16
RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 64 Ano VI - Março 2013 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Saúde Pública no Brasil Pág.: 03 Volta às aulas Pág.: 04 Cidadania Pág.: 05 Educação e Inclusão Pág.: 06 Contos e papos sérios Pág.: 07 Fala sério ! Pág.: 14 Nossas Crianças Pág.: 13 Sustentabilidade Pág.: 12 Petróleo Brasil Pág.: 11 Políticas Sociais Pág.: 10 Educação Pública Pág.: 09 Sociedade Pág.: 08 Internacional Pág.: 16 Cultura e Responsabilidade Pág.: 15 Datas importantes MARÇO 01— Morte de Rui Barbosa (1923) Nascimento de João Goulart (1918) 03— Dia nacional do Meteorologista 04— Nascimento de Tancredo Neves (1910) 05— Nascimento de Heitor Villa-Lobos (1887) 06— Morte de Mário Covas (2001) 07— Morte de Luiz Carlos Prestes (1990) Criação da Casa da Moeda no Brasil (1694 12— Dia da Biblioteca 13— Descoberta do Planeta Urano (1781) Morte de Irmã Dulce (1992) 14— Dia Nacional da Poesia Nascimento de Albert Einstein (1879) 15— Nascimento de Julio Prestes (1882) 16— Expulsão dos Franceses do Rio de Janeiro 18— Nascimento de Américo Vespúcio (1454) 19— Dia do artesão 21— Início do OUTONO Dia Mundial da Infância Dia Internacional da Poesia Dia Internacional das Florestas Nascimento de Ayrton Senna da Silva 22— Inicio da Semana da Água 24— Nascimento de Padre Cícero (Crato-CE) 27— Dia do Teatro Dia Nacional do Circo 28— Dia do diagramador/Revisor 29— Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil 31— Dia da Integração Nacional Morte de Alan Kardec (1869) Durante todo o ano, centenas de pessoas trabalham no sentido de organizar uma escola de samba e de ensaiar o seu desfile na avenida. São coordenadores, ritmistas, autores, compositores, costurei- ros, arranjadores.Trabalham também, diretores, seguranças e aqueles que empurram os carros alegóricos, todos com um sorriso no rosto. O tema do enredo é escolhido e com ele são traçados os pla- nos para o desfile. São oitenta minutos de alegria, oitenta mi- nutos de satisfação. Acabou o desfile, e os figurantes voltam a pé para casa e, de novo voltam as Marias, as Terezas e as Josefas, os Jo- sés e por vezes até as Colombinas. De novo voltam a serem chamadas de macumbeiras, de po- bretonas, e durante o ano, todas e todos ficam no aguardo a- queles 80 minutos do ano que vem que para muitos significa só um tempinho, mas que para passistas e figurantes signifi- cam alegria de uma vida. Quando ganham tem até o prazer de desfilar de novo, e quan- do perdem só no próximo ano... Afinal a vida continua e carnaval só no ano que vem... Que bom seria - se as pessoas sorrissem quando fossem pa- ra a escola, na certeza que lá estavam no caminho certo. Que bom seria também se Professores sorrissem por sua valoriza- ção profissional e social. Que bom seria se os pais fizessem parte do abre alas da Escola, nas reuniões de pais e mestres. Que bom seria se seus filhos desfilassem na classe com a mesma alegria de quem desfilam na avenida, com a mesma responsabilidade, com a mesma disciplina e harmonia de um casal de mestre sala e porta bandeira. As pessoas precisam sorrir sim. Mas, também ensinar melhor e para isto precisam de serenidade, respeito, disciplina e so- bretudo valorização. O homem educado é um homem melhor! Feliz ano novo escolar! Filipe de Sousa Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as notícias relevantes nas áreas da Edu- cação, Cultura, meio Ambiente e Sus- tentabilidade Social Confira! www.gazetavaleparaibana.com REAFIRMANDO a necessidade de assegurar no hemisfério o respeito e a plena vigência das liberdades individuais e os direitos fundamentais dos seres humanos por meio de um estado de direito; PÁGINA 11

e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale - Gazeta ValeparaibanaSuzana Amaral, baseado na obra de João Gilberto Noll … O filme me trouxe varias inquietações, com seu protagonista circulando

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    Cidadania e

    Meio Ambiente

    Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

    A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

    Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

    • Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

    • Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

    • Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

    # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

    0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

    Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

    lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

    Edição 64 Ano VI - Março 2013 Distribuição Gratuita

    Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

    Saúde Pública no Brasil Pág.: 03

    Volta às aulas Pág.: 04

    Cidadania Pág.: 05

    Educação e Inclusão Pág.: 06

    Contos e papos sérios Pág.: 07

    Fala sério ! Pág.: 14

    Nossas Crianças Pág.: 13

    Sustentabilidade Pág.: 12

    Petróleo Brasil Pág.: 11

    Políticas Sociais Pág.: 10

    Educação Pública Pág.: 09

    Sociedade Pág.: 08

    Internacional Pág.: 16

    Cultura e Responsabilidade Pág.: 15

    Datas importantes MARÇO

    01— Morte de Rui Barbosa (1923) Nascimento de João Goulart (1918) 03— Dia nacional do Meteorologista 04— Nascimento de Tancredo Neves (1910) 05— Nascimento de Heitor Villa-Lobos (1887) 06— Morte de Mário Covas (2001) 07— Morte de Luiz Carlos Prestes (1990) Criação da Casa da Moeda no Brasil (1694 12— Dia da Biblioteca 13— Descoberta do Planeta Urano (1781) Morte de Irmã Dulce (1992) 14— Dia Nacional da Poesia Nascimento de Albert Einstein (1879) 15— Nascimento de Julio Prestes (1882) 16— Expulsão dos Franceses do Rio de Janeiro 18— Nascimento de Américo Vespúcio (1454) 19— Dia do artesão 21— Início do OUTONO Dia Mundial da Infância Dia Internacional da Poesia Dia Internacional das Florestas Nascimento de Ayrton Senna da Silva 22— Inicio da Semana da Água 24— Nascimento de Padre Cícero (Crato-CE) 27— Dia do Teatro Dia Nacional do Circo 28— Dia do diagramador/Revisor 29— Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil 31— Dia da Integração Nacional Morte de Alan Kardec (1869)

    Durante todo o ano, centenas de pessoas trabalham no sentido de organizar uma escola de samba e de ensaiar o seu desfile na avenida. São coordenadores, ritmistas, autores, compositores, costurei-ros, arranjadores.Trabalham também, diretores, seguranças e aqueles que empurram os carros alegóricos, todos com um sorriso no rosto. O tema do enredo é escolhido e com ele são traçados os pla-nos para o desfile. São oitenta minutos de alegria, oitenta mi-nutos de satisfação. Acabou o desfile, e os figurantes voltam a pé para casa e, de novo voltam as Marias, as Terezas e as Josefas, os Jo-sés e por vezes até as Colombinas. De novo voltam a serem chamadas de macumbeiras, de po-bretonas, e durante o ano, todas e todos ficam no aguardo a-queles 80 minutos do ano que vem que para muitos significa só um tempinho, mas que para passistas e figurantes signifi-cam alegria de uma vida. Quando ganham tem até o prazer de desfilar de novo, e quan-do perdem só no próximo ano... Afinal a vida continua e carnaval só no ano que vem... Que bom seria - se as pessoas sorrissem quando fossem pa-ra a escola, na certeza que lá estavam no caminho certo. Que bom seria também se Professores sorrissem por sua valoriza-ção profissional e social. Que bom seria se os pais fizessem parte do abre alas da Escola, nas reuniões de pais e mestres. Que bom seria se seus filhos desfilassem na classe com a mesma alegria de quem desfilam na avenida, com a mesma responsabilidade, com a mesma disciplina e harmonia de um casal de mestre sala e porta bandeira. As pessoas precisam sorrir sim. Mas, também ensinar melhor e para isto precisam de serenidade, respeito, disciplina e so-bretudo valorização. O homem educado é um homem melhor! Feliz ano novo escolar!

    Filipe de Sousa

    Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as notícias relevantes nas áreas da Edu-cação, Cultura, meio Ambiente e Sus-

    tentabilidade Social Confira!

    www.gazetavaleparaibana.com

    REAFIRMANDO a necessidade de assegurar no hemisfério o respeito e a plena vigência das liberdades individuais e os direitos fundamentais dos seres humanos por meio de um estado de direito;

    PÁGINA 11

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 02

    A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e visa a atender à Cidade de São Paulo e suas Regiões Metropolitanas.

    Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê e ABC Paulista. Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

    Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio Revisão de textos: Profª. Francisca Alves

    Veículo divulgador da Associação

    “Formiguinhas do Vale”

    Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

    “Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

    Leste Paulista, com distribuição gratuita em

    cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

    Ensino Fundamental e Médio.

    “Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

    Editorial

    Rádio web

    CULTURAonline Brasil NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós ! A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas te-máticas: Educação, Escola, Professor , Família e Sociedade. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, onde a Educação se dis-cute num debate aberto, crítico e livre. Mas com responsabilidade!

    Acessível no links: www.culturaonlinebr.org

    Crônica

    Hotel Atlântico – Filme

    Dedicado a Filipe de Sousa…

    A perplexidade diante da vida gera arte.

    Mentiras nos são repassadas a todos os

    momentos e a construção de uma nação

    se faz via inúmeras mentiras. O fazer polí-

    tico hoje, quase se resume a repassar

    mentiras na internet … E alguns jovens

    saem às ruas para questionar e as menti-

    ras contra eles são disseminadas. Um ódio forjado entre classe média e

    classe operária se faz em nome da manutenção de um novo Status Quo.

    São os podres poderes travestido de esquerda? Direita ? Centro?

    Quantas e quantas perversas mentiras! E nós, o povo, entramos no jogo

    deixando-nos levar pelas partidas de futebol do fazer política. Para

    mim, rasgo ideologias e visto-me de comunidade. Não temo e tenho

    todos os temores . A consciência deve prevalecer sempre, contra todas

    as facilidades.

    Por acaso assisti um trecho do meio para o final de “Hotel Atlântico” de

    Suzana Amaral, baseado na obra de João Gilberto Noll … O filme me

    trouxe varias inquietações, com seu protagonista circulando por um

    interior desconhecido … Um filme para se assistir várias vezes, sem ne-

    nhuma concessão de pensamento adoravelmente difícil.

    E vejo a vida pública brasileira com todas estas metáforas. Hoje tenho

    um pé atrás, de como me comportar na internet. Não devemos nos le-

    var pelas emoções vazias. Os desgovernos estão ai e nos contam menti-

    ras. Não devemos ser inocentes, nem deixar de sair da caverna e aden-

    trar a vida pública. Seja de que maneira for. Somos um animal essenci-

    almente político, somos também perversos e perigosos. Devemos dei-

    xar nossa ingenuidade. Devemos confiar e desconfiar de todos com me-

    nos de trinta e mais de trinta, mas desvendar os meandros dos jogos da

    vida pública, que movimenta a economia e o social. Não devemos cair

    nos discursos fáceis e simplistas. Tapinha nas costas não pagam contas.

    E as contas neste pais são pagas por todos nós.

    No filme, o artista termina pegando um táxi. Ele perdeu uma perna.

    Quase morreu … Vestiu-se de padre … E fez valer sua virilidade. Não

    devemos temer caras feias e o isolamento social. Devemos desconfiar e

    estar na vida pública. Ir além da velha concepção de partidos políticos.

    Pensar além dos três poderes. E fazer a democracia que ainda não exis-

    te em nenhum setor social. Estamos vivos. Bem lúcidos … Não estamos

    vestidos de pedra … Não somos estáticos. Estamos num eterno movi-

    mentar-se. A dança, a música fez gerar universos … E nós faremos nas-

    cer uma nação. Chega de laboratórios de perversidade. Eles, senhores

    dos votos, calmamente nos mentem. Repetem suas mentiras …E nós

    povo nunca devemos aceitar , façamos da internet um ponto, onde nos

    leve de volta às ruas. Somente nas ruas mudaremos os rumos deste

    pais … Que assim seja!

    JOKA

    João Carlos Faria

    AMBIÇÃO & GANÂNCIA A motivação busca atingir objetivos com tentativas, erros, acertos e evoluindo habilidades, mostra talentos. Com a correção dos erros, aprende-se a solucionar proble-mas, realizar tarefas difíceis, superar obstáculos alcançar me-tas cada vez mais desafiantes.

    A ambição é importante para sair da inércia, crescer e obter o máximo dos esforços dedicados a uma ação. O ambicioso contempla outras pessoas em seus planos, atua respeitando

    quem e o que está à sua volta, progride e sempre tem ao seu lado pessoas também ambicio-sas, motivadas, sem medo de enfrentar riscos e que dão tudo de si. Sabe que para ser bem-sucedido é necessário crer, ter convicções, valores e ver os problemas como desafios a serem vencidos e que desenvolver essas habilidades exige concentração, dedicação, comprometi-mento com a família, colegas de trabalho e envolver outras pessoas, abrindo espaço para to-dos. Há um limite para a ambição. Não perder a medida e nem usar de qualquer meio para conse-guir sucesso e alcançar objetivos, é o que difere a ambição da ganância. O ambicioso, mira sempre mais acima, à frente, mais alto, longe e aplica sempre princípios éticos.

    O ganancioso só se importa consigo mesmo, não contempla mais ninguém em seus planos e chega onde quer a qualquer preço, faz qualquer coisa, suja as mãos, faz conchavos, alia-se a desonestos e faz da ética, meio. Usa dos piores princípios e valores, engana a todos e assim atinge o fim desejado.

    Mediante esta notória diferença e comparação, analisemos o comportamento do Sr. Renan Calheiros, que após renunciar ao cargo ocupado em 2007, por denúncias de corrupção e es-cândalos, renuncia ao cargo para não ser cassado. Volta depois de cinco anos, sem o menor escrúpulo, candidatando-se ao mesmo cargo renunciado.

    Assume a Presidência do Senado, aliado aos congressistas que o elegeram, descomprometido com o povo, afirmando em seu discurso que “ética é um meio e não um fim” e a usa como ferramenta. Afinal de contas, sua atração pela política não tem demonstrado boas intenções para melhorar a situação do país mas, uma forma de enriquecer e sem a menor vergonha de fazê-lo por meios ilícitos. E então... Esse sujeito, é ambicioso ou ganancioso? Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320

    NOVOS PROGRAMAS CULTURAonline BRASIL

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    Errar é humano. Culpar outra pessoa é política. Hubert H. Humphrey

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    Todas as matérias, reportagens, fotos e

    demais conteúdos são de inteira respon-

    sabilidade dos colaboradores que

    assinam as matérias, podendo seus

    conteúdos não corresponderem à

    opinião deste projeto nem deste Jornal.

    CULTURAonline BRASIL

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

    Nossa saúde x Políticas Públicas

    BARBOSA ITO

    _____________________

    A D V O C A C I A

    EDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITOEDERKLAY BARBOSA ITO

    OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352

    Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional.

    São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional

    busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

    EDUCAR Uma janela para o mundo

    Nosso programa no ar todas as Quintas, das 20h às 22h e, o ou-vinte poderá interagir com suas

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    História da saúde pública no Brasil

    Por: Luís Indriunas No início, não havia nada. A saúde no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nes-sas coisas. O pajé, com suas ervas e cantos, e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assis-tência à saúde. Para se ter uma ideia, em 1789, havia no Rio de Janeiro, apenas quatro médicos.

    Com a chegada da família real portugue-sa em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação as duas primeiras es-colas de medicina do país: o Colégio Mé-dico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgi-a do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até a República.

    Foi no primeiro governo de Rodrigues Alves (1902-1906) que houve a primeira medida sanitarista no país. O Rio de Ja-neiro não tinha nenhum saneamento bási-co e, assim, várias doenças graves como varíola, malária, febre amarela e até a peste espalhavam-se facilmente.

    O presidente então nomeou o médi-co Oswaldo Cruz para dar um jeito no problema. Numa ação policialesca, o sanitarista con-vocou 1.500 pessoas para ações que in-vadiam as casas, queimavam roupas e colchões.

    Sem nenhum tipo de ação educativa, a população foi ficando cada vez mais in-dignada. E o auge do conflito foi a institui-ção de uma vacinação anti-varíola.

    A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina. Oswaldo Cruz aca-bou afastado.

    “Ninguém aceitou a imposição A forma como foi feita a campanha da vacina, revoltou do mais simples ou mais intelectualizado. Veja o que Rui Barbosa disse sobre a imposição à vacina: “Não tem nome, na categoria dos crimes do

    poder, a temeridade, a violência, a tirania

    a que ele se aventura, expondo-se, volun-

    tariamente, obstinadamente, a me enve-

    nenar, com a introdução no meu sangue,

    de um vírus sobre cuja influência existem

    os mais bem fundados receios de que

    seja condutor da moléstia ou da morte.”

    Apesar o fim conflituoso, o sanitarista conseguiu resolver parte dos problemas e colher muitas informações que ajudaram seu sucessor, Carlos Chagas, a estruturar uma campanha rotineira de ação e educa-ção sanitária.

    Pouco foi feito em relação à saúde depois desse período, apenas com a chegada dos imigrantes europeus, que formaram a primeira massa de operários do Brasil, começou-se a discutir, obviamente com fortes formas de pressão como greves e manifestações, um modelo de assistência médica para a população pobre. Assim, em 1923, surge a lei Elói Chaves, criando as Caixas de Aposentadoria e Pensão. Essas instituições eram mantidas pelas empresas que passaram a oferecer esses serviços aos seus funcionários. A União não participava das caixas.

    A primeira delas foi a dos ferroviários. Elas tinham entre suas atribuições, além da assistência médica ao funcionário e a família, concessão de preços especiais para os medicamentos, aposentadorias e pensões para os herdeiros. Detalhe, es-sas caixas só valiam para os funcionários urbanos.

    Esse modelo começa a mudar a partir da Revolução de 1930, quando Getúlio Var-gas toma o poder. É criado o Ministério da Educação e Saúde e as caixas são subs-tituídas pelos Institutos de Aposentado-ria e Pensões (IAPs), que, por causa do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser dirigidos por entidades sindicais e não mais por empresas como as antigas cai-xas. Suas atribuições são muito seme-lhantes às das caixas, prevendo assistên-cia médico. O primeiro IAP foi o dos ma-rítmos. A União continuou se eximindo do financiamento do modelo, que era gerido pela contribuição sindical, instituída no período getulista.

    Quanto ao ministério, ele tomou medidas sanitaristas como a criação de órgãos de combate a endemias e normativos para ações sanitaristas. Vinculando saúde e educação, o ministério acabou priorizando o último item e a saúde continuou com investimentos irrisórios.

    Dos anos 40 a 1964, início da ditadura militar no Brasil, uma das discussões so-bre saúde pública brasileira se baseou na unificação dos IAPs como forma de tornar o sistema mais abrangente. É de 1960, a Lei Orgânica da Previdência Social, que unificava os IAPs em um regime único para todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que excluía trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários públicos.

    É a primeira vez que, além da contribui-ção dos trabalhadores e das empresas, se definia efetivamente uma contribuição do Erário Público. Mas tais medidas foram ficando no papel. A efetivação dessas propostas só aconteceu em 1967 pelas mãos dos militares com a unificação de IAPs e a conseqüente criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

    Surgiu então uma demanda muito maior que a oferta. A solução encontrado pelo governo foi pagar a rede privada pelos serviços prestados à população. Mais complexo, a estrutura foi se modificando e acabou por criar o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência So-cial (Inamps) em 1978, que ajudou nesse trabalho de intermediação dos repasses para iniciativa privada.

    Um poucos antes, em 1974, os militares já haviam criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), que aju-dou a remodelar e ampliar a rede privada de hospitais, por meio de empréstimos com juros subsidiados. Toda essa política acabou proporcionando um verdadeiro boom na rede privada. De 1969 a 1984, o número de leitos privados cresceu cerca de 500%. De 74.543 em 1969 para 348.255 em 1984. Como pode se ver o modelo criado pelo regime militar era pau-tado pelo pensamento da medicina curati-va. Poucas medidas de prevenção e sani-taristas foram tomadas. A mais importante foi a criação da Superintendência de Campanhas da Saúde Pública (Sucam).

    Durante a transição democrática, final-mente a saúde pública passa a ter um fiscalização da sociedade. Em 1981, ain-da sob a égide dos militares, é criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp). Com o fim do regime militar, surgem outros ór-gãos que incluem a participação da socie-dade civil como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Se-cretários Municipais de Saúde (Conasems).

    Se de um lado, a sociedade civil começou a ser mais ouvida, do outro, o sistema privado de saúde, que havia se beneficia-do da política anterior, teve que arranjar outras alternativas.

    É nesse período que se cria e se fortalece o subsistema de atenção médico-suplementar. Em outras palavras começa a era dos convênios médicos. Surgem cinco modalidades diferentes de assistên-cia médica suplementar: medicina de gru-po, cooperativas médicas, auto-gestão, seguro-saúde e plano de administração.

    A classe média, principal alvo destes gru-pos, adere rapidamente, respondendo contra as falhas da saúde pública. O cres-cimento dos planos é vertiginoso. Em 1989, já contabilizam mais de 31 mil bra-sileiros, ou 22% da população, faturando US$ 2,4 bilhões.

    Ao lado dessas mudanças, os constituin-tes da transição democrática começaram a criar um novo sistema de saúde, que mudou os parâmetros da saúde pública no Brasil, o SUS,

    CULTURAonline BRASIL

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

    Como criar um ambiente favorável para despertar e ajudar seu filho a manter o

    gosto pela escrita

    Para qualquer lugar que se olhe é pos-sível perceber: vivemos em um mundo letrado. Nomes de lojas, indicações no trânsito, anúncios, destinos de ônibus, embalagens de produtos, na caixa do brinquedo, no videogame, as letras estão por toda a parte, dentro e fora de casa. E por isso, o contato das crian-ças com a escrita acontece muito an-tes de isso ser trabalhado formalmente na escola.

    São os pais, portanto, os primeiros a terem a oportunidade de apresentar esse maravilhoso universo a seus fi-lhos e ajudar a tornar a escrita, mais do que algo prático, em um prazer. Não se trata, no entanto, de assumir a missão de ensinar o filho a escrever. Apenas criar (e manter) uma boa base para o trabalho que a escola fará de-pois.

    “Tão importante quanto um ambiente que seja favorável e estimule a curiosi-dade é o respeito ao ritmo da criança. Não é saudável a ansiedade em ver o filho escrevendo precocemente, pois isso gera uma pressão que poderá le-var a um desinteresse mais para fren-te”, comenta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Uni-camp (Universidade Estadual de Cam-pinas).

    Mesmo após o período de alfabetiza-

    ção, há muito o que fazer em casa. “É preciso trazer a escrita para a rotina e envolver a criança em situações nas quais ela é utilizada”, defende Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educa-ção da UnB (Universidade de Brasília). As duas especialistas apresentam di-cas de como despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita.

    Repensar a própria relação com a escrita

    Para que o estímulo seja efetivo ele deve vir de alguém que tenha real en-volvimento com a escrita. “É preciso deixar de encarar a escrita como um bicho-papão, enfrentar seus próprios medos e limites. Caso contrário é co-mo alguém que não gosta de brócolis querer convencer o filho de que bróco-lis é gostoso”, afirma Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e pro-fessora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). “Quem tem dificuldades ou receios pode apro-veitar o momento para vencê-los junto com a criança e criar novos hábitos relacionados ao ato de escrever”

    Saber que tudo começa com a leitura

    Quem lê bastante escreve bem. Seguir as recomendações de como incentivar o gosto pela leitura é também estimu-lar a escrita

    Criar um ambiente no qual regras são seguidas

    Para escrever é necessário seguir re-gras. “Não posso escolher qualquer letra para escrever a palavra casa. É

    preciso seguir a convenção estabeleci-da e isso é mais facilmente compreen-dido por quem está acostumado com regras”, diz Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Uni-camp (Universidade Estadual de Cam-pinas). O ideal, então, é envolver a criança na dinâmica familiar, indicando que ela, assim com os demais membros da fa-mília, possui deveres. “Para os peque-nos pode ser algo simples como colo-car o travesseiro no armário. O impor-tante é que haja algo e isso vá se am-pliando conforme as condições de ca-da faixa etária”, explica.

    Usar a escrita rotineiramente

    Manter papel e lápis ao alcance de to-dos da casa e não perder a oportuni-dade de usá-los nunca. “Chegou tarde em casa e o filho já estava dormindo? Deixe um bilhete dizendo que você passou no quarto dele para dar um beijo de boa noite”, exemplifica Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educa-ção da UnB (Universidade de Brasília). Outro bom momento é a hora de fazer a lista de compras do supermercado, que pode ser escrita de forma conjun-ta, até mesmo pelos menorzinhos (que podem “anotar” desenhando ou rabis-cando que é preciso comprar sua bola-cha favorita).

    Promover jogos e atividades com escrita

    Sua filha é fã de um ator ou grupo mu-sical? Que tal, juntas, procurar fotos e infor-mações e escrever um perfil dele? O menino torce para um time de fute-bol? Chame-o para fazer como você um cartaz do time, com as principais con-quistas e jogadores famosos. Ou seja, a sugestão é aproveitar os assuntos de interesse para produções escritas. “Mas é importante que isso não se tor-ne uma obrigação. E é para ser feito a quatro ou mais mãos, de forma praze-rosa. Não pode ser uma tarefa que a mãe passa para o filho fazer sozinho e que irá cobrar depois”, ressalta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

    Valorizar a produção

    “As primeiras tentativas da criança se-rão rabiscos. Ela fará um garrancho e irá dizer que desenhou a mãe, o pai, a avó. É preciso reconhecer este grande passo que é entender que um símbolo pode representar algo e não desesti-

    mular dizendo que aquilo não é o de-senho de uma pessoa”, diz Silmara Carina Munhoz, Isso vale para todos os momentos da escrita. Receber um bilhete e logo a-pontar que há erros como a falta de uma letra em uma palavra ou que, por exemplo, “casa” não é escrito com “z”, só irá reduzir a espontaneidade da cri-ança. Ao contrário, é preciso adotar peque-nos gestos, como guardar um desenho ou um bilhete da criança, ou acompa-nhar o que o filho escreve em blogs ou nas redes sociais e interessar-me pela poesia que ele criou. “Isto mostra que você valoriza esta forma de comunica-ção”, comenta a doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educa-ção da UnB. É importante também que os pais tam-bém produzam e compartilhem suas criações.

    Preocupar-se com a caligrafia na medida certa

    Não é preciso exigir do seu filho exces-sos de capricho na letra. O importante é que seja possível entender o que ele quis escrever. Caso a letra prejudique o entendimento, vale chamar a aten-ção. “Um modo bastante prático é dei-xar um bilhete com um assunto de in-teresse de seu filho com trechos im-possíveis de ler por causa da letra. Ele perceberá como isso atrapalha a co-municação”, sugere Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Uma saída pode ser os famosos ca-dernos de caligrafia. Mas o ideal é de-bater o assunto com o professor para buscar a melhor solução.

    Não abandonar o processo

    O envolvimento da família com a escri-ta não pode ser encerrado só porque já se percebe que a criança ou o jovem já tem total autonomia no escrever. Os bons hábitos e atividades devem ser mantidos e ainda ampliados, tornando-se algo natural na rotina. “É um erro comum. Pais deixam de ler histórias assim que seus filhos apren-dem a ler, privando a criança daquele momento que ela tanto gostava, o que só desestimula”, comenta doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília) Fonte: http://www.dihitt.com.br Edição: Filipe de Sousa

    Nossos Filhos - Volta às aulas

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  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 05

    Cidadania Utilidade Pública

    NOVO PROCON

    "PROCON é coisa do passado. A Revista Exame traz uma re-portagem sobre um site chama-do "Reclame Aqui". A ideia é que seja um mural (ESPÉCIE DE MURO DAS LA-MENTAÇÕES) onde as pessoas expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível a todos que acessarem o site. O interessante é que, sem buro-cracia, os problemas são solu-cionados com mais rapidez. Quando um consumidor recla-ma de um produto de alguma empresa, essa empresa recebe um e-mail dessa queixa.

    E como a empresa preza por sua imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao público.

    O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvi-dos! E o tempo médio é de me-nos de uma semana, diferente do PROCON que tem a média em 120 dias.

    Acesse: www.reclameaqui.com.br

    Diga não ao consumismo

    Educação Cidadania e Sustentabilidade

    Educação e sustentabilidade estão diretamente ligadas. A realidade é que a degradação do nosso planeta passa pela educação, pelo bom exercício da cidadania e pela consci-entização dos danos causados ao meio ambiente e a natureza em geral.

    A preparação de uma sociedade que envolva práticas e políticas ambientais que nos permitam um planeta mais “saudável”, um desenvolvimento sustentável que mude a atu-al realidade, é um trabalho complexo. É necessário pensar a educação diferente, em ou-tros termos e outros modelos para evitarmos a degradação do nosso planeta.

    É certo afirmar que a maioria da população brasileira encontra-se nas cidades, e que toda essa problemática complexa que existe entre progresso e natureza precisa ser avaliado, não podemos simplesmente abolir o desenvolvimento , mas sim nos articularmos em torno de novas práticas educativas, de novos processos de conhecimento e abordagens que não comprometam o progresso e nem gerem mais problemas ambientais.

    O acesso a informação é uma das maneiras de fazer com que a comunidade participe mais desse processo, tendo mais consciência dos problemas ambientais, a população passa a cobrar mais atitudes, passa a se en-volver com o problema, quer participar e decidir, ou seja, o cidadão sente que está exercendo sua cidadania de forma eficiente. Estamos falando aqui de uma conscientização ambiental que deve vir através da educa-ção, de políticas públicas, e de práticas que envolvam os cidadãos, de maneira que se sintam parte dessa transformação e igualmente responsáveis.

    Segundo (JACOBI, 1999) “A noção de sustentabilidade implica em uma interrelação necessária entre justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a necessidade de desenvolvimento como tendo uma capaci-dade de suporte”. Equilíbrio ambiental e desenvolvimento podem e devem andar juntos, para isso são neces-sários esforços, mudança de mentalidade, objetivos comuns e focar na qualidade de vida, naquilo que quere-mos para nós e para os outros, aqui, agora e para as futuras gerações.

    Transformar hábitos e atitudes antigos não é tarefa fácil. A educação ambiental não deve ficar limitada a esco-la e ao poder público, os meios de comunicação podem ser um grande aliado nessa reeducação do cidadão, informando-o, tornando consciente de que sempre existe algo que a gente pode fazer para melhorar a nossa comunidade, a nossa cidade e o mundo em que vivemos. Um grande problema socioambiental que predomina nas grandes cidades é o lixo urbano, são toneladas de lixo produzidas diariamente e o descarte final não é fei-to de forma correta, na maioria dos casos não existe coleta seletiva de lixo e os resíduos sendo mal adminis-trados acabam gerando uma poluição maior ainda. Poluição não só do solo, como da água e do ar.

    A Educação ambiental tem que fazer parte da vida das pessoas, tem que estar presente no âmbito escolar e no dia a dia do cidadão. Só o conhecimento vai despertar essa consciência de que podemos progredir sem causarmos tantos danos ambientais, preservando e utilizando os recursos de uma forma sustentável, tanto em termos de coletividade como individuais. Temos que nos dar conta que os recursos naturais são finitos, e isso implica uma mudança de postura , de revisão de valores e de comportamento, nesse sentido a educação am-biental nos torna conscientes da relação homem-natureza e tudo que advém dela.

    Educar uma sociedade para que ela se torne mais motivada e mobilizada, questionadora, e possa ser capaz de encontrar soluções que envolvam a comunidade. Temos que formar uma consciência ambiental. Isso só será possível com mais informação que leve as pessoas a terem mais consciência do que acontece e da im-portância de seu papel nesse contexto. Assumirem que também são responsáveis e terem um maior envolvi-mento nessa transformação socioambiental. É um processo que envolve um longo caminho cheio de obstácu-los, que requer novos saberes, valores e comportamentos, e a consciência de que podemos como cidadãos intervir, modificar aquilo que está indo na contramão desse processo.

    Mariene Hildebrando de Freitas

    Professora e especialista em Direitos Humanos

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    Afinal, o que é ser cidadão?

    Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila.

    Como exercemos a cidadania? Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, es-tando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direi-tos não sejam violados. A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados Unidos da América do Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse mo-mento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres, cri-anças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias.

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 06

    Educação

    A INCLUSÃO E SEUS DILEMAS

    Quando se fala em inclusão, muitos te-mas permeiam a realidade escolar .

    A inclusão tem sido considerada bandei-ra social dos desfavorecidos e das mino-rias. No entanto, quando nos reporta-mos à expressão “ESCOLA INCLUSIVA”, o aluno deficiente é o que encontra maio-res dificuldades neste processo, seja por sua própria limitação, seja pela limitação do outro em aceitá-lo.

    A deficiência tem sido ao longo dos anos um tema amplamente discutido, porém pouco explorado na prática. O sistema educacional como um todo necessita rever seus conceitos sobre educação e alcançar com seus novos paradigmas todos os envolvidos. “Pensar educação é pensar a diferença.”

    Não se pode constituir uma escola inclu-siva, se a mentalidade e as ações dos envolvidos não forem inclusivas, uma vez que o termo “escola inclusiva” pres-supõe um espaço adequado que possa garantir a todos o acesso e a permanên-cia neste ambiente respeitando a diversi-dade, entendendo diversidade no senti-do mais amplo da palavra.

    Ainda há muito o que mudar ao rumo deste modelo. Segundo Wagner de An-geli Ferraz, a discussão sobre a inclusão

    ultrapassa as questões técnicas e meto-dológicas, o que diz respeito também às políticas públicas.

    E tudo isso exige um a boa dose de cora-gem e ousadia para afirmação da vida. Tratando especificamente da deficiência, esta escola precisa prover meios para que o aluno com deficiência seja ela qual for, tenha possibilidades de desenvolver seu processo de aprendizagem com as adequações necessárias, atendendo às suas especificidades e promovendo seu crescimento educacional. Há transforma-ções necessárias e urgentes a serem fei-tas no âmbito escolar que podemos cha-mar de médio porte, já que muitas vezes a mudança esbarra no sistema e na bu-rocracia.

    O desafio de se tornar uma escola inclu-siva O que uma escola que se propõe a ser inclusiva pode fazer para começar a caminhar em busca deste sonho?

    Ambientes adaptados arquitetonicamen-te é um começo, muitas escolas recebem do governo verbas que bem administra-das podem resultar em boas aplicações. Assim no dia em que receber um aluno com deficiência física, por exemplo, já estará devidamente adaptada e com os necessários recursos de acessibilidade disponibilizados.

    Um corpo docente capacitado e interes-sado no aprendizado do aluno também faz parte de uma experiência de sucesso em uma escola inclusiva. O professor antes de tudo precisa se predispor a fa-zer um trabalho de qualidade indepen-dente do sistema ou onde porventura não encontre o apoio necessário.

    A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, (janeiro, 2008): “a política nacional de educação especial na perspectiva da e-ducação inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino, oferta do atendimento educa-cional especializado e demais profissio-nais da educação para inclusão; partici-pação da família e da comunidade; aces-sibilidade ao ambiente , rampas , ... den-tre outras .” A presença de um profissio-nal especializado que possa dar suporte ao professor em sala de aula é primordi-al e respaldado por esse documento. A esse profissional cabe dar toda a asses-soria ao professor além de oferecer re-cursos técnicos etecnológico, que visem

    facilitar e/ou promover a aprendizagem do aluno em sala de aula.

    A escola enquanto instituição de caráter social A escola precisa reavaliar seu pa-pel enquanto instituição social. É impor-tante que seu corpo docente bem como todos que nela atuam se postem como agentes do processo inclusivo e não so-mente ajam ou sintam-se meros expec-tadores. A inclusão só se faz possível se todos os envolvidos direta ou indireta-mente abraçarem a ideia independente do estado ou qualquer sistema no qual estejam inseridos.

    Todo e qualquer profissional tem condi-ção de realizar algo para incluir o indivi-duo conforme sua capacidade, ritmo e função. A escola inclusiva é ainda um sonho e um desafio. Para que se torne realidade, há ainda um grande caminho a percorrer e para isso, as barreiras físi-cas, atitudinais e conceituais precisam ser vencidas. Inclusão não se faz sem a estrutura necessária para tal, se faz aci-ma de tudo com competência acadêmi-ca, força de vontade e compromisso por parte da família e de todos os profissio-nais envolvidos sejam eles corpo docen-te, técnico ou administrativo. Eloídia Hermano Professora

    CULTURAonline BRASIL

    Mudança no Contexto Escolar e sua Importância

    para o Desenvolvimento Psicológico

    Muitos alunos mudaram de ciclo no iní-cio do ano e precisaram se adaptar a novas matérias, novos professores, sua maneira de conduzir a aula, e às vezes até a um espaço físico que não estava acostumado a frequentar, como biblio-teca e laboratórios.

    Na educação infantil a aprendizagem é vinculada ao lúdico, a criança é estimula-da a pensar por meio de brincadeiras e jogos. Quando ingressa no 1º ano do Ensino Fundamental, depara-se com u-ma realidade um pouco diferente. Para muitas crianças esta mudança é marcada inclusive pela mudança de escola, uma vez que muitas não possuem os anos subsequentes. Já no 1º ano do Ensino Fundamental, é necessário cuidar do próprio material (até então era coletivo), grande parte do conteúdo deve ser copi-ado da lousa, a avaliação de seu conheci-mento é medida pelo seu desempenho nas provas, há alunos maiores e mais velhos.

    Do 5º para o 6º ano os desafios já são outros. Há um professor para cada ma-téria específica, o número de matérias aumenta e consequentemente o tempo que deve ser destinado aos estu-dos. Outro fator de mudança que deve ser levado em consideração é o início da puberdade, onde as transformações físi-cas ocorrem a todo vapor e tentar com-preendê-las pode ser uma demanda la-tente desde aluno. Já no Ensino Médio, a maior mudança talvez seja a expectativa para a escolha

    profissional, uma vez que o próximo pas-so é o vestibular. Logo no 1º ano do En-sino Médio, o aluno é pressionado a de-cidir se irá fazer técnico ou não, em que área (humanas, biológicas, etc) precisa se dedicar mais a estudar, tudo isso, ten-do em vista qual o curso e em qual facul-dade pretende prestar vestibular.

    O retorno as aulas nas próximas sema-nas, pode trazer a tona um problema não identificado anteriormente ou acen-tuá-lo; pois, mudanças costumam gerar ansiedade, insegurança e em alguns ca-sos, até mesmo resistência. O impacto que causará na vida do aluno irá depen-der do modo que ele está habituado a lidar com mudanças e desafios em sua vida.

    Os pais devem ter em mente que a mu-dança de ciclo é um processo que auxilia o desenvolvimento, não só educacional do aluno, mas também psicológico, uma vez que desafios e mudanças são pro-postos à medida que a maturação ocor-re. A maneira que os pais ensinam seus filhos a lidar com essas situações irá re-fletir em sua vida adulta. Por isso, é fun-damental que os pais estejam disponí-veis para acolher as angústias e as ex-pectativas de seu filho, procurando auxi-liá-lo no enfrentamento destas novas situações, tendo sempre como base o afeto e a compreensão.

    É importante observar mudanças no comportamento do aluno, como queixas de dores de barriga e estômago, altera-ção no sono e no apetite, agressividade, sudorese próximo ao horário ir para a escola, reclamações sobre os professo-res e colegas, queda no rendimento es-colar, choro sem motivo aparente, difi-culdade em se adaptarem a rotina e exi-gências educacionais. Além disso, há a

    expectativa da família, que pode atuar de maneira positiva ou não dependendo da maneira que lidam com mudanças e as dificuldades geradas por elas.

    Pais e escola devem trabalhar em parce-ria, tentando compreender qual ou quais são os fatores causadores de tal angústia neste aluno. É possível que, associado as mudanças na escola, esteja ocorrendo também alterações na dinâmica familiar e isso pode acentuar a sensação de inse-gurança no aluno.

    A maneira em que o aluno é estimulado a vivenciar e a lidar com os sentimentos gerados por essa situação, será de extre-ma importância para seu desenvolvi-mento psicológico. O apoio da família é fundamental. É ela que irá ensinar o alu-no a articular de maneira criativa a ten-são gerada, com seus recursos internos; possibilitando assim, a transformação da situação. Feito isso, o aluno irá tornando-se cada vez mais resiliente, capaz de superar com mais facilidade os obstácu-los que encontrará na vida.

    Laira K. Batisteti da Costa. Psicóloga, especialista em Arteterapia e

    Psicologia Analítica.

    Inclusão

    PAIS EDUCADORES 1) Atualizem -se e estudem com seus filhos. Estimulem-nos a terem seus horários de estudo em casa.A terem disciplina.

    2) Perguntem sempre: - O que vocês aprenderam na escola hoje? Seu filho(a) vai ter que prestar atenção e cumprir com as tarefas escolares para responder, isto vai ajudá-lo a não partici-par de confusão.

    3) Dê o exemplo. Mostrem como é legal ler e estudar. Leiam o que eles leem na escola.

    4) Leiam para eles. Esse simples ato evitará a dificuldade de quem ainda está aprendendo a ler.

    5) Descubram se seus filhos têm alguma dificuldade de relacionamento na escola. Incentivem- nos a ser simpáticos, fazer amigos, admirar seus professores, a-prender a valorizar um profissional.

    6) Vão a todas as reuniões de pais e mestres. Participem e deem a sua opini-ão.

    7) Informem -se sobre os problemas da escola: há professores que faltam de-mais?

    8) Façam elogios sinceros e reconheçam o potencial de seu filho ou filha.

    9) Jamais permitam que os filhos aban-donem os estudos ou faltem às aulas sem precisar.

    10) Acompanhem a ficha avaliativa dos filhos e comemorem os avanços! O im-portante é que eles se sintam valoriza-dos.

    11) Conversem com os dirigentes esco-lares e participem do Conselho Escolar.

    12) Dar uma Educação de Qualidade, para cobrar uma educação de qualidade da escola, isto é papel dos pais.

    Não delegue à Escola sua responsabilidade.

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 07

    Contos e papos sérios! IMIGRANTES

    Ao final do dia pegam o mesmo bonde e seguem juntos, calados, cansados demais, cada qual com seus pensa-mentos. Saudosos de seus costu-mes e da sua gente, aliviados por já não sentirem os corpos tremerem pelos estrondos que os ensurdeciam e que os faziam esconderem-se em buracos, a dor agora é mais amena, sentem no coração mas não na car-ne, olham para fora tranquilos, ob-servam pequenas casas, gente che-gando e luzes acendendo os lares. Moram em uma pequena comunida-de de uma vila onde, aos poucos, mudarão a sua história... Ela, uma jovem morena, cabelos longos e pretos, corpo bem feito, prenúncio da mocidade. Quando chega em casa, encontra seu jantar feito; uma boa sopa que a mãe lhe prepara e a acompanha na degusta-ção ouvindo-a tagarelar sobre seu dia, a mãe lhe cuida com apreço e o pai sempre chega mais tarde do tra-balho. Pai severo na educação e de

    pouca fala mas como o leão, sempre espreita as fêmeas sob sua guarda. Ele, um rapaz de pouco mais de de-zoito anos, louro, olhos azuis como o mar que o trouxe de tão longe, não tem a mesma sorte; em seu peque-no quarto, ao fundo de um quintal que uma senhora lhe alugara e que por vezes lhe oferece alguma comi-da que sobrou, ou então, sacia a fo-me com pão que prepara com o que tiver. Na casa dela se faz preces agrade-cendo pelo dia, depois mãe e filha põem-se a costurar pequenos re-mendos, o pai fuma na porta da casa e observa a noite prevendo o tempo. Recolhem-se e dormem. O jovem rapaz, após sua refeição, deita-se e sente o corpo cansado relaxar. Os pensamentos vão longe, o coração aperta pelas lembranças dos seus familiares que lá ficaram. O corpo pesa e com a cabeça confusa, adormece com a esperança de dias melhores, encontrar. Como eles, existem outros que vie-ram procurar o que a mãe pátria não pode lhes dar. Contarão aos filhos e netos, cada qual sua história, como esses dois jovens que vieram para as terras brasileiras e casaram-se, tiveram uma filha, que ainda escre-verá, a vida desses jovens imigran-tes...

    Genha Auga

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    Teoria das Janelas Partidas

    Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mes-ma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

    Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito dife-rentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

    Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contraria-mente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

    É comum atribuir à pobreza as causas de delito.

    Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da di-reita e da esquerda). Contudo, a experi-ência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investiga-dores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

    O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduzi-ram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.

    Por que que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um pro-cesso delituoso?

    Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

    Um vidro partido numa viatura abando-nada transmite uma ideia de deteriora-ção, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivên-cia, como de ausência de lei, de normas, de regras, como o “vale tudo”. Cada no-vo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incon-trolável, desembocando numa violência irracional.

    Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a ‘Teoria das Janelas Partidas’, a mesma que de um ponto de vista criminalístico conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.

    Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não impor-tar a ninguém, então ali se gerará o deli-

    to.

    Se se cometem pequenas faltas (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as fal-tas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violen-tas como algo normal no desenvolvimen-to das crianças, o padrão de desenvolvi-mento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

    Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente a-bandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por te-mor a criminalidade) , estes mesmos es-paços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delin-quentes.

    A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: grafites deteri-orando o lugar, sujeira das estações, al-coolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos rou-bos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

    Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuli-ani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experi-ência do metrô, impulsionou uma políti-ca de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunida-des limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convi-vência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

    A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressi-va, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condi-ções sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepo-tência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também apli-car-se a tolerância zero.

    Não é tolerância zero em relação à pes-soa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordena-das, respeitosas da lei e dos códigos bási-cos da convivência social humana. Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na vila ou condo-mínio onde vivemos, não só em cidades grandes.

    A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras. Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

    Pense nisso!

    Edição: Filipe de Sousa

    O que é mais importante o rei das selvas se sobrepor sobre outras espécies e manter a so-berania de seu clã? Certa vez ouvi a história de um leão que engolia todos os pequenos ani-mais na floresta, mas um dia ele sentiu uma dor de barriga tão gran-de, e com essa dor começou a ouvir alguns sons e depois sentiu uma grande queimação!

    Era a festa da floresta acontecendo dentro de seu estômago, o leão

    mesmo engolindo tudo não era ca-paz de digerir e quando a queimação estomacal evoluiu por uma grande fogueira acesa dentro deles pelos animais da floresta, todos saíram dançando e comemorando por en-tenderem que a mãe natureza os havia ensinado a aprender com as dificuldades e os reunido para juntos não terem reis, mas sim viverem e tentarem entender as dificuldades uns dos outros e lutarem para ser feliz!

    ,Ah! O leão lindo e forte e que se sentia soberano, escondeu-se sa-bendo que não poderia engoli-los novamente!

    A natureza é uma ensinadora, só não aprende quem tem instintos e não inteligência! Maximiliano Ribeiro Martins Contos e pontos

    O povo brasileiro ainda não acabou de nascer.

    O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lide-ranças e movimentos sociais com consciência e organização.

    Seu sonho? Reinventar o Brasil.

    O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 8

    Sociedade Cultura,

    ter raízes para criar asas Cultura é a identidade de um povo, aquilo que o caracteriza e o distingue dos demais, uma consciência/sentimento de pertencimento, de fa-zer parte de algo maior que os limites de nossa individualidade, um parti-lhar de vivências e experiências co-muns que permite que nos reconhe-çamos uns nos outros, criando uma espécie de DNA coletivo que passa de pai para filho, de geração para geração e nos dá a certeza de que não estamos nem somos sozinhos. Muito além da expressão artística (apesar desta desempenhar um pa-pel importante no conjunto da cultura e no seu processo dinâmico e evolu-tivo) a cultura é toda e qualquer cria-ção humana capaz de ser partilhada, desenvolvendo identidade de grupo à medida que essas criações passam a ser repetidas e assimiladas através do contato, do convívio humano e de uma rotina. À partir dessas premissas, o gestor público responsável por implementar políticas culturais tem um missão se-melhante à de um bom jardineiro: a de zelar para que todas as expres-sões e identidades coletivas e indivi-duais alcancem seu devido e mereci-do espaço ao sol, cuidar para que elementos externos e daninhos não sufoquem a existência dessas legíti-mas expressões e garantir que os novos brotos (ideias) tenham condi-

    ções de crescer, germinar e conviver com as antigas espécies renovando a paisagem e permitindo que o jardim não se encerre em si mesmo. Entre os erros mais comuns das polí-ticas públicas está o fato de priorizar algumas demandas em detrimento de outras. Como um jardineiro acomodado que se especializou em rosas e não quer aprender a lidar com outras espécies de plantas e flores, essas políticas limitam-se a investir massivamente apenas naquelas áreas cujos espa-ços já estão praticamente todos deli-mitados por práticas e costumes ami-úde seculares, cabendo pouco espa-ço para inovações, como no caso do folclore. Esse tipo de política conser-vadora, em geral, investe-se de uma pretensa autoridade e comprometi-mento na manutenção de valores arraigados que se perderão com o tempo caso não seja feito algo para ocultar a covardia vinda do embota-mento das novas expressões, funda-mentais para a evolução do pensa-mento e das relações daquela socie-dade. Outro processo cada vez mais recor-rente ao qual deve estar atento o gestor de políticas culturais é o acul-turamento, onde as expressões e i-dentidades locais são progressiva-mente substituídas por culturas exter-nas predadoras de massa, geralmen-te no intuito de atender interesses políticos e econômicos dominantes,

    destituindo gradativamente comuni-dades e grupos de suas identidades mais elementares, fomentando o indi-vidualismo, desenraizamento social, tornando a comunidade e seus indiví-duos cada vez mais vulneráveis e despreparados para a vida em socie-dade. Cabe portanto ao gestor criar estruturas de proteção à essas identi-dades por meio do estímulo, investi-mento e engajamento da comunida-de local. Também é importante que o gestor de políticas culturais não se torne refém do corporativismo artístico, que não raro, se utiliza de instrumentos de pressão política e de opinião pú-blica para manter privilégios e finan-ciamentos ad eternum para projetos de interesse social e cultural questio-náveis, devendo primar por um certo distanciamento que garanta a impes-soalidade, princípio elementar da gestão pública. Por fim, e não menos importante, é fundamentai que estes gestores pú-blicos de cultura não se furtem ao debate, tendo coragem de se abrir para o novo, criando e estimulando espaços para questionamentos, no-vas idéias, tendências e vanguardas, dando à cultura o dinamismo que lhe é peculiar e indispensável. Deste modo, uma política cultural efi-ciente é aquela que garante condi-ções a todos os indivíduos de inte-grarem e se manifestarem como membros ativos de uma comunidade

    sem com isso abdicarem de suas in-dividualidades, tornando-os cidadãos plenos. É a etapa final de um proces-so de transcendência que começou com o labor do jardineiro que soube alimentar as raízes para que as flores crescessem fortes, firmes e bonitas e que agora se expandem nas asas de um beija-flor que ao se alimentarem delas, carregarão seus polens e se-mentes germinando novos jardins pelo mundo afora.

    Franklin Maciel Cientista Social

    ============================

    Já existe vacina

    anti-câncer (pele e rins).

    Foi desenvolvida por cientistas médicos brasileiros,uma vacina para estes dois tipos de câncer, que se mostrou eficaz, tanto no

    estágio inicial como em fase mais avançada.

    A vacina é fabricada em laborató-rio utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do pa-

    ciente. Nome do médico que desenvolveu a vacina: José Alexandre Barbuto

    Hospital Sírio Libanês Grupo Genoma.

    Telefone do Laboratório: 0800-7737327 0800-7737327 -

    (falar com Dra. Ana Carolina ou Dra.. Karyn, para maiores

    detalhes) www.vacinacontraocancer.com.br/

    Alguém pode estar precisando! Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira!

    REFLEXÃO Conta uma popular lenda do oriente, que o jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproxi-mando-se de um velho, perguntou-lhe: - "Que tipo de pessoas vivem neste lugar?" Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? - perguntou por sua

    vez o ancião. Oh! Um grupo de egoístas e malva-dos - replicou rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá. A isso o velho replicou: - a mesma coisa você haverá de en-contrar por aqui. No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber a água e vendo o ancião perguntou-lhe: - "Que tipo de pessoas vivem por a-qui?" O velho respondeu com a mesma pergunta: - "Que tipo de pessoas vivem num

    lugar de onde você vem?" O rapaz respondeu: - "Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fi-quei muito triste por ter de deixá-las.” "O mesmo encontrará por aqui", res-pondeu o ancião. Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: - "Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta?" Ao que o velho respondeu: - “Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lu-gares por onde passou, não poderá

    encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos". Autor: Desconhecido

    CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 9

    Educação Pública SARESP: INDICADOR DE QUALIDADE

    OU PARANOIA PEDAGÓGICA? PARTE II

    Em novembro de 2012 escrevemos a primeira parte deste artigo em que abordamos a questão da supervalori-zação do SARESP (Sistema de Avali-ação do Rendimento Escolar de São Paulo), que estava para ser aplicado naquele mês, pelo Governo do Esta-d o d e S ã o Pa u lo ( ht t p : / /www.gazetavaleparaibana.com/060.pdf). Neste mês de Março ou meados de Abril os dados serão divulgados am-plamente pelas mídias apresentando os resultados auferidos pela avalia-ção. No entanto, o que se pretende discutir dessa vez a conotação “meritocrática” que é conferido ao I-DESP (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo). O IDESP é confeccionado a partir da fórmula, IDESP = IDS X IFS, onde a variável: Índice de Fluxo (IFS) repre-senta a taxas de reprovação e de e-vasão escolar e o Índice de Desem-penho (IDS) representa a nota do SA-RESP. Deixando de lado as elucubrações matemáticas, sabemos que as avalia-ções escolares medidas por índices e regidas por metas não é novidade no contexto da administração escolar mundial. As orientações do Banco Mundial para o Desenvolvimento da Educação (Learning for All: Investing in People’s Knowledge and Skills to Promote Development, disponível em: http://www.worldbank.org/education), IMF (http://www.imf.org) e a Carta da

    Unesco para a educação no século XXI (http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/home/), deixam muito claro a conjuntura mercadológica e adminis-tradora que a educação (em países que cumprem a cartilha do sistema neoliberal, como o Brasil) devem im-plementar em seu sistema educacio-nal. A premissa é bem básica: os bai-xos índices devem ser difundidos por toda a sociedade para que fique ex-pressa a ineficiência do Estado com a educação. A solução? Partir para as Parcerias Público-Privadas e para a privatização do sistema (cf LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSHI, 2012). A ideia é desobrigar o Estado dessa função, o que é contraditório com a nossa Carta Magna. Temos aí um imbróglio, um nó que não se conse-gue desatar, pois se de um lado o Estado é obrigado a cumprir o que está na constituição, por outro lado se vê na contingência de cumprir a carti-lha do neoliberalismo e se não cum-prir as “torneiras do dinheiro fácil” se fecham. O sistema de meritocracia foi importa-do desastradamente da cidade de Nova Iorque (EUA), em que foram estabelecidas metas para os docen-tes cumprirem. Implementado entre 2007/2008, em 2011 estudos confir-maram que não existe relação entre a qualidade do ensino e a bonificação de professores, e cancelaram este projeto. No Brasil, a ideia ainda soa como inovadora, e tem ao seu lado vários economistas apaixonados pelo sistema neoliberal que creem pia-mente no que está escrito nas carti-lhas do Banco Mundial, da Unesco e do FMI, e que ecoam a quatro cantos esses escritos. O governo, por sua vez, é obrigado a ceder, pois não tem força política, ideológica ou de plano de governo para fazer valer o seu Es-tado de Bem Estar Social. Bem sabemos que a bonificação faz parte do assistencialismo promovido, assim como as diversas bolsas-auxílio, pelas ideias neoliberais “O estudo em Nova York aponta que o sistema não mudou as práticas do-centes. Uma das conclusões é que o professor que recebe bônus entende

    que apenas foi recompensado pelo esforço que sempre teve - e não que tenha buscado melhorar”. (SIC) – Fo-lha.com -20/07/2011. Como entendemos aqui não é muito diferente, além de que somos contro-lados por um pacote matemático não muito acessível aos próprios profes-sores de matemática ( alguém já teve a curiosidade de saber a teoria por detrás dos índices?). Resta aos pro-fessores uma explicação mais sim-ples: - índice de desempenho advém do Saresp e o índice de fluxo (como explicado resumidamente acima) ser-ve para penalizar e obrigar as escolas a empurrarem os alunos adiante, ap-tos ou não a cursarem a serie seguin-te. Que culpa têm os professores se os alunos se evadem da escola? Peda-gogos-economistas de plantão, diri-gentes de ensino, supervisores, dire-tores de escola e coordenadores di-rão, na sua maioria, que a escola não oferece aulas interessantes ou que a escola não é atrativa a esses alunos. Que culpa têm os professores quan-do pais irresponsáveis preferem ver seus filhos muitas vezes pedindo es-molas num semáforo do que na esco-la?

    Que culpa têm, os professores, se muitos precisam sair da escola para partir para o mercado de trabalho?

    Que culpa têm os professores se a bolsa família é dada a qualquer um desde que não falte na escola, sem se importar se esse aluno adquiriu algum conhecimento ou não?

    Então tudo isso não é levado em con-ta, ou melhor, é colocado na respon-sabilidade da escola e dos professo-res.

    A quem o sistema educacional e eco-nômico quer enganar? Isto não funciona e deveria acabar ou ser reformulado. Professores não são valorizados e muitas vezes nem plano de carreira possuem. A priori, a suposta esperan-ça de ganhar algumas migalhas a mais cria um cabresto com um único objetivo para o professor: conseguir o bônus.

    Ora, o Saresp não tem nenhum obje-tivo senão produzir o índice de de-sempenho para compor o IDESP. To-dos sabem disso, inclusive os alunos. Daí a ser divulgado pela mídia que serve para dar bônus aos professores foi um passo. E é assim que a massa leiga e desavisada entende, então que interesse tem o alunato em pro-duzir uma prova com um bom desem-penho? Tirando uns poucos, podería-mos dizer que ninguém, pois é fato que muito dos alunos, não querem “dar bônus aos professores”. Logicamente, diante disso tudo, só podemos reafirmar o que já havíamos dito: - isso tudo virou uma paranóia pedagógica, onde, como asnos, per-seguimos uma cenoura na vã espe-rança de alcançarmos um resultado que será, e o é, derrubado pelo índice de fluxo e novamente servirá para ajudar a denegrir a escola pública. Referência: LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar. Políticas, Estrutura e Organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

    Omar de Camargo

    [email protected] - Técnico Químico – Professor em Química. - Pós Graduado em Química.

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    “A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o

    corpo.” ( Joseph Addison )

    ------------------------------------

    “A leitura, como a comida, não alimenta senão digerida.”

    ( Marquês de Maricá )

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 10

    Políticas sociais

    EDUCAR - CULTURAonline BRASIL

    Declaração de Princípios sobre a Liberdade de

    Expressão

    REAFIRMANDO a necessidade de asse-gurar no hemisfério o respeito e a plena vigência das liberdades individuais e os direitos fundamentais dos seres humanos por meio de um estado de direito;

    CONSCIENTES de que a consolidação e o desenvolvimento da democracia depen-dem da existência de liberdade de expres-são;

    PERSUADIDOS de que o direito à liberda-de de expressão é essencial para o de-senvolvimento do conhecimento e do en-tendimento entre os povos, que conduzi-rão a uma verdadeira compreensão e coo-peração entre as nações do hemisfério;

    CONVENCIDOS de que, quando se impe-de o livre debate de idéias e opiniões, se limita a liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo democráti-co;

    CONVENCIDOS de que, garantindo o direito ao acesso a informações em poder do Estado, se consegue uma maior trans-parência nos atos do governo, asseguran-do-se as instituições democráticas;

    RECORDANDO que a liberdade de ex-pressão é um direito fundamental reco-nhecido na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e na Con-venção Americana sobre Direitos Huma-nos, na Declaração Universal de Direitos Humanos, na Resolução 59(I) da Assem-bléia Geral das Nações Unidas, na Reso-lução 104 adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), no Pacto Internacional de Di-reitos Civis e Políticos, e em outros instru-mentos internacionais e constituições na-cionais;

    RECONHECENDO que os princípios do Artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos representam o marco legal a que se encontram sujeitos os Esta-dos Membros da Organização dos Esta-dos Americanos;

    REAFIRMANDO o Artigo 13 da Conven-ção Americana sobre Direitos Humanos, que estabelece que o direito à liberdade de expressão compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias sem consideração de fronteiras e

    por qualquer meio de transmissão;

    CONSIDERANDO a importância da liber-dade de expressão para o desenvolvimen-to e a proteção dos direitos humanos, o papel fundamental que lhe atribui a Co-missão Interamericana de Direitos Huma-nos e o pleno apoio com que contou a criação da Relatoria para a Liberdade de Expressão, como instrumento fundamen-tal para a proteção deste direito no hemis-fério, na Cúpula das Américas realizada em Santiago do Chile;

    RECONHECENDO que a liberdade de imprensa é essencial para a realização do pleno e efetivo exercício da liberdade de expressão e instrumento indispensável para o funcionamento da democracia re-presentativa, mediante a qual os cidadãos exercem seu direito a receber, divulgar e buscar informação;

    REAFIRMANDO que os princípios da De-claração de Chapultepec constituem um documento básico que contempla as ga-rantias e a defesa da liberdade de expres-são, a liberdade e a independência da imprensa e o direito à informação;

    CONSIDERANDO que a liberdade de ex-pressão não é uma concessão dos Esta-dos, mas um direito fundamental;

    RECONHECENDO a necessidade de pro-teger efetivamente a liberdade de expres-são nas Américas, a Comissão Interameri-cana de Direitos Humanos, em respaldo à Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão, adota a seguinte Declaração de Princípios:

    PRINCÍPIOS

    1. A liberdade de expressão, em todas as suas formas e manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a to-das as pessoas. É, além disso, é um re-quisito indispensável para a própria exis-tência das sociedades democráticas.

    2. Toda pessoa tem o direito a buscar, receber e divulgar livremente informações e opiniões em conformidade com o que estipula o artigo 13 da Convenção Ameri-cana sobre Direitos Humanos. Todas as pessoas devem ter igualdade de oportuni-dades para receber, buscar e divulgar in-formação por qualquer meio de comunica-ção sem discriminação, por nenhum moti-vo, inclusive os de raça, cor, religião, se-xo, idioma, opiniões políticas ou de qual-quer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou

    qualquer outra condição social.

    3. Toda pessoa tem o direito a ter acesso às informações sobre si mesma ou seus bens de forma expedita e não onerosa, contidas em bancos de dados, registros públicos ou privados e, caso seja neces-sário, atualizá-las, retificá-las e/ou emen-dá-las.

    4. O acesso à informação em poder do Estado é um direito fundamental dos indi-víduos. Os Estados estão obrigados a garantir o exercício deste direito. Este princípio só admite limitações excepcio-nais, que devem ser estabelecidas com antecedência pela lei, como em casos em que exista um perigo real e iminente que ameace a segurança nacional em socie-dades democráticas.

    5. A censura prévia, interferência ou pres-são direta ou indireta sobre qualquer ex-pressão, opinião ou informação divulgada por qualquer meio de comunicação oral, escrito, artístico, visual ou eletrônico deve ser proibida por lei. As restrições na circu-lação livre de idéias e opiniões, bem como a imposição arbitrária de informações e a criação de obstáculos ao livre fluxo infor-mativo, violam o direito à liberdade de ex-pressão.

    6. Toda pessoa tem o direito a comunicar suas opiniões por qualquer meio e forma. A afiliação obrigatória a órgãos de qual-quer natureza ou a exigência de títulos para o exercício da atividade jornalística constituem uma restrição ilegítima à liber-dade de expressão. A atividade jornalísti-ca deve reger-se por condutas éticas, que em nenhum caso podem ser impostas pelos Estados.

    7. Condicionamentos prévios, como vera-cidade, oportunidade ou imparcialidade, por parte dos Estados são incompatíveis com o direito à liberdade de expressão reconhecido nos instrumentos internacio-nais.

    8. Todo comunicador social tem direito a não revelar suas fontes de informação, anotações e arquivos pessoais e profissio-nais.

    9. O assassinato, o seqüestro, a intimida-ção e a ameaça a comunicadores sociais, bem como a destruição material dos mei-os de comunicação, violam os direitos fundamentais das pessoas e restringem severamente a liberdade de expressão. É dever dos Estados prevenir e investigar esses fatos, punir seus autores e assegu-

    rar às vítimas uma reparação adequada.

    10. As leis de privacidade não devem ini-bir nem restringir a pesquisa e divulgação de informações de interesse público. A proteção à reputação deve estar garantida por meio de apenas punições civis nos casos em que a pessoa ofendida seja um funcionário público ou pessoa pública ou particular que tenha se envolvido volunta-riamente em assuntos de interesse públi-co. Nesses casos, deve provar-se que o comunicador, na divulgação das notícias, teve a intenção de infligir dano ou o pleno conhecimento de que estava divulgando notícias falsas, ou se conduziu com mani-festa negligência na busca de sua verda-de ou falsidade.

    11. Os funcionários públicos estão sujeitos a um fiscalização mais rigorosa por parte da sociedade. As leis que penalizam a expressão ofensiva dirigida a funcionários públicos, geralmente conhecidas como "leis de desacato", atentam contra a liber-dade de expressão e o direito à informa-ção.

    12. Os monopólios ou oligopólios na pro-priedade e no controle dos meios de co-municação devem estar sujeitos a leis antimonopólio, pois conspiram contra a democracia ao restringir a pluralidade e a diversidade que asseguram o pleno exer-cício do direito à informação dos cidadãos. Em nenhum caso essas leis devem ser exclusivas para os meios de comunica-ção. As concessões de rádio e televisão devem obedecer a critérios democráticos que garantam a igualdade de oportunida-des para todos os indivíduos em seu a-cesso.

    13. A utilização do poder do Estado e dos recursos da fazenda pública, a isenção de direitos aduaneiros, a entrega arbitrária e discriminatória de contas de publicidade oficial e créditos oficiais, a concessão de estações de rádio e televisão, entre outras coisas, com o objetivo de pressionar e punir ou premiar e privilegiar os comunica-dores sociais e os meios de comunicação em função de suas linhas informativas atentam contra a liberdade de expressão e devem ser expressamente proibidos pela lei. Os meios de comunicação social têm o direito de realizar seu trabalho de forma independente. Pressões diretas ou indiretas que têm como finalidade silenciar o trabalho informativo dos comunicadores sociais são incompatíveis com a liberdade de expressão. Edição: Filipe de Sousa

  • Março 2013 Gazeta Valeparaibana Página 11

    Petróleo Brasil

    www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org

    Justiça nega acusação criminal contra a petroleira

    Chevron. Isabela Vieira Rio de Janeiro - A Justiça Federal, na capital fluminense, rejeitou acusação criminal contra a petrolífera Chevron e a operadora de sondas Transoce-an, por vazamento de petróleo em 2011. O acidente ocorreu na Bacia de Campos, no norte do estado, quando 3,7 mil barris de petróleo foram derra-mados no mar.

    Por meio de nota, a Chevron disse estar satisfeita com a decisão e que permanece “comprometida em resol-ver qualquer questão remanescente que tenha relação com este inciden-te”. A petroleira afirma também que continua disposta a cooperar com as a u t o r i d a d e s b r a s i l e i r a s e “compartilhar as lições importantes que beneficiarão” a operação no Bra-sil.

    Cabe recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão. A procuradora responsável pelo caso, Gisele Porto, tem cinco dias para se manifestar sobre a decisão, que pode encerrar o caso. Ela não falou à im-prensa.

    Por causa do vazamento, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aplicou uma multa de R$ 35,1 milhões contra a Chevron no ano passado.

    Em março de 2012, MPF denunciou as empresas Chevron e Transocean e 17 funcionários, entre eles o presi-dente da Chevron no Brasil, George Buck, em ações cíveis e criminais, por crime ambiental e dano ao patri-mônio público, em decorrência do vazamento. O MPF pediu para os denunciados penas de até 31 anos de prisão. ————————————————-

    Mais do mesmo... O relator da Medida Provisória 59-2/12, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que vai negociar com de-putados e senadores a destinação de uma parcela maior da receita dos ro-yalties e participação especial do pe-tróleo para a educação.

    O deputado foi confirmado, na relato-ria da MP, que altera a destinação da

    renda petrolífera gerada pelos contra-tos de concessão e de partilha. Um dos principais pontos da MP é a destinação, para a educação, da tota-lidade dos royalties e participação especial arrecadados dos contratos de concessão assinados a partir de 3 de dezembro de 2012, data de edição da norma. O relator quer que a edu-cação também receba parte da recei-ta produzida pelos contratos assina-dos antes disso, e que estão em ple-na produção.

    "Quero discutir a possibilidade do que já está em produção, e não só petró-leo novo", afirmou Zarattini. A preocu-pação dele é gerar recursos de imedi-ato para a educação, que não são garantidos pelo texto original da MP. Nenhum contrato foi assinado pela União depois de 3 de dezembro do ano passado. Há uma rodada de lici-tação marcada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombus-tíveis (ANP) para maio, quando 172 blocos serão ofertados a empresas exploradoras. Mas até que os blocos licitados comecem a produzir e gerar receita pública, há um longo caminho.

    Demora

    As empresas vencedoras do certame terão um prazo para apresentar à ANP o programa de exploração míni-mo (PEM) da área adquirida. Se for encontrado petróleo com vazão co-mercial, o consórcio terá de imple-mentar um plano de desenvolvimen-to, quando receberá autorização para extrair petróleo e gás na área licitada. Começa, então, a fase mais comple-xa, de montagem de todos os equipa-mentos para a produção em terra ou mar, dependendo do bloco adquirido. Segundo Zarattini, a saída para que a educação receba logo recursos do petróleo é incluir as áreas que estão em plena produção. A dificuldade po-lítica será chegar a um acordo sobre o percentual do que já é arrecadado que irá para o setor. "Precisamos a-valiar qual vai ser aquele ponto que se considera ótimo de recursos para a educação", declarou.

    Vetos

    O relator adiantou que só vai come-çar a trabalhar no texto da MP depois que houver a votação do Congresso sobre os vetos à lei que redefiniu a distribuição de royalties entre os esta-dos (12.734/12). A lei foi aprovada por ampla maioria do Congresso no ano passado, mas teve parte vetada pela presidente da República, Dilma Rousseff. O veto principal recaiu so-bre os dispositivos que autorizavam a distribuição, entre todos os estados e municípios, produtores ou não, da renda petrolífera arrecadada das á-

    reas de concessão em alto-mar, lici-tadas ou não. Desde 1997, quando o Congresso aprovou a Lei do Petróleo (9.478/97), os royalties e a participação especial estavam concentrados nos estados e municípios produtores (basicamente Rio de Janeiro e Espírito Santo). A MP 592/12 foi editada para substituir a parte vetada, restabelecendo o di-reito de fluminenses e capixabas de receberam a receita dos contratos de concessão já firmados. Se os vetos presidenciais forem derrubados, o relator terá de mexer no texto da me-dida provisória, para excluir a parte revogada.

    Liminar

    A votação dos vetos só não ocorreu por causa do imbróglio jurídico que começou no final do ano passado, quando o ministro Luiz Fux, do Su-premo Tribunal Federal (STF), deter-min