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...E A Vara de Arão Floresceu
3
À DEUS MINHA FONTE DE VIDA E INSPIRAÇÃO
Á MINHA ESPOSA TÂNIA
COM TODO AMOR DA MINHA VIDA
ÀOS MEUS PAIS: PR. JOEL AMÂNCIO E LOIDE EXEMPLOS DE UM MINISTÉRIO FRUTÍFERO
AS MEUS FILHOS: PR. LEVY JR. – LÍVIA E LIA HERANÇAS DO SENHOR JESUS CRISTO PARA MIM
AOS GENROS E NORA: PR. TIAGO – PR. NASCIMENTO E JOSANA
DÁDIVAS DE DEUS COMO SENDO VERDADEIROS FILHOS
ÁS NETAS: REBECA – ANA LUÍZA E TÂNIA LAÍS DÁDIVAS SUBLIMES DE DEUS E ALEGRIA PARA NOSSA FAMÍLIA
À IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS – LIMEIRA/SP E SEU MINISTÉRIO LOCAL
NOIVA QUERIDA DE JESUS CRISTO SOB NOSSA LIDERANÇA DESDE 2006
Dedicatória-
...E A Vara de Arão Floresceu
4
“ILUMINADOS OS OLHOS DO VOSSO CORAÇÃO,
PARA SABERDES QUAL A ESPERANÇA DA VOSSA
VOCAÇÃO E QUAL AS RIQUEZAS DA GLÓRIA DA SUA
HERANÇA NOS SANTOS.” Efésios. 1:7
Uma Palavra –
...E A Vara de Arão Floresceu
5
AO DEUS PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, que me escolheu e chamou, vocacionando-me para sua
maravilhosa obra;
AO MEU FILHO, PR. LEVY JR., pela diagramação e montagem desse trabalho,além das sugestões oportunas;
AO Designer Ricardo A. dos Santos Campos pelo excelente
trabalho de arte gráfica da capa, parabéns;
À PROFESSORA Márcia Aragão, pela revisão gramatical
AO PROFESSOR PASTOR Jonas Ferreira pela revisão teológica
A TODOS QUE DIRETA OU INDIRETAMENTE CONTRIBUIRAM PARA A EXECUÇÃO DESSE TRABALHO, QUE O SENHOR
JESUS VOS ABENÇOE..
Agradecimentos-
...E A Vara de Arão Floresceu
6
SUMÁRIO
Dedicatória.............................................................................................05
Apresentação..........................................................................................09
Prefácio..................................................................................................13
Agradecimento........................................................................................16
Uma palavra...........................................................................................18
I- A vocação ministerial......................................................................21
Compreendendo a vocação........................................ Aperfeiçoando a vocação........................................... Aceitando a vocação................................................. Compartilhando a vocação........................................ Manifestando a vocação........................................... II- A chamada ministerial....................................................................41
A preparação ministerial................. O tempo de Deus na chamada................................ O caminho no deserto a ser percorrido.................... Elegendo companheiros e conselheiros.................... Exercendo a chamada com coragem.......................
...E A Vara de Arão Floresceu
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III- Requisitos essenciais da chamada............................................69
A humildade..................................................... A obediência..................................................... A submissão..................................................... A perseverança................................................. A convicção...................................................... iV- algumas formas de conquistar posição ministerial..............97 A usurpação..................................................... A negociação................................................... A nomeação.................................................... A eleição......................................................... A consagração.................................................. V – Exemplos de Ministérios frutíferos..........................................117 O Ministério de Abraão........................................ O Ministério de Moises........................................ O Ministério de Jose............................................ O Ministério de Arão.......................................... Posfácio ...........................................................................................138
...E A Vara de Arão Floresceu
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APRESENTAÇÃO
...E A Vara de Arão Floresceu
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Senti-me honrado em ser convidado pelo pastor Levy Ferreira de
Souza para prefaciar este compêndio “...E a vara de Arão floresceu”, terceiro
livro de sua autoria, contendo valiosos ensinamentos sobre o ministério
eclesiástico.
Com muita propriedade, pastor Levy trata com clareza e habilidade a
questão da vocação ministerial, suas implicações para o obreiro cristão e da
compreensão e aceitação que se deve ter acerca do ministério pastoral.
Sabemos que existem muitas obras que tratam sobre o ministério,
porém este livro ilustra de maneira direta a preparação, os requisitos e os
exemplos bíblicos de personagens que marcaram a sua geração através de
uma liderança saudável, íntegra e forte.
Mais do que nunca, a nossa família, nossa sociedade, igreja e nossa
geração, precisam de líderes que façam a diferença; que tenham o profundo
desejo de fazer a vontade de Deus e realizar a sua obra (Jo 4.34); que
produzam frutos eternos para Deus (Jo 15.16); e que compreendam sua
verdadeira identidade ministerial (1Tm 1.1).
Ao discorrer sobre os requisitos básicos para o líder de hoje, o autor
fala de aspectos como humildade, obediência, submissão, perseverança e
convicção. Tenho por certo de que se esses requisitos forem colocados em
PREFÁCIO
...E A Vara de Arão Floresceu
10
prática pelos leitores, irão nortear a cada companheiro em um ministério de
êxito, crescimento e desenvolvimento.
Outro ponto importante desta obra é a gama de personagens bíblicos.
Desde os patriarcas do Antigo Testamento, até os Apóstolos do Novo
Testamento, o autor vai desenhando a vida, caráter, atitudes, os fatores
negativos e positivos na vida e obra de diversos homens de Deus. Tenho
certeza de que ao terminar esta obra, o leitor terá crescido no conhecimento
bíblico e poderá analisar como está sendo desenvolvido o seu ministério
pastoral.
Lições claras e objetivas, linguagem de fácil compreensão e exemplos
diretos marcam esta importante obra de autoria do pastor Levy.
Conhecendo a vida de dedicação a Deus e o profícuo ministério do
pastor Levy Ferreira de Souza, convido a todos para ler, reler e pesquisar
esta ferramenta que temos em nossas mãos.
Mergulhe nesta leitura, reflita e tome a decisão em ser um obreiro
aprovado por Deus e pela igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Em Cristo;
Pr. João Carlos Padilha de Siqueira
Presidente da Assembléia de Deus no Campo de Presidente Prudente/SP
...E A Vara de Arão Floresceu
11
O Ilustre pastor Levy Ferreira de Souza, lança agora sua
terceira obra com título de: “ E a vara de Arão Floresceu”.
Após ter lido os originais e constatei o louvável esforço do
autor no sentido de proporcionar aos obreiros de uma forma em
geral, ensinamentos que constituem subsídios necessários ao
melhor desempenho do ministério que Deus lhes confiou.
É um trabalho simples e alicerçado na palavra de Deus, bem
como nas experiências do autor.
Certamente é um livro escrito com humildade e fruto der
meditação e estudo na palavra de Deus.
É uma obra para auxiliar principalmente novos obreiros que,
após a meditação, possam colocar em prática, pois o ministério é
dom de Deus.
Com toda certeza foi com sincero desejo de ajudar a outros
companheiros que esta obra foi preparada; Devemos atentar para o
seu tema “ E a vara de Arão Floresceu”.
Queridos irmão obreiros, companheiros da obra do Senhor,
como tem sido o seu ministério? Tem florescido? Não se esquece
que somos uma varinha nas mãos de Deus e precisamos frutificar,
UMA PALAVRA
...E A Vara de Arão Floresceu
12
porque conforme nos indica a palavra de Deus, cada um receberá
galardão segundo o seu trabalho .
O autor teve a felicidade de dirimir muitas dúvidas e
orientar, em sua maneira simples de apreciar os fatos e comentá-
los a que, cada obreiro deve conservar-se humildemente, como
nos recomenda a palavra de Deus em I Pe 5:06 que nos diz “
humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus para que, a seu
tempo vos exalte”.
Sobretudo, como obreiros do Senhor não nos esqueçamos
dos conselhos do apóstolo Paulo à Timóteo “ Procura apresentar-se
a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade”
Vosso companheiro em Cristo Jesus;
Pr. Joel Amâncio de Souza,
Presid. benemérito da Assembléia de Deus
Campo de Limeira/SP
...E A Vara de Arão Floresceu
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“Porque os dons e a
vocação de Deus são irrevogáveis.”
Romanos 11:29
I – A VOCAÇÃO MINISTERIAL AL AAAAMIMMINISTERIAL
...E A Vara de Arão Floresceu
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Compreendendo a vocação ministerial.
A vocação ministerial é dada por Deus, tendo em vista
que é uma disposição da alma e do espírito da pessoa para
desenvolver uma atividade na obra do Senhor.
Assim, Deus elege seu servo e o vocaciona para fazer
Sua obra aqui na terra, exatamente na posição e função que
entende ser necessário para o que convém ao Seu reino terreno.
Deus jamais se engana, Sua escolha sempre é perfeita,
Ele observa a necessidade da Sua obra, escolhe o homem ou a
mulher e o vocaciona, porém, naturalmente, o ser humano, que é
dotado de livre arbítrio, pode aceitar desenvolvê-la ou não.
Há inúmeros exemplos bíblicos que mostram pessoas
vocacionadas por Deus que rejeitaram executar as tarefas por Ele
determinadas, Na verdade, receberam a capacidade vocacional de
Deus mas não a desempenharam, ou seja, não despertaram o dom
que receberam, tornando-se vasos inúteis.
...E A Vara de Arão Floresceu
15
O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, seu cooperador,
conselhos que demonstram claramente a possibilidade do
vocacionado adormecer o dom que recebeu do Senhor na sua vida,
conforme segue:
“...por este motivo eu te exorto que desperte o dom de Deus,
que há em ti...”
II Timoteo 1:6
A capacitação vocacional vem de Deus, e observamos,
desde as histórias bíblicas antigas até as contemporâneas, a
existência de pessoas das mais diversas condições sociais,
profissionais e culturais que receberam a capacitação vocacional de
Deus, desempenhando com brilhantismo e sucesso a sua chamada
ministerial, conforme a vontade divina.
A capacitação vocacional pode se dar em diversas áreas
ministeriais: cântico, evangelismo, ensino, aconselhamento, etc.
Para isso, Deus vocaciona os seus servos e os capacita, de acordo
com a necessidade da sua obra e a Sua obra e soberana vontade.
...E A Vara de Arão Floresceu
16
É importante destacar que a vocação ministerial é
diferente da chamada ministerial; aquela é a capacitação para o
exercício de uma obra, esta, a indicação do tempo de Deus para o
exercício ministerial.
É necessário que tenhamos a compreensão clara da
vocação para que possamos executar a tarefa incumbida,
exatamente dentro da vontade divina. Nossos interesses ou
vaidades pessoais não podem prevalecer diante dos projetos de
Deus para nossa vida e ministério, porque Ele é o dono da obra.
Ao mesmo tempo em que Deus preparava Moisés para
ser o líder do povo hebreu, também preparava e vocacionava seu
irmão Arão para ser o seu cooperador naquela mesma tarefa, pois
de alguma maneira Arão se destacava entre os hebreus e Deus,
portanto estava preparando tudo isto.
Deus sabe que nós, por mais capacitação que tenhamos,
jamais poderemos exercer nossas atividades ministeriais e
vocacionais de forma isolada. Dessa forma, quando nos prepara
para uma obra, tem também o compromisso de preparar aqueles
...E A Vara de Arão Floresceu
17
que nos auxiliarão, dando-lhes o espírito necessário para exercerem
a tarefa de cooperadores.
O dono da obra é o primeiro a ter interesse que ela seja
executada com eficiência, portanto prepara toda a estrutura
necessária para o sucesso total.
...E A Vara de Arão Floresceu
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Aperfeiçoando a vocação;
“...Ele mesmo vos há de aperfeiçoar...”
1 Pedro 5:10
Deus não faz nada imperfeito, e gradativamente
prepara e capacita o vocacionado para o exercício da tarefa que lhe
será proposta.
Podemos observar como Deus lapidou Moisés ao longo
de oitenta anos. Nos primeiros quarenta (êxodo 2:1-10), preparou-
o culturalmente e nos quarenta anos seguintes, preparou-o
socialmente, psicologicamente e espiritualmente (êxodo 2:11-22).
Sabendo Deus que Moisés deveria, no futuro, organizar
o Seu povo para que se comportasse como uma nação organizada,
tratou de colocá-lo, desde menino, dentro do palácio de Faraó, o
maior e mais poderoso líder do mundo antigo, para que ali fosse
preparado em toda ciência do Egito.
...E A Vara de Arão Floresceu
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“Moisés foi instruído em toda ciência do Egito e era poderoso
em palavras e obras.”
Atos 7:22
Observamos que Moisés, desde logo, compreendeu o
que Deus queria com a sua vida, haja vista que andando por entre
o povo, procurou defender um dos seus irmãos israelitas das mãos
do seus algozes. Entretanto, ele não estava devidamente preparado
para iniciar o trabalho que Deus lhe colocara no coração, e assim,
fora do tempo, não obteve sucesso.
“Naqueles dias, sendo Moisés já grande, saiu a ter com seus irmãos e atentou para
suas cargas. Vendo que um egípcio feria um de seus irmãos, matou o egípcio e o
escondeu na areia”
Exodo 2:11,12
Moisés compreendia que havia um propósito de Deus na
sua vida, mas ainda, faltava um aperfeiçoamento, um burilamento
para que o trabalho que Deus lhe requeria pudesse ser
efetivamente executado.
...E A Vara de Arão Floresceu
20
Hoje também encontramos obreiros que, apesar da boa
intenção de servir a Deus, não estão devidamente preparados para
tal. Falta preparação, lapidação e capacitação, a fim de que a obra
do Senhor seja feita com eficiência, e sobre tudo no tempo de
Deus.
Moisés possuía um vasto conhecimento científico
– cultural, pois fora instruído em toda ciência do Egito, mas isso
não foi suficiente para lhe proporcionar qualificação na obra que
Deus lhe vocacionara. Era necessário um preparo mais profundo, e
este só poderia ser ministrado por trás das montanhas de Mídiã, no
deserto, junto de ovelhas que nem mesmo eram suas.
Assim, Deus “transferiu” Moisés para a “escola do
deserto”. Ali, havia de ministrar-lhe outras lições, as quais não
poderia receber dentro do palácio de Faraó. Este era o
aperfeiçoamento ministerial de que necessitava. Um curso intensivo
realizado ao longo de mais quarenta anos.
É importante ressaltar que para executar, os Seus servos
necessitam passar pela “escola de aperfeiçoamento” e preparação
...E A Vara de Arão Floresceu
21
vocacional de Deus, para que, no tempo de Deus, o obreiro
chamado esteja preparado para fazer a obra do reino de acordo
com a Sua vontade.
Sempre haverá necessidade de obreiros na seara do
Senhor. Foi Jesus quem disse: “... grande é a seara e poucos os
ceifeiros...”, e, realmente é assim, estamos sempre à procura de
obreiros preparados e com chamada.
Não podemos aceitar a justificativa de que “há muita
necessidade” na obra do Senhor para consagrarmos obreiros sem o
respectivo preparo e vocação, sendo certo que, como disse Jesus,
haverá sempre necessidade de obreiros.
Ao longo dos anos de trabalho ministerial, infelizmente,
temos observado alguns incidentes tristes na obra do ministério.
Obreiros experientes e de conceito destacado apressam-se em
“impor as mãos precipitadamente” sobre a cabeça de cooperadores
que ainda não estavam preparados para a obra do ministério.
...E A Vara de Arão Floresceu
22
Devemos ter o cuidado de aprender a esperar o tempo
de Deus. Inclusive, a própria natureza criada e controlada por Ele
nos dá esta lição: um cacho de bananas que amadurece junto a
própria planta tem um sabor perfeito, no entanto, quando o
agricultor tem pressa do amadurecimento da fruta e a coloca na
“estufa” para um amadurecimento mais precoce, o resultado é uma
fruta sem sabor.
Assim são os obreiros que não se deixam “amadurecer”
no tempo de Deus. Suas mensagens são insossas, não têm sabor,
pois “foram amadurecidos” na estufa.
É bem verdade que a fruta amadurecida na própria
planta está sujeita às intempéries da natureza: ataques de insetos,
açoites dos ventos, choques de temperatura, chuvas e
tempestades, mas superadas as dificuldades, ao prová-las,
constata-se que o sabor é especial.
Há casos de obreiros que, apadrinhados, chegaram ao
ministério pastoral muito rapidamente sem jamais dirigir um ponto
...E A Vara de Arão Floresceu
23
de pregação, e há outros casos ainda piores que não são dignos de
relatos. Isso é lamentavelmente!
A vocação ministerial deve ser lapidada, aperfeiçoada,
antes que a chamada seja efetivamente posta em prática, para que
a obra do ministério seja frutífera e honrosa.
Na expansão do reino de Deus, o nome do Senhor Jesus
Cristo precisa ser glorificado permanentemente. Esta é a essência
do evangelho genuíno, e, para tanto, o obreiro precisa de preparo e
conscientização.
Uns obreiros despreparados, inexperientes ou imaturos
poderá perder-se pelo orgulho ou vaidade e o prejuízo será
inevitável para o reino de Deus, além da reprovação ministerial que
ele sofrerá.
Por isso mesmo o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo,
fazendo recomendações diretas sobre a separação ou escolha de
obreiros para o serviço do Senhor Jesus, os quais, deveriam ter,
pelo menos uma condição importante:
...E A Vara de Arão Floresceu
24
“...Não neófito, para que ensoberbecendo, não venha cair na
condenação do diabo...”
I Timóteo 3:6
Aceitando a vocação ministerial.
“...e a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, depois profetas, mestres,
operadores de milagres,dons de curar,socorro,
governos, variedades de línguas...”
I Cor. 12:28
A aceitação da vocação é requisito fundamental para que
o Senhor da seara possa continuar trabalhando na vida do seu
servo.
...E A Vara de Arão Floresceu
25
Há pessoas bem preparadas e com profundo
conhecimento das coisas de Deus que não se sentem vocacionadas
pessoalmente para a obra do ministério.
Muitos crentes estão exatamente na posição e condição
de preparação, adequados para fazer a obra de Deus, no entanto
em seus corações, entendem que o trabalho é para outras pessoas,
pois, não se consideram dignas de tal responsabilidade, vejamos o
caso de Samuel:
“...ora, Samuel ainda não conhecia o Senhor, e ainda não lhe tinha sido manifestada a
palavra do Senhor.”
1 Samuel 3:7
Certamente, há muitas maneiras do Senhor escolher e
vocacionar seus servos, mas a forma que utilizou-se com Samuel foi
maravilhosa.
Diz-nos a palavra de Deus que, Samuel foi entregue
para conviver com o sacerdote Eli. Morando no templo, desde tenra
...E A Vara de Arão Floresceu
26
idade, suas atividades eram estritamente vinculadas à casa de
Deus.
Hoje, sabemos que Deus estava preparando e
vocacionando Samuel para ser o mais completo líder que esteve à
frente do povo de Israel. Mas foi preciso uma aceitação humilde
para que Deus pudesse agir na sua vida. Como podemos observar,
após várias incompreensões e instruções, Samuel afinal pôde dizer:
“... fala Senhor, que o teu servo ouve...”
1 Samuel 3:10
Conhecemos histórias bíblicas de homens que se
recusaram a ser preparados e vocacionados por Deus, que se
rebelaram contra a vontade do Senhor, e outros ainda, que
obtiveram vocação para o serviço de Deus, mas que, se recusaram
a executar a tarefa.
É claro que aos desobedientes e insubmissos existe a
repreensão de Deus, como foi o caso do Profeta Jonas que,
felizmente, ao final, curvou-se à soberana vontade do Senhor e
cumpriu seu ministério.
...E A Vara de Arão Floresceu
27
Ainda hoje, existe grande carência de obreiros para
executar a obra de Deus, principalmente em lugares de difícil
convivência social. Alguns quando estão em fase de preparação e
recebem uma “credencial”, pedem logo uma carta de mudança para
a “cidade grande” sob as mais diversas justificativas, deixando
assim a “escola do deserto” sua cidade de origem, onde por anos,
foi preparado pacientemente para ajudar na obra do Senhor.
Que pena!!! Perde a obra de Deus, perde também o
obreiro, porque:
“...aquele que leva a preciosa semente, gemendo e chorando, voltará, sem dúvida,
trazendo consigo seus molhos...”
Salmos 126:6
Muitos obreiros preferem priorizar empregos, salários
bons, benesses da política e outras propostas momentâneas em
detrimento à obra de Deus, rejeitando a vocação que lhe foi
outorgada pelo Pai.
...E A Vara de Arão Floresceu
28
Em certa ocasião, quando pastoreávamos em uma
região muito difícil economicamente no interior do Estado de São
Paulo, e ao necessitar de um obreiro para uma determinada
congregação do campo, convidamos um irmão presbítero para tal
responsabilidade, que nos respondeu indignado: “um dia posso até
sair para o campo, mas não com este salariozinho que o senhor
oferece aos dirigentes...”.
Aquele companheiro tinha bom preparo teológico para o
ensino da palavra; era vendedor autônomo itinerante, e tinha filhos
em tenra idade. Tudo contribuía para a sua vocação ministerial, no
entanto rejeitou o convite. Certamente, perdeu muitas bênçãos de
Deus; em tempo algum sequer chegamos a lhe oferecer valores
salariais.
Deus vocaciona, mas devemos aceitar com alegria as
condições iniciais oferecidas e assim nos dispormos para que Ele
possa completar a obra na nossa vida, para que possamos dar
muitos frutos.
...E A Vara de Arão Floresceu
29
Quando o homem de Deus tem certeza da sua vocação,
a convicção lhe constrange a confiar naquele que o vocacionou,
Jesus Cristo.
Detalhes não têm muita importância para aqueles que
têm certeza de que Deus o está preparando para uma obra. Assim,
quando chegar o momento, não se ouvirá nenhuma daquelas
respostas que, algumas vezes, os líderes ouvem dos seus
auxiliares:
“...Vou orar primeiro, para saber se é da vontade
de Deus!!!”
“...Vou fazer uma prova com Deus para confirmar
se devo ou não aceitar o convite!!!”
“...Vou falar com minha esposa para saber se ela
concorda com esse convite!!!”
...E A Vara de Arão Floresceu
30
Estas e outras muitas são as desculpas daqueles
que não têm convicção da sua vocação, pois estão
inseguros ou confusos.
Compartilhando a vocação ministerial.
“...Eu João, que também sou vosso irmão, companheiro nas aflições e no
Reino e paciência de Jesus Cristo-
Apocalipse 1:9
O obreiro é também um ser social que portanto vive em
comunidade, assim sendo, deve compartilhar com as pessoas da
sua convivência, a vocação que lhe está sendo outorgada por Deus.
O apóstolo Paulo era especialista em compartilhar com a
Igreja e com os irmãos as suas dificuldades e os seus objetivos:
“...que luteis juntamente comigo, nas orações a meu favor...”
Romanos 15:30
...E A Vara de Arão Floresceu
31
De fato, quando o crente aceita a vocação que Deus está
lhe proporcionando, nada mais justo que compartilhar com os que
lhe são próximos, tais como: Igreja, amigos, familiares, etc.
Não é pouco comum, acontecer de obreiros se
oferecerem para fazer a obra de Deus fora do âmbito de residência
ou domicílio da sua família, e ser, posteriormente, surpreendido
com a oposição da própria família.
Muito provavelmente, a família não foi informada em
tempo oportuno sobre a vocação daquele companheiro que
cometeu o erro de guardar somente para si aquele sentimento
vocacional.
Há alguns que surpreendem a família com uma vocação
missionária para outros países, algo que a própria esposa nem
sonhava.
Deixar de compartilhar com as pessoas da convivência
diária, ministério e igreja quanto à chamada vocacional de Deus, é
um grave erro, porque quem assim procede perde orações,
...E A Vara de Arão Floresceu
32
intercessões, aconselhamento, orientações e, sobretudo, a
participação de pessoas importantes e até indispensáveis para o
desenvolvimento do seu ministério, como é o caso da esposa,
quando o obreiro que é casado.
Para toda a atividade humana, existe um ônus quanto a
responsabilidade assumida e na obra de Deus não é diferente.
Assim, quando o crente se sente vocacionado para o
desenvolvimento da obra de Deus, deve também informar os
familiares e, a partir daí, continuamente, promover diálogo sobre o
assunto, a fim de que a família, principalmente, seja participante
daquela vocação, que apesar de ser individual, trará também
reflexos para toda a família.
A família precisa ser participante da vocação do obreiro,
porque sua participação, ainda que psicológica ou emocional é
fundamental para o bom desempenho do trabalho vocacional do
servo de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
33
O obreiro que não consegue envolver os seus familiares,
amigos e próximos com a sua vocação, fazendo-os compreender
que realmente é alguém vocacionado para obra de Deus,
certamente não conseguirá convencer mais ninguém.
Os nossos familiares devem ser os primeiros a serem
convencidos de que somos realmente servos de Deus, e que Deus
nos está vocacionando, ou tem vocacionado para uma obra no seu
reino.
A importância desse compartilhamento traz também
dividendos futuros ao obreiro, uma vez que sua família que
participou de todos os estágios da sua chamada, sentir-se-á
compromissada com a mesma.
É certo que o obreiro solitário terá grandes dificuldades e
obstáculos para desempenhar, na íntegra, o que requer o seu
ministério. Também é certo que o obreiro apoiado pela sua família,
esposa e filhos e demais membros, terá grandes vantagens e
facilidades no desempenho de suas atividades ministeriais.
...E A Vara de Arão Floresceu
34
Feliz o obreiro chamado e vocacionado que tem uma
família participante do seu ministério, pois certamente terá sucesso.
Manifestando a vocação ministerial.
“...E crescia Jesus em estatura, sabedoria e em graça para com
Deus e os homens -
Lucas 22:52
O apóstolo Paulo incentivava continuamente os seus
companheiros a desenvolverem sua vocação ministerial, vejamos o
que disse a Timóteo:
“medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento
seja manifesto a todos.”
1 Timóteo 4:15
...E A Vara de Arão Floresceu
35
O crescimento e o amadurecimento do obreiro é, sem
dúvida, gradativo e contínuo. Nada acontece da noite para o dia,
tampouco por circunstâncias adversas, ou pelo acaso,
principalmente em se tratando da obra de Deus.
A conveniência se houver, nunca será pelo interesse
humano, mas, estritamente, pela vontade divina.
Jamais podemos manifestar a vocação para o trabalho
de Deus, porque ocorreu uma aposentadoria ou um desemprego,
ou qualquer outra justificativa de ordem social ou pessoal.
Sabemos de muitos obreiros que rejeitaram, por anos e
anos, o convite para sair ao campo de trabalho para executar a
obra do Senhor, e que, após descobrir que não encontravam mais
vagas no mercado de trabalho por diversas razões, procuraram o
ministério para, então, se oferecer, “voluntariamente” para ir ao
campo fazer a obra do Senhor.
...E A Vara de Arão Floresceu
36
É claro que estes companheiros estavam buscando
resolver seus problemas pessoais, e não interessados realmente em
fazer a obra de Deus. Que o Senhor nos livre de tais obreiros.
O nosso trabalho deve ser manifesto a toda a igreja, a
todos os amigos, a todos os conhecidos, para que todos confirmem
que há uma vocação ministerial se desenvolvendo na nossa vida.
É claro que, uma vez que a vocação para o reino de
Deus é manifesto a todos, o ministério da Igreja tomará
conhecimento e avaliará a condição do obreiro, dando-lhe mais
oportunidades para melhor e maior aperfeiçoamento na obra do
reino de Deus.
Além disso, um cooperador que sente que há um
desabrochar da vocação ministerial no seu ser, deve, desde logo,
cuidar de todos aspectos da sua vida social, profissional, familiar e
sobre tudo espiritual.
...E A Vara de Arão Floresceu
37
Na vida social, cuidar do seu relacionamento diário com
as pessoas, manter as questões financeiras sob controle, ser
honesto, íntegro e pontual nos compromissos.
No setor profissional, desempenhar suas funções com lisura,
sinceridade, profissionalismo, sendo exemplo de trabalhador entre
os demais.
No âmbito familiar, desempenhar com cuidado a função
de cabeça da família, no equilíbrio do amor e da disciplina,
conforme determina a palavra de Deus.
E, por fim, na área espiritual, uma das melhores formas
de compartilhar a vocação ministerial, certamente é falando menos
e desenvolvendo mais, porque a obra de um cooperador fala mais
alto do que suas palavras.
O importante é como desenvolve suas funções de
cooperador, como desempenha suas tarefas de diácono, como
executa seu ofício de presbítero, e assim por diante.
...E A Vara de Arão Floresceu
38
Em bom tempo já declarou o apóstolo quando ensinava
a esse respeito:
“...quem servir bem como diácono, adquirirá para sí boa posição e muita
confiança na fé que há em Cristo Jesus...”
I Timóteo 3:13
...E A Vara de Arão Floresceu
39
“...mas a nossa
capacidade vem de
Deus.” 2 Corintios. 3:5
I I– A CHAMADA MINISTERIAL MINISTERIAL
...E A Vara de Arão Floresceu
40
A preparação ministerial.
“...Vem, agora pois, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu
povo do Egito...”
Êxodo 3:10
É interessante observar fatos que envolveram o
cooperador Marcos, no início do seu ministério, para que possamos
compreender que a preparação é fundamental na execução do
ministério.
Nota-se que Marcos, também chamado de João,
sobrinho de Barnabé, foi levado com o Apóstolo Paulo e Barnabé
para juntos efetuarem a primeira viagem missionária, conforme nos
relata o livro sagrado.
“...e tinham também a João (Marcos) como auxiliar...”
Atos 13:05
...E A Vara de Arão Floresceu
41
A seqüência do relato bíblico apresenta grandes
dificuldades e lutas que se abateram contra estes servos de Deus
naquela viagem evangelística.
Provavelmente, Marcos não estava ainda preparado para
tais dificuldades, e, conforme observamos pela palavra, retornou
para Jerusalém, deixando os companheiros seguirem viagem sem
sua companhia.
Tudo indica que a presença de Marcos, um homem
jovem e forte, era importante, principalmente porque Barnabé, seu
tio, era de idade avançada e Paulo tinha dificuldades de visão.
Observando o lamentável episódio que ocorreu entre o
apóstolo Paulo e Barnabé, quando do início da segunda viagem
missionária que ambos pretendiam fazer, percebemos que Paulo
ficou muito decepcionado com a desistência de Marcos na viagem
anterior.
Barnabé, mais uma vez, convidou Marcos para aquela
segunda viagem missionária, o que foi prontamente aceito, porém
...E A Vara de Arão Floresceu
42
o apóstolo Paulo se opôs à companhia de Marcos, como vemos no
texto a seguir:
“...mas a Paulo não parecia razoável que levassem aquele (Marcos) que desde
Panfília se tinha apartado deles, e não os
acompanhou naquela obra...”
Atos 15:38
De fato, ocorreu ali a discordância momentânea entre
Paulo e Barnabé por conta da imaturidade comportamental de
Marcos, fato compreensível para Barnabé, mas inadmissível,
naquele momento para o apóstolo Paulo.
É claro que os extremos são sempre desaconselháveis,
uma vez que observada a imaturidade e despreparo inicial de
Marcos, apontaremos também para a intolerância e impaciência de
Paulo.
Ainda bem que Deus faz a sua grande obra através de
homens fracos e falhos, para que ninguém se glorie (Hb 7:28).
...E A Vara de Arão Floresceu
43
Barnabé não abandonou Marcos e prosseguiu na obra de
Deus ajudando-o a se preparar melhor para executar o trabalho do
Senhor. Anos depois, observamos Marcos ajudando o mesmo
Apóstolo Paulo que o rejeitara no início, ainda que na prisão:
“...Aristarco que está preso comigo vos saúda, como também Marcos,
o sobrinho de barnabé...”
Colossenses 4:10
Marcos já não era mais desnecessário e tinha uma
grande qualidade: não era rancoroso, ainda que rejeitado a
princípio, pois agora servia como auxiliar de Paulo no que era
necessário.
De fato, Marcos se deixou preparar para a obra do
ministério, e esse preparo levou-o, mais tarde, a escrever um dos
Evangelhos que leva o seu próprio nome.
Marcos estava preparado para realizar a obra de Deus,
alguns anos mais tarde, de forma que observamos o apóstolo
...E A Vara de Arão Floresceu
44
Paulo, no final do seu Ministério, requisitando sua presença nos
seguintes termos:
“...só Lucas está comigo, toma Marcos e traze-o contigo, porque me
é muito útil para o ministério...”
2 Timóteo 4:11
A preparação é condição indispensável para que o
chamado por Deus execute uma grande obra no reino de Deus.
Quanto mais bem preparado, melhor será o obreiro para a seara do
mestre.
Deixar-se preparar para a obra do Senhor é como uma
ferramenta que é lubrificada, revisada e amolada pelo artífice, ou
profissional; quanto melhor a ferramenta, melhor o trabalho
executado.
Somos ferramentas na mão do mais perfeito dos
artífices, que é o nosso Senhor Jesus Cristo.
...E A Vara de Arão Floresceu
45
Por isso, o apóstolo Paulo ensinou a Timóteo dizendo:
“...de sorte que, se alguém se purificar desta coisas, será vaso para honra,santificado e
idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra...”
2 Timóteo 2:21
Que o Senhor nos ajude para que possamos estar
preparados para fazer a Sua obra conforme a Sua soberana
vontade.
...E A Vara de Arão Floresceu
46
O Tempo de Deus na chamada Ministerial.
“...porque tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo o propósito debaixo do céu...”
Eclesiastes - 3:1
É importante compreender que, embora Deus tenha
vocacionado e chamado alguém para o exercício da Sua obra aqui
na terra, o tempo pré-estabelecido para o início deste trabalho
também é determinado por Ele.
Não se deve adiantar, tampouco atrasar o tempo de
Deus para o exercício ministerial. É preciso entender o tempo de
Deus e não interferir nele. Não nos esqueçamos de que Deus é
perfeito e que um dos Seus principais atributos é a onisciência, pela
qual Ele conhece com precisão o tempo exato para cada propósito.
Muitos são os obreiros que têm prejudicado o seu
ministério porque não interpretaram corretamente o tempo de Deus
para o início do seu ministério e, ou se apressaram, ou retardaram
o tempo, perdendo assim a oportunidade preciosa dada por Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
47
Como já podemos analisar anteriormente, a preparação
para o exercício ministerial é muito importante. Não podemos
abdicar dela, tampouco devemos atropelar o tempo estabelecido
por Deus para não sofrermos prejuízos.
Há obreiros que são convocados pelo ministério da
Igreja com o objetivo de que se inicie sua legítima jornada
ministerial (2 Tm. 2:5). Infelizmente, muitos apresentam objeções
para justificar suas recusas; uns por problemas familiares; outros,
por problemas profissionais e até econômicos.
Ao contrário, outros se oferecem voluntariamente para
fazer a obra de Deus, entretanto observamos, em muitos casos,
que ainda não é o tempo de Deus, haja vista que faltam muitos
requisitos essenciais para o exercício ministerial dos mesmos,
sobretudo a prova, que é fundamental para o serviço efetivo da
obra do Senhor e que deve ser imposta ao obreiro, conforme
determina a palavra de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
48
“...sejam primeiramente provados, depois sirvam se forem achados
irrepreensíveis...”
1 Timóteo 3:10
Conhecemos casos de obreiros que foram consagrados
para o santo ministério, sem jamais dirigir um culto, pior ainda,
casos em que receberam liderança de campo, sem sequer ter
dirigido um ponto de pregação.
É claro que os prejuízos estão patentes diante de todos,
uma vez que até a mensagem dos tais não tem sabor, e , sabe-se
que os seus constituintes (padrinhos) estão profundamente
arrependidos.
A própria natureza nos dá exemplos preciosos de como é
importante esperar o tempo determinado para todas as coisas.
Vejamos o que acontece com a banana; conforme já comentado
anteriomente: o lavrador tem duas opções, poderá recolher o cacho
da fruta antecipadamente e colocá-la para madurar sob
condicionamento artificial, ganhando tempo e beleza estética e
perdendo sabor; ou ainda esperar o tempo em que a fruta deverá
...E A Vara de Arão Floresceu
49
madurar no próprio pé, sujeita às intempéries, ataques dos animais
e insetos, perdendo tempo, beleza estética, mas ganhando em
qualidade, sabor...., Sabemos que comercialmente, o lavrador
sempre opta pela primeira situação, uma vez que o seu objetivo é o
lucro. Entretanto, na obra de Deus, a melhor opção é a segunda,
tendo em vista que a qualidade do fruto é imprescindível para
Deus.
Assim, ainda que se demore mais tempo para a
formação de um obreiro, ao final, a qualidade será bem melhor,
haverá melhor sabor na mensagem, melhor qualidade no exercício
do ministério, e a obra do Senhor ganhará muito com isto.
Infelizmente há alguns obreiros, que por precipitação
dos seus constituintes (padrinhos), foram forçados a madurecer
como a banana na estufa, artificialmente. Eles chegaram rápidos
demais ao ministério, entretanto, por mais que se esforcem, têm
um ministério sem sabor, sem qualidade.
Em períodos de consagração de obreiros, os líderes de
campo sofrem todo o tipo de achaque, pressões etc. Há obreiros,
...E A Vara de Arão Floresceu
50
inclusive, que não se acanham de se oferecer para consagração e
outros, após as consagrações, chegam a questionar seus líderes por
não terem sido indicados. Que Deus nos livre dos tais.
Melhor esperar o tempo do amadurecimento no pé da
fruta, ou seja, o obreiro deve ser provado primeiramente,
exercendo atividades diversas na obra do Senhor, sofrendo, se for
o caso, todas as provações advindas da exposição do trabalho - as
“tempestades” de lutas e tribulações, os “ataques” dos
perseguidores - sem nenhuma proteção aparente, buscando ajuda
do dono da seara para sobreviver às intempéries e se fortalecer na
presença de Deus.
Deus tem uma forma especial de tratar e burilar cada
um dos seus obreiros, não há uma regra.
É difícil, até penoso, mas valerá a pena, o ministério de
tal obreiro que paga o preço, pois será mais honrado, mais forte,
mais firme, embora tenha que dizer como o apóstolo Paulo, ao final
do seu ministério:
...E A Vara de Arão Floresceu
51
“...ninguém conseguirá me perturbar, pois trago em meu
corpo (vida), as marcas de Cristo ...”
Gálatas 6:17
Estas marcas são inevitáveis aos obreiros que esperam o
tempo de Deus para o exercício da sua chamada ministerial, mas
também é a verdadeira credencial que legitima o obreiro como
verdadeiro soldado de Cristo Jesus.
Desta maneira, o obreiro não precisa constantemente
estar “dando carteirada”, ou seja, apresentando credencial para
provar que é Ministro do Evangelho, porque sua vida traz as marcas
de um verdadeiro servo de Deus diante do povo da cidade onde
habita.
Há poucos meses, para nossa vergonha, presenciamos
um episódio lamentável em nosso meio ministerial, três de nossos
presbíteros foram “convidados” a mudar de região para o campo de
um determinado “líder”. Sem nos comunicar, os mesmos se
transferiram rapidamente para aquele local, e quinze dias depois
foram indicados, para serem consagrados ao santo ministério.
...E A Vara de Arão Floresceu
52
Entendemos, então, qual fora a “proposta” que levara aqueles
obreiros a se mudarem tão rapidamente para o outro campo.
Lamentavelmente, a história teve desfecho
desagradável, pois alguns meses mais tarde, esses companheiros
retornaram para a nossa região, exibindo sua nova condição e
status de pastor, requerendo reconhecimento, o que, obviamente
não foi concedido, dado a forma matreira e precipitada com que foi
feita a indicação; além disso, não devemos abrir l precedentes.
É claro que os referidos obreiros foram vítimas de um
líder de campo irresponsável, interesseiro e desqualificado, que
como Balaão, teve interesses escusos no que tange à obra do
Senhor. Deus os julgará.
Não se arrependerão jamais, aqueles que esperarem
com paciência o tempo de Deus. Serão reconhecidos no tempo
certo e darão frutos saborosos na lavoura do Senhor, glória a Deus!
...E A Vara de Arão Floresceu
53
O caminho no deserto a ser percorrido.
“...e disse João batista: eis o cordeiro de Deus...e dois discípulos
o deixaram e seguiram a Jesus...”
João 1:35
Ao sair do rio Jordão, Jesus imediatamente seguiu para o
deserto aonde foi tentado por quarenta dias e quarenta noites.
Muito embora observemos que dois dos discípulos de
João Batista tenha seguido a Jesus, após o seu batismo no Jordão,
no entanto não os vemos no deserto com Jesus quando da
tentação de quarenta dias e quarenta noites.
Com efeito, é muito significativa as três áreas que foram
provadas por ocasião da tentação de Jesus no deserto, mas ao que
tudo indica, os dois “interesseiros” desistiram desde logo já na
entrada do deserto, e “perderam a chamada...”.
De fato, os evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas,
destacam que a tentação de Jesus no deserto consistiu no ataque
...E A Vara de Arão Floresceu
54
ao que podemos chamar de as três principais áreas na vida de um
homem de Deus, ou seja, o deserto que cada um de nós tem de
percorrer, pedindo graça a Deus para sair vencedor como foi o caso
de Jesus.
Observamos, que no primeiro ataque do diabo, Jesus foi
confrontado e colocado à prova nas suas necessidades natural e
pessoal, conforme o que podemos extrair do texto que se refere ao
momento da tentação:
“...se tu és filho de Deus, manda que estas pedras se
transformem em pão...”
Mateus 4:3
Obviamente, que o tentador conhece, sempre, as
necessidades momentâneas que nos cercam e jamais perde
oportunidade de nos provocar, tentar e assim por diante.
A necessidade natural, pessoal e momentânea de Jesus
era alimento, e o tentador lhe apresentou a oportunidade de
...E A Vara de Arão Floresceu
55
encurtar sua jornada no deserto com uma sugestão aparentemente
inofensiva, e, é claro que Jesus não sucumbiu à sua provocação.
O que era naquele momento pão para Jesus pode ser
muitas outras coisas para nós, tendo em vista que nossas
necessidades natural e pessoal são inúmeras e variam de pessoa
para pessoa em gênero, grau e número, conforme as circunstâncias
que se nos acercam.
O dinheiro, por exemplo, é a mais freqüente, uma vez
que, através dele, podemos suprir a maioria das nossas
necessidades pessoal e natural. O dinheiro, materialmente falando,
é a solução imediata para a maioria das necessidades humanas,
sem dúvida.
Assim, ele, é sempre o principal instrumento de tentação
utilizado contra as pessoas de um modo em geral, principalmente
dos servos de Deus, os quais têm compromissos com o Seu reino.
Também na questão ministerial o dinheiro tem
conquistado a sua influência, porque, é essencial para a
...E A Vara de Arão Floresceu
56
sobrevivência humana, entretanto no reino de Deus, precisamos
lembrar que é a Fé o elemento primordial.
É sabido que há líderes oferecendo consagração
ministerial em troca de recompensa financeira, inclusive através da
Internet, onde qualquer pessoa tem possibilidade de obter
“credencial de pastor” no término de um curso teológico on-line.
Que bagagem ministerial pode ter, um “teólogo” desses,
que freqüentou um curso vago e não experienciou as provações
exigidas pelo ministério? Vale relembrar o que nos diz o texto
Sagrado:
“...e estes sejam primeiramente provados, depois
sirvam se forem irrepreensíveis...”
I Timóteo 3:10
Há, pelo menos, cinco formas de se conquistar uma
posição ministerial são elas: a Consagração, a Usurpação, a
Negociação, a Nomeação e Eleição, sobre as quais falaremos mais
adiante.
...E A Vara de Arão Floresceu
57
Ainda, no segundo ataque, observamos que o tentador,
diante do povo religioso, procurou atingir Jesus em outra área, a
eclesiástica, haja vista que O levou ao pináculo do templo,
certamente em dia de comemoração, provavelmente no dia do
sábado, e lhe tentou:
“...se tu és filho de Deus, lança-te daqui para baixo...”
Mateus 4:6
É claro que o tentador estava procurando atingir a área
ministerial de Jesus. O seu interesse era provocar vaidade pessoal
Nele diante das pessoas que se encontravam no pátio do templo.
Era o momento de Jesus se projetar diante do povo, de se
apresentar em grande estilo, sendo amparado nos braços de anjos,
assim seu sucesso estaria garantido, conforme queria fazê-lo crer o
tentador, e é evidente que Jesus o rechaçou.
Quantas formas existem de sermos tentados na vaidade
diante do povo de Deus?
...E A Vara de Arão Floresceu
58
O inimigo usa, constantemente, de pequenas coisas
para que os obreiros do Senhor se envaideçam diante do povo, e
muitos se perdem na soberba, na altivez ou na vaidade pessoal,
extinguindo o Espírito Santo do seu ministério, agindo carnalmente
diante do povo de Deus.
Não podemos nos esquecer da atitude desvairada do rei
Saul, que no fim do seu reinado, rasgou, perante o povo de Deus,
as vestes do sacerdote pedindo-lhe, na verdade praticamente
exigindo, que fosse honrado diante deles, vejamos:
“...disse então Saul a Samuel:pequei, honra-me porém agora diante dos
anciãos do meu povo e diante de Israel...”
I Samuel 15:30
Diante do texto bíblico acima, observamos que Saul
equivocou-se duas vezes; a primeira, ao rasgar as vestes do
sacerdote Samuel para forçá-lo a dar-lhe honra diante do povo e a
segunda, referir-se ao povo como sua propriedade.
...E A Vara de Arão Floresceu
59
Ora, caros companheiros, o rasgar das vestes do
sacerdote, o exigir honra diante do povo e a expressão “meu povo”
ou “minha Igreja” são atitudes muito frequentes em nosso meio,
lamentavelmente.
Muitos “obreiros” rasgam as vestes dos seus Pastores
quando não são satisfeitos nas suas requisições, pelo que passam a
criticar, murmurar e até difamar, esquecendo-se de todos os
benefícios que recebeu até então e como verdadeiros ingratos
agridem sem piedade com palavras e atitudes grosseiras àqueles
que foram usados por Deus para, outrora, lhes abençoar, ou seja,
“rasgam as vestes dos seus líderes”.
Além disso, há ainda os que desejam a honra ministerial
diante da Igreja, com efeito, utilizam-se de todos os meios
possíveis para alcançá-la, e esta busca se acentua quando o
ministério da Igreja está se mobilizando, passando pelo crivo alguns
obreiros que deverão ser indicados ao santo ministério.
Então começa a corrida, a pressão, os pedidos de
intercessão e tudo o que julgam necessário fazer para alcançar os
...E A Vara de Arão Floresceu
60
objetivos. É claro que esses objetivos na maioria das vezes, não se
concretizam porque os verdadeiros homens de Deus, ainda que sob
a ameaça de terem suas vestes “rasgadas” injustamente, não se
dobram a este tipo de pressão ou qualquer outro.
Lamentavelmente, alguns obreiros aceitam convites para
mudar de ministério, com promessas de consagração, e, de fato,
após a “conquista”, pleiteiam o retorno através de amigos e
padrinhos, sem, obviamente, abrir mão de suas consagrações,
fazendo questão de frisar “...foi concedida por Deus”.
Ora, ora, se estas pretensas consagrações foram,
segundo apregoam, concedidas por Deus, por que então não
desejam permanecer no ministério que foi o suposto “canal de tão
grande bênção”?
Evidente que tais obreiros não conseguem esconder a
decepção que sentem de pertencerem a tais “ministérios”, a ponto
de desejarem retornar para seu lugar de origem.
...E A Vara de Arão Floresceu
61
Descobriram, tardiamente, que não foi tão honroso
assim, ser consagrado através daquele ministério.
Melhor seria ter esperado o tempo preparado por Deus,
servindo ao Senhor e aguardando na Sua misericórdia, o tempo
necessário.
Não devemos esquecer o que está registrado no texto
sagrado acerca destas coisas:
“...e ninguém toma para si esta honra senão aquele que for chamado
por Deus como Arão.”
Hebreus 5:4
Portanto, devemos ter cuidado para não rasgarmos as
vestes dos nossos líderes, como também não buscarmos honra
para nós mesmos, e tampouco pensarmos e agirmos como Saul.
De fato, Saul disse: “honra-me diante do meu povo”.
Ora, o povo não é nosso, o povo, a igreja é do Senhor Jesus Cristo,
e nós somos seus cooperadores, como bem disse o apóstolo Paulo:
...E A Vara de Arão Floresceu
62
“...Porque nós somos cooperadores de Deus e vós sois lavoura
de Deus e edifício de Deus”
I Corintios 3:9
Não é incomum ouvirmos alguém dizer “minha Igreja”, e
ainda pior, há alguns que agem como se a Igreja de Jesus fosse
realmente propriedade sua. Lamentavelmente, não são poucos os
que assim se comportam, se esquecendo-se de que a Igreja é de
Jesus, o qual deu Sua vida por Ela. Passem os anos que passarem
dirigindo o rebanho do Senhor, este continuará sendo do Senhor
Jesus.
É claro que Deus não entrega a Sua honra a quem quer
que seja, e portanto, tais obreiros terão grande decepção e
amargura de espírito, porque serão lembrados através de duras
provações, que a Igreja é de Jesus Cristo e que Ele, Jesus, domina
sobre Sua Igreja.
“...Edificarei a minha Igreja e as portas do inferno
não prevalecerão contra Ela”
Mateus 16:18
...E A Vara de Arão Floresceu
63
Jesus não sucumbiu diante da segunda proposta do
inimigo, repreendeu-o e saiu vencedor da batalha. Assim devemos
também proceder, pois a tentação chega e nós precisamos estar
vigilantes para não sermos vencidos por ela.
A terceira proposta de satanás foi para atingir Jesus no
âmbito social, diante do povo em geral, vejamos:
“...e mostrando todos os reinos do mundo, disse-lhe: tudo isto te darei se
prostrado me adorares”
Mateus 4:9
Ainda bem que o apóstolo Paulo já dizia que nós
conhecemos bem os ardis de satanás, se não, deveríamos
conhecer, visto que ele é medíocre e continua com os mesmos
embustes.
Satanás não conseguiu vencer Jesus no âmbito das suas
necessidades pessoais, procurou combatê-lo diante da Igreja e da
...E A Vara de Arão Floresceu
64
sociedade em geral, mas não obteve sucesso, e assim continua
fazendo, suas táticas são antigas, não mudaram.
Há obreiros que conseguiram vencer o tentador diante
das suas necessidades pessoais, materiais, fisiológicas etc. Também
conseguiram suplantá-lo quando tentado na sua vaidade diante da
Igreja de Jesus, mas alguns não conseguiram vencê-lo diante da
sociedade. Com efeito, este ataque é muito forte, provocador,
desafiador.
O tentador promete tudo: casas, carros, posição social e
somente exige adoração, ou seja, espaço para ser homenageado,
destacado e honrado.
A perspicácia de satanás é tal que consegue convencer
muitos, isto porque grandes homens de Deus se venderam. As
vezes não por dinheiro, mas por destaque social e outras formas,
esquecendo-se, ou ainda pior, perdendo o foco, o objetivo e se
enveredando para a busca do destaque social oferecido pelo diabo,
através de atitudes desvairadas que, ao contrário do que lhes foi
oferecido, os levam à destruição, humilhação e derrota.
...E A Vara de Arão Floresceu
65
O destaque, a ascensão metaórica e a glória prometida
diante da sociedade, através de marketing em jornais, televisão,
política e outros meios de propaganda e difusão, fazem sucumbir
grandes homens de Deus, lamentavelmente.
As propostas são imensuráveis com promessas de
infalibilidade, garantias de resultados brilhantes, entretanto quase
sempre com resultados frustrados por circunstâncias adversas e
justificativas decepcionantes para aqueles que se deixaram levar.
Por trás de todas estas promessas, sempre o obreiro do
Senhor Jesus deverá se prostrar diante de alguém ou de alguns,
consequetimente deixará de ser servo de Cristo, e certamente será,
servindo interesses particulares, à revelia do interesse do reino de
Deus.
Que o Senhor Jesus nos livre de tais propostas, e que
continuemos com foco do reino de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
66
O deserto é inevitável àqueles que têm verdadeira
chamada de Deus para o exercício do ministério, não adianta
atalhos, desvios, caronas ou outros meios de encurtar ou facilitar o
caminho.
O legítimo e verdadeiro homem de Deus não aceita
facilidades, resigna-se e cumpre o seu ministério conforme o que
determina a palavra de Deus:
“...Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a
minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus...”
Atos 20:24
...E A Vara de Arão Floresceu
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Elegendo companheiros e conselheiros
“...a ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilie pois juntas
se esforçaram comigo no evangelho, ...”
Filipenses 4:3
Nem todo o companheiro poderá ser seu conselheiro,
assim como nem todo o conselheiro deverá ser seu companheiro.
Há diferenças fundamentais nas características de
alguém que pode ser chamado de companheiro ou conselheiro.
Antes de tudo mais, convém ressaltar que
tradicionalmente o obreiro, ou alguém que desenvolve uma carreira
ministerial, à medida que segue sua jornada pelo deserto das
provações e tribulações, vai perdendo “companheiros” e “amigos”
pelo percurso, se tornando alguém, se não solitário, no máximo
com pouquíssimos amigos e companheiros.
Lembremo-nos de que quando Jesus saiu do Jordão,
dois discípulos de João Batista o deixou e seguiu a Jesus, que se
...E A Vara de Arão Floresceu
68
dirigiu ao deserto onde foi tentado por quarenta dias e noites, e
com toda a certeza, aqueles dois não estavam no deserto com
Jesus.
Por essas e outras razões, é importante que o obreiro
cultive na sua vida ministerial, amizades duradouras e saudáveis.
O próprio Jesus tinha amigos e era do conhecimento de
todos que Ele tinha relacionamentos mais próximos de uns do que
de outros, como é o caso de João, o chamado “discípulo amado”.
Cristo também mantinha laços estreitos com Lázaro e
chorou em ocasião de sua morte, provocando observação de alguns
que diziam: “veja como Ele o amava...”
Isso justifica o fato de Jesus, no momento de, talvez,
maior agonia da sua vida e ministério, ter escolhido três discípulos
para acompanhá-lo na oração particular que efetuou no Monte das
Oliveiras pouco antes de ser preso.
...E A Vara de Arão Floresceu
69
Não é pecado um homem de Deus ter amigos, ao
contrário, é estranho que muitos homens de Deus se fechem para
esse aspecto tão importante e necessário para uma saudável vida
em comunidade.
É importante ressaltar que uma amizade deve ser
cultivada através dos anos, e isso custa alguma dedicação, mas
valer a pena. Somente o tempo revelará a importância de certas
amizades que foram cultivadas por muitos anos.
Não poderia deixar de mencionar a destacada amizade
bíblica entre Davi e Jonatas, amizade que salvou a vida de Davi,
como todos os conhecedores da Bíblia sabem.
“...O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo
mais chegado que um irmão...”
Proverbios 18:24
...E A Vara de Arão Floresceu
70
Um amigo é também companheiro, diferentemente do
conselheiro, por isso estes dois personagens tão importante e
irrecusáveis na vida de um servo de Deus, devem ser escolhidos e
cultivados com carinho e muito cuidado, cada um na sua destacada
função na convivência diária.
Companheiro, amigo é aquele que acompanha
diariamente a nossa vida, estando perto ou longe, estará sempre
ciente de muitos detalhes da nossa vida. Imaginemos um
companheiro fofoqueiro, falador, precipitado, imprudente,
certamente estará sempre colocando as pessoas em sua volta em
dificuldades e vergonha, pelo que um homem de Deus não se faz
acompanhar por alguém com essas qualidades tão desanimadoras.
Um companheiro é alguém que nos acompanha
permanentemente, assim é importante que essa pessoa seja, se
possível, portadora de virtudes melhores do que as nossas, de
qualidades superiores, tendo em vista que, se queremos e devemos
melhorar a cada dia, então, faz-se necessário que aqueles que nos
cercam diariamente sejam pessoas melhores qualificadas do que
nós.
...E A Vara de Arão Floresceu
71
Por outro lado, não menos importante, precisamos
eleger nossos conselheiros, para que no transcurso da vida e
desempenho ministerial, possamos ter referências seguras e pontos
de vista sábios para os momentos de decisões difíceis.
Com efeito, há muitos faladores sobre todos os assuntos,
entretanto, poucos conselheiros sábios, pelo que diz a palavra do
Senhor:
“...Cada pensamento com conselho se confirma, e com conselhos
prudentes faze a guerra...”
Proverbios. 20:18
...E A Vara de Arão Floresceu
72
Exercendo a chamada com coragem.
“...Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que,
sob juramento, prometi dar a seus pais...”
Josué.1:6
Sem dúvida nenhuma, uma das virtudes essenciais para
o exercício de um ministério frutífero e abençoado é a coragem.
Os grandes, destacados e vitoriosos homens de Deus.
exerceram seus ministérios com muitas virtudes e qualidades
especiais, e todos s possuíam uma virtude em comum: a coragem.
A começar exemplificar por Moisés, que a despeito de ser
considerado por Deus como o homem mais manso da terra, esta
virtude não dispensou a coragem necessária para dirigir o povo de
Deus pelo deserto. Sem qualquer forma de logística para garantir o
sucesso da jornada, além da fé, indubitavelmente, necessitou de
muita coragem para enfrentar aquele desafio, pelo que, desde
sempre se reflete sobre seu exemplo de líder corajoso.
...E A Vara de Arão Floresceu
73
Os obstáculos que se impuseram contra Moisés eram
quase intransponíveis, inimigos internos e externos, oposição até
mesmo entre membros da família, chegando a níveis tão
insustentáveis, que houve necessidade da intervenção divina, como
no caso da contradição de Core e depois da oposição de sua irmã,
Miriã.
Todo o transcurso da jornada, durante quarenta anos,
Moisés precisou ser forte e corajoso, uma vez que os obstáculos se
multiplicavam a cada dia.
Como homem, esse líder exemplar, passou por
momentos de desânimo, cansaço, histeria e angústia, entretanto
tais circunstâncias momentâneas, não foram suficientes para
enfraquecer sua coragem, como bem nos revela a história.
Quantas lições importantíssimas podemos extrair da vida
desse extraordinário homem de Deus.
Certamente a coragem de Moisés foi uma das razões
pelas quais Deus o escolheu para aquela tarefa tão difícil, de
...E A Vara de Arão Floresceu
74
conduzir o povo de Deus através do deserto, e enfrentar todos os
desafios decorrentes daquela jornada.
Companheiros, o nosso desafio não é muito diferente
daquele de Moisés. É verdade que os tempos são outros, no
entanto, está aí diante de nós o povo de Deus, o mesmo Deus,
como também o deserto se estende diante de nós, cheio de
obstáculos, desafios e os inimigos não são tão diferentes.
Porventura não se manifesta em nosso meio os “Abirãos”
e os “Datãs”?
Quem de nós, já não ouviu o lamento dos desanimados
que se amedrontaram diante dos inimigos e gigantes querendo
voltar atrás?
O que dizer dos falsos profetas que se levantam entre o
povo, falando de derrotas e destruições, instigando o povo de Deus
contra seus líderes?
...E A Vara de Arão Floresceu
75
É na família que é o ataque mais doloroso. Quem de nós
não sofreu o ódio ou rancor, o ciúme ou inveja, dentro de casa,
justamente daqueles que deveriam apoiar, abençoar, orar e
cooperar?
Notem, amados, que estamos inseridos em um contexto
que somente mudam os nomes dos protagonistas, do tempo e do
local, mas as circunstâncias são as mesmas.
Assim, outro comportamento não se exige, senão aquele
que foi uma constante na vida e ministério de Moisés: a Coragem.
A timidez não agrada a Deus. Quem tem compromisso
com Ele e sua obra, necessita também de coragem para tomar
decisões desafiantes, projetos ousados e atitudes de fé, os quais
não serão colocados em prática se no momento adequado faltar a
coragem.
Impossível exercer uma chamada com brilhantismo e
vitórias se a coragem não estiver latente na vida do homem de
...E A Vara de Arão Floresceu
76
Deus. Ela está sempre associada à valentia, não no sentido da
violência, mas no sentido do ânimo pronto, da perseverança.
Um corajoso que não seja valente, certamente é um
inconsequente, e um valente sempre será corajoso. A palavra de
Deus nos anima:
“...Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de
poder, amor e moderação...”
II Timóteo 1 : 7
...E A Vara de Arão Floresceu
77
“...Pela fé, Abraão,
quando chamado,
obedeceu...” Hebreus. 11:8
III – REQUISITOS ESSENCIAIS DA CHAMADA
MINISTERIAL
...E A Vara de Arão Floresceu
78
A obediência na chamada.
“...melhor obedecer do que sacrificar...”
I Samuel. 15:22
Sem dúvida nenhuma, o ser humano, enquanto viver,
sempre terá, em algum momento, que exercer atividades regidas
pela obediência.
Esta atitude é tão importante e fundamental na vida do
ser humano que a escritura sagrada relata determinantemente que
até Jesus, enquanto homem, aprendeu a obedecer.
Não restam dúvidas de que um bom líder necessita,
antes de tudo, ser um bom liderado, e se é liderado, então terá que
se sujeitar às ordens do líder.
O texto de I Samuel 15:22 foi inserido num contexto de
circunstâncias muito graves, tratando de fatos relacionados ao
comportamento do rei Saul, exatamente quando fez-se de
...E A Vara de Arão Floresceu
79
desentendido e distorceu a ordem proferida pelo profeta Samuel,
executando meia ordem, ou seja, obedecendo pela metade.
Tal comportamento foi classificado pelo profeta Samuel
semelhante à feitiçaria e considerado rebelião.
Algo tão chocante merece atenção especial.
Ora, se a obediência parcial é classificada como rebelião
e feitiçaria, que se poderá dizer da desobediência de fato?
Notemos que, aquilo que parece simples e remediável,
não é tolerável pela palavra do Senhor, assim, um homem de Deus
deve pautar seu comportamento pela obediência, uma vez que o
reino de Deus é constituído por líderes, os quais administram a
igreja de Cristo na terra, e esta depende de homens obedientes
para que o reino de Deus se expanda na terra.
Por isso a ordem de Deus através das escrituras
sagradas é veemente no que se refere à obediência, vejamos:
...E A Vara de Arão Floresceu
80
“...Obedecei vossos pastores...”
Hebreus 13:17
Como já demonstramos, a obediência está diretamente
relacionada a uma ordem, uma determinação.
Assim, quem deseja servir a Jesus Cristo e trabalhar para
o reino de Deus, precisa também entender que a obediência é um
requisito indispensável, e que não lugar para desobediência.
Não estamos falando de comportamento servil,
escravidão, sem direitos a diálogo ou coisa semelhante, (longe de
nós tais forma de trabalho), até porque aceitamos que é
perfeitamente possível a cooperação mútua entre aqueles que
desejam trabalhar na seara do mestre, utilizando-se das indicações,
conselhos e sugestões, entretanto compreendendo que, ao final,
deve prevalecer a ordem estabelecida por aquele que foi colocado
por Deus para determinar a decisão final.
Sempre que nos referimos à obediência, a memória nos
lembra da parábola de Jesus sobre o senhor, seus dois filhos e sua
...E A Vara de Arão Floresceu
81
vinha, conforme o texto bíblico de Mateus 21:28. O texto destaca a
ordem que o pai deu, igualmente, aos dois filhos para que ambos
fossem trabalhar na sua vinha, sendo que o primeiro respondeu
que iria, entretanto não foi; o segundo filho, inicialmente respondeu
que não iria, todavia, arrependido, foi e executou a ordem do seu
pai.
Daí, surge a clássica pergunta de Jesus: quem fez a
vontade do pai?
Assim, presume-se que o Senhor Jesus, dono da vinha,
até aceita nosso comportamento, inicialmente, contraditório, desde
que, ao final, compatível com a obediência exigida pela sua palavra.
...E A Vara de Arão Floresceu
82
A obediência na chamada ministerial;
“...Embora sendo filho aprendeu a obedecer por
aquilo que padeceu...”
Hebreus 5: 8
Ainda que a obra do ministério seja um trabalho
voluntário, é necessário a obediência durante seu exercício.
Como seria possível o desenvolvimento do reino de
Deus, se cada um dos obreiros do Senhor Jesus trabalhasse
segundo seus próprios pensamentos?
O apóstolo Paulo, ensinando acerca do ministério na
casa de Deus, esclareceu que Deus estruturou uma hierarquia na
sua obra, querendo o aperfeiçoamento do santos.
É como se o dono da obra nos admoestasse acerca da
desorganização como forma de impedir o crescimento da Igreja. De
fato, nada mais prejudicial à obra do Senhor do que a sublevação
...E A Vara de Arão Floresceu
83
às determinações da liderança, a desobediência às ordens
emanadas do ministério que administra a casa de Deus.
Por assim dizer, não é demais relembrar o que disse o
apóstolo Paulo:
“...A uns pôs Deus na Igreja, primeiramente
Apóstolos, depois Profetas, Pastores...”
Efésios 4 : 11
Se há hierarquia, há que se ter também obediência, pelo
que não haveria razão de existir a primeira, se não houvesse
necessidade do cumprimento da segunda.
Jesus Cristo, na sua eterna Onipotência, Onisciência e
Onipresença, vivendo em perfeita comunhão e harmonia com o Pai
e o Espírito Santo, jamais precisou obedecer, uma vez que a
contrariedade não fazia parte da sua existência.
As três pessoas da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Tendo os mesmos atributos celestiais e eternos, jamais se
...E A Vara de Arão Floresceu
84
desentenderam, ou executaram qualquer contradição entre si, pelo
que, não necessitam de obediência.
Entretanto, quando Jesus veio a este mundo para
executar o projeto da salvação da raça humana, tornou-se homem.
Então, como homem precisou aprender a obedecer em todos os
níveis humanamente necessários.
Como filho, obedeceu a seus pais, como profissional de
carpintaria obedeceu a seu mestre, e, como executor de um projeto
arquitetado desde antes da fundação do mundo, obedeceu ao Pai,
Deus, em toda perfeita execução do mesmo, vejamos:
“...Como pois se cumpriria as escrituras, segundo a qual
assim deve suceder?...”
Mateus 26:54
...E A Vara de Arão Floresceu
85
Essa foi a expressão de Jesus, quando Pedro cortou a orelha do
servo do sumo sacerdote que lhe prendia naquela noite da traição.
Como se pode observar, o desejo de Jesus era obedecer
a tudo que estava previamente estabelecido no plano da salvação,
e não permitiu nenhuma manifestação em sua defesa, ainda que
bem intencionada, como era o caso.
Certamente não foi fácil obedecer, para quem não tinha
experiência alguma nesse campo, todavia Jesus tirou nota dez.
A obediência na obra do ministério é imprescindível para
o bom andamento e crescimento do reino de Deus na terra.
Não importa a condição social dos obreiros, devem
obedecer, não importa a condição financeira do obreiro, devem
obedecer.
Nesses tempos em que a Igreja está passando na terra,
algo “sui-generis”, ou seja, algo novo, está acontecendo. Muitas
pessoas abastadas estão se convertendo, e outros crentes estão
...E A Vara de Arão Floresceu
86
recebendo grande prosperidade do Senhor, e, muitos recebem a
chamada para a obra do ministério. Então, vejam companheiros,
acontece algo inusitado: alguém que tem muitos empregados à sua
disposição deve, agora, obedecer ao ministério da Igreja na mesma
condição dos demais.
Graças a Deus que a obra de Deus não comporta
protecionismo ou exceções.
Um grande empresário, se for verdadeiramente chamado
por Deus para a obra do ministério, deve obedecer ao seu pastor,
por mais humilde e rude que ele seja, é determinação de Deus.
A obediência se demonstra em cada ato, ou cada
comportamento e ação, de forma que o obreiro deve ter o cuidado
de fazer tudo conforme as determinações, sem distorcer a ordem
segundo seu pensamento.
Lembremo-nos do rei Saul, que tendo recebido uma
ordem do homem de Deus, manipulou-a, distorceu-a, e, como
podemos verificar no relato das escrituras, teve punição severa.
...E A Vara de Arão Floresceu
87
“...porém disse Samuel...o obedecer é melhor que o sacrificar e o atender
melhor do que a gordura de carneiros...”
I Samuel 15 : 22
A desobediência de Saul era pautada em uma boa causa
espiritual. Dizia Ele que o povo se assenhoreou do melhor do
interdito para oferecer sacrifício a Deus. Vejam que boa e
justificada atitude aos olhos humanos, todavia Deus exige
obediência. Tal atitude custou o reino a Saul. Que Deus nos ajude e
nos dê sabedoria, sobretudo obediência ao ministério da Igreja e
aos nossos superiores para que permaneçamos debaixo da bênção,
fazendo sua obra com alegria.
...E A Vara de Arão Floresceu
88
A submissão na chamada ministerial;
Concluímos o capítulo que aborda o tema da obediência,
e, a propósito, estamos iniciando o capítulo que trata da submissão
ministerial, a sucessão do tema é proposital para demonstrar a
grande diferença entre ambos.
À primeira vista tais temas parecem ser equivalentes ou
similares, entretanto, veremos a seguir que há uma profunda
diferenciação entre ambos, e por isso mesmo estamos estudando
ambos separadamente.
Como já estudamos anteriormente, a obediência é uma
atitude vinculada a uma ordem imediata, enquanto que a
submissão, assunto deste capítulo, é uma condição permanente do
estado de espírito de uma pessoa.
Não é por acaso que o escritor aos hebreus mencionou
as duas palavras distintamente no mesmo versículo, certamente
porque ambas têm sua distinção bibliologicamente. Vejamos:
...E A Vara de Arão Floresceu
89
“...obedecei vossos guias, e sede submissos para
com eles, pois velam por vossas almas...”
Hebreus 13 : 17
A submissão é um dom precioso que Deus pode dar
àqueles que desejam fazer a sua obra com amor e dedicação.
A própria palavra já declara que é uma missão inferior
(sub), pelo que desde já se conclui que alguém com espírito altivo,
soberbo, egoísta ou exaltado, jamais aceitará tal função.
A submissão é a condição de alguém que está
permanentemente disposto a obedecer, a se submeter à
determinação do seu líder, em outras palavras, é o companheiro
que todo o líder pediu a Deus.
Um companheiro com este requisito não faz o seu líder
perder noites de sono, orando e pensando em como deverá
proceder para propor, por exemplo, uma mudança de congregação
ao seu liderado.
...E A Vara de Arão Floresceu
90
Ao submisso, o líder sabe que pode determinar com
tranqüilidade, porque certamente não vai ocorrer motins entre os
que o cercam, tampouco se fará de vítima diante daqueles que o
ouvem diariamente.
O obreiro que tem a graça de ser submisso, jamais
usará termos comprometedores contra o ministério diante da Igreja
que dirige, como já ouvimos e sofremos algumas vezes:
“...Estou sendo arrancado desta Igreja...”
“...Gostaria de permanecer aqui nesta Igreja...más..tenho que obedecer...”
“...Tenho que deixar esta Igreja, mas meu coração está partido de dor...”
Pior ainda, são aqueles que após pedir sua transferência
por razões pessoais, não têm a hombridade de declarar seu pedido
à comunidade, e, na despedida, usam termos que deixam
transparecer, ou subentender que estão sendo removidos por
determinação exclusiva do ministério da Igreja.
...E A Vara de Arão Floresceu
91
Que comportamento lamentável para um homem de
Deus, na verdade está obedecendo, mas não se verifica o atributo
da submissão em tal companheiro.
Outro sim, a submissão não trata apenas de alguém
estar disposto a obedecer sem restrição, mas de, alguém disposto a
obedecer exatamente como foi ordenado.
Alguns há que obedecem, entretanto sempre dando um
toque da sua vontade, do seu pensamento, da sua visão no
resultado da determinação.
Companheiros assim demonstram que lá no recôndito do
seu coração não consideram boa direção na administração do seu
líder, e procuram “melhorar” a forma ordenada.
É importante saber que há determinações ministeriais,
que a despeito de não representarem o que há de melhor ou mais
plausível para a situação, certamente emanam de Deus através do
líder por Deus constituído, e se houver algum prejuízo aparente,
Deus assim o quis.
...E A Vara de Arão Floresceu
92
Há sempre um propósito para todas as determinações e
permissões de Deus, assim que, muitos líderes há que tomam
decisões temerárias e depois ficam orando e se perguntando:
“porque Senhor, porque tomei tal decisão?”
Obviamente, Deus tem no comando todas as coisas e
deseja que os liderados sejam em tudo sujeitos e submissos aos
seus líderes constituídos por Deus para o bem da sua obra aqui na
terra, Glória a Deus!
...E A Vara de Arão Floresceu
93
A humildade na chamada ministerial;
“...e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes...”
I Pedro 5 : 5
Nada mais inconveniente e desagradável que um obreiro
exaltado. Os termos “eu sou”, “eu faço”, “eu tenho”, “eu sei”, são
uma constante em suas ilações.
Em torno do obreiro exaltado não cabe cooperadores,
mas somente bajuladores, pois os mesmos não aceitam quaisquer
aconselhamentos de quem quer que seja, a não ser a concordância
dos que o cerca.
São companheiros que pensam que somente existem
obreiros piores e obreiros melhores, de primeira ou de segunda
classe, quando na verdade, pela palavra de Deus, somos
complementos uns dos outros no que se refere à obra de Deus.
Vejamos o que diz a bíblia:
...E A Vara de Arão Floresceu
94
“...um é o que planta, outro é o que rega, mas Deus é
quem dá o crescimento...”
I coríntios 3 : 7
Nada mais claro do que essa palavra para nos admoestar
que o que nos diferencia é apenas a função diária plantar ou
regarporque o principal, que é o crescimento, é feito mesmo pelo
Senhor da seara, Jesus Cristo. Glória a Deus!
A soberba, o orgulho, a exaltação ou a vaidade não têm
guarida na obra do Senhor Jesus.
Todos aqueles que entraram por esse caminho,
terminaram frustrados, solitários, rejeitados pela Igreja, pelo
ministério e, sobretudo, pelo dono da vinha que é o Senhor Jesus
Cristo.
“...a soberba precede a queda, mas diante da
honra vai a humildade...”
Provérbios 15 : 38
...E A Vara de Arão Floresceu
95
A humildade é um estado de espírito, é condição íntima
de alguém que não busca honra a todo custo.
A evidência poderá até surgir na vida de alguém que
seja humilde, mas de forma natural como resultado de um trabalho
voluntário de amor, abnegação, dedicação e sinceridade.
A glória não deve ser perseguida pelo verdadeiro e
legítimo homem de Deus, o estrelato jamais será a bandeira
principal de um humilde servo de Deus, certamente aqueles que
buscam tais condições se apagarão a seu tempo, pois está muito
bem declarado por Deus que: “...a minha honra a outrem não
darei...”
Não é sem tempo lembrarmos de Saul que no fim do seu
reinado, rasgou as vestes do sacerdote Samuel e em desespero
gritava:
“...pequei, honra-me diante dos anciões do meu povo e diante
de Israel, e volta comigo...”
I Samuel 15 : 30
...E A Vara de Arão Floresceu
96
Interessante é notar que o exaltado sempre procede da
mesma forma: quer ser honrado diante dos grandes e também
diante do povo de Deus.
E pior ainda, mesmo quando está sendo rejeitado por
Deus, pensa ainda que o povo é “seu”, como foi o caso de Saul.
Não deixemos de observar outra coisa importante que
sempre se repete, que é o fato do soberbo, exaltado, querer
sempre pegar uma carona na credibilidade que os verdadeiros
homens de Deus têm diante do povo de Deus, é o caso de Saul que
pedia: “volte comigo...”
Há verdadeiros mercenários, com títulos diversos de
missionários, cantores, evangelistas, conferencistas etc., que
buscam de todas as formas um carimbo de passagem por uma
Igreja representativa e notória, uma carta de apresentação, uma
foto com líderes notáveis para que sejam honrados mais adiante.
Lembremo-nos do início da chamada de Saul, como era
humilde, embora o profeta de Deus lhe demonstrasse de todas as
...E A Vara de Arão Floresceu
97
formas que Deus o escolhera, ainda assim, Saul humildemente
dizia:
“...porventura não sou eu filho da tribo de Benjamim,
e a minha família não é a menor de todas
as famílias da nossa tribo?...”
I Samuel 9 : 21
Eis aí, meus companheiros, a diferença de expressão de
alguém que se apresenta humildemente no princípio do seu
ministério, e finalmente, transforma-se num homem arrogante,
prepotente, exaltado e em busca de honra, no final do mesmo
ministério.
Infelizmente, a história se repete continuamente.
É preciso vigilância para não sucumbir diante de tantas
tentações de poder e de domínio sobre o povo de Deus.
O homem de Deus não deve ser tímido, tampouco pode
perder o controle e pouco a pouco se assenhorear do rebanho do
...E A Vara de Arão Floresceu
98
Senhor pensando que é seu, dominar o púlpito pensando que é
seu, apossar-se do microfone pensando que é seu, pregar em todas
as reuniões principais, pensando que é o melhor pregador do
ministério.
A humildade caracteriza o verdadeiro homem de Deus,
mesmo nas suas mais simples ações, visto que, de todas as
formas, o obreiro deve resistir à tentação que todo o homem tem
de ser o centro das atenções, de ser a estrela do palco, de ser o
indispensável.
Humildemente, todo o verdadeiro servo de Deus deve
proferir como o apóstolo Paulo, que diante dos elogios que,
certamente lhes ofereciam, ele respondia dizendo:
“...pela graça de Deus, sou o que sou...”
I Coríntios 15 : 10
...E A Vara de Arão Floresceu
99
A perseverança na chamada ministerial;
“...e Jesus lhe disse: ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o
reino de Deus...”
Lucas 9 : 62
Com efeito, a perseverança é um dos atributos
essenciais para o sucesso ministerial do obreiro.
Não se tem notícia de que alguém em toda história da
humanidade tenha conseguido seus objetivos, ou conquistado seus
alvos sem que tenha havido resistências de todas as formas,
imprevistos de todas as maneiras.
Assim, todo o objetivo para ser alcançado deve o
interessado se munir dessa virtude imprescindível para a conquista.
A perseverança é um estado de espírito, não se trata
apenas de ânimo momentâneo para execução de alguma tarefa.
O ânimo é a disposição específica para determinados atos,
...E A Vara de Arão Floresceu
100
enquanto que a perseverança é um sentimento contínuo que flui de
dentro da alma daqueles que a possui.
O apóstolo Paulo em momento de profunda reflexão
escreveu algo extraordinário acerca desse tema o qual, sem dúvida,
é a alavanca de propulsão para a vida de milhares de crentes em
todo o mundo, conforme transcrito a seguir:
“...quem nos separará do amor de Cristo? – a tribulação ou a angustia, a perseguição
ou a fome, a nudez o perigo ou a espada?..., em todas essas coisas somos mais do que
vencedores por aquele que nos amou...”
Romanos 8 : 35-37
Quem tem essa convicção, certamente persevera até
alcançar os objetivos tanto ministerial quanto como profissional,
familiar e assim por diante.
Infelizmente muitos obreiros há que, durante sua
jornada ministerial, sempre estão desistindo de alguma coisa. Falta-
lhes a perseverança. Desistem do coral da igreja na primeira luta
que aparece, desistem do diaconato na primeira chuva que se lhe
...E A Vara de Arão Floresceu
101
acomete quando está cuidando dos veículos ou dos átrios da Igreja,
desistem do presbitério porque tem um mês que não recebem
oportunidade para pregar ou algo semelhante.
Outros ainda há que desistem de ser dirigentes de
congregação porque a comunidade que lhe foi confiada é de difícil
acesso, porque não há cooperadores à sua disposição, sentem-se
só diante da Igreja.
É importante compreendermos que se não tivermos a
virtude da perseverança em nossa vida, companheiros, sempre
haverá justificativas plausíveis ou não para desistirmos das tarefas
que nos são oferecidas.
Precisamos resistir ao desânimo, não podemos dar lugar
ao fracasso. O homem de Deus faz sua autoavaliação regularmente
e observa sua produtividade diante Dele, e se for negativa, deve se
nos desdobrar até conquistar um saldo positivo, frutífero na obra do
senhor.
...E A Vara de Arão Floresceu
102
Não devemos ficar apenas na reflexão de que “a vara de
Arão floresceu...”, senão que também a nossa vara, como obreiros
do Senhor Jesus Cristo, deve florescer continuamente.
Um certo pastor, já idoso, nos procurou-nos algum
tempo, dando-nos conta da sua longa jornada de cooperador em
outras regiões do estado de São Paulo. Ao final, relatou sua
situação de penúria financeira, residindo em uma favela com a
esposa e ainda tendo que cuidar de outros familiares, e isso apenas
com um salário de aposentadoria.
Pediu-nos para interceder junto à convenção ou até a
nossa sede ministerial no Belém/SP; no que me prontifiquei.
Ao procurar quem de direito entendemos ser necessário,
ouvimos do líder que bem conhecia o requerente que, há muitos
anos, o referido companheiro mais atrapalhava do que ajudava a
obra de Deus, pois onde era colocado a obra minguava. Assim,
transferido de cá para lá, aquele companheiro, apesar de muito
submisso, não demonstrou ser produtivo.
...E A Vara de Arão Floresceu
103
Este é o resultado da situação de alguém que jamais se
autoavaliou quanto a seu trabalho no reino de Deus.
Erra gravemente, quem pensa que dirigir uma Igreja ou
congregação é o mesmo que dirigir um culto. Certamente que há
muitos jovens inteligentes e dinâmicos na comunidade que podem
dirigir um culto com muito mais dinamismo do que qualquer pastor
ou dirigente.
Outras atividades há, as quais outros não podem fazer, e
que, o pastor, dirigente ou responsável espiritual não podem se
abster, tendo em vista serem os sacerdotes incumbidos para tais
atividades, como liderança, organização, autoridade, visitação,
aconselhamento, etc.
Precisamos entender qual é a função que Deus nos
colocou para exercer no corpo de Cristo, e assim, cumprir com
eficiência e perseverança, nossa tarefa, até a volta de Cristo Jesus.
...E A Vara de Arão Floresceu
104
Quanto a essa questão do bom funcionamento do corpo
de Cristo, o apóstolo Paulo esclareceu muito bem quando ensinou o
seguinte:
“...porque o corpo não é um só membro, mas muitos; se o pé disser: porque não sou
mão, não sou do corpo; se a orelha disser: porque não sou olho, não sou do corpo...;e
se todo o corpo fosse o olho, onde estaria o ouvido? E se todo o corpo fosse o ouvido,
onde estaria o olfato?...”
I coríntios 12 : 14 – 17
Dessa forma, queridos companheiros, não importa a
posição que Deus nos têm colocado para exercer no corpo, não
importa, desde que a desempenhemos com eficiência e
perseverança, porque Deus é o dono da obra e sabe muito bem
aonde nós vamos desempenhar melhor nossa função. Glória a
Deus!
...E A Vara de Arão Floresceu
105
A convicção na chamada ministerial;
A importância da convicção na chamada ministerial é
muito grande, certamente a falta dela é a causa de muitos
companheiros largar o arado, olhar para trás, retroceder na jornada
e desistir da chamada.
Hipoteticamente, imaginemos o caso de Abraão: se ele
não tivesse convicção da sua chamada por Deus, teria suportado
tantas lutas? Teria superado tantos obstáculos? Teria persistido
tantas décadas de espera nas promessas de Deus?
Ainda se pensarmos em Moisés; não tivesse ele
convicção da sua chamada, superaria seus temores? Teria energia
suficiente para dirigir um povo tão obstinado? Estaria sereno e
constante em seus objetivos de alcançar a terra prometida durante
quarenta anos?
O que fez esses homens avançarem sem jamais
retroceder foi, sem dúvida, a convicção da chamada de Deus para
...E A Vara de Arão Floresceu
106
suas vidas e a certeza de que estavam absolutamente na vontade e
determinação de Deus.
Daí a importância dessa convicção para cada um de nós
que servimos na seara do mestre; ela, a convicção é nosso
combustível para movimentar nossas vidas de forma produtiva no
reino de Deus.
Essa convicção é a resultante dos indícios da
manifestação de Deus em nossa vida. Desde os primeiros passos da
fé, quando Deus planeja a escolha de alguém para o seu trabalho,
os sinais que se seguem ao longo da vida – sonhos, visões,
profecias – e tudo o mais que está disponível para Deus se
manifestar são elementos que provocam que o Senhor da seara,
realmente tem chamado seu servo para obra.
“...pela fé, Abraão quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia
receber por herança, partindo
sem saber aonde ia...”
Hebreus 11 : 8
...E A Vara de Arão Floresceu
107
A fé de Abraão era resultante da convicção que tinha
dentro de si, que, na verdade, Deus lhe tinha chamado e
determinado sua saída, certamente uma convicção inabalável que
intitulamos de fé.
Essa convicção falta a alguns obreiros que de vez em
quando proferem palavras de desânimo e acabam desistindo da
obra do Senhor. Alguns chegam a dizer para os companheiros e até
para a igreja sob sua responsabilidade:
“...nem sei como cheguei a ser pastor...”
“...sou melhor profissional...do que pastor...”
„...vou cuidar da minha vida e deixar esse negócio de pastor de lado...”
Não tem muitos dias que um desses companheiros,
revelou – nos, em lágrimas, que nos entregava a igreja sob seus
cuidados e que após dez anos exclusivamente na obra de Deus,
voltaria a trabalhar profissionalmente, e em condição de alguém
muito decepcionado com o reino de Deus, dizia:
...E A Vara de Arão Floresceu
108
“...se trabalhar para o Senhor significa tudo isso que tenho passado...então não quero
mais dirigir nenhuma igreja...”
Estas atitudes, infelizmente, não são tão esporádicas
assim, meus irmãos, elas resultam da falta de convicção daqueles
que iniciam na obra de Deus por achá-la interessante, bonita, por
pensarem que existe uma compensação financeira, enfim por
buscarem honra ou homenagens pessoais.
Depois de alguns anos, quando tudo isso se frustra, não
resta mais nada que possa manter a pessoa na obra do Senhor.
Por isso é importante se ter a convicção da chamada
ministerial, porque um homem que a tem não se frustra e jamais
recuará, jamais desistirá, jamais largará o arado, a não ser por
razões mais que justificadas, tais como: limitações pela idade
avançada, pela saúde, etc.
Que Deus nos ajude, para que possamos ter a convicção
necessária da nossa chamada ministerial, a fim de servirmos a
Deus, em tempos favoráveis ou desfavoráveis, sem jamais desistir.
...E A Vara de Arão Floresceu
109
Diariamente temos informações de pessoas que recuam,
retrocedem diante do povo de Deus e isto tem sido motivo de
grandes escândalos; tendo em vista que pessoas em tais condições,
normalmente, não tem caráter forte suficientemente para assumir
sua própria falta de convicção, e passam a culpar Deus e o mundo
todo por suas derrotas.
“...mas o justo viverá da fé, e se ele recuar, a minha
alma não tem prazer nele...”
Hebreus 10:38
...E A Vara de Arão Floresceu
110
“...Verdade é que
alguns pregam a
Cristo por inveja e
porfia, outros de
boa mente...” Filipenses 1:15
IV– FORMAS DE CONQUISTAR POSIÇÃO MINISTERIAL
...E A Vara de Arão Floresceu
111
Eleição Ministerial;
Em nossa sociedade contemporânea existem muitas
igrejas tradicionais e importantes que constituem seu corpo
eclesiástico – pastores, presbíteros e diáconos – por meio de
eleições. Entretanto, à luz da palavra de Deus, tais eleições não
têm fundamentos.
Muitos justificam tal atitude com base na escolha
apostólica de Matias, nos primeiros dias da igreja primitiva.
Todavia, se observarmos com prudência e cuidado
vamos perceber que ele foi mencionado apenas no dia da sua
separação, parecendo-nos que o seu ministério não floresceu.
“...e lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias, e por voto comum, foi contado
com os onze apóstolos...”
Atos 1: 26
...E A Vara de Arão Floresceu
112
Essa eleição, nos parece, foi um tanto precipitada, haja
vista que posteriormente observamos a intervenção direta de Jesus
Cristo na escolha de Paulo que foi e é reconhecidamente apóstolo
entre os demais, ao contrário do que ocorreu com Matias.
Não se pode com isso, alguns se arvorarem em causa
própria e a despeito de não serem reconhecidos por um ministério
idôneo, propalar aos quatro cantos que são pastores consagrados
diretamente por Deus.
O caso do apóstolo Paulo foi único, especial e jamais
repetido por Deus, exatamente para que ninguém torne isso uma
regra. Exceção é exceção e não podemos a qualquer pretexto
transformá-la em regra, de forma nenhuma.
Por muitas razões, a eleição não tem base bíblica, assim
não convém lançarmos mão desse método muito que é racional,
mas nem um pouco espiritual.
As coisas de Deus, principalmente no que se refere ao
ministério, devem ser decididas com oração, jejum e todo o
...E A Vara de Arão Floresceu
113
cuidado espiritual, bem como a necessária prova do obreiro, além
da verificação de todos os requisitos espirituais e vocacionais já
apresentados.
Certamente Igrejas tradicionais que lançam mão desse
método, têm se decepcionado muito.
...E A Vara de Arão Floresceu
114
Nomeação Ministerial;
A nomeação é o ato de indicar alguém para exercer uma
função que de outra maneira não lhe caberia.
Não podemos negar que em muitas circunstâncias faz-se
necessária a nomeação de alguém para atender a necessidade da
obra de Deus, quando não se encontram à disposição pessoas
devidamente credenciadas e habilitadas para a função.
É o caso de nomear um obreiro que não seja batizado
com Espírito Santo, para eventualmente dirigir alguns cultos e
responder por uma comunidade, na falta de obreiros que
preencham todos os requisitos da Igreja Pentencostal.
Às vezes, em muitas regiões do Brasil, os homens
migram para trabalhar em outras regiões, consequentemente, a
igreja perde periodicamente muitos obreiros, acontecendo de se
haver necessidade de nomear irmãs para a atividade de diaconisa,
atendendo assim a deficiência momentânea da igreja.
...E A Vara de Arão Floresceu
115
Temos um caso interessante de nomeação nas
escrituras, que diz respeito ao exílio de Davi, Abimeleque, o sumo
sacerdote, foi morto com seus auxiliares, acusado de protegê-lo.
Seu filho, Abiatar, escapou do massacre e procurou a
Davi, sendo muito bem recebido, e, como trazia consigo o principal
das vestes sacerdotais, foi nomeado por Davi como seu sacerdote
no período de exílio.
Posteriormente, tendo Davi reconquistado o reino,
encontramos Zadoque, o sumo sacerdote nomeado por Saul,
juntamente com Abiatar, sumo sacerdote nomeado por Davi,
ambos traballhando conjuntamente.
Não há registros de como as atividades sacerdotais eram
conciliadas entre ambos.
“...Zadoque pois, e Abiatar, tornaram a levar para Jerusalém
a Arca de Deus, e ficaram ali...”
II Samuel 15 : 29
...E A Vara de Arão Floresceu
116
Observa-se que em um período muito triste de Israel,
quando Davi estava sendo rejeitado por uma parcela dos príncipes
e pelo povo, Deus colocou sem sua vida um dos sacerdotes que
sobreviveu à mortandade dos demais companheiros.
Davi entendeu que Deus lhe estava enviando alguém
com capacidade espiritual e ministerial para lhe dar a devida
assistência necessária naquele momento crítico.
Até porque, Abiatar trazia consigo o principal das vestes
sacerdotais, ou seja, tudo que seria necessário para o desempenho
do ofício sacerdotal e imediatamente foi nomeado sacerdote de
Davi e seus soldados.
Passado aquele período turbulento, o estreitamento da
amizade, a confiança, a dívida de gratidão que se formou entre
ambos, certamente foi motivo de registro nas crônicas de Israel,
pois foi um único momento em que se verificou a existência e
convivência de dois sumos sacerdotes trabalhando
concomitantemente em Israel.
...E A Vara de Arão Floresceu
117
A nomeação, às vezes, é necessária, mas nem sempre é
aceitável ou tolerável na obra de Deus. O ideal é que se ore e
busque a Deus para enviar ceifeiros para sua seara, uma vez que
são poucos os ceifeiros.
Tendo conhecimento de que há falta de obreiros, o líder
dirigente previne-se preparando homens que possam efetivamente
desempenhar funções na casa de Deus no futuro.
Escola teológica, escola missionária, escola bíblica de
obreiros e muitas atividades são outras formas de preparar
obreiros, que no futuro poderão ser muito úteis no reino de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
118
Negociação Ministerial;
Bom seria se não houvesse possibilidade de negociação
na obra do Senhor, entretanto, esse é um tema que se faz muito
presente em nossos dias. principalmente nesta era da internet onde
se pode comprar quase tudo, por exemplo, credenciais de pastor,
certificado de ordenação, cursos de teologia à distância com direito
a credencial de pastor, etc.
Como se isso não bastasse, sabemos de pastores de
campos ministeriais, graças a Deus que não são do nosso ministério
- Belém - que oferecem consagração ao ministério, em troca de
valores financeiros. Que Deus tenha misericórdia dos tais.
Não há muito tempo soubemos de uma situação pouco
comum: uma igreja – salão, mobília, membros – supostamente
...E A Vara de Arão Floresceu
119
constituída e prosseguiu com os trabalhos normalmente, filiando-se
a um ministério mais conhecido.
São tantas as notícias de negociações, que seria cômico
se não fosse trágico e vergonhoso para todos nós.
Os convites para mudar de comunidade com a proposta
de vantagem ministerial, ou seja, consagração ao ministério, são
negociações que envolvem muitas pessoas, principalmente os
divisores de trabalhos.
Tais divisores, para receber apoio de obreiros incautos,
oferecem posição ministerial, e muitos sucumbem diante da
negociação, deixando-se levar pela proposta indecente.
A negociação pode envolver pessoas, dinheiro,
comunidades, posições ministeriais, não importa, sempre será
negociação e não podemos nos esquecer de que tudo isso é
reprovado pela palavra de Deus e pelo próprio Senhor da Seara.
...E A Vara de Arão Floresceu
120
Lembremo-nos de que quando o apóstolo Paulo exercia
suas funções em uma determinada localidade, um homem, que
vivia de adivinhações e engano, propôs-lhe negociação do dom de
curar e o apóstolo Paulo deu-lhe a resposta certeira que serve,
hoje, para todos os negociadores de altar.
“...O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois o dom de Deus não se alcança por
dinheiro, tu não tens parte nem sorte nessa palavra,porque o teu
coração não é reto diante de Deus...”
Atos 8 :20, 21
Há ainda os negociadores da palavra e dos cânticos, os
quais estão tendo livre acesso na maioria das igrejas por todos os
lugares.
A existência desses, deve-se ao fato de que muitos
pastores se deixam levar por propostas (negociação), que incluem
até vantagens econômicas.
Pastores que se deixam levar pela falsa idéia de igreja
cheia de pessoas, e que inconseqüentes, não atinam para o fato de
...E A Vara de Arão Floresceu
121
que no próximo culto aquelas mesmas pessoas aventureiras estarão
à procura da próxima festa onde outros cantores estarão se
apresentando.
O que dizer daqueles grupos que se oferecem para
arrecadar altas somas de dinheiro, bem como doações do povo,
negociando a cinqüenta por cento para cada parte, Igreja e
pregador!
Por que existem tais negociadores movimentando-se por
aí? Certamente, porque há pastores liberando os púlpitos para os
tais.
Não esqueçamos, companheiros, que a Igreja não é
nossa e que haverá o dia de darmos conta da nossa mordomia ao
dono da obra. E será aí que muitos vão pagar caro por terem
negociado vergonhosamente com o rebanho do Senhor Jesus.
O apóstolo Pedro já previa essa situação, pelas
advertências que recebemos em suas epístolas, como segue:
...E A Vara de Arão Floresceu
122
“...e por avareza, farão de vós negócio, com palavras fingidas; sobre os quais já de
largo tempo não será tardia a sentença,e a sua perdição não dormita...”
II Pedro 2 : 3
Assim meus irmãos, a negociação ministerial nos dias de
hoje não é coisa nova, tampouco surpreendente, já se falava dela
desde o princípio da Igreja.
Precisamos valorizar o reino de Deus, valorizar o
ministério da Igreja. Não devemos liberar os púlpitos para
quaisquer pessoas, há que se proceder com sabedoria e prudência,
cada um de nós tendo responsabilidade e compromisso com a
palavra de Deus e a Igreja de Cristo.
...E A Vara de Arão Floresceu
123
Usurpação Ministerial;
Apossar-se indevidamente de uma posição ministerial,
sem a devida autorização ou consagração, é no que se traduz a
expressão acima.
Será possível que tal situação exista no seio do
ministério da Igreja?
Ora, ora, companheiros, se já observamos a existência
da eleição, da nomeação e da negociação, por que duvidaríamos da
existência da usurpação no ministério da Igreja?
Há poucos meses, um companheiro de ministério sofreu
duro golpe de traição e usurpação temporária no seu campo
ministerial.
Um dos pastores auxiliares entendeu ter direitos
trabalhistas junto a administração da igreja e, sem nenhum pudor,
...E A Vara de Arão Floresceu
124
impetrou ação trabalhista contra a Igreja, pedindo, desde logo,
liminarmente, o arresto do templo que dirigia como garantia de
pagamento futuro. O Juiz que pouco entende de ministério
eclesiástico, deferiu de pronto a liminar, ficando então a
comunidade da congregação a mercê do usurpador pelo tempo do
julgamento final da ação, que transcorreu em alguns anos.
Mercê de Deus, ao final, o nosso amigo, pôde reassumir
a administração daquela congregação novamente.
Sobre pessoas assim, o apóstolo Paulo registrou:
“...entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho, se levantarão
homens que falarão coisas perversas para atraírem discípulos após si...”
Atos 20 : 29,30
A ganância carnal para liderar o rebanho do Senhor
Jesus é grande, e o que é pior, são pessoas de perto e não de
longe, pessoas da mais alta confiança da administração da Igreja,
pessoas que participam das “reuniões dos doze” diariamente.
...E A Vara de Arão Floresceu
125
Claro que não é de se admirar, uma vez que a primeira
tentativa de depor o líder e reinar em seu lugar, aconteceu nada
mais nada menos que no glorioso reino dos céus.
Um querubim, ungido como principal entre os demais,
desejou o lugar de Deus e de acordo com a bíblia o referido
usurpador conseguiu convencer um terço dos anjos a lhe
acompanhar na empreitada. Assim registram as escrituras:
“...Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado
por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: subirei
ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no
monte da congregação me assentarei, nas extremidades
do norte; Subirei acima das mais altas nuvens, e serei
semelhante ao altíssimo. Contudo serás precipitado
para o reino dos mortos, no mais profundo
do abismo...”
Isaias 14 : 12-15
Seu nome significava “o brilhante” e a bíblia o chama de
“filho da alva” e “sinete da perfeição”.
...E A Vara de Arão Floresceu
126
Ao ser criado, a bíblia nos sugere que ele desfrutava da
mais alta posição do reino dos espíritos e cheio de força, sabedoria,
beleza, glória e autoridade, todavia se exaltou e resolveu usurpar o
trono do Altíssimo,
Vejamos, portanto, que esse sentimento de usurpação
começou exatamente onde seria improvável: no coração – “ tu
dizias no teu coração”.
Ainda hoje, tais sentimentos podem iniciar nos corações
daqueles que são mais próximos, que têm mais atribuições no
ministério, dos que gozam de mais confiança e assim por diante.
Que o Senhor nos livre dos tais.
O que se passa no coração do homem não podemos
detectar, a menos que o Senhor revele pelos seus dons espirituais,
todavia, companheiros, podemos captar alguns sintomas por meio
de palavras proferidas por pessoas que estão contagiadas com esse
sentimento tão terrível.
...E A Vara de Arão Floresceu
127
Após ser contagiado com o sentimento da exaltação e
soberba, aquele anjo desviado e depois caído, proferia de forma
muito peculiar, expressões pactanciosas, tais como:
“...eu ...subirei ao céu...”
“...eu...exaltarei o meu trono...”
“...eu...me assentarei no monte da congregação...”
“...eu...subirei acima das mais altas nuvens...”
“...eu...serei semelhante ao altíssimo...”
Analisando essas expressões podemos perceber que a
mente e o coração desse anjo estavam completamente dominados
pelo sentimento maligno da usurpação.
Assim, por esses sintomas externos, meus irmãos,
quando observamos algum pastor auxiliar se expressar com muitos
“eu”, “sou”, “sei”, “fiz” e outras expressões próprias de quem quer
se sobrepor, tenhamos cuidado com o tal, pois tem cheiro de
usurpação no ar.
...E A Vara de Arão Floresceu
128
Consagração Ministerial;
“...Por essa causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa
ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade
estabelecesses presbíteros, como já te mandei...”
Tito 1:5
No princípio, quando da formação da igreja, os apóstolos
ficaram com grande responsabilidade de sair por todo mundo na
propagação do evangelho de Cristo Jesus.
Pensemos na circunstância em que não havia referência
para analogia, de forma que tudo era muito novo e único nos
acontecimentos da Igreja da escola apostólica.
Hoje temos referências de tudo que precisamos executar
no reino de Deus, exemplos bons e maus, úteis e inúteis,
edificantes e catastróficos.
No entanto, quanto à consagração ministerial, estamos
ainda aprendendo há quase dois mil anos.
...E A Vara de Arão Floresceu
129
Lamentavelmente, ainda sofremos com as más escolhas
que fazemos quanto à consagração de obreiros. Sem querer
generalizar, mas a qualidade de nossos candidatos à consagração
está sofrível.
Grande parte das Igrejas constituídas hoje, ainda não se
organizaram com conselho de crivo, órgão tão necessário para
depurar os maus obreiros, ou ainda os despreparados obreiros da
listagem para consagração.
Assim, as indicações se sucedem, as consagrações
acontecem e enchemos nossos púlpitos de obreiros, apenas no
título, os quais em boa parte não podem assumir quaisquer
compromisso no reino de Deus por razões diversas.
Para piorar a situação, muitos consagrados nem mesmo
são batizados com o Espírito Santo, o que contraria frontalmente a
determinação da palavra de Deus, pois o obreiro deve ser “cheio do
espírito”.
...E A Vara de Arão Floresceu
130
Vemos, então, obreiros tristes assentados nos púlpitos
das igrejas, obreiros desonrados, obreiros desqualificados para as
funções ministeriais que consequentemente, não podem ter
oportunidade para pregar porque não pregam, não podem ter
oportunidade para ensinar porque não têm preparo para tal e assim
sucessivamente.
Como haverá um ministério frutífero na vida de alguém
que não é qualificado para o exercício da função ministerial?
Seja filho, seja parente, seja amigo, seja bonzinho ou
seja qualquer outro qualificativo interessante que possa haver nas
pessoas que nos cercam, não é requisito para a consagração
ministerial.
Ao mesmo tempo que o apóstolo Paulo determinou a
Tito que estabelecesse presbíteros por onde fundasse igrejas,
alertou também a Timóteo, dizendo:
“...Conjuro-te diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que guardes
estas coisas e que nada façais por parcialidade, e que
...E A Vara de Arão Floresceu
131
a ninguém imponhas precipitadamente as mãos...”
I Timóteo 5 :21,22
Outra coisa não queria dizer o Apóstolo, senão que,
antes de apresentarmos este ou aquele para consagração a
qualquer função na Igreja, devemos, antes de tudo, provar o
candidato e verificar com muito cuidado seus antecedentes cristãos,
eclesiásticos e até civis e criminais.
Com pesar relatamos fatos que bem demonstram a
necessidade de profunda pesquisa e observação na vida daqueles
que poderão ser consagrados ao santo ministério da casa de Deus,
conforme muitos precedentes:
Há alguns anos, quando ainda cooperávamos auxiliando
na obra, deparamo-nos com situação de grave conflito e vias de
fato dentro da casa de Deus.
Um determinado obreiro daquela congregação liderava
vários outros para agredir fisicamente o nosso líder na época, e
...E A Vara de Arão Floresceu
132
fatos muito desagradáveis e incompatíveis com a fé cristã
aconteceram ali sob a destacada liderança daquele obreiro.
Anos mais tarde, encontramos aquele líder agressivo e
rebelde ostentando uma credencial de consagração em nossa
convenção fraternal.
Que pena! Certamente, se a pessoas que o indicou para
consagração apurasse com cuidado o passado cristão daquele
obreiro, pensaria muito antes de conduzi-lo à consagração.
Não se trata de qualquer tipo de vingança ou revanche,
mas de qualificação do obreiro, cujo temperamento deve sempre
ser pautado pelo equilíbrio, temperança e nunca promover
escândalos na obra de Deus, como foi aquele triste fato.
Não podemos nos esquecer de que por outro lado,
somos humanos, e portanto, passíveis de falhas.
Quem de nós, pastores líderes, não temos algum tipo de
decepção pessoal por ter apresentado para consagração alguém
...E A Vara de Arão Floresceu
133
que depois se revelou completamente diferente daquilo que
conhecíamos?
O que dizer de Jesus Cristo que enquanto esteve na
terra, como homem, escolheu doze discípulos e um deles foi o seu
próprio traidor?
Obviamente que não devemos nos justificar com tais
exemplos, mas buscar a Deus e pedir sabedoria, bem como
discernimento do Espírito Santo para ao indicarmos companheiros
para a obra do Senhor, estes sejam verdadeiras bênçãos no reino
de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
134
“...Frutificando em
toda boa obra, e
crescendo no
conhecimento de
Deus...” Colossenses 2 :10
V – UM MINISTÉRIO FRUTÍFERO
...E A Vara de Arão Floresceu
135
O Ministério de Abraão;
Ao tratar de um ministério frutífero, não poderíamos
deixar de mencionar o de Abraão, ainda que sucintamente.
Sabemos que ministério é uma área específica e principal
de atividade pré-estabelecida; é a vocação, é a disposição da alma
e do espírito da pessoa, influenciados por Deus, para desenvolver
uma atividade na sua obra.
Portanto, podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que
de forma específica Abraão recebeu um ministério de Deus para
desempenhar uma tarefa muito importante, de forma que Deus
teve que vocacioná-lo para tal.
Se observarmos com cuidado, inicialmente veremos
Abraão como um fazendeiro comum, cuidando dos seus animais e
administrando seus negócios entre seus familiares em Ur dos
Caldeus.
...E A Vara de Arão Floresceu
136
Até que em um dado momento, recebe a manifestação
de Deus na sua vida e começa a sentir, de alguma forma, a
chamada de Deus para uma tarefa específica e muito clara
inicialmente:
“...Sai da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai e vai para
a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e
te abençoarei, e te engrandecerei o nome...”
Gênesis 12:01
Abraão é considerado nosso pai na fé, porque
justamente creu na chamada e nas promessas de Deus, sem ter
nenhum parâmetro ou referência para analisar o que estava
acontecendo naquelas manifestações divinas.
Obviamente, este título de “pai na fé” lhe foi-lhe
imputado pela situação inusitada em que Abraão se encontrava,
tendo que decidir aceitar ou não.
Aceitando a chamada, deveria proceder toda a
determinação, conforme expressamente exposta, demonstrando a
aceitação do que lhe fora proposto.
...E A Vara de Arão Floresceu
137
Abraão decidiu aceitar a chamada ministerial, e assim,
partiu sem saber para onde deveria ir, conforme a palavra do
Senhor: “...para uma terra que te mostrarei...”
“...Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de
ir para um lugar que receberia por herança, e,
partiu sem saber aonde ia...”
Hebreus 11:08
Agora, Abraão iniciava uma nova etapa na sua vida na
total dependência da direção e vontade de Deus, assumindo o
compromisso de seguir exatamente a orientação daquele que o
chamou, Deus.
Certamente, ele sabia que o sucesso daquela jornada de
fé na palavra e promessa de Deus dependia da sua fidelidade e
cumprimento da responsabilidade cujo fim não sabia quando nem
como aconteceria.
...E A Vara de Arão Floresceu
138
Hoje, observando a exemplar jornada de fé de Abraão,
podemos extrair lições inigualáveis para quem quer ter uma vida de
obediência para com Deus, entretanto, muitos querem receber as
promessas de Abraão, mas não querem fazer a jornada dele:
caminhar dentro da direção de Deus.
O frutificar de uma vida ministerial nas mãos de Deus
não acontece da noite para o dia. É preciso entender que a
paciência, a perseverança e outros atributos já estudados devem,
permanentemente, acompanhar aqueles que desejam conquistar as
promessas de Deus na sua vida ministerial.
Não há como saltar etapas da chamada ministerial
legítima, pois Deus não pactua com trapaceiros, com falsificadores
da palavra, falsificadores de consagrações, falsificadores de
diplomas de teologia, ou mesmo credenciais de ministros. Deus não
tem compromisso com essa gente.
É claro que os falsários existem e que tudo que é
legítimo no reino de Deus pode ser plagiado pelo seu inimigo, muito
...E A Vara de Arão Floresceu
139
embora, aqueles que são guiados pelo espírito não se deixam levar
pelas aparências.
O objetivo de Abraão era seguir o alvo traçado por Deus
na sua vida, e assim, confiante, ele prosseguiu.
Da mesma forma nós, que desejamos viver uma vida
dirigida por Deus, devemos observar sua vontade e direção para
nossa vida e ministério e seguir com resignação sem jamais olhar
para trás.
Os frutos ministeriais na vida de Abraão foram se
apresentando durante a jornada. Isso nos demonstra que
diariamente devemos frutificar no reino de Deus.
A primeira demonstração de frutificação na vida de
Abraão foi a obediência sem questionamento, pela qual ele deixou
tudo para trás e seguiu segundo a determinação de Deus.
Depois, vemos Abraão demonstrando outros frutos
como, por exemplo, o amor fraternal devotado a seu pai e seu
...E A Vara de Arão Floresceu
140
sobrinho Ló, com os quais, certamente, desejava compartilhar as
bênçãos da promessa. Sabemos que por intervenção divina tudo foi
mudado, mas não podemos negar o amor de Abraão pelos seus
mais íntimos.
Observamos ainda a frutificação no ministério de Abraão
em quando seus servos e os de Ló entraram em atrito.
Demonstrando sabedoria e humildade, Abraão falou com Ló:
“...Não haja contenda entre nós, por que somos irmãos...se escolheres à direita, irei
para a esquerda, e se escolheres a esquerda, irei para a direita...”
Gênesis 12:8,9
Em época de escassez e necessidade, tal decisão tão
despojada de interesse egoísta é muito difícil de se tomar. Só
mesmo quem tem o fruto do espírito é capaz de agir assim.
Ainda posteriormente, podemos verificar mais frutos no
ministério de Abraão, o da piedade, haja vista que na solidão do
deserto, diante das necessidades básicas de água e alimentação,
após a partida de Ló e os seus, Abraão edifica um altar de adoração
...E A Vara de Arão Floresceu
141
a Deus e lhe oferece sacrifício, recebendo mais uma manifestação e
confirmação das promessas de Deus na sua vida.
“...Disse o Senhor a Abraão, depois que Ló se separou dele: Ergue os teus
olhos e olha para o Norte, para o sul, para o Oriente e o Ocidente,
porque tudo o que vês Eu darei a Ti, e à tua descendência
para sempre...”
Gênesis 13:14,15
Enquanto Ló pensava que estava tomando posse do
melhor daquela região, Deus estava dando posse a Abraão de toda
a terra.
O melhor é permanecer na direção de Deus, ainda que
isso custe lágrimas, decepções e humilhações, se temos a
convicção de que estamos na perfeita direção de Deus, o melhor é
permanecermos firmes produzirmos frutos na jornada.
Tempos depois, observamos Abraão dando o fruto do
perdão e da misericórdia quando foi em socorro do seu sobrinho e
de toda a cidade onde vivia, Sodoma, que fora atacada e
seqüestrados todos, inclusive Ló e sua família.
...E A Vara de Arão Floresceu
142
Abraão, com auxilio de outros líderes da região e a
bênção de Deus, liderou o resgate com sucesso.
Interessante notar que através daquela batalha, Deus
exalta Abraão diante de muitos povos da região; além de ter um
feliz encontro com o sacerdote Melquisedeque de quem recebeu
pão e vinho e bênção especial, a quem pagou o dízimo.
Abraão teve um ministério frutífero e é referência para
aqueles que desejam desempenhar um ministério cujos frutos
sejam notório a todos.
...E A Vara de Arão Floresceu
143
O Ministério de Moisés;
Outro exemplo clássico de ministério frutífero é o de
Moisés.
Embora já tenhamos mencionado acerca da sua
chamada, é importante, nesse momento, refletirmos um pouco
sobre como é possível desenvolver um ministério frutífero diante
das dificuldades de uma caminhada ministerial como exemplo,
trataremos da jornada dos filhos de Israel pelo deserto sob a
liderança ministerial de Moisés.
Moisés foi escolhido desde o ventre para, a seu tempo,
liderar o povo de Deus que vivia oprimido no Egito. Sua preparação
durou oitenta anos; quarenta anos no Egito e quarenta, no deserto
de Midiã.
...E A Vara de Arão Floresceu
144
Como já estudamos, Moisés passou por uma preparação
antes de exercer sua vocação e chamada diante do povo de Deus.
Assim, podemos perceber que, a preparação de um homem de
Deus, legitimamente, poderá ser bem mais longa que propriamente
o período de desenvolvimento do seu ministério propriamente dito.
No caso de Moisés, dois terços de sua vida foram sendo
preparados para a obra do ministério e apenas um terço, realmente
dedicado a desempenhar sua atividade específica diante do povo de
Deus.
Em vários momentos do período da sua preparação,
aflorou em Moisés sua natureza carnal, embora seja considerado
por Deus o homem mais manso da terra:
“...e era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que
havia sobre a terra...”
Números 12:03
Apesar disso, matou um egípcio para defender um
Hebreu, fugiu com medo de ser morto, agrediu os pastores que não
...E A Vara de Arão Floresceu
145
deram a preferência às filhas de Getro, quando estas traziam seu
rebanho para beber água.
Mesmo durante a execução da liderança do povo de
Deus, também cometeu atos temerários, dignos de nota. Um deles,
conforme registrado nas escrituras, é a quebra das tábuas da lei
escritas pelo dedo de Deus quando Moisés presenciou o povo
adorando o bezerro de ouro.
Esse comportamento de Moisés, apesar de não ser
exemplar, mostra-nos que devemos ter paciência e equilíbrio diante
das situações críticas e inusitadas pelas quais podemos passar ao
longo do nosso ministério, a fim de evitamos prejuízos na obra.
Houve o fato, também, em que Moisés feriu a rocha de
Meribá duas vezes, quando Deus lhe dera ordens de apenas falar à
rocha, e então, nós observamos que, pela angústia e opressão,
Moisés esqueceu-se da exata determinação de Deus. A ordem era
para falar e não bater na rocha. Moisés exorbitou e bateu, não só
uma, senão que duas vezes sobre a rocha.
...E A Vara de Arão Floresceu
146
Com esse fato, aprendemos que devemos ter prudência
e cuidado com as determinações de Deus e que jamais podemos
torcer, acrescentar ou diminuir sua palavra.
Ainda que tenha revelado ser um homem de duras
palavras e atitudes, Moisés desempenhou um ministério frutífero.
Foi abençoado e protegido por Deus em toda a jornada; quer
diante dos inimigos internos, como foi o caso de Corá e seus
companheiros, que diante dos inimigos externos, as nações pela
qual passava. Até dentro da família, quando sua própria irmã Miriã
lhe fez oposição, Deus precisou intervir e o fez para demonstrar a
todos que Moisés era Seu escolhido.
Moisés demonstrou uma liderança frutífera, avançada e
dinâmica, uma vez que, após ouvir os conselhos do seu sogro
Getro, utilizou-se de outros líderes para administrar com mais
eficiência o povo de Deus.
A liderança de Moisés mostra-nos que administrar o povo
de Deus, não é fazer todas as coisas sozinhos. Liderar não é
executar tarefas com absolutismo, porque o próprio Deus que é
...E A Vara de Arão Floresceu
147
Onisciente, Onipresente e Onipotente não utiliza desse método
absolutista, mas delega poderes a nós, seus ministros, para que
sua vontade seja feita na sua obra.
Deus não busca perfeição de nós, mas busca fidelidade,
conforme se observa na sua palavra:
“...Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel
em toda minha casa...”
Números 12:07
Que Deus nos ajude a desempenhar um ministério
frutífero tal qual o ministério de Moisés que, apesar das falhas,
obteve alto grau de comunhão e aprovação de Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
148
O Ministério de José do Egito;
“...E contando o sonho a seu pai e seus irmãos, seu pai lhe repreendeu
dizendo: que sonho é este que sonhaste, Porventura
viremos eu, tua mãe e teus irmãos a
Inclinar-nos perante ti em terra?...”
Gênesis 37:10
Observemos que, inicialmente, desde os pais aos irmãos
de José não aceitavam a sua liderança, conforme se vê.
É evidente que Deus não poderia levantar o ministério
de José diante dos seus irmãos, por isso a oposição, o ciúme e a
perseguição começaram desde logo.
Para preparar José, Deus, então, utilizou-se da escola de
que mais gosta: a escola da provação, pois seu propósito final era a
preservação da casa de Israel.
Muito interessante observar que toda a jornada de José,
distância da casa de seu pai, as provações e experiências vividas,
...E A Vara de Arão Floresceu
149
nada mais eram do que a preparação de Deus na vida de alguém
que, nem imaginava, mas seria o governador do Egito, e que assim
estava sendo preparado para uma tarefa muito difícil e árdua, e
portanto a preparação deveria ser adequada.
Com efeito, o trauma emocional de ser desprezado e
vendido por seus próprios irmãos, a humilhação por ser tratado
como escravo, daria a José a humanidade necessária para
administrar seus servos. A chefia da casa de Potifar dar-lhe-ia
experiência de liderança e costumes egípcios a tentativa de
sedução por parte da mulher de Potifar, garantir-lhe-ia o equilíbrio
de emoções necessário para um líder que não deveria se deixar
levar por bajuladores a prisão injusta ensinar-lhe-ia que ao julgar,
todos os detalhes de um fato, devem ser observados.
E, por fim, a fidelidade ao propósito de Deus, não sendo
volúvel, não desistindo jamais, não se decepcionando com Deus,
compreendendo que Deus tem um propósito em todas as
provações pelas quais passamos, preparando-nos para uma grande
tarefa, conforme se vê na vida de José.
...E A Vara de Arão Floresceu
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“...Disse José a seus irmãos: Não temais, vós intentaste o mal contra mim, porém Deus
o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, conservando em
vida a um povo grande...”
Gênesis 50:19,20
Ao final, vemos José, um homem bem preparado para as
funções que lhe foi confiada, equilibrado, sábio, prudente, sem
rancores e apto para executar as tarefas a ele confiada por Faraó e
muitas outras. O objetivo de Deus na sua vida, foi cumprido e como
resultado temos a preservação da casa de Israel, Seu pai.
Sem dúvida, o ministério de José foi frutífero, exemplar e
digno de destaque para a eternidade.
“...E disse José a seus irmãos: Eu morro, mas Deus certamente vos visitará, e vos fará
subir desta terra para a terra que jurou a Abrão, Isaque e a Jacó...e, fareis
transportar meus ossos daqui...”
Gênesis 50:24,25
Certamente que muitos de nós, em vários aspectos da vida e
ministério, sofremos situações idênticas a de José, entretanto temos seu
exemplo para copiar, uma vez que não permitiu que o desânimo dominasse
...E A Vara de Arão Floresceu
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sua vida, não aceitou que o ódio e o rancor invadissem sua alma, não
permitiu lugar de vingança no seu coração.
No Egito, constituiu família e serviu a seus senhores com toda
fidelidade e dedicação. Aos poucos, devido a seu comportamento íntegro,
conquistou confiança e posição privilegiada.
Enfim, José aceitou com serenidade o propósito de Deus na sua
vida e deixou-se levar pela vontade divina.
...E A Vara de Arão Floresceu
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O Ministério de Arão;
“...e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia, porque produzira flores, e
brotara renovos e dera amêndoas...”
Números 17:08
O grau de vínculo familiar entre Arão e Moisés foi a
razão de grande contenda entre os filhos de Israel, porque não
aceitavam a representação sacerdotal de Arão perante seus filhos.
Entendiam que Moisés havia indicado Arão,
simplesmente, por ser seu parente próximo. O ciúme e a inveja
impedia-os de ver a direção de Deus na consagração de Arão.
Mas Deus não deixa a confusão se delongar em prejuízo
da sua obra e logo toma as providências necessárias para dissipar
qualquer mal entendido que possa trazer consequências negativas
para o seu povo. E foi o que fez.
...E A Vara de Arão Floresceu
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Uma das formas mais eficientes para demonstrar que
alguém é realmente servo escolhido e nomeado por Deus, é a
frutificação na obra do Senhor e foi exatamente isso que ele fez.
Dentre as varas que representava cada tribo de Israel,
Deus fez a vara de Arão florescer e produzir Frutos, ou seja,
ocorreu um a situação de manifestação divina para convencer os
contradizentes.
A história se repete continuamente. Ainda hoje,
precisamos produzir frutos diariamente na atividade do ministério, a
fim de que todos possam entender que temos uma chamada para a
obra de Deus.
Frutos podres ou azedos não comprovam a chamada
divina; são necessários frutos doces e perfumados, agradáveis
diante do povo de Deus. As nossas atividades são frutos que se
desenvolvem diante do povo e através da nossa vida diária, o
ministério é confirmado ou não.
“...Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda a boa obra,e crescendo no conhecimento de Deus...”
...E A Vara de Arão Floresceu
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Colossenses 1:10
Um ministério frutífero é aquele que, na direção de Deus,
floresce e cresce em conhecimento e experiências, mesmo diante
das adversidades, uma vez que estas são inerentes ao
desenvolvimento natural de um ministério regido pelas mãos do
Senhor.
O homem de Deus, no desempenho de suas atribuições
na obra do Senhor, seja qual for sua função, sempre estará
preocupado com os frutos do seu trabalho. Não estamos falando de
trabalho material, como reformas de templos, construções, etc; se
bem que isto é muito importante e necessário para um ministério
crescente, mas nos referindo a frutos espirituais.
Precisamos entender que o reino de Deus, como bem
disse Jesus, “não é comida nem bebida”, ou seja, não é relacionado
a coisas físicas, materiais, mas espirituais. Assim, os frutos do
nosso trabalho ministerial devem ser, também, espirituais.
...E A Vara de Arão Floresceu
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Não é incomum que um obreiro assuma uma igreja, e
logo em seguida, querendo demonstrar administração ativa e
resultados agradáveis, promova pintura do templo, reforma dos
átrios e outras atividades materiais inerentes, entretanto, pouco
tempo depois, observamos que o progresso só ficou no material.
Onde está o fruto espiritual do nosso trabalho, que é o
crescimento da Igreja como um todo, ou seja, elevação do número
de membros, crescimento na graça de Deus e no conhecimento da
sua palavra?
A comprovação definitiva de que somos obreiros
legitimamente vocacionados e chamados por Deus, é confirmada
justamente pelos frutos produzidos, como podemos observar pela
Palavra:
“...nisto é glorificado meu pai, que deis muito fruto,
e assim sereis meus discípulos...”
João 15:08
...E A Vara de Arão Floresceu
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Foi preciso que a vara de Arão florescesse para que o
povo o aceitasse como sacerdote escolhido e aprovado por Deus.
Jesus falou sobre os frutos que devemos produzir e qual
a relação deles com nosso caráter ministerial dizendo:
“...portanto, por seus frutos os conhecereis...”
Mateus 7:20
Jesus ensinava sobre os falsos obreiros, sobre os falsos
profetas e sobre os lobos devoradores do rebanho, e demonstrava
que somente havia uma maneira de se verificar quem é quem no
reino de Deus: através dos frutos.
Há ainda uma lição final a se aprender sobre a vara de
Arão que floresceu; Deus chama, vocaciona e o ministério, na
orientação de Deus, separa e envia para a obra. Vale lembrar que
Deus não abandona jamais o seu escolhido e estará sempre na
retaguarda dando o suporte necessário, o socorro bem presente
para aqueles que verdadeiramente e legitimamente se entregam de
coração para fazer sua obra.
...E A Vara de Arão Floresceu
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Não há o que temer, companheiros! Sejamos fiéis,
valentes e perseverantes, por que Deus cuida tem compromisso
com sua obra. façamos a nossa parte que Ele jamais deixará de
fazer o que Lhe compete, lembremo-nos do que o apóstolo Paulo
escreveu aos obreiros do Senhor:
“...Eu Plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento; pelo que nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento; ora
a que planta e o que rega são um, mas cada um receberá mo seu galardão
segundo o seu trabalho, porque nós somos cooperadores de
Deus e vós sois lavoura e edifício de Deus...”
I coríntios 3:6-9
Nada mais elucidativo que este ensino de Paulo. Não
somos dono da obra, por mais anos que passemos diante dela, o
povo não é nosso, é “lavoura de Deus”, “edifício de Deus”.
Finalizando este estudo, não devemos deixar de observar
que há tempo para todas as coisas, inclusive há o tempo de
frutificar, quando este passar, devemos guardar a convicção do
...E A Vara de Arão Floresceu
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dever cumprido na obra do Senhor. Parece-nos que esse era o
comportamento do Apóstolo Paulo quando se expressou:
“...Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha
partida está próximo, combati o bom combate, acabei a carreira e guarde
i a fé, desde agora, a coroa da justiça me está guardada,a qual,
o Senhor, o justo juiz, me dará naquele dia, e não somente
a mim, mas a todos que também amarem
a sua vinda...”
II Timóteo 4:6-8
Assim, enquanto Deus nos der oportunidade e saúde
para trabalhar na sua seara, devemos produzir o máximo, frutificar
com sabedoria, enfim florescer.
Não vamos perder tempo com o desnecessário, com o
supérfluo, nem permitamos que a vaidade ou a soberba invada
nosso ser e contamine o nosso ministério, permaneçamos sempre
na humildade, e demos toda honra para Deus.
Há uma convocação de Jesus a ser atendida ainda:
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“...e aproximando-se a noite, disse ao seu mordomo, pague-lhes o jornal começando
pelos derradeiros, até aos primeiros; assim, os derradeiros serão
os primeiros, e os primeiros serão os derradeiros, porque muitos
são chamados mas poucos escolhidos...”
Mateus 20: 8 e 16
Que Deus tenha misericórdia de nós para que, além de
chamados, sejamos também escolhidos do Senhor, como
aprovados e frutificados na sua seara; amém.
Vamos trabalhar, o Senhor nos chama, certamente
somos os trabalhadores da undécima hora, da ultima convocação,
portanto, não desperdicemos a oportunidade de fazer o melhor
para Deus.
...E A Vara de Arão Floresceu
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A nobreza e a sublimidade do ministério cristão exige
daquele que escreve sobre ele, que seja criterioso, que tenha
profundidade bíblica, e, sobretudo, que tenha uma bagagem
ministerial que já o tenha transformado automaticamente numa
autoridade espiritual no assunto.
Quem conhece o Pastor Levy Ferreira de Souza, e
conseqüentemente, o seu histórico ministerial, sabe perfeitamente
que se trata de uma autoridade no assunto.
Por conseguinte, depois de ler cuidadosamente a presente
obra, fruto da pena sapiente do supracitado escritor, sinto-me
duplamente honrado: Primeiro por fazer parte do ciclo de amizade
do Pastor Levy, o que me proporcionou o indescritível privilégio de
ser um dos primeiros a bebericar desse rio sapiencial de instruções
concernentes à vocação e chamada ministerial. Segundo, porque a
critério do autor, coube a mim, o menor de todos, o privilégio de
posfaciar uma obra que tem um caráter educativo, para o seleto
grupo de obreiros e ministros que o Senhor Jesus Cristo escolheu e
pôs na Igreja, a sua noiva querida.
POSFÁCIO
...E A Vara de Arão Floresceu
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Caríssimo leitor, esta obra que com absoluta certeza, já
enriqueceu os seus conhecimentos, e que vai abrilhantar a sua
biblioteca, precisa ser transformada por todos nós, numa
ferramenta na formação de novos obreiros, e, sobretudo, no
sentido de fomentar um ministério frutífero, nesta última hora da
Igreja do Senhor Jesus, aqui na terra.
Que Deus, a fonte de vida e inspiração, continue inspirando o
Pastor Levy Ferreira de Souza, a fim de que novos temas possam
ser abordados, e como este, possam também promover o
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para
a edificação do corpo de Cristo, conforme a palavra de Deus pelo
apóstolo Paulo aos Efésios 5.12.
Pr. Jonas Rodrigues Ferreira
Escritor, conferencista, e presidente do Conselho de Ética, Doutrina
e Disciplinas da Assembléia de Deus – Campo de Limeira/SP
Fim