Upload
vannhi
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
É a exposição normal ou potencial de um indivíduo em decorrência de seu trabalho ou treinamento em práticas autorizadas ou intervenções, excluindo-se a radiação natural do local.
Exposição Ocupacional
Exposição Ocupacional
Tipo de Prática Envolvendo Radiação Ionizante
Legislação estabelecida pelos Orgãos Reguladores
• CNEN• ANVISA• MTE
Monitoração Individual
Recomendações em Proteção Radiológica
• ICRP• BSS
Legislação Brasileira para Exposição Ocupacional
Norma CNEN NN 3.01:2014 – “ Diretrizes Básicas de ProteçãoRadiológica”
• Define os requisitos para realização das práticas envolvendo radiaçãoionizante, isto é, qualquer ação envolvendo práticas, ou fontesassociadas a essas práticas, só pode ser realizada em conformidadecom os requisitos aplicáveis desta Norma, a não ser que resulte emexposição excluída do controle regulatório da CNEN, ou que a fonteesteja isenta ou dispensada desse controle. Com exceção das práticasde radiodiagnóstico médico e odontológico;
• Os requisitos desta Norma se aplicam às exposições ocupacionais;
• Estabelece os Limites de Dose Ocupacionais e para o Público, bemcomo os níveis de referência ocupacionais e classificação de áreas.
Norma CNEN NN 3.01:2014
Limites de Dose
ANVISA - PORTARIA FEDERAL N° 453:1998 – “DIRETRIZES DE PROTEÇÃORADIOLÓGICA EM RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO”
• Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas deproteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõesobre o uso dos raios-X diagnósticos em todo território nacional;
• Estabelece parâmetros e regulamenta ações para o controle das exposiçõesmédicas, das exposições ocupacionais e das exposições do público,decorrentes das práticas com raios-X diagnósticos.
Monitoração Individual Externa
De acordo com a legislação brasileira (CNEN-NN-3.01:2014 ,ANVISA - PORTARIA FEDERAL N° 453:1998 e MTE NR 32 -SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DESAÚDE:2011) todos os trabalhadores ocupacionalmenteexpostos à radiação ionizante (IOE) são obrigados a seremmonitorados individualmente, com periodicidade mensal, porServiços de Monitoração Individual Externa (SMIE),autorizados pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria(IRD).
Tipos de Monitoração Individual Externa
• Corpo inteiro;• Extremidades (mãos, dedos);• Cristalino.
Tipos de Radiação de Interesse na Monitoração Individual Externa
• Fótons (Raio X e Gama) – Corpo Inteiro e Extremidades;• Nêutrons - Corpo Inteiro;• Beta - Extremidades.
Técnicas Dosimétricas
No Brasil, apenas três as técnicas dosimétricas são autorizadas para a monitoraçãoindividual externa de corpo inteiro para fótons (raio X e gama):
• Dosimetria com Filme Dosimétrico;• Dosimetria Termoluminescente (TL);• Dosimetria por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE/OSL).
Comitê de Avaliação de Serviços de Ensaios e Calibração
CASEC
No Brasil, todos os serviços de monitoração individualexterna para fótons de corpo inteiro (dosímetro detórax) devem ser autorizados pelo Comitê de Avaliaçãode Serviços de Ensaios e Calibração – CASEC/IRD/CNEN.
COMPETÊNCIAS DO CASEC
• Avaliar os processos de solicitação de Certificação de Serviços de Ensaio e Calibração,em conformidade com os critérios adotados, visando à concessão da Certificação (3anos).
• Acompanhar, por meio de auditorias e programas de acompanhamento e/ouintercomparação, o desempenho dos Serviços de Ensaio e Calibração Certificados.
• Avaliar os pedidos de manutenção ou extensão da concessão da Certificação deServiços de Ensaio e Calibração.
• Recomendar à Direção do IRD à concessão, renovação, suspensão ou cancelamentoda Certificação de Serviços de Ensaio e Calibração, apresentando evidências quejustifiquem o recomendado.
• Criar e definir as atividades de Câmaras Técnicas para suporte técnico ao Comitê;
Existem no Brasil atualmente 11 Laboratórios autorizados para prestação deServiço de Monitoração Individual Externa (SMIE)
• Dosimetria FotográficaüCDTN - Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear / CNEN (Belo Horizonte/MG)üIRD - Instituto de Radioproteção e Dosimetria / CNEN (Rio de Janeiro/RJ)üLaboratório de Proteção Radiológica - DEN / UFPE (Recife/PE)
• Dosimetria TermoluminescenteüMETROBRAS - Centro de Ensaios e Pesquisa em Metrologia (Jardinópolis/SP)üIFUSP - Instituto de Física da Universidade de São Paulo (São Paulo/SP)üIPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares / CNEN (São Paulo/SP)üIPDR - Instituto Paulista de Dosimetria das Radiações Ltda (São Paulo/SP)üPRO-RAD - Consultores em Radioproteção S/S Ltda (Cachoeirinha/RS)üSAPRA/LANDAUER - Serviços de Assessoria e Proteção Radiológica Ltda (São Carlos/SP)üTEC-RAD - Tecnologia em Radioproteção Ltda (Carapicuíba/SP)üELETRONUCLEAR - Eletrobras Termonuclear AS (Angra dos Reis/RJ)
• Dosimetria OSLüSAPRA/LANDAUER - Serviços de Assessoria e Proteção Radiológica Ltda (São Carlos/SP)
CNEN ESTATAL UNIVERSIDADE PRIVADO
Gerência de Dose Ocupacional Externa
GDOSE
• No Brasil, todas as dose individuais recebidas pelos IOE são armazenadas num banco de dados.
• Dentre os requisitos para obter e manter a autorização está a obrigação dos SMIE em enviar ao IRD, mensalmente, dados institucionais das instalações e pessoais dos IOE para os quais presta serviço.
• Anualmente, os SMIE devem enviar, também, o somatório anual das doses individuais recebidas por cada IOE no ano calendário anterior.
• Os dados enviados ao IRD pelos SMIE são armazenados em um banco de dados, com interface web, denominado Gerência de Dose Ocupacional Externa (GDOSE).
• O GDOSE também permite a emissão do histórico de dose do IOE mediante solicitação.
Banco de Dados GDOSE
SMIE
Histórico de Dose
GDOSESistema de Gerência de Dose
Ocupacional Externa/IRD
Número de IOE com Monitoração de Corpo Inteiro
TLD107.551 (85,4%)
FILME DOSIMÉTRICO
17.977 (14,3%)
NÊUTRONS439 (0,3%)
Ano 2008
Total: 125.967
TLD125.706 (87,8%)
FILME DOSIMÉTRICO
17.075 (11,9%)
NÊUTRONS456 (0,3%)
Ano 2010
Total: 143.237
TLD148.216 (90,0%)
FILME DOSIMÉTRICO16.074 (9,7%)
NÊUTRONS449 (0,3%)
Ano 2013
Total: 164.739
Número de IOE com Monitoração de Extremidade
ANEL516 (33%)
PULSEIRA1039 (67%)
Ano 2010
Total: 1.555
ANEL688 (29%)
PULSEIRA1694 (71%)
Ano 2013
Total: 2.382
Distribuição do Número de IOE Monitorados para Fótons por Prática
4% 4% 1%
8%
66%
3% 4%7%
3%
De 1987 a 2011
Medicina Nuclear
Odontologia
Outros usos médicos
Práticas relacionadas aatividades educacionaisRadiologiaConvencionalRadioterapia
Manutenção deEquipamentosRadiografia Industrial
Operação de Reatores
4,2% 5,0%0,7%
0,6%
85,4%
2,8%
0,7%
0,5%
0,1%
2013
Medicina Nuclear
Odontologia
Outros usos médicos
Práticas relacionadas aatividades educacionaisRadiologia Convencional
Radioterapia
RadiologiaIntervencionistaVeterinária
Outras Aplicações
Distribuição do Número de IOE Monitorados para Fótons na Área Médica
6% 1%
89%
4%
De 1987 a 2011
Medicina Nuclear
Outros usos médicos
RadiologiaConvencional
Radioterapia
4%1%
91%
3%1%
2013
Medicina Nuclear
Outros usos médicos
RadiologiaConvencional
Radioterapia
RadiologiaIntervencionista
Distribuição do Número de IOE Monitorados para Nêutrons por Prática
36%
30%
27%
3%
2%2%
De 1987 a 2011
Manutenção deEquipamentos
Operação de Reator
Educação
Operação de Acelerador
Prospecção de Petróleo
Outras Aplicações
27%
22%19%
7%5%5%
4%3% 2%
2% 1%
3%
Educação
Medicina Nuclear
Radiologia
RadiografiaIndustrial
Operação deAcelerador
Manutenção
Operação deReatores
Radioterapia
De 1987 a 201148%
41%
7% 4%
Medicina Nuclear
Radiologia
Radioterapia
Outros usos Médicos
Distribuição do Número de IOE Monitorados para Extremidades por Prática
Distribuição do Número de IOE Monitorados para Extremidades na
Área Médica
72%
12%
2% 7%2%
2%
2%1%
Radiologia Convencional
Radioterapia
Medicina Nuclear
Radiografia Industrial
Manutenção
Odontologia
Educação
Acelerador
84%
14%
2%
RadiologiaConvencional
Radioterapia
Medicina Nuclear
De 1987 a 2011
Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Fótons por Prática
Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Fótons na Área Médica
22%
25%37%
13%
2% 1%
De 1987 a 2011
Manutenção deEquipamentos
Operação de Reator
Educação
Operação de Acelerador
Prospecção de Petróleoe Gás
Outras Aplicações
Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Nêutrons por Prática
54%22%
4%4%
4%4% 3%
1% 1%3%
De 1987 a 2011
Medicina Nuclear
Radiologia
Radioterapia
Outros usos Médicos
Educação
Radiografia Industrial
Beneficiamento de Urânio
Manutenção
Operação de Reatores
Outros
64%
26%
5% 5%
Medicina Nuclear
Radiologia
Radioterapia
Outros usos Médicos
Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Extremidades por Prática
Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para
Extremidades na Área Médica
Evolução da estimativa da dose efetiva média anual no Brasil
Valores da estimativa da dose efetiva média anual por prática no Brasil
Conclusões
• O maior número de IOE monitorados no Brasil é da área deSaúde, nas práticas de radiologia médica e odontológica;
• Em termos da dose efetiva média anual, houve uma reduçãoao longo dos anos, com um valor de 2,4 mSv, em 1987,diminuindo para 0,6 mSv em 2011;
• As maiores doses aparecem em radiologia intervencionista.Estas doses ultrapassam os 6 mSv, adotado como nível deinvestigação anual pela CNEN;
• Adicionalmente, as práticas de medicina nuclear, pesquisa edesenvolvimento (P&D) e radioterapia são as únicas comdose média acima de 1 mSv, limite para dose efetiva depúblico.