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Duas décadas depois do início da implosom do socialismo

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Page 1: Duas décadas depois do início da implosom do socialismo
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Duas décadas depois do início da implosom do socialismo soviético na Europa oriental, os prognósticos dos apologetas do Capital fracassárom. A queda deste modelo de socialismo, caracterizado por profundas imperfeiçons políticas, económicas, sociais, ideológicas que contribuírom para a sua quebra, nom evitou que o sistema capitalista se ache na actualidade atravessando umha das crises estruturais mais graves e profundas da sua história. Contrariamente aos discursos triunfalistas do “fim das ideologias”, da vitória da economia de mercado e das formas de dominaçom burguesas, vigorantes na década de noventa do século passado, o neoliberalismo e o imperialismo, nas suas diversas variantes, estám hoje a ser progressivamente questionados.

A expansom global do capitalismo na sua etapa senil nom só mostrou a sua incapacidade para resolver os problemas da humanidade, como constatou que é a causa principal da actual crise global que padecem os povos e as maiorias sociais, e do desastre ecológico que ameaça a sobrevivência da nossa espécie.

Hoje, a vinte anos do início dos acontecimentos que mudárom o mundo, já temos suficiente visom para podermos analisar as perspectivas da luita pola emancipaçom da classe trabalhadora, os povos e as mulheres após os convulsos anos de naufrágios, abandonos, deserçons, oportunismos.

Factos, sem lugar a dúvida, imprescindíveis para gerar a intensa, embora insuficiente, reconfiguraçom da esquerda revolucionária, de eclosom de novos sujeitos sociais, de novas luitas e formas de combate, que se deu, que se está a desenvolver em escala planetária, e da qual o nosso partido é umha modesta expressom na Galiza.

As Jornadas Independentistas Galegas deste ano, que já atingem a sua XIII ediçom, tenhem como objetivo analisar e debater as perspectivas revolucionárias que se abrem nesta conjuntura de crise capitalista e a vigência da Revoluçom Socialista, sempre com o pano de fundo de um modelo estatista e burocrático de socialismo que fracassou na URSS e na Europa Oriental há vinte anos e que nos dias de hoje atravessa umha profunda crise noutras latitudes planetárias.

Por este motivo, nesta ocasiom, contamos com a presença de seis vozes da esquerda revolucionária do Brasil, Euskal Herria, Porto Rico, Portugal e da Galiza, que sem dúvida contribuirám para a continuidade da construçom dessa Galiza combativa e rebelde que nom renuncia ao objectivo estratégico de atingir umha sociedade sem classes por meio da Revoluçom Socialista, como primeiro passo face o Comunismo.

Comité Central de Primeira Linha

Galiza, Maio de 2009