao de estabelecimentos prisionais.

    Decreto 26539 de 23 Abril de 1936 cria a colnia penitenciria de Cabo Verdepara criminosos polticos.

    Decreto 26643 de 28 Maio 1936 (autoria Prof. Beleza dos Santos) grandereforma que vigora a at 1979 vivem sob este regime todos os presosmilitares.

    Tudo isto no foi integralmente levado prtica por falta de dinheiro .

    Prorrogao da pena enquanto se mantivesse a perigosidade do agente(imputveis) isto aps o cumprimento da pena.

    Sistema que o reverso da liberdade condicional.

    Exemplo: 8 anos + 20 em Alcoentre

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    Se damos liberdade condicional aos que deixam de ser perigosos, ento paraos que continuam a ser perigosos deve-se continuar.

    Na verso inicial quem decretava era o rgo administrativo.Depois so criados os tribunais de execuo de penas em 1944 (Beleza dosSantos iniciativa Cavaleiro Ferreira concretiza

    Doutrina continuava a insistir (sistema Elmira luz verde/vermelha). Em 1936 c consagrado grande reforma de 1936.

    3 Tipos de delinquentes de difcil correco art. 109 reforma prisional:

    1. Delinquentes habituais duas ou + vezes, novo crime, 2 critrios (nofundo reincidentes em penas priso maior ou degredo)

    2. Delinquentes por tendncia Maus porque tm prazer em ser maus art.110

    3. Delinquentes indisciplinados Mostrem inadaptados ao regime prisional ede difcil correco art. 111

    No h priso perptua desde 1884, mas havia detenes averiguaes porperodo ilimitado e que servem instrumento combate politico e a partir de 1936pena priso ilimitada prorrogvel de dois em dois anos.

    Estava na disposio do agente continuar na cadeia ou no.

    Ideia fundamental consagrava-se o Sistema Elmira sempre imputvel conduta do agente.

    Reforma 1936 Beleza dos Santos

    1. Cadeias comarcs

    Indivduos que cumpriam priso at 3 meses.Isolamento contnuo noite e dia com 30 minutos de exerccio ao ar livre

    2. Cadeias Centrais

    Penas de mais de 3 meses at 2 anos de prisoRegime progressivo com perodo de isolamento inicial contnuo por perodo de3 meses

    3. Penitencirias Colnias penitencirias

    Penas maiores de 2 anosRegime progressivo com as mesmas 4 fases do anterior

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    1. No podem falar entre eles. Pode dar-se trabalho ao preso eexcepcionalmente esse trabalho pode ser em comum

    2. 2 fase (aps os 3 meses) com assistncia ou culto escola e ao trabalhoem comum com outros presos, mas sempre em silncio.

    Prazo mnimo de 3 meses e se tiver cumprido 1/3 pena passa para o 3perodo, em que alm das regras anteriores tambm tem vida em comum nasrefeies e horas de descanso.

    Depois de um perodo mnimo de 6 meses nesta fase e de ter cumprido dapena, o preso passa para a 4 fase que tem como caracterstica a concessode cargos de confiana.

    S se avana de uma fase para a outra se se portar bem.

    Se se portar muito mal, pode ser ordenada a transferncia do preso para umapriso de delinquentes de difcil correco grave indisciplina einadaptibilidade ao regime do estabelecimento.

    DDC Regime geral a prorrogao ilimitada da pena (avaliada de 2 em 2anos). Proposto pelo director e decidida pelo Conselho Superior de Servioscriminais que avalia a perigosidade do arguido.

    3. A nica diferena a durao das fases.Regime isolamento continuo na 1 fase de 3 a 6 meses.

    2 perodo vida prisional em comum, horas de alimentao e descanso noso em comum exactamente o mesmo regime que o anterior mas com prazomnimo de 6 meses e cumprimento de 1/3 da pena.

    3 perodo vida em comum incluindo refeies e descanso em comum e quedura pelo menos 1 ano e o delinquente tem que cumprir da pena para passar 4 fase.

    S se passa de fase em fase se se portar bem, seno vai para a DDC.

    Tudo isto era para as cadeias comuns

    Cadeias especiais

    Priso escola maiores de 16 anos que cumprissem pena de prisosuperior a 3 meses.

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    E para quaisquer maiores de 16 anos com ideias subvertidas (vadiagem,mediguice, jogo proibido, ociosidade)

    Regime muito flexvel com um fim predominantemente educativo e que era

    constitudo por 4 seces que estavam situadas em 4 edifcios diferentes:y Seco observaoy Seco confiana limitada isolamento com aprendizagem em comumy Seco inteira confianay Seco meia liberdade ir para fora do estabelecimento para trabalhar.

    O maior de idade s podia ficar na priso-escola e, regra at aos 25 anos deidade, contudo se fosse considerado indisciplinado at aos 25 anos ficava l,mas se continuasse indisciplinado o director propunha ao conselho que ojovem fosse para a priso de delinquentes de difcil correco. Nem era precisoesperar at aos 25 anos.

    Priso-asilo para delinquentes inimputveis mas com anomalia mental.

    Regime equiparado ao das prises comuns, i.e. com pena de 3 meses a 2 anos priso central; pena superior a 3 anos priso penitenciria, mas todosaplicados na priso-asilo.

    Tinham uma particular ateno mdica.

    Se se portar mal e se no fim da pena ainda se mostrar perigoso d-se uma

    prorrogao da pena at que um rgo da Administrao o considereinofensivo. Mas no precisa de ser ao fim da pena, mesmo na execuo dapena podia ser decidido que o recluso iria para a priso de delinquentes dedifcil correco.

    Prises especializadas pela condio fsica do recluso:

    y Prises-maternidadey Prises-sanatriosy Priso-hospital

    O mesmo regime que o das prises comuns a nvel da pena, com possveisalteraes pelo mdico.

    1936 ano em que aprovado e entra em vigor o novo sistema penitencirio.

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    Este sistema influencia o direito vigente e dura at 1979.

    Da autoria do Prof. Beleza dos Santos

    Imputveis Comuns Imputveis Especiais Inimputveis EspeciaisComuns ou comarcs Priso asilo Priso manicmioCentrais Priso sanatrio Colnias agrcolasPenit. ou ColniasPenit.

    Priso escola Estab. Alcolicos edrogados

    Priso hospitalPriso maternidade

    3 Tipos de cadeias:

    1. Comuns (tambm chamadas comarcs) isolamento contnuo(isolamento permanente total - diurno e nocturno) sistema filadelfiano

    2. Centrais para penas de 3 meses a 2 anos

    3. Penitencirias ou colnias penitencirias para crises com pena depriso maior

    Na 2 e 3 regime progressivo: constitudo por 4 fases (depende do decurso dotempo e do comportamento do indivduo)

    Apenas diferem na durao das fases. Nas penitencirias so maisexigentes.

    A partir de 1936 Prises para delinquentes de difcil correco (naMetrpole e no Ultramar sendo que quem decidia onde cumpria era oConselho Superior dos Servios Criminais)

    3 Grupos:y Habituais (reincidentes)y Por tendncia (malvadez)

    y Indisciplinados

    Podem ser considerados os que esto em 2 e 3 o que implica a suatransferncia para uma priso deste tipo

    Consequncia

    Possibilidade de prorrogao ilimitada da pena

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    Esta prorrogao decidida pelo Conselho Superior dos Servios Criminais que um rgo da administrao. apreciada de 2 em 2 anos.

    Aqui no se distingue pena e medida de segurana.q qMedida da culpa Perigosidade

    Prorrogao era no fundo uma medida de segurana que era aplicada paraalm da pena de priso. Servia para castigar a perigosidade

    Priso-asilop imputveis com anomalia psquica

    Priso-sanatriop tuberculose e doentes graves

    Priso-escolap + 16 anosAqui pode aplicar-se directamente a prorrogao at ao limite mximode 25 anos de idade, altura em que tm de ser transferidos para umacadeia de delinquentes de difcil correco.

    H 4 fases:y Observao Isolamento completo para observao da

    personalidadey Confiana limitada Isolamento + aprendizagem em comumy Total confianay Semi-liberdade Individuo pode vir para fora dos estabelecimento

    para trabalhar ou outros motivos

    Sanes:y Disciplinaresy Andar para trs nas fasesy Prorrogao da pena sucessivamente por perodos de 2 anosy Depois dos 25 priso para d.d.c.

    Priso-hospitalp doentes

    Priso-maternidadep grvidas

    Em todas elas se aplica o regime comum correspondente, ou seja crimes atdois anos regime da cadeia central, mais de dois cadeia penitenciria.

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    Os presos preventivos deveriam estar em prises parte

    Para os inimputveis:

    Priso-manicmiop o mdico que determina o regime a que cada um deveser submetido

    Colnias agrcolas p para vadios e equiparados (mendigos, rufies,exploradores de prostituio) no fundo pessoas com modo de vida incerto

    Internamento de 1 a 6 anos com isolamento contnuo at ao mximo de 3meses.Aps este perodo absoluta liberdade por parte do directo r naconformao do sistema (fazia avaliao da condio do individuo emodelava o sistema aplicado)

    Isto so ideias que estavam no papel algumas delas no chegaram prtica.Colnia agrcola para inimputveis em Sintra juntamente com osimputveis e no havia mais nada.

    Ao fim dos 6 anos se no estiver corrigido pode ser prorrogado ainda queno seja conveniente a sua transferncia.

    Aos 60 anos tem de ser posto em liberdade condicional.

    Se for perigoso vais para o estabelecimento presos difcil correc o.

    Estabelecimentos para alcolicos e drogados p o regime igual aoanterior

    Presos polticos (subversivos)

    Prises para delinquentes polticos

    Colnias ultramarinas para delinquentes polticos

    (Todo o esquema acima pensado pelo Prof. Beleza dos Santos)

    Estas prises so muito mais liberais, os presos entravam directamente na 3fase do sistema progressivo

    vida em comum durante o dia e descanso

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    mais favorvel o preso poltico tem caractersticas especiais.

    Todos os presos eram obrigados a trabalhar.

    Preventivos e polticos { restantes

    Podiam ser eles a escolher o tipo de trabalho.Este podia ser de ordem intelectual, mesmo improdutivo.

    Se fossem refractrios disciplina ou elementos perniciosos para outrosreclusos, eram internados numa priso para delinquentes de difcil correconas colnias aplicava-se a prorrogao e passavam o resto da vida acumprir pena.

    Previa-se tambm que pudessem ser internados em colnias ultramarinasespecficas para delinquentes polticos Tarrafal

    Regime previsto na lei era melhor do que o das colnias para presos de difcilcorreco no Ultramar.

    Era idntico ao das prises, entravam na 3 fase do sistema progressivo (144reforma prisional). Tinham liberdade de trabalho.

    Tudo acima resulta da letra da lei. O que veio a acontecer efectivamente?

    1933 DL 23203 previa colnia ultramarina (este decreto regulamenta acriminalidade politica)

    1936 criado o Tarrafal

    Em 24 Abril 1974 Portugal tinha 183 presos polticos, o que um nlimitado quando comparado com outros pases.

    A estratgia era meter medo (detenes policia para averiguaes)Inicialmente era s o Tarrafal.

    (Angola outra coisa colnia de degradados que fecha quando acabaa pena de degredo os presos so remetidos para Alcoentre)

    1954 Fecha o Tarrafal para presos polticos a 1 Jan. 1954. A portaria daautoria do Prof. Cavaleiro Ferreira saiu a 31 Dez 1953.

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    Os delinquentes de difcil correco continuaram at ser aberta a prisodo Bi em 1956 Angola.

    1954 a 1974 Peniche para delinquentes polticos

    1956 a 1974 Bi para os delinquentes de difcil correco que estavam noTarrafal.

    At 1936:

    y Limoeiro /cadeia da relao do Porto /cadeias comarcsy Penitenciaria Lisboay Penitenciara Coimbray Penitenciria Santarmy Penitenciria Sintray Colnia Monsanto

    y Priso-escola (1934-1946)y Colnia Alcoentre (1932-1944)y Colnia St Cruz do Bispo (1936-1946)y Colnia Pinheiro Cruz (1951)

    y Priso mulheres (1953)y Priso politica Forte Peniche (1954)y Cadeia central de Lisboa (1954)

    y Priso sanatrio (Guarda 1955)y Autonomiza-se a priso Hospital S. Joo Deus (cascais 1956)y Cadeia Bi (1956) fica com os presos que saam do tarrafal

    Este sistema s foi paulatinamente funcionando. Aps a reforma ser aprovada(1936), s 10 anos depois que foram construdas as cadeias que permitiam oprprio funcionamento do sistema progressivo.

    Antes disso concentrava-se o caos total nas cadeias, novos e velhos,

    pequenos com grandes criminosos.Todas as prises abrem quando o Prof. Manuel Cavaleiro Ferreira foi ministroda justia.

    1932 acaba o degredoProbe o uso de barcos para o Tarrafal

    1933 - Degredo politico (DL 23003)

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    1936 - Degredo politico 1933Degredo penitencirio = DDCExcepo proibio de degredo.

    Legislador o degredo cumprido como parte de pena maior

    Hoje a pena de priso aplicada resulta em muito da reforma do Prof. CavaleiroFerreira (1944-1954)

    Oque acontecia?

    Ex. 6 anos + 3 anos com degredo o degredo proibido 3 anos -1/3 = 2anos 6+2 = 8 anos na penitenciria (os que no cabiam cumpriam noLimoeiro ou nas comarcs)

    S em 1944 abre em Alcoentre.

    Sistema mais individualizador 1955 Naes Unidas, em 1987 Conselhoda Europa (a verso europeia mais rigorosa do que a das NU).

    y Princpio da igualdade

    y Princpio da no separao

    y Princpio da incluso

    y Princpio da ressociaizao (execuo personalizada da pena)Em Portugal, em 1984, a DGSP emitiu 1 decreto desobrigando osdirectores das penitencirias de criarem planos individualizados para aexecuo da pena de cada recluso (motivo sobrelotao das cadeias)

    Isto claramente ilegal art. 8/9 DL 79.

    y Princpio da autopromooO trabalho do condenado deve suscitar do prprio condenado a vontadede se reintegrar, de participar no seu prprio trabalho.

    Mas como no existe um trabalho efectivamente nada disto existe na vidaprtica. Ideia de comparticipao do recluso no seu prp rio trabalho.

    Instituio de um sistema de privilgios, com vista ao bom comportamento autopromotor do prprio restabelecimento do equilbrio interno doindividuo.

    y Princpio da progressividade

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    A cessao da execuo da pena deve ser +progressiva, faseada, oindividuo deve ser recolocado na sociedade de forma suave e noabruptamente com sadas precrias, liberdade condicional, etc.

    Exigncias relativamente aos estabelecimentos prisionais:

    Estabelecimentos prisionais comuns:

    1. O recluso tem direito a uma cama individual e um quarto (ideia deisolamento celular nocturno)Ex. Monsanto tem 12 pessoas para uma sala.

    Admite-se que haja dormitrios que devem ter menos exigncias mnimasfixadas por critrios mdicos higiene, ventilao, aquecimento.

    2. Na formulao europeia da recomendao de 87, deve haver condiespara o individuo trabalhar e para ler deve haver janelas que forneamluz natural.

    3. As instalaes sanitrias devem ser individuais de forma acessvel aqualquer recluso, a qualquer hora do dia e permitir a satisfao dasnecessidades fisiolgicas sozinho.

    4. O banho deve ser acessvel pelo menos uma vez por semana em climatemperado e a temperaturas aceitveis.

    5. Os estabelecimentos prisionais no tm todos a mesma segurana,devendo prever-se estabelecimentos fechados e abertos (princpio daressocializao estabelecimento aberto com condies de seguranamenos apertadas)

    Estabelecimentos para mulheres:

    1. Condies para assistncia a mulheres grvidas

    2. O parto deve ser efectuado fora do estabelecimento prisional (para

    descontrair a grvida) num hospital civil.Em Portugal o sistema prisional para mulher grvida at atencioso.

    3. Quando seja permitido as mes ficarem com os filhos devem ser criadosberrios com pessoal especializado.Em Portugal as crianas podem ficar com as mes at aos 3 anos.

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    Estabelecimentos prisionais para doentes mentais:

    1. Devem cumprir pena em estabelecimentos prisionais prprios

    Estabelecimentos para presos preventivos:

    1. Devem estar em estabelecimentos isolados, ou em seces isoladas deestabelecimentos prisionais comuns.

    Novo paradigma penitencirioy Princpiosy Estabelecimento prisionaly Funcionrios

    Funcionrios

    Deve ser um funcionrio pblico a tempo inteiro, com segurana no emprego,com remunerao adequada natureza arriscada do seu trabalho, comformao geral e especial para a carreira de forma adequada.

    Ser que se previam prises privadas?S relativamente a determinados servios, como por exemplo na alimentao Ex. EPL Coimbra.

    Tambm s se permite a concesso de servios ex: lavandaria, alimentao,vesturio.

    diferente entender-se uma entidade particular frente de umestabelecimento prisional a que o Estado est a pagar um valor hora ou aodia por recluso.Neste sistema, deve a ordem e a segurana ser mantida pelo Estado, ou osprprios guardas podem ser funcionrios particulares Ex. Frana Vichy.Mas a segurana e os guardas so funcionrios pblicos o poder disciplinarest nas mos do Estado.

    Hudoc Acrdo Magadan

    Conveno Europeia dos Direitos do Homem anotada pag. 469 IreneBarreta.

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    Liberdade Condicional

    1936 Quais os estabelecimentos prisionais criados?

    Nunca se chegou a criar estabelecimentos prisionais para

    inimputveis.Todas as prises que foram criadas nesta altura ainda hoje estoabertas.

    Liberdade condicional sofreu grande alterao na reforma de 1936 Prof.Beleza dos Santos

    Os presos h mais de 6 meses podem dela beneficiar se estiverem na 4 faseda pena (ltimo perodo) ou quando tiverem cumprido metade da pena (paraasas que no esto divididas em fases).

    Concedida s pelo Ministro da Justia sob proposta do director doestabelecimento prisional.

    Na tese: Delinquentes polticos podiam pedir liberdade condicional Mas aproposta do director era submetida a visto prvio do Ministro da Justia.O Prof. Cavaleiro Ferreira admite isto.

    Aplicava-se muito pouco. As prprias pessoas fugiam dela.

    Podia durar 2 a 5 anos.

    Art. 395 se findo o prazo no merecerem confiana prorrogao porperodos de dois anos desde que no exceda o total de 10.

    A liberdade condicional em regra acompanhada de deveres.

    Se cometesse infraco de especial censura podia voltar para a cadeia.

    A prorrogao tem a mesma natureza de uma mediada de segurana p iapara alm da culpa dele.

    Art. 398 - A liberdade condicional era revogada obrigatoriamente quando:y Condenado por novo crime doloso (qualquer um inclusive pena de

    multa)

    Em 1956 Beleza dos Santos critica isto e atenua por decreto.

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    Causa facultativa:y Se no tiver boa conduta ou no cumprir alguma das obrigaes

    Que revogava era o Conselho Superior de Servios Criminais, presidido peloMinistro da Justia

    Se concedida antes do fim da pena e fosse revogada, o tempo que tinhaestado em liberdade condicional no era computado para efeitos documprimento de pena.

    Em 1979 altera-se este regime

    1961 Ano inicio guerra colonial vai haver alteraesS volta a haver em 1972

    Regime internacional

    Ainda hoje esto em vigor e se aplicam

    Institudo no Regulamento de 31 de Agosto 1965 Naes Unidas (na alturano vinculavam Portugal mas ficava bem respeitar, hoje em dia vinculam)

    O nosso sistema prisional passa a ser alvo de criticas internacionalmente,sobretudo no que diz respeito aos presos polticos.

    Estas regras so um conjunto de princpios de boa prtica penitenciria no um cdigo de sistema penitencirio.

    Dependem das condies de cada pas:y Financeiras,y Sociais, etc.

    1 Regra Princpio da Igualdade no h discriminao

    2 Regra Reclusos devem ser separados em funo do sexo, idade,antecedentes penais, razes deteno e tratamento a aplicar (preventivos paraum lado, condenados para o outro)

    3 Regra Regime isolamento nocturnoS excepcionalmente por motivos lotao pode no ser observada. Se no forobservada no devem ficar dois reclusos (deve ser 3 ou +)). A seleco deveser cuidada e reconhecidos como capazes.

    Durante a noite devem ser sujeitos a vigilncia regular.

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    Texto NU Recomendao 87/3 CE

    Director

    EstabelecimentoPrisional

    y Deveexercerfunes atempointeiro

    y Habitarperto oudentro doestabelecimento

    y Nosestabeleci

    mentosmistos efemininosdeve serumamulher(nemsequerpodeentrarnenhumfuncionrio

    masculinodesacompanhadode umamulher.

    y Deveexercerfunesatempointeiro

    y Dev

    eestardisponvel econtactvelemqualquermo

    mento

    http://ad.doubleclick.net/click;h=v2|308e|0|0|%2a|t;5291503;0-0;0;5782732;1-

    468|60;2442028|2440262|1;;%3fhttp://www.bolsainvest.pt

    Mdicoy Qualificado e habitar no

    estabelecimento ou nasimediaes, nos pequenosestabelecimentos basta que visitediariamente (legislador nacional temde distinguir quais so os grandes eos pequenos)

    y Devem observar o preso o maisdepressa possvel aps a admissoara detectar doenas (fsicas,mentais, contagiosas) oudeficincias

    y Preso doente ou punido com

    y Deve estar permanentementecontactvel

    y Idem

    y Frequncia que impem as normas

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    sano disciplinar de isolamento oureduo de alimentao deve servisitado todos dias

    633y Mdico uma verdadeira instncia

    de controlo da execuo da pena em caso de desacordo o directordeve transmitir o relatrio mdicoao superior hierrquico comanotaes pessoais para quedecida.

    hospitalares ou diariamente sepuder alterar a sua sade fsica emental

    Assistentes Sociais

    y De modo permanentey Livre acesso ao presoy Emitir parecer durante a execuo

    da pena

    y A tempo parcialy Idem

    Direitos e deveres do preso:

    y Absoluto respeito pela integridade fsica e moral do preso no se toca.y Proibio de sujeio a experincias mdicas a menos que d

    consentimento expresso e esclarecidoy Acesso a gua e objectos de limpezay Vesturio limpo, asseado. Adequado ao clima, no degradantey Alimentao boa qualidadey Uma hora de exerccio fsico ao ar livre no minmo

    Estatuto Processual

    y Deve ser informado do regulamento interno e designadamente dasnormas disciplinares

    y Reclamar para o director ou funcionrio superiory Reclamar para o inspectory Reclamar para a Administrao penitenciria centraly Reclamar para a autoridade judiciriay Direito comunicar com a famlia e amigos quer por correspondncia, quer

    por visitas (que pode ser restringido pela necessria vigilncia)y Informado pela comunicao socialy Direito ao culto religioso e contactar com representantey Participar nos servios religiososy Direito de informar a famlia da deteno ou transferncia, tal como morte

    e doena grave ou perigosay Direito a no ser exposto ao pblico

    Preso Preventivo

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    y Presumido inocentey Pode ter alimentao pessoal paga pelo seu bolsoy Usar o seu vesturioy Direito a trabalhar, mas no tem o dever de trabalhary Pode obter todos os meios de informaoy Visitas ao mdico e dentista a seu custo

    Trabalho

    y Obrigatrio para os condenados mas no deve ser humilhantey Produtivo e suficiente para o ocupar durante a jornada normal de trabalhoy De preferncia escolhido pelo prprioy Deve aumentar a capacidade do individuo para ganhar a vida prximo

    do trabalho anlogo em regime livre (condies e organizao)y Os interesses dos trabalhadores penitencirios no devem estar

    subordinados ao lucro

    y Proteco sade, segurana trabalho, indemnizao acidentes e doenasde trabalho (= aos livres)y N mximo de horas dia/semanay Remunerao equitativa e semelhante ao trabalho prestado em regime

    livre

    Instruo

    y Direito instruo encaminhamento para o sistema pblicoy Educao no horrio normal de trabalhoy Educao fsica

    Segurana e ordem

    y Implica restries ao direito do individuo sobretudo quando hajaperturbao

    y Nenhum preso pode ter poder disciplinar sobre os outrosy Infraces, sanes e processos disciplinares devem estar includos na lei

    ou no regulamento princpio da tipicidadey Princpio do Non bis in idem no podem ser punidos duas vezesy Princpio audio do preso antes de ser punido

    y Princpio contraditrio prova contra-acusaoy A CE acrescenta proibio sanes colectivasy Meios coero (ex. algemas) podem ser usados de a acordo com o

    princpio da subsidiariedade e necessidades (tempo estritamentenecessrio)Precauo contra evasoIndicao mdicoQuando preso ameaa fazer mal a si prprio ou a outros ou s prpriasinstalaes

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    y Uso da fora sujeito ao princpio da necessidade, os funcionrios s apodem usar quando:Legitima defesaTentativa evasoResistncia activa ou passiva ordem

    y NU Estabelecimento deve ser inspeccionado regularmente

    y CE Inspeco por autoridade judiciria ou outra, mas independente daadministrao judiciria.

    Direito penitencirio

    1 Sistema Filadelfiano2 Sistema Auburn3 Sistema progressivo/irlands4 Sistema individualizador (NU) 1955-1979 concretizado em Portugal

    NUem 1955 estabeleceram um conjunto de regras mnimas para os reclusos eindividualizador porque a execuo da pena depende em concreto de cadarecluso. Da este sistema individualizado/personalizado.

    Princpios fundamentais:

    1. Aplicao da lei penitenciria de acordo com o princpio da igualdade

    2. princpio da seleco/separao que diz que os presos devem ser

    separados de acordo com o sexo, idade, reincidentes, e com motivos dedeteno e exigncia de tratamento (ex: toxicodepen dentes)

    3. Princpio da incluso os presos condenados no devem ser submetidosa um sistema que agrave a sua situao/condio as condies devemser o mais aproximadas do possvel na vida do exterior. Incluir recluso navida da sociedade.

    A natureza jurdica destas regras so recomendaes, osestabelecimentos no esto vinculados.

    1. Laos do preso com a famlia e organismos sociais a que o preso

    estava relacionado2. Manter, melhorar e salvaguardar os direitos sociais dos presos3. Descobrir e curar qualquer doena fsica ou mental que impea o presoda sua reintegrao, com todos os meios cirrgicos e outros necessrios(teraputicos)

    Estas regras de 55 foram, objecto de recomendao pelo conselho daEuropa e, 1987 (Comit de Ministros)

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    Alguns deveres para o estabelecimento segundo o princpio da inclusoda recomendao de 87 os cuidados mdicos fornecidos aos doentesdevem ser todos os possveis fora e dentro do estabelecimento prisional.

    Se oferea ao recluso a possibilidade de aperfeioar os seusconhecimentos e para que saia da cadeia mais instrudo do que quando

    entrou dever de instruo realiza o princpio da incluso.

    As regras das NU no afastam as europeias, ns temos que respeitarambas.

    Deve ser organizado um sistema de sadas penitencirias, por razesmdicas, educativas, profissionais e familiares.

    4. Princpio da ressocializaao (objectivo de todos os princpios)

    O fim da pena e medida a proteco social contra o crime e isso s sealcana quando o delinquente depois de liberto, for capaz de viver de

    acordo com as regras da sociedade.Exigncia deste princpio o tratamento individual, personalizado dospresos.Programa formado de acordo com as necessidades individuais de cadapreso.

    Em 1979 previa-se isso em Portugal quando havia penas acima dedeterminado nvel de gravidade.

    Actualmente no h uma nica cadeia que faa isso, o princpio dotratamento personalizado atravs do plano de trabalho individual.

    Descriminalizao por ex. trabalho fora do direito criminal, no direito civilou contra-ordenaesDescarcerizao punir apenas com pena de multa ou trabalho

    Menos reclusos leva ao cumprimento das regras de 1955 trabalhoindividual do recluso.

    O recluso mantm todos os direitos fundamentais de qualquer cidado, as

    restries tm de ser limitadas em excepes (s elas podem limitar os seusdireitos fundamentais):

    y Sentena condenatriay DL 265/79 1 Agostoy Regulamento interno do estabelecimento prisionaly Ordens do director do estabelecimento prisional que podem ir alm do

    regulamento interno.

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    H excepes imanentes ao prprio exerccio do direito , consiste num exercciorazovel, plausvel.

    O exerccio de qualquer direito deve ser feito de forma favorvel ao trabalhoe/ou reinsero social (excepo tambm imanente).

    A ltima excepo imanente que o exerccio de direito deve ser adequadopara manter a ordem e a segurana do estabelecimento.

    Excepes extrnsecas ou externas decorrentes das possibilidades logsticase financeiras da Administrao (ex. sade)

    H direitos fundamentais que nunca so restringidos. Direitos prprios dorecluso:

    y Ser informado das regras do estabelecimentoy Direito a informar a famlia da sua situaoy Direito a com a maior brevidade possvel ser ouvido pelo director do

    estabelecimentoy Quanto ao mdico o prazo de 72 horas aps o seu ingresso.y Direito a prestaes do estabelecimento e correspondentes

    Direito vida e integridade fsicaExigir prestaes mnimas que o garantam- Alojamento- Higiene- Alimentao

    - Assistncia MdicaObrigatrias se o estabelecimento no o fizer pode ser responsvelcivilmente.

    Alojamento cama individual e roupa adequada e limpa.

    Tem direito a usar um uniforme mas tem que ser limpo, adequado e nadadegradante e/ou humilhante.

    Higiene lavabos e sanitrios e a todos os objectos para a sua higienepessoal.

    Alimentao convenientemente preparada quer quanto quantidade, querquanto qualidade.Comida saudvel e correctamente efectuada.Comida especial quando esto doentes por ordem mdica.Direito a gua potvel 24h/dia.

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    Sade Direitos de ordem negativa mais que os de ordem positiva.Mais direitos para as mulheres que para os homens.

    Direito negativo no ser submetido a experincias mdicas oucientificas.

    Direito a ser submetido a seu custo a exames de rastreio,medicamentos, cirurgias, dentista, etc. tambm pode ser visto por ummdico da sua confiana desde que pago por ele.Mulheres (gravidez/aborto) assistidas por especialistas, no dependeeconomicamente delas, mas sim da sua condio fsica.

    Estes so os direitos mnimos para a garantia do direito vida e integridadefsica.

    O recluso no pode exercer um direito amplo quanto famlia/paternidade,

    deslocaes, reserva da vida intima, expresso.

    No se pode exprimir livremente est condicionado a um espao fsico eespiritual por ex.: atravs dos meios de comunicao social. Expressoatravs do advogado.

    Mas h um contedo mnimo que nunca pode ser posto em causa h o direitoa visitas e a manter a correspondncia ncleo garantistico do direito famlia/paternidade e defesa jurdica.

    Direito exercido de modo a favorecer o trabalho e a reinsero social (ex.proibio da visita quando para o manter na crimi nalizao uso contrrio eanormal do direito)

    O director s pode barrar o acesso ao seu estabelecimento.O juiz pode barrar o acesso das visitas a todos os estabelecimentos.

    A proibio da visita no se aplica quando se verifica a medida disciplinar, atporque isso prejudica terceiros me, filhos, etc.

    Pode receber advogados os funcionrios podem ver, mas no podem ouvir.

    Recluso tem direito reserva da vida intima, organizao do seu tempo livre,

    do quarto (espao habitacional).Direito a que no haja menes quanto ao seu estatuto de recluso nos cursosprofissionais.

    Direito a ser revistado na privacidade e por pessoas do mesmo sexo.

    O recluso enquanto est preso no pode dispor do seu direito de propriedade.

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    Direitos polticos no dependem tanto do regulamento, mas da sentena oprincpio geral de que se mantm, com excepo dos direitos restringidos nasentena.

    Podem votar, mas no podem fazer manifestaes politicas isto quanto restrio dos direitos de expresso e deslocao.

    No podem ser eleitos (devido restrio da liberdade) e os preventivos antesda pronncia no podem porque um limite ao exerccio do direito politico.

    Podem ter revistas, jornais, rdios, TVs, objectos de valor pessoal, livros, masno podem ter valor econmico muito elevado para no ser susceptvel de sermoeda de troca no estabelecimento.

    Bens com valor econmico so inventariados e entregues quando saiam.

    Recluso tem o direito sua f religiosa, posse de objectos religiosos eexpostos. Direito ao culto religioso e a ser assistido por um ministro desse

    culto.

    Direito que pode ser restringido pelo mdico do estabelecimento prteses,aparelhos mdicos e sendo carecido de meios econmicos a administraopenitenciria dever suportar esses custos. Isto depende de parecer mdico eno da vontade do recluso.

    Pode fazer chamadas telefnicas e enviar telegramas a expensas suas depende dos regulamentos internos dos estabelecimentos.

    Estabelecimento prisional pode impor proibies:y No pode ter qualquer poder disciplinar sobre os outros reclusosy No pode ter qualquer poder quanto integridade, sade de outros

    reclusos.y No deve ter poder de autoridade e/ou direco sobre os outros.

    No deve receber visitas com menos de 16 anos, excepto irmos e filhos.Qualquer visitante pode ser revistado por razes de segurana e em casosexcepcionais at os advogados de defesa.

    Proibio de receber alimentos de fora do estabelecimento prisional, comexcepo de determinadas situaes, ex. no haver condies para a fazer, ou

    religies diferentes, que implicam uma avaliao diferente.

    A correspondncia pode ser censurada e mesmo restringida quando pe emcausa a ordem e segurana do estabelecimento.

    Censurada, quando por escrita codificada, quer por dizer mal doestabelecimento, ou ento em lnguas estrangeiras muito difceis de traduo.A ordem comunicada ao recluso. Se a carta vier de fora reenviada aoremetente.

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    Deveres do recluso:

    y Proibio de desobedinciay Horrioy Uniforme

    y Trabalhoy Higieney Suportar exames mdicos e avaliao coerciva em caso de perigo de vida

    ou de sade, isto depois de se ter tentado o seu consentimento.y A questo antes ou depois da perda da lucidez!!!

    Avaliao forada antes ou depois de perder a conscincia?Tentar obter o consentimento at ao ltimo momento de conscincia, masassim que a perde efectua-se imediatamente o tratamento, excepto quando omdico diz que o recluso est numa situao muito critica e que no se pode

    esperar pela perda de lucidez a age-se logo.So situaes muito complicadas em que necessrio sensatez. Em Portugalno ocorrem frequentemente.

    Sujeitos Penitencirios

    Director estabelecimento prisional (actualmente chama -se administradorprisional)

    DL 351/99 alterao carreira

    Tm de ser obrigatoriamente licenciados licenciatura adequada, nonecessariamente em Direito

    Perodo probatrio p experinciaPerodo inicial 3 anos

    Situao muito precria a qualquer momento podem ser afastados doestabelecimento prisional.

    Nomeados pelo Ministro sob proposta do Director Geral.

    o Administrador que:y Controla a correspondncia,y Autoriza visitasy Autoriza visitas dos advogados fora de horas normaisy Concede sadas

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    y Controla modalidades de internamento se houver desentendimento como mdico a questo colocada a nvel superior. Se h convergncia, aquesto pode ser colocada ao TEP. Em caso de urgncia, pode tomarmedidas mesmo sem parecer mdico.

    y Probe visitas

    Medidas especiais de segurana sancionam fontes de perigo DL 265 art.111

    {Sanes disciplinares

    So aplicadas com o fim de afastar ou evitar fuga ou perturbao da ordem esegurana do estabelecimento (so no fundo, medidas cautelares, preventivasde uma situao)

    DL 49/80 (reviso) art. 113

    Cela especial tem de ser o recluso a fonte de perturbao.Principio subsidiariedade s quando as outras medidas se reveleminadequadas.

    O isolamento por mais de 15 dias tem de ser homologado pela Dir eco Geral.

    Art. 133 - Medidas disciplinares

    Pode ser submetido cumulativamente s 2? No deve, porque se passvel desano disciplinar esta que deve ser aplicada porque mais grave.

    Tal como no Direito Penal no devem ser aplicadas cumulativamente penas emedidas de segurana.

    A lei descreve diferentes tipos de medidas disciplinares.

    Sano disciplinar tambm pode ser internamento at 1 ms.

    Art. 132 - Evaso uma infraco disciplinar e um crime.

    Evaso consumada:y Crime Ministrio Pblico

    y Disciplinar Administrador Prisional internamento 30 diasTentativa Evaso:y Disciplinar AP internamento 30 dias

    Art. 132 c) Dano:Pode dar 30 dias internamentoTanto como medida de segurana como sano disciplinar

    Medida segurana situao de quase inimputabilidade

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    Sano disciplinar comportamentos censurveis

    Internamento enquanto medida disciplinar aps 15 dias deve ser confirmadopelo juiz de execuo de penas.

    Conselho tcnicoPresidido pelo Administrador

    um rgo muito importante

    Constitudo pelo director + 5 funcionrios (ou 3)y Pareceres sobre programas de tratamentoy Pareceres alterao situao prisionaly Pareceres medidas disciplinares

    Delibera por maioria simples tendo o presidente voto de qualidade. Quandoconvocadas pelo juiz do TEP este que preside.

    Reclamao do preso sobre director para o juiz

    Se estiverem de acordo okSe no o conselho tcnico que decide

    Nestes casos o juiz no tem voto de qualidade, tem voto paritrio.

    Conselho Administrativo

    Administra receitas e despesas do estabelecimento prisional3 Tipos de tcnicos:y Reinsero social (IRS) no fazem parte da Direco Geral dos

    Servios Prisionaisy Educao Fazem parte do quadroy Servio social

    Funes: Diploma de 1981 DL 268/81 arts. 53 e 54

    Educao:

    y Elaborao plano individual reabilitaoy Acompanhamento execuo de penay Organizam eventosy Colaboram distribuio actividadesy Parecer sobre sada prolongada em liberdade condicionaly Parecer sobre medidas disciplinares

    Servio social:

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    y Preparar reclusos para saday Prestam apoio material e psicolgico s famlias dos reclusos

    IRSy Tm no fundo as mesmas competncias. Mas apoiam sobretudo no

    exterior. Essencialmente nas sadas (precria, condicional, definitiva)

    H sobreposio de funes, o que no se justifica

    Assistente religiosoEstatuto no DL 79/83 9 Fevereiro sacerdotes igreja catlica (as outrasreligies ainda no tm)

    Nomeados pelo director geral sob proposta do Bispo

    Depende do Director Geral.

    Quanto ao exerccio em si no pode intervir

    Tem direito a conversar em provado com os reclusos mesmo quando sobsano disciplinar e medidas especiais de segurana.

    Tribunal TEP1940 DL 783/76 29 Outubro

    Prof. Beleza dos Santos elaborou lei regulame ntar anterior Decreto de 1946 de Manuel Cavaleiro Ferreira.

    Existem 4 TEP vora, Lisboa, Coimbra e Porto

    Art. 22 - Competncia material:y Conceder liberdade condicionaly Conceder reabilitao

    Novas competncias implicam interferncia directa na vida interna do

    estabelecimento

    1. Visitar 1 vez por ms os estabelecimentos prisionais2. Dar audincia a reclusos que se inscrevam em livro prprio (que existe

    para esse efeito). nelas que podem reclamar. As reclamaes solevadas ao conhecimento do Conselho Tcnico quando o juiz no estde acordo com o director

    3. Deciso sobre recursos interpostos por reclusos internamento em celadisciplinar superior a 8 dias

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    4. Convocao e presidncia de conselhos tcnicos5. Reviso peridica da liberdade condicional6. Concesso e negao sadas prolongadas7. Reapreciao uma vez por ano internamento inimputveis perigosos8. Coordenao das actividades assistncia social ps-penitenciria.

    Para a ltima o juiz no tem meios.

    Grandes fases de execuo das penas:1. Cumprimento minmo imposto por lei2. Sada prolongada judicialmente autorizada3. RAVI Regime aberto virado para o interior4. RAVE Regime aberto virado para o exterior5. Liberdade condicional judicialmente concedida

    (Nem sempre acontece assim).

    Competncias do tribunal

    Tipo de forma de processo do TEP DL 783/76

    Tipos de processo:

    y Seguranamedidas de segurana, aplicao precria que no sejam aplicadas emprocesso penal

    y Graciosasy concesso de sada prolongaday Concesso de liberdade condicionaly Concesso da reabilitao procedimento que visa a anulao de

    um registo da decisoy Concesso do indulto acto do residente da Repblica perdoa

    parte da pena, ou penas acessrias instrudo nos TEP

    y Cautelaresy Revogao de sada precria prolongaday Revogao de liberdade condicionaly Verificao da manuteno ou cessao da perigosidade antes

    declarada

    y Processos de recurso disciplinar

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    Apreciao judicial das penas em priso celular (disciplinar) por tempossuperiores a 8 dias (internamento)

    y Processos supletivosNo tm uma tramitao regulamentada, nem objecto especifico. Emprincpio seguem as regras do objecto complementar

    Processo de segurana simples, curto, abreviado.Rege o princpio do contraditrio. Arguido tem defensor que pode apresentarprova.O juiz declara ou no a ininmputabilidade do agente.Tambm participa o MP.

    Sada precria prolongada e liberdade condicionada ouvido o conselhotcnico e o recluso.

    Processo de reabilitao e indulto propostos at 31 de Maio.MP pronuncia-se, o juiz se quiser ouve o arguido. O processo levado aoMinistro da Justia que o leva at ao PR que o declara dia 22 Dez.Na reabilitao ouve-se o MP e decide-se.

    Processo recurso de sano disciplinar ouve-se o conselho tcnico, orequerente e o juiz pode anular ou diminuir, mas nunca agravar.

    A conduo do processo demora 3 ou 4 meses at ao TEP. Por isso quando apena prolongada o juiz diminui pena aquela que cumpriu porque j passoumuito tempo e no faz sentido.

    Juiz anula a sano disciplinar e o recluso teve l 8 dias, uma recluso ilegale pode at mesmo ser indemnizada pelo Estado.

    Estabelecimentos Prisionais:

    Regionais at 6 meses de priso preventivos e condenados para facilitaro transporteCentrais condenados por penas superiores a 6 meses

    Especiais:

    Jovens at 21 anosMulheres especial ateno para as grvida, ou com filhos at 1 ou 3 anos.Hospitais prisionaisHospitais psiquitricos prisionais reclusos declarados inimputveis perigosos.

    Segurana

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    MximaAbertos no tm condies especiais de seguranaFechados tm condies especiais para prevenir o perigo de evasoMistos

    Estabelecimentos prisionais devem proporcionar condies para o trabalho em

    pequenos grupos h disposio legal nacional e internacional para que istoocorra.

    Priso criminalidade violenta contra as pessoas

    Solues extra-prisionais (justia restaurativa) sem processo penal por meiosextra-processuais criminalidade ligeira contra pessoas e criminalidadeeconmica.

    Formao profissional pode ser realizada em entidades privadas ex.instalao de uma mquina no estabelecimento para meios de produo deentidades privadas.

    Celas especiais de segurana so diferentes de celas disciplinares.

    Celas especiais de segurana aplicao de medidas especiais desegurana. Tm as mesmas condies que as celas normais, mas soespecialmente fechadas e seguras h um reforo da segurana.

    Celas disciplinares aplicao de medidas disciplinares tm s asindispensveis condies de habitabilidade.

    Palavras chave:

    Perigo para a ordem e segurana do estabelecimento medida especial desegurana por mais de 8 dias DGSP

    Infraco disciplinar medida disciplinar mais de 8 dias TEP

    Na prtica no h celas para as medidas especiais de segurana e ento

    coloca-se o recluso na cela disciplinar tudo isto devido falta de condiesexistentes nos nossos estabelecimentos prisionais.