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Gerência de Planejamento Turístico:Yoná da Silva Dalonso

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Coordenação de Planejamento e Apoio Turístico:Denise Adriane Hänsch ArnholdE-mail: [email protected]

Promotur — Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville

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Presidente:Uldenir Merlin

Vice-presidente:Paulo Roberto Caputo

Vice-presidente Administrativo/Financeiro:Gilson Bohn

Vice-presidente de Promoção/Divulgação:Richard Spirandelli

Vice-presidente Regional:Fernando Mattos Sanjuán

Vice-presidente de Relações Institucionais:Raulino João Schmitz

Vice-presidente de Novos Negócios:Celso Luiz Brittes

Vice-presidente Secretário:Jane Yara Pawlowsky Niehues

Diretora Executiva:Maitê Uhlmann

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ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

Reitor:Professor MSc. Paulo Ivo Koehntopp

Vice-reitor:Professor MSc. Wilmar Anderle

Pró-reitora de Ensino:Professora MSc. Ilanil Coelho

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação:Professora Dra. Sandra Aparecida Furlan

Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários:Professora Dra. Therezinha M. Novais de Oliveira

Pró-reitor de Administração:Professor MSc. Martinho Exterkoetter

Chefe do Departamento de Economia:Professor MSc. Ademir José Demétrio

Coordenadoras e Pesquisadoras do projeto:Professora MSc. Carmen Silvia HargerProfessora MSc. Eliane Maria Martins

Alunos bolsistas:Cleberson Pereira

Ester Lima H. MuellerFelipe da SilvaRaffael Zabbot

RevisãoMarília Garcia Boldorini

Sara Grünhagen

CapaClaudia Martins de Souza

DiagramaçãoRafael Sell da Silva

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA ................................9

1.1 Contratantes .................................................................................9

1.2 Resumo ........................................................................................9

1.3 Justificativa ...................................................................................9

1.4 Objetivo geral ............................................................................10

1.5 Objetivos específicos .................................................................10

1.6 Apresentação ..............................................................................10

1.7 Eventos realizados .....................................................................16

1.8 Metodologia ...............................................................................19

2. PRINCIPAIS RESULTADOS .............................................................. 21

2.1 Total de entrevistados ...............................................................21

2.2 Gênero dos entrevistados .........................................................22

2.3 Residência permanente dos entrevistados ...............................23

2.4 Residência permanente dos entrevistadospor estado brasileiro........................................................................24

2.5 Permanência em Joinville ..........................................................25

2.6 Idade dos participantes dos eventos ........................................26

2.7 Renda média mensal dosentrevistados (por Salários Mínimos) ..............................................27

2.8 Número de pessoas dependentes da mesma renda mensal.......28

2.9 Grau de instrução dos entrevistados ........................................29

2.10 Perfil profissional dos entrevistados .......................................30

2.11 Meio de conhecimento do evento ..........................................31

SUMÁRIO

2.12 Primeiro ano de participação nos eventos .............................32

2.13 Número de vezes que participou dos eventos .......................33

2.14 Condição de participação no Festival de Dança ....................34

2.15 Transporte utilizado para participar do evento ......................35

2.16 Gasto médio previsto por dia em Joinville ............................36

2.17 Gasto médio previsto em Joinville emcada evento (em R$) ........................................................................37

2.18 Meio de hospedagem ..............................................................38

2.19 Com relação aos atrativos e equipamentos de Joinville ........39

2.19.1 Obtenção de informações .....................................................39

2.19.2 Hospitalidade ........................................................................40

2.19.3 Hospedagem ..........................................................................41

2.19.4 Gastronomia ..........................................................................42

2.19.5 Comércio ...............................................................................43

2.19.6 Transporte Urbano ................................................................44

2.19.7 Serviço de táxi .......................................................................45

2.19.8 Sinalização .............................................................................46

2.19.9 Limpeza Pública ....................................................................47

2.19.10 Vida Noturna .......................................................................48

2.19.11 Parques, praças e áreas naturais .........................................49

2.19.12 Museus e espaços históricos ...............................................50

2.19.13 Entretenimento.....................................................................51

2.19.14 Local de realização do evento ............................................52

2.19.15 Parques temáticos e lazer ...................................................53

2.19.16 Interesse em retornar a Joinville ........................................54

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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

1.1 Contratantes

• Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville – Promotur;

• Joinville Costa do Encanto Convention & Visitors Bureau – JCECVB.

1.2 Resumo

Como a atividade turística produz efeitos na economia e Joinville tem como vocação o turismo de negócios e eventos, o trade do setor público efetivou uma parceria com a Univille para levantar informações que identificassem o perfil do turista e o comportamento do consumidor que freqüenta a cidade. Delimitando um total de nove eventos, foi dimensionada a amostra para a aplicação dos formulários, com nível de confiança de 95% e um erro amostral não superior a 6%.

1.3 Justificativa

Conforme a Promotur, Joinville vem se destacando no cenário turístico e nacional como grande pólo organizador de eventos de pequeno, médio e grande porte. Conta com uma infra-estrutura básica e turística adequada, com uma diversidade de oferta de atrativos naturais e culturais, o que faz da cidade uma referência no estado, com roteiros que valorizam a cultura local e o meio ambiente rural.

O crescente incremento da atividade turística em Joinville está voltado ao desenvolvimento do turismo ecorrural, industrial e de eventos, sendo estes os mais representativos na cidade e que, por

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isso, passam a exigir uma maior atenção e mais investimentos do poder público e do próprio setor.

Para tanto, ao planejar a atividade turística seja na gestão pública ou privada, todos os investimentos devem estar pautados em dados estatísticos atualizados e de acordo com as características do mercado.

Assim, justifica-se a realização de pesquisas periódicas que subsidiem um banco de dados atualizado e dinâmico, disponível à sociedade. A caracterização da demanda de turistas que participam de eventos na cidade é uma das principais variáveis que auxiliam os investidores, tanto do setor público quanto do privado, no incremento da atividade turística e de todos os setores da economia que participam da cadeia produtiva do turismo de negócios e eventos.

1.4 Objetivo geral

Identificar o perfil socioeconômico dos participantes/turistas e o comportamento do consumidor − expositores/atores − dos eventos na cidade de Joinville.

1.5 Objetivos específicos

• Avaliar as características gerais (gênero, local de residência, idade), sociais (grau de instrução, ocupação profissional, motivação da viagem, influência midiática, percepção dos aspectos da cidade, interesse no retorno a Joinville) e econômicas (renda, gasto médio);

• Observar os aspectos turísticos do município (meio de transporte, meio de hospedagem, tempo de permanência na cidade).

1.6 Apresentação

A partir de 1877 Joinville foi elevada à categoria de cidade e já possuía aproximadamente 12 mil habitantes, que podiam contar com 4 engenhos de erva-mate, instalados por empresários da

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cidade de Morretes (PR), 200 moinhos e 11 olarias, responsáveis pela geração de emprego e renda na época. Assim, exportava-se madeira, couro, louça, sapatos, móveis, cigarros e mate, e importava-se ferro, artigos de porcelana e pedra, instrumentos musicais, máquinas e implementos agrícolas, sal, medicamentos, trigo, vinho, cerveja, carne seca e sardinha (TERNES, 1993). Outro aspecto bastante significativo é a localização do município (figura 1), que fica ao nordeste do estado de Santa Catarina, próximo das cidades de Curitiba e Florianópolis e dos portos de São Francisco do Sul e Itajaí, e conta ainda com um aeroporto e com a rodovia BR–101, que corta o país de norte a sul.

Figura 1 – Localização do município de JoinvilleFonte: IPPUJ (2007)

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A implantação da linha férrea ocorreu em 1910 e o fornecimento de energia elétrica em 1909. Com esses melhoramentos na infra-estrutura joinvilense, a cidade passou a se desenvolver com maior agilidade. Daí em diante, começou-se a observar uma forte tendência para a industrialização.

Nos primeiros quarenta anos de sua existência, implantaram-se em Joinville pequenas empresas, depois grandes conhecidas, como: Companhia Wetzel Industrial (fundada em 1856); Papelaria Boehm (em 1862); Companhia Industrial H. Carlos Schneider (em 1881); Dohler S.A. Comércio e Indústria (em 1881), Comércio e Indústria Germano Stein S.A. (em 1888); Emílio Stock (em 1888); Companhia Fabril Lepper (em 1907), S.A. Moinho Santista Ind. Gerais (em 1910); Casa Pieper S.A. Comércio e Indústria (em 1913); Drogaria e Farmácia Catarinense S.A. (em 1920) e Vogelsanger S.A. Indústria Têxtil (em 1926). A Colônia Dona Francisca de 1851 foi transformada no maior pólo industrial do Estado de Santa Catarina, gerando riquezas conferidas à posteridade (PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE, 1992, p. 15).

“Ao completar 75 anos, em 1926, dezenas de indústrias comandavam o crescimento econômico da cidade. Sua população era de 46.347 habitantes. Já possuía 81 ruas e, na área rural, 99 estradas”, assinala Ternes (1981, p. 26). Como resultado de sua ação expansionista, “em 1975, 124 anos depois de sua fundação, Joinville já era apontado como o 13º município entre os 500 mais desenvolvidos do Brasil”, informa Ehlke (1975, p. 52). Nessa ocasião Joinville contava com cerca de 180 mil habitantes.

Verifica-se que desde sua origem a cidade apresentou um forte potencial inovador e empreendedor, e, apesar de o povo ter enfrentado muitas dificuldades em termos ambientais e sociais, esses obstáculos foram superados e contribuíram para que o município se consagrasse como o maior pólo industrial de Santa Catarina.

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Já no início do século XX Joinville despontava como a cidade mais importante do Estado de Santa Catarina (TERNES, 1981). Segundo (TERNES, 1993, p. 52-53), “em 1940, Joinville já era o maior centro industrial do estado”.

Para estabelecer uma cronologia do desenvolvimento industrial da região, cita-se Ternes (2002, p. 27):

• 1938 – Nasce a Fundição Tupy, criada por Albano Schmidt, atuando na fabricação de ferro maleável na América Latina, voltada para o surgimento da indústria automobilística.• 1949 – A Companhia Hansen Industrial, fundada por João Hansen Jr., voltada à fabricação de produtos de PVC injetado, inicialmente em pentes e leques e mais tarde na fabricação de tubos e conexões.• 1950 – É fundada a Indústria de Refrigeração Cônsul, por Wittich Freitag, especializada em refrigeradores.• Nesse período foram fundadas outras empresas que contribuíram para o desenvolvimento industrial da cidade e entre elas pode-se citar Buschle & Lepper, Malharia Arp e Laboratório Catarinense.

O processo produtivo, a abertura de mercado e a força de trabalho são fatores fundamentais para a geração de capital, a qual, conseqüentemente, colabora para o crescimento econômico. Porém, nem sempre esse crescimento se traduz em desenvolvimento ou se relaciona diretamente com os elementos que definem os parâmetros de qualidade de vida. Segundo Ternes (1986, p. 225-226):

A força, contudo, do parque industrial de Joinville reside [...] [n]as pequenas e microempresas. É neste universo que hoje cerca de 50% da população economicamente ativa opera [...]. Elas constituem a grande maioria, mas estão ainda perdidas pela ausência de identidade. Como no Brasil, contudo, representam os pulmões da economia no município, ainda que a importância das grandes em relação às

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micro, em Joinville, não seja a mesma do que se registra a nível nacional. De fato, estas empresas, pelo porte e expressão nacional que adquiriram, têm em Joinville um ponderável peso na economia, não sendo possível transferir os índices nacionais da representatividade das micro[s] na economia brasileira à análise municipal.

Ou seja, as empresas estabelecidas desde o princípio do processo de industrialização contribuem até os dias atuais para a formação de uma das maiores economias catarinenses, gerando emprego e renda para a população da região, e tornando-se conhecidas nacional e mundialmente pela qualidade de seus produtos.

Atualmente Joinville começa a despertar para o turismo, o qual surge na região como uma ferramenta que ajuda a impulsionar o desenvolvimento da indústria com base no turismo de negócios, do comércio, com a participação do meio rural, e dos serviços, principalmente com o incremento da hotelaria e gastronomia, ocorrido mediante um processo evolutivo rápido e eficaz. Para Rabahy (2003, p. 15-16),

O turismo, a par de suas condições peculiares, é uma atividade econômica que está intimamente relacionada com a renda e outros fatores de natureza socioeconômica, característica que se evidencia quando se analisa a composição dos principais países emissores e receptores do turismo mundial.

O turismo de eventos, praticado e socializado para quem deseja participar de algum evento, surge por meio da necessidade de realizar palestras, expor idéias, lançar artigos no mercado.

De acordo com o Ministério do Turismo (2008, p. 14), o “Turismo de Negócios & Eventos compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social”.

No fim do século XX Joinville viveu a transformação do modelo econômico e a inauguração da arena multiuso Centreventos Cau

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Hansen, em junho de 1998. Tal fato pode ser encarado como o marco dessa modificação, que, segundo Ternes (2002), sobrepõe os serviços e o turismo de eventos como vocação econômica. O setor industrial, que nas últimas três décadas do século XX manteve a dianteira na economia joinvilense, ainda é o mais importante, embora com uma fatia menor.

Outro espaço para o turismo de eventos é o Pavilhão de Exposições da Expoville, construído há 37 anos no principal acesso de Joinville junto à rodovia BR-101 e que recentemente inaugurou o Megacentro Wittich Freitag, um novo espaço público para atender à demanda de grandes feiras e eventos, o que ainda confirma o forte perfil econômico da cidade (SANTA CATARINA, 2008).

Conforme Rabahy (2003, p. 118-119),

A evolução tecnológica e da sociedade, em termos morais e éticos, recoloca o lazer como uma atividade essencial à vida moderna, concedendo-lhe um sentido de consumo necessário à qualidade de vida e à melhoria da produtividade dos indivíduos, ao mesmo tempo em que lhes propicia um certo status, dando prestígio social e cultural àqueles que desenvolvem esse tipo de atividade.

O governo joinvilense vem investindo maciçamente no turismo de eventos e negócios, visto que essa atividade é lucrativa para a cidade, capaz de gerar empregos, traçar um novo conceito e possibilitar uma expansão bastante significativa para a atividade econômica. O turismo também se estabeleceu como uma das vocações da cidade no Planejamento Estratégico de Joinville. Ternes (2002, p. 80) faz previsões otimistas:

A ampliação da rede hoteleira, criação de um calendário de eventos que agiliza o turismo de negócios, melhoria e expansão de espaços para grandes eventos, como feiras, congressos e festivais, desenha[ndo] o esboço do que será o perfil de Joinville daqui para [a] frente.

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Isso mostra a importância de se estudar e analisar esse setor para que no futuro se possa traçar novas linhas de planejamento voltadas para o turismo de eventos e negócios.

1.7 Eventos realizados

Dos inúmeros eventos que foram indicados no calendário da Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville (Promotur), órgão municipal responsável pelo planejamento, pela promoção e pela divulgação da cidade de Joinville, o início dos trabalhos teve como marco o mês de junho de 2006.

A seguir, a relação dos eventos pesquisados:

• Junho/2006 – 36ª Assembléia Nacional de Serviços Municipais de Saneamento – ASSEMAE

A ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – tem atuado de modo sinérgico com os movimentos mundiais em defesa do saneamento público e do acesso do cidadão às fontes de água. Em função disso, instalou sua 36ª Assembléia Nacional na expectativa da votação e aprovação do Projeto de Lei 5296/05, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico.

• Julho/2006 – 24º Festival de Dança de JoinvilleO Festival de Dança de Joinville é uma referência nacional

e internacional para quem vivencia a dança. Por seu palco passaram jovens bailarinos e coreógrafos que hoje se destacam profissionalmente.

Com o passar do tempo o evento cresceu, tornando-se mais abrangente, com eventos e atividades simultâneas, realização de mostras, cursos, oficinas e discussão de temas relacionados à dança, o que proporciona um rico intercâmbio entre os participantes, que vêm de todos os cantos do Brasil e do exterior.

Para acomodar a programação, o festival passou de cinco dias, como foi na primeira edição, para os atuais onze, e hoje é considerado pelo Guinness Book o maior festival de dança do mundo.

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• Agosto/2006 – 2ª Festa das Tradições de JoinvilleA preocupação com o resgate aos valores culturais do

município de Joinville tem sido alvo de amplas discussões em entidades civis e organizações comunitárias. Nesse contexto, a preservação e o fortalecimento da identidade cultural da cidade foram classificados como estratégias prioritárias no planejamento local. Então, surgiu a idéia da criação de um evento festivo que abrigasse as diversas formas de lazer praticadas tanto no passado quanto no presente. Assim nasceu a Festa das Tradições de Joinville, um evento que foi incorporado ao Circuito das Festas de Outubro de Santa Catarina, contando com uma programação artística e cultural. Esta visa valorizar a identidade imigratória da cidade, propondo uma programação focada nas tradições ítalo-germânicas, misturando cultura, gastronomia e entretenimento.

• Outubro/2006 – XVII Reunião Internacional da Associação para a Cooperação em Pesquisas de Bananas no Caribe e na América Tropical – Acorbat

A ExpoAcorbat 2006 é uma feira comercial/internacional que foi realizada paralelamente à XVII Reunião Internacional da Acorbat. Nela participaram as empresas vinculadas à produção e à comercialização de produtos utilizados na bananicultura, com exposição de seus produtos e serviços. A feira foi uma importante oportunidade para o início de novos e promissores negócios para os participantes do evento no ano.

• Novembro/2006 – 68ª Festa das FloresRealizada desde 1936, muitos são os motivos que levam a

manter e a aprimorar cada edição da tradicional Festa das Flores de Joinville. Trata-se do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos integrantes da Agremiação Joinvilense de Amadores de Orquídeas (AJAO), que são exemplos de tenacidade e dedicação para possíveis iniciativas de amor à natureza e de preservação do meio ambiente.

Além disso, há que se destacar a importância histórica, cultural e de lazer claramente traduzida aos mais diversos públicos graças à variada programação do evento. O último e mais relevante

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fator é que a Festa das Flores é hoje um conjunto de atividades interligadas que abrangem diferentes campos do comércio, da prestação de serviços, da cultura, da arte, da animação e da diversão, constituindo-se numa forte e viável alternativa para o desenvolvimento do turismo de negócios e eventos da cidade, expressiva alavanca para o fortalecimento econômico e para a melhoria da qualidade de vida da população.

É a tradição que se renova a cada ano, garantindo o sempre desejável e imprescindível intercâmbio de idéias e conhecimentos entre as passadas e futuras gerações.

• Março/2007 – 23ª Jornada Sul-brasileira de Cirurgia Plástica

Durante o evento, realizado de 8 a 10 de março de 2007 em Joinville, o Dr. Antonio Marcos Cabrera Garcia apresentou uma aula sobre “Cobertura de exposição de tela de Marlex pós-reconstrução de parede abdominal: relato de 3 casos e revisão de literatura”.

• Junho/2007 – XXIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde do CONASEMS e IV Congresso Brasileiro de Saúde Cultura de Paz e Não-Violência

O CONASEMS nasceu de um movimento social em prol da saúde pública e se legitimou como uma força política que assumiu a missão de agregar e de representar o conjunto de todas as secretarias municipais de saúde do país. Desde que foi criado, focou sua tarefa em promover e consolidar um novo modelo de gestão pública de saúde alicerçado em conceitos como descentralização e municipalização. Também assumiu o desafio de romper com a estrutura centralista de decisões impostas de cima para baixo, que desconsideravam as especificidades e as demandas de cada município brasileiro; propôs uma fórmula de gestão democrática para a saúde a fim de atribuir aos municípios um papel que não fosse o de meros coadjuvantes, fazendo jus aos preceitos constitucionais de formulação do Sistema Único de Saúde (SUS), e defendeu, de forma incondicional, o sistema público de saúde, acreditando que ele seria mais eficaz à medida

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que os municípios deixassem de ser tão-somente executores de ações e assumissem também o papel de formuladores de políticas públicas.

Como artífice de um plano de inclusão social, o CONASEMS passou a auxiliar as cidades na formulação de estratégias voltadas ao aperfeiçoamento dos seus respectivos sistemas de saúde, primando pelo intercâmbio de informações e pela cooperação técnica.

Além disso, lançou-se na disputa por espaço político nas instâncias federais, incluindo na pauta de discussões da saúde grandes temas de interesse como financiamento público, recursos humanos e defesa dos princípios do SUS.

Enfim, direcionou seu trabalho para a promoção do acesso universal e equânime da população aos serviços de saúde e para a garantia da integralidade dessas ações desde a prevenção até a reabilitação.

• Julho/2007 – 25º Festival de Dança de JoinvilleO evento, em todas as suas edições, é referência tanto

nacional quanto internacionalmente e traz para a cidade bailarinos e coreógrafos que se destacam profissionalmente.

• Agosto/2007 – VIII Congresso Nacional Intermodal dos Transportadores de Cargas

Criada em 16 de março do ano de 2000, a Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga – ABTC – é uma entidade civil sem fins lucrativos, que tem como missão defender os legítimos interesses do segmento de logística e transporte de cargas em todos os seus modais, visando ao aperfeiçoamento e ao crescimento dessa atividade, tornando-a um instrumento de sustentação da economia do país.

A ABTC, com foro em Brasília e atuação em todo o território nacional, congrega empresas de transporte de cargas e entidades de classe representativas desse segmento.

1.8 Metodologia

Para Gil (1999, p. 42), a pesquisa é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo

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fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos” e, nesse caso, objetiva-se identificar o perfil socioeconômico do turista e o comportamento do consumidor dos eventos na cidade de Joinville.

São dois os modelos para a coleta de dados: um formulário aplicado aos participantes dos eventos face a face, e um questionário respondido por escrito pelos expositores/atores dos mesmos eventos. O uso de estatísticas permitiu estimar as amostras representativas do universo dos participantes em um nível de confiança de 95%, com um erro amostral não superior a 6% para os formulários. Com relação à aplicação dos questionários aos expositores/atores, esses foram respondidos em sua totalidade, isto é, houve 100% de resposta em cada um dos eventos.

De acordo com os valores de algumas questões, como tempo de permanência na cidade, investimentos, gasto previsto, idade e renda, é apresentada uma média aritmética em que cada valor se encontra ponderado, desde que apresente diferentes faixas de indicação. Nesse caso, a ponderação é caracterizada pelo número de repetições de cada valor ou, mais especificamente, pela freqüência. A média ponderada é obtida pelo quociente entre somatória dos produtos de cada variável pelo respectivo peso (freqüência) e a somatória dos pesos (somatória de freqüência).

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PRINCIPAISRESULTADOS

Os dados levantados pela pesquisa revelam números bastante animadores. Os nove eventos pesquisados em 2006 e 2007 em dois espaços, os quais mobilizaram empresas organizadoras e promotoras de eventos, possibilitaram a realização da pesquisa por meio das 2.044 pessoas entrevistadas.

2.1 Total de entrevistados

Gráfico 1 – Total de entrevistadosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Os eventos que apresentaram o maior número de entrevistados foram as duas edições do Festival de Dança e a 68ª Festa das Flores, talvez por estes serem eventos que sempre movimentam uma quantidade bastante expressiva de pessoas e promovem uma maior interação entre turistas e comunidade.

2

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2.2 Gênero dos entrevistados

Gráfico 2 – Gênero dos entrevistadosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Dos 2.044 entrevistados, 770 eram homens e 1.274 eram mulheres. Assim, observa-se que nesses eventos a participação dos entrevistados do sexo feminino superou os do masculino em 62,33%. Como não foi adotado nenhum critério de estratificação, é impossível afirmar que o público desses eventos é em sua maioria do sexo feminino.

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2.3 Residência permanente dos entrevistados

Gráfico 3 – Residência permanente dos entrevistadosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

As informações do gráfico 3 indicam que 96,9% dos participantes dos eventos são residentes no Brasil e 3,1% são estrangeiros. Porém houve um único evento internacional pesquisado, o que evidencia uma baixa demanda de eventos que abrangem o público vindo do exterior.

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2.4 Residência permanente dos entrevistados por estado brasileiro

Para uma melhor interpretação dos dados, decidiu-se desmembrar os 96,9% dos brasileiros entrevistados, representados no gráfico 3, de acordo com os seus respectivos estados de origem, obtendo-se o seguinte resultado:

Gráfico 4 – Residência permanente dos entrevistadospor estado brasileiro

Fonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O gráfico 4 mostra que os paulistas e paranaenses são os que mais procuram a cidade de Joinville, seguido dos gaúchos, cariocas e mineiros. Isso sem levar em consideração os visitantes de outras cidades de Santa Catarina, que representam a maioria dos entrevistados.

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2.5 Permanência em Joinville

Gráfico 5 – Permanência em JoinvilleFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Percebe-se aqui que os visitantes dos eventos em Joinville costumam na sua maioria ficar mais de um dia na cidade. Com base na pesquisa realizada, constatou-se que a média ponderada de permanência em Joinville é de 5,2 dias. Entretanto, sem o Festival de Dança, a média cai para 3,5 dias.

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2.6 Idade dos participantes dos eventos

Gráfico 6 – Idade dos participantes dos eventosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A faixa etária mais representativa do público pesquisado ficou entre 21 e 40 anos de idade, com 34% dos entrevistados, seguida pelo grupo que pertence à faixa dos 41 aos 50 anos. Conseqüentemente, a média ponderada de idade dos participantes é de 36,7 anos, o que sinaliza a participação de pessoas da faixa etária economicamente ativa, portanto com gostos, cultura e valores já definidos, fato que impulsiona a cidade a buscar uma profissionalização cada vez mais atualizada para o setor.

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2.7 Renda média mensal dos entrevistados (por Salários Mínimos)

Gráfico 7 – Renda média mensal dos entrevistados (por Salários Mínimos)Fonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Observa-se que 25% dos entrevistados ganham acima de 10 salários mínimos. A pesquisa também indicou que a média ponderada da renda média mensal é de 6,3 salários mínimos, mostrando um bom poder aquisitivo por parte dos visitantes. Esses indicadores levam a crer que vale a pena investir nos eventos pesquisados, pois sua demanda demonstra uma excelente oportunidade de ganhos para o município e vantagens em se investir em novos empreendimentos que possam suprir tanto as necessidades dos organizadores e promotores quanto as dos visitantes.

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2.8 Número de pessoas dependentes da mesma renda mensal

Gráfico 8 – Número de pessoas dependentes da mesma renda mensalFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O gráfico 8 mostra que 31% das pessoas têm sua renda comprometida apenas com suas despesas, ou seja, não dividem seus ganhos com mais ninguém. Entretanto, outros 25% dos entrevistados repartem seus rendimentos com apenas mais uma pessoa. A média ponderada de pessoas dependentes da mesma renda mensal é de 2,6 pessoas.

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2.9 Grau de instrução dos entrevistados

Gráfico 9 – Grau de instrução dos entrevistadosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A maioria dos entrevistados possui curso superior, como mostra o gráfico 9, perfazendo um total de 40%, e outros 28% têm ensino médio completo. Esses indicadores demonstram o perfil elevado dos turistas de negócios e eventos, uma vez que participam das atividades para seu aperfeiçoamento técnico e/ou profissional. O fato também demonstra que tais visitantes tendem a ser mais seletivos e exigentes, a fim de fazer com que Joinville prime cada vez mais pela qualidade de seus serviços.

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2.10 Perfil profissional dos entrevistados

Gráfico 10 – Perfil profissional dos entrevistadosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A principal ocupação dos entrevistados é a atividade pública, com um total de 23,28%, seguida pelos estudantes, com 23,03%, e por funcionários de empresas privadas, com 22,54%. Também é importante salientar que o XXIII CONASEMS foi o evento que apresentou o maior número de funcionários públicos. Excluindo-o, a média deles cai para 7,43%.

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2.11 Meio de conhecimento do evento

Gráfico 11 – Meio de conhecimento do eventoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A pesquisa mostra que os comentários de amigos e parentes, item citado por 30% dos entrevistados, foi a principal maneira de como o público participante tomou conhecimento dos eventos, seguido pela divulgação via televisão, com 15%. Assim, percebe-se que é necessário estabelecer um estudo para verificar como intensificar a forma de divulgação pelos meios de comunicação para promover uma prospecção maior dos participantes nos eventos.

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2.12 Primeiro ano de participação nos eventos

Gráfico 12 – Primeiro ano de participação nos eventosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Com relação à participação nos eventos, observa-se uma paridade nos indicadores, mostrando que 48% dos entrevistados já participaram de outras edições e que é a primeira vez de outros 48%. Sugere-se dessa maneira que a maioria das pessoas que freqüentam os eventos ocorridos em Joinville costumam retornar à cidade.

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2.13 Número de vezes que participou dos eventos

Gráfico 13 – Número de vezes que participou dos eventosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Muito embora o gráfico 13 mostre que a maioria dos entrevistados estava retornando a Joinville pela segunda vez, a média ponderada do número de participações foi de 4,4 vezes. Porém é importante lembrar que o Festival de Dança foi realizado em sua 25ª edição, a Festa das Flores na sua 69ª edição e os demais eventos estavam apenas em sua 1ª edição na cidade.

Normalmente o Festival de Dança e a Festa das Flores refletem uma participação maior da comunidade local comparados aos outros eventos. Por conta disso, tomou-se o cuidado de entrevistar somente os visitantes de outras cidades.

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2.14 Condição de participação no Festival de Dança

Gráfico 14 – Condição de participação no Festival de DançaFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Como o Festival de Dança foi o evento que apresentou o maior número de participantes e visitantes na análise geral, ficou evidenciado que a maioria dos entrevistados se encontrava na condição de bailarino, 32% do total, e o segundo maior número foi o de espectador, com 28%.

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2.15 Transporte utilizado para participar do evento

Gráfico 15 – Transporte utilizado para participar do eventoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O deslocamento para os eventos em Joinville, segundo o gráfico 15, foi realizado por ônibus, com 36%, e automóvel, com 33%. Além de significar um aumento no consumo de combustível, o fato também reflete uma maior quantidade de veículos trafegando nas estradas, o que exige um planejamento constante do sistema viário do município, principalmente no período da realização de eventos.

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2.16 Gasto médio previsto por dia em Joinville

Gráfico 16 – Gasto médio previsto por dia em JoinvilleFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O gasto médio previsto por dia para cada visitante na cidade é de R$ 100,00. Considerando o total de entrevistados, 2.044 pessoas, houve então um ganho aproximado para Joinville de R$ 204.400,00 por dia. Já a média ponderada desse gasto ficou em torno de R$ 577,95. O gráfico a seguir mostra o gasto médio previsto em cada evento, permitindo assim uma visualização individual de cada atividade.

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2.17 Gasto médio previsto em Joinville em cada evento (em R$)

Gráfico 17 – Gasto médio previsto em Joinville em cada evento (em R$)Fonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Nota-se com o gráfico que o evento que apresentou os entrevistados que tinham o maior gasto médio previsto ao longo do evento foi a Jornada Sul-Brasileira de Cirurgia Plástica, com R$ 807,83, seguido pela 36ª ASSEMAE, com R$ 761,82. Já a XVII Acorbat ficou com R$ 761,82 e o 25º Festival de Dança com R$ 761,12, quase empatados.

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2.18 Meio de hospedagem

Gráfico 18 – Meio de hospedagemFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O gráfico 18 indica que 41% dos entrevistados ficaram hospedados em hotéis, mostrando que este é o serviço mais utilizado pelos participantes dos eventos na cidade, o qual é, portanto, beneficiado diretamente. Outros 26% dos participantes retornam no mesmo dia a sua residência, não pernoitando em Joinville.

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2.19 Com relação aos atrativos e equipamentos de Joinville

2.19.1 Obtenção de informações

Gráfico 19 – Obtenção de informaçõesFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Em termos da obtenção de informações sobre Joinville, 38% dos entrevistados consideraram o serviço bom e 30% o acharam ótimo. Mas existe uma parcela bastante significativa, 20% do total, que não teceram opinião, provavelmente em função da agenda do evento, que não oferece aos participantes tempo disponível para visitar a cidade e região. Para melhor divulgar e apresentar o município, pretende-se propor ao promotor do evento a inserção do roteiro de pontos turísticos de Joinville na programação dos eventos.

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2.19.2 Hospitalidade

Gráfico 20 – HospitalidadeFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

De um modo geral os visitantes, com uma representatividade de 50%, conforme o gráfico 20, consideram a hospitalidade de Joinville ótima. A cidade é um moderno centro urbano que conserva o jeito simpático da gente do interior. Do garçom ao recepcionista do hotel, do taxista ao barman, os joinvilenses primam pelo atendimento caloroso, esforçam-se para agradar os clientes, tratam-nos pelos nomes e vão além da mera cortesia profissional.

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2.19.3 Hospedagem

Gráfico 21 – HospedagemFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A cidade conta com 56 meios de hospedagem, mostrando-se apta para receber um número expressivo de pessoas em congressos, concertos, exibições de dança, feiras industriais, torneios esportivos, convenções, shows e espetáculos de forma confortável, pois possui aproximadamente 3.000 leitos disponíveis. Isso contribuiu para que 59% dos entrevistados considerassem os meios de hospedagem de bom para ótimo, conforme indica o gráfico 21.

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2.19.4 Gastronomia

Gráfico 22 – GastronomiaFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A gastronomia em Joinville é bastante variada e tem boas opções. Tanto é que 39% dos visitantes a consideraram ótima e outros 39% boa. Reflexo disso é a mais recente rota culinária da cidade, denominada “Via Gastronômica”, que atrai cada vez mais apreciadores por conta da diversidade, com a qual se visa atender aos mais variados paladares.

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2.19.5 Comércio

Gráfico 23 – ComércioFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Somando os percentuais com opiniões de ótimo e bom, obtém-se o resultado de 68% dos entrevistados satisfeitos com o comércio local.

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2.19.6 Transporte Urbano

Gráfico 24 – Transporte urbanoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

O gráfico 24 apresenta 67% dos entrevistados sem uma opinião formada com relação ao transporte urbano de Joinville. Nesse caso, é importante lembrar e levar em consideração que somente 36% dos entrevistados vieram de ônibus para a cidade, os quais, conseqüentemente, necessitariam do transporte público, o que não significa dizer que todos utilizaram esse meio de transporte. Entretanto, os poucos que disseram fazer uso do serviço o consideraram bom.

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2.19.7 Serviço de táxi

Gráfico 25 – Serviço de táxiFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

A pesquisa mostra que 56% dos entrevistados não têm opinião sobre esse serviço, mas vale a pena lembrar que, desse percentual, 33% vieram de automóvel e os outros 23% vieram de avião, os quais preferiram alugar um carro. Todavia, os que utilizaram táxi consideraram o serviço satisfatório na sua maioria, com 18% considerando bom e outros 18% considerando ótimo.

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2.19.8 Sinalização

Gráfico 26 – SinalizaçãoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Conforme o gráfico 26, 67% dos visitantes consideraram ótima e boa a sinalização, lembrando que Joinville é considerada uma das cidades com a maior quantidade de sinalização turística do Sul do Brasil. O fato implica dizer quão importante é a continuidade do planejamento da sinalização da cidade.

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2.19.9 Limpeza Pública

Gráfico 27 – Limpeza públicaFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Do universo dos entrevistados, 81% deles consideraram ótima e boa a limpeza pública da cidade. Dados demonstram uma maior qualificação do ambiente urbano.

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2.19.10 Vida Noturna

Gráfico 28 – Vida noturnaFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Novamente teve-se um alto percentual de pessoas que não opinaram, mais precisamente 49% dos entrevistados, pois não tiveram tempo para conhecer a cidade. Esse é mais um motivo para se propor aos promotores de eventos a inclusão do roteiro da cidade na programação de suas atividades.

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2.19.11 Parques, praças e áreas naturais

Gráfico 29 – Parques, praças e áreas naturaisFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Nesse caso encontra-se a mesma situação apresentada no gráfico 28, em que 48% dos entrevistados não opinaram porque não tiveram tempo para conhecer a cidade. Entretanto também se pode observar a existência de poucas opções com relação a esses atrativos em Joinville.

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2.19.12 Museus e espaços históricos

Gráfico 30 – Museus e espaços históricosFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Mais uma vez a maioria dos entrevistados não opinou por desconhecer a cidade, pois não encontrou tempo na programação do evento para visitações. O problema requer uma ação efetiva com os promotores e organizadores de eventos para providenciar a indicação de visitações na cidade e atividades turísticas na programação dos eventos. Também é válido considerar o fato de que os museus e espaços históricos existentes na cidade precisam inovar para se tornarem mais atraentes.

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2.19.13 Entretenimento

Entende-se por entretenimento passeios ao shopping center, cinema, compras, parques de diversão, teatros e shows.

Gráfico 31 – EntretenimentoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Como a maioria dos entrevistados não dispõe de tempo para conhecer Joinville, a questão do entretenimento também ficou desfalcada, com 29% deles sem uma opinião quanto ao assunto. Mesmo assim, 35% dos visitantes o consideraram bom e 29% ótimo.

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2.19.14 Local de realização do evento

Gráfico 32 – Local de realização do eventoFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Com relação ao local de realização do evento, 55% dos entrevistados consideraram-no ótimo e 32% bom, indicando que Joinville possui espaços e equipamentos para eventos de qualidade, nos quais se deve investir cada vez mais, a fim de incrementar os espaços da cidade.

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2.19.15 Parques temáticos e lazer

Gráfico 33 – Parques temáticos e lazerFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Do total de entrevistados, 65% não opinaram por conta de os eventos não disporem de tempo para visitação da cidade. Outro aspecto a ser considerado é o fato de que há poucas áreas de lazer e parques temáticos em Joinville.

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2.19.16 Interesse em retornar a Joinville

Gráfico 34 – Interesse em retornar a JoinvilleFonte: Univille, Promotur e JOC&VB (2006-2007)

Observa-se que 97% dos entrevistados possuem interesse em voltar a Joinville. Assim, é necessário inserir no planejamento ações que visem à promoção da cidade durante os eventos para os visitantes, de modo que haja também um incremento na demanda turística de lazer.

Entre as principais sugestões encontra-se a falta de sinalização, limpeza do rio Cachoeira, maior climatização do local do evento, melhoria dos alojamentos e das calçadas.

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CONSIDERAÇÕES

A pesquisa mostra que Joinville apresenta excelentes oportunidades para continuar explorando o turismo de negócios e eventos, o que vem contribuir para a tomada de decisão em termos de planejamento.

Também se pode observar a necessidade da elaboração de estratégias para o maior aproveitamento desse público na cidade com a inclusão de atrações paralelas e a inclusão de um city tour nas programações dos eventos, bem como estimulá-lo a retornar à cidade para a prática do turismo de lazer.

O planejamento contribui para determinar as estratégias de investimento que possam colaborar diretamente com os objetivos de crescimento e desenvolvimento econômico almejados por uma determinada região. Tais estratégias podem ser definidas por um plano de ações construído em função do consenso comum e empenho dos atores responsáveis, já que a busca por uma constante melhoria de vida é incessante nas sociedades.

Nesse sentido é fundamental a participação da sociedade no processo de criação do plano de ações, pois o capital humano é a principal força para o desenvolvimento local e sustentável, o que auxilia também na organização e mobilização das atividades que visam à valorização das pessoas. O trabalho de organização e gestão social é outra dimensão importante, por articular e transformar os talentos humanos e potenciais locais em capital social.

Não distante disso, esta pesquisa, realizada com ajuda e opiniões da sociedade, vem auxiliar para que se tenha um novo olhar com relação à cidade, que está voltada cada vez mais para o setor de serviços, para que em um futuro próximo se tenha a possibilidade de promover mais oportunidades de geração de renda local e qualificação dos seus ambientes natural e cultural para atender às exigências dos públicos participantes dos eventos, agindo sobre os pontos negativos, otimizando a divulgação do que a cidade tem de melhor e oportunizando o desenvolvimento do município como um todo por meio da melhoria da qualidade de vida da população.

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REFERÊNCIAS

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EHLKE, Cyro. Joinville: síntese descritiva da fundação e do povoamento. Itajaí: Uirapuru, 1975.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Turismo de Negócios & Eventos: orientações básicas. Brasília, 2008.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE. Secretaria de Finanças. Joinville: vida e negócios. Joinville, SC: PMJ, 1992.

RABAHY, Wilson Abrahão. Turismo e Desenvolvimento: estudos econômicos e estatísticos no planejamento. Barueri, SP: Manole, 2003.

SANTA CATARINA, Governo do Estado de. Guia Santa Catarina. Disponível em: <http://www.guiasantacatarina.com.br>. Acesso em: 27 fev. 2008.

TERNES, Apolinário. História de Joinville: uma abordagem crítica. Joinville: Meyer, 1981.

________. História Econômica de Joinville. 2. ed. Joinville: Meyer, 1986.

________. Joinville: a construção da cidade. São Bernardo do Campo, SP: Bartira, 1993.

________. A economia de Joinville no Século 20. 1. ed. Joinville: Letradágua, 2002.