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Ano VIII - Número 92 - Setembro de 2014 E agora? A tecnologia em nossas vidas 11 Cidadania Votar com fé é preciso 12 Animal! A tecnologia em nossos pets 14 WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Palavra de amigo É tempo de escolher 7 Eleições: momento de exercer a cidadania e transmitir valores

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Ano VIII - Número 92 - Setembro de 2014

E agora?

A tecnologia em nossas vidas

11

Cidadania

Votar com fé é preciso

12

Animal!

A tecnologia em nossos pets

14

WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

Palavra de amigo

É tempo de escolher

7

Eleições: momento de exercer a cidadania

e transmitir valores

EditoriAl ChuvA dE rosAs

ExPEdiEntE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Foto do Tribunal Superior Eleitoral

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Colaborador: Rafael Carreira

Arte e diagramação: Toy Box IdeasPesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

A companhia de Santa Teresinha é forte e constante em cada momento da vida de An-gélica Santos. Ela mesma conta as provações

e a forma que encontrou de agradecer à intercessão de Santa Teresinha:

“Só em ver essas fotos meu coração se aque-ce!... Lembro do cheiro daquele lugar... A rosa co-lhida no jardim do Carmelo está (sequinha) aqui comigo!”, conta Angélica, emocionada.

“Minha história de devoção a Santa Teresinha não contempla um fato específico, mas o reconhe-cimento de sua intercessão em um período muito difícil da minha vida.

Sempre morei na Zona Sul de São Paulo mas quando me casei, vim morar em Santana, e estava afastada das práticas religiosas. Em seguida meu marido foi diagnosticado com Síndrome do Pânico! A doença dele evoluiu e ele teve de se submeter ao uso de medicamentos fortíssimos e à uma licença médica de mais de 40 dias!

Foi aí que comecei a frequentar a Paróquia de Santa Teresinha! Eu tinha apenas 27 anos e nenhu-ma intimidade com Deus! Mas precisava de ajuda... Então participava das missas aos domingos e ia à

igreja outras tantas vezes quanto sentisse vontade, e ficava lá sozinha, rezando, chorando.

Ao final de uma missa, foi nos dado o recado de que um grupo para Crisma estaria se formando. Eu senti como que um chamado, e fiz minha inscrição naquele momento! Algumas semanas depois as reuniões se iniciaram e eu era a mais velha de um grupo de mais de 100 jovens.

Em 2006, após três anos e meio do início das di-ficuldades, nosso casamento se desfez! Voltei a mo-rar com minha mãe, passei dois meses muito triste e quis me suicidar! Mas Santa Teresinha nunca me deixou e mesmo distante, continuei frequentando sua paróquia! Me descobri forte, capaz, vencedora. Me reencontrei! E sempre devotei minhas conquis-tas à essa linda santinha!

Decidi então externar meu reconhecimento às bênçãos de Santa Teresinha tatuando uma “Chuva de Rosas” em minhas costas e as bênçãos nunca mais pararam! Desde 2010 me organizo de forma a conhecer novos lugares ao redor do mundo e no mês passado encontrei AS MAIS LINDAS ROSAS QUE JÁ VI!. Sim, eu estive ao lado dela em Lisieux! Mas ela continua para sempre dentro de mim!”

Uma graça marcada para sempre!

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

Nosso amigoAyrton, que toda a paróquia conhece, costu-ma brincar com seu próprio tamanho dizen-do que é candidato a um cargo público com o slogan “dos males o menor”. Sempre rimos dessa brincadeira, mas cabe aqui uma reflexão: temos mesmo que politicamente conviver com o mal, mesmo que seja o menor de todos? Somos presa de uma sensação de que a política é algo que só serve para que pessoas sem caráter busquem através dela enriquecer e conseguir vantagens pes-soais, mas será que é assim mesmo? Será que não existem candidatos aptos a promover mudanças sociais calcadas em valores cristãos e éti-cos, dentro de uma moral não excludente dos mais desfavorecidos? Naturalmente que existem, mas percebamos que se não votarmos nesses candidatos, que adianta eles existirem? Ninguém está nos car-gos executivos ou legislativos porque simplesmente se colocou lá. Nós é que os colocamos lá, através do nosso voto, e por isso que na hora de votarmos, é necessário que busquemos em nossa fé cristã a inspi-ração para buscar candidatos de perfil que sirvam ao nosso propósito de construir uma sociedade mais fraterna e solidária. E é justamente sobre esse paralelo entre fé e exercício de nossas obrigações civis que nosso amigo Aloísio trata em sua coluna CIDADANIA na página 12. Precisamos sim aprender a votar melhor, precisamos aprender a es-colher melhor nossos representantes, como nos alerta Pe. Estevão na PALAVRA DE AMIGO da página 7. E a Igreja pode auxiliar-nos nesse aprendizado, com orientações, trazendo informações e promovendo debates para que conheçamos as propostas dos candidatos que mais se coadunam com nossos princípios, e vamos conhecer um pouco mais disso tudo, lendo a matéria das páginas centrais. E a principal força motriz de mudanças na sociedade, essa força espetacular cha-mada juventude, onde é que entra nessa história? Ela pode e deve usar de toda sua energia e vontade de um mundo melhor, entendendo e exercitando melhor seu valor político, como lembra nosso amigo o SC Rogério de Oliveira, na entrevista da última página. Enfim, as eleições acontecem somente em outubro com o advento do primeiro turno, mas escolhemos desde esta edição de setembro trazer este assunto para que você possa ter tempo suficiente para ler, refletir e participar mais consciente do exercício de sua cidadania na escolha daqueles que poderão conduzir nossa sociedade à comunhão e fraternidade ideais. Boa leitura a todos e até o mês que vem.

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

PAlAvrA do PAstor

Testemunha de Jesus Cristo...!

PAlAvrA do PároCo

O tempo passaTempus fugit, diziam os latinos. É mesmo assim: o tempo corre, foge, passa depressa. E, se não temos atenção, acabamos sendo envolvidos no turbilhão e não nos damos conta do que acontece ao redor

Para estarmos atentos ao passar do tempo, às coisas que nos circundam, lembremos algumas coisas boas que

nos traz o mês de setembro, ainda há pouco iniciado. Comecemos com a recordação de que em breve estaremos celebrando a nos-sa padroeira, santa Teresinha. Logo mais iniciaremos a novena, mais um pouco será o dia da festa. Claro, o melhor da festa é pre-pará-la bem, e é isto o que faremos.

Setembro também traz à memória a Bíblia, uma vez que a Igreja do Brasil con-

sagra ao livro sagrado este mês. Santa Te-resinha disse, certa vez, que gostaria de ser sacerdote, só para ter um contato mais as-síduo e profundo com a Sagrada Escritura. Ela mesma sabia de cor trechos inteiros da Palavra, e os citava frequentemente, como o comprovam os seus escritos.

Duas festividades litúrgicas ocorrem neste período. Uma, a festa da Exaltação da Santa Cruz. Para nós, cristãos, a cruz não é sinônimo de dor e sofrimento, mas de vitó-ria, de redenção. Celebrar a Cruz de Nosso Senhor reforça em cada um a certeza de que, se sofremos com Ele, com Ele vence-remos.

Sempre intimamente ligada aos misté-rios do Redentor, ao celebrarmos do lenho sagrado logo temos diante dos nossos olhos Maria Santíssima, Mãe sempre firme e forte

ao lado da Cruz. Não por acaso, à festa da Exaltação da Cruz segue-se a festa de Nossa Senhora das Dores. A Mãe e o Filho, sempre unidos, sempre nos apontando a estrada a seguir.

Lembrança feliz igualmente deste mo-mento é a chegada da primavera. O renas-cimento da natureza, a beleza das flores e frutos, o desabrochar da vida: tudo nos leva a louvar e bendizer o Senhor.

Aproveitemos então o tempo que nos é dado, vivamos intensamente todas e cada uma das circunstâncias que nos são ofere-cidas e cresçamos na comunhão com Deus e com os irmãos.

Um abraço carinhoso a todos

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

No dia 02 de setembro, completei dois anos na missão em São Paulo como discípulo missionário, auxiliando Dom Odilo no pastoreio do Povo de Deus, preferencialmente na Região Episcopal Santana.

Por ocasião de minha vinda para São Paulo, Dom Odilo me presen-teou com o 11º Plano de Pastoral

da Arquidiocese de São Paulo. Iniciei logo a leitura e, já nas primeiras páginas, encontrei uma pergunta que dá o norte de toda a nossa ação pastoral: “qual é o primeiro objetivo da presença da Igreja em São Paulo? Tantas poderiam ser as respostas, mas uma delas é a principal:

A Igreja está aqui para ser testemunha de Jesus Cristo e do Evangelho do Reino de Deus na grande cidade de São Paulo” (11º Plano de Pastoral, p. 5).

Fiquei encantado com o texto, porque veio à mente o encontro de Jesus com os discípulos, por ocasião da sua gloriosa ascensão, quando Ele disse: ‘Recebereis uma força, a do Espírito Santo que des-cerá sobre vós, e sereis minhas testemu-nhas... até os confins da terra’ (At 1,8). Os Apóstolos fizeram desse mandato de Jesus o centro de todo o seu ministério e sua vida, razão pela qual São Paulo che-ga a dizer: “anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não evangelizar”.

O entusiasmo com o Plano de Pas-toral não foi só de momento, mas per-manece até agora porque tenho me esforçado juntamente com vocês, discí-pulos missionários, em ser testemunha de Jesus Cristo à luz das orientações e propostas pastorais contidas no Plano. O Senhor me chamou para cooperar na missão da Igreja em São Paulo para que a missão avance, segundo o caminho desta Igreja, sua história, sua tradição e os projetos de evangelização constru-ídos à luz da fé, do diálogo e da partici-pação ativa dos Pastores com os leigos e leigas.

Não pensei em nenhum momento em testemunhar Jesus à luz de outras propostas pastorais ou a partir de um projeto pessoal, porque ser testemunha de Jesus não é tarefa opcional, mas par-te integrante da minha identidade cris-tã; é a extensão testemunhal da vocação recebida (Cf. DA 144).

Além disso, testemunhar Jesus Cris-to à luz do Plano de Pastoral evita-se a dispersão de uma preciosa força missio-nária e faz com que o nosso testemunho seja mais credível, ganhe mais vigor e eficácia, seja mais pé no chão, capaz de iluminar a realidade paroquial, social e cultural em que vivemos.

Você, que também é chamado a ser testemunha de Jesus na Comunidade Paroquial, junte-se a nós e pense a pas-toral, as atividades, a catequese, a litur-gia, a formação à luz do nosso Plano de Pastoral. Vamos, juntos, construir uma ação pastoral forte para que a missão cresça e Jesus seja sempre mais amado e adorado.

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

A Igreja está aqui para ser testemunhade Jesus Cristo e do Evangelho do Reinode Deus na grande cidade de São Paulo

Para nós, cristãos, a cruz não é sinônimo de dor e sofrimento, mas de vitória, de redenção

Santa Teresinha em Ação • 3

O Sacramento da Eucaristia

São Francisco de Sales costumava dizer que a Eucaristia “é o sol dos exercícios espirituais.” Séculos de-

pois, o Concílio Vaticano II definiu a Eu-caristia como a “fonte e ápice de toda a vida cristã.” Tudo na Igreja está ligado a este sacramento, porque ele contém todo o bem espiritual (= tesouro) da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa. Este sacramento conclui a iniciação cris-tã. É uma pena que alguns cristãos le-vam a sério, no sentido da palavra, esta conclusão. Param aqui. Pensam que ao participarem da catequese de primeira eucaristia recebem o “diploma de cris-tãos” e não precisam mais fazer nada, nem participar de mais nada.

Existe tanta riqueza na Eucaristia que este sacramento exprime-se em diversos nomes. Vejamos: chamamos de Eucaris-tia porque é ação de graças a Deus. Ceia do Senhor, pois trata-se da ceia que o Se-

nhor fez com seus discípulos na véspera de sua paixão. Fração do Pão, porque to-dos comem de um único pão partido, o Cristo. E assim entramos em comunhão com ele e formamos um só corpo. Assem-bleia eucarística, porque a Eucaristia é ce-lebrada na assembleia dos fieis, expressão visível da Igreja. Memorial da Paixão e da Ressurreição do Senhor. Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cris-to Salvador e inclui a oferenda da Igreja. Santa e divina Liturgia, porque toda a li-turgia da Igreja encontra o seu centro e a sua expressão na celebração deste sacra-mento. Fala-se também em Santíssimo Sacramento. Comunhão, porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo que nos torna participantes do seu Corpo e do seu Sangue para formarmos um só corpo. Finalmente, Santa Missa, porque a liturgia na qual se celebrou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis

para que cumpram a vontade de Deus na vida cotidiana.

Todos os sacramentos são realizados através de sinais. Os sinais da Eucaristia são o pão e o vinho, os quais, pelas pala-vras de Cristo e pela invocação do Espí-rito Santo se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Na última ceia, Jesus tomou o pão e disse: “tomai e comei, isto é o meu Corpo que será entregue por vós.” Em se-guida, pegou o cálice com vinho e disse: “Tomai e bebei, este é o cálice do meu Sangue, o sangue da nova e eterna Alian-ça, que será derramado por vós e por to-dos, para a remissão dos pecados. Fazei isto em Memória de mim.”

O que acontece quando participamos da Eucaristia? Em primeiro lugar, au-menta a nossa união com Cristo. O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de ma-neira admirável em nossa vida espiritual.

Em segundo lugar, a Comunhão separa-nos do pecado. Jesus disse que o sangue foi derramado para a remissão dos peca-dos. Em terceiro lugar, nós, como Igreja, nos unimos mais intimamente a Cristo, pois somos o corpo místico de Cristo e precisamos ficar unidos. A Eucaristia nos ajuda e nos dá forças para isso. Em quar-to lugar a Eucaristia nos compromete com os pobres. Precisamos reconhecer Cristo nos mais pobres.

A Eucaristia sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida e faz-nos desejar a vida eterna e nos une já à Igreja do céu, à Santa Virgem Maria e a todos os santos.

Pe. Tarcízio P. Odelli

Secretário Inspetorial de Porto Alegre

facebook.com/tarciziopaulo

sACrAmEntos

4 • Santa Teresinha em Ação

CATEQUESE FAMILIAR PARA 1a EUCARISTIAÉ na família cristã que a criança ou o jovem

obtém os exemplos do verdadeiro amor, que lhes darão condições de desenvolver todas as possi-bilidades de crescimento e amadurecimento na fé, com pais bem preparados dispostos a trans-mitir seus conhecimentos adquiridos a partir da experiência de Cristo em suas vidas. É aí que en-

tra a Catequese Familiar com seu fundamento, levar o Cristo para as famílias fazendo com que a família assuma como “igreja doméstica” a catequese dos fi-lhos, levar o ministério da catequese aos pais no am-biente familiar, dando um novo impulso em sua fé. É a Igreja indo ao encontro da família, visitando o ser humano em seu espaço sagrado, o lar, sendo assim uma catequese que privilegia a “igreja doméstica”, envolvendo a família nas atividades catequéticas.

Esta proposta oferecida pelo ministério da cate-quese familiar, nos seus diversos ambientes e luga-res, criando condições e inserindo nos corações de seus filhos o sentido primeiro da fraternidade é que vai ao futuro servir de alicerce na construção de uma sociedade mais justa, tornando-os verdadeiros mis-sionários e discípulos de Jesus.

De acordo com o Diretório Nacional de Cateque-se, “é na família onde encontramos os fundamentos para construção da personalidade do ser humano [...]” (CNBB, 84, p. 186).

Atendendo fielmente a esses fundamentos é que a Paróquia Santa Teresinha oferece a todos uma ver-dadeira Catequese Familiar para a 1ª Eucaristia, não se restringindo somente aos ensinamentos cristãos à criança e os resultados obtidos ao longo de tan-tos anos dessa Pastoral atestam que essa catequese

é também a porta que se abre para que muitas famílias retornem ao convívio da Igreja.

Coordenação da Pastoral

de Catequese Familiar

Os irmãos Lucas (acima) e Felipe (ao lado) tomam sua primeira comunhão, dada a eles por Pe. Chico

EstrEiA 2014

O que é a Caridade?Queridos irmãos (ãs), paz! Continuemos caminhando com Dom Bosco! Em nosso diálogo, encontramo-nos desta vez com a CARIDADE. Centro e síntese da espiritualidade salesiana!

A perspectiva da caridade como amor, completando a tríade junto a Eros e Agaphe, tem no cristianis-

mo sua máxima “Amar ao próximo como a si mesmo”, esse ensinamento, atribuído a Jesus Cristo, serve para qualificar o ato de caridade como uma atitude antes de tudo, altruísta. O papa Bento XVI, em sua primeira encíclica, explicou que:

“O amor — caritas — será sempre ne-cessário, mesmo na sociedade mais justa. Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o ser-viço do amor. Quem quer desfazer-se do amor, prepara-se para se desfazer do ho-mem enquanto homem. Sempre haverá sofrimento que necessita de consolação

e ajuda. Haverá sempre solidão. Existirão sempre também situações de necessida-de material, para as quais é indispensável uma ajuda na linha de um amor concreto ao próximo. Um Estado, que queira prover a tudo e tudo açambarque, torna-se no fim de contas uma instância burocrática, que não pode assegurar o essencial de que o homem sofredor — todo o homem — tem necessidade: a amorosa dedicação pes-soal. Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas for-ças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda.”

Assim, a caridade, não é, necessaria-mente, uma ação de entrega material. É antes disso a demonstração de que o amor entre pares, à irmandade, é uma condição “sine qua non” para a existência da própria humanidade, essa reconheci-

da não só como um ajuntamento de se-res humanos, mas como a sublimação de nossa condição existencial, a nossa utopia de comunidade.

Vamos ao Evangelho? Sim! E o que vemos ali? Vemos Jesus e suas ações... Vemos a Deus e o seu amor sem fim! A caridade é mais que uma virtude, tal qual emerge uma disposição para o “esforço”. É mais do que uma medida da nossa ca-pacidade de dar coisas. É um coração que realiza pelo bem do outro! É parte da na-tureza inata do ser humano, é a percepção de que o outro, sofrendo, reproduz a nossa miséria, e nosso ato de amor ajuda a apla-car a nossa finitude.

Quando lemos através da vida de Dom Bosco que, ele “não deu passo, não pronunciou palavra, nada empreendeu que não visasse à salvação da juventude”, constatamos que a sua vida inteira foi mo-vida por esta “força” de amor, cuja expres-são mais límpida foi à síntese de sua vida, toda consagrada a Deus e aos jovens. A

caridade é, portanto, a parte fundamental do espirito salesiano. É amor que conduz cada ação realizada. É a atualização da en-trega salvadora de Jesus a nós. É acolhida àqueles que necessitam do meu amor. É ao mesmo tempo: Gratuidade e gratidão! É generosidade que não se mede com qualquer “régua”, se não, com a “régua’ do coração! E aqui, São João Bosco é mestre, quando afirma que, do “coração humano, o dono é Deus!”

Até o nosso próximo encontro, e até lá, sejam as nossas ações um sinal do amor de Deus no amor que colocamos em cada coisa que fazemos! Assim seja!

Abraços, com afeto salesiano,

P. Alexandre Luís de Oliveira – SDB

Diretor da comunidade salesiana

de Lorena - SP

facebook.com/alexandre.luisdeoliveira

Santa Teresinha em Ação • 5

FAmíliA sAlEsiAnA

Alberto Marvelli – exemplo de leigo na missão salesiana

No último final de semana de agosto foi cele-brado a importância do papel leigo em nossas igrejas, fato esse que me motivou a falar de um

grande modelo da nossa Família Salesiana: Alberto Marvelli (1918-1946). Há dez anos, no dia 5 de setem-bro, foi beatificado o membro do Oratório Salesiano de Rimimi (Itália), cujo exemplo de leigo engajado demonstra o quanto se pode fazer pela missão de evangelização da juventude. Logo ao entrar no ora-tório, Marvelli se mostra sempre disponível, torna-se catequista e animador: o braço direito dos Salesianos; gosta de esportes e pratica de tudo. Estudante de en-genharia em Bolonha, participa ativamente da FUCI (Federação Universitária Católica Italiana), perma-necendo fiel, com sacrifício, à eucaristia quotidiana. Forma-se em 1942 e começa a trabalhar na Fiat de Tu-rim. Faz o serviço militar em Trieste e consegue levar muitos de seus companheiros à Eucaristia.

Durante a segunda guerra mundial torna-se após-tolo entre os refugiados e uma verdadeira providência para os pobres. Depois da entrada dos aliados em Ri-

mini, é nomeado assessor municipal junto ao ofício de alojamentos e reconstrução e engenheiro responsável pela engenharia civil: “Os pobres passem por primei-ro - dizia -, os outros podem esperar”. Aceita participar das eleições nas listas da Democracia Cristã. É reco-nhecido por todos como cristão empenhado, mas não faccioso, tanto que um adversário comunista dirá: “O meu partido pode até perder. Basta que o engenheiro Marvelli se torne prefeito”. O bispo nomeou-o presi-dente dos laureados católicos.

Imaginemos o quanto a juventude seria beneficia-da por pessoas como nosso beato que tanto viveu o carisma salesiano fora dos muros da Igreja. Esse é um dos seus mais belos ensinamentos, utilizar da própria vida e atitudes como meio de levar o Evangelho no ambiente em que frequenta. Sigamos o seu exemplo, sendo sal e luz na vida de quem nos encontra, inde-pendente do local em que estejamos.

Dc. Rafael Galvão Barbosa, sdb

facebook.com/rafael.galvaobarbosa

CF 2014

Ainda persiste a escravidãoCaros amigos e amigas, a Palavra de Deus, celebrada com mais centralidade, neste mês, nos ajuda a abordar a realidade da vida, nosso chão sagrado

Tive uns dias de Retiro, e me deparei com Jesus Bom Pastor, sentindo fal-ta de uma ovelha, no meio de uma

centena. Ele sai em busca dela, e na mi-nha contemplação, vejo Jesus, não só en-contrando a ovelha que se distanciou mas encontrando um rebanho inteiro perdido, que migrou em busca de outras pastagens, pois onde este rebanho estava não havia liberdade; o ambiente era hostil e as ove-lhas corriam perigo. ”Felicidade” era uma palavra remota, talvez referência de um lu-gar desejado, mas ainda não encontrado.

Essa realidade hoje é o fenômeno mi-gratório, ou mobilidade humana. Migran-tes e imigrantes partem em busca de so-brevivência, de trabalho, de dias melhores para suas famílias, porém, devido à situa-ção ilegal, encontram quem explora a mão de obra barata e escrava.

O tráfico de pessoas e o trabalho escra-vo estão interligados. Encontram-se pre-sentes em países pobres e ricos, vitimando homens e mulheres, jovens e adultos. O trabalho escravo alimenta, de forma cri-minosa, a economia capitalista em todos os continentes.

No Brasil, o trabalho escravo ocorre no meio rural e nas cidades. As situações encontradas são diversas: retenção de documentos pelos contratantes, como a carteira de trabalho e a cédula de iden-

tidade, impedimento do direito de ir e vir dos trabalhadores, dívidas assumidas com o “coiote” desde o local de origem, privação da liberdade, jornada de traba-lho extensa, com produtividade exausti-va, trabalho degradante em locais sujos, sem ventilação, perigosos, com fiação elétrica improvisada, máquinas sem pro-teção adequadas e sem equipamentos de proteção.

Em São Paulo, o setor têxtil, princi-palmente, está inserido neste contexto de precariedade, havendo famílias inteiras em situações de exploração e de trabalho escravo, envolvendo pessoas de diferentes nacionalidades. Muitas vezes os próprios imigrantes empregam outros imigrantes em condições de violação de direitos para conseguir serviços terceirizados, forman-

do uma cadeia de exploração já que essas empresas não se preocupam com as con-dições de trabalho, mas com o produto de baixo custo que recebem.

Essas informações são divulgadas pelo CAMI - Centro de Apoio e Pastoral do Mi-grante, que também atua entre os imigran-tes na cidade de São Paulo.

Trabalho é Dignidade, é pão na mesa, é teto para morar.

Que Cristo Bom Pastor conte conosco para alertar e cuidar dos nossos irmãos e irmãs que buscam a dignidade do trabalho nesta cidade de mil raças e povos. Amém!

Ir. Ana Beatriz Freitas de Mattos (FMA)

[email protected]

6 • Santa Teresinha em Ação

Centro de apoio ao imigrante já atendeu mais de 50 mil casos em 8 anos de história

O CAMI – Centro de Apoio e Pastoral do Migrante, localizado em São Paulo, tem feito um excelente de trabalho de apoio e ajuda ao imigrante. Para

se ter uma ideia do tamanho dessa ajuda, desde 2005, ano que foi fundado, até agora, foram mais de 50 mil imi-grantes ajudados pelo centro. O CAMI foi lançado pelo SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes.

De acordo com Carmem Hilari, responsável pela co-municação do CAMI, basicamente, os imigrantes que procuram o centro o fazem para ter suporte no que diz

respeito à regularização migratória e, também, buscam ajuda com assessoria jurídica. Todo este trabalho é feito de forma gratuita.

“Atendemos uma média de 20 imigrantes por dia e, na maioria das vezes, nos procuram para se regula-rizarem ou precisam de alguma ajuda jurídica”, afirma Carmem. Ainda segundo ela, essa ajuda jurídica não é apenas para resolver problemas trabalhistas mas, em muitos casos, também é para orientar e ajudar em re-lação a violência doméstica, trabalho escravo, etc. No

ranking das nacionalidades mais atendidas, boliviana, paraguaia e peruana.

Para quem ainda não conhece, o Centro de Apoio e Pastoral do Mi-grante também promove encontros de formação para cidadania sobre saúde, educação, liderança, arte e teatro e tráfico de pessoas. Capacita e articula trabalho social com agen-tes multiplicadores de base que são lideranças nas comunidades de imigrantes na Grande São Paulo que visitam diariamente as oficinas de costura com intuito de conscien-tizar e orientar as condições de tra-balho, saúde, residência e formali-zação fiscal das oficinas de costura.

Neste ano, o CAMI implementou mais um serviço: dois pontos de atendimento móvel para trâmites documen-tais de imigrantes que não conseguem se deslocar até a sede do CAMI; um funciona todos os domingos na Pra-ça Kantuta (espaço de grande concentração de imigran-tes) e um outro que circula nas comunidades.

Fora todo trabalho de atendimento no centro mes-mo, o CAMI também atua, fortemente, com ações pú-blicas para melhorar e facilitar a vida do imigrante no país, desenvolvendo campanhas junto a fóruns par-lamentares, redes de imigrantes, MERCOSUL social e participativo, de forma a ampliar os direitos dos imi-grantes e assegurar assistência e acompanhamento às vítimas de trabalho escravo, tráfico de pessoas e de todo tipo de exploração.

“Nossa metodologia de trabalho consiste em ir aonde o imigrante está, nas suas comunidades com ações desenvolvidas e acompanhadas por uma equipe de imigrantes de diferentes nacionalidades que traba-lham conosco”, finaliza Carmem.

dEnunCiE o trABAlho EsCrAvoCAmi - Centro de Apoio e Pastoral do migrante(11) 2694-5428www.camimigrantes.com.br

PAlAvrA dE Amigo

Aprendendo a escolherOlá meus irmãos e amigos, Paz a todos! O mês de setembro é tradicionalmente dedicado à Palavra de Deus

Na história do Povo de Deus a partir do Antigo Testamento, Ele se revela e instrui seu Povo para aprender a reconhecer Sua Pre-sença e “escolher” a Sua vontade como indicação do melhor para a vida desse Povo. Aprender a escolher faz parte de aprender a viver.

Observando a história humana, constatamos que esse aprendi-zado é o mais difícil: o bem ou o mal; o certo ou o errado; o bom ou o ruim; o novo ou o antigo; a nossa vontade ou a Vontade de Deus... Todos esses dilemas nos colocam diante de uma capacidade que é presente somente no ser humano em toda a criação: o uso da inte-ligência, da razão para que as escolhas sejam as que devemos fazer e produzam um resultado satisfatório para nós, um bem para todos. Portanto nossas escolhas não podem, de forma alguma, atender so-mente a nossa pequena compreensão. Grandes males na história foram produzidos por conta de escolhas “particulares”; indo mais longe: os males pessoais são produzidos devido a escolhas assim que trazem amarguras, ressentimentos, mágoas, divisões, agres-

sões, violências, dependências que nos atingem todos os dias e du-rante muito tempo.

Escolher ser cristão é ser cidadão do Reino dos Céus que come-ça a acontecer aqui na terra. Nossas escolhas “na terra” devem levar em consideração consequências que podem produzir.

Estamos em tempo de “eleições” que deriva de “electio = esco-lha ; eligere = escolher, selecionar”.

Como na vida não podemos fazer escolhas sozinhos, apenas para atender nossas expectativas pessoais, levemos em considera-ção a voz, a necessidade, o conhecimento, a experiência, a história de outras pessoas que como nós buscam o Bem Maior para todos.

Que o Espírito Santo seja nosso maior conselheiro em todos es-ses momentos.

Boas escolhas para você e para todos nós. Deus te abençoe com a Paz, o Amor de Jesus e com a Alegria de Maria.

Pe. Estevão Ferreira

Assessor eclesiástico para a

Pastoral Familiar na Região Santana

http://programapalavradeamigo.blogspot.com.br

CAminho dE EmAús

Toda vocação cristã se resume num ato de colaboração com a obra divina, mas é o próprio Deus que faz com que sejamos dignos dessa vocação e nos capacita para o cumprimento da missão

Isto se evidencia na própria Palavra de Jesus: “sem mim, nada podeis fazer.” A graça de Deus envolve o cristão como o ar que ele respira e por isso toda ativi-

dade cristã nasce e se desenvolve na oração onde Deus ouve o apelo por capacitação e insere Sua graça para tornar a obra eficaz. .

Em síntese: ao apelo divino o homem responde com seu “sim” e a partir de então dá sua colaboração ao Se-nhor. Mas, onde encontrará força, coragem e discerni-mento para nada recusar, nada excluir de tudo aquilo que o Senhor colocar em seu caminho no cenário do mundo como meio de santificação: doença, sacrifício, doação, injustiça? Só na comunhão entre a vontade do homem e a graça de Deus essa necessidade será atin-gida. Não há como se tornar colaborador da obra divi-na sem contar com a participação e a Graça do próprio Deus. Precisamos nos convencer disso, pois está claro que toda tentativa em alcançar a santidade fracassa quando contamos unicamente com nosso esforço.

Só com a concessão da Graça as virtudes e boas obras deixam de serem apenas sonhos e projetos para

se tornar realidade e alcançar o coroamento da glo-ria. Tendo isto como fato nos cabe agir com dedicação e oração. É neste contexto que todo trabalho com fim espiritual, individual ou coletivo, todo plano de ação, todo planejamento e atividades nas diversas linhas de pastoral necessitam de recolhimento, preparo espiritu-al e clamor junto ao Pai para que envie o Espírito Santo que atenderá aos apelos e dará a devida orientação. O simples ativismo não encontra eco e nem resposta, pois não se encontra nele a graça operante e sem ela o resul-tado é pífio.

Compreende-se aqui como oração o dei-xar-se levar num apelo confiante e espírito atento à sua resposta. A moção divina interior irá permitir examinar atentamente a origem e o curso das ações, desejos e intenções a que nos propomos comparando-as as do próprio Senhor Jesus e dos santos que o imitaram. Este processo não deixa de se assemelhar aquele de discernimento de que falava e praticava Santo Inácio de Loiola. Como resultado ire-mos aprender e permitir aceitar de bom gra-do as normas que a tradição e a lei da Igreja adquiriu à luz de uma experiência secular da assistência do Espírito Santo.

Para que o resultado de um plano seja agra-dável a Deus, cabe também apelar junto a ou-

tros cristãos para que intercedam com suas orações para o êxito da missão. A principio a missão parece ser só nos-sa ou de um grupo, mas que na realidade, pelo mistério da Igreja, atinge também aquele que intercede.

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.henriques.3192

Nossa vocação

ouça Pe. Estevão diariamente às 14h00 no programa "Palavra de Amigo" na rádio 9 de Julho - Am 1600 e aos sábados às 19h00 no programa "tocando em Frente" com orientações sobre dependência química a familiares e usuários.

Santa Teresinha em Ação • 7

Visão de mundo Visão de mundo

Missão Visão

Vocação

Foco

dEstAquE

8 • Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação • 9

Precisamos falar de política. E aí, está afim?Pode ser chato para muitos, mas ela está em todo lugar. Para a Igreja, é papel de todo cristão votar com consciência e sabedoria. Que tal um exercício?

Não adianta adiar. Precisamos fa-lar de eleições e, por mais que muita gente ache um assunto

chato, que gera briga e discórdia, a polí-tica tem de ser tratada com muita serie-dade. Afinal, é ela que conduz uma na-ção. Mas, como se engajar? Como curtir a política sendo que o exemplo não é bom? Como se inteirar e ter esperança? Para os especialistas, é aí que está o X da questão. A política está tão desgas-tada no Brasil que já virou motivo de piada e, pior ainda, é tida como “sem futuro”, sem jeito, sem noção.

Apesar de todas adversidades, a Igreja, como parte fundamental de uma sociedade, precisa se pronunciar. E é por isso que desde o começo do segun-do semestre, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que fica em Brasília, no centro do poder do país, tem se movimentado. No último dia 29 de agosto, lançou um documento falan-do sobre a importância do engajamento e da participação dos fiéis no processo eleitoral.

“A CNBB entende que é responsa-bilidade de todo cidadão, participar, conscientemente, da escolha de seus representantes. Para os cristãos tal es-colha deve ser iluminada pela fé e pelo amor cristãos, os quais exigem a uni-versalização do acesso às condições necessárias para a vida digna de filhos de Deus. Afinal, “ninguém pode exi-gir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e na-cional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimen-tos que interessam aos cidadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um

profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passa-gem por ela”.

movimento para uma reforma política democrática

Além dessa mensagem, disponí-vel para downloud no site da CNBB (www.cnbb.org.br) os bispos têm feito reuniões e convocado os órgãos neces-sários para que juntos possam discutir a questão. E, de acordo com Dom Jo-aquim Giovani Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comis-são Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação, uma reforma política se faz necessário. Para tanto, convoca todos

os cristãos a participar de um abaixo-assinado, pedindo que, não só durante a semana da Pátria, que aconteceu de 1 a 7 de setembro, mas durante todo o mês, procure participar dessa ação da Igreja. “Essa semana da Pátria teve um significado especial, já que a Igreja se mobilizou para juntar assinaturas e conseguir, por meio do diálogo e parti-cipação do povo, pedir ao Congresso e aos órgãos competentes que repensem a nossa política. Todos nós sabemos que uma reforma política democrática se faz necessária e é neste linha que a CNBB acredita. O povo precisa se enga-jar mais e cumprir o seu dever de cida-dão”, afirma Dom Joaquim.

O projeto de lei de iniciativa popular

pela Reforma Política e Eleições Limpas é organizado por uma Coalizão de cem entidades, entre elas a CNBB, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Movi-mento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

A proposta, protocolada no Con-gresso Nacional com o número 6.316 de 2013, tem o objetivo de afastar das eleições a influência do poder econô-mico sobre as candidaturas, proibindo o financiamento das campanhas com dinheiro privado; alterar o sistema elei-toral, implementando eleição em dois turnos, sendo o primeiro para escolha de uma proposta e o segundo para elei-ção da pessoa que a colocará em práti-ca; fortalecer a participação das mulhe-res e demais grupos subrepresentados; além da regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, para intensifi-car os mecanismos de participação po-pular, como Projeto de Lei de Iniciativa Popular, do Plebiscito e do Referendo, mesclando a democracia representativa

com a democracia participativa.A outra iniciativa, promovida por

centenas de movimentos sociais, busca a instalação de uma Assembleia Nacio-nal Constituinte para mudar o sistema político no Brasil. O plebiscito popular serve para pressionar as instâncias go-vernamentais a convocar um Plebiscito Oficial para ouvir a população sobre a convocação da Constituinte.

movimento das diocesesE, por iniciativa e pedido da CNBB,

as dioceses pelo país vêm orientando as paróquias e comunidades. A diocese de São Paulo, por exemplo, lançou, no último dia 29/08, uma Orientação para as Comunidades Católicas do Estado de São Paulo. Dentre outras orientações, a carta diz que é preciso verificar se o can-didato tem ficha limpa, a importância de não votar em candidatos assumida-mente corruptos, se possível dar o voto ao candidato comprometido e etc. O do-cumento também orienta às paróquias

a não fazer das missas um ato eleitoral. “Os templos e lugares de culto, bem

como os eventos religiosos, não devem ser usados para a propaganda eleitoral partidária (cf Lei 9504, art. 37 §4º). A Igreja Católica Apostólica Romana valo-riza a liberdade de consciência e as es-colhas autônomas dos cidadãos. A reli-gião não deve ser usada como “cabresto político” e as comunidades da Igreja não devem ser transformadas em “currais eleitorais”.

Tal como a Arquidiocese de São Pau-lo, outras espalhadas pelo país também divulgaram suas orientações, de modo que todos trabalham com o discurso ali-nhado.

debate dos presidenciáveis na tv Aparecida

Para se ter uma ideia, no último dia 22 de agosto, dom Damasceno Assis participou de uma reunião com os re-presentantes dos partidos onde ficou acertado que, no próximo dia 16 de se-tembro, em Aparecida, acontecerá um debate com os candidatos à presidência

da república. A maioria e os mais cota-dos ao cargo confirmaram presença. O debate será transmitido pela TV Apare-cida.

Para o evento, foram convidados mais de 350 bispos da CNBB, que irão colaborar com sugestão de perguntas que poderão ser incluídas no debate. No primeiro bloco, os convidados irão res-ponder a uma única pergunta elabora-da pela presidência da Conferência dos Bispos, em ordem já definida por sorteio na presença dos representantes dos par-tidos. Cada candidato terá dois minutos para resposta.

Já no segundo bloco do debate, os candidatos irão responder a perguntas propostas pelos bispos indicados pela CNBB, sobre temas como saúde, edu-cação, habitação, reforma agrária, refor-ma política e lei do aborto. No terceiro bloco, os convidados responderão a perguntas de jornalistas das mídias ca-tólicas. O quarto bloco será de embate entre os candidatos à presidência do Brasil. O último bloco será dedicado às considerações finais dos convidados.

Dia 16 de setembro, promovido pela CNBB, acontecerá um debate com os presidenciáveis,

transmitido pela TV Aparecida

A religião não deve ser usada como “cabresto político”

Todos nós sabemos que uma reforma

política democrática se faz necessária e é nesta linha que a

CNBB acredita

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Bispos da CNBB lançam documentos a fim de alertar fiéis

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Você sabia que o Gil Antonio Ferreira Junior, presidente da Conferência Margarida Maria Alacoque, além de herdar o nome do pai, herdou também a vocação vicentina?

Neste mês, tive o privilégio de entre-vistar e conhecer mais profunda-mente a trajetória do Gil pela So-

ciedade de São Vicente de Paulo.Em seu coração, sempre houve um

anseio de dedicar parte do tempo ao próximo. A semente foi plantada pelo seu pai, Gil Antonio Ferreira (in memo-riam), que foi vicentino por muitos anos,

desde a juventude. E a semente foi rega-da, cresceu e deu frutos ao ver os grupos atuantes na igreja, na época da cateque-se dos filhos, pois ficou encantado com pessoas que atuavam na comunidade.

Foi aclamado em setembro de 1998 e eleito como presidente em maio de 2012.

O que o motiva a ser Confrade por tanto tempo? São vários motivos: se-riedade e confiança do trabalho vicen-tino, acompanhamento das famílias em visitas semanais, o objetivo (e es-perança) em promover socialmente a família. Ultrapassa o assistencialismo.

Além disso, os casos de sucesso o convencem que a caminhada precisa

continuar. É resultado do desprendi-mento de cada um e da certeza que é possível fazer a diferença.

Nem sempre é alcançado o objeti-vo proposto inicialmente. O compro-misso é sério e o desafio sem limites. Gil, como todo vicentino, participa da vida das pessoas que pedem socorro, sendo imprescindível a dedicação e esforço para mudar a situação da fa-mília. Elas têm que querer e fazer par-te delas.

Como mensagem final, Gil comen-ta que Frederico Ozanam sonhou em transformar o mundo em uma grande rede de caridade. “Por isso, caro leitor,

junte-se a nós, nos ajude nessa cami-nhada. Venha conhecer esse trabalho que, além de ser muito organizado, digno e nobre, é, sem dúvida, uma oportunidade para você dedicar parte do seu tempo para com o próximo”.

As reuniões semanais ocorrem de segunda-feira, logo após a missa das 19h30.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para Sempre Seja Louvado!

Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

De pai para filho

10 • Santa Teresinha em Ação

quE dElíCiA!

Recebeu um convite? Leve uma quiche e agrade!

Quiche de alho poróPara a massa:

1 rolo de massa folhada congelada (descongelar como instruções do fabricante); abrir a massa e forrar a forma.

Para o recheio:

1 ricota média, 1 ovo, 1 dente de alho picado, sal, pimenta, leite o quanto baste para formar um creme Bater tudo no liquidificador.

Colocar o creme sobre a massa e cobrir com uma unidade de alho poró cortado em rodelas e temperado com azeite e pimenta.

Por cima de tudo, colocar queijo ralado (mussarela light, minas padrão ou ricota defumada)

Asse em forno a 180 graus até dourar o queijo, tire do forno, deixe esfriar e enfeite com pimenta de bico (não arde).

Lembre-se de todas as outras opções de coberturas para substituir o alho poró e faça sucesso!

Bom apetite!

Quiche é um tipo de torta feita com recheio à base de ovos e creme de leite ao qual se adicio-nam pedacinhos de toucinho defumado, e que

não leva cobertura.Embora seja atualmente um prato da culinária

francesa, sua origem é alemã. Com pedaços de quei-jo, temos a quiche Lorraine e com cebolas, a quiche alsaciana. Também a culinária atual permite muitos outros sabores (não nomeados ainda) com a adição de alho poró, champignon, espinafre e mesmo de um peixe como o salmão ou bacalhau.

O bom de agradar levando para uma reunião de amigos é que pode ser servida à temperatura am-biente e acompanha tanto pratos doces (em um chá ou lanche da tarde), ou salgados – como uma carne assada ou peixe assado em uma salada verde em uma refeição mais leve. Versátil e deliciosa!

Nesta edição, vou dar uma receita que criei a par-tir do corte de calorías e gorduras na receita original, assim agradamos ao paladar e à saúde. Utilizei cober-turas de alho poró em uma delas e outra de cogume-los com cenouras e tomatinhos cereja.

Rosângela Melatto, chef de cozinha

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facebook.com/rosangela.melatto

E AgorA?

E A FAmíliA, Como vAi?

E Agora? On ou off?O mundo está mudando cada vez mais rápido,vivemos uma era em que as grandes transformações acontecem a mais de 100.000kB por segundo

Estamos compartilhando individu-alidade ao invés de solidariedade? Antes vivíamos conectados mais às

pessoas, à natureza,às coisas que nos eram importantes. Hoje, estamos conectados à Internet. ON ou OFF ? De que lado deve-mos estar?

A internet trouxe uma profunda mu-dança de comportamento na nossa socie-dade.

Como ferramenta de trabalho, trouxe agilidade, facilidade e rapidez. Algumas pessoas não mais precisam se deslocar para trabalhar, seja no escritório ou em casa, consultam sites que lhes aportam informações valiosas.

Na aprendizagem, influiu de maneira

muito positiva, trazendo conhecimento de forma prática e global. O tempo que era usado para deslocar-se até bibliotecas ou mesmo buscar em livros, agora é bem aproveitado obtendo maior número de in-formações em menor tempo. A variedade e qualidade dos textos e fotos enriquecem a pesquisa.

Surpreendentes são as transformações ocorridas no mundo a partir da revolução digital. A tecnologia abriu um fluxo prati-camente ininterrupto de informações e apresentou ao homem novas formas de interação, refinando a maneira de traba-lhar, estudar e pesquisar.

A possibilidade de estar conectado a amigos em ocasiões em que isso seria im-possível por se estar no trabalho ou do ou-tro lado do mundo , é um importante fator de atração. Compartilhar um momento sem dividir o mesmo espaço físico é um sinal da desterritorialização das relações, promovida pela revolução digital, criando

um novo modelo de sociabilização.Porém o alerta surge quando a pessoa

se torna tão dependente da internet, que passa a ser como um vício da qual não tem consciência, e não consegue nem quer se libertar. Muitas vezes, a pessoa só conse-gue se relacionar através da internet.

Como avaliação algumas questões favorecem a reflexão acerca dessa depen-dência:

1. Não há para o indivíduo atividade mais importante que estar conectado, e isso domina seus pensamentos, sentimen-tos e conduta.

2. Modificação do humor.3. Tolerância: aumenta cada vez mais o

tempo que fica conectado.4. Síndrome de abstinência: efeitos ne-

gativos quando se diminui ou interrompe o tempo que fica conectado.

5. Conflito: entre o indivíduo e o que o rodeia; com outras atividades como traba-lho ou estudo; intrapsíquico – dentro do

próprio individuo.6. Recaída: tendência a voltar aos pa-

drões anteriores, após algum tempo de abstinência.

J.C. 36 anos, depois de muito sofri-mento e algumas perdas reconheceu sua dependência e procurou ajuda no Ambu-latório de Transtornos do Impulso do Ins-tituto de Psiquiatria do Hospital das Clíni-cas de São Paulo que oferece o “ Grupo de Dependência de Internet”.

Tenhamos sempre em mente a im-portância do EQUILÍBRIO para tudo na nossa vida, e assim a internet será uma ferramenta que bem utilizada traz alegria e complementa as relações pessoais.

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

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facebook.com/Rose.rsgo

“Minha casa está firme junto a Deus, pois sua aliança comigo é para sempre, em tudo ordenada e bem segura. Ele fará prosperar meus desejos de salvação.” (II Samuel 23, 5)

O início do casamento é uma épo-ca árdua. Mesmo que os dois já se conheçam e namorem há muito

tempo, assimilar e harmonizar compor-tamentos exige comprometimento, re-núncia e muito amor. No matrimônio, dimensão sacramentada do casamento, o casal recebe um dom específico dis-ponível para sempre: “Esta graça própria do sacramento do Matrimónio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indissolúvel. Por meio desta graça, eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santida-de pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos. Cristo é a fonte desta

graça. Assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade, assim agora o Sal-vador dos homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do Matrimónio. Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem to-mando sobre si a sua cruz, de se levanta-rem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do

outro, de serem submissos um ao outro no temor de Cristo (Ef 5,21) e de se ama-rem com um amor sobrenatural, delicado e fecundo.” (Catecismo da Igreja Católica, 1641 e 1642)

Nesta fase da vida do casal, faz muito bem a procura incessante pelo desenvol-vimento de sua espiritualidade. E isto é muito mais fácil quando se é ajudado. Este é o objetivo dos grupos de Jovens Casais. A

partir de um encontro inicial, que na nos-sa paróquia este ano acontecerá em 14 de setembro, eles se reúnem periodicamente conforme a disponibilidade dos casais, discutem temas ligados à sua vida coti-diana, se fortalecem na fé e desenvolvem uma espiritualidade humana, de “pé no chão”, aprendendo a confiar cada vez mais naquele que tudo pode e que comparou o amor à sua Igreja com o amor esponsal.

E para os casais com mais tempo de estrada, a Pastoral Familiar vai oferecer um encontro nos dias 1 e 2 de novembro. Reserve esta data e aguarde as notícias e instruções para inscrição que serão divul-gadas em breve.

Luiz Fernando e Ana Filomena

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facebook.com/anafilomenag

facebook.com/lzgarcialz

Força, Jovens Casais!

Santa Teresinha em Ação • 11

CidAdAniA

Vamos falar de eleições, porém de uma forma diferente. Primeiramente vamos lembrar Cazuza:

“A tua piscina tá cheia de ratos. Tuas ideias não correspondem aos fatos”

Gostaríamos de colocar este refrão da musi-ca “O tempo não para” como reflexão na seguinte perspectiva: Como anda nossa coerência político-eleitoral? Será que votamos de acordo com a fé que professamos?

Devemos ter o cuidado de examinar quais as te-ses que cada candidato defende, verificando aque-las que convergem para nossa fé.

Não se trata aqui de votar apenas em candidatos oriundos dessa ou daquela corrente religiosa, mas votar naqueles que defendem os mesmos preceitos e ideais contidos nos ensinamentos de Cristo. Para citar apenas alguns: A defesa da vida, da família, a opção pelos mais necessitados.

Ainda citando Cazuza:“Pois aquele garoto. Que ia mudar o mundo. Mudar o mundo. Agora assiste a tudo. Em cima do muro. Em cima do muro! “

Novamente gostaríamos que examinar este tre-cho da musica “Ideologia”, refletindo sobre nossa apatia politica. Na verdade nossa sociedade tende a tornar os sonhos de mudança em “coisa de jo-

vens”. E na medida em que vamos ficando “mais experientes”, vamos deixando de lado a busca de melhorias sociais. Com o passar do tempo passa-mos a nos concentrar no nosso próprio crescimen-to social.

Em junho de 2013, muitas pessoas foram às ruas protestar, sinalizando nossa insatisfação com a situação do país, mas o ânimo inicial se perdeu com o tempo. Na verdade vivemos períodos de “so-luços” nos quais protestamos, rugimos com leões e depois como felinos enjaulados voltamos a dormir.

Foi assim no inicio dos anos 90 com os “caras pintadas”, foi assim agora em 2013.

Além disso, outros interesses pegam carona nos movimentos por mudança, buscando evidenciar suas demandas, ou simplesmente partindo para o “quebra-quebra”, como no caso dos “Black Blocs”.

Isto tudo resulta em uma ideia de que a politica se resume a votar nas eleições. Poucas são as pes-soas que de fato acompanham os candidatos que votaram nas ultimas eleições e que podem dizer se estes realmente cumpriram o que prometeram ou se locupletaram do poder.

Devemos fazer um exame de consciência, tal como fazemos no sacramento da reconciliação, buscando votar com nossa consciência e coerentes com a nossa fé. E a partir de então acompanhar os eleitos, cobrando deles o que prometeram.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

A coerência entre a fé e o nosso voto

12 • Santa Teresinha em Ação

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) setor Sul II acaba de lançar uma CARTILHA DE ORIENTA-ÇÃO POLÍTICA para as eleições 2014.

O objetivo da cartilha produzida é contribuir para a formação política das pessoas, motivá-las à participação no processo político e fornecer critérios para orientar os cidadãos nas eleições deste ano.

Ela é voltada para os grupos das comunidades: grupo de jovens, de oração, de estudo, de reflexão, e até mesmo associação de moradores.

É elaborada numa linguagem simples, traz indicações básicas sobre o universo da política a partir do olhar da Igreja Católica, reúne informações sobre o sistema político brasileiro e também sobre as eleições que teremos neste ano.

É vendida pelo valor unitário de R$ 0,80 (número mínimo de pedidos: 100 uni-dades) no site www.cnbbs2.org.br mas pode também ter seu conteúdo baixado em http://paroquiasantateresinha.com.br/eleicoes2014.

Fala, Francisco!“...de pecadores que eram, acabaram se tornando corruptos. É muito difícil que um corrupto consigavoltar atrás. O pecador sim, porque o Senhor é misericordioso e nos espera a todos. Mas o corrupto vive obstinado com as suas coisas, e eles eram corruptos. Era por isso que se justificavam, porque Jesus, com a sua simplicidade, incomodava”.

Homilia feita no Vaticano, para cerca de 500 parlamentares italianos em 27 de

março de 2014

Santa Teresinha em Ação • 13

Estamos iniciando o mês da Bíblia, mês este mais do que especial para a fé cristã. Apesar de se co-memorar o dia da Bíblia no último domingo de setembro, somos convidados por Deus a contem-plar as tantas maravilhas que a sagrada escritura nos tem a ensinar. Por meio desse, tomamos co-nhecimento da palavra de Deus e tudo aquilo que Ele quer para o seu povo.Muitos jovens ainda têm certa dificuldade de en-tender a importância da palavra de Deus. Para simplificar, ela é o caminho de felicidade. Tudo que foi dito por Deus tem um propósito, Ele nos quer felizes e de bem com o caminho da fé. Para entender mais sobre os planos e as maravilhas que Ele te reserva, ler sobre é essencial! Se permita! Apesar da correria e das dificulda-des, reserve um tempo para aquilo que verdadei-ramente alimenta a vida. Experimente entender os ensinamentos do pai para seguir um caminho do bem e entender verdadeiramente o amor que Ele possui por cada um de nós. Busque conhecer esse caminho! Procure na palavra a comunicação essencial com o Deus que se revela e acolha tudo aquilo que Ele precisa nos ensinar. Ao serem perguntados sobre qual passagem da bíblia mais lhes tocavam o coração, alguns jovens responderam:

“ A palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes.”

Hebreus 4:12 mês da Biblía, a palavra

de deus na juventude

JuvEntudE

FoCo, ForÇA E FÉ!Setembro é o mês da Bíblia, sabemos que nossos queridos jovens tomam a Bíblia como incentivo no decorrer do

cotidiano, a fim de que se refugiem nas palavras de nosso Pai do céu, e assim,

trilhando o caminho da FÉ!

“Alegre-se jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias de sua juventude! Siga por onde seu coração

mandar, até aonde sua vista alcançar, mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará

o julgamento.”(Eclesiastes 11:9)

sEr JovEm !Ser jovem é estar em constante preparação, é o tempo de questionar, arriscar, e principalmente: SUPERAR-SE ! Em Eclesiastes aparecem duas

ordens, sim ordens de nosso querido Pai, “Alegre-se e Siga”, ser guiado pelas palavras

d’Ele faz dos jovens mais perseverantes e confiantes na trilha da vida. Confia à mocidade

que têm o livre arbítrio para tomar qualquer decisão diante de nossos desejos, mas que tudo aquilo que for plantado com nosso coração, será colhido com a nossa razão, pois toda ação gera uma reação. Que vocês, nossos amados jovens, estejam sempre em paz e sintam-se abraçados

com o amor de Cristo !

#VIVAOHOJE!

“Cada palavra de Deus é com-provada, e ele é um escudo para quem nele se abriga.”

Provérbios 30 :5

EnvElhEsCênCiA

AnimAl!

Doença renal crônica: atenção para os sinaisHipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo são fatores de risco para a doença renal crônica, um terror para os idosos

Um estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) indica

que 65% dos idosos atendidos no Hospi-tal do Servidor Público Estadual (HSPE) possuem Doença Renal Crônica (DRC), perda progressiva e irreversível das fun-ções renais. Apesar da pesquisa ter sido feita com pacientes do hospital, essa é uma realidade brasileira.

De acordo com o Ministério da Saú-de, cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função re-nal. Esse percentual pode chegar a 30% ou 50% nos idosos.

“É evidente que o risco do apareci-mento aumenta substancialmente com o envelhecimento”, afirma o nefrologista Daniel Rinaldi.

Anualmente, a Sociedade Brasi-leira de Nefrologia (SBN) realiza uma campanha cujo objetivo é a preven-ção. Em 2014, o tema do Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março, foi “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”.

A ideia central das ações é de cons-cientização dos idosos. “Há fatores de risco como hipertensão arterial, dia-betes mellitus, obesidade, tabagismo e histórico familiar de doença renal. É necessário estar sempre atento”, des-taca o especialista.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando a popula-ção brasileira maior de 18 anos, mais de 20% têm hipertensão arterial, 8% têm diabetes, 18% são fumantes e 50% apresentam excesso de peso, fatos que influenciam na prevalência da doença.

A incidência de mortalidade de pacientes com DRC é por doença car-diovascular.

Com o mercado de smartphones em expansão, até os animais de estimação estão virando foco para a criação de novos aplicativos que visam facilitar

a criação, os cuidados e a atenção dos donos com seus pets. Dá para monitorar de longe o seu pet através de webcans espalhadas pela casa. Aplicativos no forma-to de redes sociais para cães e donos, que permitem a criação de perfis, fornecendo informações sobre raças e até “marcando território” através do GPS mostran-do outros usuários que visitaram a área em um raio de 200 metros. Aplicativos que servem de agenda do pet lembrando as tarefas cotidianas, como visita ao vete-rinário e horário de remédios, com alarmes sonoros e compartilhamento de informações para notificar o resto da família sobre a agenda. Aplicativos que auxi-liam na saúde do seu animal desde uma enorme lista de plantas que podem ser venenosas ajudando a di-minuir os riscos de intoxicação até vídeos, ilustrações e artigos mostrando passo a passo o que você deverá fazer em casos de emergência ou para cuidar melhor

da saúde e do conforto dos pets. Para a parte de la-zer com seu pet existem aplicativos que informam a previsão do tempo antes dos passeios e outros que

ensinam truques através de tu-toriais, com vídeos e fotos, que mostram como ensinar e prati-car truques simples, como “sentar” e “deitar”, até algo mais circense. Os esportistas poderão ficar em forma junto ao seu pet rastreando em tempo real a rota de suas caminhadas, o tempo, distância, velocidade e calorias gastas podendo ainda compartilhar fotos e dados de referências geográficas e salvar mapas com o percurso de seus caminhos preferidos. Existem apli-cativos curiosos como os que reproduzem sons para chamar o cachorro e até mesmo o Dog Translator uma forma divertida de traduzir o que seu cão diz. Para ga-tos existem jogos onde surgem criaturas em toda tela que fazem barulho e aceleram. Visite uma loja de apli-cativos e divirta-se com seus pets.

Raquel Raimondo

Médica veterinária

facebook.com/raquel.raimondo

Tecnologia animal

14 • Santa Teresinha em Ação

10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal que pode

chegar a 30% ou 50% nos idosos

AContECE

Pastoral Familiar promove Semana da Família. Veja em http://goo.gl/tFQbt4

Santa Teresinha em Ação • 15

novena e Festa de santa teresinha

Paróquia participa da Romaria Salesiana. Veja em http://goo.gl/KdSaQ0

Vocação é serviço que você vê em http://goo.gl/vQrz82

Tríduo e Festa de Dom Bosco em http://goo.gl/Ikba0m

“Somos chamados a ser anunciadores do Evangelho”De 22 a 30 de setembro Novena

Dias 28 de setembro e 5 de outubro Celebrações festivas

Dias 20, 21, 27 e 28 Quermesse com grandioso Bingo no dia 27

Dia 1o de outubro8h - Missa10h - Celebração com colégios12h - Missa15h - Missa dos enfermos e idosos19h30 - Procissão solene e festiva20h - Missa solene

Juventude e política mudam o mundoPor Daya Lima

EntrEvistA

16 • Santa Teresinha em Ação

Apesar de parecer um tema chato, é muito ne-cessário. Veja a entrevista que fizemos com Rogério Oliveira, Salesiano Cooperador de São

Paulo, de 41 anos. Ele foi assessor da Pastoral da Ju-ventude do Estado de SP entre 2011 e 2014 e é autor do livro “Pastoral da Juventude - E a Igreja se fez jovem” pelas Paulinas. Certamente, um entendedor sobre o assunto.

Santa Teresinha em Ação - Na sua opinião, é importan-te o jovem ser politizado? Porque?Rogério Oliveira - Primeiramente, é preciso olhar para as duas ideias da pergunta: politização e juventude. De uma forma geral, é fundamental que toda pessoa seja politizada. Isto aponta a necessidade de que, nas relações políticas, as pessoas participem da vida social com plena cidadania. Neste sentido, é preciso que não sejamos ingênuos. Toda sociedade se fundamenta a partir dos grupos mais articulados e organizados. É preciso saber como as engrenagens da sociedade fun-cionam e se relacionam para poder intervir. Quanto à segunda ideia da pergunta, temos a ideia de jovem. Juventude não é um grupo de pessoas com as mesmas características, porém, é conhecido por nós o poten-cial transformador das juventudes, bem como o con-ceito comum de que esta é uma fase da vida cercada por incertezas e experimentações. Por isto acredito que sim, é importante que o jovem seja politizado para que, sabedor das ferramentas disponíveis, possa usar do seu potencial e da sua vontade de transformação, atuando em grupo, para que a sociedade possa ser mais justa e solidária.

STA - E de que forma a juventude da Igreja pode contri-buir para a política em si? RO - Há um pensamento recorrente, e não só entre os jovens, de que a política é algo sujo e que não é saudá-vel nos aproximarmos da sujeira. Este é um conceito que precisa ser combatido. A presença do cristão no meio social é urgente e necessária. Há valores evan-gélicos nos quais acreditamos que estão sendo des-respeitados e a mudança desta situação só irá ocorrer pelas vias políticas. Portadores que somos da mesma missão que Jesus, é preciso que mostremos às pessoas que um outro mundo é possível, através de nossas pa-lavras e, principalmente, de nossas atitudes.

STA - Você acha que a Igreja tem um papel fundamental em mostrar como votar correto?RO - Creio que uma atitude fundamental é a de sem-pre valorizar as relações éticas. Isto vale tanto para que as comunidades cristãs não busquem apoio em políticos envolvidos em corrupção. O que vivemos em

“casa” serve de modelo para toda nossa vida fora dela. Uma segunda atitude é o debate das ideias na época de eleição: o que é importante valorizar numa candi-datura, para que servem os cargos X, Y, Z, onde buscar informações sobre o passado dos candidatos e sobre o programa dos partidos, quem investe nestas candida-turas, que promessas são possíveis de serem realiza-das. Uma terceira atitude é dentro da própria dinâmica da comunidade. Ter clareza sobre as escolhas das lide-ranças dos nossos grupos pastorais e de movimentos. Uma quarta atitude é referente à vivência nos grupos juvenis. Eles precisam ser espaços de conversa sobre a realidade humana, política e social.

STA - O que um jovem cristão tem de levar em conta na hora de escolher o seu candidato?RO - Para os cargos executivos (presidente, governador ou prefeito), eu recomendaria que fosse visto quem é que apoia esta candidatura. Nesta hora, pessoalmente, analisaria o histórico dos partidos. Para os cargos legis-lativos (senador, deputados, vereador) vale uma análi-se semelhante, mas com outra finalidade. Os partidos fazem coligação e em razão do quociente eleitoral, as coligações mais votadas elegem mais legisladores. Isto significa que se votamos num candidato do partido A que está coligado com o partido B, podemos estar aju-dando a eleger candidatos deste último também. Ana-lise também o passado do seu candidato. Ele é “ficha-limpa”? E por último, não é recomendável votar em candidatos ou partidos cujas plataformas de governo ou bandeiras políticas não estejam condizentes com os valores da ética, da vida humana, da participação popular.

STA - De que forma ele pode se informar das considera-ções da Igreja?RO - Sempre antes das eleições, a CNBB lança algumas considerações sobre o evento. É sempre bom estar atento a elas. Estas análises estão disponíveis no site da instituição e servem de debate para os nossos gru-pos paroquiais e comunitários.

STA - Você vê futuro nessa juventude de hoje no que se refere ao engajamento político?

RO - Certamente. Afinal, como eu disse antes, há vá-rias juventudes. E sempre existirão os mais engajados e os que não querem saber. A tendência da maioria das pessoas é achar que estes últimos são a cara única da juventude. Não o são.

STA - Deixe uma mensagem para os jovens da paróquia Santa Teresinha.RO - Não existe fator de conversão mais poderoso que o poder do testemunho. A nossa causa, como jovens cristãos, é a mesma de Jesus. Seu pedido a nós foi de levar a Boa Notícia aos quatro cantos do mundo. São Francisco de Assis nos deixou uma frase memorável neste sentido: “Pregue o Evangelho o tempo todo. Se necessário, use palavras”. Divulguemos a Boa Notícia de Jesus, que veio ao mundo para que todos tivessem vida e vida em abundância. E que nosso testemunho possa ser dado preferencialmente de forma grupal. Assim ele terá mais força e coerência. Grande abraço a todos e todas.

A vivência nos grupos juvenis precisa ser um

espaço de conversa sobre a realidade humana,

política e social

É importante que o jovem seja politizado para

que possa usar seu potencial e mudar a sociedade