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neuza-teixeira
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poema
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é o teu, lânguida virgem,Ideal dos meus amores?
Que imaginas nos sonhos
dessas noites
Tão cheias de fulgores?
Que mistério procuras no
ocidente
Ao desmaiar do dia?
Ou que visão esperas, quando a
aurora
Com rosas se anuncia?
Que oculto sentimento
reprimido
Te faz ansiar o seio?
Que íntima dor, que
pensamento acerbo?
Que indefinido enleio?
Olha, se o coração te pede
amores,
Virgem, não chores, canta,Para ti é que são as flores da vidaE a luz que nos encanta.
Tu, sim, podes amar; nas sacras
aras
Dessa chama inquieta,
Ateia o sacro fogo com que
inflamas
O coração do poeta.
Tu sim, podes amar; mas eu...
se ao ver-te
Interrogo o futuro,
Uma voz me murmura: «Adora,
mártir,Adora, e morre obscuro».
M!
Enfim! enfim! encontrei-te.
Luz há tanto suspirada!
Raiaste, aurora fadada
De um longo dia de amor!
Resplandece,
Sol brilhante
Da primavera da vida!
Surge, surge, estrela querida,
Que tão grato é teu fulgor!
Se soubesses como ansioso
Aguardava este momento,
Que há tanto no pensamentoMe aprazia em conceber!
M!