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E mais:E mais:E mais:E mais:E mais:LIAN GONGLIAN GONGLIAN GONGLIAN GONGLIAN GONG
AMIZADE E SAÚDEAMIZADE E SAÚDEAMIZADE E SAÚDEAMIZADE E SAÚDEAMIZADE E SAÚDE
O SABOROSO MACARRÃOO SABOROSO MACARRÃOO SABOROSO MACARRÃOO SABOROSO MACARRÃOO SABOROSO MACARRÃO
O Inquérito de Saúde
de São Paulo
Publicação da Gerência de Comunicação & Educação • COVISA • Edição No 0 • Dezembro de 2004
A Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) foi criada em 2003 como resultado do processo de assunçãoplena do SUS pelo Município de São Paulo. Em 2004 se completou o trababalho de agregação das diversas estruturas docampo de Vigilância em Saúde nesta Coordenação.
Neste período se consolidou o processo de descentralização das ações de vigilância com a estruturação das Supervisõesde Vigilância em Saúde (SUVIS) nas 31 subprefeituras da cidade.
Promoção de Saúde
COVISACoordenação de Vigilância em Saúde
Para realizar suas atividades, aCOVISA organiza-se emGerências:A Vigilância Ambiental atua naprevenção e controle de doençasocasionadas por condiçõesambientais, que incluem desdezoonoses até agravos produzidospor poluição. Conta com assubgerências: Laboratório deDiagnostico de Zoonose,Laboratório de Identificação ePesquisa em Fauna Sinantrópica,Centro de Controle de Zoonoses,Vigilância dos AgravosAssociados a ContaminantesAmbientais e Vigilância deZoonoses e Agravos Transmitidospor Vetores.Produtos, Serviços e Saúde doTrabalhadorDividida em quatro subgerencias:a subgerência de Alimentosresponsabiliza-se pela vigilânciaem saúde dos estabelecimentos
que produzem, manipulam edistribuem alimentos. Asubgerência de Produtos fiscalizaestabelecimentos que trabalhamcom cosméticos, medicamentos,saneantes e correlatos.A subgerência de Saúde doTrabalhador, por sua vez, executaações de prevenção de acidentese agravos decorrentes dotrabalho no ambienteprofissional. Por fim, asubgerência de Serviços realiza ocontrole e fiscalização deestabelecimentos que prestamserviço de interesse à saúde, debaixa e média complexidade,como cabeleireiros, consultóriosodontológicos e médicos, casasde tatuagem, etc. Cadasubgerência conta com equipe devigilância epidemiológica dosproblemas de saúde dos seusrespectivos campos depreocupação.
O Centro de Prevenção eControle de Doenças cuida dasações destinadas ao controle de umgrande cômputo de doençastransmissíveis e não transmissíveis.Divide-se em cinco subgerências:Centro de Controle de Intoxicações(CCI); Laboratório de Toxicologia;Doenças Transmissíveis, comotuberculose e hanseníase; Vigilânciae Agravos não Transmissíveis(DANT) que trabalha, por exemplo,a hipertensão e o diabetes, comotambém agravos produzidos porviolência e a subegerência deImunização.Áreas MeioPara desenvolver adequadamentesuas atividades, a Vigilância emSaúde conta com quatro gerências:Administração e Finanças,Comunicação e Educação,Desenvolvimento e Gestão dePessoas e Informação da Vigilânciaem Saúde.
Praça de AtendimentoEstá no nível central na COVISA e emtodas as subprefeituras, paraorientar, receber documentos eprocessos referentes à Vigilânciade Produtos, Serviços e Saúde doTrabalhador; e Saúde Ambiental.
Atendimento ao cidadãoTais modalidades de serviços atendem diretamente às necessidades dos munícipes:
SACServiço telefônico que esclarecedúvidas, orienta e recebereclamações dos munícipes sobrequestões afeitas à Vigilância emSaúde. Fones (3350-6624, 3350-6628).156 (atendimento geral daPrefeitura Municipal de SãoPaulo).
Página eletrônicaPágina domiciliada no site daPrefeitura do Município de SãoPaulo que detalha informações detodos os serviços e ações daCOVISA, orienta e possibilitabaixar documentos e realizarprocedimentos.
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 1
O Almanaque DANTsurgiu da necessidade dedar visibilidade às ativi-
dades de promoção da saúde eprevenção das Doenças e AgravosNão Transmissíveis (DANT) realiza-das no Município de São Paulo.
Esta publicação é parte integrantedo projeto pioneiro na administraçãoda cidade de São Paulo, que foi acriação da área de Vigilância dasDANT do Centro de Controle deDoenças da COVISA.
Pretende ser um instrumento deatualização e troca de experiênciasbem sucedidas desenvolvidas pelasequipes de saúde regionais e locais,organizações não governamentais,convênios docente-assistenciais edemais setores comprometidos coma saúde da população.
O Almanaque é um fórum inte-rativo para as equipes de saúde: pro-curará responder suas dúvidas,dificuldades e consultas na secção“Qual é a sua dúvida?”, entrevistarápersonalidades que se destacarem
EXPEDIENTE
Editorialnessa área, irá tornar disponívelmaterial para aplicação no dia-a-diados serviços no combate aos fatoresde risco para as DANT.
A publicação faz sugestões paramelhorar a qualidade de vida, comdicas de lazer, alimentação saudável,atividade física, relacionamentohumanizado na família, trabalho esociedade.
O sucesso do Almanaque de-penderá fundamentalmente dacolaboração das equipes de saúde,que revelarão suas experiências,divulgarão suas agendas de atividadesem parceria com a comunidade, nogrande empreendimento que éreduzir os fatores de risco para asDANT e investir para melhorar ascondições de vida da população.
Boa leitura!
Julio Cesar de Magalhães AlvesGerência do Centro de Prevenção e
Controle de Doenças - CCD
Coordenação de Vigilância em Saúde -SMS - SP
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Sumário
Supervisão Técnica e EditorialMárcia KersulDenise CondeixaCélia MedinaAndréa GalanteLuís Gracindo BastosRosana Burguez DiazCláudia Lago
ColaboradoresEmilio Telesi JúniorSimone de Camargo SeguiCristina FrançaRuy Paulo D’Elia NunesCarmen Carmona de AzevedoMarisa MinhotoMaria Izabel LeãoThiago Hara Dias
EdiçãoCláudia Lago
ProduçãoRichard Romancini
FotosValdenéia BarbosaJosane Cavalheiro
RevisãoHélio NevesDenise CondeixaLuiz Gracindo BastosTatiana Pasquale
Assessoria técnica para as reportagens:Entrevista: Márcia Kersul e Cláudia LagoSanto de Casa Faz Milagre: Márcia Kersul eSimone de Camargo Segui
Viver Bem em Sampa: Márcia Kersul -Fotos Valdenéia Barbosa
Práticas Alternativas: Márcia Kersul -Fotos Valdenéia Barbosa
Teia da Saúde: Luís Gracindo BastosDivirta-se (cruzadinha): Luís GracindoBastos
Fórum Municipal/ Estratégia Global: LuísGracindo Bastos, Andréa Galante, CéliaMedina. Fotos Josane Cavalheiro
Inquérito Municipal: Luís Gracindo Bastos,Hélio Neves e Chester Luiz Galvão CésarFotos Josane Cavalheiro
Jornalista Responsável: Cláudia Lago
O Almanaque DANT é uma publicaçãoda Subgerência de DANT e da Gerência deComunicação & Educação da COVISA.Dúvidas, críticas, apoios e sugestõespodem ser enviadas para o [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Apoio:
Teia daSaúde
Santo deCasa
Entrevista
Viver Bemem Sampa
Comer Bem
Fórum Municipal eEstratégia Global
Roteiro
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Movimente-se9
PráticasAlternativas
26Qual é a suadúvida?
Divirta-se 24
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 20042
O professor José Rosemberg é médico pneumologista etisiologista, especialista em doenças pulmonares e tuberculose.
Mais do que isso, é um dos pioneiros da luta contra o tabaco, noBrasil e também no mundo. Atualmente, o professor Rosemberg é
presidente do Comitê Coordenador do Controle de Tabagismo no Brasil, daComissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira, membro daComissão de Tabagismo no Conselho Federal de Medicina e da CâmaraTécnica do Programa Nacional do Controle de Tabagismo, ligado ao
Instituto Nacional do Câncer.
O professorRosembergdefende que todosos profissionais desaúde têmobrigação departicipar da lutaantitabaco. Mesmoaqueles que nãotêm vocação paraa saúde públicadevem, no contatohumano com seuspacientes eclientes, abordar oproblema dotabagismo, levantá-lo da mesma forma comolevantam questões comoa AIDS, alcoolismo. Maisainda, defende que éfundamental integrar aluta antitabágica ao SUS.“O agente de saúde quefala em camisinha, emtuberculose, tem que falarem tabaco”. Para ele, ofundamental éconscientizar osprofissionais de saúde.“Quando fizermos isso, apartida estará ganha”acredita.
“Tabaco mata”
Entrevista
O professor Rosembergeditou mais de 12 livros
sobre o tabaco, a maioriadeles com distribuição
gratuita. O último, “Nicotina,Droga Universal”, editadopelo Instituto Nacional do
Câncer e Secretarias deEstado da Saúde de São
Paulo e do Ceará, tambémsegue a norma: esta sendodistribuído no país inteiro,
gratuitamente.
Almanaque DANT:Como foi o início desua luta contra aepidemia tabágica?José Rosemberg:Acontece que eu soumédico, e o tabagismosempre esteve naordem do dia. Quandofui visitar um amigoque era diretor daOrganização Mundialda Saúde, em Genebra,ele me disse queestavam preparando oprimeiro Dia Mundialde Luta Antitabaco,
que seria em 1971, e perguntouse eu podia dispensar umpouco do meu trabalho datuberculose para trabalhar como tabagismo. Aceitei o convitee, quando retornei, já fiz aPrimeira Semana Antitabágicado Brasil, na PUC. Na ocasiãofiz uma monografia que foieditada num número especialda Revista da PUC sobretabagismo. De lá para cá ascoisas evoluíram e em 1985 fuieleito vice-presidente de honrado Comitê Latino-Americanode Luta Antitabaco.
3ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004
Posteriormente fundei juntocom os colegas Mário Rigatto eAntonio Mirra, uma ONG, oComitê Coordenador doControle de Tabagismo noBrasil, que coopera comPrograma Nacional de Combateao Tabagismo.Em 1983, o então Ministro daSaúde, Valdir Arcoverde,organizou sigilosamente umaComissão de cinco membrospara elaborar o PrimeiroPrograma de Combate aoTabagismo doBrasil, da qual fizparte.
AD: Por que areunião doprimeiro Comitêfoi sigilosa?José Rosemberg:Veja só, o Programadeveria ser sigilosoporque a pressãocontra, naquelaépoca, seria muitogrande junto aoMinistério daSaúde. O temor doministro era queviesse à tona que estávamostrabalhando, a pressão daindústria tabaqueira e deórgãos do governointeressados em continuarrecebendo impostos do tabacoiria obstaculizar o Programa.Foi o único percalço que teve,mas na medida em que a coisafoi se desenvolvendo, e que oprograma na América Latina foiaumentando, os obstáculosdiminuíram.
AD: Que entraves o Sr. vêainda a esta luta?
José Rosemberg: Na realidade oque temos hoje, e isso foi
provado, é que a indústriatabaqueira paga jornalistas,paga até técnicos, biólogos emédicos, para escreveremartigos nos jornaiscontestando, questionando averacidade científica de que otabaco mata. Não é umobstáculo, é uma lutacontrária. De vez em quandoaparece algum artigo em umapublicação de grandecirculação. Por exemplo, hátambém questionamento
passivos, que convivem com ocigarro em suas casas,ambientes de trabalho, ou nasruas, têm mais risco de morrerde infarto do coração, câncerdo pulmão e de outras doençaspulmonares.
AD: O que está sendo feitopara reduzir a poluiçãoambiental tabágica?José Rosemberg: Começou nomundo uma campanha deproibição de fumar nos locais
de trabalho, noslocais de lazer ereunião. Nas casas éum problemaeducacional. Foiaprovada emGenebra aConvenção-Quadropara o Controle doTabaco, e 192 paísesassinaram, inclusiveo Brasil. Ora, aindústria tabaqueirasabe que quandoisso se espalhar,cairão as vendas de30 a 60% e vaidiminuir o número
de fumantes. Por isso elaorienta uma campanha naimprensa, junto aos podereslegislativos, para impedir aaprovação de leis contra otabaco. No Brasil a ABFUMO ea AGROFUMO têm atuadointensamente nesta direção,mas é uma disputa mundial.
AD: Como o senhor vê aspolíticas públicas do Brasilpara o controle do tabagismo?José Rosemberg: Há umadualidade. Existe o ProgramaNacional de Controle doTabagismo, que foi implantadoem 3000 dos 5500 municípios
O professor Rosemberge sua esposa, a médica
Ana Margarida,também na luta contra
o tabaco.
quanto à poluição tabágicaambiental. Está provado que otabaco faz mal a quem fuma,encurta a vida do fumante.Porém, foi verificado que ostóxicos do tabaco poluem aatmosfera em ambientesfechados. Então, onde se fuma,se difunde nicotina, esubstâncias cancerígenas naatmosfera, e os fumantes
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 20044
do Brasil. O PNCT preparatécnicos, esclarecefuncionários, solicita aimplantação de leis municipaisproibindo fumar em locais detrabalho. Há um programa deeducação das crianças, o“Saber Saúde”.Paralelamente a esteprograma o Congressodeveria agora aprovar asleis da Convenção-Quadro. Ratificá-la. Estáhavendo uma posiçãocontrária, uma dubiedadeque se encontra emmuitos países da AméricaLatina e da Europa,porque a pressãoeconômica mundial émuito grande, porqueexistem muitos interessesenvolvidos. São jogos deantagonismo dentro dopróprio governo, nóstemos áreas de atuaçãopública que vêem naarrecadação de impostosuma grande renda, e écom isso que manipula aindústria tabaqueira.Outra ala já entende que,por mais que se arrecadeimpostos, não se paga oprejuízo que o tabacocausa. No Brasil estãomorrendo por ano 200 milpessoas pelo consumo detabaco, o que mais mata hoje éo tabaco. Não há renda quecompense e, por outro lado,está provado que os fumantestêm aposentadoria precoce,porque adoecem. Issorepresenta prejuízoeconômico.
AD: Por que fumamos tanto?José Rosemberg: A neurofarma-cologia da nicotina mostra que
o mecanismo pelo qual ela geradependência é igual ao dacocaína, o fumante é umavítima. Então, quem fumadificilmente pára de fumar. Equando se trata de umfumante, tem que tratar toda a
família, porque se tiver outrofumante na família não adianta.O ex-fumante chega ao primeirobar estão fumando, no clubeestão fumando, no local detrabalho estão fumando, ele
está aspirando e volta a fumar.Sem querer, volta, porque é umnicotino-dependente.
AD: Qual o caminho paraacabar com o fumo?José Rosemberg: Uma lei nãopode acabar com o tabaco. Por
quase 500 anos o tabacofoi incensado como estilode vida, as pessoas foramcondicionadas a vervantagens no ato defumar. Leva algum tempopara criar uma sociedadeconscientizada de que ocigarro mata. Para obteressa sociedade, só leis quepossam criar um binômio:Legislação e Educação.Qual legislação? Proibiçãototal da propaganda emtodos os meios decomunicação, elevaçãodos preços do cigarro,advertências nos maçoscom figuras – o Brasil éum do pioneiros nestamedida –, proibição defumar em todos os locaisde trabalho. Com essasmedidas pretende-se criaruma sociedadeconscientizada de que otabaco faz mal e faz mal a
quem convive com o fumante.É preciso convencer aos paisque eles estão prejudicando asi próprios e, pior ainda, asaúde dos filhos. É umacampanha muito difícil. Se ahumanidade deixar de fumarhoje levará, em média, 20 anospara cessar os efeitos nocivosà saúde causados pelo tabagis-mo. Está provado que nos ex-fumantes leva, pelo menos, 20anos para que o risco de tercâncer de pulmão se iguale aquem nunca fumou.
O Brasil foi pioneiro aointroduzir advertênciasnos maços de cigarro,
medida benéficasegundo o professor
Rosemberg
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 5ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004
Teia da SaúdeA Teia da Saúde é um espaço para divulgação dos órgãos e
entidades que atuam na promoção da saúde, junto àsorientações do setor de DANT, em todas as regiões de São Paulo.
Faça parte deste grupo, envie sugestões [email protected] e ajude a montar uma verdadeira teia social.
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO DEPESSOAS COM DIABETES
CENTRO DE ATENÇÃOPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOL E
DROGAS (CAPS-AD)
CENTRO DE REFERÊNCIA PARA OATENDIMENTO DE PESSOAS EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ATENDIMENTO PARA CESSAÇÃODO TABAGISMO
OESTE
SUL
LESTE
NORTE
CAPS-AD CentroR. Frederico Alvarenga, 259 -5º andar (Anexo B)Parque D. PedroCEP 01020-030Tel.: 3241-0901 / Fax: 3257-5155ramal 196
ANAD – Associação Nacional deAssistência ao DiabéticoRua Eça de Queirós, 198Vila MarianaCEP: 04011-031Tel.: 5572-6559
Ambulatório de Especialidades de VilaPrudentePç. Centenário da Vila Prudente, 108V. PrudenteCEP: 03132-050Tel.: 274-2523
Unidade de Álcool e Drogas São MateusR. Joaquim Gouveia Franco, 150São MateusCEP 03961-020Tel.: 6119-8143 / 6110-8146CAPS-AD Pinheiros
Rua Nicolau Gagliardi, 439PinheirosTel.: 3816-3959
CSE Samuel B. PessoaAv. Vital Brasil, 1490ButantãCEP: 05303-000Tel.: 3727-1690 / 3726-2912
ADJ – Associação do Diabetes JuvenilRua Padre Antônio Tomás, 213Água BrancaCEP: 05003-010Tel/Fax: 3675-3266
CAPS-AD Pirituba Casa AzulR. Lino Pinto dos Santos, 203CEP 05143-000 Jardim FelicidadeTel.: 3835-2905 / Fax: 3832-8806
UBS Jd IcaraíRua São Roque do Paraguaçu, 333Vila QuintanaCEP: 04837-150Tel.: 5939-7589 / 5928-0272
CAPS-AD Santo AmaroRua São Benedito, 2400Alto da Bela VistaCEP: 04735-005Tel.: 5522-4833
Uniad – Unidade de Pesquisa em Álcoole DrogasRua Botucatu, 394Vila ClementinoCEP: 04023-061Tel.: 5575.1708 / 5576.4341
Ambulatório de Tratamento doTabagismo do Instituto do CoraçãoAv. Dr. Enéas de Carvalho, 44Cerqueira CésarCEP: 05403-000Tel.: 3069-5000 (PABX)
Prev-fumo – Núcleo de Apoio aPrevenção e Cessação do TabagismoRua dos Açores, 310Jardim LusitâniaCEP: 04023-060Tel/Fax: 5572 4301
Ambulatório de Especialidades doTucuruviAv. Nova Cantareira, 1467TucuruviCEP: 02331-002Tel.: 6204-5311 / 6952-1555
CSE Barra FundaAv Dr. Abraão Ribeiro, 283Barra FundaCEP: 01133-020Tel.: 3392-4501
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ra uma vez, em 1996, numavila distante chamada
Formosa, um grupo doPrograma Saúde da Família, da
Casa de Saúde Santa Marcelina,(Qualis Vila Formosa) que iniciou umprojeto de caminhada e exercícios físicospara ajudar as pessoas a controlar peso,diabetes, hipertensão, problemasarticulares e estresse. Esse grupo, que atéhoje desenvolve atividades na praça SantoArsênio, reunia pessoas da comunidade,como Irma Catini Sinatora, Maria EideBoscari, Elza Cavani, Maria IracemaRogik, Maria de Lourdes Tonarvo,Adilson Tornavo, Tereza Sinatora, Maria
de Lurdes Broco, Maria Lindalva, LeonorGuardiã e Maria Peduto, e também osagentes comunitários de saúde da VilaFormosa.
Caminhadas vão, caminhadas vêm, ogrupo começou a prestar atenção nasdificuldades enfrentadas pelas equipes desaúde para atender aos cidadãoscadastrados na unidade básica de VilaFormosa e, com o apoio e estímulo dosprofissionais da UBS, resolveram formar ogrupo da Terceira Idade Amigos paraSempre.
O grupo nasceu para ajudar a promover acomunidade da Vila Formosa e apoiar
Santo de Casa
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mutuamente os associados.Cresceu tanto que hoje contacom 110 pessoas, pelo menos 6com mais de 80 anos, entre elas asenhorinha Duozolina Consorte,com 88 anos bem vividos.Dentro dos seus objetivos, ogrupo apóia osusuários acamadosfornecendocadeiras de rodas,camas hospitalares,cadeiras de higiene,bengalas,inaladores, balõesde oxigênio,aspiradorestraqueais.
Irma Catini,presidente, contaque no início asações foramsustentada pordoações eempréstimos, masdepois, atéconseguiu comprar5 camashospitalares eoutros materiais.Hoje os associadospagam umamensalidade de seisreais, mas boaparte daarrecadação que permite otrabalho vem de bazaresbeneficentes, feira de artesanatos,bingos e rifas. Essa arrecadaçãopermite que o Amigos paraSempre compre medicamentosque não estão disponíveis naunidade de saúde, forneçadinheiro de condução paratratamento médico, enxovais
para recém-nascidos, aulas deartesanato.
Há um ano a Associaçãoorganiza o mutirão da fome: asagentes comunitárias e os demaismembros da equipe de saúde
indicam as pessoas necessitadasda comunidade, o grupo visita ecadastra essas pessoas. Uma vezpor mês, na UBS Vila FormosaII, o Amigos para Sempre recolheas doações da comunidade,monta as cestas básicas, que
incluem materialde higiene pessoale faz a entrega, nomesmo dia, nascasa dos usuários.
Alimento para aalma – Além dasatividades deapoio, tãonecessárias, ogrupo tambémpromoveatividadestradicionais nacomunidade,como o Dia daMulher, das Mães,Festa Junina,Primavera,ConfraternizaçãoAnual. Isso semfalar no Coral,que há sete anosapresenta-se emShoppingCenters,casamentos,missas e eventos
em São Paulo. A primeira regentefoi uma voluntária do própriogrupo, Generosa Rosa Lima.Depois dela, foi contratado pelaSecretaria de Estado da Cultura omaestro Nilson José Pereira, quedeu um grande impulso aoCoral. Hoje o regente é omaestro Marcos Ba, também daSecretaria.
AcimaAcimaAcimaAcimaAcima,,,,,representantesrepresentantesrepresentantesrepresentantesrepresentantesdo Amigos emdo Amigos emdo Amigos emdo Amigos emdo Amigos emtrabalhos detrabalhos detrabalhos detrabalhos detrabalhos de
cccccuidado dauidado dauidado dauidado dauidado daregiãoregiãoregiãoregiãoregião. A. A. A. A. Abaixobaixobaixobaixobaixo,,,,,alguns dos 110alguns dos 110alguns dos 110alguns dos 110alguns dos 110
membrosmembrosmembrosmembrosmembros
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Santo de CasaE para garantir o lazer do grupo oAmigos para Sempre promove excursões acada dois meses para os sócios, como asvisitas a Holambra, Barra Bonita, hotéisfazenda. Alguns passeios são bancadoscom os recursos da Associação, bemcomo o tradicionaljantar deconfraterni-zação, nofinal do ano.
Nem tudo éfesta nogrupo. Afalta de umasede próprialimita aampliaçãodo trabalhoe o registroda Asso-ciaçãoAmigosParaSempre daTerceiraIdade foiumprocesso“longo edifícil”, naspalavras da presi-dente Irma.
Mas os obstáculosnão são suficientespara impedir ogrupo, que semantêm firme emseu ideal de atuarpara promover a saúde e prevenirdoenças. Para o médico Gerson MessiasHernandes, um dos incentivadores, “oAmigos, que iniciou como um grupoterapêutico do Qualis Vila Formosa é
O inícioO inícioO inícioO inícioO início, como gr, como gr, como gr, como gr, como grupoupoupoupoupode ede ede ede ede exercícios físicos,xercícios físicos,xercícios físicos,xercícios físicos,xercícios físicos,nunca foi esquecido enunca foi esquecido enunca foi esquecido enunca foi esquecido enunca foi esquecido e
os membros do os membros do os membros do os membros do os membros do AAAAAmigosmigosmigosmigosmigosmantêm sua rotina emantêm sua rotina emantêm sua rotina emantêm sua rotina emantêm sua rotina e
hábitos sahábitos sahábitos sahábitos sahábitos saudáveisudáveisudáveisudáveisudáveis
hoje autônomo, e o parceiro maisimportante da UBS, participando doplanejamento anual conjunto, da co-gestão de grupos de atividades daunidade, apoiando pacientes acamados,de atividades de educação para a saúde,
proteção do meioambiente...”.Irma Catinicompleta,avaliandoque eles,além de umgrupo de“compa-nheiros eamigos”que dãosuporte unsaos outrosem todos osaspectos,também seconstituemcomopessoas queassumemseu “papelde cidadãosconscientesdas dificul-
dades que acomunidadeenfrenta, dandoapoio, suprindo asnecessidadesmateriais, sociais eespirituais urgen-tes, e tambémtrabalhando na
busca de soluções em conjunto com asequipes de saúde, coordenadoria desaúde, conselho de segurança do bairro eoutros órgãos da comunidade”. Felizes eamigos, para sempre.
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Lian Gong em18 Terapias:Os exercícios do Lian Gong em 18terapias foram desenvolvidos na déca-da de 60 na China, mais especifi-camente em Shangai, pelo Dr. ZhuangYuen Ming, médico ortopedista daTradicional Medicina Chinesa.
O Dr. Zhuang atendia no hospital deShangai e notou um aumento dos casosde dores musculares e articulares deseus pacientes, em sua maioriatrabalhadores de fábricas e escritóriosda região. Era uma época em que aChina mudava, e sua economia passavade rural para industrial, o que tevedesdobramentos no corpo das pessoasenvolvidas com essa transição.
Baseado no Tui Na, milenar arte fisio-terápica chinesa, e na tradição dostrabalhos corporais chineses, o Dr.Zhuang sintetizou, em um primeiromomento, um conjunto de 18 exercí-cios que atuassem no corpo humano,da coluna cervical aos dedos dos pés.Posteriormente foram desenvolvidasmais duas seqüências de 18 movi-mentos cada, somando 54 exercícios.
Todos os exercícios são feitos em pé,acompanhados por uma música espe-cialmente desenvolvida para a prática,sem necessidade de roupas especiais.A característica básica dos exercíciosé a fusão de movimentos de alonga-
Você sabiaque o Lian
Gong (pronuncia-seLian Kun) em 18 Terapias é
uma prática que reúneconceitos ocidentais e
orientais com simplicidadee eficácia, e que vem
trazendo enormecontribuiçãopara a promoçãoda saúde e
prevenção dedoenças no SUS -
São Paulo?
Exercíciosterapêuticoschineses
Emílio Telesi Jr.*
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mento comtração, emum processocontroladopelo própriopraticante,dentro deseus limites,conduzidospela respiração, que é feita de formanatural.
Os movimentos, agindo de forma suavesobre os sistemas circulatório e arti-cular, mobilizam o tônus, suavizam osenrijecimentos musculares e estimulama lubrificação das articulações.
Partes do Lian GongO sistema completo do Lian Gongem 18 Terapias é composto detrês partes:
• Parte 1: 18 exercícios paraprevenir e tratar de dores nocorpo e restaurar sua movi-mentaçãonatural.
• Parte 2:18 exercíciospara prevenire tratarproblemasnas articu-lações, tenossinovites e disfunçõesdos órgãos internos.
• Parte 3 - Qi Gong(pronuncia-se tchi kun): 18exercícios para fortalecer asfunções do coração e dos pulmões,prevenir e tratar de problemas dasvias respiratórias.
A partir de 2001 a Secretaria Municipalda Saúde de São Paulo iniciou umtrabalho de difusão do Lian Gong, emparceria com entidades.
Movimente-se
Foram treinados cerca de 800 funcio-nários e, aqueles que se identificaramcom a prática, tornaram-se multipli-cadores em suas Unidades de Saúde.Atualmente cerca de 200 Unidades deSaúde da SMS vêm praticando regular-mente o Lian Gong, atingindo umapopulação estimada em 40.000 pessoaspor mês.
O sucesso do modelo, deve-se ao fatodo Lian Gong ser um conjunto de exer-cícios de fácil aprendizado, sem contraindicações, e que pode ser aprendidoem um prazo de três a seis meses,
desde que pra-ticado diaria-mente.
Os ótimos re-sultados tera-pêuticos ob-tidos são fruto,em primeirolugar, da socia-
lização promovida pela técnica, seguidodo fato das pessoas passarem meiahora atentas a sua respiração e con-duzindo movimentos firmes e suavesde alongamento e tração. Isso demons-trou que a precisão dos movimentosnão parece ser fundamental em pri-meira instância, mas na medida em queas pessoas aprimoram seus movi-
mentos epercebem asua lógica,os resulta-dos obtidos,que já erambons, tor-nam-se ex-celentes.
...que a práticaconstante do Lian
Gong é umexcelente
instrumento paraa melhoria geral
do indivíduo,combatendo ossintomas do estresse, as
ansiedades eirritabilidades?
...que o LianGong foiintroduzido noBrasil em 1987 ejá conquistouadeptos em todosos cantos do país?
Você sabia......que com a prática de12 minutos diários deexercícios (os primeirosdezoito movimentos) ou,se possível 36 minutosdiários, (os cinqüenta equatro exercícios), umapessoa pode prevenir amaioria dos problemasda má postura ou demovimentos agressivos àlógica do corpohumano, assimcomo beneficiaros órgãosinternos,especialmente ocoração e opulmão?
Você sabia...
* É médico da Secretaria* É médico da Secretaria* É médico da Secretaria* É médico da Secretaria* É médico da SecretariaMunicipal de Saúde, coordenadorMunicipal de Saúde, coordenadorMunicipal de Saúde, coordenadorMunicipal de Saúde, coordenadorMunicipal de Saúde, coordenadorda área de Medicinas Tda área de Medicinas Tda área de Medicinas Tda área de Medicinas Tda área de Medicinas Tradicionaisradicionaisradicionaisradicionaisradicionais
e Práticas Corporaise Práticas Corporaise Práticas Corporaise Práticas Corporaise Práticas Corporais
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Abusos físicos ocorrem com mais frequência do que seimagina no ambiente doméstico. Situação complexa, que
deve envolver tratamento tanto para a vítima quanto para oagressor. Veja o que uma equipe de profissionais da saúde
em Vila Prudente está fazendo para
J á é comum dizermos que asgrandes cidades, como SãoPaulo, são violentas. E
quando essa violência acontecedentro de nossas casas, ondepensávamos estar seguros?
A violência doméstica, quevitima principalmente crianças,mulheres e idosos, é um tipo piorde violência, porque é constante eescondida, e geralmente praticadapor pessoas próximas das vítimas.Por isso é tão difícil combatê-la:ela é regida por um código desilêncio e a intervenção do poderpúblico na esfera doméstica aindaé questionada. Para muitas pessoas,ainda vale o ditado “em briga demarido e mulher, ninguém mete acolher” .
A violência doméstica, física esexual é responsável por grandesdanos e gera desamparo, medo,culpa e raiva. Frequentemente, anão resolução desta violência geracomportamentos distorcidos.
Muitas crianças que foram vítimasde abuso quando adultos passam aabusadoras.
Este é mais um lado da violênciadoméstica: não basta tratar da víti-ma, têm que se tratar também doagressor.
Em Vila Prudente, aequipe multiprofissionaldo Ambulatório deEspecialidades (AE VilaPrudente) criou em2000 o grupoComVida, a partir deuma capacitação sobreViolência Doméstica eSexual, no Centro deFormação dosTrabalhadores da Saúde(CEFOR) da SecretariaMunicipal de Saúde. Oobjetivo do curso era aformação de centros dereferência para atendi-mento às vítimas,vinculados ao Programa
Viver Bem em Sampa
Em 2004 foramatendidas nosAE-Vila
Prudente 30 pessoas: 22mulheres e oito homens.22 agressores eramhomens, cinco mulheres,e três não foramidentificados. Dasvítimas, quatro mulheresestavam grávidas, seteeram menores de 18anos e três maiores de60 anos. Foramregistradas 26 agressõesfísicas, 5 sexuais, umcaso de negligência eabandono. Dosagressores, dez eramcasados com as vítimas,oito eram separados,duas eram mães dasvítimas, um era pai edois eram filhos.
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A equipe do AEVila Prudente,identifica critériosbásicos quenorteiam sua ação:• Acreditar: ouvir
com atenção eacreditar navítima. Mostrarque entende oque ela sente eque não estásozinha. Que,infelizmente,muitas outraspessoas passampor este tipo deexperiência.
• Respeitar o sigilo: Todas asdiscussões devem ser feitas deforma reservada, sem apresença dos familiares. Este
Resgate Cidadão, da PrefeituraMunicipal.
O treinamento, além deidentificar o quadro da violênciadoméstica e sua abrangência,também ajudou os profissionais doAE a entrarem em contato com osrecursos existentes na região. Nofinal, a equipe preparou o projetopara atendimento às vítimas deviolência doméstica no AE VilaPrudente, que atua sobre umapopulação de cerca de 235 milhabitantes e na Unidade Básica deSaúde tem 53 mil cadastrados.
Quebrar o isolamento – O dia-a-dia da equipe é marcado pelas
Grupo ComVida: agir com respeito
dúvidas decomo agir epelasdificuldades.Mas umacerteza elastêm, éimprescindívelquebrar oisolamento eo silêncio quecerca aviolênciadoméstica. Éprecisosensibilizar osprofissionaisda UBS, garantir parcerias,
procedimento é essencial paraaumentar o nível de confiançae para a segurança da vítima.
• Reconhecer a injustiça:
Mostrar para vítima queela não é culpada daviolência, que ela nãomerece ser maltratada.• Respeitar a autonomia:Respeitar o direito quetem a vítima de tomar asdecisões sobre sua vida,quando estiver prontapara isso. Exceto no casoem que a violência se dásobre crianças eadolescentes.• Promover o acesso aosserviços: Conhecer todosos recursos disponíveisna comunidade para queo atendimento dê
cobertura às necessidades dasvítimas, mantendo efortalecendo a rede deproteção ao cidadão.
Profissionais da equipe do ComVida, daesquerda para a direita: Juliana (da Suvis)Maria Inês, Cleusa, Selma, Ana Lúcia, pediatrae Rute
Participam doComVida:Ana Lúcia Caroccia
(pediatra), Cleusa da SilvaGuimarães (enfermeira),Hilda de Lucena Kramer(ginecologista), Maria InêsVilas Boas Correa (psicóloga),Rute Lenci Boccia (auxiliar deenfermagem), Sílvia ElisaPecoroni Landi (assistentesocial), Laura Maria DelgadoArbex (assistente social),Vanda Mendes(interlocutora), Juliana Paes(auxiliar de enfermagem),com supervisão técnica deLenira Silveira, da Casa Elianede Grammont.
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Viver Bem em Sampa
O tratamento das vítimas da
violência doméstica é difícil e demo-
rado. Mas muitos casos reforçam a
esperança, como o de dona Márcia
(nome fictício).
A história da recuperação de
dona Márcia começou quando ela
procurou a assistente social, quei-
xando-se de ser agredida e amea-
çada de morte pelo marido. Foi
encaminhada à Delegacia da Mulher,
no centro, iniciou psicoterapia
semanal – estava deprimida, desem-
pregada e enfrentando os problemas
do filho de 17, envolvido com drogas.
O marido foi intimado pela
Delegacia e as agressões diminuíram.
Dona Márcia foi encaminhada ao
psiquiatra e ao proctologista .
Inciou-se um trabalho para resga-
tar sua auto-estima e após seis
meses começou a trabalhar como
diarista. Um ano depois optou por
separar-se do marido, alcoolista,
que a agredia psicologicamente.
Quando tentou separar-se o marido
reagiu e tentou matá-la com uma
chave de fenda. No decorrer do
processo terapêutico, dona Márcia
relatou ter sido vítima de violência
sexual por seus irmãos mais velhos,
durante dois anos. Aos 16, sofreu
um estupro por um conhecido da
família, engravidou e concebeu o
Tratamento é possívelf ilho que hoje com 17 anos é
dependente químico. O menino foi
encaminhado ao Conselho Tutelar
e ao CAPS Adolescente para
tratamento.
Após dois anos de tratamento,
dona Márcia está bem, recuperou
sua auto-estima, trabalha, faz
pequenas viagens , mantêm um
círculo de amizades, detém a guarda
dos filhos e não faz mais usos de
antidepressivos.
Um caso árduo, difícil, mas que
anima a todos da AE/Vila Prudente
a continuar com dedicação seu
trabalho de recuperação das
vítimas de violência doméstica.
vencer o medo e o horror daviolência, trabalhar em perfeitacomunhão para impedir odesânimo e a desistência frenteàs inúmeras dificuldades.
O objetivo do grupo ComVidaé registrar e desnaturalizar aviolência doméstica, ou seja,mostrar que ela não é natural eque precisa ser confrontada,atendendo pessoas, construindouma perspectiva de promoção,prevenção e assistência àsfamílias, às vítimas e aosagressores . E, por meio de seutrabalho, contribuir para adiminuição dos índices demorbidade e mortalidaderesultantes das formas maisfreqüentes de violência.
Para iniciar o projeto, aequipe, com a ajuda dos técnicos
da Casa Eliane de Grammont,sensibilizou os funcionários dos34 serviços de saúde da Coorde-nadoria de Saúde da VilaPrudente/Sapopemba.
Apesar de não dispor de salaespecífica para o projeto, osfuncionários do AE-VilaPrudente desenvolveram umolhar para a violência, capaz deidentificar casos de violênciadoméstica-sexual, assim comocasos de violência contra idosose doentes mentais. Após essaidentificação as vítimas sãoencaminhadas para a equipeinterdisciplinar, onde são aten-didas sempre por dois profis-sionais. Atualmente a grandepreocupação é atender asdiferentes necessidades dasvítimas, sem esquecer da
dificuldade de atendimento aoagressor. Como realizar esteatendimento sem correr risco esem expor asi próprio?
Para darconta dotrabalho egarantir oequilíbrionecessáriopara tãoárdua tarefa,a equipereúne-se acada quinzedias com apsicólogaLeniraSilveira,parasupervisão.
Existem váriosórgãos queatuam nosuporte às
vítimas da violênciadoméstica. Formando a redesocial do AE Vila Prudente,estão entre outros:Delegacias e Hospitais daregião, Conselho Tutelar,Centro de Defesa da Criançae do Adolescente, Casa Lilith,Casa Eliane de Grammont,Pastoral da Criança,Assessoria da Renda Cidadãda Paróquia Santo Emídio eda Paróquia São José doBelém, Círculo dosTrabalhadores Cristãos daVila Prudente,Coordenadorias de Educaçãoe Ação Social.
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Fórum MunicipalFórum MunicipalFórum MunicipalFórum MunicipalFórum Municipal:::::Cidade discute estratégias paraCidade discute estratégias paraCidade discute estratégias paraCidade discute estratégias paraCidade discute estratégias para
fazer frente às DANTfazer frente às DANTfazer frente às DANTfazer frente às DANTfazer frente às DANTão Paulorealizouno dia 17
de novembro seuprimeiro Fórum Mu-nicipal de Doenças eAgravos Não-Trans-missíveis, para discu-tir as políticas públi-cas municipais volta-das para as áreas dedoenças crônicas, ta-bagismo, alcoolismo,sedentarismo, nutri-ção saudável, estres-se, violência e aci-dentes. O I Fórum é uma inicia-tiva que se liga ao plano daEstratégia Global (veja matériana pág. 19) e reuniu no Hotel SanRaphael mais de 250 partici-pantes, entre profissionais daSecretaria de Saúde e represen-tantes da sociedade civil.
A iniciativa do Fórum partiu daCoordenação de Vigilância emSaúde (COVISA), da Secretariade Saúde, preocupada com aamplitude das doenças e agra-vos não transmissíveis, quehoje representam 70% damortalidade no Município.Luis Gracindo Bastos,Subgerente de DANT daCOVISA diz que a reuniãode todos estes setores emum amplo espaço dediscussão e debate se
explica pelo fato de quenenhuma instituição
isolada seja capaz de abordartodos os aspectos que envolvemesse grupo de doenças. “Éimprescindível o estabeleci-mento de parcerias entre Muni-cípio, União, sociedade civil euniversidade, se quisermos umimpacto efetivo no controle deDANT”, acredita.
Pela manhã, o I Fórum DANTdiscutiu os resultados do Inqué-rito de Saúde da Capital (confirana páginas 16-18), pesquisacoordenada pelo professorChester Luiz Galvão, da Univer-sidade de São Paulo, em mesaredonda que contou com apresença do Secretário Muni-cipal da Saúde, Gonzalo VecinaNeto, do Coordenador daVigilância em Saúde, Hélio Ne-ves, das coordenadoras da áreade doenças e agravos não-transmissíveis do Ministério da
Saúde, Sandhi Barreto, e doEstado, Ana Paula Coutinho.
No período da tarde, especia-listas sobre os diversos temasdas DANT reuniram-se em gru-pos de trabalho, que contaramtambém com a presença deorganizações não governa-mentais e comunitárias, forma-doras das redes sociais que atu-am sobre o tema.
Para An-dréa Galan-te, presiden-te da Associ-ação Brasi-leira de Nu-trição, quecoordenou ogrupo sobreAlimentaçãoS a u d á v e l ,“ E v e n t o sdesse portesão impor-tantes para asaúde da po-pulação dom u n i c í p i ode São Pau-lo, já quepossibilitama discussãode estraté-gias possí-veis de se-rem adota-das para aprevençãodas DANT”.
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Mesa de abertura do Fórum: Ana PaulaCoutinho, Hélio Neves e Gonzalo VecinaNeto
Platéia do Fórum, em queestiveram presentesespecialistas como o professRonaldo Laranjeira, da UnifeCláudio Baptista, da SecretaMunicipal de Esportes; DougRoque Andrade, do ProgramAgita São Paulo; Marco Antôde Moraes e VilmaGawryszewski, da Vigilância Doenças Crônicas NãoTransmissíveis da SecretariaEstadual de Saúde; Sara Turce Emilio Telesi da SecretariaMunicipal de Saúde.
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1. Melhoria da estruturanecessária para a atenção àpessoa com hipertensão ediabetes: calibragem regulardos aparelhos, glicosímetroscompatíveis com fitasreagentes e rigor nadistribuição regular damedicação.
2. Cadastro único de pessoascom hipertensão e diabetes,acessível para o atendimentoem qualquer unidade onde opaciente venha a serassistido (UBS, ambulatórios,hospitais).
SEDENTARISMO1. Promover a atividade física
nos diferentes ciclos devida.
2. As ações devem garantir aintegralidade,universalidade e acesso àsoportunidades e espaçospara realizar atividades
As oficinas realizadas no I Fórum Municipal de DANT elegeram propostasprioritárias para a promoção da saúde no município. Conheça algumasdelas e confira no site www.prefeitura.sp.gov.br/covisa o conjunto dasdiscussões e propostas:
físicas prazerosas, tornando-asparte da cultura popular.
3. Estabelecer referência e contra-referência em saúde para aprática segura de atividadefísica nos diferentes setores dopoder público, através depolíticas públicas intersetoriais.
4. Identificar e potencializar osprojetos já existentes nasdiferentes secretariasmunicipais e em instituições nãogovernamentais como o“Semeando Saúde Através daAtividade Física” entre outros.
ESTRESSE1. Estresse: trabalhar com técnicas de
gerenciamento de estresse, paratransformar o mau em bomestresse, treinamentos para aspessoas aprenderem a recuperar emanter a paz e depois dividir comas pessoas para gerar umambiente de paz.
2. Abordagem coletiva nacomunidade, ações com jovens nosentido da participação,organização do espaçocomunitário.
3. Capacitar os profissionais desaúde em diagnóstico,tratamento e prevenção do mauestresse.
4. Começar a mudar situações apartir dos próprios funcionários,dentro das unidades de saúde.
1. Desenvolver um programa deeducação voltado para acomunidade nas unidades desaúde e “extramuros”:igrejas, escolas, cursos dealfabetização de adultos, etc;através de cursos teórico-práticos e campanhas.
2. Desenvolver cursos epromover os alimentossaudáveis através da mídia,como as rádios comerciais ecomunitárias.
TABAGISMO1. Estabelecer parcerias
para uma política decontrole do tabaco epara ações educativas.
2. Mobilização dacomunidade e da mídia.
3. Estabelecer metasanuais para ambientelivre de tabaco etreinamentos na redemunicipal de saúde.
4. Ambiente livre de tabaconas SUVIS eCoordenadorias deSaúde.
ALCOOLISMO1. Trabalhar pelo aumento dos
preços e taxas, pois se trata deproduto prejudicial à saúde.
2. Restringir o acesso, diminuindo adensidade dos pontos de venda,horas e dias de venda,respeitando idade mínima para avenda.
3. Capacitação dos serviços efuncionários. Responsabilizaçãocriminal dos que desrespeitarema legislação vigente.
4. Instalação de sistemas de licençapara estabelecimentos comvenda de bebidas alcoólicas.
1. Compromisso dasgerências locais(principalmentehospitais) frente àquestão de acidentes eviolências.
2. Incremento dainformação, captandodados de vários bancos,
3. Capacitação dos profissionaisda rede assistencial emtécnicas de grupo, para umatendimento diferenciado eefetivo.
4. Acolhimento em prontos-socorros: identificação depessoas com hipertensão ediabetes e referência paraoutros níveis de atenção.
5. Grupos de trabalho em nívelcentral e de coordenação desaúde, de periodicidade mensal,para o acompanhamento doprograma de atenção àhipertensão arterial e diabetes.
HIPERTENSÃO E DIABETES
3. Criar selos de alimentossaudáveis, auxiliando oconsumidor a escolher umadieta mais saudável.
4. Alimentação saudável nasescolas públicas eprivadas, nas merendasoferecidas às crianças enas lanchonetes,limitando a venda dedoces, salgadinhos eoutros alimentosnão saudáveis
uso de painel demonitoramento eunidades sentinela.
3. Continuidade econsolidação dasestratégias e açõesdesenvolvidas até agorapela SMS-“ResgateCidadão”.
LESÕES, ACIDENTES E VIOLÊNCIA
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
da Capa
soresp;
ariaglas
maônio
de
cotte
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epressão em mulheresatinge índices alarman-tes em São Paulo. O
alcoolismo é mais elevado empessoas de 70 anos e mais.
Apenas 30% dos hipertensos dacapital fazem algum tipo dedieta. Dados como estes foramapresentados no I Fórum DANT,pela equipe de pesquisadoresdo Inquérito de Saúde do Muni-cípio de São Paulo (ISA-capital).
A pesquisa, patrocinada pelaPrefeitura de São Paulo, contoucom uma equipe de renomadosepidemiologistas, como os pro-fessores Chester Luiz GalvãoCésar, da Faculdade de SaúdePúbica da USP, Marilisa Berti deAzevedo Barros, da Unicamp,Luana Carandina, da UNESP,Moisés Goldbaum, da Faculda-de de Medicina-USP e MariaCecília Goi Porto Alves, do Ins-tituto de Saúde (IS-SES-SP). Em2003, foram entrevistadas nodomicílio 3360 pessoas, queresponderam sobre condiçõesde vida, estilos de vida, estadode saúde e uso de serviços desaúde. No Fórum, foram apre-sentados alguns dados prelimi-nares da pesquisa sobretabagismo, uso de álcool,obesidade, doenças crôni-cas, transtorno mentalcomum e deficiência física.
DOENÇAS CRÔNICAS EESTILOS DE VIDA
Um dado que causousurpresa na platéia,
constituída principalmente deprofissionais de saúde foi abaixa incidência de práticassaudáveis entre diabéticos ehipertensos: 51% dos diabéti-cos entrevistados negaramestar fazendo dieta, assim como72% dos hipertensos.
Para a nutricionista Andréa Ga-lante, professora do Centro Uni-versitário São Camilo, seguiruma dieta restrita em sódio ouaçúcar fica cada vez mais difícil,diante dos apelos de produtos
veiculados por toda a mídia. “Demodo geral a população temadotado dietas extremamenteprejudiciais à saúde. Quandonecessita fazer alguma restriçãona dieta, a pessoa sente-se ex-cluída socialmente e não resisteaos apelos dos alimentos comer-cializados em supermercados,restaurantes, redes de fast food”.
Apenas 2% dos hipertensos e9% dos diabéticos mencionoufazer alguma atividade físicapara controlar a doença. “Deve-
Pesquisa mostra dimensãoPesquisa mostra dimensãoPesquisa mostra dimensãoPesquisa mostra dimensãoPesquisa mostra dimensãodos fatores de risco parados fatores de risco parados fatores de risco parados fatores de risco parados fatores de risco para
DANT em São PauloDANT em São PauloDANT em São PauloDANT em São PauloDANT em São Paulo
O Inquérito de Saúde da Capital foi uma pesquisaencomendada pela Secretaria de Saúde que produziuum amplo quadro do setor para o município de SãoPaulo. Acima, o Secretário Gonzalo Vecina Neto atento àapresentação dos resultados do Inquérito
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mos empenhar esforços taisquais aqueles que levaram ohomem à lua, para retirar apopulação do sedentarismo,utilizando todos os recursospossíveis”, diz a professoraMaria Lúcia Lee, do “ProjetoVida em Harmonia”, convida-da para o grupo de sedenta-rismo do Fórum.
O sedentarismo da popula-ção se reverte em obesi-dade. Seguindo a tendênciamundial, a prevalência desobrepeso e obesidade nomunicípio vem aumentando.Esta tendência de aumentono sobrepeso e obesidade éobservada tanto em homensquanto em mulheres. SãoPaulo, de acordo com pes-quisa do Instituto Nacionaldo Câncer (INCA), está entreas três capitais com maisaltos índices de excesso depeso do Brasil.
Pelos dados do ISA-capital,a prevalência de obesidadeno município chega a 10%,atingindo os níveis maisaltos entre os 40 e 59 anos(18%). Homens jovens ten-dem a ser mais obesos quemulheres, o que se invertena velhice. Rosana Díaz, daequipe da DANT, reitera anecessidade de se trabalharem equipes interprofis-sionais, o que poderá trazermelhores resultados naassistência a esta popu-lação.
TABAGISMO
O inquérito de saúde con-firma números de pesquisasrecentes: o tabagismo estáse reduzindo na cidade deSão Paulo. A percentagem de
fumantes está em torno de24% entre homens e 18%entre mulheres.
Uma informação importanteapresentada foi a idade de iní-cio do hábito de fumar: 80%começam antes dos 20 anose 7% começam antes dos 9anos de idade. Analisando-sea relação entre o tabagismo eo grau de escolaridade, obser-vou-se que quanto maior aescolaridade, menor a taxa defumantes.
Márcia Kersul, responsávelpelo programa antitabagis-mo no CCD-COVISA, de-monstra otimismo com aqueda de consumo de taba-co, mas preocupa-se com aexistência de cerca de1.700.000 fumantes, semfalar nos cerca de 3.400.000de fumantes passivos, tam-bém expostos aos malefíciosda fumaça do cigarro. Elembra que o tabagismo éresponsável por 90% doscasos de câncer de pulmão,30% dos demais tipos decâncer, 85% das doençaspulmonares obstrutivas crô-nicas e 45% das doençascoronarianas.
Para a doutora Márcia, oinício precoce da tabaco-dependência aponta para anecessidade de ações pre-ventivas e educativas nasfamílias, escolas e mídia.“Também se faz necessáriocumprir as leis já existentese o apoio à Convenção-Quadro da OMS, em fase deratificação pelo CongressoBrasileiro”, explica. A médi-ca informa que a SecretariaMunicipal de Saúde tem plane-jado treinamento para os
da Capa
Condutas referidas pelos hipertensos ediabéticos para controle da doença. ISA
Capital, 2003.
fatores de risco para as DANT,incluindo o tabagismo, que disponi-bilizem serviços para a prevenção eo tratamento dessa epidemia.
SAÚDE MENTAL EALCOOLISMO
Outro número que chamoumuita atenção do públicopresente foi a alta taxa de
dieta regime ativ.física
medic.rotina
medic.qdo temproblema
nada outraconduta
Hipertensão Diabetes
60
50
40
30
20
10
0
%
Prevalência de alcoolismo segundoidade e gênero. ISA-capital, 2003.
Masculino Feminino
18-2
9
30-4
9
50-6
970
-98
0
2
4
6
8
10
12
14
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200418
Matéria problemas emocio-
nais, principalmentena população femi-
nina. Referiram sofrerde depressão, ansiedade
ou problemas emocionais29% das mulheres, contra
11% dos homens. Quandoquestionadas sobre sintomas
de transtornos mentais co-muns, chegou-se a um índice
de 34% em mulheres.
Para Célia Medina, consultorado Ministério da Saúde e daCOVISA, problemas relacionados
à própria sobrevivência, comoexcesso de trabalho ou odesemprego, baixos salários, dis-tâncias e tempo de locomoção,somados à insegurança emrelação a violência, princi-palmente nas periferias, sãoresponsáveis pela maior partedo estresse emocional na popu-lação de São Paulo. “Particular-mente nas mulheres que aindasomam a dupla jornada detrabalho, o cuidado com osfilhos e a administração da eco-nomia doméstica”. Isso justificao fato da pesquisa ter encontrado
altas taxas de estresse edepressão parti-cularmente nas mulhe-res, comentou CéliaMedina, reconhecidaautoridade em vigilânciade doenças e agravosnão-transmissíveis. “Osíndices encontradosreforçam dados de outrapesquisa. A qual revelaque 10% dos desempre-gados têm nível elevadode estresse e que entre osque trabalham, 51% estãomuito satisfeitos, 10%estão pouco ou nadasatisfeitos com o salárioe 33% estão muito insa-tisfeitos”, completou aespecialista.
Os resultados do inqué-rito também trazem da-dos que contribuem paraprogramas de combate aoalcoolismo. Homens es-tão sob maior risco detornarem-se alcoólatras:em torno de 9% contra 3%das mulheres. Outros gru-pos de risco para o alco-olismo são os homens emunião estável (13%) ouseparados (15%), de
baixa escolaridade (11%), corpreta ou parda (11%). Chamaatenção o aumento da incidênciado alcoolismo com a idade, quevai atingir 13,5% nos homensacima de 70 anos. Surpreende ataxa de alcoolismo entre as mu-lheres acima de 70 anos: 3,5%,quatro vezes maior do que entremulheres mais jovens. “Cada vezmais o álcool sobressai comoproblema de saúde no Brasil. Umestudo recente mostrou que oálcool é o fator de risco que maiscontribui para a carga da doençado brasileiro, porque não apenasprovoca doenças como cirrose,pancreatite e câncer, mas estáassociado com quedas, acidentesde trânsito e homicídios”, dizLuís Gracindo Bastos, subge-rente de DANT na COVISA. “Osdados apresentados, assim comoas outras análises que ao seremefetuadas, servirão como basede informação para as políticasde vigilância e controle das doen-ças e agravos não-transmis-síveis”, comentou o doutor JulioCesar de Magalhães Alves,coordenador do Centro dePrevenção e Controle de Doenças(CCD), da COVISA.
O banco de dados está dispo-nível para análises futuras. Paramaiores informações, entrar emcontato com o professorChester Luiz Galvão César, naFaculdade de Saúde Pública, Av.Dr. Arnaldo, 715. Telefones:3066.7710, 3066.7737 e 3081.2108(Fone/fax). E-mail: [email protected].
Alguns resultados prelimina-res da pesquisa, ainda sujeitosa correções, estão disponíveisno site da Secretaria Municipalda Saúde - http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude.
Idade de início do hábito de fumar. ISA-capital, 2003.
45
%
3025201510 5 0
4035
> 9
10-1
4
15-1
920
-24
25-2
930
-34
35-4
040
- idade
Prevalência de transtornos mentaiscomuns (SRQ20) segundo
escolaridade. ISA-capital, 2003.
3025201510 5 0
4035
> 4 4 a 7 8 a 11 12 e +
Anos de escolaridadep = 0,0000
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 19
da Capa Estratégia Estratégia Estratégia Estratégia Estratégia GlobalGlobalGlobalGlobalGlobal:::::Comer bem e fazer atividadeComer bem e fazer atividadeComer bem e fazer atividadeComer bem e fazer atividadeComer bem e fazer atividadefísica para garantir a saúdefísica para garantir a saúdefísica para garantir a saúdefísica para garantir a saúdefísica para garantir a saúde
N a maioria dos paísesobserva-se uma grandemudança na forma de
adoecer e de morrer. Ao mesmotempo em que diminuem a inci-dência e os efeitos das doençasinfecciosas ocorre um aumentoproporcional das chamadas do-enças e agravos não transmis-síveis (DANT). Deste conjuntode doenças, as mais freqüentessão as doenças cardiovas-culares, o câncer, a obesidade, asenfermidades respiratórias crô-nicas, o diabetes, a osteoporose.
As doenças não transmissíveisrepresentaram 43% das enfermi-dades e foram responsáveis porcerca de 59% da mortalidademundial em 1998 (OMS). Ospaíses em desenvolvimento,como o Brasil, são os que maiscontribuíram para esses índices.Aqui, as DANT foram responsá-veis por 56% dos óbitos e 78%das despesas com assistênciahospitalar e ambulatorial noSistema Único de Saúde (SUS)em 2003 (A. C. Cezario, 2004).
Há projeções para os países emdesenvolvimento que apontamum crescimento das DANT, emnível epidêmico na próximadécada.
Mas o que está provocando es-sa mudança? Por que as doençascrônicas e não transmissíveisestão se tornando epidêmicas,em países como o nosso? Especi-
alistas apontam que esse cresci-mento está ligado às mudançasna alimentação, hábitos sedentá-rios das populações, ao hábito defumar (tabagismo) e ao estres-se.
Em nossa sociedade as novascondições de vida têm aumenta-do os níveis de estresse, de de-pressão e de outros transtornospsíquicos: o desemprego, a com-petitividade, a violência, asincertezas quanto ao futuro, asmudanças nos valores e nas rela-ções humanas, a perda das raí-zes, além da destruição e a perdado contato com natureza, expli-cam parte do crescimento dasDANT.
Diante deste quadro, a Or-ganização Mundial de Saúde(OMS) iniciou em 2002 umaimportante iniciativa denomi-nada “Estratégia Global paraAlimentação Saudável, AtividadeFísica e Saúde”, que tem porobjetivo orientar local, nacionale internacionalmente o desenvol-vimento de ações conjuntas quepossibilitem a redução dosriscos decorrentes do nossomodo de vida e a promoção dasaúde. (Para saber maiswww.who.int/diet/physicalactivity/goals).
A Estratégia Global prevê açõesde caráter educativo e legisla-tivo, associadas a modificaçõesambientais que possibilitemescolhas saudáveis. Apontacomo principais fatores a seremtrabalhados, medidas para aalimentação saudável dos povose estímulo à atividade física,unindo estas duas diretrizes aoscuidados com a desnutrição, acarência de micronutrientes e aalimentação dos lactentes (be-bês em fase de amamentação)e das crianças pequenas.
O importante da EstratégiaGlobal é que ela envolvemedidas para a promoçãogeral da saúde da popu-lação e dos indivíduos,não é uma prescriçãopara grupos especiaisde risco.
OMS recomenda o aumentodo consumo de frutas ehortaliças
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200420
As metas e obje-tivos da Estratégia
Global são promovere proteger a saúde, por
meio de orientaçõesque possibilitem a cons-
cientização sobre as con-dições de saúde e hábitos
saudáveis e a sua relaçãocom modos de vida. Para
isso, estabelece algumas reco-mendações em relação à
alimentação e prática de ativi-dade física:
• Aumentar o consumo de fru-tas e hortaliças para o mínimode 400 gramas ou cinco por-ções diárias, assim como in-cluir na alimentação diária oslegumes, cereais integrais esementes.
• Aumentar a quantidade deatividade física para o mínimode 30 minutos diários, por nomínimo cinco dias na semana.
• Diminuir o consumo de gor-duras saturadas (gordura deorigem animal) e gordura do
tipo trans(margarina eóleo vegetalhidrogena-do) e substi-tuí-las porg o r d u r a sinsaturadas(óleo vege-tal, azeite,sementes ea b a c a t e ) ,m a n t e n d oum limitepara inges-tão total degorduras.
• Reduzir aingestão decarnes gordas, leite integral ederivados.
• Reduzir a ingestão de açúca-res, sacarose (açúcar refina-do) para no máximo 10% dascalorias totais ideais para umadieta adequada.
• Reduzir o consumo de sal,observando o conteúdo de
sódio dos produtos industri-alizados.
• Apoiar e incentivar a amamen-tação natural exclusiva duran-te os seis primeiros meses devida da criança e orientar a par-tir dessa época as práticas sau-dáveis de alimentação dolactante e da criança pequena.
As unidades de saúde têm umpapel fundamental na implemen-tação da Estratégia Global. Se asações da Estratégia não sãoespecíficas da área da saúde – amelhoria na qualidade da alimen-tação depende de disponibilidadede alimentos , acesso a locaisapropriados para a atividade física,etc. –, o setor saúde, junto com asoutras partes envolvidas, deveresponsabilizar-se pela elaboraçãode políticas e programas quereduzam os fatores de risco para asdoenças e promovam a saúde.
Estas políticas têm que enfocar,prioritariamente a importância dapromoção de saúde em todos osciclos de vida: - a saúde materna, anutrição pré-natal, a amamen-tação exclusiva durante seis mesese a promoção da saúde nas escolase postos de trabalho, assim comoa promoção da saúde dos idosos.Devem respeitar as tradições locaisno momento de propor açõespreventivas , criar métodos emodelos para que a alimentaçãosaudável e a atividade física sejamum componente integral da
Setor de Saúde e Estratégia GlobalSetor de Saúde e Estratégia GlobalSetor de Saúde e Estratégia GlobalSetor de Saúde e Estratégia GlobalSetor de Saúde e Estratégia Globalatenção à saúde, incentivar aprática de atividade física soborientação, envolvendo equipesmultidisciplinares.
Muitas destas ações já sedesenvolvem na rede SUS munici-pal. Para que essas recomendaçõessejam efetivas e mudem o quadrocrescente das DANT, é necessáriaa avaliação dos programas emdesenvolvimento, a participaçãode todas as instâncias e oincremento destas ações parapropiciar mudanças sem prece-dentes na saúde da população.
Realizar 30 minutos de atividade física empelo menos cinco dias por semana:orientação global
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 21
Exercícios garantemvida saudável no
climatério
Cordelina Manriz,realizando exercícios
de alongamento
Cordelina Manriztem 86 anos masnão parece. Temuma vida ativa, saipela manhã e voltaà noite e, dentresuas atividades,pratica natação efaz caminhadas.
Ao contrário demuitas mulheresque estão noclimatério,Cordelina encon-trou um métodoalternativo paratratar dos proble-mas decorrentesdessa fase:participa, desde2002, do grupo deMulheres noClimatério eMenopausa, daUnidade Básica deSaúde da Vila Jacuí.
Este grupo, frutode uma parceria entre a UBSVila Jacuí e o estágio emGinecologia e Obstetrícia do
Curso deFisioterapia daUnicsul, de SãoMiguel Paulista,reúne duas turmasde mulheres todasas quartas-feiras,pela manhã e àtarde, na UBS (ruaDr. Édipo Feliciano,165, Fone: 6277-8709).
Nos encontros,sob orientação dasestagiárias daUnicsul, comsupervisão daprofessora LeilaMoussa Costa, asmulheresdesenvolvem umasérie de atividadespara melhorar suascondições físicas,enfatizandoexercícios damusculatura do
assoalho pélvico.
Os exercícios, misturados àstécnicas de relaxamento, ajudam a
Práticas Alternativas
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200422
enfrentar amenopausa e o
climatério, atuando paraprevenir quedas,incontinência urinária,osteoporose. Além disso,combatem o estresse. Umefeito colateral dotratamento, que dispensa o
uso de medicamentos, é queele cria um espaço para atroca e para a sociabilizaçãodas mulheres do grupo.
Os resultados são tão bons,que Cordelina levou sua filhaElvira Conceição, de 69 anos,para o grupo. Emília NunesLopes, com 50 anos, hoje não
Tudocomeçouquando ocurso deFisioterapiada Unicsul, oterceiro aimplantarum estágioem Gineco-logia e Obste-trícia,seguindo aLei de Dire-trizes e Basesda Educação (LDB), optoupela Integração DocenteAssistencial em umaUnidade Básica de Saúde.Em abril de 2002 asupervisora do estágio,professora Leila MoussaCosta procurou a UBS maispróxima, a da Vila Jacuí, epropôs para a gerente daunidade, assistente socialSueli de Andrade Santana,o estágio com atividadespara gestantes, o estágiopropunha atividades para
sofre mais de hipertensão ede incontinência urinária. SeMaria Célia da Rocha (54)adora o grupo e participardele lhe faz emocionalmentemuito bem, Maria de Jesus(72) conseguiu combater umedema no joelho e está livredas dores.
Integração universidade e serviço de saúde
Práticas Alternativ
as
gestantes e mulheres nafase do climatério. A partirdaí foi contatada aCoordenadoria de Saúdede São Miguel Paulista,região que engloba a VilaJacuí, e o projeto saiu daintenção e passou a serimplementado. Se para ogrupo de gestantes nãohouve interesse por parteda população, o grupo declimatério é um sucesso depúblico. São duas turmas
que sereúnem àsquartas-feiras, demanhã e àtarde. Asestagiáriasda Unicsul,orientadaspelaprofessoraLeila,desenvolvemas ativida-des junto a
mulheres de 36 a 86 anos,encaminhadas pelosmédicos da unidade apóssua avaliação física,anamnese e questionáriode qualidade de vida FS 36.
Para as sete estagiáriasque acompanham osgrupos, trocando a cada 30dias, o estágio é inovador,porque abre um novocampo de trabalho, alémde permitir que atuem parauma transformação queafeta todas as mulheres.
A doutora Leila, primeira à esquerda e sua equipe deestagiárias(os).
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 23
Os benefícios sãotantos, que até osfuncionários da UBSparticipamesporadicamente daatividade e estãopensando em montar umgrupo próprio. MariaAugusta (50), funcionáriada UBS é parceiraconstante e, quando nãoconsegue freqüentar asreuniões na Vila Jacuí,por causa do trabalho,faz os exercícios naclínica da Unicsul. Elatem motivos para essapersistência: em 18meses sua avaliação naescala de AvaliaçãoFuncional do AssoalhoPélvico (AFA) passou degrau II para IV.
A entrada da mulherno climatério, além detransformações físicas,como flacidez muscular etendência à osteoroposeproduz tambémalterações emocionaiscomo transtornos dehumor: depressão,desânimo, irritabilidade,etc. A prática deatividades em grupoestimula os vínculos e atroca de experiênciassobre os problemasenfrentados,possibilitando a melhoriada qualidade da saúdemental que, por sua vez,é fundamental paraenfrentar este tipo detranstorno.
As mulheresdo grupo sereúnem einiciam asatividadesmedindo apressãoarterial, paradepois come-çarem osexercícios deaquecimentoao som demúsica. Estessão seguidosde exercíciosde coordena-ção motorapara ajudar aevitar asquedas e dealongamentos.Depois daseqüênciainicial fazemfortalecimentomuscular paraprevenção deosteoporose,seguidos dosexercícios defortalecimento damusculatura do assoalhopélvico. A sessão finalizacom técnicas derelaxamento: automas-sagens e massagensaplicadas pelas partici-pantes e estagiárias.
Um dia de sol
No início da atividade as participantesmedem a pressão arterial...
...e no final terminam com relaxamento.
Durante os exercícios ogrupo é orientado ahidratar-se pela ingestão deágua, além de receberorientações também sobrecomo pegar objetospesados, posiçõesadequadas para dormir,levantar, etc.
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200424
Divirta-se
HORIZONTAL1- Subprefeitura com o 2º maior
Índice de DesenvolvimentoHumano.
9- Time de futebol de SantaCatarina.
10- De + os.11- Programa Saúde da Família.13- Pode ser verdadeiro.15- Jardim onde moravam Adão e
Eva.16- Gás utilizado na iluminação.17- Para ser seu membro, o único
requisito é o desejo de pararde beber.
18- Preposição de lugar outempo.
19- Concede.21- Hepatite por vírus A.24- Filho do irmão.26- Engenheiro Heitor Antônio
(...) Garcia: avenida doButantã.
27- Sobre, em inglês.28- Muitas vezes, é o agressor da
mulher em situação deviolência.
31- Origem, princípio.33- Ginástica holística34- Sucesso na voz de Carmen
Miranda.35- Propôs a Estratégia Global para
enfrentamento dos fatores derisco para doenças.
36- Editora (abrev.).38- Atribuem os baixos índices de
colesterol nos franceses.39- Tipo de gordura prejudicial à
saúde.41- Parque (...): bairro da Zona Sul
de São Paulo.43- República Argentina.44- Muitas vezes é possível ajudar
uma vítima de violência fazendouma denúncia deste tipo.
VERTICAL1- Distrito do Município de
São Paulo onde vivemtribos Guaranis.
2- Quatro, em númerosromanos.
3- Nau, navio.4- Mamífero carnívoro,
famoso por sua “risada”.5- Apto, competente.6- Professor José (...):
pioneiro da campanhaantitabaco no Brasil.
7- Pode ser usado em sopas,aumentando o seuconteúdo em cálcio.
8- Continente de onde sãooriginados a ioga e o liangong.
11- Polícia militar.12- Substâncias cuja ação
protetora contra ocâncer tem sido
estudadarecentemente.
14- Indicador.20- Assembléia Nacional.22- Avistei.23- Expressa seu
sentimento através daarte.
24- Secretaria deSegurança Pública.
25- Número nomostrador do relógio.
29- Tai Chi (...): “a arte doequilíbrio através domovimento”.
30- Bairro da Zona Leste32- Querer bem.36- Época, período.37- (...) Stulbach, ator.42- Instrumento utilizado
na agriculturaorgânica.
CCCCCrrrrruuuuuzzzzzaaaaadddddaaaaasssss
PPPPPaaaaalllllaaaaavvvvvrrrrraaaaasssss
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12
1413
15 16 17
19 2018
21 22 23 24 25
26 27
31 32 33 34
3836 3735
39 40 41 42
43 44
302928
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 25
Roteiro
São poucas as pessoas queencaram as segundas-feiras combom humor e disposição,principalmente quandotrabalham no centro de SãoPaulo, barulhento, confuso,perigoso, agitado...No meio desse caos, o
mosteiro de São Bento (LargoSão Bento, Centro) surge comoum local de paz, harmonia ebeleza. É uma verdadeira fontede energia, que está aberta atodos que passam pelo Largo deSão Bento, e agora oferece aquem transita pelo centro umconcerto realizadopontualmente ao meio dia,todas as segundas-feiras.Dom Hildebrando Brito
Miranda, mestre dos professostemporários, conta que omosteiro tem a missão de serum centro de estudos eestímulo à intelectualidade, umespaço de vivência daespiritualidade e um local deresgate da cultura cristã.Mas o Mosteiro também é
um refúgio para o paulistano.No dia de retorno ao trabalho,à luta cotidiana, aoenfrentamento da correria, dobarulho do tráfego, as pessoasnecessitam de uma pausa pararespirar, um local de repouso,de conforto mental, onde
Mosteiro de São Bento:Um oásis no centro de São Paulo
possam se refazerespiritualmente e iniciar asemana melhor sem o “mal estarda segunda-feira”.Dom Hildebrando conta que
a experiência dos concertos,bem acolhida pelos paulistanos,continuará em 2005. Para isso,ele está procurando patrocíniopara manter e melhorar o níveldas apresentações. Os contatosexternos são realizados pelosenhor Antonio Ribeiro.Além de usufruir dos
benefícios da boa música, daespiritualidade, o freqüentadordo mosteiro se encanta com abeleza dos afrescos e muraisrealizados pelo mongebeneditino de origemholandesa, Adelbert Gressïcht,que veio ao Brasil em 1913 para
realizar este trabalho.A igreja também apresenta
belíssimos vitrais comdiferentes facetas, conforme aluz incide sobre eles, deliciandoos olhos e os sentidos. O somdo maravilhoso órgão de 4teclados manuais e pedaleiracom setenta e sete registros eseis mil tubos, um dosprincipais órgãos de grandeporte do Brasil é umaexperiência única, e osconcertos do festival de órgãosão muito concorridos.O Mosteiro São Bento emana
história, foi erguido sobre ataba do cacique Tibiriçá no valedo Anhangabaú, por SimãoLuis, paulista de São Vicente,discípulo de Padre Anchieta,ordenado com o nome de FreiMauro Teixeira. As obrasiniciaram-se em 1598 e aprimeira igreja foi consagradaem 1600. Em 1650, FernãoDias Paes Leme financiou areforma e solicitou que os seusrestos mortais e os de suaesposa, dona Maria da GraçaBetim, descansassem na igreja.A atual construção iniciou em1910, seguindo o projeto doarquiteto alemão Richard Bernlde Munique. Em 1922 foiconsagrada à Nossa Senhora daAssunção.
Márcia Kersul
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200426
Qual é a sua Dúvida?
Tenho um grave pro-blema na unidade desaúde onde trabalho,com os fumantes. Eu,
graças a Deus, nãofumo. Porém uma boa par-cela dos que trabalhamcomigo são fumantes.
No início, tentei chamar a atençãode todos pedindo que não fumassemna minha sala (pelo menos) mas nãofui bem recebido... faltou pouco paraeu ser crucificado por isso como se
Caro anônimo,A sua perguntaenvolve algumasquestões: Do pon-
to de vista jurídico,há legislação que regulamenta ouso do tabaco; a lei federal 9929,que em seu artigo 2o afirma:
“É proibido o uso de cigarros,cigarrilhas, charutos ou de qual-quer produto fumígeno, deriva-do ou não do tabaco, em recintocoletivo, privado ou público,salvo em área destinada exclusi-vamente a esse fim, devidamen-te isolada e com arejamentosuficiente”. Por outro lado, oMunicípio de São Paulo tambémpossui lei que regulamenta o usodo tabaco: a Lei Municipal 9.120estabelece que “é proibidofumar em estabelecimentospúblicos fechados, onde forobrigatório o trânsito ou apermanência de pessoas, assimconsiderados, entre outros, osseguintes locais... os corredores,salas e enfermarias de hospitais,casas de saúde, prontos-socor-ros e postos de saúde”. Em 1993foi acrescentada a proibição para
fosse eu quem estivesse fazendo algoerrado! Pode?
Isso ocorre porque os fumantestêm a conivência das chefias e nãotêm idéia de que estão colocando emrisco a saúde e a segurança física(incêndio) dos outros funcionários.O mais estranho é que trabalho compessoas que também não fumam eacham ruim eu ficar falando dissono trabalho. Sinto estar sendoperseguido por isso. Ao ficar expostoà fumaça super tóxica do cigarro
sinto dor de cabeça, mal estar e en-jôo. Sinceramente, não há condiçãomínima de se trabalhar dessa forma.O pior, e mais incrível, é que a maio-ria possui curso superior na área dasaúde! Ouvi também de funcionáriosque trabalham em outras unidadesque isso ocorre da mesma forma enada pode ser feito... será? Socorro!!!
Gostaria de saber como possofazer para acabar de vez com esteproblema.
Anônimo
consultórios médicos e odon-tológicos dos serviços de saúde.
Além disso, o decreto 34.825 de1995 diz que é proibido fumar nasdependências da administraçãopública municipal direta eindireta. Áreas apropriadas,destinadas ao tabagismo, deve-rão ser reservadas (art.2) e osinfratores ficam sujeitos a multade 10 Unidades Fiscais de Refe-rência do Município (UFMs).
Ou seja, do ponto de vistalegal, você está coberto de razãoe as chefias que fumam e permi-tem o uso de cigarros nos esta-belecimentos de saúde nãoestão cumprindo a lei. Isso paranão falar que você está sendodesrespeitado em seu direito denão ser exposto à poluiçãoambiental provocada pelo taba-co, direito este garantido pelaConvenção-Quadro para oControle do Tabaco.
Mas, se é assim, por que vocêenfrenta tantas resistênciasquando tenta fazer valer seus di-reitos? Isso se explica porqueseus colegas fumantes sãonicotino-dependentes, portanto
sujeitos aos efeitos dessa depen-dência. Ou seja, tirar o cigarro ousimplesmente falar em parar defumar para eles é interpretadocomo se você ameaçasse tirarum doce de uma criança. Não hádiálogo e as reações vão desdete ignorar completamente até aagressão. Do mesmo modo quevocê tem direito de não se exporà fumaça do tabaco, seu colegatem direito de fumar, desde queobedecendo à lei e aos direitosde todos os cidadãos. Quemsabe se ao tomar conhecimentoda legislação, seus colegas re-pensem suas práticas?
Caro anônimo, espero que suachefia leia com atenção estaresposta e estabeleça o fumódro-mo e o Espaço Livre do Tabacoem seu local de trabalho. Fica umconvite para que você una-se anós e ajude a criar grupos deconscientização para sensibi-lizar os colegas sobre a impor-tância de se cumprir as leisantitabaco.
Márcia Kersul - médica sanitarista daequipe de Doenças e Agravos NãoTransmissíveis, da SMS/SP.
?R
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004 27
Por Andréa Galante*
Não é possível afirmar quando o macarrão foi inventado,mas um livro de culinária de 1475 menciona que a “massa”deveria ser cozida pelo tempo de três “Padres Nossos”. Parece
que era um prato destinado apenas para os ricos.
Hoje o macarrão é um dos pratos mais populares e éacessível a todas as classes sociais.
Comer Bem
macarrão éfeito de farinha
de trigo e água.Em alguns casos,
são adicionadosoutros ingredientes,
como ovos .
O macarrão instantâneoapresenta em média 380 kcal,semelhante ao tradicional,mas apresenta em sua compo-sição um alto teor de gordura,
que equivale a cerca de 21% darecomendação diária .
Para preparar um macarrãosaudável e nutritivo, não bastapensar no valor calórico damassa, deve-se optar pormolhos mais nutritivos emenos calóricos, pois o queinteressa, além do sabor dosalimentos, é a prevenção dasdoenças, que se inicia comuma boa alimentação.
Você sabia que em média cada100 gramas de macarrão crufornecem 350 kcal? E que o
macarrão praticamente não apresentasal e gordura?
OVocê sabia que o macarrãoinstantâneo tem um alto teorde sódio, cerca de 90% da
recomendação diária para um adulto?
Para molhos nutritivos, prepare-os com tomates, folhas econdimentos frescos, carnes
ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 200428
magras, substitua a gorduravegetal por um pouco de azeiteou óleo vegetal . O sal deve seradicionado em pequena
quantidade eo azeite éuma fonte degordurapolinsa-turada, queauxilia na
diminuição do colesterol ruim(LDL) e no aumento docolesterol bom (HDL).
Macarrão especialIngredientes:
• 1 peito de frango (300 g depeito de frango cortado emcubos, sem pele e sem osso)
• 500 gramas de macarrãotipo penne
• 1 caixa de molho de tomate
• 1 colher de sobremesa deóleo de milho ou azeite
• 1 dente de alho picado
• 1 cebola pequena cortada emcubinhos
• sal moderadamente
• orégano a gosto
• 1 litro de água
Modo de preparo:Refogue na panela de pressão opeito de frango com o alho, acebola e o óleo. Coloque omolho de tomate, a água, o sal eo orégano e o macarrão. Cozinhepor 7 minutos após a panelapegar pressão. Despeje em umarefratária e salpique queijoralado.
Rendimento7 porções – cada porçãoequivale a 2 colheres de sopa
Valor energético por porção*:
379 kcal = 15% das recomenda-ções diárias de energia
Proteínas 22,8 g = 24,1% dasrecomendações diárias
Gorduras totais 4,9 g = 11,8%
Colesterol 31,0 mg = 16% darecomendação (no máximo 200mg por dia)
Sódio = 60% da recomendaçãodiária para um adulto (1400mg)
* para um cardápio de 2500Kcal/dia.
Para acompanhar esse prato, quetal uma salada de rúcula ouagrião, temperada com limão,azeite e pouco sal? E ummissoshiro?
Você sabia que o molhode tomate possui
licopeno, umcarotenóide que auxilia
na prevenção e notratamento de alguns
tipos de câncer?
Comer Bem
Lembre-se:Não abusedo queijoralado,pois ele e
é rico em gordura
em cubos e as cebolinhasverdes, sirva quente
Rendimento4 porções
48 Kcal
Como sobremesa, um doce deabóbora cai bem, não?
Doce de abóbora (Kabotchá)Ingredientes:
• ½ abóbora Kabotchá(abóbora japonesa ouabóbora de casca preta)
• 1 colher de sobremesa decanela em pau
• 4 cravos
• 1 xícara de café de vinhobranco
• 1 xícara de chá de água
• 1 colher de sopa de adoçantepróprio para forno e fogão
Modo de preparo:Retire a casca e semente daabóbora e corte em cubos deaproximadamente 5 cm;
Coloque em uma panela aabóbora, a canela, o cravo, ovinho, o adoçante e ½ xícara deágua; deixe cozinhar em fogobrando por aproximadamente 10minutos.
Com uma colher, vire os pedaçosde abóbora, adicione o restanteda água e deixe cozinhar pormais 10 minutos ou até ficarmacia.
Retire do fogo, deixe esfriar poraproximadamente 40 minutos ecoloque na geladeira,
Sirva gelado,
Rendimento4 porções
40 Kcal por porção
Missoshiro com tofuIngredientes:
• 4 xícaras de água
• 1 envelope de hondashi(caldo de peixe)
• 2 colheres de sopa de Missô(pasta de soja)
• 200 gramas de tofu picadoem cubos
• 1 xícara de cebolinhahigienizada e picada
Modo de preparo:Em uma panela, misture ohondashi na água e leve ao fogo,adicione o missô e deixe ferverpor mais 4 minutos,
Retire do fogo, adicione o tofu
*Andréa*Andréa*Andréa*Andréa*AndréaGalante éGalante éGalante éGalante éGalante é
nutricionistanutricionistanutricionistanutricionistanutricionista
COVISACoordenação de
Vigilância em Saúde
PrefeitaMarta Suplicy
Secretário Municipal da SaúdeGonzalo Vecina Neto
Coordenador da Vigilância em SaúdeHélio Neves
Gerente do Centro de Prevenção e Controle de DoençasJulio Cesar de Magalhães Alves
Equipe de Vigilância de Doenças e Agravos Não-TransmissíveisLuís Gracindo Costa Bastos
Márcia Kersul de BritoRosana Díaz
Cristina FrançaRuy Paulo d’Elia Nunes
Simone de Camargo SeguiAndréa Galante
Célia Medina
Gerência de Comunicação & EducaçãoDenise Guedes Condeixa
Carmem Silva Carmona de AzevedoMarisa Minhoto
Cláudia LagoRichard Romancini
COVISACoordenação de
Vigilância em Saúde
Almanaque DANT