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nardinho68
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1
E-book de auditoria
Agente Fiscal de Rendas de So Paulo
*Atualizado com o EDITAL de 2013
HTTPS://www.facebook.com/lu_salvetti
HTTP://www.euvoupassar.com.br/professor/
2
Caro amigo(a) concurseiro(a),
Ontem, dia 03 de janeiro de 2013, foi publicado o edital da
prova para Agente Fiscal de Rendas de SP. O contedo de auditoria
O MESMO do que foi cobrado em 2009, exceto pelos assuntos
extras*.
Assuntos extras so os assuntos que no so de auditoria, e
encontram-se no final do contedo programtico, que envolvem contabilidade, TI e legislao tributria, portanto, no abordarei neste
e-book.
Anlise do Edital
O edital de 2013 no trouxe novidades na matria de auditoria com relao ao edital de 2009. No entanto, dentro da matria de
auditoria, esto sendo cobrados alguns temas extras* (contabilidade, legislao e TI), que so:
1 Resoluo CFC n 1.374/2011: Editou a NBC TG -Estrutura conceitual para elaborao e divulgao de relatrio contbil-
financeiro. Disponvel em:
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/0
01374
2 Contabilidade Regulatria - RN n 396/2010 ANEEL: Essa
Resoluo Normativa tem o carter de atualizar o tratamento contbil
ao setor eltrico. Disponvel em:
http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010396.pdf
3 Pronunciamentos do CPC: Todos estes pronunciamentos esto sendo cobrados na matria de Contabilidade Avanada, que
so: CPC n. 06-Operaes de Arrendamento Mercantil; CPC n. 07-Subveno e Assistncia Governamental; CPC n. 12-Ajuste a Valor
Presente; CPC n. 16-Estoques; CPC n. 27-Ativo Imobilizado e CPC n. 30-Receitas. Disponvel em:
http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php
4 Prova digital - Medida Provisria n 2200-2 de
24/10/2001:Assinatura digital - certificado digital - criptografia. Disponvel em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/Antigas_2001/2200-2.htm
5 Nota Fiscal Eletrnica (NF-e) - RICMS-SP art 212 O a 212
Q:Disponvel em: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao/
6 EFD - Convnio 143/2006 e RICMS-SP art. 250-A: Disponvel em:
3
http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/convenios/icms/2006/CV14
3_06.htme http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao/
Para os que j vinham estudando a matria de auditoria,
fiquem tranquilos, pois, na matria de auditoria em si no tivemos modificaes de contedo. Sobre os assuntos extras, eu sugiro a
leitura rpida dos itens descritos acima (direto na fonte j que so curtos).
Com relao aos CPCs, como so abordados em contabilidade avanada, basta dedicar l que cobrir aqui tambm. Eu recomendo o
material do professor Gabriel Rabelo, comercializado no estratgia concursos, pois bem direto, objetivo e claro.
ATENO!! Fiquem atentos aos CPCs citados, pois uma tima possibilidade de cobrana de questes mais elaboradas (complexas),
no estilo da prova do ISS SP de 2012 (ateno ao CPC n 30, pois foi aprovado em outubro de 2012).
Sero 10 questes desta matria, cobradas na prova 2, de um total de 80 (12,5%). Sendo assim, como preciso fazer 50% por
prova - item 9.1.1 do edital, julgo ser importante garantir estes
pontinhos para no serem eliminados da prova, alm de ser uma matria com timo custo vs benefcio(pouco tempo estudado
possibilita uma nota razovel).
A aula demonstrativa encontra-se neste link:
http://www.4shared.com/office/xprCgUL1/Aula_Demonstrativa_ICMS
_SP.html
Informaes sobre o autor:
Formao: Administrao de Empresas pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul - UFMS (2008)
Cargo Atual: Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro
(AFRE-RJ)
Concursos aprovado:
41 lugar - Banco do Brasil (2006) - Aprovado com 18 anos
11 lugar - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Rondnia - ICMS
RO 2010 - Aprovado com 22 anos
19 lugar - Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro -
ICMS RJ 2010 - Aprovado com 22 anos
Cursos online, livros e outras atividades:
1) Vdeo-Aula: www.euvoupassar.com.br
4
2) Livro 1001 questes comentadas de auditoria ESAF, pela Ed.
Mtodo
link:
http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_pr
oduto=2757
3) Professor de auditoria no: http://www.tecconcursos.com.br/
4) Colaborador no: http://www.forumconcurseiros.com/forum/
Como adquirir este e-book:
Basta enviar um email com seu nome completo para:
[email protected], em seguida, voc receber as
instrues de como efetuar o pagamento.
*obs. O email deve ser enviado do usurio (endereo) que receber o
material.
Caractersticas do E-book p/ ICMS SP:
Pgina: 438
Exerccios Comentados: 162
Mapas Mentais: 120
*Atualizao Gratuita se o edital trouxer alterao
No intuito de colaborar na parte de planejamento de estudo, divulgo
aqui o link do meu depoimento sobre minha trajetria como
concurseiro, onde descrevo com detalhes meu planejamento,
mtodos, ciclos de estudo e muito mais:
http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=27622
5.
Agora vamos ao que interessa: Estrutura do curso
O curso ser de Teoria e Exerccios, principalmente da Fundao
Carlos Chagas (FCC), j que a banca que vem realizando os ltimos
certames para este cargo.
Meu objetivo MASTIGAR a matria para vocs e, para isso, vou
tratar de abordar a parte terica de forma totalmente objetiva,
concisa e esquematizada. Vou usar e abusar de tabelas, esquemas,
5
grficos e outras tcnicas de estudo, de forma que vocs possam
absorver de forma mais fcil esta matria.
Alm disso, sero cerca de 162 exerccios, a maioria deles da FCC,
com as devidas resolues, de forma que vocs possam treinar de
forma exaustiva, afinal, estamos cansados de saber que no existe
outra forma melhor do que a resoluo de exerccios para
aprimoramento do conhecimento nas matrias.
Este curso ser dividido em 13 captulos, abordando os 22 itens
relacionados no edital utilizado pela Fundao Carlos Chagas na
aplicao da prova para Fiscal de Rendas SP em 2009, como
detalhado abaixo:
Captulo Assunto Fonte
01 Auditoria: Conceitos e Objetivos; Distino entre auditoria interna,
auditoria independente e percia contbil
NBC TA 200, NBC TI 01, NBC PI 01, NBC
PP 01.
02 Superviso e Controle de
Qualidade
NBC PA 01, NBC TA
220.
03 Normas de execuo dos trabalhos
de auditoria; Relevncia; Risco de Auditoria
NBC TA 200, NBC TA
320.
04 Estudo e avaliao do sistema
contbil e de controles internos; evidncia em auditoria; avaliao
do negcio.
NBC TA 315, NBC TA
500, NBC TA 501.
05 Procedimentos de auditoria. Teste
de controle e procedimentos substantivos (testes de
observncia e teste substantivos)
NBC TA 330, NBC TA
450, NBC TA 505, NBC TA 520.
06 Fraude e Erro; Planejamento; Amostragem: tamanho, tipos e
avaliao dos resultados.
NBC TA 240, NBC TA 300, NBC TA 530.
07 Continuidade normal dos negcios da entidade; Processamento
eletrnico de dados (PED)
NBC TA 570.
08 Documentao de auditoria
(papis de trabalho); Representao Formal (carta de
NBC TA 230, NBC TA
580.
6
responsabilidade da administrao).
09 Estimativas Contbeis; Transaes
com partes relacionadas
NBC TA 540, NBC TA
550.
10 Transaes e eventos subsequentes; Contingncias
NBC TA 560, NBC TG 25
11 Relatrio do Auditor Independente: Opinio do auditor
e Modificao de opinio; Pargrafo de nfase e outros.
(parecer do auditor).
NBC TA 700, NBC TA 705, NBC TA 706
12 Princpios fundamentais de contabilidade e estrutura
conceitual para a elaborao e apresentao das demonstraes
contbeis
Resolues 750/93, 774/94, 1.121/08 do
CFC
Devo lembr-los de que, caso o edital traga alguma alterao, eu a
farei a atualizao de forma GRATUITA para os que j adquiriram
(da mesma forma que fiz com o e-book pra RFB), em um prazo
razovel para os senhores conseguirem se preparar com
tranquilidade para a prova.
Se voc quer alcanar o que poucos alcanam, faa o que
poucos esto dispostos a fazer.
7
ndice
Captulo 01 ................................................................ Pgina 07
Captulo 02 ................................................................ Pgina 49
Captulo 03 ................................................................ Pgina 78
Captulo 04 ................................................................ Pgina 115
Captulo 05 ................................................................ Pgina 154
Captulo 06 ................................................................ Pgina 198
Captulo 07 ................................................................ Pgina 258
Captulo 08 ................................................................ Pgina 280
Captulo 09 ................................................................ Pgina 316
Captulo 10 ................................................................ Pgina 352
Captulo 11 ................................................................ Pgina 388
Captulo 12 ................................................................ Pgina 428
Bibliografia................................................................ Pgina 436
8
Estrutura do captulo 01:
1. Auditoria Independente
1.1. Responsabilidade da Administrao da Entidade Auditada
1.2. Objetivos Gerais do Auditor
1.3. Competncia Tcnico-Profissional do Auditor Independente
1.4. Independncia
1.4.1 Ameaas Independncia
1.5. Honorrios
1.6. Sigilo
2. Auditoria Interna
2.1. Relatrio do Auditor Interno
2.2. Aspectos Profissionais do Auditor Interno
2.2.1. Autonomia Profissional
2.2.2. Responsabilidade na execuo do trabalho
2.2.3. Sigilo
2.2.4. Cooperao com o Auditor Independente
3. Percia Contbil
4. Distino entre auditoria interna, auditoria independente.
5. Exerccios Comentados
6. Lista de Exerccios
9
Captulo 01 Auditoria: Conceitos e Objetivos; Distino entre
auditoria interna, auditoria independente e percia contbil
1 Auditoria Independente (de Demonstraes Contbeis).
De acordo com a NBC TA 200, o objetivo da auditoria
aumentar o grau de confiana nas demonstraes contbeis por parte
dos usurios.
Isso alcanado mediante a expresso de uma opinio pelo
auditor sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura
de relatrio financeiro aplicvel.
Agora, os senhores sabem o que o relatrio financeiro
aplicvel? Pois bem, no Brasil, nada mais do que o conjunto
completo de demonstraes contbeis, ou seja: balano patrimonial,
demonstrao do resultado, demonstrao das mutaes do
patrimnio liquido, demonstrao dos fluxos de caixa e respectivas
notas explicativas. Devo ressaltar que para as companhias abertas,
inclui-se a demonstrao do valor adicionado.
sempre importante salientar que a auditoria conduzida em
conformidade com as normas de auditoria e exigncias ticas
relevantes capacita o auditor a formar essa opinio.
ATENO!!!!! A opinio do auditor no assegura, por exemplo, a
viabilidade futura da entidade nem a eficincia ou eficcia com a qual
a administrao conduziu os negcios da entidade.
1.1 Responsabilidade da administrao da entidade
As NBC TAs no impem responsabilidades administrao ou
aos responsveis pela governana e no se sobrepe s leis e
regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a
auditoria em conformidade com as normas de auditoria conduzida
com base na premissa de que a administrao e, quando
apropriado, os responsveis pela governana tm conhecimento de
certas responsabilidades que so fundamentais para a conduo da
auditoria, que so:
a) pela elaborao das demonstraes contbeis em
conformidade com a estrutura de relatrio financeiro aplicvel,
incluindo quando relevante sua apresentao adequada;
10
b) pelo controle interno que os administradores e, quando
apropriado, os responsveis pela governana determinam ser
necessrio para permitir a elaborao de demonstraes contbeis
que estejam livres de distoro relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro;
c) por fornecer ao auditor:
i) acesso a todas as informaes, que a administrao e,
quando apropriado, os responsveis pela governana tenham
conhecimento e que sejam relevantes para a elaborao e
apresentao das demonstraes contbeis tais como: registros
e documentao, e outros assuntos;
ii) informaes adicionais que o auditor possa solicitar da
administrao e, quando apropriado, dos responsveis pela
governana para a finalidade da auditoria; e
iii) acesso irrestrito s pessoas da entidade, que o auditor
determine ser necessrio obter evidncias de auditoria.
ESQUEMA:
Alm de outra condies prvias para uma auditoria,
estabelecida pela NBC TA 210, exige-se que o auditor obtenha a
concordncia da administrao e, quando apropriado, dos
Responsabilidades da Administrao
Elaborao das demonstraes contbeis
Controle Interno
Fornecer ao auditor
Acesso a todas informaes
Informaes adicionais
Acesso irrestrito as
pessoas
11
responsveis pela governana, de que eles tm responsabilidades
(descritas acima).
A estrutura de relatrio financeiro aplicvel muitas vezes
abrange normas de contabilidade estabelecidas por organizao
normatizadora autorizada ou reconhecida ou por exigncias
legislativas ou regulamentares.
No caso do Brasil, prticas contbeis adotadas no Brasil
compreendem:
a) a legislao societria brasileira;
b) as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo CFC;
c) os pronunciamentos, as interpretaes e as orientaes emitidos
pelo CPC e homologados pelos rgos reguladores; e
d) as prticas adotadas pelas entidades em assuntos no regulados,
desde que atendam Estrutura Conceitual para a Elaborao e
Apresentao das Demonstraes Contbeis emitida pelo CFC e, por
conseguinte, em consonncia com as normas contbeis
internacionais.
Quando existem conflitos entre a estrutura de relatrio
financeiro aplicvel e as fontes em que orientao sobre sua
aplicao pode ser obtida, ou entre as fontes que abrangem a
estrutura de relatrio financeiro, a fonte com a mais alta
autoridade prevalece.
importante destacar que o auditor deve obter segurana
razovel de que as demonstraes contbeis como um todo esto
livres de distoro relevante, independentemente se causadas por
fraude ou erro.
ATENO!!! Assegurao razovel no um nvel absoluto de
segurana porque h limitaes inerentes em uma auditoria.
Alm disso, a opinio do auditor considera as demonstraes
contbeis como um todo e, portanto, o auditor no responsvel
pela deteco de distores que no sejam relevantes para as
demonstraes contbeis como um todo.
12
As NBC TAs exigem que o auditor exera o julgamento
profissional e mantenha o ceticismo profissional ao longo de todo o
planejamento e na execuo da auditoria e, entre outras coisas:
a) Identifique e avalie os riscos de distoro relevante,
independentemente se causados por fraude ou erro, com base
no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o
controle interno da entidade;
b) Obtenha evidncia de auditoria apropriada e suficiente para
concluir se existem distores relevantes por meio do
planejamento e aplicao de respostas (procedimentos de
auditoria) apropriadas aos riscos avaliados;
c) Forme uma opinio a respeito das demonstraes contbeis com
base em concluses obtidas das evidncias de auditoria obtidas.
A forma da opinio expressa pelo auditor depende da estrutura de
relatrio financeiro aplicvel e de lei ou regulamentos aplicveis.
1.2 Objetivos Gerais do Auditor.
Em todos os casos em que no for possvel obter segurana
razovel e a opinio com ressalva no relatrio do auditor for
insuficiente nas circunstncias, as NBC TAs requerem que o auditor
Objetivos gerais do
auditor so
obter segurana razovel de que as demonstraes contbeis como um todo
esto livres de distoro relevante, independentemente se causadas por
fraude ou erro.
expressar sua opinio sobre se as demonstraes contbeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatrio financeiro aplicvel
apresentar relatrio sobre as demonstraes contbeis e comunicar-se
como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constataes do
auditor
13
se abstenha de emitir sua opinio ou renuncie ao trabalho, quando a
renncia for possvel de acordo com lei ou regulamentao aplicvel.
1.3 Competncia Tcnico-Profissional do Auditor
Independente
O auditor independente deve manter seu nvel de competncia
profissional pelo conhecimento atualizado dos(as):
i) Princpios Fundamentais de Contabilidade;
ii) Normas Brasileiras de Contabilidade;
iii) Tcnicas contbeis (especialmente na rea de auditoria);
iv) Legislao inerente profisso;
v) Conceitos e tcnicas administrativas; e
vi) Legislao especfica aplicvel entidade auditada.
Para aceitar o trabalho de auditoria, o auditor deve ter
conhecimento da atividade da entidade auditada, conseguindo
identificar e compreender as transaes e prticas contbeis
utilizadas que possam ter efeitos relevantes.
O auditor deve obter conhecimento preliminar da atividade da
entidade, junto administrao, conforme exposto abaixo:
Conhecimento preliminar da
atividade da empresa
Estrutura Organizacional
Complexidade das operaes
Grau de exigncia requerido
14
ATENO!! O auditor deve recusar o trabalho quando sempre que
reconhecer no estar adequadamente capacitado para desenvolv-
los.
1.4 Independncia
O termo Independncia compreende, segundo a NBC PA 290, a
Independncia de pensamento e a aparncia de independncia, como
destaco abaixo:
1) Independncia de pensamento
Postura que permite a apresentao de concluso que no sofra
efeitos de influncias que comprometam o julgamento profissional,
permitindo que a pessoa atue com integridade, objetividade e
ceticismo profissional.
2) Aparncia de independncia
Evitar fatos e circunstncias que sejam to significativos a ponto de
que um terceiro com experincia, conhecimento e bom senso
provavelmente concluiria, ponderando todos os fatos e circunstncias
especficas, que a integridade, a objetividade ou o ceticismo
profissional da firma, ou de membro da equipe de auditoria ficaram
comprometidos.
Os conceitos sobre a independncia devem ser aplicados por
auditores para:
Independncia
Independncia de pensamento
No sofrer influncia para
concluir
Aparncia de independncia
Permitir terceiros com experincia, conhecimento e
bom-senso
15
Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas no
esto disponveis ou no podem ser aplicadas para eliminar as
ameaas ou reduzi-las a um nvel aceitvel, o auditor deve
eliminar a circunstncia ou relacionamento que cria as
ameaas, declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. O
auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes conceitos
sobre a independncia.
1.4.1 Ameaas independncia
Ameaas podem ser criadas por ampla gama de relaes e
circunstncias. Quando um relacionamento ou circunstncia cria uma
Identificar as ameaas
Avaliar a importncia das
ameaas identificadas
Aplicar as salvaguardas
Categorias
Interesse Prprio
Influenciar de forma no apropriada o julgamento ou
comportamento
Autorreviso No avaliar apropriadamente
por ter sido feito por ele mesmo (ou mesma equipe)
Defesa de interesse do
cliente
Auditor defender o cliente de forma a comprometer sua
objetividade
Familiaridade Relacionamento longo ou
prximo com o cliente
Intimidao Presses reais ou aparentes (indevidas) sobre o auditor
16
ameaa, essa ameaa pode comprometer, ou pode ser vista como se
comprometesse, o cumprimento dos princpios fundamentais por um
auditor. Uma circunstncia ou relacionamento podem criar mais de
uma ameaa, e uma ameaa pode afetar o cumprimento de mais de
um princpio fundamental.
As ameaas se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a
seguir:
a) ameaa de interesse prprio a ameaa de que interesse
financeiro ou outro interesse influenciar de forma no
apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;
b) ameaa de autorreviso a ameaa de que o auditor no
avaliar apropriadamente os resultados de julgamento dado
ou servio prestado anteriormente por ele, ou por outra
pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiar para
formar um julgamento como parte da prestao do servio
atual;
c) ameaa de defesa de interesse do cliente a ameaa de
que o auditor promover ou defender a posio de seu
cliente a ponto em que a sua objetividade fique
comprometida;
d) ameaa de familiaridade a ameaa de que, devido ao
relacionamento longo ou prximo com o cliente, o auditor
tornar-se- solidrio aos interesses dele ou aceitar seu
trabalho sem muito questionamento;
e) ameaa de intimidao a ameaa de que o auditor ser
dissuadido de agir objetivamente em decorrncia de presses
reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influncia
indevida sobre o auditor.
1.5 Honorrios
Estabelecer honorrios profissionais de auditoria independente
de demonstraes contbeis geralmente uma questo de cunho
comercial, entretanto, existem aspectos ticos a serem observados.
O auditor deve estabelecer e documentar seus honorrios,
considerando os seguintes fatores:
17
O estabelecimento dos honorrios de auditoria pode, em
determinados casos, ferir a tica, produzir o conflito de interesses e
at se caracterizar como perda de independncia;
Os honorrios dos servios de auditoria devem ser compatveis
com a avaliao de risco do trabalho em perspectiva, com os
investimentos em formao e tecnologia, com a remunerao dos
profissionais que iro participar dos trabalhos.
ATENO!! No admitida a cobrana de honorrios que no leve
em conta todo o investimento mencionado.
O exerccio da atividade de auditoria independente requer:
i) Formao do curso superior em Cincias Contbeis;
ii) Exame de Suficincia;
iii) registro no Conselho Regional de Contabilidade;
iv) Exame de qualificao tcnica;
v) Educao profissional continuada obrigatria;
vi) Outros conhecimentos correlatos.
Fatores a serem considerados
Relevncia, vulto, complexidade, custo dos servios
Nmero de horas estimadas para realizao
Ser cliente eventual, habitual ou permanente
Qualificao tcnica dos profissionais
Lugar (custo de viagens e estadas)
18
O estabelecimento de honorrios inferiores queles que
considerem os aspectos descritos acima, caracterizar-se- como
comportamento inadequado do auditor independente, constituindo
infrao ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista.
Alm disso, no admitida a cobrana de honorrios para servios
de auditoria inferiores aos considerados adequados nos termos
desta Interpretao Tcnica, visando a sua recuperao ou
compensao com outros servios j prestados ou a serem prestados
ao cliente pelo auditor independente, ou quaisquer partes a ele
relacionadas.
Por fim, de acordo com a NBC PA 290, no permitido a cobrana
de Honorrios Contingentes, conforme transcrevo abaixo:
224. Honorrios contingentes so honorrios calculados
sobre uma base pr-determinada relacionada com o
resultado de transao ou o resultado dos servios prestados
pela firma. Para fins desta Norma, os honorrios no so
considerados contingentes se estabelecidos por tribunal ou
outra autoridade pblica.
225. Honorrios contingentes cobrados direta ou indiretamente
pela firma, por exemplo, por meio de intermedirio, em relao
ao trabalho de auditoria criam ameaa de interesse prprio to
significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a
ameaa a um nvel aceitvel. Consequentemente, a firma
no deve firmar qualquer acordo de honorrios desse
tipo. (meu grifo)
1.6 Sigilo.
Sigilo do auditor com...
Entidade auditada
Outros auditores
Organismos reguladores e fiscalizadores
Demais terceiros
19
Exceo: De acordo com o item 1.6.2.4 da NBC P1.6, temos que:
1.6.2.4 O Auditor Independente, quando solicitado, por escrito e
fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade
e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as
informaes obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pr-
contratao dos servios, a documentao, papis de trabalho,
relatrios e pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi
realizado de acordo com as Normas de Auditoria Independente das
Demonstraes Contbeis, da presente norma e das demais normas
legais aplicveis.
O auditor deve manter sigilo com relao s informaes
obtidas durante o seu trabalho, no as divulgando, sob nenhuma
circunstncia, sem autorizao expressa da entidade, salvo
quando houver obrigao legal de faz-lo. Esta autorizao deve ser
dada, por escrito, pela administrao da entidade, contendo de
forma clara e objetiva os limites das informaes a serem fornecidas.
Contendo esta autorizao, o auditor dever fornecer as
informaes que forem julgadas necessrias ao trabalho do auditor
independente que o suceder.
ESQUEMATIZANDO:
ATENO!! O dever de manter o sigilo prevalece para os auditores, mesmo aps terminados os compromissos
contratuais.
Fornecer informao quando autorizado por escrito pela entidade...
Auditor independente que o suceder
Demais terceiros
Fornecer informao sem necessidade de
autorizao da entidade..
Conselho Federal e Regional de
Contabilidade (CFC e CRC)
Obs. Deve ser feita solicitao
por escrita e fundamentada
20
2 Auditoria Interna
Senhores, de acordo com a NBC TI 01, a auditoria interna
compreende os exames, anlises, avaliaes, estruturados para
a avaliao da integridade, adequao, eficcia, eficincia e
economicidade dos processos, dos sistemas de informaes e de
controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
risco, com vistas a assistir administrao da entidade no
cumprimento de seus objetivos.
Devo destacar que o objetivo da auditoria interna, ainda de
acordo com a NBC TI 01, de agregar valor ao resultado da
organizao, apresentando subsdios para o aperfeioamento dos
processos, da gesto e dos controles internos, por meio da
recomendao de solues para as no-conformidades
apontadas nos relatrios.
2.1 Relatrio da Auditoria Interna
O relatrio da Auditoria Interna o documento pelo qual a Auditoria
Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, sendo
entregue a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este
autorizar.
ATENO!! Caso necessrio, pode ser emitido um Relatrio
Parcial, quando constatar impropriedades, irregularidades ou
ilegalidades que necessitem providncias imediatas da administrao
(no podendo aguardar o final dos exames).
Exames, Anlises,
Avaliaes da...
Integridade, Adequao, Eficcia, Eficincia,
Economicidade dos...
Processos
Sistemas de informaes
Controles internos
21
2.2 - Aspectos Profissionais do Auditor Interno
2.2.1 - Autonomia Profissional
O auditor interno, no obstante sua posio funcional, deve
preservar sua autonomia profissional.
2.2.2 - Responsabilidade na execuo dos trabalhos
O auditor interno deve ter o mximo de cuidado, imparcialidade
e zelo, sendo que sua responsabilidade est limitada sua rea de
atuao. Alm disso, pode ser prestada assessoria ao Conselho Fiscal
ou rgos equivalentes, quando solicitado.
2.2.3 - Sigilo
O auditor no pode divulgar a terceiros, informaes obtidas durante
o seu trabalho, sob nenhuma circunstncia, sem autorizao expressa
da Entidade em que atua, continuando tal sigilo aps o trmino do
vnculo empregatcio ou contratual.
Caractersticas do auditor interno
Competncia Tcnico-
Profissional:
Manter-se atualizado
com as NBCs, tcnicas
contbeis, legislaes,
etc.
Autonomia Profissional:
No obstante sua posio funcional,
deve preservar sua
autonomia profissional
Responsabilidade na execuo dos
trabalhos:
Ter o mximo de imparcialidade, zelo, cuidado,
sendo que ela est limitada sua rea
de atuao.
Sigilo:
No divulgar a terceiros,
informaes obtidas
durante o seu trabalho sem autorizao expressa da
entidade
Cooperao com o auditor independente:
Quando previamente estabelecido,
deve apresentar
seus papis de trabalho ao
auditor independente
22
2.2.4 - Cooperao com o Auditor Independente
O auditor interno, quando previamente estabelecido com a
administrao da entidade em que atua, deve apresentar os seus
papis de trabalho ao auditor independente.
3 Percia Contbil
A percia contbil constitui o conjunto de procedimentos
tcnico-cientficos destinados a levar instncia decisria
elementos de prova necessrios a subsidiar justa soluo do
litgio ou constatao de um fato, mediante laudo pericial
contbil e/ou parecer pericial contbil, em conformidade com as
normas jurdicas e profissionais, e a legislao especfica no que for
pertinente.
Perito o contador regularmente registrado em Conselho Regional de
Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal,
devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e
experincias, da matria periciada
O laudo pericial contbil e o parecer pericial contbil tm por limite os
prprios objetivos da percia deferida ou contratada.
4 - Distino entre auditoria interna, auditoria independente.
Caractersticas do Auditor Independente
1) No possui vnculo empregatcio;
2) independente com relao a entidade auditada;
3) Realiza auditoria contbil;
4) A verificao pontual;
5) O objetivo emitir opinio (atravs de relatrio) sobre a
adequao das demonstraes contbeis;
6) Deve ser Contador com registro no CRC.
7) SUSEP, BACEN, CVM, entre outros podem solicitar registro
tambm para realizar auditoria em empresas sob sua jurisdio.
23
Caractersticas do Auditor Interno
1) Possui vnculo empregatcio ( subordinado a administrao);
2) Tem autonomia profissional (tem um grau de independncia
menor);
3) Realiza auditoria contbil e operacional;
4) A verificao contnua;
5) Tem por objetivo agregar valor ao resultado da organizao
apresentando subsdios para o aperfeioamento dos processos, da
gesto e dos controles internos;
*6) Deve ser Contador com registro no CRC.
7) Pode emitir relatrio parcial.
*Ver questo 17 desta aula
24
5. Exerccios Comentados
01. (FCC 2007 - Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) Uma das diferenas entre o auditor independente e o auditor
interno que o primeiro:
a) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o
segundo, no.
b) est dispensado de recomendar modificaes nos controles
internos da entidade e o segundo, no.
c) precisa ter conhecimentos sobre tecnologia da informao e o
segundo, no.
d) no pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus
trabalhos por ele examinados e ao segundo, sim.
e) tem por obrigao emitir um parecer sobre as demonstraes
contbeis da entidade e o segundo, no.
Resoluo:
A legislao vigente a poca desta questo era a NBC T11, onde se
usava o termo parecer. Atualmente, a legislao vigente a NBC
TA 200. Vejam:
1- NBC T11: A auditoria das demonstraes contbeis constitui um
conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso
de parecer sobre a sua adequao (...)
2 NBC TA 200: O objetivo de uma auditoria aumentar o grau de
confiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso
alcanado mediante a expresso de uma opinio pelo auditor
sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes (...).
Com relao ao auditor interno, o mesmo no tem como objetivo
emitir parecer sobre as demonstraes contbeis. Segundo a NBC TI
01, a auditoria interna compreende os exames, anlises,
avaliaes, levantamentos e comprovaes metodologicamente
estruturados para a avaliao da integridade, adequao, eficcia,
eficincia e economicidade dos processos, dos sistemas de
informao e de controles internos integrados ao ambiente, e de
gerenciamento de riscos, com vistas a assistir administrao da
entidade no cumprimento de seus objetivos.
25
Ambos auditores devem ser contadores com registro no Conselho
Regional de Contabilidade, motivo pelo qual a alternativa A encontra-
se errada.
Emitir recomendaes sobre o sistema de controle interno objetivo
da auditoria interna, no entanto, o auditor independente tambm
descreve os principais problemas organizacionais, constatados no
curso do seu trabalho, emitindo recomendaes atravs de um
relatrio. Sendo assim, a alternativa B encontra-se errada.
O conhecimento sobre tecnologia da informao essencial tanto
para os auditores internos quanto para os externos, motivo pelo qual
a alternativa C encontra-se errada.
O auditor interno subordinado a mais alta esfera da administrao,
motivo pelo qual mantm sua autonomia funcional para desempenhar
seu trabalho sem influncia do avaliado, o que torna a alternativa D
errada.
Sendo assim, gabarito da questo alternativa E.
02. (FCC 2009 - Agente Fiscal de Rendas SP) O trabalho da
auditoria interna:
a) tem maior independncia que o de auditoria externa.
b) responsvel pela implantao e pelo cumprimento dos controles
internos.
c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
d) deve emitir parecer, que ser publicado com as demonstraes
contbeis.
e) deve efetuar a reviso e o aperfeioamento dos controles internos.
Resoluo:
a) ERRADO. Tem menor independncia por ser empregado da
empresa. No entanto, devo ressaltar que o auditor interno deve ter
independncia suficiente para garantir que seu trabalho no sofrer
influncia daqueles que tero seus trabalhos avaliados. Ou seja, o
auditor interno deve ser ligado a mais alta camada da administrao
da empresa, no sendo vinculado diretamente a nenhuma diretoria.
b) ERRADO. O auditor interno tem como objetivo avaliar a
efetividade dos sistemas de controle internos, verificando se esto
sendo aplicados, e no promover sua implementao e controle (mas
sim do acompanhamento e avaliao). A avaliao destes sistemas
26
em busca do seu aperfeioamento uma das diferenas com relao
ao auditor independente.
c) ERRADO. O auditor interno, mesmo sendo funcionrio da empresa,
mantm uma certa autonomia com relao empresa pois seu
trabalho no deve ter interferncia interna, sendo subordinado
apenas ao mais alto nvel da administrao da empresa (e no a
controladoria).
ATENO para a pegadinha!!
O auditor interno no subordinado a controladoria da empresa
d) ERRADO. A emisso de parecer (atualmente chamado de
opinio) sobre as demonstraes contbeis um dos objetivos
gerais do auditor independente, no do interno.
e) CORRETO.
Gabarito da questo, alternativa E.
03. (FCC 2007 Analista Judicirio TRF 2) Em relao s
diferenas entre as funes da auditoria externa e a auditoria interna,
considere:
I. Os auditores independentes tm a funo de ao constatarem
irregularidades ou deficincias nos controles internos da empresa
auditada, imediatamente propor e implantar procedimento alternativo
que garanta o processo.
II. A auditoria externa no est subordinada a diretoria e a
presidncia da empresa e a auditoria interna possui subordinao.
III. Todo auditor externo pode realizar trabalhos em qualquer
empresa de capital aberto, desde que mantenha relao de
parentesco at segundo grau.
Est correto o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
27
Resoluo:
Item I ERRADO. Veja que a alternativa erra ao afirmar que o
auditor independente responsvel em implantar procedimento
alternativo que garanta o processo. A finalidade da auditoria interna
agregar valor ao resultado da organizao, APRESENTANDO
subsdios para o aperfeioamento dos processos, da gesto e dos
controles internos, por meio da recomendao de solues para as
no-conformidades apontadas nos relatrios. (NBC TI 01, item
12.1.1.4)
Item II CORRETO.
Item III ERRADO. A alternativa erra ao afirmar que necessrio
manter relao de parentesco at segundo grau para poder realizar
trabalho de auditoria externa em empresa de capital aberto. Na
verdade, ter um parentesco com algum da administrao da
empresa comprometeria a independncia do auditor externo.
Gabarito da questo: Alternativa B (apenas item II correto)
04. (FCC 2005 AUDITOR TCE PI) As Normas Profissionais do
Auditor Interno ao mencionarem que o auditor interno, no obstante
sua posio funcional, deve preservar sua autonomia profissional
esto se referindo, ao que equivaleria em relao ao auditor externo,
a:
a) sua imparcialidade.
b) seu comedimento.
c) sua independncia.
d) sua capacitao.
e) seu treinamento.
Resoluo:
Esta questo faz um comparativo das prerrogativas necessrias para
exercer um trabalho livre de interferncia, comparando o auditor
interno e o auditor independente.
A Autonomia profissional garante ao auditor interno que seu trabalho
seja feito sem interferncia; no caso do auditor independente, o que
garante que o mesmo no sofra interferncia a sua independncia.
28
Encontramos na NBC PI 01, item 3.2.1, a previso de autonomia
profissional:
3.2.1 O auditor interno, no obstante sua posio funcional, deve
preservar sua autonomia profissional.
Gabarito da questo: Alternativa C.
05. (FCC 2005 Auditor TCE PI) As Normas da Auditoria Interna
estabelecem que o resultado dos trabalhos da auditoria deve ser
apresentado com objetividade e imparcialidade e expressando
claramente suas concluses, recomendaes e as providncias a
serem tomadas pela administrao da entidade, no:
a) relatrio de auditoria, apenas.
b) parecer de auditoria, apenas.
c) certificado de auditoria, apenas.
d) certificado ou parecer de auditoria.
e) relatrio ou parecer da auditoria.
Resoluo:
A auditoria interna ao concluir seus trabalhos deve gerar um
relatrio, documento pelo qual ela apresenta seus resultados. Este
relatrio deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou
a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do
seu contedo, sendo redigido com objetividade e imparciabilidade, de
forma a expressar claramente os resultados dos trabalhos realizados.
Caso sejam constatadas impropriedades, irregularidades ou
ilegalidades que necessitem providncias imediatas da administrao
da entidade, e que no possam aguardar o final dos exames, a
auditoria interna deve avaliar a necessidade de emisso de um
relatrio parcial. (NBC TI 01, item 12.3).
Gabarito da questo: Alternativa A.
06. (FCC 2005 Analista Judicirio - Contabilidade TRT) Dentre
as atividades da auditoria interna (controle interno) NO se inclui:
a) propor ajustes contbeis.
b) auxiliar a alta administrao.
29
c) efetuar reviso analtica das contas.
d) assegurar a fidedignidade das demonstraes contbeis.
e) examinar continuamente as atividades.
Resoluo:
Quem verifica e assegura a fidedignidade das demonstraes
contbeis so os auditores independentes, o restante est no rol de
atividades desempenhadas pelo Auditor Interno, conforme NBC TI 01.
Gabarito da Questo: Alternativa D.
07. (FCC 2005 Analista Judicirio - Contabilidade TRT) So
objetivos da auditoria interna, EXCETO:
a) avaliar a eficcia dos controles internos existentes na entidade.
b) levantar os sistemas de informaes existentes na entidade.
c) comprovar a integridade de gerenciamento de riscos da entidade.
d) executar a implantao dos controles internos da entidade.
e) assistir administrao da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
Resoluo:
Lembrem-se: auditor no implementa, sugere. O objetivo da
auditoria interna fornecer subsdios para o aperfeioamento dos
processos, por meio da recomendao de solues para as no
conformidades apontadas nos relatrios.
Gabarito da questo: Alternativa D.
08. (FCC 2006 Analista Judicirio TRT - Contabilidade)
Considere as seguintes assertivas:
I. A Auditoria Externa ou Independente compreende os exames,
anlises, avaliaes, levantamentos e comprovaes,
metodologicamente estruturados para a avaliao da integridade,
adequao, eficcia, eficincia e economicidade dos processos, dos
sistemas de informaes e de controles internos integrados ao
30
ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir
administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos.
II. A Auditoria Interna deve assessorar a administrao da entidade
no trabalho de preveno de fraudes e erros, obrigando-se a inform-
la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer
indcios ou confirmaes de irregularidades detectadas no decorrer de
seu trabalho.
III. O objetivo principal da Auditoria Independente est voltado para
a emisso de parecer sobre a adequao das demonstraes
financeiras e contbeis das organizaes.
IV. Os procedimentos de Auditoria Interna constituem exames e
investigaes, incluindo testes de observncia e testes substantivos,
que permitem ao auditor interno obter subsdios suficientes para
fundamentar suas concluses e recomendaes administrao da
entidade.
Est correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III, e IV.
e) III e IV.
Resoluo:
Item I ERRADO. Este item se refere Auditoria Interna, e no
auditoria externa (independente). uma cpia literal da definio
trazida pela norma NBC TI 01, em seu item 12.1.1.3.
Item II CORRETO. Tal obrigao de comunicar sempre por escrito,
de maneira reservada, a administrao da entidade sobre possveis
irregularidades est prevista no item 12.1.3.1 da norma NBC TI 01.
Item III CORRETO. Com revogao da NBC T 11, foi substitudo o
termo parecer para opinio, no tendo mais distino com a
auditoria interna, j que ambos auditores agora concluem seus
trabalhos em um relatrio.
Item IV CORRETO. Transcrio literal do item 12.2.3.1 da norma
NBC TI 01.
Gabarito da questo: Alternativa D (II, III e IV corretos).
31
ATENO!! Auditor independente no tem como objetivo a
identificao de erros e fraudes. Essa responsabilidade
primordialmente da EMPRESA auditada.
09. (FCC 2008 Analista Tcnico de controle externo Obras
Pblicas TCE AM) O auditor interno, ao desenvolver trabalho na
rea de recursos humanos, constatou, na base de clculo da folha de
pagamentos do ms, o nome de funcionrio desligado da empresa h
quatro meses. O auditor interno emitiu relatrio parcial para informar
administrao da empresa a irregularidade e permitir que medidas
corretivas fossem realizadas. Com base nas normas de auditoria
interna, o auditor
a) deveria ter aguardado o trmino dos trabalhos para elaborar o
relatrio.
b) tem a opo de informar ou no os fatos apurados administrao
da empresa.
c) est obrigado a proceder a comunicao verbal de fatos desta
natureza e inform-los, posteriormente, em relatrio final.
d) procedeu corretamente em conformidade com as normas de
emisso dos relatrios de auditoria interna.
e) observou que nas normas relativas ao relatrio de auditoria
interna no h previso de procedimentos a serem aplicveis nesses
casos.
Resoluo:
Alternativa A INCORRETO. No necessrio aguardar o trmino dos
trabalhos quando o auditor interno constata impropriedades ou
irregularidades que necessitem de providncias imediatas da
administrao. Como pode-se perceber no enunciado da questo, o
funcionrio j estava desligado da empresa h 4 meses, sendo
totalmente plausvel a emisso de um relatrio parcial, em acordo
com a NBC TI 01, item 12.3.4, para evitar maiores prejuzos a
empresa.
Alternativa B INCORRETO. O auditor no tem a opo de informar
ou no. Fato apurado deve ser relatado no relatrio, de forma que a
administrao (contratante do auditor) tenha conhecimento dos
resultados do trabalho do auditor interno.
32
Alternativa C INCORRETO. A informao no precisa ser atravs do
relatrio final (pode ser no relatrio parcial, caso julgue necessrio),
assim como no deve ser verbal, mas por escrito.
Alternativa D CORRETO. NBC TI 01, item 12.3.4
Alternativa E INCORRETO. Temos a previso na NBC TI 01, item
12.3.4.
Gabarito da questo, alternativa D.
10. (FCC 2006 Analista Ministerial - MPE PE) regra e
princpio, em relao profisso do auditor independente, conforme
as normas Brasileiras de Contabilidade:
a) O auditor pode auditar seu prprio trabalho.
b) O auditor pode exercer funes gerenciais na entidade auditada.
c) O auditor pode promover interesses da entidade auditada.
d) O fato de o membro da entidade de auditoria atuar como diretor
da entidade auditada no caracteriza perda de independncia, todavia
aconselhvel a recusa da realizao do trabalho.
e) A rotao dos responsveis tcnicos pelos trabalhos na entidade
auditada possibilita renovao da objetividade e do ceticismo do
auditor.
Resoluo:
1) Independncia, segundo NBC TA 200, em seu item A16:
(...) A independncia do auditor frente entidade salvaguarda a
capacidade do auditor de formar opinio de auditoria sem ser
afetado por influncias que poderiam comprometer essa
opinio. A independncia aprimora a capacidade do auditor de atuar
com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo
profissional. (grifos meu).
2) Princpios fundamentais de tica profissional:
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competncia e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
33
(e) Conduta profissional.
Agora, respondendo a questo:
a) O auditor pode auditar seu prprio trabalho
ERRADO. Como o auditor poderia auditar seu prprio trabalho? Veja
que temos, neste caso, um conflito de interesse, prejudicando a
imparcialidade e outros aspectos necessrios para realizao de um
trabalho de auditoria independente.
b) O auditor pode exercer funes gerenciais na entidade auditada
ERRADO. Se o auditor exercer funo gerencial na empresa, ele
compromete a sua independncia ao realizar o trabalho de auditoria
da mesma sociedade empresria. Novamente teramos conflito de
interesse o que prejudicaria sua independncia.
c) O auditor pode promover interesses da entidade auditada
ERRADO. No necessita de maiores comentrios n?
d) O fato de o membro da entidade de auditoria atuar como diretor
da entidade auditada no caracteriza perda de independncia, todavia
aconselhvel a recusa da realizao do trabalho
ERRADO. Atuar como diretor da entidade auditada caracteriza a
perda de independncia por estar subordinado aos interesses da
mesma.
e) A rotao dos responsveis tcnicos pelos trabalhos na entidade
auditada possibilita renovao da objetividade e do ceticismo do
auditor
CORRETO. Rotao de cargos uma das formas de conseguir
manter a independncia do auditor, manter seu nvel de qualidade e
evitar que o tempo no cargo exercido faa com que o mesmo seja
menos atencioso, cuidadoso e ctico.
Vejamos o item 25b da NBC PA 01: requer o rodzio do scio
encarregado do trabalho e das pessoas responsveis pela reviso do
controle de qualidade do trabalho (...).
11. (FCC 2006 Analista Judicirio TRT Contabilidade) Em
relao s normas profissionais dos servios de auditoria correto
afirmar:
34
a) Servios de auditoria interna prestados para uma empresa
auditada por uma entidade de auditoria independente no
caracterizam perda de independncia.
b) Recebimento de presentes ou brindes caracteriza perda de
independncia em qualquer situao, mesmo sendo de insignificante
valor.
c) No caracteriza perda de independncia a prestao, pela entidade
de auditoria, de servios relacionados com a resposta de solicitao
de anlise e concluso sobre estruturao tributria elaborada pela
administrao da entidade auditada ou por terceiros por ela
contratados.
d) necessrio, para impedir a perda de objetividade, aplicar a
rotao do pessoal de liderana da equipe de auditoria a intervalos
menores ou iguais a trs anos consecutivos e intervalo mnimo de
cinco anos para retorno do pessoal de liderana equipe, excluindo-
se destas restries as entidades de auditoria de pequeno porte.
e) O estabelecimento de honorrios contingenciais no produz
conflito de interesse, no ocasionando, portanto, perda de
independncia.
Resoluo:
Mais uma questo questionando sobre a perda ou no de
independncia do auditor, diante de determinadas situaes. Vamos
analisar uma a uma.
A) Esta alternativa est incorreta ao afirmar que se o auditor
independente realizar uma auditora interna no ter a perda de
independncia. A auditoria interna sofre influncia na realizao do
seu trabalho (afinal, age de acordo com o direcionamento (objetivo)
dado pela empresa), comprometendo a independncia que o auditor
independente dever ter.
B) Esta alternativa est incorreta. Imagine se o auditor recebe uma
caneta de brinde da empresa auditada... isso seria suficiente para
influenci-lo no seu trabalho? Claro que no.
C) Alternativa CORRETA. Veja que as entidades de auditoria
prestam, usualmente, outros servios para as entidades auditadas,
compatveis com seu nvel de conhecimento e capacitao. A NBC PA
35
02 trs, em seu item 72, a seguinte previso: No constituem perda
de independncia os servios prestados pela entidade de auditoria
relacionados com a resposta de solicitao de anlise e concluso
sobre estruturao tributria elaborada pela administrao da
entidade auditada ou por terceiros por ela contratados.
D) Incorreto. Segundo NBC PA 01 a rotao deve ser dada aps 05
anos.
E) Incorreto. Estabelecer honorrios contingenciais induz o trabalho
do auditor independente, fazendo que o mesmo no tenha
resguardado sua independncia. Alm disso, este tipo de honorrio
no permitido de acordo com a NBC PA 290, item 224 e 225.
12. (FCC 2008 TCE AL) Para o exerccio de sua atividade, o
auditor deve ter acesso a todos os documentos, fatos e informaes
da entidade auditada. Em decorrncia, o auditor deve manter sigilo
em todas as situaes, EXCETO na relao entre o auditor e
a) a justia.
b) fornecedores da companhia.
c) entidade controlada pela auditada.
d) os rgos fiscalizadores da profisso.
e) outros auditores.
Resoluo:
De acordo com a NBC P1.6, temos que:
1.6.2.1 O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser
observado nas seguintes circunstncias:
na relao entre o Auditor Independente e a entidade auditada;
a) na relao entre os Auditores Independentes;
b) na relao entre o Auditor Independente e os organismos
reguladores e fiscalizadores; e
c) na relao entre o Auditor Independente e demais terceiros.
No entanto, logo adiante na mesma norma temos a seguinte
previso:
36
1.6.2.4 O Auditor Independente, quando solicitado, por escrito e
fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e
Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informaes
obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pr-contratao
dos servios, a documentao, papis de trabalho, relatrios e
pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das
Demonstraes Contbeis, da presente norma e das demais normas
legais aplicveis.
Sendo assim, o gabarito considerado pela banca como correto foi a
alternativa A, no entanto, no meu ponto de vista essa questo
passvel de anulao, tendo em vista que no em todas as
situaes que o auditor deve manter o sigilo com os rgos
fiscalizadores, como exposto acima, possuindo 2 alternativas como
corretas: A e D.
13. (FCC 2011 Analista Judicirio Contabilidade TRT) O
auditor pode:
a) realizar auditoria em empresa na qual seu pai exera cargo de
diretor.
b) trabalhar em empresa cliente, desde que decorridos 360 dias de
seu desligamento da firma de auditoria.
c) exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria
de demonstraes contbeis.
d) executar trabalhos de auditoria, desde que tenha formao em
contabilidade ou administrao.
e) ser responsabilizado pela no deteco de distores, ainda que
no sejam relevantes para as demonstraes contbeis como um
todo.
Resoluo:
Alternativa A ERRADA. Ter um grau de parentesco com uma pessoa
que ocupa um cargo na administrao na entidade auditada
compromete a independncia do auditor.
Alternativa B ERRADA. No necessrio aguardar 360 dias;
37
Alternativa C CORRETA. O auditor no s pode, como deve
exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de
demonstraes contbeis.
Alternativa D ERRADA. O auditor deve ser formado em
contabilidade (contador) e possuir registro no CRC.
Alternativa E ERRADA. Se a distoro irrelevante (no relevante),
no tem o que se questionar quanto a responsabilidade de deteco.
Gabarito da Questo, alternativa C
14. (FCC 2011 Analista Judicirio Contador TRF) prtica
tica do auditor:
a) guardar sigilo das informaes que obteve para realizao da
auditoria das demonstraes contbeis, dando divulgaes dessas
informaes somente nas situaes em que a lei ou as normas de
auditoria permitam.
b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatrio de
auditoria a existncia dessa parte relacionada.
c) realizar auditoria de demonstraes contbeis de companhia
aberta, desde que tenha no mnimo o registro no CRC, como
contador.
d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a no repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais no
foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o nmero de
contas a serem auditadas.
e) aviltar honorrios com a justificativa de manuteno do cliente, do
quadro de funcionrios da firma e da sua estrutura administrativa.
Resoluo:
Alternativa A: Correto, gabarito da questo, de acordo com a NBC P
1, item 1.6.2.
Alternativa B: Errado, tendo em vista que essa familiaridade uma
ameaa independncia do auditor, conforme item 128 da NBC TA
290.
Alternativa C: A alternativa encontra-se errada, pois, para auditar
uma empresa de capital aberto, o auditor est sujeito tambm
38
fiscalizao da CVM, sendo que, de acordo com a Lei 6404/76, art
177, 3o, o auditor deve ter registro no CVM.
" 3o As demonstraes financeiras das companhias abertas
observaro, ainda, as normas expedidas pela Comisso de Valores
Mobilirios e sero obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados. (Redao dada pela
Lei n 11.941, de 2009)"
Alternativa D: Errado, o fato de no ter sido encontrado evidncias
em determinadas contas no dispensa o auditor de efetuar novos
testes no ano seguinte j que isso no garantia de que no poder
acontecer algum tipo de distoro relevante nestas contas.
Alternativa E: Errado. De acordo com o artigo 8 da resoluo 803/96
(Cdigo de tica do Contabilista), vedado ao Profissional da
Contabilidade oferecer ou disputar servios profissionais mediante
aviltamento de honorrios ou em concorrncia desleal.
15. (FCC 2007 Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) Segundo a NBC T 11-8, a verificao do sistema de qualidade
interno dos servios prestados por empresa de auditoria
independente deve ser efetuado a cada:
a) ano.
b) dois anos.
c) trs anos.
d) quatro anos.
e) cinco anos.
Resoluo:
De acordo com a NBC T 11-8 (citada no enunciado), temos que
"11.8.5.2. Um programa de verificao peridica da qualidade deve
ser aplicado anualmente".
Atualmente, o tema tratado pela NBC PA 01, sendo que temos no
seu item 48 que:
"48. A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para
fornecer segurana razovel de que as polticas e os procedimentos
relacionados com o sistema de controle de qualidade so relevantes,
adequados e esto operando de maneira efetiva. Esse processo deve:
39
a) incluir a contnua considerao e avaliao do sistema de controle
de qualidade da firma, incluindo, de modo cclico, a inspeo de, pelo
menos, um trabalho concludo para cada scio encarregado de
trabalho.
Portanto, gabarito da questo, alternativa A.
16. (FCC 2012 Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) NO uma atividade da funo da auditoria interna:
a) a gesto de risco
b) o monitoramento do controle interno
c) o exame das informaes contbeis e operacionais
d) a aprovao do relatrio de auditoria externa
e) a avaliao do processo de governana.
Resoluo:
O trabalho do auditor interno no tem relao com o da auditoria
independente. De acordo com a NBC TI 01, item 12.1.1.3, auditoria
interna compreende os exames, anlises, avaliaes, levantamentos
e comprovaes, metodologicamente estruturados para a avaliao
da integridade, adequao, eficcia, eficincia e economicidade dos
processos, dos sistemas de informaes e de controles internos
integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir administrao da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
Portanto, gabarito da questo, alternativa D.
17. (FEPESE / AFRE-SC / 2010) Analise a lista abaixo.
I. Profissional com qualquer formao.
II. Contador devidamente registrado em rgo de classe.
III. Contabilista.
IV. Exame de conformidade.
V. Litgio.
40
VI. Investigao de fraude
Assinale a alternativa que esteja associada (1) auditoria interna, (2)
auditoria contbil independente e (3) percia contbil, nessa ordem.
a) (1) I e IV (2) II e IV (3) II e V
b) (1) I e VI (2) III e V (3) III e VI
c) (1) II e VI (2) II e V (3) II e IV
d) (1) III e VI (2) II e V (3) I e VI
e) (1) III e V (2) I e IV (3) III e V
Resoluo:
O gabarito dado como final pela banca foi a alternativa A. No entanto,
no concordo com tal gabarito.
A alternativa A afirma que a auditoria interna pode ser exercida por
um profissional com qualquer formao, o que est errado. Veja que
de acordo com a Resoluo 560/83, que trata das prerrogativas
previstas no decreto-lei 9.295/46, afirma em seu artigo 3, item 33,
34 e 35 so atribuies privativas dos profissionais da contabilidade.
O pargrafo 1 deste mesmo artigo afirma que dentre os profissionais
de contabilidade, as atividades descritas no item 33, 34 e 35 devem
so privativas dos contadores.
"Art. 3 So atribuies privativas dos profissionais da
contabilidade:
33) auditoria interna e operacional;
34) auditoria externa independente;
35) percias contbeis, judiciais e extrajudiciais."
" 1 So atribuies privativas dos contadores, observado o
disposto no 2, as enunciadas neste artigo, sob os nmeros 1, 2, 3,
4, 5, 6, 8, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 36,
42, 43, alm dos 44 e 45, quando se referirem a nvel superior".
Portanto, o 1 (auditoria interna) deveria ter relacionado o item II, o
que daria a seguinte sequncia:
(1) II e IV, (2) II e IV, (3) II e V. Como tal sequencia no est entre
as alternativas, a questo ficou sem resposta e portanto, deveria ser
anulada.
41
Sem fazer julgamento de mrito com relao a banca realizadora do
certame, devo salientar que um posicionamento mantido apenas
por ela, tendo em vista que nunca vi nenhuma outra banca (FCC,
ESAF, FGV, CESPE) com tal entendimento.
Vale ressaltar que ela manteve esse posicionamento tendo em vista
que, na prtica, acontece que muitos exercem a atividade de auditor
interno sem atender aos pr-requisitos estabelecidos pelo CFC.
Portanto aluno, ATENO na hora da prova.
42
6. Lista de Exerccios
01. (FCC 2007 - Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) Uma das diferenas entre o auditor independente e o auditor
interno que o primeiro:
a) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o
segundo, no.
b) est dispensado de recomendar modificaes nos controles
internos da entidade e o segundo, no.
c) precisa ter conhecimentos sobre tecnologia da informao e o
segundo, no.
d) no pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus
trabalhos por ele examinados e ao segundo, sim.
e) tem por obrigao emitir um parecer sobre as demonstraes
contbeis da entidade e o segundo, no.
02. (FCC 2009 - Agente Fiscal de Rendas SP) O trabalho da
auditoria interna:
a) tem maior independncia que o de auditoria externa.
b) responsvel pela implantao e pelo cumprimento dos controles
internos.
c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
d) deve emitir parecer, que ser publicado com as demonstraes
contbeis.
e) deve efetuar a reviso e o aperfeioamento dos controles internos.
03. (FCC 2007 Analista Judicirio TRF 2) Em relao s
diferenas entre as funes da auditoria externa e a auditoria interna,
considere:
I. Os auditores independentes tm a funo de ao constatarem
irregularidades ou deficincias nos controles internos da empresa
auditada, imediatamente propor e implantar procedimento alternativo
que garanta o processo.
II. A auditoria externa no est subordinada a diretoria e a
presidncia da empresa e a auditoria interna possui subordinao.
43
III. Todo auditor externo pode realizar trabalhos em qualquer
empresa de capital aberto, desde que mantenha relao de
parentesco at segundo grau.
Est correto o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
04. (FCC 2005 AUDITOR TCE PI) As Normas Profissionais do
Auditor Interno ao mencionarem que o auditor interno, no obstante
sua posio funcional, deve preservar sua autonomia profissional
esto se referindo, ao que equivaleria em relao ao auditor externo,
a:
a) sua imparcialidade.
b) seu comedimento.
c) sua independncia.
d) sua capacitao.
e) seu treinamento.
05. (FCC 2005 Auditor TCE PI) As Normas da Auditoria Interna
estabelecem que o resultado dos trabalhos da auditoria deve ser
apresentado com objetividade e imparcialidade e expressando
claramente suas concluses, recomendaes e as providncias a
serem tomadas pela administrao da entidade, no:
a) relatrio de auditoria, apenas.
b) parecer de auditoria, apenas.
c) certificado de auditoria, apenas.
d) certificado ou parecer de auditoria.
e) relatrio ou parecer da auditoria.
06. (FCC 2005 Analista Judicirio - Contabilidade TRT) Dentre
as atividades da auditoria interna (controle interno) NO se inclui:
44
a) propor ajustes contbeis.
b) auxiliar a alta administrao.
c) efetuar reviso analtica das contas.
d) assegurar a fidedignidade das demonstraes contbeis.
e) examinar continuamente as atividades.
07. (FCC 2005 Analista Judicirio - Contabilidade TRT) So
objetivos da auditoria interna, EXCETO:
a) avaliar a eficcia dos controles internos existentes na entidade.
b) levantar os sistemas de informaes existentes na entidade.
c) comprovar a integridade de gerenciamento de riscos da entidade.
d) executar a implantao dos controles internos da entidade.
e) assistir administrao da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
08. (FCC 2006 Analista Judicirio TRT - Contabilidade)
Considere as seguintes assertivas:
I. A Auditoria Externa ou Independente compreende os exames,
anlises, avaliaes, levantamentos e comprovaes,
metodologicamente estruturados para a avaliao da integridade,
adequao, eficcia, eficincia e economicidade dos processos, dos
sistemas de informaes e de controles internos integrados ao
ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir
administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos.
II. A Auditoria Interna deve assessorar a administrao da entidade
no trabalho de preveno de fraudes e erros, obrigando-se a inform-
la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer
indcios ou confirmaes de irregularidades detectadas no decorrer de
seu trabalho.
III. O objetivo principal da Auditoria Independente est voltado para
a emisso de parecer sobre a adequao das demonstraes
financeiras e contbeis das organizaes.
IV. Os procedimentos de Auditoria Interna constituem exames e
investigaes, incluindo testes de observncia e testes substantivos,
que permitem ao auditor interno obter subsdios suficientes para
45
fundamentar suas concluses e recomendaes administrao da
entidade.
Est correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III, e IV.
e) III e IV.
09. (FCC 2008 Analista Tcnico de controle externo Obras
Pblicas TCE AM) O auditor interno, ao desenvolver trabalho na
rea de recursos humanos, constatou, na base de clculo da folha de
pagamentos do ms, o nome de funcionrio desligado da empresa h
quatro meses. O auditor interno emitiu relatrio parcial para informar
administrao da empresa a irregularidade e permitir que medidas
corretivas fossem realizadas. Com base nas normas de auditoria
interna, o auditor
a) deveria ter aguardado o trmino dos trabalhos para elaborar o
relatrio.
b) tem a opo de informar ou no os fatos apurados administrao
da empresa.
c) est obrigado a proceder a comunicao verbal de fatos desta
natureza e inform-los, posteriormente, em relatrio final.
d) procedeu corretamente em conformidade com as normas de
emisso dos relatrios de auditoria interna.
e) observou que nas normas relativas ao relatrio de auditoria
interna no h previso de procedimentos a serem aplicveis nesses
casos.
10. (FCC 2006 Analista Ministerial - MPE PE) regra e
princpio, em relao profisso do auditor independente, conforme
as normas Brasileiras de Contabilidade:
a) O auditor pode auditar seu prprio trabalho.
b) O auditor pode exercer funes gerenciais na entidade auditada.
c) O auditor pode promover interesses da entidade auditada.
46
d) O fato de o membro da entidade de auditoria atuar como diretor
da entidade auditada no caracteriza perda de independncia, todavia
aconselhvel a recusa da realizao do trabalho.
e) A rotao dos responsveis tcnicos pelos trabalhos na entidade
auditada possibilita renovao da objetividade e do ceticismo do
auditor.
11. (FCC 2006 Analista Judicirio TRT Contabilidade) Em
relao s normas profissionais dos servios de auditoria correto
afirmar:
a) Servios de auditoria interna prestados para uma empresa
auditada por uma entidade de auditoria independente no
caracterizam perda de independncia.
b) Recebimento de presentes ou brindes caracteriza perda de
independncia em qualquer situao, mesmo sendo de insignificante
valor.
c) No caracteriza perda de independncia a prestao, pela entidade
de auditoria, de servios relacionados com a resposta de solicitao
de anlise e concluso sobre estruturao tributria elaborada pela
administrao da entidade auditada ou por terceiros por ela
contratados.
d) necessrio, para impedir a perda de objetividade, aplicar a
rotao do pessoal de liderana da equipe de auditoria a intervalos
menores ou iguais a trs anos consecutivos e intervalo mnimo de
cinco anos para retorno do pessoal de liderana equipe, excluindo-
se destas restries as entidades de auditoria de pequeno porte.
e) O estabelecimento de honorrios contingenciais no produz
conflito de interesse, no ocasionando, portanto, perda de
independncia.
12. (FCC 2008 TCE AL) Para o exerccio de sua atividade, o
auditor deve ter acesso a todos os documentos, fatos e informaes
da entidade auditada. Em decorrncia, o auditor deve manter sigilo
em todas as situaes, EXCETO na relao entre o auditor e
a) a justia.
b) fornecedores da companhia.
c) entidade controlada pela auditada.
47
d) os rgos fiscalizadores da profisso.
e) outros auditores.
13. (FCC 2011 Analista Judicirio Contabilidade TRT) O
auditor pode:
a) realizar auditoria em empresa na qual seu pai exera cargo de
diretor.
b) trabalhar em empresa cliente, desde que decorridos 360 dias de
seu desligamento da firma de auditoria.
c) exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria
de demonstraes contbeis.
d) executar trabalhos de auditoria, desde que tenha formao em
contabilidade ou administrao.
e) ser responsabilizado pela no deteco de distores, ainda que
no sejam relevantes para as demonstraes contbeis como um
todo.
14. (FCC 2011 Analista Judicirio Contador TRF) prtica
tica do auditor:
a) guardar sigilo das informaes que obteve para realizao da
auditoria das demonstraes contbeis, dando divulgaes dessas
informaes somente nas situaes em que a lei ou as normas de
auditoria permitam.
b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatrio de
auditoria a existncia dessa parte relacionada.
c) realizar auditoria de demonstraes contbeis de companhia
aberta, desde que tenha no mnimo o registro no CRC, como
contador.
d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a no repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais no
foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o nmero de
contas a serem auditadas.
e) aviltar honorrios com a justificativa de manuteno do cliente, do
quadro de funcionrios da firma e da sua estrutura administrativa.
48
15. (FCC 2007 Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) Segundo a NBC T 11-8, a verificao do sistema de qualidade
interno dos servios prestados por empresa de auditoria
independente deve ser efetuado a cada:
a) ano.
b) dois anos.
c) trs anos.
d) quatro anos.
e) cinco anos.
16. (FCC 2012 Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de So
Paulo) NO uma atividade da funo da auditoria interna:
a) a gesto de risco
b) o monitoramento do controle interno
c) o exame das informaes contbeis e operacionais
d) a aprovao do relatrio de auditoria externa
e) a avaliao do processo de governana.
17. (FEPESE / AFRE-SC / 2010) Analise a lista abaixo.
I. Profissional com qualquer formao.
II. Contador devidamente registrado em rgo de classe.
III. Contabilista.
IV. Exame de conformidade.
V. Litgio.
VI. Investigao de fraude
Assinale a alternativa que esteja associada (1) auditoria interna, (2)
auditoria contbil independente e (3) percia contbil, nessa ordem.
a) (1) I e IV (2) II e IV (3) II e V
b) (1) I e VI (2) III e V (3) III e VI
c) (1) II e VI (2) II e V (3) II e IV
d) (1) III e VI (2) II e V (3) I e VI
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e) (1) III e V (2) I e IV (3) III e V
GABARITO:
1 E 5 A 9 D 13 C 17 ***
2 E 6 D 10 E 14 A
3 B 7 D 11 C 15 A
4 C 8 D 12 A,D 16 D
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Ol pessoal.
Bom, antes de mais nada, gostaria de frisar que esta aula utilizou em
sua preparao basicamente duas normas, sendo elas: NBC PA 01,
NBC TA 220.
A primeira faz referncia ao controle de qualidade para as firmas de
auditores independentes, enquanto a segunda d um enfoque
tcnico, visando as auditorias de demonstraes contbeis em si. No
entanto, elas so coincidentes em muitos assuntos, o que me levou a
concluir que seria melhor elaborar esta aula agrupando ambas
normas.
Este assunto quando cobrado em prova acaba pegando o aluno de
cala curta, portanto, fiquem atentos aos grifos, destaques etc.
Vamos ao que interessa:
Estrutura do captulo 02: Controle de qualidade para firmas de
auditores independentes e das auditorias de demonstraes
contbeis.
1. Objetivos
2. Aplicao e Cumprimento de Exigncias Relevantes
3. Elementos do Sistema de Controle de Qualidade
4. Sistema de controle de qualidade e funo da equipe de
trabalho
4.1. Responsabilidade da Liderana pela qualidade na Firma
4.2. Responsabilidade da liderana pela qualidade nos trabalhos
de auditoria
4.3. Exigncias ticas Relevantes
4.4. Aceitao e continuidade do relacionamento com clientes
4.5. Recursos Humanos
4.6. Execuo do Trabalho
4.7. Monitoramento
5. Documentao do Sistema de Controle de Qualidade
6. Exerccios Comentados
7. Lista de Exerccios
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Captulo 02 Controle de qualidade para firmas de auditores
independentes e da auditorias de demonstraes contbeis
1 Objetivo.
No que se refere a qualidade das firmas de auditores
independentes, o objetivo estabelecer e manter um sistema de
controle de qualidade para obter segurana razovel que:
a) a firma e seu pessoal cumprem as normas tcnicas, exigncias
regulatrias e legais aplicveis; e
b) os relatrios sobre as demonstraes contbeis (e outros
relatrios) emitidos pelas firmas so apropriados nas circunstncias.
J no que se refere ao controle de qualidade das auditorias de
demonstraes contbeis, o objetivo do auditor implementar
procedimentos de controle de qualidade no nvel do trabalho que
forneam ao auditor segurana razovel de que:
(a) a auditoria est de acordo com normas profissionais e
tcnicas e exigncias legais e regulatrias aplicveis; e
(b) os relatrios emitidos pelo auditor so apropriados nas
circunstncias.
2 Aplicao e Cumprimento de Exigncias Relevantes.
A firma (de auditoria) deve cumprir todos os requisitos
desta norma, a menos que tal requisito no seja relevante para os
servios fornecidos, por exemplo, nas circunstncias de um nico
auditor independente pessoa fsica, sem quadro tcnico.
Exemplo de requisitos no relevantes, nas
circunstncias de um nico auditor independente pessoa fsica, sem quadro
tcnico
polticas e procedimentos para a designao de pessoal
apropriado para a equipe de trabalho
a responsabilidade de reviso
comunicao anual dos resultados do monitoramento aos scios encarregados do
trabalho da firma
52
Considerando que as circunstncias podem ter grande variao e
todas essas circunstncias no podem ser previstas, a firma deve
verificar se h determinados assuntos ou situaes que requerem que
ela estabelea polticas e procedimentos alm daqueles exigidos por
esta Norma para alcanar o objetivo estabelecido.
3 Elementos do Sistema de Controle de Qualidade.
A firma deve documentar suas polticas e procedimentos e
comunic-las ao pessoal da firma. A documentao e comunicao,
tratando-se de firmas menores, podem ser menos formais e menos
extensas.
Em geral, a comunicao inclui a descrio das polticas e
procedimentos de controle de qualidade e dos objetivos que devem
alcanar, e a mensagem de que cada pessoa tem responsabilidade
pessoal pela qualidade e que se espera que ela cumpra essas polticas
e procedimentos.
4 Sistema de controle de qualidade e funo da equipe de
trabalho.
Os sistemas, as polticas e os procedimentos de controle de
qualidade so de responsabilidade da firma de auditoria. A firma
tem por obrigao estabelecer e manter sistema de controle de
qualidade para obter segurana razovel que:
Elementos a serem tratados pelo sistema de
controle de qualidade
responsabilidades da liderana pela qualidade na firma
exigncias ticas relevantes
aceitao e continuidade do relacionamento com clientes
recursos humanos
execuo do trabalho
monitoramento
53
(a) a firma e seu pessoal cumprem com as normas
profissionais e tcnicas e as exigncias legais e
regulatrias; aplicveis; e
(b) os relatrios emitidos pela firma ou pelos scios do
trabalho so apropriados nas circunstncias.
No contexto do sistema de controle de qualidade da firma de
auditoria, as equipes de trabalho tm a responsabilidade de
implementar procedimentos de controle de qualidade que so
aplicveis ao trabalho de auditoria e fornecer firma informaes
relevantes que permitam o funcionamento da parte do sistema de
controle de qualidade relacionado com independncia.
Portanto, podemos concluir que:
4.1 Responsabilidade da Liderana pela qualidade na Firma.
A firma deve estabelecer polticas e procedimentos para
promover uma cultura interna que reconhea que a qualidade
essencial na execuo dos trabalhos, requerendo que o presidente
da firma ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma,
assumam a responsabilidade final pelo sistema de controle de
qualidade da firma.
A liderana da firma e os exemplos que ela d influenciam de
maneira significativa cultura interna da firma e depende de aes e
mensagens consistentes e freqentes de todos os nveis da
administrao da firma que enfatizem as polticas e procedimentos de
controle de qualidade da firma.
As equipes de trabalho tem a responsabilidade
de...
implementar procedimentos de
controle de qualidade
fornecer firma informaes relevantes
(com relao a independncia)
54
Essas aes e mensagens podem ser comunicadas por meio
de seminrios de treinamento, reunies, conversas formais ou
informais, declaraes de misso, boletins informativos ou
memorandos informativos.
A firma deve estabelecer polticas e procedimentos de modo que
qualquer pessoa a quem o presidente ou a diretoria executiva atribui
a responsabilidade operacional pelo sistema de controle de qualidade
tenha experincia e capacidade suficiente e apropriada (identificar e
entender os assuntos) e autoridade necessria, para assumir essa
responsabilidade.
4.2 Responsabilidade da liderana pela qualidade nos
trabalhos de auditoria.
O scio encarregado do trabalho deve assumir a
responsabilidade pela qualidade de todos os trabalhos de auditoria
para os quais foi designado.
As aes do scio encarregado do trabalho e as mensagens
apropriadas para os outros membros da equipe de trabalho, ao
assumir a responsabilidade pela qualidade geral do trabalho de
auditoria, enfatizam:
(a) a importncia da qualidade da auditoria em:
(i) realizar trabalhos de acordo com as normas tcnicas e
exigncias legais e regulatrias aplicveis;
(ii) cumprir as polticas e procedimentos de controle de
qualidade da firma conforme aplicvel;
(iii) emitir relatrios que so apropriados nas
circunstncias; e
(iv) a capacidade da equipe de trabalho de levantar
assuntos sem receio de represlias; e
(b) o fato de que qualidade essencial na execuo de
trabalhos de auditoria.
55
4.3 Exigncias ticas Relevantes
i) Integridade
Integridade utilizada no sentido de ser franco e honesto em todos
os relacionamentos profissionais e comerciais.
ATENO PARA PEGADINHA: Integridade no a mesma coisa
de Integralidade.
ii) Objetividade
No permitir que comportamento tendencioso, conflito de interesse
ou influncia indevida de outros afetem o julgamento profissional ou
de negcio.
iii) Competncia e zelo profissional
Competncia faz referncia a capacidade do auditor em realizar o seu
trabalho (alm da graduao e registro no CRC, o contador/auditor
deve passar por programas de educao continuada, entre outros).
Zelo profissional significa ser cuidadoso, minucioso, proteger o seu
trabalho para que ele esteja de acordo com as normas, ou seja, o
auditor deve manter esforos constates para desempenhar seu
trabalho com qualidade.
iv) Confidencialidade
Respeitar o sigilo das informaes obtidas em decorrncia de
relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, no divulgar
nenhuma dessas informaes a terceiros, a menos que haja algum
direito ou dever legal ou profissional de divulgao, nem usar as
informaes para obteno de vantagem pessoal ilcita pelo auditor
ou por terceiros.
Principios fundamentais da tica profissional
do auditor
integridade
objetividade
competncia profissional e devido zelo
confidencialidade
comportamento profissional
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v) Comportamento (ou conduta) profissional
Cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar qualquer ao
que desacredite a profisso.
Estes princpios so reforados por:
i) liderana da firma;
ii) educao e treinamento;
iii) monitoramento; e
iv) processo para tratar das no conformidades.
Alm destes princpios, a firma deve fornecer segurana
razovel de que mantm a independncia requerida por exigncias
ticas relevantes, comunicando os requisitos de independncia a seu
pessoal e identificando e avaliando circunstncias e relaes que
criam ameaas independncia, tomando as medidas apropriadas
para manuteno dela.
As polticas e procedimentos sobre independncia devem
requerer que:
a) os scios encarregados do trabalho forneam firma informaes
relevantes sobre trabalhos de clientes;
b) o pessoal notifique prontamente a firma sobre as circunstncias e
relaes que criam uma ameaa independncia;
c) as informaes relevantes sejam compiladas e comunicadas ao
pessoal apropriado, de modo que:
c.1) a firma e o seu pessoal possam rapidamente determinar se
elas satisfazem os requisitos de independncia;
c.2) a firma possa manter e atualizar seus registros referentes
independncia;
c.3) a firma possa tomar as medidas apropriadas em relao s
ameaas identificadas independncia.
ATENO!! Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter
confirmao por escrito (papel ou formato eletrnico) do
cumprimento de suas polticas e procedimentos sobre independncia
de todo o pessoal da firma.
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QUESTO DE PROVA!!! A ameaa de familiaridade pode ser criada
quando se usa o mesmo pessoal snior em trabalho de assegurao
por um longo perodo de tempo, sendo nec