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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 51 Ano IV Fevereiro 2012 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Brasil 6ª. Economia. Mas pobre... O macaco japonês... Elogie do jeito certo. Reformas à vista ! A indústria da doença... A arte de saber escutar Novos autores Planejar é preciso Educamos ? A família do sécullo XXI Porque não quero ter filhos... Pratique a gentileza Ser professor... NOVOS AUTORES Nós professores e educadores As Escolas... Emigração Portuguesa no Brasil Crônicas Ausência de líderes Eu multiplico o meu valor por cem 01 - Dia do publicitário 02 - Aniversário da Cidade de ITU - SP 07 - Dia do gráfico 11 - Nascimento de Thomas Edson Dia da criação 14 - Dia do Amor 15 - Inauguração da Escola Politécnica de SP 16 - Protocolo de Quioto Dia do repórter 18 - Dia de Combate ao Alcoolismo 19 - Aniversário da cidade de Osasco - SP 21 - Carnaval 22 - Dia do Pensamento 23 - Fundação do Rotary Internacional 24 - Criação do Tribunal Superior Eleitoral 1ª. Constituição Brasileira (1891) 27 - Dia dos idosos Você sabia ? · 35% das pessoas que utilizam os anúncios em jornais à procura de companhi- a já são casadas. · Se você mantiver, à força, os olhos abertos durante um espirro é possível que eles saiam das órbitas. · Se você tentar impedir que um espirro seja expelido pode morrer ao causar a ruptura de uma veia no cérebro ou na nuca. · Os ratos multiplicam-se tão rapidamente que, em 18 meses, um casal de ratos pode ter para cima de um milhão de descendentes . · O isqueiro foi inventado antes do fósforo. · Tal como as impressões digitais, a superfície da língua é diferente de pessoa para pessoa . · 23% das avarias em máquinas de Xerox, são causadas por pessoas que se sentam no aparelho para xerocarem o traseiro . · Os camarões têm o coração alojado na cabeça. · Os porcos não são fisicamente capazes de olhar para o céu. · Mais de 50% das pessoas, no mundo inteiro, nunca fizeram nem receberam chamadas telefônicas. · Um crocodilo não coloca a língua para fora da boca. · Se você espirrar com muita força pode partir uma costela. · O pó de arroz inclui quase sempre escamas de peixe na sua composição. É comprovadamente impossível você lamber o próprio cotovelo. Você sabia? Datas comemorativas FEVEREIRO Paraná (PR) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08 Livro didático de língua por- tuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) en- sina aluno do ensino funda- mental a usar a “norma po- pular da língua portuguesa”. O volume Por uma vida me- lhor, da coleção Viver, a- prender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os li- vro ilustrado mais interes- sante estão emprestado” pa- ra exemplificar que, na varie- dade popular, só “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os meni- no pega o peixe”. Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a cha- mada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e es- crever, tomando as regras estabelecidas para norma culta co- mo padrão de correção de todas as formas linguísticas”. E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale - Educar para formar ... · · Os ratos multiplicam-se tão rapidamente que, em 18 meses, um casal de ratos pode ter para cima de um milhão de

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 51 Ano IV Fevereiro 2012 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Brasil 6ª. Economia. Mas pobre...

O macaco japonês...

Elogie do jeito certo.

Reformas à vista !

A indústria da doença...

A arte de saber escutar

Novos autores

Planejar é preciso

Educamos ?

A família do sécullo XXI

Porque não quero ter filhos...

Pratique a gentileza

Ser professor...

NOVOS AUTORES

Nós professores e educadores

As Escolas...

Emigração Portuguesa no Brasil

Crônicas

Ausência de líderes

Eu multiplico o meu valor por cem

01 - Dia do publicitário 02 - Aniversário da Cidade de ITU - SP 07 - Dia do gráfico 11 - Nascimento de Thomas Edson Dia da criação 14 - Dia do Amor 15 - Inauguração da Escola Politécnica de SP 16 - Protocolo de Quioto Dia do repórter 18 - Dia de Combate ao Alcoolismo 19 - Aniversário da cidade de Osasco - SP 21 - Carnaval 22 - Dia do Pensamento 23 - Fundação do Rotary Internacional 24 - Criação do Tribunal Superior Eleitoral 1ª. Constituição Brasileira (1891) 27 - Dia dos idosos

Você sabia ?

· 35% das pessoas que utilizam os anúncios em jornais à procura de companhi-a já são casadas. · Se você mantiver, à força, os olhos abertos durante um espirro é possível que eles saiam das órbitas. · Se você tentar impedir que um espirro seja expelido pode morrer ao causar a ruptura de uma veia no cérebro ou na nuca. · Os ratos multiplicam-se tão rapidamente que, em 18 meses, um casal de ratos pode ter para cima de um milhão de descendentes . · O isqueiro foi inventado antes do fósforo.

· Tal como as impressões digitais, a superfície da língua é diferente de pessoa para pessoa . · 23% das avarias em máquinas de Xerox, são causadas por pessoas que se sentam no aparelho para xerocarem o traseiro . · Os camarões têm o coração alojado na cabeça.

· Os porcos não são fisicamente capazes de olhar para o céu.

· Mais de 50% das pessoas, no mundo inteiro, nunca fizeram nem receberam chamadas telefônicas. · Um crocodilo não coloca a língua para fora da boca.

· Se você espirrar com muita força pode partir uma costela.

· O pó de arroz inclui quase sempre escamas de peixe na sua composição. É comprovadamente impossível você lamber o próprio cotovelo.

Você sabia?

Datas comemorativas FEVEREIRO

Paraná (PR) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08

Livro didático de língua por-tuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) en-sina aluno do ensino funda-mental a usar a “norma po-pular da língua portuguesa”. O volume Por uma vida me-lhor, da coleção Viver, a-prender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os li-vro ilustrado mais interes-sante estão emprestado” pa-ra exemplificar que, na varie-dade popular, só “o fato de

haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os meni-no pega o peixe”. Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a cha-mada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e es-crever, tomando as regras estabelecidas para norma culta co-mo padrão de correção de todas as formas linguísticas”. E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e visa a atender ao Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Profª. Francisca Alves Veículo divulgar da OSCIP “Formiguinhas do Vale”

CULTURAonline

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de Ensino Fundamental e Médio. “Formiguinhas do Vale”

Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

O Petróleo é vosso...

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, priori-za a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível nos links: www.gazetavaleparaibana.com www.formiguinhasdovale.org

O Petróleo é vosso...

AUSÊNCIA DE LÍDERES GENHA AUGA Diante do atual sistema político em que candidatos lançam mão de campanhas mirabolantes com promessas de uma vida melhor para to-dos, e depois de eleitos, assumem o poder sem nunca as cumprirem. Nes-sa conduta vergonhosa que vem se repetindo em nossa linha do tempo, pergunto: Quais as chances do cidadão brasileiro opinar acertadamente se esta política torna-se cada vez menos compatível com os anseios do povo? Em nosso histórico eleitoral, não vimos poderes que merecía-mos e deveríamos ter. Emergem desse passado, somente acusações entre governantes e um muro de lamentações do povo, que segue até hoje. Desse quadro, resultou um país com sérias dificuldades, deses-truturado, com falsos aliados à nossa luta, candidatos com interesses pró-prios, sem um consenso unânime e firme que sejam capazes de sustentar nossas aspirações. Como adquirir novos conceitos ideológicos e homens de brio que se esforcem pelos ideais da pátria, que levantem partidos políticos com senso de responsabilidade perante aqueles que os elegeram, que atuem de maneira a constituir uma linha democrática livre de intenções pessoais e que combatam diretamente os que repudiam nossas diretrizes, com consci-ência política, capazes de sobreviverem às pressões da “banca dos corrup-tores” atendendo verdadeiramente o país. Busco por uma renovação política, que leve o brasileiro a des-cruzar os braços, que faça ecoar gritos de luta e que acorde o “gigante a-dormecido”, com homens de brio que ajam numa luta unificada na restaura-ção da pátria amada. Onde estão nossos “pensantes”? Artistas, educadores, jornalis-tas, escritores – líderes intelectuais que se interessem pelo futuro deste Brasil? Futuro de todos!

“Eu multiplico o meu valor por cem"

O seu sucesso depende do seu valor. A sua remuneração depende do seu valor.

Aprender e multiplicar o seu valor é então a melhor maneira de

ser procurado, apreciado, retribuído e quanto mais aumentar o seu valor, mais o seu sucesso será fácil e brilhante.

Uma antiga lenda hindoue diz-nos que antigamente, todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram de tal forma da sua divindade que Brahma, o mestre dos deuses, decidiu tirar-lhes todos os poderes divinos e escondê-los num lugar onde fosse completamente impossível encontrá-los. O grande problema existiu em encontrar o lugar apropriado. Os deuses menores foram convocados para uma reunião a fim de se resol-ver o problema. Eles propuseram o seguinte: Enterrar a divindade do ho-mem na terra. Mas Brahma respondeu: "Não, não é o suficiente, porque o homem desenterrá-la-ia e encontrá-la-ia." Então os deuses replicaram: "Neste caso, metamos a divindade no mais profundo dos oceanos." Mas Brahma respondeu de novo: "Não, mais cedo ou mais tarde, o homem exploraria a profundeza dos oceanos e certamente que um dia, a encontrari-a e a traria à superfície." Então os deuses menores concluíram: "Nós não sabemos onde a vamos esconder porque não existe na terra nem no mar um lugar seguro que o ho-mem jamais encontrasse." Brahma disse: "Vejamos o que faremos à divindade do homem: vamos es-condê-la no mais profundo dele próprio, é o único lugar onde ele nunca pen-sará procurar." A conclusão desta lenda é: Desde dessa altura que o homem fez a volta a terra, explorou-a, escalou-a, emergiu-a e escavou-a, à procura de qualquer coisa que se encontrava dentre dele próprio. (Eric Butterworth, Discover the Power Within Yourself) Reflita... ...Há dias em que se levanta e não lhe apetece fazer nada? Há dias em que perguntamos a nos próprios "Onde vou? Isto vale a pena? Como vou sair disto? Como é que seria mais feliz?" Muitos de vós já estiveram perante estas questões. Alguns encontraram soluções ou respostas. E você?

Filipe de Sousa

Sobre as mídias convencionais tendenciosas,,,

www.cpodisseia.com

O medo é inerente à vida porque viver é perigoso e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a

esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar, para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.

CUIDADO

SSSSe você não for cuidadoso, As mídias convencionais que se dizem independentes e o não são, farão você

odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar aqueles que vos estão

OPRIMINDO. Seja crítico e analise o que ouve e de onde

vem a informação...

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

BRASIL 6ª. Economia mas socialmente muito mal

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não

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Para os britânicos Rob Murray e John Milton, que fazem parte de um grupo crescente de estrangeiros vivendo no país, o Brasil terá de percorrer um caminho difícil, porém não impossível para atingir o nível de desenvolvimen-to da Grã-Bretanha em duas décadas, como previu o ministro da Fazenda Guido Mantega.

O comentário de Mantega foi feito no contexto de projeções recentes que indicam que o Brasil pode ultrapassar, já em 2011, a Grã-Bretanha como 6ª maior economia do mundo.

Mesmo como 6ª economia, Brasil continua pobre, diz economista da

UNCTAD

Há cinco anos no Rio de Janeiro, o escocês Rob Murray recomenda que o Brasil combata dois de seus maio-res problemas, se quiser alcançar os britânicos em outros indicadores.

"É preciso acabar com a corrupção (corruptores e corruptos) e diminuir a desigualdade de renda, investindo em educação", afirma o escocês, em en-trevista à BBC Brasil.

"Vai ser um grande desafio, mas, em 20 anos, as coisas podem mudar."

Adaptado ao país, Murray, que traba-lha como engenheiro de uma grande multinacional do petróleo, sabe que não tem o mesmo estilo de vida de um brasileiro médio, fadado a encarar serviços públicos muito diferentes dos oferecidos na Grã-Bretanha. "Eu acho que a minha vida é muito boa no Rio. Eu gosto de morar aqui porque tenho dinheiro, mas se não tivesse, seria muito diferente", diz, explicando que os problemas sociais não afetam dire-tamente a sua vida.

Custo de vida exorbitante, afirma John Milton, inglês que vive no Rio.

John Milton decidiu que o filho cresce-rá no Rio: "Aqui, o clima é mais agra-dável". Uma das coisas que mais o impres-siona são os preços dos produtos e serviços nas grandes cidades brasilei-ras.

"O custo de vida aqui representa o dobro do que eu gastaria vivendo em qualquer cidade do Reino Unido que não fosse Londres", afirma. "Os res-taurantes são caros, o acesso à tec-nologia é caro, os produtos importa-dos são caros."

Para ele, quem sai perdendo com o alto custo dos importados é a popula-ção mais pobre. "É muito difícil ter acesso a produtos tecnológicos no Brasil, por exemplo", explica Rob, lembrando a polêmica em torno do preço do último lançamento da Apple no país. "Você já viu quanto custa um iPhone aqui?"

Segundo a consultoria Mercer, o Rio de Janeiro subiu 17 posições no ran-king de custo de vida e é hoje a 12ª cidade mais cara do mundo. São Pau-lo é a 10ª mais cara.

Serviços ruins e impostos altos

O inglês John Milton também se diz impressionado com os gastos na ci-dade, mas se diz otimista.

Seu choque com o alto custo de vida aconteceu logo que chegou ao Brasil há um ano. Sua mulher, que é brasi-leira, estava grávida e as despesas não foram poucas.

"Gastamos muito dinheiro com médi-cos, hospitais, etc. Quando você vem de um país desenvolvido, vê que as coisas aqui são muito diferentes. Na Inglaterra, eu tinha saúde e educação públicas de qualidade e gratuitas", conta Milton.

Para o inglês, que é professor, a ex-periência o fez comprovar as diferen-ças entre o Brasil e um país com alto índice de bem estar social mesmo antes mesmo de seu filho nascer.

Os impostos altos no Brasil também o deixaram impressionado. "Na Inglater-ra, a carga tributária deve ser quase a mesma do Brasil. No entanto, lá pa-gamos impostos e sabemos que o dinheiro é utilizado para melhorar e-ducação, saúde, etc. No Brasil é dife-rente."

Apesar dos problemas, Milton decidiu

que seu filho crescerá no Rio de Ja-neiro. "Aqui, no geral, a qualidade de vida é melhor, o clima é mais agradá-vel. Meu filho vai poder frequentar a praia, praticar um esporte ao ar livre."

Murray também não pensa em deixar a cidade que adotou para viver. Nem a famosa violência do Rio de Janeiro parece ser um problema para o esco-cês. "As pessoas falam bastante so-bre isso, mas nunca vi nada. Gosto muito de viver no Brasil."

Segundo o Ministério da Justiça, há atualmente 1milhão e meio de estran-geiros vivendo no Brasil (dados até junho de 2011), um aumento de 50% em relação a dezembro de 2010.

O Brasil continuará sendo um país pobre, mesmo com a previsão de que a sua economia vai ultrapassar a bri-tânica como 6ª maior do mundo, se-gundo o economista Joerg Mayer, da Divisão de Globalização e Desenvol-vimento Estratégico da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD, sigla em inglês).

"O país ganha um pouco de prestígio, mas, como a população brasileira é muito numerosa, a renda média é muito mais baixa", disse o economista à BBC Brasil. "Mesmo como sexta economia mundial, o Brasil continua pobre", afirmou.

Agnès Bénassy-Quéré, diretora do Centro de Pesquisas Prospectivas e de Informações Internacionais, em Paris, também relativiza as projeções divulgadas nesta semana. "É preciso muita precaução", disse a economista à BBC Brasil.

"O Brasil apresenta um crescimento fulgurante, pois os cálculos são feitos em dólar, que tem se desvalorizado nos últimos anos. Não é possível di-zer que esses números são definiti-vos", afirmou a economista.

Para Bénassy-Quéré, o excesso de valor do real é o fator principal para a economia brasileira ultrapassar a da Grã-Bretanha. "A moeda brasileira valorizou-se muito nos últimos anos, enquanto a libra esterlina sofreu uma

forte desvalorização. Isso faz uma diferença enorme."

Assim como o representante da UNC-TAD, a economista francesa acredita que o cálculo mais realista para mos-trar a situação da economia brasileira atualmente deveria basear-se no PIB per capita.

"O PIB per capita do Brasil representa apenas 25% do americano", diz Bé-nassy-Quéré. "Nas projeções que fi-zemos, em 2050 o PIB per capita bra-sileiro alcançará apenas 45% do nível registrado nos EUA."

Apesar da dificuldades, ambos acredi-tam que o crescimento da economia ajudará a melhorar os índices sociais brasileiros a longo prazo. "Na maré alta, todos os barcos sobem", afirma Bénassy-Quéré. Para ela, o momento é de investir em setores estratégicos para o desenvolvimento da sociedade brasileira.

"É preciso adotar medidas políticas que mudem dois pontos essenciais: a educação e a poupança", diz a econo-mista.

"Se pegarmos o nível de educação no Brasil, vemos que ele é muito baixo, com menos de 10% da popu-lação ativa com um diploma univer-sitário. Isso situa o país muito abai-xo de China, Índia e Rússia, por e-xemplo."

Sobre o risco de inflação devido ao forte crescimento da economia - des-tacado constantemente pelo Banco Central na hora de aumentar as taxas de juros -, Mayer afirma que basta uma política salarial atrelada à produ-tividade. "Se os salários aumentam junto com a produção e não por causa da de-manda, é possível controlar a inflação sem mexer nas taxas de juros", expli-ca o economista. As projeções de que o Brasil deve ultrapassar a Grã-Bretanha como 6ª economia mundial foram feitas pelo Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês), com sede na Grã-Bretanha. Fonte: BBC Brasil

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural. Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos.

Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável a areia. Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que la-var as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensi-naram às respectivas mães.

Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimi-lada por vários macacos. Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gosto-sas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente. No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam su-as batatas-doces. Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tives-se feito uso dessa prática. Então aconteceu! Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer. O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica. Mas veja só: Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, tam-bém começaram a lavar suas batatas-doces. Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser co-municada de uma mente a outra. O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas. Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos! Você pode ser o centésimo macaco! Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nos-sos pensamentos. De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento se-gue a nossa energia e ali manifestamos novas realidades e situações.

Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam suas faculdades para o mal. O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está envi-ando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticia-do que gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares. Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas? Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconsci-entemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão. Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias. São todos i-gualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele es-braveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos de ou-tros.

Gerar material para construir um mundo melhor, não requer tanto gran-des ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência. É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que faz a diferença e que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em todas as partes do Planeta. Se cada um de nós dedicar alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a freqüência do amor, isto basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência de Unidade, Respeito e Amor.

Seja você também um centésimo macaco para o Bem - a escolha é

sua, a cada dia !!! DISCERNIMENTO JÁ !!! guarde na palma de Suas mãos.

Nossos Filhos

BARBOSA ITO _______________________

A D V O C A C I A

EDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITO

OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352

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Elogie do jeito Certo Por: Marcos Meier

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas consegui-ram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteli-gência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é geni-al!”... e outros elogios à capacidade de cada criança. O grupo B foi elogiado quanto ao es-forço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!”... e outros elogios relacionados ao traba-lho realizado e não à criança em si. Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crian-ças. Elas não eram obrigadas a cum-prir a tarefa, podiam escolher se que-riam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreen-deram. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a se-gunda tarefa. As crianças não queri-am nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceita-ram tentar. Não recusaram a nova tarefa. A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crian-ças “inteligentes” não querem o senti-mento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligen-te”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogi-

ado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquan-to aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram de-mais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam a-provados e, justamente por isso, es-tudaram mais, resolveram mais exer-cícios, leram e se aprofundaram me-lhor em cada uma das disciplinas. No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos fi-lhos precisam aprender valores, prin-cípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frá-geis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados cons-tantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos filhos precisam ouvir frases. Como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a ver-dade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela me-nina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... vo-cê é solidária”, “isso mesmo filho, dei-xar seu primo brincar com seu vídeo game foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fun-damentados em ações reais e refor-çam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpreta-ções dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chanta-gens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvol-vido resistência à frustração e a fragi-lidade emocional estará presente. Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de monta-nhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Nossos Filhos II

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 05

Educação I - Reformas à vista!

Comumente o início de ano letivo é marcado por muitas mudanças estru-turais, atribuição de novas salas e/ou escolas para professores, gestores, chegadas de novos alunos, transfe-rências de salas e turmas que sem-pre acabam por alterar a rotina da equipe, e, por conseguinte, o projeto pedagógico da Unidade Escolar, in-cluindo nesta perspectiva a sua “intencionalidade formativa”, a sua forma de ser e estar no mundo. Coincidências ou não, enquanto a escola vive esse período de planeja-mento e adaptação, a nossa “escola”-maior, o Ministério da Educação, tam-bém vive um momento de muitas mu-danças, primeiramente pela chegada do novo ministro Aloizio Mercadante, o que nos põe em expectativa pelo que virá. Segundo entrevista concedida ao o site G1, o ex Ministro da Educação Fernando Haddad afirmou que: “como ministro, deixou como legado uma “ampla reforma educacional”. Para ele a qualidade foi resgatada: “Penso que fizemos uma grande re-forma da educação brasileira”. Infelizmente em meio a esta “ampla reforma” supracitada, há muito que se construir, conquistar e resgatar na educação brasileira. Inclusive por que é sabido, notoriamente que em mui-tos estados do país há ainda pou-

quíssimos investimentos, bem como um interesse político real no que tan-ge o desenvolvimento do potencial humano. E haja reforma pela frente... Mas há boas notícias. A exemplo, segue no Senado, o projeto de lei nº 504/11, que finalmente pretende, alte-rar o Art. 25 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB nº. 9394-/96, a fim de limitar a quantidade má-xima de alunos em sala de aula. Uma grande vitória para alunos e pro-fessores que poderão finalmente es-treitar a sua relação no processo de ensino-aprendizagem. Mudança ur-gente e necessária! Segundo o texto deste projeto, as tur-mas de pré-escola e dos dois primei-ros anos do ensino fundamental teri-am um limite máximo 25 alunos por sala, sendo, por conseguinte, os anos subsequentes do ensino fundamental e ensino médio, o teto máximo de 35 alunos. Importante salientar que a autoria do projeto que beneficiará e-ducadores e educandos brasileiros é do senador Humberto Costa do PT-PE. E para quem gosta de novidade, tem mais mudança chegando por aí! Pronta para ser votada em Plenário, a PEC 94/03, alterará a Constituição Federal, e, por conseguinte, a LDB, dispondo sobre a obrigatoriedade do atendimento do Ensino Fundamental com carga horária integral. O autor do texto é o senador Demós-tenes Torres do DEM-GO que defen-de a proposta com o argumento de que “é urgente instalar-se no país a escola em tempo integral, escola, que reúne todas as qualidades das me-lhores iniciativas contra o analfabetis-mo, a miséria, a violência e a chaga do milênio, as drogas". Mas será que estas “chagas” sociais, supracitadas, serão realmente extin-tas apenas pelo movimento da garan-tia do atendimento em período inte-gral? Que tipo de projeto político-pedagógico está sendo pensado para

estes educandos, afinal, o que adian-tará a integralidade do período sem um projeto de transformação consci-encial e social? Falando em projeto pedagógico de transformação, Rubem Alves, discute em seu livro “Pinóquio às Avessas” a nossa maneira contemporânea de educar e suas consequências, às ve-zes equivocadas, a partir da história de Felipe, um menino que adora a vida, a natureza e que sonha, quando adulto, se tornar um cuidador de pás-saros. Na medida em que freqüenta as au-las na sua escola, Felipe vai perce-bendo que os assuntos que ele gos-taria de aprender e que ele leva para a sala de aula são colocados como “fora de hora”, “sem importância”, sendo o mais importante na visão dos “mestres” que as crianças aprendes-sem sobre temas que pudessem fazê-los adultos bem sucedidos financei-ramente. E paulatinamente, pais e professores, vão transformando esse menino de verdade, em um “boneco de madeira”, como o conhecido clás-sico da literatura infanto-juvenil “Pinóquio”. A personagem questiona no texto de Rubem, o que muitos de nós, en-quanto educadores e gestores deverí-amos estar refletindo: Porque não aprendemos o nome do pássaro azul que vemos voando no nosso trajeto cotidiano? Por que os conhecimentos não valem pela sua utilidade, mas pela relevância dos vestibulares? Ru-bem Alves vai além: “Por que quando se pensa sobre coisas que a gente gosta e não sobre o assunto que a professora está falando as crianças podem ser diagnosticadas como cri-anças com distúrbio de atenção? Dis-túrbio de atenção é quando a atenção está no lugar que o coração deseja e não no lugar onde o professor man-da”. A educadora e escritora Madalena Freire, diz que no processo de ensino-aprendizagem “é necessário admirar nossos alunos, e que esse exercício,

pressupõe a escuta dos silêncios e ruídos na comunicação, a escuta do aprendiz em sua própria historia, ten-do por ele um olhar carinhoso, como de um pesquisador”. Você professor, que está nesse mo-mento partilhando desta escrita comi-go, saberia me responder quem são os seus alunos? O que sabem estas crianças, jovens e adultos? O que conhecem da vida? Do mundo, das relações, das ciências, das artes? Que sabem de si, de sua família, bair-ro, sentimentos e desejos? Quais seus talentos, capacidades, preferên-cias? Quais são suas histórias de vi-da, de suas famílias? O que os aten-de na perspectiva da sua busca e cu-riosidade interior? Jussara Hoffmam argumenta que “é necessário se pensar em espaços, tempos e maneiras de se estabelecer vínculos significativos com os alunos nas escolas para que se possa estar cuidando deles como pessoas todos os dias, sem deixar para “depois”. Voltando á temática inicial das “reformas”, como deveria dar-se uma reforma educacional transformadora de fato para o nosso país? Edgard Morin responde a questão da seguinte maneira: “a reforma do ensi-no deve levar à reforma do pensa-mento, e a reforma do pensamento, deve levar à reforma do ensino”. Portanto, que comece por nós essa reforma tão necessária, para que as-sim possamos realizar a revolução educacional tão desejada, pelo des-pertar das consciências, pela prática de valores, do autoconhecimento, do pensar crítico, que, aliados a um in-vestimento estrutural, tanto na forma-ção dos profissionais, como na inte-gralidade do atendimento oportuniza-rá essa mudança que tanto queremos ver e experenciar no nosso querido Brasil. Yve de Oliveira Pedagoga, Palestrante e Coach Edu-cacional [email protected]

O Brasil está precisando de uma pessoa igual ao Sr. Lee para botar ordem na casa da mãe Joana!!!..

ASSEPSIA EM CINGAPURA.... Sr. Lee Kuan Yew assumiu com mão de ferro o comando do país, e em seis me-ses, dos cerca de 500 mil presidiários sobraram somente 50. Todos os outros, criminosos confessos, foram fuzilados.

Todo homem público (político, policial, etc) corrupto foi fuzilado, pois existiam muitas provas contra eles.

Todos os empresários ladrões foram fuzi-

lados ou fugiram rápido do país.

Aquela multidão de drogados que fica-vam dormindo nas ruas, fugiram deses-perados para a Malásia, para não terem que trabalhar ou seriam fuzilados.

Tinha uma mensagem de televisão onde o novo governo avisava que o país esta-va com câncer e que a única solução era extirpá-lo, tipo "se algum parente seu foi extirpado, compreenda, ele era um cân-cer para a nação".

Depois de ter feito toda a limpeza no pa-ís, reorganizado o sistema político, judici-ário e penal, esse militar convocou elei-ções diretas e se candidatou para presi-dente.

Venceu as eleições com 100% dos votos. Hoje, Cingapura é um dos países mais seguros de se morar. E um dos mais de-senvolvidos, e mais seguros que os Es-tados Unidos, Inglaterra, ou Israel.

Já no avião, a ficha de desembarque tem um "DEAD" (morte) bem grande em ver-melho e a explicação da penalidade so-

bre o porte de drogas. Qualquer droga.

Com zero vírgula nada de cocaína en-contrada, o sujeito ou é sumariamente fuzilado, ou é condenado a prisão perpé-tua com trabalhos forçados..

Um surfista brasileiro, tentou entrar em Cingapura com uma prancha de surf re-cheada de cocaína. Óbvio que ele deter-minou sua própria morte. E a mãe do jo-vem traficante apareceu na TV pedindo para o Lula interceder pelo filho. Não adi-antou nada. Nem mãe, nem Lula, nem protestos evitaram o cumprimento da lei.

Nos hotéis, os "Guias da Cidade" tem uma página explicando que a polícia de Cingapura garante a integridade física de qualquer mulher 24 horas por dia (isso porque na antiga Cingapura, sem lei e ordem, as mulheres que saíam sozinhas eram estupradas e ou mortas) O chiclete é proibido em Cingapura, pelo simples fato de que, se jogados no chão sujam as calçadas da cidade. Distribuir panfletos, sem chance. Só em lojas e não devem

ser entregues as pessoas, que, se os quiserem pegue-os em uma gôndola ou suporte. Jogar no chão então... dá multa cara.

Ano retrasado, a secretária local de um amigo, que estava fazendo um trabalho por lá, foi seguida pela polícia desde sua casa até o trabalho. Quando chegou no trabalho ligou a seta do carro para entrar no prédio, a polícia deu-lhe sinal para que ela parasse. Um dos policiais veio até a janela do seu carro e disse: "Como a Sra. sabe, estamos fazendo uma cam-panha de civilidade no trânsito. Multando os infratores e dando bônus a quem diri-ge corretamente. E a Sra., em todo o tra-jeto da sua casa até aqui, não cometeu nenhuma infração. Parabéns! Aqui está um cheque de 100 dólares cingapurianos (equivalente a cerca de R$ 128,00) e pe-diria para a Sra. assinar o recibo, por fa-vor.

Pelo visto o Brasil tem SOLUÇÃO...

Filipe de Sousa

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 06

Educação Pública - A indústria da doença Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da po-pulação dos Estados Unidos tome antidepressivos, estati-nas, e estimulantes?

Vendendo do-enças como depressão, co-lesterol alto e refluxo gastroin-testinal. Marke-ting impulsiona-do pela oferta, também conhe-c i d o c o m o “existe um me-

dicamento – precisa-se de uma do-ença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondría-cos viciados em remédios, mas des-via os laboratórios do que deveria ser seu papel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médi-cos reais.

Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma en-fermidade torne-se campeã de ven-das, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser cons-tatada num diagnóstico que tem mar-gem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pio-ram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao trata-mento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico.

Aqui estão algumas potenciais doen-ças da moda, que a indústria farma-cêutica gostaria que você desenvol-vesse em 2012:

Déficit de atenção com hiperativida-de em adultos

Problemas cotidianos rotulados co-mo “depressão” impulsionaram os laboratórios nas últimas duas déca-das. Você não estava triste, bravo, com medo, confuso, de luto ou até mesmo sentindo-se explorado. Você estava deprimido, e existe uma pílula para isso. Mas a depressão chegou a um ápice, como a dieta Atkins e Macarena. Com sorte, existe o trans-torno de déficit de atenção com hipe-ratividade (DDAH) em adultos. Ele dobrou em mulheres de 45 a 65 a-nos e triplicou em homens e mulhe-res com 20 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.

Assim como a depressão, a DDAH em adultos é uma categoria que po-de englobar tudo. “É DDAH ou me-nopausa?” pergunta um artigo na Additude, uma revista voltada exclu-sivamente à doença DDAH. “DDA e Alzheimer: essas doenças estão re-lacionadas?” pergunta outro artigo da mesma revista.

Estou deprimida, pode ser DDAH?” diz um anúncio na Psychiatric News, mostrando uma mulher bonita, mas triste. Na mesma publicação, outro anúncio diz “promessas quebradas –

adultos com DDAH têm quase duas vezes mais chances de se divorciar”, enquanto estimula médicos a checar a presença de DDAH pacientes para DDAH em seus pacientes. Adultos com DDAH são normalmen-te “menos responsáveis, confiáveis, engenhosos, focados, autoconfian-tes, e eles encontram dificuldades para definir, estabelecer e propor objetivos pessoais significativos”, diz um artigo escrito pelo dr. Joseph Bie-derman, psiquiatra infantil de Har-vard, que leva os créditos por colo-car “disfunção bipolar pediátrica” no mapa.

Eles “mostram tendências de ser mais fechados, intolerantes, críticos, inúteis, e oportunistas” e “tendem a não considerar direitos e sentimen-tos de outras pessoas”, diz o artigo, numa frase que poderia ser usada por muitas pessoas para definir seus cunhados.

Adultos com DDAH terão dificuldade em se manter em um emprego e pio-ram se não forem tratados, diz WebMD, apontando para o seguindo requisito para as doenças campeãs de venda – sintomas que se agra-vam sem medicação. “Adultos com DDAH podem ter dificuldade em se-guir orientações, lembrar informa-ções, concentrar-se, organizar tare-fas ou completar o trabalho no pra-zo”, de acordo com o site, cujo par-ceiro original é a Eli Lilly.

Como as empresas farmacêuticas conseguiram fazer com que cinco milhões de crianças, e agora talvez seus pais, tomem remédios para DDAH?

Anúncios em telas de 9 metros por 7, quatro vezes por hora na Times Square não vão fazer mal. Perguntam: “Não consegue manter o foco? Não consegue ficar parado? Seu filho pode ter DDAH?”(Aposto que ninguém teve problemas em se focar neles!).

Porém, convencer adultos que eles não estão dormindo pouco, nem en-tediados, mas têm DDAH é apenas metade da batalha. As transnacio-nais farmacêuticas também têm que convencer crianças que cresceram com o diagnóstico de DDAH a não pararem de tomar a medicação, diz Mike Cola, da Shire (empresa que produz os medicamentos para DDAH: Intuniv, Addreall XR, Vyvan-se e Daytrana). “Nós sabemos que perdemos um número significativo de pacientes com mais ou menos vinte anos, pois saem do sistema por não irem mais ao pediatra”.

Um anúncio da Shire na Northwes-tern University diz “eu lembro de ser uma criança com DDAH. Na verda-de, eu ainda tenho”, a frase está es-crita em uma foto de Adam Levine, vocalista do Maroon 5. “É sua DDAH. Curta” era a mensagem sub-liminar. (O objetivo seria: “continue doente”?).

Claro, pilhar crianças (ou qualquer um, na verdade) não é muito difícil. Por que outra razão traficantes de

metanfetamina dizem que “a primeira dose é grátis”?

Mas a indústria está tão empenhada em manter o mercado pediátrico de DDAH que criou cursos para médi-cos.

Alguns exemplos: “Identificando, di-agnosticando e controlando DDAH em estudantes”. Ou “DDAH na facul-dade: procurar e receber cuidado durante a transição da infância para a idade adulta”.

Para assegurar-se de que ninguém pense que a DDAH é uma doença inventada, WebMD mostra ressonân-cias magnéticas coloridas de cére-bros de pessoas normais e de paci-entes com DDAH (ao lado de um a-núncio de Vyvanse). Mas é duvidoso se as duas imagens são realmente diferentes, diz o psiquiatra Dr. Phillip Sinaikin, autor de Psychiatryland. E mesmo que forem, isso não prova nada.

O ponto central do problema é que simplesmente não existe um entendi-mento definitivo de como a atividade neural está relacionada à consciên-cia subjetiva, a antiga relação não muito clara entre corpo e mente”, Sinaikin contou ao AlterNet.

“Não avançamos muito além da fre-nologia, e esse artigo do WebMD é simplesmente o pior tipo de manipu-lação da indústria farmacêutica a fim de vender seus produtos extrema-mente caros. Nesse caso, um esfor-ço desesperado da Shire para man-ter uma parte do mercado quando o Addreall tiver versão genérica”.

Vejamos alguns exemplos:

Artrite Reumatóide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma do-ença séria e perigosa. Mas os su-pressores do sistema imunológico que a indústria farmacêutica oferece como alternativa – Remicade, En-brel, Humira e outros – também são. Enquanto a atrite Reumatoide ataca os tecidos do corpo, levando à infla-mação das articulações, tecidos ad-jacentes e órgãos, os supressores imunológicos podem abrir uma bre-cha para câncer, infecções letais e tuberculose.

Em 2008, a agência norte-americana para alimentação e medicamentos (FDA) anunciou que 45 pessoas que tomavam Humira, Enbrel, Humicade e Cimzia morreram por doenças cau-sadas por fungos, e investigou a re-lação do Humira com linfoma, leuce-mia e melanoma em crianças.

Esse ano, a FDA avisou que as dro-gas podem causar “um raro tipo de câncer nas células sanguíneas bran-cas” em jovens, e o Journal of the American Medical Association (JAMA) advertiu o aparecimento de “infecções potencialmente fatais por legionela e listeria”.

Medicamentos que suprem o siste-ma imunológico também são perigo-sos para os bolsos. Uma injeção de Remicade pode custar US$ 2.500; o suprimento de um mês de Enbrel custa US$ 1.500; o custo anual do

Humira é de US$ 20 mil.

Há alguns anos, a AR era diagnosti-cada com base na presença do “fator reumatóide” e inflamações. Mas, gra-ças ao marketing guiado pela oferta da indústria farmacêutica, bastam hoje, para o diagnóstico, enrijeci-mento e dor. (Atletas e pessoas que nasceram antes de 1970, entrem na fila, por favor).

Além do espaço de manobra para o diagnóstico e um bom nome, a AR possui outros requisitos das doenças campeãs de vendas. “Só vai piorar” se não for tratada, diz WebMD, e é frequentemente “subdiagnosticada” e pouco relatada, diz Heather Mason, da Abbott, porque “as pessoas cos-tumam não saber o que têm, por al-gum tempo”.

Uma doença tão perigosa que o tra-tamento custa US$20 mil por ano, mas que é tão súbita que você pode não saber que tem? AR desponta como uma doença da moda.

Fibromialgia

Outra doença pouco relatada é a fi-bromialgia, caracterizada dores ge-neralizadas e inexplicadas no corpo. Fibromialgia é “quase a definição de uma necessidade médica não aten-dida”, diz Ian Read, da Pfizer, que fabrica a primeira droga aprovada para fibromialgia, o medicamento anticonvulsivo Lyrica. A Pfizer doou US$ 2,1 milhões a gru-pos sem fins lucrativos em 2008 para “educar” médicos sobre a fibromialgi-a e financiou anúncios de serviço da indústria farmacêutica que descrevi-am os sintomas e citavam a droga. Hoje, a Lyrica lucra US$ 3 bilhões por ano.

Mesmo assim, a Lyrica concorre com Cymbalta, o primeiro antidepressivo aprovado para fibromialgia. A Eli Lilly propôs o uso de Cymbalta para a “dor” física da depressão, em uma campanha chamada “depressão ma-chuca” antes da aprovação do trata-mento para fibromialgia. O tratamen-to de pacientes com fibromialgia com Lyrica ou Cymbalta custa cerca de US$10 mil, segundo diários médicos.

A indústria farmacêutica e Wall Stre-et podem estar felizes com os medi-camentos para fibromialgia, mas os pacientes não. No site de avaliação de medicamentos, askapatient.com, pacientes que usam Cymbalta rela-tam calafrios, problemas maxilares, “pings” elétricos em seus cérebros, e problemas nos olhos.

Nesse ano, quatro pacientes relata-ram a vontade de se matar, um efei-to colateral frequente do Cymbalta. Usuários de Lyrica relatam no site perda de memória, confusão, ganho extremo de peso, queda de cabelo, capacidade de dirigir automóveis comprometida, desorientação, es-pasmos e outros ainda piores.

Alguns pacientes tomam os dois me-dicamentos. CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 07

Comprometimento Social - A indústria da doença

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - PATROCÍNIOS: patrocí[email protected]:

Tudo que somos vem de uma combinação do que conseguimos traduzir em instrumentos facilitadores e os resultados dessa

construção. Cada um de nós tem um estilo próprio, mas num ca-minho aonde estratégias, planos, metas e legislação sempre

estabelecerão as regras do como seguir os passos para os resultados.

Não importa o que façamos ou com quantos façamos, o que vale é a relação do nosso próprio nome com a

qualidade da recepção que obtemos por onde atuamos.

Filipe de Sousa

CONTINUAÇÃO Disfunções do sono: Insônia no meio da noite

Disfunções do sono são uma mina de ouro para os laboratórios porque todo mundo dorme – ou assiste TV, quan-do não consegue. Para agitar o mercado de insônia, as corporações criaram subcategorias de insônia, como crônica, aguda, transitória, inicial, de início tardio, causada pela menopausa, e a grande categoria de sono não reparador.

Neste ultimo outono [época da prima-vera no hemisfério Sul], apareceu u-ma nova versão do Ambien para insô-nia “no meio da noite”, chamado Inter-mezzo – ainda que Ambien seja, pa-radoxalmente, indutor de momentos conscientes durante o sono. As pessoas “acordam” em um blac-kout do Ambien e andam, falam, diri-gem, fazem ligações e comem. Muitos ficaram sabendo desse efeito do Ambien quando Patrick Kennedy, ex-parlamentar de Rhode Island, diri-

giu até Capitol Hill para “votar” às 2h45min da manhã em 2006, sob e-feito do remédio, e bateu seu Mus-tang.

Mas foi comer sob o efeito do Ambien que trouxe a pior discussão sobre o medicamento. Pessoas em forma a-cordavam no meio de montanhas de embalagens de pizza, salgadinhos e sorvete – cujo conteúdo tinha sido comido pelos seus “gêmeos maus”, criados pelo remédio durante seu so-no.

Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho

Não é preciso dizer: pessoas com insônia não estarão com os olhos bri-lhando e coradas no dia seguinte – tanto faz se elas não tiverem dormido, ou se tiverem, em seu corpo, resí-duos de medicamentos para dormir.

Na verdade, essas pessoas estão sofrendo da pouco reconhecida e pouco relatada epidemia da Sonolên-cia Excessiva durante o Dia.

As principais causas da SED são ap-néia do sono e narcolepsia. Mas no

ano passado, as corporações farma-cêuticas sugeriram uma causa rela-cionada ao estilo de vida: “transtorno do sono por turno de trabalho”. Anúncios de Provigil, um estimulante que trata SED, junto com Nuvigil, mostram um juiz vestindo um roupão preto, no trabalho, com a frase “lutando para combater o nevoeiro?”.

Obviamente, agentes estimulantes contribuem com a insônia, que contri-bui com problemas de sonolência du-rante o dia, em um tipo de ciclo far-macêutico perpétuo. De fato, o hábito de tomar medicamentos para insônia e para ficar alerta é tão comum que ameaça a criação de um novo signifi-cado para “AA” – Adderal e Ambien. Insônia que é depressão

Disfunções do sono também deram nova vida aos antidepressivos. Médicos agora prescrevem mais anti-depressivos para insônia que medica-mentos para insônia, de acordo com a CNN.

É também comum que eles combi-

nem os dois, já que “insônia e depres-são frequentemente ocorrem conjun-tamente, mas não fica claro qual é a causa e qual é o sintoma”.

WebMD concorda com o uso das du-as drogas. “Pacientes deprimidos com insônia que são tratados com antidepressivos e remédios para dor-mir se saem melhor que aqueles tra-tados apenas com antidepressivos”, escreve.

De fato, muitas das novas doenças de massa, desde DDAH em adultos e AR até fibromialgia são tratadas com medicamentos novos junto com ou-tros que já existiam e que não estão funcionando.

É uma invenção das corporações po-lifarmácia.

Isso lembra do dono de loja que diz “eu sei que 50% da minha propagan-da é desperdiçada – só não sei qual 50%”. Fonte: 3º.Setor Edição: Filipe de Sousa

“Não diga obrigada, diga agradecido (a). Não diga por favor, diga por gentile-za.” Eu nunca tinha pensado nisso antes. Mas ao conversar com o instrutor de ioga Vitor Caruso Junior, ele, que é budista, me falou sobre o conceito de carma.

“A nossa vida é o resultado de todas as nossas ações, pensamentos e fa-las”, disse. E evocou Gentileza (1917-1996), um “profeta” urbano que viveu no Rio de Janeiro. Depois de uma tragédia pessoal, Gentileza passou a vagar pelas ruas da cidade distribuin-do flores e repetindo, entre outras coi-sas, o refrão “gentileza gera gentile-za”. Suas frases, escritas nos pilares do

viaduto do Caju, foram apagadas pela prefeitura e, depois de sua morte, re-cuperadas. Essa história foi contada em uma música da cantora Marisa Monte. Cultive a delicadeza e a gentileza nos atos mais simples das relações soci-ais: no trânsito, no trabalho, com os filhos, com a moça da locadora, o cai-xa do supermercado, o manobrista. Autores como Zuenir Ventura e Leo-nardo Boff já abordaram o espírito de gentileza como o centro de uma soci-edade menos egoísta e violenta. Nós podemos praticá-lo. O que é preciso para se viver bem?

Certamente o que faz parte do seu receituário não consta no de outra pessoa. Há 5 anos, o a Gazeta Vale-paraibana entra na sua casa com atu-alidades sobre educação, comporta-mento, saúde e assuntos inerentes a mudanças.sociais... É um mosaico de informação para ajudá-lo na simples – e por vezes extenuante – jornada de viver, conviver na busca de uma sociedade melhor.

Hoje mergulhamos em uma alternati-va no oceano de alternativas que

existem para ganhar qualidade de vida, valorizando o que realmente im-porta e descobrindo pequenos praze-res. A iniciativa não pretende ditar uma norma. Queremos sugerir uma idéia, aprova-da por pessoas que chegaram bem perto do que seria a fórmula para a felicidade. Não é isso que todos buscamos? Com o tempo aprendemos que a vida é um trabalho em progresso, no qual podemos ir acrescentando nossas próprias fórmulas para nos relacionar melhor com as pessoas, com o mun-do e com nós mesmos.

Um dos principais princípios é:

Olhe para o outro como uma pessoa que possa estar precisando de ajuda. Se você não tem dinheiro ou algo ma-terial para passar adiante, será que não tem conhecimento, carinho e atenção?

Gary Morsch e Dean Nelson, da orga-nização humanitária internacional He-art to Heart, afirmam que “todos têm algo para dar.

A maioria das pessoas está disposta a dar quando vêem a necessidade e

têm a oportunidade. Todos podem fazer algo por alguém agora mesmo”. Quem se envolve em um projeto co-mo voluntário com a intenção de cumprir um dever para com a socie-dade, logo se surpreende com o re-sultado.

“As pessoas acham que vão fazer o bem para o outro e descobrem que estão fazendo para elas próprias. O trabalho voluntário abre a cabeça, faz com que a pessoa se sinta perten-cente à comunidade e sempre possi-bilita o desenvolvimento dela”, diz

Fernanda Rocha dos Santos, coorde-nadora do Centro de Ação Voluntária de Curitiba nos fala:. Atualmente, o voluntariado está mais associado ao desenvolvimento social do que ao assistencialismo.

“Se você dá um casaco para alguém hoje, o certo seria que no ano que vem essa pessoa tivesse condições de comprar um novo agasalho.

O trabalho voluntário deve sempre propiciar que a pessoa encontre o equilíbrio para viver bem”, diz.

Fonte: Gazeta do Povo

Editoração: Filipe de Sousa

De bem com a vida...

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 8

Paraná (PR)

O Estado do Paraná, situa-se na região Sul e tem como limites São Paulo a norte e nordeste, o oceano Atlântico a leste, Santa Catarina ao sul, Argentina a sudoeste, Paraguai a oeste e Mato Grosso do Sul a no-roeste.

Abriga o que restou da mata das araucárias e tem como clima predo-minante o subtropical úmido.

O Paraná tem um setor agropecuário bastante diversificado e altamente produtivo, além de um setor industri-al crescente. É o estado maior pro-dutor nacional de milho e o segundo de cana-de-açúcar e de soja.

Os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná drenam a quase totalidade do estado. Os principais cursos d’água são, além do próprio rio Para-ná, o Paranapanema, o Iguaçu e o Ivaí.

------------------------------------------------- O Paraná é uma das 27 unidades

federativas do Brasil. Está situado na região Sul do país e tem como limites São Paulo (a norte e leste), oceano Atlântico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai (oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma área de 199 880 km², pouco maior que o Senegal. Sua capital é Curitiba e outros impor-tantes municípios são Londrina, Ma-ringá, Ponta Grossa, Cascavel, Tole-do, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, São José dos Pi-nhais, Guarapuava, União da Vitória, Paranaguá, Apucarana, Umuarama, Campo Mourão, Arapongas, Parana-vaí, além de outras cidades da Regi-ão Metropolitana de Curitiba como Araucária, que possui o segundo PIB do estado. O Paraná, cujo território abrange to-da a extensão da antiga República do Guairá à época do Império Espa-nhol, era a província mais nova do Império do Brasil, desmembrada da de São Paulo em 1853, tendo como

primeiro presidente o senhor Zacari-as de Góis e Vasconcelos. Foi criada como punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842. É também o mais novo estado da Região Sul do Brasil, logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina (1738). O estado é histori-camente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais espalhados pela porção sul planáltica, onde o clima é subtropical úmido, como nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul enquanto o resto do Brasil é tropical A espécie predominante na vegeta-ção é a Araucária angustifolia. Os ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos ado-tados em 1947. Atualmente, esse ecossistema en-contra-se muito destruído devido à ocupação humana. Seu relevo é dos mais expressivos do Brasil: 52% do território ficam aci-ma dos 600 m e apenas 3% abaixo dos 300 m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Ti-bagi, Paranapanema, Itararé e Piqui-ri são os rios mais importantes. O clima é temperado. A economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, tomate, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate). De acordo com o PIB, o Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paraná tem um setor agropecuário bastante diversificado e altamente produtivo, além de um setor industri-al crescente. É o maior estado pro-dutor nacional de milho e de soja e o segundo de cana-de-açúcar. O nome do estado é derivado do rio que delimita a fronteira oeste de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na

divisa com Mato Grosso do Sul, já na Região Centro-Oeste, e com o Paraguai. O rio Paraná nasce da confluência dos rios Paranaíba e Grande, quase no extremo oeste de Minas Gerais. O nome do estado é derivado do no-me indígena dado ao rio em tupi: pa'ra = "mar" mais nã = "semelhante, parecido". Paraná é, portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar"; naturalmente pelo seu tama-nho. O potamônimo passou a desig-nar a região, que se tornou província autônoma em 1853 e estado em 1889. A pronúncia Paranã era en-contrada até há pouco tempo. Os habitantes naturais do estado do Paraná são denominados paranaen-ses. Não existe o gentílico no feminino do plural nem do singular, portanto é neutro nas duas flexões gramaticais de gênero e número, por exemplo:

"o paranaense e a paranaense; os paranaenses e as paranaenses”

HISTÓRIA: Primeiros tempos Até meados do século XVII, o litoral sul da capitania de São Vicente, hoje pertencente ao estado do Paraná, foi esporadicamente visitado por euro-peus que buscavam madeiras de lei. No período de domínio espanhol, foi estimulado o contato dos vicentinos com a área do rio da Prata e tornou-se mais frequente o percurso da cos-ta meridional, cuja exploração inter-mitente também seria motivada pela procura de índios e de riquezas mi-nerais. Do litoral os paulistas adentraram-se para oeste, em busca de indígenas, ao mesmo tempo que, a leste, onde hoje estão Paranaguá e Curitiba, dedicaram-se à mineração. As lendas sobre a existência de grandes jazidas de ouro e prata atra-íram à região de Paranaguá numero-sos aventureiros. O próprio Salvador Correia de Sá, que em 1613 assumira a superinten-dência das minas do sul do Brasil, ali esteve durante três meses, enquanto trabalhava com cinco especialistas que fizera vir de Portugal. Não encontrou, porém, nem uma onça de ouro. Sob o governo do marquês de Bar-bacena, foi para lá enviado o espa-nhol Rodrigo Castelo Blanco, grande conhecedor das jazidas do Peru, que em 1680 escreveu ao rei de Portugal para também desiludi-lo de vez so-bre a lenda das minas de prata. No fim do século XVII, abandonados os sonhos de grandes riquezas mi-

nerais, prosseguiu a extração do ou-ro de aluvião, dito "de lavagem", me-diante a qual os escassos habitantes do lugar procuravam recursos para a aquisição de produtos de fora. Os índios que escapavam ao exter-mínio eram postos na lavoura. Os escravos africanos começaram a ser utilizados no século XVIII e já em 1798 o censo revelava que seu nú-mero, em termos relativos, superava o dos índios. A vila de Paranaguá, criada por uma carta régia de 1648, formou com o seu sertão - os chamados campos de Curitiba, a quase mil metros de altitude - uma só comunidade. Prevaleceu em Paranaguá o cultivo das terras e, nos campos, a criação de gado. Pouco a pouco, Curitiba, elevada a vila em 1693,transformou-se no prin-cipal núcleo da comunidade parana-ense, e para isso foi fator decisivo a grande estrada do gado que se esta-beleceu entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba. Etnias Grupos étnicos no Paraná   A população do Paraná é composta basicamente por brancos, pardos, negros e indígenas.

No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a inici-ar o povoamento no território para-naense.

Os portugueses e seus descenden-tes são a maioria da população do Estado.

Existe também uma grande e diver-sificada população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses, ucranianos, japoneses e árabes.

Há também minorias de imigrantes neerlandeses, coreanos, chineses, búlgaros, russos, franceses, austría-cos, chilenos, noruegueses, argenti-nos e muitos outros.

Segundo dados da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílio (PNAD), a população paranaense está composta por brancos (77,24%), negros (2,84%), pardos (18,25%), asiáticos (0,92%) e indíge-nas (0,33%). Fontes: Wikipédia Portal Só Geografia Edição: Filipe de Sousa

CURITIBA

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 9

Relacionamentos > Pais e Filhos

A família no século XXI

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Porque não quero ter filhos.

Esta é uma “explicação” para aquelas pessoas extremamente irritantes que em conversas casuais ou nos encon-tros familiares me perguntam: “Então e tu, para quando é o bebê?” e quando ouvem a resposta: “Para nunca” olham-me como se fos-se uma ave rara, colocam logo um ar muito condescendente e dizem: “Ainda és nova, daqui a uns anos vais querer, de certeza” ou, “quando tive-res a minha idade vais ter vontade de ter um filho” ou ainda, e esta deixa-me sempre de olhos esbugalhados e literalmente (mas momentaneamente) sem palavras: “mas tens que ter um filho, senão nunca te sentirás uma mulher de ver-dade”. O quê?! Serei eu então uma mulher falsa e a minha mãe nunca me avisou? Está bem, faço uma concessão à ar-gumentação de que o objetivo de qualquer espécie (incluindo a nossa) é a reprodução e passo a explicar a minha contra-argumentação.

Apesar dos instintos “animais” ou não que temos ao longo da nossa vida, somos antes de tudo, seres racionais, que podem e devem pensar sobre o que fazem. E foi isto, simplesmente, que eu fiz. Eu nunca quis ter filhos, não quero ter filhos e admira-me muito que venha a querer ter filhos. Ter filhos, ou mais precisamente,

conceber filhos, neste mundo e neste momento da História Humana vai contra os meus princípios e acho mesmo que é um crime! Que aque-les que têm filhos não se sintam ofen-didos. Eu respeito a posição de cada um (mesmo que não concorde com ela) mas também exijo que respeitem a minha.

O mundo está a rebentar pelas costu-ras, os recursos cada vez são menos e as pessoas cada vez são mais.

Estima-se que daqui a 20/25 anos (segundo cientistas que julgo compe-tentes) apenas metade da população mundial terá acesso a água potável.

As guerras sucedem-se, os desastres naturais também. Infelizmente a estu-pidez humana parece também cres-cer proporcionalmente. Os partidos de direita (re)começam a ganhar visi-bilidade um pouco por toda a Europa e perdem-se do dia para a noite direi-tos conquistados arduamente por ou-tros mais corajosos e menos hipócri-tas que nós. A África na sua maioria tem demasia-da gente com demasiada fome, a Do-ença vai-se abatendo sobre ela sem que ninguém queira fazer nada e com a Santa ajuda da Religião (qualquer versão) ainda se há-de propagar mais, mas este será um assunto para outro artigo num futuro mais ou me-nos próximo. Entretanto, a América consegue sozinha acumular as mais altas taxas de estupidez mundial e parece-me que este caso não precisa de explicações. Cada vez há um mai-

or hiato entre ricos e pobres. Os pri-meiros são cada vez menos e os últi-mos cada vez mais e blá blá blá, po-deria continuar nisto durante horas e horas. Agora, por favor, expliquem-me, porque carga de água quereria eu colocar uma criança num mundo destes? Só se fosse realmente muito sádica! Desculpem, mas eu não con-sigo mesmo ver outra razão. Só se experimentasse um grande prazer com o sofrimento dos outros. Parece-me que é quase impossível viver sem sofrimento ou sem causar sofrimento a outros e só para vos dar um exem-plo, pensem nos salários miseráveis, no trabalho infantil, na exploração de outros seres humanos que são ne-cessários para podermos aceder a bens (por vezes essenciais) um boca-dinho mais baratos. Este mundo está todo errado… Mas existe ainda outro argumento muito importante que só vem reforçar a minha posição. Qual é a legitimida-de de colocar mais uma criança neste mundo quando já cá há tantas que não têm absolutamente ninguém? Pensem bem. As crianças que eu pu-desse ter iriam ocupar o lugar de ou-tras que já existem e que passam os dias em centros de adoção há espera que alguém queira ser a sua família. Aqui surge invariavelmente a expres-são muito chocada das pessoas que exclamam: “mas assim nunca será mesmo o teu filho/a! Sabes lá como é que ele/a vai sair. Nunca vai ter os teus genes!” Por favor…eu acho que se esforçarem mais um bocadinho

até conseguem fazer melhor e debitar ainda mais estupidez em menos tem-po! Mas por que é que alguém no seu estado normal há de querer outro in-divíduo no mundo igualzinho a si? Porque é que os filhos são sempre vistos como a possibilidade de um “Eu pequenino”? Uma cópia de si próprio? Cada ser humano é um indivíduo úni-co, diferente de todos os outros e ain-da bem que assim é! Eu não quero um filho para satisfazer os meus de-sejos, para realizar os meus sonhos, para ser o que eu não fui. Se algum dia vier a adotar uma criança será em primeiro lugar para dar a esse indiví-duo a possibilidade de uma vida me-lhor em todos os sentidos e se esse indivíduo me trouxer satisfação e rea-lização pessoal tanto melhor. Se não, também não é esse o objetivo princi-pal. A maior parte das pessoas que têm filhos e com quem tenho falado, ou tiveram-nos por “acidente” ou no fundo, para satisfazer um desejo de realização pessoal, transformando-se a criança num meio para atingir um fim puramente egoísta. Por favor, uma criança é um ser hu-mano, não é um meio de conseguir seja o que for. Eu não quero ser assim. E reclamo o direito de viver de acordo com os meus princípios e reclamo que esses princípios sejam respeitados mas, principalmente, reclamo que PAREM de me chatear com a história de ter filhos!

Autor: Desconhecido

CONVERSA ENTRE DUAS CRIANÇAS DO SÉCULO XXI

no berço!!! - E aí, véio? - Beleza, cara? - Ah, mais ou menos. Ando meio c h a t e a d o com algu-

mas coisas. - Quer conversar sobre isso? - É a minha mãe. Sei lá, ela anda fa-lando umas coisas estranhas, me bo-tando um terror, sabe? - Como assim? - Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doi-do aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com al-guém? - Nunca. - Pois é. Mas o pior veio depois. O

papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca vies-se, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara? - Como assim, véio? - Pô, ela deixou bem claro que a mi-nha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode! - Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipita-das. - Sei lá. Por um lado pode até ser me-lhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe. - Tipo o quê? - Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bicha-

no! - Caramba ! Mas por que ela fez is-so? - Pra matar o gato. - Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu. - Ainda bem. Pô, sua mãe é perturba-da, cara. - E sabe a Francisca ali da esquina? - A Dona Chica? Sei sim. - Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor. - Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra en-tender. - Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo... Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me as-sustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela come-çou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fa-zer isso com o filho. - Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo... Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o cora-ção dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colo-car ladrilho em tudo, só pra ele pas-sar desfilando e tal. - Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo. - É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola... já viu...essa rua só tem doi-do... - Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe? - é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito. Edição: Filipe de Sousa

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 10

Educamos?

Não cumpriu com o prometido, respondendo a

processos por improbidade... FORA !

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NORMAS EFETIVAS CONTRIBUEM PARA QUE SEU FILHO SE SINTA

SEGURO As chaves para prevenir a maior par-te das dificuldades que podem surgir com os filhos poderiam resumir-se nestas: 1 - Motivar e reforçar positivamente o cumprimento das normas. 2 - Marcar as consequências que se derivam de seu incumprimento. 3 - Exercer bem a autoridade. 4 - Estabelecer algumas normas. Desta forma, a criança conhece o que se espera dela e sabe como de-ve comportar-se. A aplicação coeren-te de boas normas promove a ordem e a disciplina na família. As normas a estabelecer dependerão de cada família. Antes de estabelecê-las convém que você observe detalhadamente a seu filho. Deve examinar seu comportamento fixando-se, não apenas naquilo que faz mal e gostaria de mudar, mas também naquelas coisas que ele faz bem. Isso pode lhe dar pistas para desenvolver nele o bom comporta-mento que deseja conseguir. Na hora de ESTABELECER ALGU-MAS NORMAS é importante que o pai e a mãe se sintam juntos e dedi-quem um tempo a colocar-se de a-cordo sobre tais normas. Ao fazê-lo deverão ter em conta uma série de recomendações: As normas devem ser POUCAS: O mandar muito e mandar fazer coi-sas inecessárias acaba sendo uma perda de autoridade: nossos filhos se acostumam a escutar-nos "como quem ouve chover" e pensa que lhes damos ordens"apenas para aborre-

cer". As ordens devem dar-se DE UMA EM UMA e suficientemente ESPAÇADAS NO TEMPO. Se você dá a seu filho uma série de ordens em cadeia, o mais provável é que a criança "passe" e faça como se não tivesse ouvido. Portanto há que limitar a exigência a poucas coisas. O filho deve saber que, nestas coi-sas, seus pais vão perseverar na exi-gência. Devemos reservar nossa autoridade para questões mais importantes e nas outras questões apenas sugerir. As normas e ordens devem ser, além disso, CLARAS e ESPECÍFICAS de forma que a criança saiba exatamen-te o que se espera dela. Devem descrever-se de forma preci-sa para que tanto a criança como seus pais possam determinar clara-mente se se cumprem ou não.

As ordens e normas devem ser RAZOÁVEIS.

Para que a obediência se converta em uma virtude, os pais devem expli-car aos filhos as razões pelas quais lhes pedem algo. A partir dos 4 anos você deve insistir, portanto, em explicar-lhe o porque do que lhe pede. Convém, também, que lhe fale sobre o que significa "obedecer". Deve deixar-lhe claro que todas as pessoas, independentemente de nos-sa idade, temos que obedecer: obe-decemos no trabalho, na rua, dirigin-do, etc. Obedecer não é coisa de criança e eles não são uma exceção.

Devemos obedecer porque é bom para nós, nos ajuda a viver em socie-dade, a ser mais livres e mais felizes. É melhor exigir POSITIVAMENTE:

Muitos pais dizem continuamente a seus filhos o que não devem fazer mas não lhes dão dicas precisas so-bre o que esperam deles. Não é o mesmo dizer a seu filho "Não perca tempo depois da aula" que "quando acabar a aula quero que ve-nha direto para a casa". Se você utilizar palavras positivas estará ajudando seu filho a pensar e atuar positivamente. Assim saberá o que tem que fazer e não apenas o que deve fazer. Portanto, você deve procurar surpre-ender a seu filho fazendo bem as coi-sas e elogiar-lhe. Quando você lhe pede algo e ele o faz logo ao primeiro pedido, dê-lhe um abraço e diga-lhe que está con-tente. É a melhor maneira de fazer com que ele o repita. Deve existir alguma CONSEQUÊN-CIA prevista se se rompe o cumpri-mento de uma norma e utilizar aque-las conseqüências que forem impor-tantes para a criança. As consequências do não cumpri-mento das normas devem ser consis-tentes: Em várias ocasiões, os pais não so-mos coerentes e, quando a criança faz algo, atuamos de forma contradi-tória. Por exemplo, se quando seu filho diz palavrões, algumas vezes você ri a-chando graça e em outras lhe castiga severamente, a criança não saberá diferenciar as situações e será difícil que aprenda a comportar-se de forma que interiorize as pautas de compor-

tamentos que seus pais pretendem ensinar-lhe. Estas situações geram, além disso, desconcerto, e insegurança. Portan-to, não se deve esquecer que, para que uma criança aprenda é necessá-rio que uma conduta tenha sempre o mesmo tipo de consequências. Tenha em conta que uma aplicação coerente da regra e um castigo suave são muito mais eficazes a longo pra-zo que a incoerência e os castigos severos. E lembre-se que OS CASTIGOS DE-VEM CUMPRIR-SE. Não ameace, portanto, com castigos que não estamos dispostos a cum-prir. Seus filhos devem compreender que, quando livremente não cumprem uma norma, são eles próprios quem ga-nham o castigo. Os pais simplesmente vigiam o cum-primento das regras estabelecidas e sua conseqüências. Sobre a autora: TERESA ARTOLA GONZÁLEZ é doutora em Psicologia pela Universi-dade Complutense de Madri e Master em Educação Familiar pelo E.I.E.S (Educational Institute of Educational Sciences). Desenvolve um amplo trabalho de pesquisa e docente no campo da Psi-cologia Infantil e é professora da Es-cola Universitária Europea da Educa-ção de Fomento de centros de Ensi-no. É autora de diversas publicações em sua maior parte dedicadas aos pro-blemas de aprendizagem, sua avalia-ção e tratamento. Edição: Filipe de Sousa Fonte: Portal da Família

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 11

Brasil - Planejamento escolar

www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline /// http://culturaonlinebr.blogspot.com

PLANEJAR É PRECISO,

EXECUTAR TAMBÉM!.

“O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se pro-gramar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avalia-ção” (LIBÂNEO, 1994. p. 221).

O planejamento é o ato de pre-ver ações para determinadas situa-ções com a finalidade de atingir-se um objetivo. No caso das escolas, planejar é conceber ideias de como atingir o objetivo geral de uma escola, ou seja, de como ensinar. Como apli-car metodologias de ensino que fa-çam o aluno despertar para o interes-se de aprender. Isto não é nada fácil, pois requer do professor conhecimen-tos que, às vezes, a faculdade não lhe oferece.

Há que se buscar o equilíbrio entre os meios e fins, recursos e ob-jetivos. Sempre com vistas ao melhor funcionamento de uma empresa, no nosso caso da escola. Planejar é ain-da um processo no qual a reflexão tem um papel importantíssimo, pois dessas reflexões dependem as toma-das de decisões para uma possível ação a ser tomada. (PADILHA, 2001,p.30).

Quando fazemos um planeja-mento escolar ou de aulas temos que prever os recursos os quais iremos utilizar e quais os recursos dispomos na escola. Com isso evitamos surpre-sas durante a execução do nosso pla-no. Tem-se que buscar o equilíbrio entre essas duas forças, pois nem sempre dispomos dos recursos ade-quados para cumprirmos nossos pla-nos e se dispomos de recursos, aí então, nada mais lógico, devemos utilizá-los.

Evitar o improviso, pesquisar e exe-cutar metodologias adequadas aos recursos que se dispõe e ao público a que se destina deve ser um dos eixos

norteadores do planejamento. Ainda deve-se prever, dentro do planeja-mento, a avaliação daquilo que está sendo repassado aos alunos, bem como uma auto avaliação para saber se o que foi planejado está surtindo efeito ou não.

Podemos ainda supor o planejamento como um processo contínuo que a-tenda às necessidades tanto do indi-víduo como da sociedade (PARRA apud SANTANA et al, 1995, p.14). De fato, planejar não nos parece um ato único e feito uma única vez e no qual não devemos mexer até o término do ano letivo. Não, no planejamento de-vemos contemplar a possibilidade de replanejar, se necessário, pois esta-mos recebendo alunos os quais, mui-tas vezes, desconhecemos suas ne-cessidades. Além disso, nos parece interessante, antes de planejarmos, fazer uma avaliação diagnóstica des-ses alunos ingressantes para saber quais as necessidades deles e qual metodologia poderá ser empregada para atingir os objetivos pré-definidos. Segundo Vasconcellos (1995, p. 56), o planejamento tem que ordenar e prever sistematicamente a vida esco-lar do aluno de maneira que o proces-so de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar esteja de acordo com a proposta geral das ex-periências de aprendizagem ofereci-das pela escola ao aluno, através dos componentes curriculares. É interes-sante notar que, sistematizar e orde-nar toda a vida escolar nos parece um tanto utópico do ponto de vista prático, pois sempre irá haver acor-des dissonantes nesta orquestração. Ainda que não se deva dar asas ao improviso, nos parece de bom tom deixar-se um plano B de sobre aviso e,claro contar com um cabedal de conhecimento sólido.

Algumas de nossas ações necessi-tam de planejamento, mas muitas não. Em nossas atividades diárias, estamos sempre agindo, e antecipa-mos os resultados de nossas ações, mesmo que não estejamos completa-mente cientes dessa antecipação.

Agimos com muito mais frequência do que planejamos, explicitamente, nossas ações: poucas vezes temos consciência de estarmos executando um processo de deliberação antes da ação.

Assim que tomamos conhecimento de uma ação, ou quando executamos comportamentos bem treinados para os quais possuímos planos previa-mente armazenados, ou quando o curso de uma ação pode ser livre-mente adaptado enquanto ela estiver

sendo executada, então, geralmente agimos e adaptamos nossas ações sem planejá-las explicitamente. Uma atividade premeditada exige de-liberação quando se volta para novas situações ou tarefas e objetivos com-plexos ou quando conta com ações menos familiares.

O planejamento também é necessário quando a adaptação das ações é co-agida, por exemplo, por um ambiente crítico envolvendo alto risco ou alto custo, por uma atividade em parceria com mais alguém, ou por uma ativi-dade que necessite estar sincroniza-da com um sistema dinâmico. Uma vez que o planejamento é um proces-so muito complicado, que consome muito tempo e dinheiro, recorremos ao planejamento apenas quando é realmente necessário ou quando a relação custo X benefício nos obriga a planejar. Além disso, geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos.

É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do pla-no, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimenta-ção de situações, propostas, resulta-dos e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, baseado na multidiscipli-naridade, interatividade, num proces-so contínuo de tomada de decisões.

Esperamos que neste ano o planeja-mento saia do papel e tome forma dentro da escola. Precisamos que nossos coordenadores e diretores entrem em sintonia com o corpo do-cente, e que a condução da constru-ção do planejamento seja pedagogi-camente viável. Não podemos mais perder tempo na escola com reuniões sem sentido e dinâmicas sem funda-mento. Não podemos mais entregar planejamentos copiados de anos an-teriores sem proposta pedagógica e sem didática. Se servir de exemplo, segue abaixo nossa sugestão.

Abertura das atividades com a reto-mada dos objetivos do sistema de ensino (Recomendamos aqui uma revisão da Constituição Federal, Es-tatuto da Criança e do Adolescente e a LDBEN 9.394/1996).

Retomada da legislação especifica do seu sistema de ensino quanto a fun-ção da escola.

Comparação entre a legislação e as tendências pedagógicas e teóricos atuais da educação.

Exploração dos PCN’s Temas Trans-versais (Ética, Meio Ambiente, Saú-de, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual; Educação & Trabalho).

Exploração dos PCN’s por área de ensino.

A partir da exploração dos temas transversais, pode ser construído um mapa de conceitos com os temas que são mais urgentes na realidade em que a escola esta inserida.

Discussão do calendário escolar – datas, projetos e eventos.

Retomada das orientações curricula-res do sistema de ensino em que o leitor está inserido.

Materiais disponíveis e infraestrutura oferecida pela escola.

Estratégias de recuperação paralela e continua e organização das aulas.

A partir dos tópicos acima, acredita-mos que os professores terão maior clareza para iniciar a construção do seu planejamento sem copiar e colar dos anos anteriores. Acreditamos, também, que a coordenação tenha em mãos seus planos estratégicos para o corrente ano para que evite o improviso ao longo do ano letivo.

A documentação pedagógica estando afinada e de acordo com as necessi-dades escolares diminuirão os estres-ses de final de ano, tais como os índi-ces de reprovação e a insatisfação de que os alunos não aprendem na es-cola pública. Referências LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da es-cola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001. SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra / DC Luzzatto, 1995. VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995. Omar de Camargo Técnico Químico Professor em Química Pós-Graduado em Química [email protected] Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo Professor de Geografia da rede públi-ca estadual paulista. Professor do curso de Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo Doutorando em Geologia IGCE-Unesp [email protected]

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 12

Novos Autores - CULTURAonline

Meu horizonte A linha móvel de meu horizonte Atira para cima as nuvens de minha mente De repente a chuva... As derruba E como semente Faz brotar de minha alma que acolhe Que se molha No pranto de minha estrada A mais bela das mudas Que cuidada será Transformada Em formosa árvore... Que é meu horizonte... minha busca! Será minha sombra. Jokafi 22/08/2011

Elizaete Ribeiro Sem Você! Hoje a brisa indecisa me tocou trouxe um ar de saudade e de leve soprou a distância mediu os quilômetros e me deixou sem você Em meio a rimas e pautas o meu coração sente tua falta como uma doce brisa ao despertar como um raio de sol ao amanhecer em brio de alegrias alegres cantos alcanço como é bom saber que o meu pensa-mento está em você livre talvez leve e solto como o vento senti sua falta no café da manhã me acompanha até ao entardecer leve lembrança, doce criança como pode ser? Madrugadas sem você! Dorme o sonho dorme a lembrança dorme o querer mas ao amanhecer desperta e a harmonia de ter o teu bom dia desa-parece, Como pode ser? Sem ele uma leve agonia, inebria todo o meu ser Ai que saudade de você! Assim termina o meu dia O tempo não pára e nem espera O que deseja, busque hoje, não deixe para amanhã. --------------------------------------------------- Genha Auga SEM LUZ, SEM NADA

Por um momento a luz se apaga. Num pequeno percalço da vida, Ficamos sem luz Acenda a vela que ela ilumina!

E num instante a vela resolve tudo Quase tudo. Ou nada... Tantas horas sem luz; Sem internet, Televisão, Rádio, Elevador, Escada rolante, Chapinha. Ai, ai, faceboook, orkut, msn, not-book Como viver sem isso tudo? Por outro lado A vela resolve tudo... Uma visão diferente; A luz te deixa maquiada de sedução A conversa, troca a intercomunicação Vejo tuas mãos e não tua unha Seu cabelo cacheado é sensual, não anormal Não vejo celulites nem estrias Vejo a pessoa que por um instante de mim se aproxima E me dá calor Sem nenhuma rima Só amor! Nada combina Só nossos corpos e nossas vidas! A intercomunicação, substituída Por conversas, Beijos e afagos, amor e sedução. Descubro que a falta de amor É o que a modernidade nos dá É o que se perde, Porque somos escravos do consumo Que pensamos saber usar Temos que viver e amar! Não virar produto Nunca mais quero que a luz se acenda... -------------------------------------- Anna Mel

ASAS FERIDAS

Tentei alçar vôos Nesta vida sofrida Mas... tenho asas feridas Pelas marcas negras da vida

Voei alto...voei rasante Mas...as asas feridas Me fizeram cair num instante Deixando-me no solo ofegante

Sou pássaro de asas feridas Sou um ser sem guarida Sem destino,sem lugar Pra descansar nesta vida

Quiçá após a morte Eu vire um anjo ! Que anjo serei eu? Negro como a noite Alvo como a luz. Talvez um anjo.

REGULAMENTO

1. Tema: “PALAVRAS NA PRIMAVERA” 2. Objetivo: Repensar a PRIMAVERA, incentivando o jovem a trabalhar a ques-tão sob nova óptica, baseada no valor da vida, no respeito aos di-reitos e à dignidade da pessoa humana. O próprio apelo do tema se mostra vital para construir a compreensão e o respeito pelo es-paço comunitário, que nada mais é do que nosso “Lar social”. Des-tarte, o aprendizado da participação comunitária, da solidariedade, a coordenação das idéias e a expressão dos sentimentos na lin-guagem poético-literária levarão os participantes a reconhecerem e partilhar os dons da vida. 3. Justificativa: Não nos cabe mais manter uma postura contemplativa. A vida mo-derna nos impele a sairmos da reflexão. A busca da participação comunitária na resolução dos problemas sociais que nos afligem é um aprendizado diário que deve ser praticado e incentivado por todos nós, quer na qualidade de cidadãos, quer na de agentes pú-blicos. A cidadania, entendida como o cumprimento dos deveres e o exercício dos direitos de cada um de da sociedade como um todo é um dos aspectos mais marcantes da Democracia. O Concurso de Poesia vem facilitar a prática da participação e fornecer um canal de comunicação ao cidadão, aprisionado pela violência na sua roti-na de vida. A prevenção da violência se faz de modo prático e coe-rente com a necessidade cidadã de expor seus sentimentos usan-do as mais diversas formas de expressão. Ademais, nada como um tema de tal modo abrangente pelo apelo. l 4. Da Participação: Podem participar do Concurso de Poesias, alunos regularmente matriculados em escolas de ensino Médio e Faculdades, cidadãos comuns, poetas e escritores. 5. Da Poesia e Entrega: a. Cada concorrente poderá concorrer com apenas uma poesia, em uma lauda (no máximo trinta linhas) - referência básica; b. A poesia será avaliada quanto à originalidade, criatividade, coe-são e coerência temática; c. Deverão ser enviadas as obras para o email [email protected], com cópia para [email protected] Uma cópia da poesia digitada em Software Word ou mais re-cente, acompanhada de um mini-currículo, em fonte Times New Roman, Tamanho 12, com espaçamento duplo, no Formato de pa-pel tamanho A-4 com identificação do autor/concorrente na parte inferior (nome, endereço, telefone e correio eletrônico). 6 – Da Avaliação: A rádio “CULTURAonline”, a Diretora do Projeto Liane Rochek e o Editor Filipe de Sousa, serão os responsáveis pela ampla divulga-ção do tema, pela orientação e preparação dos autores, pela avali-ação inicial, orientação e pela seleção dos três melhores trabalhos – Posteriormente encaminhados para a redação do jornal Gazeta Valeparaibana, que se encarregará de fazer a publicação. 7 – Do Julgamento: O Coordenador da Comissão de Julgamento será o Jornalista UBI-RAJARA DE OLIVEIRA, Diretor do Jornal da Gente. Um júri composto por todos os profissionais da rádio, se encarre-gará então de decidir quais os classificados na seguinte ordem: 1º. 2º e 3º Lugar. 8 -Prazos e Cronograma: - Dia 03 de Outubro de 2011 - Lançamento do concurso. - Dia 05 de Outubro de 2011 – Início da divulgação do Concurso nos programas da rádio. - Dia 21 de Dezembro de 2011 (Término da Estação Primave-ra) – Data limite para recebimento das obras. - Mês Janeiro de 2012 – Julgamento. - 01 de Fevereiro de 2012 – Divulgação dos vencedores a-través do jornal Gazeta Valeparaibana e entrega das premi-ações. 9. Da Premiação: 1º. Colocado Troféu Formiguinhas do Vale de Literatura. 2º. Colocado uma placa de prata 3º. Colocado uma placa de prata Importante: Os três primeiros colocados ganharão um espaço por doze meses na página “Novos Autores” da Gazeta Valeparai-bana, onde poderão postar mensalmente uma poesia, crônica ou texto de sua autoria, o qual deverá ser aprovado pelo Editor res-ponsável. 10 - Prescrições Diversas: A decisão do júri é soberana, não cabendo recurso em qualquer instância. As poesias inscritas e ou selecionados poderão ser utilizadas pela Comissão julgadora e organizadora do concurso, objetivando a divulgação dos trabalhos comunitários executados, sem fins co-merciais. Os coordenadores do concurso representarão, para todos os fins, os atos referentes ao desenvolvimento do concurso, exposição dos trabalhos, seleção, classificação final e premiação. Poderão ocorrer alterações no decorrer do concurso, desde que haja concordância da maioria dos representantes da comissão e não acarretem prejuízos aos participantes.

Comissão Organizadora

Programa: Novos Autores

SÁBADO - 20h às 22h CULTURAonline

www.formiguinhasdovale.org Concurso Literário Emails para envio:

[email protected] [email protected]

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Fevereiro 20112 Gazeta Valeparaibana Página 13

A arte de saber escutar

Gazeta Valeparaibana

& CULTURAonline

A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambi-ental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas respon-sabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publica-das. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em conta-to. < [email protected] > JUNTE-SE A NÓS.

Mensagem do mês

CULTURAonline Brasil

Aprenda a ouvir e melhore de vida Haja paciência para escutar o que al-guns chatos nos dizem! Falam pelos co-tovelos e, no fim, por mais que você es-prema as palavras, não sobra nada. A consequência grave dessa história toda é corrermos o risco de generalizar e nos fecharmos para quase todos aqueles que desejam falar conosco.

Embora muita gente fale bastante sem dizer nada, nem todo mundo é assim. Na verdade, o problema está também na outra ponta. A maioria efetivamente não sabe escutar. Pesquisas recentes reali-zadas por Larry Barker apresentam re-sultados impressionantes. Segundo seus estudos, de maneira ge-ral, usamos apenas 25% da nossa capa-cidade de audição, e depois de dois me-ses, se a comunicação for de muito boa qualidade, do total ouvido só 25% serão lembrados. Ou seja, além de ouvirmos mal, nossa memória auditiva também não é lá uma maravilha. Por isso se você quiser crescer, prospe-rar, ser vitorioso nas relações sociais e na carreira profissional, vai precisar a-prender a ouvir melhor. Veja como pode ser simples aprimorar a habilidade de ouvir e descubra benefícios e vantagens que irá obter. Para alguns autores, há diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é apenas uma ati-vidade biológica, que não exige maiores esforços do nosso cérebro, enquanto que escutar pressupõe um trabalho inte-lectual, pois após ter ouvido, é preciso interpretar, avaliar e reagir à mensagem. Como nem entre esses estudiosos há consenso, pois o que para uns é ouvir,

para outros é escutar, e vice-versa, va-mos desconsiderar essa polêmica. Inde-pendentemente do termo empregado, para a nossa análise vamos levar em conta a atividade da audição que põe o cérebro para funcionar e agir. Por que temos dificuldade para escutar Velocidade em descompasso - Diferen-tes estudos mostram que o nosso pensa-mento trabalha numa velocidade quatro vezes mais rápido do que as palavras transmitidas oralmente. Por esse motivo, às vezes, temos dificul-dade de concentração. A pessoa precisa de um minuto inteiro para expressar o que podemos compreender em 15 se-gundos. Sobram, portanto, 45 segundos para vo-ar com o pensamento ocioso. Depois de algum tempo, podemos ficar entediados e em muitas situações deixamos de es-cutar o que estão falando. Talvez essa diferença entre a velocidade do pensamento e das palavras ajude a explicar também por que a maioria das pessoas sente muito mais prazer em falar do que em ouvir. Ouvidos interesseiros - Nossa audição é seletiva. De maneira geral, prestamos atenção nas informações que favorecem a nossa causa e os nossos interesses, e nos afastamos das mensagens que jul-gamos desfavoráveis aos nossos ansei-os. Prejulgamos e distorcemos - Quando ouvimos uma mensagem que contraria a nossa forma de pensar, iniciamos um processo defensivo onde passamos, mentalmente, a debater as idéias contrá-rias, criticando as informações já trans-mitidas e procurando antecipar e resistir às novas mensagens. O ambiente distrai - Todos os elementos e fatos que estão à nossa volta podem interferir na concentração. O ranger das cadeiras, a temperatura, uma pessoa

tossindo, as máquinas que fazem baru-lho fora da sala podem desviar nossa atenção. Escutar dá trabalho - Já vimos que escu-tar exige uma atitude ativa, concentração e esforço intelectual. Ocorre, entretanto, que a maioria de nós prefere ouvir de maneira passiva, sem analisar ou inter-pretar o que está sendo falado.

Por que escutar melhor

Agora que já vimos alguns dos motivos que nos levam a ouvir mal, vamos anali-sar por que é importante escutar. Só o fato de saber que muito do que conhece-mos foi aprendido ouvindo as pessoas já justificaria mais dedicação para escutar melhor. Pesquisa revelada por S. Moss e S. Tubbs revela como dividimos o tempo em que passamos acordados -17% len-do, 16% falando, 14% escrevendo e 53% ouvindo. Não é difícil deduzir as vanta-gens que obteríamos se aproveitásse-mos melhor todo esse tempo desperdiça-do. A maneira como escutamos pode interfe-rir de forma decisiva no sucesso profis-sional e na qualidade do nosso relacio-namento pessoal. As pessoas que têm dificuldade para escutar apresentam bai-xa produtividade no trabalho e dificulda-de para se relacionar. Se você tiver de se submeter a um pro-cesso de seleção de emprego, por exem-plo, o fato de saber escutar irá se consti-tuir num importante diferencial para per-ceber, de maneira correta, quais são as intenções da empresa e o que ela espe-ra de você.

Como escutar melhor

Para aprimorar a habilidade de escutar, dedique-se à prática de algumas regri-nhas muito simples e que dão excelente resultado:

Entenda antes de interpretar ou criticar - O primeiro passo para escutar melhor é refrear a tendência de interpretar ou criti-car uma mensagem, antes mesmo que ela tenha sido concluída ou perfeitamen-te entendida. Meça a sua compreensão - Pelo fato de termos, de maneira geral, uma audição passiva, quase sempre não nos preocu-pamos em saber quanto do que ouvimos efetivamente conseguimos lembrar. Um bom exercício para escutar melhor é pro-curar lembrar quais as informações que ouviu e quanto da mensagem conseguiu guardar. Faça anotações - Um bom método para se concentrar nas informações que ouve é fazendo anotações dos tópicos que julgar mais importantes. É evidente que esse exercício deverá ser reservado para a participação em palestras, aulas e reu-niões. Saia um pouco de si mesmo - De manei-ra geral, ficamos tão preocupados conos-co que acabamos nos esquecendo de que as outras pessoas necessitam ser reconhecidas e consideradas. Por isso, para melhorar sua capacidade de escu-tar, procure aceitar as pessoas como elas são e não como você gostaria que fossem. Reconheça que existe a possibilidade de estar enganado em algumas opiniões e dê um voto de confiança para a maneira de pensar dos outros. Prepare-se para se empenhar nessa empreitada porque, com freqüência, poderá ficar tentado a desistir e se voltar novamente para si mesmo. Não interrompa - Quando alguém estiver falando tente não interromper. A pessoa não irá ouvi-lo, pois ainda estará preocu-pada com o que teria a dizer. A pessoa que ouve pode ser mais bem vista do que a que fala. Autor: Reinaldo Polito

Um segredo maravilhoso para vivermos bem conosco e com as pes-soas é o conhecimento de nós mesmos.

Este é um caminho seguro que gera em nós equilíbrio.

Muitas vezes, admiramo-nos com as nossas atitudes e reações, justa-mente porque não nos conhecemos.

Não podemos simplesmente agir e reagir conforme as situações que nos impelem; ao contrário, precisamos do autodomínio que não nos deixa ser arrastados pelas ondas que surgem ao longo do nosso dia.

Fiquemos atentos a nós mesmos, neste dia de hoje, e veremos que, em muitos momentos, vamos nos surpreender com muitas de nossas reações. É claro que é mais fácil enxergarmos os outros, mas façamos o exer-cício de olhar para nós mesmos. E quando perdermos o foco, retomemos, ergamos a cabeça e retome-mos o caminho do auto-conhecimento. Esta semana falei sobre a Verdade da Mentira e espero que com ela tenha despertado sobre a mentira que tentas vezes nos convencemos ser a nossa verdade. Retiremo-la de nossas vidas e a verdade e a felicidade aparecerá em nós e para nós.

Filipe de Sousa

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Fevereiro 2012 Gazeta Valeparaibana Página 15

Nós professores

Não esqueça “EDUCAR- Uma janela para o mundo” - CULTURAonline Brasil - Todos os Sábados - a partir das 18 horas

Valores éticos e sociais - Opinião

Ser professor... uma geografia da disposição, da relação.

Para mim, ser professor é uma esco-lha.

Pensar nessa figura, nesse habitante da escola, é pensar em alguém que escolheu dedicar seus passos aos outros. Um habitante que se confun-de com a própria escola, que se tor-na um espaço de atravessamento dos outros, dos saberes, das cultu-ras. Esse habitante é o parceiro, o companheiro, aquele que desafia, que frustra, que apresenta caminhos. Aprendi a ser professor sendo pro-fessor. Tornei-me professor quando percebi que ser professor não é pro-fessar linhas, métodos ou didáticas. Ser professor é abrir-se ao outro, às relações. Ser professor é ter uma disposição, uma disponibilidade para ser atravessado pelo mundo. É dei-xar de ser e ser um outro a todo ins-tante. Aprendi a ser professor com olhares, com gestos, com as palavras de meus estudantes. Sempre soube que ser professor era colocar-se entre um ensino e uma aprendizagem... um lugar onde a educação é rela-ção... daqueles que se dispõem a atravessá-la. Um espaço de “ensinagem”, da união entre ensino e aprendizagem. Nesse espaço, o pro-fessor é estudante, o estudante é professor, a escola é a afirmação de um espaço relacional. Gosto de pensar e conviver com um professor que provoca encantamen-tos, mas que também se deixa en-cantar por seus estudantes. Encantamentos pelos temas de tra-balho, por seu estudo, pelas crian-ças, por suas escolhas. Alguém que se dispõe aos encanta-mentos. Um encantamento que mo-vimenta, provoca, desloca, faz com que queiramos sempre mais.

Para ser esse habitante da escola, é preciso provocar e ser provocado. É essa dinâmica, esse jogo, essa rela-ção, que transforma o professor em estudante! Professor-estudante que se joga nas brincadeiras, nas rela-ções, que dá limites, fronteiras, espa-ços, que cuida de seu grupo, que cuida de cada um que convive com ele. Alguém que se joga na cultura, enriquece linguagens, compromete-se com as suas escolhas. Professor-estudante precisa de estu-do. Tem de se jogar nas letras e li-vros, nas imagens e sons, nas ideias e pensamentos, nas conversas e dis-cussões. Ler, escrever, discutir, es-cutar música, ver filmes, saber e sen-tir as coisas que passam pelo mundo afora... São condições para a amplia-ção das linguagens que se constro-em dentro do espaço escolar. Pensar no que representa ser profes-sor é pensar na minha vida, com to-da a intensidade, todo o afeto e todo o carinho que sinto por ser esse ha-bitante da educação. Quero contar uma história vivida... atemporal, sen-timental e que expressa a costura entre ser professor e estudante... das coisas simples e marcantes que essa relação pode nos provocar, transfor-mando toda uma vida. Ainda bem que eu vivi e vivo ser um professor! O MARUJO E O PROFESSOR Você sabe o que é fazer seis anos? Provavelmente, já sabe, pois já fez um dia na vida! Você também já sa-be o que é aprender a ler e a escre-ver? E entender que nem sempre você ganha, nem sempre te escutam e nem sempre você consegue se se-gurar? Bem, tudo isso é comum para al-guém que já passou pela escola! Agora, imagine você vivendo tudo isso e ainda descobrir que, dentro da sua sala de aula, há um co-

fre?????!!!!!! Pois é, dentro da minha sala de aula havia um cofre! Eu tinha quase seis anos, quase escrevia e quase não bagunçava... e, na minha classe, ha-via um cofre! No primeiro dia de aula, eis que en-tra o professor. Parecia um menino, como nós! Para quebrar o gelo, um suspense: — Gente, vocês não imaginam o que eu encontrei dentro do nosso armá-rio! – disse aquele professor com os olhos e gestos de criança de quase seis anos. — Há muitos anos, vivia nessa casa um marujo do mar. Ele era horripilan-te: tinha cabelo de duas cores pare-cendo palha, tinha um olho no meio da testa, os dedos tortos, o nariz be-eeeem comprido e as bochechas ca-ídas. Os dentes, ahhhhhhh!, nem se fale, todos cheios de couve e outros legumes verdes entalados há anos, desde seu último jantar decente! Ele era um marujo muito sabido. Via-java mundos que não conhecemos ainda. Mundos subterrâneos e sub-mersos, ilhas escondidas atrás de outras ilhas desertas. Certo dia, encontrou um tesouro, da-queles que passamos a vida toda buscando! Olha que ele nem preci-sou da vida toda, bastaram 100 a-nos! Depois de ter encontrado seu tesouro, não precisava mais viajar, tinha apenas de encontrar um lugar para guardá-lo e, quando precisasse, era só pegá-lo. Adivinhem em que lugar ele o guar-dou? Todos nós ficamos mudos, sem res-pirar e atentos com as orelhas em pé! — Guardou dentro da escola!!!!!!!!!!

Que antes não era escola, lógico! Era a casa de sua tatararararara-avó! O melhor lugar que encontrou foi o armário! Nunca ninguém conse-guiu abrir o cofre e eu sei que na es-cola se esconde uma chave que abre o cofre! Logo que escutei isso, olhei para os meus amigos e chispamos para o pátio. Durante meses, fizemos uma verdadeira busca em todos os cantos da escola: C a v a m o s a a r e i a t o d a , mexemos em todos os armários, vimos em cada canto de parede, em cada vão das árvores, em todas os vasos de plantas e assim seguimos fazendo a-té.......até eu conseguir escrever, fa-zer seis anos, perder muitas coisas, ganhar outras e entender que posso conversar ao invés de... Aquilo de abrir o cofre já não era tão importante! Eu preferia ficar jogando bola e, pelo visto, meus amigos que-riam ficar brincando de outras coisas também, como trocar figurinhas. As meninas se uniam para trocar adesi-vos e fazer maquiagem... e o nosso professor nos observava... Talvez pensasse na chave perdida ou apenas pensasse no que aquele p r i m e i r o d i a s i g n i f i c o u . . . O ano acabou, até que tentamos a-brir o cofre, mas não conseguimos. F o m o s e m b o r a e s e i que a história se repetiu (uns meni-nos de cinco anos me contaram). Ninguém nunca descobriu o que ha-via dentro daquele cofre misterioso. Acho que os únicos que sabiam e-ram o marujo do mar e o meu profes-sor. Mas posso dizer que, talvez, o que se escondia lá dentro era o fim dessa história, a minha história, que, por anos e anos, não tem fim.

…Ser cidadão é ser pessoa, é ter direitos e deveres, é assumir as suas liberdades e responsabilida-des no seio de uma comunidade democrática, justa, equitativa, so-lidária e intercultural.

Tal como refere Juan Saez (1995), ser cidadão não é uma tarefa cômoda, senão muito com-plicada: as pessoas não nascem cidadãos, mas fazem-se no tem-po e no espaço.

Na verdade, não é fácil exercer a liberdade e a cidadania – ser pes-soa e ser cidadão –, por isso exi-ge-se uma luta sem tréguas para erradicar assimetrias e exclusões socioculturais e criar cenários de esperança realizáveis, fundamen-tados em valores e princípios éti-cos, que requalifiquem a demo-cracia com cidadãos participativos

e comprometidos. Sabemos que este desafio não se faz com uma varinha de condão. Quem conhece e vive as contradi-ções do sistema, sabe que de na-da serve remediar, se não assu-mirmos alterar projetos políticos, socioculturais e educativos que integrem em vez de excluir.

Não há soluções e estratégias pré-definidas. Há grandes temas integradores da ação. Desafios que devem alimentar as nossas esperanças, vivências e aprendizagens quotidianas que nos permitam sonhar com um fu-turo melhor:

- Direitos Humanos; - Democracia requalificada; - Território partilhado - requalifica-

ção ambiental, rural e urbana; - Relações significativas e laços comuns – uma cultura intergera-cional assente em esteios de li-berdade, tolerância, justiça, igual-dade, solidariedade – aprender a viver e a conviver com os outros; - Interações sociais específicas – pedagogia da memória – partici-pação em organizações filantrópi-cas, programas para sectores es-pecíficos da população; - Tradição e inovação (educação, informação, comunicação, forma-ção); - Identidade e diversidade (consciência coletiva);Cultura soli-dária e participação comunitá-ria;Desenvolvimento sustentado – preservação do patrimônio co-mum da humanidade (natural, his-tórico, social e cultural); - Desenvolvimento de experiên-

cias piloto – pontes para o futuro – com equipas multidisciplinares d e i n v e s t i g a ç ã o / a ç ã o /emancipação e redes de parceria; - Criação de espaços e coletivida-des de trabalho, ócio e tempos livres;Investimento nas TIC como ferramentas potenciadoras da de-mocracia participativa; - Preparação dos cidadãos para o diálogo/reflexão/ação – fórum de diálogo permanente.

Há, no que fica dito, a emergência de transformações profundas, no-vas políticas, novas dinâmicas para estimular a inovação, a cria-tividade e a partilha de valores, saberes e poderes, ou seja, uma visão estratégica para a constru-ção da educação para a cidadani-a.

Filipe de Sousa

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As Escolas...

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A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organi-zação sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir dis-cussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudi-quem seus nomes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor en-trar em contato.

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A CULTURAonline Brasil e o projeto social Formi-guinhas do Vale, têm o prazer de anunciar que este ano iniciamos mais fortes; Juntaram-se a nós o projeto MIL - Brasil e rádio Internacional Lu-sófona, além do Centro de Pesquisas Odisséia. Bem vindos... Filipe de Sousa

As Escolas não ensinam, mas

deveriam ensinar:

01)Deveriam Ensinar, a partir do próprio projeto pedagógico como um todo (“ensino-aprendizagem”) que a vida não é nada fácil, e, com uma didática hábil e construtivista nesse sentido, satisfatoria-mente dariam então chances concretas aos alunos de terem o devido conheci-mento de, como, na realidade funciona a difícil vida fora do lar, fora do bairro, fora do circuito escolar; assim todos os alu-nos se preparariam muito melhor – e, claro, se sairiam bem melhor depois, no mundo real, na concorrência, no merca-do de trabalho - até mesmo nas ativida-des sociais, principalmente nesse nosso injusto e nada ético tropical capitalismo selvagem, onde todos sobre/vivem em eterna luta entre contrastes sociais, constantes mudanças e seqüenciais re-ciclagens evolutivas sem parar.

02)Deveriam Ensinar que, a sociedade como um todo, na verdade tá pouco se lixando pra tal sensibilidade jovial do alu-no, pro seu bem viver salutar, pra sua vontade de ser feliz plenamente apesar de tudo, pra sua auto-estima. O ser-cidadão que o aluno em si deve repre-sentar num contexto todo, vai ser como uma espécie literal de “laranja”. Enquan-to der caldo bom além do quesito da mais valia, será devidamente usado (sua força física como motor, sua mente pro-dutiva na flor da idade) depois, que virar bagaço, não servirá mais pra nada, era descartável. Esse é o pensamento único de nosso capitalhordismo americanalha-do terceiro-mundista.

03)Deveriam Ensinar que, na verdade não há emprego para todos, essa é a real. Como no mundo animal, numa comparação imediatista que seja, o mais forte, o mais rico, o mais culto, o mais inteligente, o mais determinado e, even-tualmente até o mais bonito é que supe-rará o outro em situação assim de inferi-oridade. Os outros(...) serão os “manés”, os descamisados, os excluídos sociais, os rejeitos por algum motivo ou força de irrazão de mercado. A Escola é uma saí-da. Talvez seja a única saída. E eles, os alunos, devem mesmo estudar M U I -T O ! Depois, trabalho, poupança (sacrifícios) e mais estudo constante a médio e longo prazo, sem parar, quando o herói, o forte, o sobrevivente, o poupa-dor – sim, o CDF cara – e determinado é que sairá vencedor e será quase que um novo lobo entre lobos...

04)Deveriam ensinar que, depois do Pai, da Mãe, o Professor deve ser, tem que ser sim (procure que ele seja mesmo de qualquer maneira) o melhor amigo do mundo. Se você acha o seu mestre cha-to, baby, espere só pra ver o seu guarda-noturno, o seu síndico, o seu inspetor de alunos ou de quarteirão, o vigia do shopping, o policial, o delegado, o pri-meiro patrão. Patrão é um pé na...rotina. Quem estuda muito, vira chefe, vai aca-

bar dando ordem, e mesmo o patrão pe-ga leve com ele, sacou? Aliás, quem não estuda vai ser o peão na escala que gira adjacente à triste re-lação capital-trabalho. E o patrão não respeita quem fala mal, escreve mal, fala gírias, usa roupas ber-rantes, é uma aberração num radicalis-mo vazio de rebelde sem causa. Quem não estuda é um pato da situação, vai ser explorado de todo jeito, salvo, é cla-ro, honrosas exceções em casos bem excepcionais. Então, o seu “professor chato” (você vai e lembrar nessa hora) será então lembrado como um doce, um anjo. Você ainda terá muitas saudades dele que pegava no seu pé, puxava pela sua cabeça, estava do seu lado e não contra você ou tirando lucro com seu suor, a sua lágrima, o seu sangue Isso é capitalismo, filho.

Estás boiando, é ?

05)Deveriam ensinar que, se for para catar latinhas...que o idealista (ou por força imperiosa de precisão) monte uma equipe determinada, funcionalmente há-bil e produtiva. Adote valores essenciais. Bote uma turma pra fazer isso pra você, use a cabeça. Monte uma usina de fun-do de quintal. Distribuía serviços, afaze-res, técnicas, manejos, orçamentos, grá-ficos e produções. Além disso você pode ser um gerente, um dono (micro empresário), faturar al-gum, numa boa, ganhar dinheiro só u-sando o pensar/criar com inteligên-cia...que praticou aonde? Na Escola. Isso vale até para servir de parâmetro, gerar emprego no meio fami-liar, entre outros acertos circunstanciais. Nenhum emprego é vergonha. Se você souber administrar um problema, uma situação, uma necessidade ou carência, cada condição será lucrativa, dará certo. E poder. Status. Oferta e procura. Lei de mercado. Você cabulou essa aula? Muita gente começa montando sua em-presa em casa, seu primeiro negócio, e depois vira empresário dessa forma, aos poucos, com muita dedicação, visão, sentido de busca. Ninguém começa de cima. Milagre é só no reino da fantasia. Deus não dá asas para quem não sabe nem estudar direito...

06)Deveria ensinar que, se você cair, mano, a culpa é toda sua, está ligado? Seus pais e mestres não têm culpa ne-nhuma. Você é o responsável pelo que você se tornar. Se você fizer besteira, hasta la vista baby, a culpa é toda sua, sem tirar nem pôr. Você, só você, é res-ponsável pelo seu sucesso ou fracasso, Pense nisso. Você vai se prestar contas um dia, mais cedo ou mais tarde. Isso vai doer muito, sabe? O que você conseguiu ser, o que você não soube ser. Não há desculpa no fra-casso, na caída. Ninguém chuta cachor-ro morto. E você pode fazer do lugar em que estuda, o “lugar-pessoa” que você é e se tornar um grande vencedor.

Qual é a desculpa agora? Saia dessa. 07)Deveria ensinar que os pais são sa-grados. Você não está aqui para julgá-los. Não tem esse direito. Você vai é po-der julgar os seus filhos, quando eles fizerem as mesmas besteiras que você fez, feito alienado entre colegas estúpi-dos. Seus pais venceram em situação muito pior do que você. Não estão aqui para sustentar você. Eles são heróis e você ainda quer criticá-los? Quem é você para se insurgir contra seus pais? Comece a mudar agora a sua cara, o seu jeito, o seu quarto, a sua casa, seu enfoque, ou, no dito no popular, curto e grosso: vá trabalhar, vagabundo!

08)Deveria ensinar que, se a Escola passa todo mundo - você já ouviu isso? – na vida real lá fora não é bem assim, todo mundo afina, treme, titubeia, cede, refuga, quando não rasteja feio. A reali-dade é outra. A verdade dói. No colégio tem de merendeiro a psicólogo, de assis-tente social a professora substituta pra você torrar a paciência, de servente a coordenador pedagógico. Na vida lá fora, a barra está pesada, baby. Ninguém vai passar por você, o que você mesmo tem que passar para ficar com o couro grosso, aprender va-lentias de percurso, crescer, ser alguém que preste, se souber ser. Você pode até não repetir no ciclo escolar, mas vai levar pau no vestibular e na escola da vida que é muito mais difícil de encarar. E vai ser um zero a esquerda na vida. O mundo lá fora é pra tigre, você é um gatinho mimado? O mundo lá fora é pra guerreiro: você é manteiga derretida, turrão, frouxo ou xa-rope? Um tapinha não dói...

09)Deveria ensinar que a cada turno da vida, há uma paulatina evolução. E quem ama pune. E quem é vivo apren-de, pega o jeito, adapta-se, cria alternati-vas. Quem se educa, cresce. Tudo é motivo para grandes esperanças, energi-as canalizadas num propósito superior, geração de empreendimentos, pois sem orar e vigiar não somos nada. O que você vai ser quando crescer? Um derrotado? Um filhote babão alegando que não deu sorte na vida?. O tempo é aqui e agora, o banco da sala de aula. O momento é já. Você vai ficar aí parado, caçando calma pra se coçar, quando a vida é empenho e viver é lutar? A vida só favorece grandes batalhas, para os fortes, os especiais, os grandes que querem ser heróis e enfrentar situa-ções-limites com coragem e esforço fora do comum, levantando muito cedo, dor-mindo muito tarde, estudando em finais de semana, feriados, férias, lendo, pes-quisando sempre. Tudo o que é fácil pra você, torna você uma presa fácil na vida bandida lá fora.

Qual é a sua cara pálida? Está surtando, é ?

10)Deveria ensinar que, no vídeo-game a vida ganha pontos vitais, que no cerol você faz sacanagem, e corre o mesmo risco na próxima tentativa de subir fácil, que na droga você cultua neuras e ima-gens fáceis de sucesso, pois o esquema ilude você, você é vítima e pensa que é só um usuário que tem o controle de tu-do, dando grana pra marginais. Babaca. Na violência você planta o seu fruto po-dre, o seu futuro de derrotado. Na terra tudo é ilusão, tudo é sonho, quando não infâmias e sandices. Para ser alguém na vida, você terá que ralar muito, tem que esquecer o bar, o forró, o carnaval, a mina, a praia, a turma da pesada. Qual é a sua cara, vai encarar ou fazer firulas com rapagões, perder tempo pre-cioso?. Machos dançam também. A tatuagem não te dá diploma. Nem o rock ou o surf. Lembre-se, o cara CDF que você zoa, e que pra você não passa de um babaca e que no seu entender limitado é puxa-saco dos professores, ainda vai brilhar, vai ser alguém, ser importante, ser feliz, fazer a diferença. E você, seu mané, acredite, você vai ser empregado do filho dele, trabalhar pra ele a troco de banana, e depois ainda achando, quando acabar velho e tolo, pobre e frustrado, feito um radical que dançou feio, que o sucesso cai do céu. Não cai. O sucesso não acontece por acaso. Os ricos estudam para ficarem ainda mais ricos, continuarem ricos, para não perderem posses nesses tempos difí-ceis. E você, não vai estudar por quê? O trabalho é o melhor remédio, mas, além, de correr trás do prejuízo – o mar não está pra peixe – você vai ter que tomar uma decisão e partir pra cima do seu sonho, refazer sua vida. Deixe de ser molenga e vá a luta. Não pule etapas. Não perca tempo. O amanhã espera por você, e numa cur-va do tempo o futuro que virá cobrar er-ros e descaminhos. Não tem desculpa. O que é que você vai fazer de sua vida? Cabular aula? Colar na prova? Mentir pra você mesmo? Brigar com o Professor? Depredar a Escola? Entrar numas?

Dos melhores alunos nascem os melho-res cidadãos, os melhores críticos, os melhores VENCEDORES.

Qual é a sua opção?

Faça a escolha certa. Fonte: Pedagogo Brasil

Autor: Poeta e Prof. Silas Corrêa Leite

Edição: Filipe de Sousa

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Responsabilidade Social

Edição nº. 51 Ano IV - 2012

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL – UMA VIAGEM NA HISTÓRIA

Os

registros da imigração portuguesa apareceram no século XVIII e se tornaram mais regulares a partir do século XIX. Devido aos inúmeros estudos sobre o tema, hoje já se pode contar com estimativas mais confiáveis sobre o nú-mero de imigrantes que vieram para o Brasil desde o século XVI.

Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portu-gueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte, esse número aumentou: Foram registrados 600 mil e uma média anual de 10 mil imigrantes portugueses. O ápice do fluxo migratório ocorreu na primeira metade do século XX, entre 1901 e 1930: a média anual ultrapassou a barreira dos 25 mil.

A origem sócio-econômica do português imi-grante é muito diversificada: de uma próspera elite nos primeiros séculos de colonização, passou-se a um fluxo crescente de imigrantes pobres a partir da segunda metade do século XIX. Estes últimos foram alvo de um anedotá-rio pouco condizente com a rica herança cultu-ral que nos deixou o português.

A imigração portuguesa no Brasil fez-se por fluxos. De 1891 (Primeira Constituição Republicana) a 1929, foi um período de grande imigração, quando grande parte dos 362.156 portugueses entrados no país se dirigiu para a lavoura. A crise econômica mundial de 1929, bem co-mo a política migratória adotada pelo governo brasileiro, que assumiu o poder com a Revolu-ção de 30, determinaram uma queda violenta nos números da imigração; de 1930 a 1950, chegaram ao Brasil 445.863 estrangeiros, dos quais 33% eram portugueses.

Na década de 50 a imigração estrangeira vol-tou a ser incentivada, criando oportunidades no meio urbano, para trabalhadores com pouca qualificação; de 1950 a 1963 entraram no país 772.157 imigrantes, sendo 41% portugueses provenientes, na sua maioria, do norte de Por-tugal e das ilhas da Madeira e dos Açores.

A partir de 1964 caíram violentamente os nú-meros da imigração portuguesa. Os emigran-tes optavam por outros destinos, especialmen-te a França. Na década de 70, vieram aqueles que deixa-vam a África, na fase da guerra da descoloni-zação. Hoje, a imigração portuguesa é diminuta e reveste-se de outro caráter - são agora profis-sionais qualificados, geralmente chamados por empresas multinacionais, na decorrência do processo de globalização.

Na história da imigração portuguesa podem ser consideradas quatro fases.

A seguir iremos conhecer quais são os prin-cipais traços dos nossos colonizadores.

Imigração restrita (1500-1700) - No final do século XV e no século XVI a emigração por-tuguesa foi pouco expressiva. As crises de abastecimento e epidemias dizimavam a popu-lação, além de serem elevados os custos de qualquer empreendimento econômico no No-vo Mundo.

Entre 1500 e 1700, saíram de Portugal, diri-gindo-se para as possessões portuguesas na África e Ásia, cerca de 700 mil emigrantes, aproximadamente. Mas na América Portugue-sa, nesse mesmo período, não entraram mais do que 100 mil imigrantes.

Os primeiros imigrantes: Imigrantes ricos, degredados, cristãos-

novos e ciganos.

Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil estavam os imigrantes mais abastados que aqui se fixaram principalmente em Per-nambuco e na Bahia. Vieram para explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da colônia nos séculos XVI e XVII. Estavam em busca de investimentos lucrati-vos.

Também, neste mesmo período, Portugal in-centivou a migração internacional forçada, o degredo, para suprir as deficiências do povoa-mento. Calcula-se que durante os dois primeiros sécu-los de povoamento, nas regiões centrais da colônia, como Bahia e Pernambuco, os degre-dados correspondiam a cerca de 10 ou 20 % da população. Mas em áreas periféricas, como é o caso do Maranhão, essa cifra representava, aproxima-damente, de 80% a 90% do total de portugue-ses da região. Nesse mesmo período, também vieram para o Brasil cristãos-novos e ciganos, ambos fugin-do de perseguições religiosas.

Imigração de transição (1701-1850) - Duran-te a fase da Imigração de Transição, nos perío-dos de 1760-1791 e de 1837-1841, observou-se o extraordinário aumento do fluxo de mi-grantes em alguns anos, cerca de 10 mil imi-grantes, e um fraco movimento em outros a-nos, cerca de 125 imigrantes.

A origem sócio-econômica dos imigrantes nesta fase de transição foi contrastante: apor-taram no Brasil não apenas imigrantes de elite, mas também, minhotos pobres, expulsos de sua terra natal (a região do Minho) devido à falta de trabalho. Estes, no entanto, não foram mais numerosos do que aqueles oriundos de camadas intermediárias ou superiores da soci-edade portuguesa.

Imigração de elite

O período em que fica mais evidente a rica origem dos imigrantes portugueses é o com-preendido entre 1808 e 1817, quando cerca de 10 ou 15 mil portugueses dos que aqui chega-ram distinguiam-se pela riqueza e pelo nível

de educação: pertenciam à corte de D. João VI ou eram caixeiros, isto é, indivíduos com uma clara inserção nos grandes ou médios estabele-cimentos.

Além disso, tinham um nível de educação mais elevado do que a média da população portuguesa da época.

Emigrantes pobres da região do Minho

No século XVIII, ocorreu, também, a emigra-ção de grupos oriundos de camadas sociais pobres. Dois acontecimentos propiciaram a vinda desses grupos para o Brasil:

- a revolução agrícola na região do Minho - a descoberta do ouro na Colônia, para cuja exploração era exigido um investimento míni-mo.

A revolução agrícola significou, principalmen-te, a generalização do cultivo do milho e, com isto, uma enorme melhoria na alimentação básica do minhoto.

A população nesse período apresentou taxas de crescimento relativamente elevadas, o que resultou numa alta densidade demográfica na região: Em 1801, enquanto em Portugal eram registra-dos, em média, 33 habitantes por km2, no Minho a densidade populacional atingia 96 habitantes por km2.

Ao mesmo tempo, no Novo Mundo, eram descobertas, e já começavam a ser exploradas, as minas de ouro das regiões das Minas. Nesta fase do surto minerador as exigências de in-vestimento eram muito pequenas: bastava uma bateia e muita coragem. Isto representou um forte estímulo à imigra-ção.

Assim, se o noroeste português tornou-se uma fonte quase inesgotável de trabalhadores, a Colônia, por sua vez, tornou-se um mercado atrativo para os que não tinham muito dinheiro para investir na atividade econômica.

A tradição política e cultural Acompanhando o Século das Luzes, no Brasil as revoltas anti-fiscais e a arte do século XVI-II revelam o ideal de liberdade e, portanto, um sentimento político contrário à Metrópole.

Assim, às sublevações indígenas e aos movi-mentos quilombolas vieram juntar-se as revol-tas de portugueses e brasileiros contra a explo-ração da Coroa. As mais importantes revoltas anti-fiscais fo-ram: a Conjuração Mineira (1789), a Conjura-ção Carioca (1794), Inconfidência Baiana (1798).

O sentimento contrário à Metrópole também se manifestou nas artes, como na arte barroca colonial. Deste período alguns artistas e músi-cos merecem destaque: Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, um dos maiores artistas do século XVIII, e Domingos Caldas Barbosa, que compôs versos e criou o gênero musical, ainda hoje conhecido como modinha.

Imigração de massa (1851-1930) - A partir de meados do século XIX o perfil do imigran-te português sofreu uma radical transforma-

ção: entre os que chegavam predominavam os de origem pobre; as mulheres passaram a re-presentar parcelas cada vez maiores dos gru-pos de emigrantes, e as crianças menores de 14 anos pobres, órfãs ou abandonadas, chega-ram a representar 20% do total de emigrados.

Alguns acontecimentos contribuíram para a mudança:

- o aumento expressivo da população portu-guesa: a taxa de crescimento que em 1835 foi 0,08% pulou para 0,75% em 1854 e para 0,94% em 1878. - a mecanização de algumas atividades agríco-las produzindo um excedente de trabalhadores no campo. - o empobrecimento dos pequenos proprietá-rios rurais que se multiplicaram e engrossaram as fileiras dos candidatos à emigração. O aumento deles foi de tal ordem que permitiu um significativo fluxo de emigrantes não ape-nas para o Brasil, mas também rumo aos Esta-dos Unidos e, posteriormente, em direção à África.

A imigração na agenda governamental do Brasil e de Portugal

As atitudes do governo brasileiro frente à imi-gração variaram de época para época:

- no século XIX, a imigração foi bem vista pelas autoridades brasileiras e, em alguns perí-odos, foram sancionadas leis nas quais a cida-dania era concedida a todo europeu que a soli-citasse.

- no início do século XX, a chegada de imi-grantes em massa é vista com desconfiança. Temia-se a ação política de anarquistas e co-munistas, assim como se suspeitava que, atra-vés da emigração, os governantes europeus estivessem se livrando de delinquentes e cri-minosos. Em 1920, cresce o coro dos que vêem na imi-gração uma ameaça à nacionalidade, o que levou, na década de 1930, à tentativa de sus-pendê-la temporariamente.

Também Portugal, atribuindo aos fluxos de mão-de-obra para o exterior as razões do atra-so português, tentou restringir a emigração, inclusive para o Brasil: aumentou o preço dos passaportes e desviou parte das correntes mi-gratórias para as colônias africanas.

Entretanto, estas medidas não tiveram sucesso, pois os anos posteriores às leis portuguesas são aqueles em que esse fenômeno conheceu seu apogeu.

Fim do período migratório e imigração de retorno

Nos anos 1981-1991, surgiu um quadro intei-ramente novo. A integração européia reforçou os laços eco-nômicos continentais portugueses, enquanto o declínio dos índices de fecundidade intensifi-cou o processo de envelhecimento da popula-ção lusitana, diminuindo ainda mais os candi-datos à emigração.

No Brasil, por sua vez, começam a ser registradas importantes mudanças, políti-

cas e econômicas Hoje precisa de técnicos...

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