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República de Angola MINISTÉRIO DO AMBIENTE PROJECTO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE – CONSERVAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DE IONA PLANO ESTRATÉGICO PARA O SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS DE ANGOLA Relatório Preliminar (Novembro de 2017)

E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

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República de Angola

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

PROJECTO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE – CONSERVAÇÃO DO PARQUE

NACIONAL DE IONA

PLANO ESTRATÉGICO PARA O SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS DE ANGOLA

Relatório Preliminar

(Novembro de 2017)

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Ficha Técnica:

Título do Documento: Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola.

Cliente: Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC) do

Ministério do Ambiente (MINAMB).

Financiadores: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), União

Europeia (UE) e Fundo Global para o Ambiente (GEF).

Consultores:

Data: Novembro de 2017.

Sugestão de Citação:

Ministério do Ambiente. 2017. Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de

Angola (PESAP). Luanda, Angola.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Índice

Sumário Executivo.............................................................................................................................v

1. Enquadramento e Aspectos Gerais...........................................................................................1

1.1. Introdução.........................................................................................................................1

1.2. Objectivos do Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas (PESAP)..................3

1.3. Horizonte Temporal...........................................................................................................4

1.4. Princípios Estratégicos e de Gestão de Áreas de Conservação..........................................5

1.5. Directrizes do PESAP..........................................................................................................6

2. Enquadramento Institucional e Legal........................................................................................7

2.1. Instituições Nacionais........................................................................................................7

2.2. Legislação Nacional............................................................................................................8

2.2.1. Áreas de Conservação Terrestres..........................................................................12

2.2.2. Áreas Marinhas Protegidas...................................................................................16

2.2.3. Zonas Húmidas de Importância Nacional..............................................................22

2.2.4. Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC)..................23

2.3. Legislação Internacional..................................................................................................24

2.4. Principais Lacunas............................................................................................................25

3. Caracterização da Área de Intervenção...................................................................................30

3.1. Área de intervenção – delimitação..................................................................................30

3.2. Enquadramento jurídico-administrativo..........................................................................30

3.3. Quadro de Referência Estratégico...................................................................................31

3.4. Análise SWOT Institucional do INBAC..............................................................................32

3.4.1. Identificação de forças motrizes............................................................................35

3.4.2. Análise das oportunidades e ameaças...................................................................38

3.5. Caracterização Sumária da Área de Intervenção.............................................................39

3.5.1. Aspectos socioeconómicos...................................................................................39

3.5.2. Aspectos biofísicos...............................................................................................43

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

4. Proposta de Novas Áreas de conservação...............................................................................48

5. Estratégia de Intervenção........................................................................................................53

5.1. Visão Estratégica..............................................................................................................53

5.2. Objectivos Específicos por Eixos Estratégicos..................................................................53

5.2.1. Planeamento e Gestão.........................................................................................54

5.2.2. Governança e Participação...................................................................................54

5.2.3. Capacidade Institucional.......................................................................................55

5.2.4. Avaliação e Monitorização....................................................................................56

6. Implementação do Plano Estratégico (Plano de Acção)..........................................................58

6.1. Matriz de Projectos/Actores Intervenientes....................................................................58

6.2. Caracterização dos Projectos...........................................................................................66

7. Investimento e Financiamento das Intervenções (Plano Orçamental e Operacional).............68

7.1. Estimativa de Investimento - Quadro de Despesas a Médio Prazo (QDMP)....................68

7.2. Financiamento da Intervenção........................................................................................69

7.2.1. Investimento Público............................................................................................70

7.2.2. Instrumentos Económicos.....................................................................................70

7.2.3. Proposta de Orçamento........................................................................................73

8. Considerações Finais...............................................................................................................79

9. Bibliografia..............................................................................................................................80

10. Anexo 1 – Fichas de Projectos...............................................................................................1

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Lista de Tabelas

Tabela 1: Instituições com responsabilidades na gestão da biodiversidade........................................7

Tabela 2: Legislação de suporte à protecção ambiental em Angola....................................................9

Tabela 3: Categorias de áreas protegidas em Angola........................................................................12

Tabela 4: Criação e estatutos das actuais áreas protegidas em Angola.............................................15

Tabela 5: Categorias de áreas de protecção aquáticas.......................................................................18

Tabela 6: Zonas húmidas de Angola de importância internacional...................................................22

Tabela 7: Acordos multilaterais com interesse para a gestão de áreas protegidas............................24

Tabela 8: Categorias de áreas protegidas da UICN...........................................................................26

Tabela 9: Oportunidades e constrangimentos (adaptado de MINUA 2006a)...................................33

Tabela 10: Análise SWOT do INBAC (pontos fortes e pontos fracos).............................................35

Tabela 11: Análise SWOT do INBAC (oportunidades e ameaças)...................................................38

Tabela 12: Resumo dos aspectos socioeconómicos das áreas protegidas.........................................40

Tabela 13: Resumo dos aspectos biofísicos das áreas protegidas.....................................................43

Tabela 14: Propostas para a criação de novas áreas protegidas terrestres (adaptado de Huntley 2010b)................................................................................................................................................48

Tabela 15: Propostas para a criação de áreas marinhas protegidas (adaptado de INIP, 2005).........50

Tabela 16: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Planeamento e Gestão................................................................................................................................................54

Tabela 17: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Governança e Participação......................................................................................................................................55

Tabela 18: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Capacidade Institucional.......................................................................................................................................55

Tabela 19: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Avaliação e Monitorização....................................................................................................................................56

Tabela 20: Matriz de Projectos, por Objectivos Gerais, Específicos e Eixos Estratégicos...............59

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Abreviaturas

AIEB Áreas marinhas de Importância Ecológica ou Biológica

AMP Áreas Marinhas Protegidas

BCC Comissão da Corrente de Benguela

BCLME Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela

DNB Direcção Nacional da Biodiversidade

DNPPRP Direcção Nacional de Pescas e Protecção dos Recursos Pesqueiros

EBSA Ecologically or Biologically Significant Areas (ver AIEB)

EIA Estudo de Impacte Ambiental

EAF Aproximação de Ecossistemas às Pescas

ESI Índice de Sensibilidade Ambiental

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura

GCLME Grande Ecossistema Marinho da Guiné

GIZC Gestão Integrada da Zona Costeira

IDF Instituto de Desenvolvimento Florestal

INBAC Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação

INIP Instituto Nacional de Investigação Pesqueira

LBA Lei de Bases do Ambiente

LRBA Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos

MINAGRI Ministério da Agricultura

MINAMB Ministério do Ambiente

MINPESCAS Ministério das Pescas

NBSAP Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade

OGE Orçamento Geral do Estado

OMI Organização Marítima Internacional

PESAP Plano Estratégico para o Sistema das Áreas Protegidas

PNGA Plano Nacional de Gestão Ambiental

REGA Relatório do Estado Geral do Ambiente

UICN União Mundial para a Conservação da Natureza

ZCS Zona Costeiras Sensíveis

ZEE Zona Económica Exclusiva

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Sumário Executivo

[conteúdo: Síntese dos principais conteúdos estratégicos e programáticos do

plano – 2 páginas]

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

1. Enquadramento e Aspectos Gerais

As áreas protegidas (ou áreas de conservação) representam um importante recurso para a

conservação da diversidade biológica e fornecem serviços ambientais essenciais para a

vida humana e para o equilíbrio dos recursos naturais de Angola, podendo estes serem

directos (alimentos) ou indirectos (ciclo de nutrientes ou filtração das águas); e tangíveis

(matérias-primas) ou intangíveis (papel estético da paisagem). Por outro lado, a

biodiversidade nas áreas de conservação apresenta um valor económico que pode

beneficiar as populações locais assim como o Estado, através do provimento de serviços

medicinais, florestas, recursos marinhos, solos aráveis, entre outros.

Este documento visa definir passos que permitam estabelecer e gerir eficazmente uma rede

de áreas de conservação, actuais e futuras, de modo a conservar amostras representativas

da biodiversidade única de Angola a nível global.

1.1. Introdução

Os recursos biológicos são uma importante base para o desenvolvimento do país e para a

diversificação da economia porquanto podem servir de suporte para o desenvolvimento de

actividades agrícolas, económicas e turísticas. Por outro lado, estes recursos têm sido uma

indispensável fonte para o sustento de todos os Angolanos devido aos seus múltiplos

serviços nomeadamente enquanto fontes de alimento, como material de construção, para a

medicina tradicional, para a melhoria da agricultura e consequentemente para o bem-estar

das populações.

O uso dos recursos biológicos de forma sustentável e com base nos pressupostos

apresentados neste Plano Estratégico, garante que os benefícios dos recursos biológicos

sejam também direccionadas para a conservação da riqueza biológica de Angola,

reconhecendo o seu potencial turístico e científico.

Este Plano Estratégico reconhece a biodiversidade como sendo indispensável para a

garantia da integridade cultural e a sobrevivência das gerações presentes e futuras. As suas

acções jogam um papel fundamental no desenvolvimento do País, nas acções de

erradicação da pobreza e no contributo para as medidas contidas no Plano Nacional de

Desenvolvimento.

1

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

A Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP) aprovada em

20061 a considera importante a criação de um instituto de conservação da biodiversidade

para que se possa assegurar a execução da política de conservação da natureza e a gestão

da rede nacional de áreas de protecção ambiental.

Esta estratégia foi desenvolvida no cumprimento das obrigações a nível nacional da

Convenção sobre a Diversidade Biológica, da qual Angola é Parte integrante,

nomeadamente:

(i) a conservação da diversidade biológica;

(ii) o uso da diversidade biológica de forma sustentável;

(iii) a partilha dos benefícios da diversidade biológica de maneira justa e

equitativa.

Na sequência das alterações institucionais ao abrigo da alteração do estatuto orgânico do

Ministério do Ambiente de 20102, foi posteriormente criada, em 2011, uma instituição com

autonomia administrativa, financeira e patrimonial para assegurar a execução da política de

conservação da biodiversidade e da gestão da rede nacional de áreas de conservação. Ao

abrigo do Decreto Presidencial n.º 10/11 de 7 de Janeiro foi criado Instituto Nacional de

Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC).

Desde a sua criação, o INBAC tem vindo a propor reformas no sector incluindo a definição

de documentos estratégicos que permitam no futuro alcançar os objectivos para o qual o

mesmo foi criado. Neste contexto e com base nas recomendações e informações da

proposta de Plano Estratégico de Expansão da Rede de Áreas de Conservação de Angola

foi elaborado este documento que se encontra também assente na necessidade de se

conseguir uma rede nacional de conservação da biodiversidade que, sendo custo-eficaz,

conduza à estabilidade ecológica, à resiliência às alterações climáticas e ao bem-estar das

comunidades.

O Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP) tem 1 Aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 42/06 de 26 de Julho de 2006 que propunha a criação do Instituto Nacional de Conservação da Natureza (INCN).2 Aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 201/10 de 13 de Setembro.

2

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

igualmente em conta o Artigo 14º da Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 5/98 de 19 de

Junho) sobre as Áreas de Protecção Ambiental, enquanto zonas de protecção e preservação

dos componentes ambientais, bem como a manutenção e melhoria de ecossistemas de

reconhecido valor ecológico e socioeconómico, enquanto rede de áreas de protecção

ambiental.

A elaboração do PESAP considera as recomendações da Política Nacional de Floresta,

Fauna e Áreas de Conservação3 nomeadamente a necessidade de reclassificação e

reabilitação das áreas de conservação existentes, propondo a criação de outras, para

incluírem ecossistemas, habitats e espécies importantes e de elevado valor biológico e

cultural que ainda não estejam devidamente protegidos.

As recomendações constantes do Relatório do Estado Geral do Ambiente (MINUA 2006b)

que considera ainda ser importante a protecção de determinadas áreas devido à sua beleza

natural. Neste contexto, o presente plano apresenta um conjunto de propostas consensuais

para a criação de novas áreas de conservação, tanto a nível terrestre como marinho.

Neste documento, os termos “áreas protegidas”, “áreas de conservação” e “áreas de

protecção ambiental” são usados com o mesmo significado e devem ser compreendidos

como “espaços bem e representativos de biomas ou ecossistemas que interessa preservar,

onde não são permitidas actividades de exploração dos recursos naturais, salvo, em

algumas delas, a utilização para turismo ecológico, educação ambiental e investigação

científica”.4

1.2. Objectivos do Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas (PESAP)

Constituem objectivos do PESAP os seguintes:

Definir um plano orientador de expansão a longo prazo do sistema de áreas de

conservação em Angola de forma a materializar uma rede nacional de

conservação da biodiversidade que conduza à estabilidade ecológica, à resiliência

às alterações climáticas e ao bem-estar das comunidades;

Clarificar o papel das áreas de conservação na protecção das espécies e

3 Aprovada pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 1/10 de 14 de Janeiro.4 Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 5/98 de 19 de Junho).

3

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

diversificação da economia promovendo uma gestão eficiente e sustentável dos

recursos naturais;

Delinear os passos de expansão e consolidação do Sistema de Áreas Protegidas

que permita uma distribuição mais eficiente e eficaz dos escassos recursos

existentes com vista a assegurar a gestão da biodiversidade de Angola;

Definir mecanismos que permitam a materialização do princípio da participação

possibilitando à sociedade civil, comunidades locais e tradicionais e organizações

não-governamentais participarem nos processos de identificação, criação e gestão

das áreas de conservação; e

Assegurar a existência de condições que permitam que as áreas de conservação

sejam geridas de maneira eficaz de modo a que possam dar resposta aos

objectivos da sua criação.

1.3. Horizonte Temporal

Este Plano tem um horizonte temporal inicial de dez anos, a decorrer entre 2017 e 2026

com uma revisão geral do mesmo após cinco anos. O horizonte temporal está alinhado com

os instrumentos jurídicos relacionados com a preservação da biodiversidade em Angola

assim como com as suas políticas de desenvolvimento. Este horizonte temporal permite

igualmente que haja tempo suficiente para materialização dos objectivos do PESAP, que,

pela sua natureza, têm uma duração prolongada.

O horizonte temporal do PESAP está dividido em duas fases, designadamente:

A Fase 1 (2017 a 2021) deverá incidir na aplicação de medidas urgentes que

incluem a captação de fundos, capacitação de quadros, clarificação do papel do

sistema de áreas de conservação, proposta de novas áreas de conservação e

fortalecimento do INBAC.

A Fase 2 (2021 a 2026) deverá incidir na consolidação das áreas de conservação

existentes, no lançamento de novas áreas de protecção ambiental e consolidação

do Sistema Nacional de Áreas Protegidas.

1.4. Princípios Estratégicos e de Gestão de Áreas de Conservação

Os princípios estratégicos e de gestão de áreas de conservação em Angola constituem os

alicerces para o sucesso do PESAP. Estes foram definidos para permitir um sistema

4

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

nacional de áreas de conservação que seja abrangente do ponto de vista de

representatividade da biodiversidade, consubstanciado numa gestão sustentável dos

recursos naturais.

Os princípios estratégicos são pautados pelos princípios constitucionais relevantes e

incluem os princípios específicos definidos na Lei de Bases do Ambiente e em demais

legislação ambiental em vigor em Angola. De uma forma geral, na implementação do

PESAP devem ser observados os seguintes princípios:

Da conservação da diversidade biológica nos seus diversos níveis;

Da cooperação institucional;

Da gestão integrada dos recursos naturais;

Da harmonização com as políticas públicas de ordenamento do território e

desenvolvimento regional sustentável;

Da participação de todos os interessados;

Da prevenção e da precaução;

Da realização dos direitos, liberdades e garantias fundamentais;

Da responsabilização;

Da segurança jurídica;

Da valorização dos recursos florestais e faunísticos e da diversidade biológica e

do utilizador pagador;

Do aproveitamento útil e efectivo dos recursos sob concessão e da capacidade

adequada;

Do desenvolvimento sustentável;

Do ordenamento do território;

Do poluidor pagador;

Do reconhecimento das áreas de conservação como um dos instrumentos

eficazes para a gestão da diversidade biológica;

Do respeito pelas especificidades e restrições das categorias de áreas de

conservação conforme estabelecido na legislação;

Do respeito pelos direitos de propriedade intelectual e pelos conhecimentos

tradicionais relacionados com os recursos biológicos terrestres;

Do uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos.

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1.5. Directrizes do PESAP

Concorrem ainda para a implementação do PESAP determinadas directrizes que permitem

balizar o âmbito deste documento e das acções nele preconizadas. Estas directrizes estão

relacionadas com:

A inclusão de biomas e as áreas prioritárias para a conservação ainda não

representativas nas áreas de conservação existentes assegurando desta forma a

representatividade da biodiversidade em Angola;

O desenvolvimento de um sistema de áreas de conservação que seja

representativo de áreas costeiras e marinhas, sendo estas criadas e geridas

visando compatibilizar a conservação da diversidade biológica com a gestão dos

recursos pesqueiros;

A elaboração de planos de gestão das áreas de conservação de acordo com a

especificidade de cada uma tendo em conta um sistema de boas práticas na

gestão sustentável dos recursos naturais;

O incentivo ao envolvimento e formação de diferentes indivíduos no processo de

criação e gestão das áreas de conservação, garantindo o respeito ao

conhecimento e direitos das comunidades no entorno das áreas de conservação;

A consideração do Plano de Criação de Áreas de Conservação (perspectivas do

PLENARCA) nas políticas de ordenamento de território e de desenvolvimento

do país;

A avaliação contínua dos impactos, efeitos e resultados do PESAP incluindo a

sua actualização contínua aos seus objectivos e projectos que venham a ser

desenvolvidos nas áreas de conservação.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

2. Enquadramento Institucional e Legal

Esta secção apresenta de forma breve o enquadramento institucional das instituições do

Estado com responsabilidades na gestão da biodiversidade e áreas de conservação.

Também inclui um resumo a legislação ambiental nacional e internacional válida e

reconhecida em Angola, reconhecendo que esta área está em constante evolução e portanto

a análise da legislação ambiental aplicável não deve ser limitada ao descrito neste plano.

Nela é dado destaque à legislação relevante relacionada com áreas de conservação assim

como com a conservação da biodiversidade e com a gestão sustentável dos recursos

naturais. Tendo em conta a natureza deste documento são apresentadas de forma separada

as informações sobre as áreas de conservação terrestres e marinhas, existentes e propostas.

2.1. Instituições Nacionais

O departamento ministerial com atribuições directas para a gestão das áreas de

conservação e biodiversidade é o Ministério do Ambiente. Contudo, fruto da

transversalidade das questões relacionadas com a biodiversidade dentro e fora das áreas de

conservação, em zonas terrestres e no ambiente marinho e tendo em conta o seu usufruto,

existem um conjunto de instituições cujas acções concorrem para uma gestão sustentável

da biodiversidade. A Tabela 1 apresenta um resumo das principais organizações com

relevância para a implementação do PESAP.

Tabela 1: Instituições com responsabilidades na gestão da biodiversidade.

Instituição Resumo das Atribuições

Ministério do

Ambiente

Este órgão foi reestruturado ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 85/14, de 24 de

Abril. O Ministério do Ambiente é o departamento ministerial que tem por missão

propor a formulação, conduzir, executar e controlar a política relativa ao ambiente

numa perspectiva de protecção, preservação e conservação da qualidade ambiental,

controlo da poluição, áreas de conservação e valorização do património natural, bem

como a preservação e uso racional dos recursos naturais. No domínio da

biodiversidade, as suas acções são maioritariamente desenvolvidas pela Direcção

Nacional da Biodiversidade e pelo Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de

Conservação (INBAC).

Ministério da

Agricultura

Este Ministério foi reestruturado através do Decreto Presidencial n.º 100/14 de 9 de

Maio. O Ministério da Agricultura (MINAGRI) é o departamento ministerial que tem

por missão propor a formulação, conduzir, executar e controlar a política do Executivo

nos domínios da agricultura, da gestão sustentável dos recursos florestais e

7

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Instituição Resumo das Atribuições

faunísticos, numa perspectiva de desenvolvimento sustentado. O Instituto de

Desenvolvimento Florestal é o órgão no MINAGRI responsável pelas políticas

traçadas no domínio florestal, faunístico, rural e de desenvolvimento de transferência

tecnológica.

Ministério das

Pescas

O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de

Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração, execução, supervisão

e controlo da política de gestão e ordenamento dos recursos biológicos aquáticos e das

actividades de pesca e da aquicultura em Angola. A Direcção Nacional de Pescas e

Protecção dos Recursos Pesqueiros é responsável pela gestão das Áreas Marinhas

Protegidas e deve colaborar com os organismos competentes na gestão das águas

continentais protegidas e parques marinhos.

Ministério da

Hotelaria e

Turismo

Este Ministério foi reestruturado ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 144/13, de 30

de Setembro. O Ministério da Hotelaria e Turismo é o departamento ministerial que

tem por missão propor a formulação e a condução, fiscalização, avaliação e execução

da política do Executivo no domínio da hotelaria e turismo e de condução das

estratégias, dos programas e projectos prioritários em termos de desenvolvimento da

prática do turismo. O Instituo de Fomento de Turístico de Angola (INFOTUR) tem

como objecto fomentar o turismo interno, promover a imagem do País a nível nacional

e internacional como marca e destino turístico.

Ministério da

Administração

do Território

Este Ministério foi reestruturado ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 3/14, de 3 de

Janeiro. O Ministério da Administração do Território (MAT) é o departamento

ministerial que tem por missão formular, coordenar, executar e avaliar a política do

Executivo relativa à Administração Local do Estado, Administração Autárquica,

organização e gestão territorial, autoridades e comunidades tradicionais.

Governos

Provinciais

Cabe aos governo provinciais promover a orientação do desenvolvimento

socioeconómico com base nos princípios e opções estratégicas definidas pelo Governo

Central, bem como assegurar a prestação dos serviços públicos das respectivas áreas

geográficas. As principais competências incluem, entre outras, as seguintes promover

medidas tendentes à defesa e preservação do ambiente.

2.2. Legislação Nacional

A legislação de suporte à protecção ambiental em Angola é diversificada e abrange

diferentes sectores, tais como a flora terrestre, fauna terrestre, recursos genéticos, áreas de

protecção terrestre, biossegurança, controlo de poluição e legislação geral onde se incluem

a Constituição da República e a Lei de Bases do Ambiente. A responsabilidade de

protecção da biodiversidade está prevista no Artigo 13 da Lei de Bases do Ambiente (Lei

n.º 5/98 de 19 de Junho), indicando recair sobre o Governo a tomada de medidas

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

adequadas para a:

a) protecção especial das espécies vegetais ameaçadas de extinção ou dos

exemplares botânicos isolados ou em grupo que, pelo seu potencial genético,

porte, idade, raridade, valor científico e cultural, o exijam;

b) manutenção e regeneração de espécies animais, recuperação de habitats

danificados, controlando em especial as actividades ou o uso de substâncias

susceptíveis de prejudicar as espécies da fauna e os seus habitats.

Esta mesma lei, no seu Artigo 14º, indica que o Governo estabelece uma rede de áreas de

protecção ambiental a “fim de assegurar a protecção e preservação dos componentes

ambientais, bem como a manutenção e melhoria de ecossistemas de reconhecido valor

ecológico e socioeconómico”, sendo que as áreas de conservação podem incluir áreas

marítimas.

A Tabela 2 apresenta a principal legislação relevante para o PESAP.

Tabela 2: Legislação de suporte à protecção ambiental em Angola.

Legislação Data de Publicação

Âmbito: Geral

Constitucional da República de Angola Lei de 5 de Fevereiro de 2010

Lei de Bases do Ambiente Lei n.º 5/98 de 19 de Junho

Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo Lei n.º 3/04 de 25 de Junho

Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos Lei n.º 6-A/04 de 8 de Outubro

Lei das Associações de Defesa do Ambiente Lei n.º 3/06 de 18 de Janeiro

Lei de Defesa do Consumidor Lei n.º 15/03 de 22 de Julho

Decreto sobre a Avaliação de Impacte Ambiental Decreto n.º 51/04 de 23 de Julho

Decreto sobre Licenciamento Ambiental Decreto n.º 59/07 de 13 de Julho

Lei das Transgressões Administrativas Lei n.º 12/11 de 16 de Fevereiro

Âmbito: Flora Terrestre

Regulamento sobre a Protecção do Solo, Flora e Fauna* Decreto n.º 40.040 de 20 de Janeiro de

1955

Regulamento Florestal* Decreto n.º 44.531 de 21 de Agosto de

1962

Estatuto das Estradas Nacionais Decreto n.º 77/91 de 13 de Dezembro

Determina que o abate ilegal de árvores e o trânsito ilegal de Decreto Executivo Conjunto n.º 26/99 de

9

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Legislação Data de Publicação

produtos florestais serão passíveis de multas 27 de Janeiro

Actualiza o Regulamento Florestal aprovado pelo Decreto

n.º 44.531*

Despacho n.º 149/00 de 7 de Julho

Certificado da Convenção sobre o Comércio Internacional

de Espécies da Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de

Extinção (CITES)

Decreto Executivo n.º 433/16 de 26 de

Outubro

Âmbito: Fauna Terrestre

Regulamento sobre a Protecção do Solo, Flora e Fauna* Decreto n.º 40.040, 1ª Série de 9 de Janeiro

de 1955

Regulamento de Caça* Diploma Legislativo n.º 2.873 de 11 de

Dezembro de 1957

Proibição do abate, em território nacional, das espécies

protegidas da fauna e da flora selvagens, com vista a conter

a caça furtiva e o tráfico de objectos valiosos

Decreto Executivo n.º 469/15 de 13 de

Julho

Estabelece os emolumentos e taxas a cobrar pela exploração

de produtos florestais lenhosos e não lenhosos

Decreto Executivo Conjunto n.º 200/16 de

26 de Abril

Estabelece os valores a cobrar na emissão de licenças de

caça e das taxas de indemnização no abate dos animais cuja

caça é proibida

Decreto Executivo Conjunto n.º 201/16 de

26 de Abril

Lei de Bases de Florestas e Fauna Selvagem que estabelece

as normas que visam garantir a conservação e o uso racional

e sustentável das florestas e da fauna selvagem existentes no

território nacional e, ainda, as bases gerais do exercício de

actividades com elas relacionadas

Lei n.º 6/17 de 24 de Janeiro

Lei n.º 6/17 de 24 de Janeiro

Âmbito: Recursos Genéticos

Aprovação, para ratificação, do Tratado Internacional sobre

os Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a

Agricultura

Resolução n.º 14/06 de 17 de Março

Determina que as colecções e exportação de recursos

fitogenéticos só poderão ser feitas quer por cidadãos

nacionais ou estrangeiros, após autorização do Comité

Nacional dos Recursos Fitogenéticos

Despacho n.º 59/96 de 14 de Junho

Aprovação para adesão da República de Angola, do

Protocolo de Nagoya sobre o Acesso aos Recursos e a

Partilha Justa e Equitativa dos Benefícios Decorrentes da

sua Utilização

Resolução n.º 35/16 de 2 de Agosto

Âmbito: Áreas de Protecção Terrestre

Regulamento sobre a Protecção do Solo, Flora e Fauna* Decreto n.º 40.040, 1ª Série de 9 de Janeiro

10

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Legislação Data de Publicação

de 1955

Regulamento dos Parques Nacionais* Portaria n.º 10.375 de 15 de Outubro de

1958

Regulamento Florestal* Decreto n.º 44.531 de 21 de Agosto de

1962

Lei de Terras Lei n.º 9/04 de 9 de Novembro

Lei de Águas Lei n.º 6/02 de 21 de Junho

Âmbito: Biossegurança

Regulamento sobre a Protecção do Solo, Flora e Fauna Decreto n.º 40.040, 1ª Série de 9 de Janeiro

de 1955

Regulamento de Caça Diploma Legislativo n.º 2.873 de 11 de

Dezembro de 1957

Sobre a proibição de importação de sementes ou grãos

transgénicos geneticamente modificados

Decreto n.º 92/04 de 14 de Dezembro

Estabelece as condições fundamentais para a obtenção de

Licença para a Importação de Sementes

Despacho n.º 12/U/97 de 2 de Abril

Lei de Bases do Desenvolvimento Agrário Lei n.º 15/05 de 7 de Dezembro

Âmbito: Controlo de Poluição

Lei de Águas Lei n.º 6/02 de 21 de Junho

Lei das Actividades Petrolíferas Lei n.º 10/04 de 12 de Novembro

Código Mineiro Lei n.º 31/11 de 23 de Setembro

Protecção do Ambiente no decurso das Actividades

Petrolíferas

Decreto n.º 39/00 de 10 de Outubro

Regulamento dos procedimentos sobre a Gestão, Remoção e

Depósito de Desperdícios na Actividade Petrolífera

Decreto Executivo n.º 8/05 de 5 de Janeiro

Regulamento sobre os procedimentos de notificação da

ocorrência de Derrames na Actividade Petrolífera

Decreto Executivo n.º 11/05 de 12 de

Janeiro

Regulamento sobre a Gestão de Descargas Operacionais no

decurso das Actividades Petrolíferas

Decreto Executivo n.º 12/05 de 12 de

Janeiro

Lei sobre o Regulamento Sanitário Lei n.º 5/87 de 23 de Fevereiro

Nota: * Estes regulamentos foram recentemente revogados pela Lei n.º 6/17 de 24 de Janeiro (Lei de Bases de Florestas e

Fauna Selvagem) com excepção da componente de áreas de conservação.

A legislação apresentada na Tabela 1 não pretende ser exaustiva e está em constante

alteração com a aprovação de novos diplomas aplicáveis à gestão da biodiversidade. Nas

secções seguintes são apresentados detalhes sobre a componente legal e administrativa

11

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relacionada com a criação e gestão de áreas de conservação, nomeadamente as terrestres e

as marinhas.

2.2.1. Áreas de Conservação Terrestres

A rede de áreas de conservação de Angola foi estabelecida nos anos 30 do século passado,

na sequência da Convenção de Londres de 1933, altura em que os governos coloniais se

reuniram para discutir formas de proteger a riquíssima fauna bravia das suas colónias

africanas. O estabelecimento de diferentes áreas de conservação foi inicialmente

mencionado em Angola num Regulamento, em 1936.

A consciência internacional do valor dos ecossistemas sensíveis e da biodiversidade e a

crescente valorização da dimensão ambiental na consolidação de um desenvolvimento

sustentável, assenta nos vários encontros internacionais que se desenvolveram desde os

anos 50. Ao longo dos anos vários encontros foram realizados para a definição de medidas

de protecção das áreas de conservação. A primeira área protegida estabelecida no país, em

1937, foi o então Parque Nacional de Caça do Iona.

Em Angola, as áreas de conservação foram, na sua maioria, estabelecidas em regiões

remotas na altura consideradas de limitado valor económico. Era intenção que estas áreas

servissem para proteger a fauna do território, proporcionado ao mesmo tempo

oportunidades de turismo e caça à minoria privilegiada da administração colonial. Assim,

para muitos Angolanos as áreas de conservação tornaram-se símbolos de privilégio e

opressão.

Alguns dos estatutos de conservação da natureza e de áreas de conservação estabelecidos

antes da independência de Angola foram revogados pelo Decreto n.º 43/77 de 5 de Maio.

Este aprovou a estrutura do Ministério da Agricultura e definiu cinco diferentes categorias

para áreas de conservação. O decreto define assim as categorias conforme apresentado na

Tabela 3.

Tabela 3: Categorias de áreas de conservação em Angola.

Categoria Descrição

Parque Nacional Área reservada para protecção, conservação e propagação da fauna e flora

indígenas, para benefício e lazer do público.

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Categoria Descrição

Reserva Natural Integral Área para protecção total da flora e fauna selvagem.

Reserva Parcial Área com proibição de caça, abate ou captura de animais ou de colheita de

plantas; excepto para fins de gestão específica autorizada.

Parque Natural Regional Área para protecção e conservação da natureza, em que a caça, pesca ou a

colheita/destruição de animais selvagens e a realização de actividades

industrial, comercial ou agrícolas são proibidas ou colocadas sob os limites.

Reserva Especial Área onde o abate de certas espécies, das quais a conservação não pode ser

garantida de qualquer outro modo, está proibida.

Esta categorização não acarretava ainda as variáveis como uso das comunidades dos

recursos naturais, conservação de locais históricos ou monumentos. Estes aspectos não

eram ainda tidos em consideração na altura pois havia uma percepção restrita do conceito

de conservação da natureza que foi apenas alargado na década de 90 com a divulgação do

conceito de gestão da biodiversidade.

De acordo com a Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 5/98 de 5 de Junho) Áreas de

Protecção Ambiental “são espaços bem definidos e representativos de biomas ou

ecossistemas que interessa preservar, onde não são permitidas actividades de exploração

dos recursos naturais, salvo, em algumas delas, a utilização para turismo ecológico,

educação ambiental e investigação científica. As áreas de protecção ambiental podem ter

várias classificações de acordo com o seu âmbito e objectivo”.

Na Resolução n.º 1/10 de 14 de Janeiro estas categorias ainda são usadas tendo sido

adicionada a figura das coutadas5 que podem ser públicas (se forem administradas por

pessoas colectivas públicas), privadas (se estiverem sob concessão a pessoas singulares ou

a pessoas colectivas privadas ou cooperativas) e comunitárias (se forem administradas por

comunidades rurais titulares do domínio útil consuetudinário).

Aquando desta resolução consideravam-se em Angola 13 áreas de conservação

estabelecidas por diplomas legislativos próprios e que totalizavam cerca de 6,6% da

5 As coutadas são áreas delimitadas e criadas em terrenos rurais do domínio público ou terrenos comunitários, para garantir a exploração racional de um fluxo de produtos faunísticos e serviços necessários para satisfazer as necessidades das populações, mediante actividades de turismo, em especial o turismo cinegético ou de caça limitada às pessoas singulares que obtenham autorização do titular do direito de exploração de coutada para caça, nos termos da respectiva licença de caça e do plano de exploração faunística elaborado e aprovado para o efeito (Artigo 125º da Lei de Bases das Florestas e Fauna Selvagem).

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superfície do País (82.832 km2). Existiam assim seis parques nacionais (4%), quatro

reservas parciais (2,2%), duas reservas naturais integrais e um parque natural regional

(0,4%). Foram criadas também cinco coutadas públicas e uma privada que ocupavam o

equivalente a 7,51% da superfície total de Angola.

Em 2011, a Lei n.º 38/11 de 29 de Dezembro criou três áreas de conservação,

nomeadamente os Parques de Luengue-Luiana e Mavinga (no Cuando Cubango) e

Mayombe (em Cabinda) sendo este o último instrumento legal relativo ao estabelecimento

de novas áreas de conservação em Angola. Deste modo, a superfície do território nacional

coberto de áreas de conservação passou de 6,6% para cerca de 12,98%6. Para tal

contribuem as seguintes áreas de conservação:

9 Parques Nacionais

o Parque Nacional da Cameia na província do Moxico

o Parque Nacional da Cangandala na província de Malanje

o Parque Nacional da Mupa na província do Cunene

o Parque Nacional da Quiçama na província de Luanda

o Parque Nacional de Luengue-Luiana na província do Cuando Cubango

o Parque Nacional de Mavinga na província do Cuando Cubango

o Parque Nacional do Bicuar na província da Huíla

o Parque Nacional do Iona na província do Namibe

o Parque Nacional do Mayombe na província de Cabinda

1 Parque Regional

o Parque Natural Regional da Chimalavera na província de Benguela

4 Reservas7

o Reserva Natural Integral do Luando na província de Malanje

o Reserva Natural Integral do Ilhéu dos Pássaros na província de Luanda

o Reserva Parcial do Búfalo na província de Benguela6 Estão excluídas destas áreas de conservação as reservas de caça do Ambriz no Bengo (com 1.125 km2) e do Milando em Malanje (com 6.150 km2).7 Estão excluídas as reservas parciais da província do Cuando Cubango uma vez que estas foram inseridas nos dois parques nacionais criados no Cuando Cubango ao abrigo da Lei n.º 38/11 de 29 de Dezembro.

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o Reserva Parcial do Namibe na província do Namibe

A Tabela 4 resume as essas áreas de conservação do território angolano, seus estatutos e

processo legal para o seu estabelecimento.

Tabela 4: Criação e estatutos das actuais áreas de conservação em Angola

Área de conservação

Província Área (km2) Criação e Estatutos

PARQUES NACIONAISParque Nacional do Bicuar

Huíla 7.900 Protegido inicialmente como uma reserva de caça por Decreto Governamental 2620 de 16 de Abril 1938.

Os limites foram mudados pelo Decreto 4880 de 6 Setembro 1944. Como resultado, foi criado um estatuto de Reserva Parcial pelo Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Foi estabelecido como Parque Nacional pelo Diploma Legislativo 3527 de 26 Dezembro 1964. Os novos limites foram redefinidos pelo Decreto 384 de 13 Junho 1972.

Parque Nacional da Cameia

Moxico 14.450 Protegido inicialmente como uma reserva de caça por Decreto Governamental 1670 de 6 Abril 1935.

Confirmado como Reserva Natural com os limites mudados pelo Decreto 2620 de 16 Abril 1938.

Foi estabelecido como Parque Nacional por Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Parque Nacional da Cangandala

Malanje 630 Inicialmente classificado como uma Reserva Natural Integral pelo Diploma Legislativo 3374 de 25 Maio 1963.

Os limites iniciais foram alterados pelo Diploma Legislativo 3529 de 26 Dezembro 1964.

Foi estabelecido como Parque Nacional pelo Diploma Legislativo 4017 de 25 Maio 1970.

Parque Nacional do Iona

Namibe 15.150 Protegido inicialmente como Parque de Caça pelo Decreto 2421 de 2 Outubro 1937.

Actualizado como Reserva de Caça pelo Decreto 4880 de 6 Setembro 1944.

Estabelecido como Parque Nacional de Porto Alexandre pelo Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Renomeado como Parque Nacional do Iona com alterações aos limites pelo Diploma 3524 de 26 Dezembro 1964.

Parque Nacional da Quiçama

Luanda 9.960 Protegido inicialmente como uma reserva de caça por Decreto Governamental 2620 de 16 Abril 1938.

Estabelecido como Parque Nacional pelo Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Parque Nacional da Mupa

Cunene 6.600 Protegido inicialmente como uma reserva de caça por Decreto Governamental 2620 de 16 Abril 1938.

Os limites foram mudados pelo Decreto 4880 de 6 Setembro 1944, sendo dado o estatuto de Reserva Natural Integral pelo Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Estabelecido como Parque Nacional pelo Diploma Legislativo 3527 de 26 Dezembro 1964.

Parque Nacional de Luengue-

Cuando 45.818 Estabelecido como Parque Nacional pela Lei 38/11 de 29 Dezembro 2011.

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Área de conservação

Província Área (km2) Criação e Estatutos

Luiana Cubango

Parque Nacional de Mavinga

Cuando Cubango

46.072 Estabelecido como Parque Nacional pela Lei 38/11 de 29 Dezembro 2011.

Parque Nacional do Mayombe

Cabinda 1.930 Estabelecido como Parque Nacional pela Lei 38/11 de 29 Dezembro 2011.

PARQUES NATURAISParque Natural Regional da Chimalavera

Benguela 150 Protegido inicialmente como Reserva Especial pelo Diploma Legislativo 4124 de 5 Junho 1971.

Estabelecido como Parque Natural Regional pelo Decreto 352 de 15 Abril 1974.

RESERVAS Reserva Natural Integral do Luando

Malanje/ Bié

8.280 Estabelecido como Reserva de Caça pelo Decreto Governamental 2620 de 16 Abril 1938.

Actualizado para Reserva Natural pelo Diploma Legislativo 2873 de 11 Dezembro 1957.

Reserva Natural Integral do Ilhéu dos Pássaros

Luanda 2 Estabelecido como Reserva Natural Integral pelo Decreto Provincial 55 de 21 Dezembro 1973.

Reserva Parcial do Namibe

Namibe 4.450 Estabelecido como Reserva Parcial por Diploma Legislativo durante o período de tempo limitado entre 12 Junho 1957 a 31 Dezembro 1959.

Mantido por 3 anos com alterações dos limites pelo Diploma Legislativo 3060 de 24 Agosto 1960.

Cerca de 29.000 hectares à volta da cidade de Moçâmedes foram anexados à área da reserva pelo Decreto Governamental 480 de 28 Julho 1973.

Reserva Parcial do Búfalo

Benguela 400 Estabelecido como Reserva Parcial pelo Decreto Governamental 325 de 5 Abril 1974.

2.2.2. Áreas Marinhas Protegidas

A zona costeira com aproximadamente 1.650 km e as águas territoriais Angolanas

possuem uma vasta e rica biodiversidade que se encontra sem uma devida protecção.

Angola é um dos mais importantes centros de biodiversidade marinha e uma das áreas mais

produtivas em recursos haliêuticos no mundo (MINUA, 2006). Angola detém uma Zona

Económica Exclusiva com extensão de 518.433 Km² que se prolonga até 200 milhas

náuticas a partir da costa. A zona costeira angolana comporta:

7 províncias (Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Kwanza Sul, Benguela e Namibe);

8 grandes cidades (Cabinda, Soyo, Luanda, Sumbe, Lobito, Benguela, Namibe e

Tômbwa);

60% da população nacional e os principais centros de decisão política e

económica;

Mais de 200 comunidades piscatórias locais;

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Vários elementos geomorfológicos litorais (ilhas de Luanda e Mussulo, baía dos

Tigres, praias, dunas costeiras áridas, arribas, mangais);

Habitats, berçário e nidificação para diversas espécies de flora e fauna de

importância económica, turística e ecológica (aves, peixes, crustáceos e

tartarugas marinhas);

Potencialidades Turísticas elevadas, nomeadamente em Luanda, Benguela, Baía

Azul e Cabo Ledo, etc.

Quase 12% das terras do planeta são protegidas, em contraste com menos de 1% do oceano

e menos de 1% das áreas marinhas protegidas são verdadeiras reservas, onde a pesca é

proibida. A situação em Angola não é diferente do resto do mundo. No entanto, com uma

imensa linha de costa marcada pela riqueza conferida pela Corrente Fria de Benguela,

Angola tem condições para também na criação e gestão de áreas marinhas protegidas se

tornar uma referência a nível de África.

A Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos define no seu Artigo 65º as medidas de

protecção dos recursos biológicos e ecossistemas aquáticos. Por outro lado, esta mesma Lei

impõe uma série de princípios que visam a protecção dos recursos biológicos aquáticos8 e

do ambiente aquático. Neste particular, existe um vazio na Legislação no que tange a

identificação das áreas de protecção aquática bem como do respectivo regime jurídico.

A Secção III desta Lei, no seu artigo 78º e seguintes, prevê os seguintes tipos de áreas de

protecção aquáticas: Reservas Naturais Integrais Aquáticas, Parques Nacionais Aquáticos,

Reservas Naturais Aquáticas, Reservas Parciais e Monumentos Naturais. A Lei de Bases

do Ambiente, no seu Artigo 14º, indica igualmente que as áreas de conservação podem

abranger áreas terrestres, lacustres, fluviais, marítimas e outras. A definição de cada uma

das áreas previstas na Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos é apresentada na Tabela 5.

Os objectivos das áreas de protecção aquáticas, entre outros, incluem os seguintes:

8 Definido como “todos os organismos bióticos de ecossistemas aquáticos, incluindo os recursos genéticos, organismos e suas partes, populações, em especial mamíferos aquáticos, répteis aquáticos, pássaros aquáticos, anfíbios, peixes, equinodermes, crustáceos, moluscos, corais, algas e plantas aquáticas, bem como micro-organismos” (Artigo 1º/73).

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

A preservação de espécies, ecossistemas e habitats aquáticos, bem como a sua

diversidade incluindo a regeneração de espécies em perigo de insustentabilidade

e a reabilitação de habitats degradados;

A contribuição para a criação de uma rede de áreas de protecção ambiental.

Tabela 5: Categorias de áreas de protecção aquáticas.

Categoria Descrição

Reservas Naturais

Integrais Aquáticas

(Artigo 80º)

São áreas de protecção cujo objectivo é preservar o ambiente e os recursos no seu

estado natural, com a mínima intervenção de acção humana possível durante um

período de tempo longo. Na reserva natural integral aquática é proibido pescar,

capturar ou extrair qualquer recurso natural ou praticar quaisquer actos que

possam perturbar a flora e a fauna e ou os ecossistemas marinhos.

Parques Nacionais

Aquáticos

(Artigo 81º)

São áreas de protecção cujos objectivos são os de preservar a diversidade

biológica, em especial a integridade ecológica de um ou mais ecossistemas,

comunidades bióticas, recursos genéticos e espécies, preservar paisagens de valor

estético e histórico, bem como proporcionar usos para fins científicos, educativos,

culturais, recreativos e turísticos. No Parque Nacional Aquático é proibido pescar,

capturar ou extrair qualquer recurso natural.

Reservas Naturais

Aquáticas

(Artigo 82º)

São áreas de protecção cujos objectivos são a preservação da diversidade

biológica, a preservação, regeneração e renovação sustentáveis de recursos

biológicos aquáticos, protecção e reabilitação de ecossistemas e habitats

degradados, bem como proporcionar usos para fins científicos, educativos,

culturais, recreativo e turísticos. As Reservas Naturais Aquáticas podem ter

carácter total ou parcial e temporário ou permanente, tendo em conta as

exigências de protecção e conservação dos recursos.

Reservas Parciais

(Artigo 83º)

Podem ser estabelecidas por Decreto Executivo pelo Ministro das Pescas, com

carácter temporário e limitado, para determinados períodos de fainas parciais, nas

quais pode ser proibida a pesca de algumas ou da totalidade das espécies

constantes de títulos de concessão; podem ser estabelecidos períodos de veda

especiais para a captura de determinadas espécies; podem ser limitados os

tamanhos e pesos mínimos dos exemplares a capturar.

Monumentos

Naturais

(Artigo 84º)

São áreas de protecção cujo objectivo é proteger e preservar características

naturais únicas de valor cultural, estático, inerente a raridade ou

representatividade de uma área do mar, das águas continentais, da orla costeira ou

de margens de águas continentais. Os Monumentos Naturais Aquáticos são

estabelecidos por Decreto Executivo conjunto do Ministro das Pescas, do

Ambiente e do Transporte no caso de monumento no mar ou do Ministro da

Energia e Águas, no caso de águas continentais.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Huntley (2010b) indicou que uma atenção importante deveria ser dada as áreas marinhas

protegidas tendo em conta o seu papel na sustentabilidade da pesca comercial, artesanal,

recreativa e de subsistência. Numa altura em que a “pesca comercial já esgotou 75% dos

recursos pesqueiros a nível mundial e continua a ameaçar os ecossistemas marinhos e as

culturas e economias que deles dependem” (Huntley, 2010b) é importante o

estabelecimento de áreas marinhas protegidas para garantir zonas vitais de desova e os

stocks de peixe e, para permitir a recuperação de espécies que tenha sido sobre-exploradas.

No entanto, a dimensão óptima de reservas marinhas e áreas de conservação deve ser

determinada para cada local, avaliando as necessidades de conservação e metas, qualidade

e quantidade de habitats críticos, níveis de utilização dos recursos, a eficácia de outras

ferramentas de gestão, e as características das espécies ou comunidades biológicas que

requerem níveis de protecção adequados. Algumas dessas metas estão estabelecidas na

Estratégia e Plano de Acção Nacionais para Biodiversidade 2007-2012 (MINUA, 2006a) e

em outros documentos estratégicos de protecção ambiental desenvolvidos pelo Estado

Angolano. Esta Estratégia que deverá ser actualizada, futuramente deverá ter em conta as

metas de Aichi, com destaque para a Meta 11 que recomenda que:

Em 2020, pelo menos 17% das zonas terrestres e de águas continentais, e 10%

das zonas costeiras e marinhas, especialmente áreas de importância particular

para biodiversidade e serviços ecossistémicos, devem estar conservadas por

meio de gestão eficiente e equitativa, ecologicamente representadas, com

sistemas bem conectados de áreas protegidas e outras medidas eficientes de

conservação baseadas em área, e integradas em mais amplas paisagens

terrestres e marinhas.

Os habitats marinhos e costeiros existentes ao longo da linha de costa e plataforma

continental são bastante diversificados incluindo zonas de oceano aberto, ilhas, baías,

estuários, mangais, lagunas e praias arenosas e rochosas de pouca profundidade

(MINAMB, 2012). Estes ecossistemas representam habitats especiais para diversas

espécies de valor económico e ecológico que, pela sua raridade e singularidade têm

necessidades de protecção especial (MINAMB, 2009).

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Foi em 1982 que a UICN recomendou a incorporação de áreas marinhas, costeiras e

estuarinas na rede mundial de áreas de conservação. Desde essa data tem havido esforços

para que estas áreas sejam reconhecidas e protegidas por todos os países banhados por

oceanos. Este conceito foi posteriormente introduzido no Congresso Mundial de Parques e

adoptado pela Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, da qual

Angola é Parte.

Esta Convenção define áreas marinhas protegidas como “qualquer área definida dentro ou

adjacente ao ambiente marinho, juntamente com a sua água sobrepondo a flora associada,

fauna, características históricas e culturais, que foram reservadas pela legislação ou outros

meios eficazes, incluindo personalizado, com o efeito que a sua marinha e / ou

biodiversidade costeira goza de um nível de protecção mais elevado do que o seu entorno”.

Angola não possui áreas de conservação estritamente marinhas embora estas estejam

definidas na Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos (Lei n.º 6-A/04 de 8 de Outubro)

como sendo áreas reservadas “para a preservação e protecção de elementos do património

natural e cultural significativos e para uso científico, educativo e recreativo que inclui as

reservas naturais integrais aquáticas, os parques nacionais aquáticos, as reservas naturais

aquáticas, as reservas parciais e os monumentos naturais”, enquanto áreas de protecção.

Embora Angola não possua áreas marinhas protegidas existem algumas áreas zonas

costeiras que poderão ser classificadas como Reserva Natural ou integradas em Áreas de

Conservação e poderão constituir, na sua faixa marítima contígua a respectiva componente,

terrestre, zonas de protecção do ambiente marinho e das espécies que lá existem,

nomeadamente:

Parque Nacional da Quiçama – Província de Luanda;

Reserva Natural do Ilhéu dos Pássaros – Província de Luanda;

Parque Natural Regional da Chimalavera – Província de Benguela;

Reserva Parcial do Namibe – Província do Namibe;

Parque Nacional de Iona – Província do Namibe.

Estas áreas de protecção possuem limites costeiros, mas a deficiente gestão associada a

falta de recursos humanos e financeiros mostra-se incapaz de garantir uma gestão e

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conservação efectiva das suas áreas marinhas contíguas. Huntley (2010b) reconhece não

existir uma classificação pormenorizada e mapeada dos ecossistemas marinhos e costeiros

em Angola, situação que torna difícil o estabelecimento de metas para protecção desses

importantes ecossistemas. Neste sentido, um dos primeiros passos para a definição de áreas

marinhas protegidas em Angola passa por uma análise investigativa e mapeamento dos

ecossistemas marinhos e costeiros.

Na sua proposta de Estratégia de Expansão da Rede de Áreas Protegidas de Angola sugere

que os Parques Nacionais do Iona e da Quiçama (com uma extensão de linha de costa de

290 km) representam uma potencial oportunidade para “a significativa protecção de uma

larga variedade de ecossistemas costeiros logo que seja possível restabelecer a adequada

gestão desses parques, sendo particularmente importante garantir a protecção e a gestão

eficaz da linha de costa do Iona, Baía dos Tigres e estuário do Cunene” (Huntley

2010b:11).

Por outro lado, foram sugeridas em Abril de 2013 (UNEP, 2014) a criação de duas áreas

costeiras classificadas como Áreas de Importância Ecológica ou Biológica (AIEB9),

nomeadamente:

Zona entre os Ramiros e as Palmeirinhas na província de Luanda

Zona Kunene-Tigres na província do Namibe

Estas duas áreas estão actualmente a ser alvo de modificações de modo a expandir a sua

área e deste modo incluir aspectos que anteriormente não foram tidos em conta,

nomeadamente canyons, montes submarinhos e outras importantes características presentes

na linha de costa. Para além destas duas áreas foram propostas outras cinco Áreas de

Importância Ecológica ou Biológica localizadas ao longo da costa de Angola,

nomeadamente:

Estuário do rio Chiloango na província de Cabinda

Península Sereia no Soyo, província do Zaire

9 As AIEBs (ou EBSA – Ecollogically or Biologically Significant Areas) são áreas especiais no oceano que têm propósitos importantes para apoiar o funcionamento saudável dos oceanos e os serviços ambientais que ele oferece e os critérios da sua selecção e classificação foram definidos na 9ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica.

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Zona costeira na foz do rio Longa, província do Cuanza Sul

Zona Ombaca – Amboim ao largo da província do Cuanza Sul

Zona do Bentiaba na província do Namibe

Um dos objectivos do PESAP é fomentar a criação de áreas marinhas protegidas com o

intuito de permitir a sustentabilidade aos recursos. Esta sustentabilidade deve estar assente

numa gestão que privilegie as opções naturalizadas e adaptativas para salvaguardar os

recursos e valores naturais patrimoniais e paisagísticos. Este conceito pode igualmente

promover o uso ordenado do ambiente na medida em que permite adequar os usos e

ocupações às capacidades de carga e de resiliência dos sistemas naturais, no âmbito de uma

visão sistémica e perspectiva do ordenamento e planeamento destas áreas. O casamento

entre as áreas marinhas protegidas e as Áreas de Importância Ecológica ou Biológica pode

permitir a sustentabilidade dos recursos.

2.2.3. Zonas Húmidas de Importância Nacional

Angola aderiu a Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Nacional através da

Resolução n.º 27/16 de 22 de Julho. Esta adesão tem como fundamento a necessidade da

criação e protecção de determinadas zonas húmidas que têm funções ecológicas

fundamentais para a regulação dos regimes das águas e servem também de habitat para

flora e fauna de características específicas especialmente para aves aquáticas.

Para além da adesão à Convenção, Angola propôs um conjunto de 11 zonas húmidas para

serem consideradas como candidatas à sítios Ramsar (ver Tabela 6) e que deverão ser

consideradas no processo de expansão de áreas de conservação em Angola.

Tabela 6: Zonas húmidas de Angola de importância internacional.

N.º Nome da Zona Húmida Superfície

(hectares)

Critérios

Ramsar

Coordenadas

Geográficas

Localização

1. Lagunas do Mangal do Lobito 259 1-3-8 12º 21´ 45´´S

13º 32´ 43´´E

Lobito-Benguela

2. Saco dos Flamingos 1.616 2-3-4-8 9º 05´ 03´´S

13º 00´15´´E

Ramiros-Luanda

3. Lagoa do Arco 7.568 1-3 15º 46´ 01´´S

12º 03´ 47´´E

Tômbwa-Namibe

4. Parque Nacional da Cameia 1.445.000 1-2-3 11º 57´32´´S Cameia-Moxico

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

N.º Nome da Zona Húmida Superfície

(hectares)

Critérios

Ramsar

Coordenadas

Geográficas

Localização

21º 40´31´´E

5. Complexo das Zonas Húmidas

da Lagoa do Carumbo

200.000 2-3 7º 48´S

19º 57´E

Lunda-Norte

6. Lagoa do Calumbo 1.000 2-3 9º 10´ 07´´S

13º 24´ 43´´E

Icolo e Bengo-

Luanda

7. Lagoa da Quilunda 5.111 2-8 8º 53´05´´S

13º 36´01´´E

Icolo e Bengo-

Luanda

8. Complexo de Lagunas de

Santiago-Saurico

3.763 2-4 8º 43´ 37´´S

13º 24´ 49´´E

Panguila-Bengo

9. Lagoa do Mangal do Chiloango 3.097 1-3-4 5º 10´37´´S

12º 07´35´´E

Cacongo-Cabinda

10. Baixo Kwanza 97.200 2-3 9º 20´45´´S

13º 09´04´´E

Luanda

11. Complexo das Zonas Húmidas

de Kumbilo-Dirico

11.743 2-3 17º 59´18´´S

20º 46´53´´E

Dirico-Cuando

Cubango

2.2.4. Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de

Conservação (INBAC)

Em 2011, foi criado o Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação para

responder à necessidade de protecção e preservação dos componentes ambientais, em

especial as espécies ameaçadas de extinção e seus ecossistemas. O INBAC tem a seguinte

missão:

Proteger o património natural e promover a protecção, conservação, valorização,

investigação e uso sustentável da biodiversidade em Angola para o benefício de todos

os angolanos

No âmbito das suas atribuições e em cumprimento da missão acima estabelecida o INBAC

estabeleceu a seguinte visão:

Ser reconhecido, a nível nacional e internacional, como uma instituição de referência na

gestão da biodiversidade e áreas de conservação

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O Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação tem as seguintes

atribuições:

Executar as políticas e estratégias no domínio de conservação da biodiversidade

e da gestão da rede nacional de áreas de conservação;

Assegurar a elaboração de programas e planos de ordenamento de áreas de

conservação de âmbito nacional e transfronteiriço;

Proceder, em colaboração com os serviços interessados, a elaboração de estudos

e inventariar os factores e sistemas ecológicos quanto à sua composição,

estrutura e funcionamento;

Incentivar e acompanhar a elaboração de estudos visando o melhor

conhecimento e a preservação do património genético, a gestão racional da flora

e fauna selvagem e a conservação e gestão da biodiversidade;

Propor a criação de áreas de conservação e assegurar a sua gestão;

Propor e colaborar na realização de estudos de natureza científica relacionados

com o âmbito do Instituto;

Colaborar com as instituições públicas ou privadas, nacionais, regionais ou

internacionais e autarquias locais no âmbito das suas atribuições.

2.3. Legislação Internacional

Angola é Parte de alguns acordos multilaterais de ambiente que são elaborados e

implementados a nível regional e internacional. Estes acordos podem contribuir para uma

melhor gestão dos recursos naturais, conservação e uso sustentável da biodiversidade. Os

acordos que poderão ter maior relevância para a gestão de áreas de conservação

encontram-se enumerados na Tabela 7.

Tabela 7: Acordos multilaterais com interesse para a gestão de áreas de conservação

Acordo Multilateral de Ambiente Resolução n.º Data de

Ratificação

Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) 23/97 de 4 de

Julho

01.04.1998

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações

Climáticas (UNFCCC)

13/98 de 28 de

Agosto

17.05.2000

Convenção sobre o Combate à Desertificação nos países

afectados pela seca grave e ou desertificação, particularmente em

12/00 de 5 de

Maio

03.06.1997

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Acordo Multilateral de Ambiente Resolução n.º Data de

Ratificação

África (CCD)

Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e

Natural

07.11.1991

Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna

e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES)

1/07 de 14 de

Fevereiro

14.02.2007

Convenção sobre as Espécies Migratórias da Fauna Selvagem

(Convenção de Bona)

14/03 de 15 de

Abril

15.04.2003

Convenção sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional,

especialmente como Habitats de Aves Aquáticas (Convenção de

Ramsar)

27/16 de 22 de

Julho

Carta de Adesão

n.º 4/16 de 23 de

Agosto

2.4. Principais Lacunas

Angola tem vindo a aprovar importante legislação e políticas no sector ambiental incluindo

para a gestão das áreas de conservação (PNGA, NBSAP, PLENARCA) que proporcionam

o contexto político e institucional para a implementação do Plano Estratégico para o

Sistema das Áreas Protegidas (PESAP). Por outro lado, a criação do INBAC e expansão

das suas actividades, a captação de fundos nacionais e internacionais, a criação de novas

áreas de conservação, o aumento dos projectos de investigação assim como a capacitação

em termos de recursos humanos demonstram a importância da gestão da biodiversidade.

No entanto, ainda subsistem algumas dificuldades para a gestão da biodiversidade que têm

sido identificadas em outros documentos e que precisam de ser ultrapassadas de modo a

que a missão do INBAC seja alcançada de forma efectiva.

Por exemplo, a NBSAP aponta para a necessidade de se identificarem e criarem

“áreas protegidas de forma a incluir exemplos representativos de ecossistemas,

habitats, e espécies ainda não abrangidas”. Isto é recomendado pois se reconhece que

a conservação da biodiversidade não se esgota na protecção a mamíferos de grande

porte ou a espécies de plantas em risco, alargando-se agora o seu âmbito no sentido

de uma abordagem de mais largo espectro que inclua a conservação e uso sustentável

de genes, de espécies, de ecossistemas, e dos bens e serviços com que esses

ecossistemas possam contribuir para benefício directo de toda a humanidade. Assim,

para atingir os objectivos da moderna política de conservação expressos na

Convenção sobre a Biodiversidade é essencial uma nova abordagem relativamente à

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

concepção e gestão das redes de áreas protegidas.

Em termos do quadro legal ambiental, Angola tem uma legislação bem desenvolvida e que

tem em conta a conservação da biodiversidade. Prova deste último ponto foram o

estabelecimento de novas áreas de conservação e de um Instituto Nacional para gestão das

mesmas, descritos nos pontos 2.1 e 2.2.

A principal lacuna legal, transversal a muitas das áreas é a falta de capacidade de fazer

cumprir as leis e regulamentos estabelecidos no país. Por outro lado, o sistema de

classificação de categorias de áreas de conservação precisa de ser actualizada para ir ao

encontro de grande parte dos sistemas de outros países que seguem a classificação da

UICN (ver Tabela 8).

Tabela 8: Categorias de áreas protegidas da UICN.

Categoria Designação Características e Objectivos

Reserva Natural

Ia Reserva natural

estrita

Áreas protegidas de maneira estrita, separadas para a protecção da

biodiversidade e também possivelmente de acidentes geográficos e

formações geológicas, nas quais a visitação, o uso e os impactos

humanos são estritamente controlados e limitados, para que se possa

assegurar os objectivos de conservação. Essas áreas protegidas podem

servir como referências indispensáveis para pesquisas científicas e

monitoração

Ib Área de vida

selvagem

Áreas protegidas normalmente de grande extensão, não modificadas ou

minimamente modificadas, que mantém seu carácter e influência

naturais, isentos de influência humana significativa ou permanente, e que

são protegidas e geridas para que mantenham sua condição natural.

Parque Nacional

II Parque nacional Áreas protegidas de grande extensão, de carácter natural ou pouco

modificado, que são separadas para a protecção em larga de escala de

processos ecológicos, complementada pela protecção de espécies e

ecossistemas característicos da área, e que também proporcionam

condições para oportunidades espirituais, científicas, educacionais,

recreativas e de visitação, que sejam ambientalmente e culturalmente

compatíveis.

Monumento Natural

III Monumento Áreas protegidas separadas para proteger um monumento natural

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Categoria Designação Características e Objectivos

Reserva Natural

natural específico, e que pode ser um acidente geográfico, um monte marinho,

uma caverna submarina, uma formação geológica como uma caverna, ou

ainda um elemento vivo, como uma floresta ancestral. Essas áreas

protegidas são geralmente de pequeno tamanho, e frequentemente têm

alto valor de visitação.

Paisagem Protegida

IV Área de gestão

de espécies e

habitat

Áreas protegidas que objectivam proteger espécies ou habitats

específicos, e sua gestão reflecte essa prioridade. Muitas áreas protegidas

da categoria IV carecem de intervenções activas e regulares para

satisfazer as exigências de espécies específicas ou da manutenção de

habitats, embora esse não seja um requerimento da categoria.

Paisagem Protegida

V Paisagens

protegidas

terrestres e

marinhas

Uma área protegida onde a interacção das pessoas com a natureza

através do tempo tem produzido uma área de carácter distinto, com

grande valor ecológico, biológico, cultural e cénico, e onde a

salvaguarda da integridade dessa interacção é vital para proteger e

manter a área e os valores associados de conservação da natureza e

outros.

Área Protegida para Gestão de Recursos

VI Área protegida

de utilização

sustentável dos

recursos

naturais

Áreas protegidas que conservam ecossistemas e habitats, juntamente

com valores culturais associados e sistemas tradicionais de gestão de

recursos naturais. Geralmente elas são de grande extensão, com a maior

parte da área em condição natural, onde uma parte da área está

submetida a uma gestão sustentável dos recursos naturais, e onde o uso

de baixo impacto e não-industrial dos recursos naturais, compatível com

a conservação da natureza, é visto como um dos principais objectivos da

área.

Relativamente às áreas de conservação, os constrangimentos foram previamente descritos

no Relatório da Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade (2007-2012)

de 2006, e mantêm-se actuais. São eles:

Ausência ou ineficácia de sistemas de gestão na maior parte das áreas

protegidas;

Populações de fauna selvagem muito reduzidas devido à caça excessiva;

Falta de planos de gestão para as áreas protegidas e/ou ineficácia de

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

implementação;

Falta de pessoal qualificado e de recursos financeiros e logísticos para uma

gestão eficiente;

Invasão de população humana nas áreas protegidas;

Reduzida participação da população na gestão das áreas protegidas;

Ausência de jardins botânicos e bancos genéticos funcionais e em número

suficiente.

Do ponto de vista de caracterização geral do actual sistema de áreas de conservação

recorre-se a uma análise preliminar da representação dos tipos de vegetação de Angola na

rede de áreas de conservação (Huntley, 1974a) que revelou a existência de significativas

lacunas e desequilíbrios na cobertura. Por exemplo: dos 32 tipos de vegetação descritos e

mapeados por Barbosa na sua “Carta Fitogeográfica de Angola” (1970) só 12 estão

representados em áreas de conservação. Relativamente a estes 12 tipos nota-se que os

característicos da savana árida e do deserto têm 50,6% da sua área incluídos em zonas

protegidas embora na totalidade eles não cubram mais do que 2,6% da área total do país;

em contrapartida, o mosaico de floresta e savana Guineo-Congolesa, que se espalha por

25,7% do território de Angola, não está representado em qualquer das suas áreas de

conservação. Quer dizer: alguns sistemas ecológicos desfrutam de boa protecção, outros de

protecção nenhuma. A floresta húmida, os cursos de água, e os ecossistemas marinhos e

estuarinos têm sido seriamente negligenciados.

Por outro lado, a falta de uma classificação pormenorizada e mapeada dos ecossistemas

marinhos e costeiros de Angola torna difícil, de momento, se estabeleçam metas para esses

ecossistemas. No entanto, uma valiosa avaliação global das informações sobre o estado da

biodiversidade marinha e costeira de Angola foi compilado por Morais et al. (2006), que

fornecem recomendações detalhadas para os trabalhos futuros. Contudo, a existência de

dois Parques Nacionais que incluem nos seus limites um total de 290 km de linha de costa

(Quiçama e Iona) representa um leque de potenciais oportunidades para uma significativa

protecção de uma larga variedade de ecossistemas costeiros logo que seja possível

restabelecer a adequada gestão desses parques, sendo particularmente importante garantir a

protecção e a gestão eficaz da linha de costa do Iona, Baía dos Tigres e estuário do Cunene.

Isso permitiria assegurar a protecção de importantes espécies de peixes costeiros (Potts

2007) e de uma significativa parcela da fauna subtropical (tal como definido por Whitfield

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2005). A zona da Baía dos Tigres e a foz do rio Cunene estão inscritas como áreas

ecológicas e biologicamente significativas e cuja protecção deve ser adequada.

A protecção dos ecossistemas de água doce reveste-se de dificuldades especiais devido à

distribuição geográfica e à variabilidade de características. Mas a rica biodiversidade dos

ecossistemas de águas doces (ou águas interiores) de Angola, conjugada com o papel

fundamental desempenhado na provisão de bens e serviços, requerem que a esse respeito

se apresentem também propostas detalhadas de protecção (Huntley 2010).

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3. Caracterização da Área de Intervenção

3.1. Área de intervenção – delimitação

O Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas (PESAP) de Angola incide sobre

todo o território nacional incluindo as áreas marinhas dentro da Zona Económica Exclusiva

(ZEE). Também fazem parte da delimitação do PESAP as áreas de conservação existentes

ou que venham a ser estabelecidas numa perspectiva transfronteiriça. Por outro lado, o

PESAP é estritamente vinculado à Convenção da Diversidade Biológica e aos

compromissos assumidos por Angola enquanto parte desta Convenção.

3.2. Enquadramento jurídico-administrativo

O Decreto Presidencial n.º 10/11 de 7 de Janeiro delega ao Instituto Nacional da

Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC) a responsabilidade de assegurar a

protecção e preservação dos componentes ambientais, bem como a melhoria de

ecossistemas de reconhecido valor ecológico. Deste modo, é responsabilidade do INBAC a

coordenação das actividades e objectivos definidos no PESAP, enquanto documento

estratégico no domínio da conservação da biodiversidade e da gestão da rede nacional de

áreas de conservação.

No entanto, tratando-se de um assunto transversal a todos os sectores da sociedade e à

semelhança da Estratégia e Plano de Acção Nacionais da Biodiversidade, a implementação

do PESAP é uma responsabilidade de diversos actores do Estado a nível nacional, regional

e local. Os principais actores estão definidos na Secção 2.

De acordo com a Resolução n.º 1/10 de 14 de Janeiro, o papel das áreas de conservação é:

Conservar o património natural e cultural, e desta forma apoiar o desenvolvimento

sustentável do País;

Providenciar espaços geográficos onde a fauna e a flora possam reproduzir-se

natural e livremente, longe dos interesses conflituosos da crescente população

humana, garantindo assim o equilíbrio com aquelas áreas do País destinadas à

agricultura e à pecuária e aquelas afectadas pela urbanização e desflorestação;

Proteger e conservar amostras representativas dos biomas de reconhecida

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

biodiversidade do País, ecossistemas frágeis, sítios e objectos de interesse cultural,

histórico, arqueológico ou outro interesse científico; e

Servir à educação, ao ecoturismo e à recreação públicas.

Na mesma resolução admite-se que “devido ao período de instabilidade militar que assolou

o País, as áreas de conservação estiveram por muito tempo abandonadas e precisam ser

revistas e requalificadas em termos de limites, categorização e objectivos.” É portanto com

este enquadramento em mente que o PESAP deverá ser implementado.

A Resolução n.º 21/03 de 27 de Maio que aprova os estatutos da União Internacional para a

Conservação da Natureza – UICN é uma ferramenta que poderá ser relevante para o país

em termos da categorização e preservação de espécies em áreas de conservação e fora dela.

Os objectivos da UICN são de que a utilização dos recursos se faça de maneira equitativa e

ecologicamente sustentável. Os países beneficiam assim de uma instituição internacional

para o estudo e avaliação dos recursos naturais. Deste modo, o PESAP reconhece a UICN

como um parceiro fundamental na sua implementação e recomenda a adopção do seu

sistema de classificação (e respectivos critérios) para a designação de áreas de

conservação.

3.3. Quadro de Referência Estratégico

Concorrem para a implementação do PESAP um vasto leque de planos anteriormente

indicados, desenvolvidos especificamente para o sector do ambiente. O quadro de

referência estratégico é portanto dividido em três áreas, designadamente:

Área Legislativa: Que inclui toda a legislação ambiental pertinente relacionada

com as áreas de conservação, actividades desenvolvidas dentro das áreas de

conservação (por exemplo, turismo, investigação científica) assim como outros

elementos legislativos com implicações sobre os recursos naturais e

ordenamento do território (por exemplo, leis, políticas, estratégias, resoluções,

acordos multilaterais regionais e internacionais);

Área de Planos e Projectos: Que inclui um conjunto de iniciativas e projectos de

protecção da biodiversidade, sensibilização e investigação científica que são

desenvolvidos a nível local ou provincial por vários intervenientes sob

coordenação ou supervisão do INBAC;

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Área de Programas: Que inclui programas macro de investimento na protecção

de áreas de conservação da biodiversidade onde se incluem programas nacionais

e transfronteiriços onde se destacam os programas Okavango-Zambezi

(envolvendo Angola. Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué), as iniciativas

transfronteiriças do Grande Mayombe com o Congo, a República Democrática

do Congo e o Gabão, entre o Parque Nacional do Iona e o Skeleton Coast Park

com a Namíbia) e o Mussuma e Liuwa com a Zâmbia (MINAMB, 2015).

Todas as iniciativas relevantes, em curso ou planificadas, irão ser devidamente mapeadas

pelo INBAC de modo a evitar a duplicação de esforços e dispêndio de recursos humanos e

financeiros.

3.4. Análise SWOT Institucional do INBAC

A análise SWOT (ou Análise FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças)

institucional do INBAC (enquanto órgão de coordenação do PESAP) fornece uma visão da

avaliação geral preliminar dos seus pontos fortes (como por exemplo, institucionais e

relacionados com a gestão do instituto e das áreas de conservação) para o estabelecimento

de prioridades estratégicas das áreas de conservação em Angola. Esta análise apresenta

também os principais pontos fracos internos que limitam a intervenção do INBAC e da sua

rede de áreas de conservação na prossecução dos seus objectivos.

A análise SWOT foi desenvolvida com base na documentação existente produzida

internamente pelo INBAC (por exemplo, relatórios, apresentações, actas) assim como por

relatórios e propostas de projectos produzidos externamente em parceria com o Ministério

do Ambiente. Alguns destes documentos, apesar de já terem sido produzidos no passado

ainda se encontram relevantes e actuais.

A secção de oportunidades e constrangimentos da Estratégia e Plano de Acção Nacionais

da Biodiversidade (MINUA 2006a) continua relevante pelo que estão transcritas e

adaptadas abaixo as que ainda se encontram aplicáveis para o contexto do PESAP (ver

Tabela 9).

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Tabela 9: Oportunidades e constrangimentos (adaptado de MINUA 2006a).

Oportunidades Constrangimentos

Política e socioeconómico

Órgão responsável pela política do ambiente

com representação a nível das províncias

Depois de um longo período de conflito

armado a paz e a estabilidade regressaram a

Angola e existe um clima de paz

A administração do Estado está estendida a

todo o território nacional

Existência de um Plano de Desenvolvimento

de Longo Prazo

Implementação faseada de acções de carácter

ambiental de forma transversal em documentos

do Executivo

Fragilidades governativas a nível de

município e comuna

Pouca sensibilidade em relação às

questões ambientais

Altos níveis de pobreza e desemprego

traduzindo-se em forte pressão e dependência

dos recursos naturais

Perda de conhecimento e informações

Algumas áreas ainda se encontram

minadas

Investigação

Estudos de biodiversidade estão a ser promovidos

e divulgados actualmente em diversas instituições

Recursos intelectuais disponíveis para estudos de

biodiversidade

Novos especialistas em gestão da biodiversidade

estão a ser formados com cursos universitários

Preparação de um registo nacional de espécies

ameaçadas

Listas vermelhas em preparação

Documentos estratégicos em fase de elaboração

Alguns programas de investigação científica em

curso

Ausência de um programa de formação a longo

prazo

Falta de apoio logístico e financeiro para fazer

investigação sobre a biodiversidade

Ausência de listas vermelhas

Falta de material educacional recente para

formação de pessoal

Ausência de política nacional de investigação

científica na área da biodiversidade

Fraca participação do papel das universidades

em programas de investigação

Educação ambiental

Reconhecimento da importância da educação

ambiental para a conservação da biodiversidade.

Aumento da actividade através de programas de

educação ambiental em parceira com as

associações de defesa do ambiente

Reforma curricular introduzindo a componente

ambiental em várias disciplinas

Aumento das acções de formação e programas na

comunicação social por parte das associações de

defesa do ambiente

Falta de recursos humanos e financeiros e

logísticos de suporte para programas de

educação ambiental

Falta de conhecimento e sensibilização a nível

nacional, provincial e local

Deficiente abrangência a nível provincial e

municipal

Insuficientes materiais de apoio à aprendizagem

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Oportunidades Constrangimentos

Áreas de protecção ambiental

Sistema de Áreas de Protecção Ambiental

estabelecido que cerca 12,98% do território

Angolano

Nova legislação de Áreas de Protecção Ambiental

está a ser preparada

Levantamentos sobre as necessidades das Áreas de

Protecção Ambiental realizados continuamente

Interesse crescente na criação de áreas de

protecção transfronteiriças

Projectos-piloto de gestão e investigação

implementados em várias Áreas de Protecção

Ambiental

Ausência ou ineficácia de sistemas de gestão

na maior parte das Áreas de Protecção

Ambiental

Populações de fauna bravia muito reduzidas

Falta de planos de maneio para as Áreas de

Protecção Ambiental

Falta de pessoal qualificado e de recursos

financeiros e logísticos para uma gestão

eficiente

Invasão de população humana nas Áreas de

Protecção Ambiental

Reduzida participação da população na gestão

das Áreas de Protecção Ambiental

Ausência de jardins botânicos e bancos

genéticos funcionais e em número suficiente

Uso sustentável da biodiversidade

Direitos das comunidades locais sobre a terra e

recursos naturais reconhecidos pela legislação em

vigor

Regulamento sobre a Avaliação de Impacte

Ambiental aprovado: projectos de

desenvolvimento nos sectores da agricultura,

florestas, pescas, minas, petróleos, energia, águas e

indústria, devem levar em consideração a

conservação da biodiversidade

Aumento da actividade de ONGs no

desenvolvimento rural e na gestão dos recursos

naturais

Plano Director do Turismo elaborado e aprovado

Nos projectos de desenvolvimento há pouca

atenção ao envolvimento das comunidades no

processo de tomada de decisões

A legislação ambiental nem sempre é aplicada

e há falta de monitoria da sua aplicação

Falta de capacidade para fazer cumprir as leis

e normas de conservação da biodiversidade

fora das áreas de protecção ambiental

Falta de incentivos para a adopção de práticas

ambientalmente sãs

Projectos de conservação ex situ inexistentes

Quadro legal

Legislação ambiental bem desenvolvida e que tem

em conta a conservação da biodiversidade (Lei

Bases do Ambiente, Regulamentos sobre a

Avaliação de Impacte Ambiental, Política das

Florestas, Fauna e Áreas de Conservação)

Adesão de Angola a vários acordos multilaterais

de ambiente internacionais (incluindo a CDB) e

regionais

Falta de capacidade para fazer cumprir as leis

e regulamentos

Falta de conhecimento sobre legislação

ambiental chave

Falta de legislação sobre biossegurança e

OGMs (organismos geneticamente

modificados)

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Oportunidades Constrangimentos

Quadro institucional

Reconhecimento da necessidade das instituições

governamentais, Organizações Não-

Governamentais e sector privado coordenarem as

acções de conservação da biodiversidade

Reconhecimento da necessidade de descentralizar

a gestão dos recursos naturais aos níveis

provincial, municipal e local

Fraca capacidade institucional em termos de

recursos humanos, infra-estruturas e recursos

financeiros

Responsabilidades e papéis institucionais

nem sempre claramente definidos, resultando

em duplicações ou falhas na conservação da

biodiversidade

Pouca participação das partes interessadas

nos processos de tomada de decisões

Salários baixos não incentivam recrutamento

e manutenção de pessoal qualificado

3.4.1. Identificação de forças motrizes

A Tabela 10 apresenta um resumo dos principais pontos fortes associados ao INBAC e a

sua actual actividade de gestão das áreas de conservação. Ela representa uma análise actual

das principais forças motrizes que vão permitir ao INBAC assegurar a implementação do

PESAP e consolidar uma gestão eficiente e sustentável dos recursos naturais. Nela também

estão contidos os pontos fracos que representam os principais desafios internos do INBAC

e para os quais medidas urgentes deverão ser implementadas a curto e médio prazo por

forma a tornar possível reverter o quadro actual de gestão das áreas de conservação.

Tabela 10: Análise SWOT do INBAC (pontos fortes e pontos fracos).

Pontos Fortes Pontos Fracos

Instituição com autonomia administrativa, técnica

e financeira para desenvolver e executar políticas

para a gestão da biodiversidade

Criado pelo Decreto Presidencial n.º 10/11 e

tutelado pelo MINAMB o INBAC foi dotado de

autonomia para assegurar a execução da política de

conservação da biodiversidade e da gestão da rede

nacional de áreas de conservação. O INBAC possui

instalações próprias e pessoal afecto às áreas de

conservação. As áreas de conservação respondem

directamente ao INBAC resultando na

implementação de forma coordenada das políticas

de conservação da biodiversidade.

Instituição com reduzida autonomia e

disponibilidade financeira para assegurar a gestão

efectiva das áreas de conservação

O INBAC possui recursos limitados do OGE e

apesar da existência de projectos com recursos

financeiros de doadores estes são manifestamente

insuficientes para as actuais necessidades de

reabilitação das áreas de conservação, formação de

quadros e desenvolvimento de acções de gestão das

áreas de conservação. São muito reduzidas as áreas

de conservação com capacidade de gerar recursos

internos que lhes permita assegurar a totalidade das

suas despesas.

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Pontos Fortes Pontos Fracos

Quadro de técnicos do INBAC em

desenvolvimento

A instituição preocupa-se com a admissão de

quadros formados em áreas de intervenção

específicas relacionadas com a sua actividade e

aposta na capacitação contínua dos seus quadros.

Os técnicos do MinAmb têm adquirido experiência

com a participação e acompanhamento em

projectos nacionais (levantamentos de campo,

expedições, trabalho científico). Por outro lado, o

INBAC tem apostado na formação profissional dos

seus técnicos em temas e práticas pertinentes para a

gestão de áreas de conservação. Igualmente são

enviados para trabalhos de campo nessas áreas

acompanhados de equipas experientes.

A nível da gestão das áreas de conservação o

INBAC tem sob sua alçada mais de 300 fiscais

distribuídos pelas diversas áreas de conservação.

Número insuficiente de técnicos

Pelo facto de ser uma instituição recente, o INBAC

apresenta uma carência de técnicos seniores e com

experiência reconhecida na elaboração de políticas

para a gestão da biodiversidade e áreas de

conservação. Esta dificuldade é também evidente

nas áreas de conservação pois o número de pessoal

afecto aos parques e reservas é bastante limitado e

em alguns casos não possuem capacidades técnicas

para desenvolver as suas actividades nas áreas de

conservação ou já se encontram em idade de

reforma.

Por outro lado, há ainda deficiências de

especialistas em determinadas áreas, obriga a

parcerias exteriores para a execução de

determinados projectos, o que implica em gastos

financeiros maiores e problemas culturais e língua.

As principais deficiências estão na identificação a

nível local de administradores competentes para

gerir as áreas de conservação e de veterinários com

experiência em vida selvagem. Outras áreas que

necessitam de rápida intervenção estão relacionadas

com os Sistemas de Informação Geográfica,

unidades técnicas e falta de mecanismos para a

formação para administradores assim como um

sistema de coaching.

Infra-estruturas próprias

A existência de instalações próprias necessárias

para a execução das suas actividades reduz a

dependência externa e permite uma actuação,

embora limitada, na gestão das áreas de

conservação. A actual rede de áreas de conservação

possui algumas infra-estruturas que permitem a

implementação de programas de gestão da

biodiversidade. Em algumas áreas de conservação

estão em desenvolvimentos programas de

construção de novas infra-estruturas.

Infra-estruturas e equipamentos limitados

Em algumas áreas de conservação não existem

instalações próprias (acampamentos e escritórios) e

equipamentos (rádios de comunicação, meios

rolantes) limitando assim a intervenção diária dos

seus fiscais. Este facto resulta numa vulnerabilidade

maior para os animais devido ao aumento da caça

furtiva.

Há insuficiências no fornecimento de água, na

manutenção de estradas, na disponibilidade de

energia (através de geradores) e na capacidade de

manutenção das infra-estruturas existentes.

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Pontos Fortes Pontos Fracos

Parcerias estabelecidas com instituições nacionais

O INBAC desenvolveu parcerias com instituições

nacionais em vários domínios (defesa, interior,

fiscalização, turismo, investigação científica) que

permitem um maior apoio às suas actividades. Há

parcerias resultantes de acordos assinados pelo

MINAMB em outras áreas mas que têm alguma

incidência na área da biodiversidade.

Pressão sobre a biodiversidade

Nos últimos anos tem sido possível verificar uma

maior pressão sobre a diversidade como resultado

da caça furtiva. Este facto aliado à baixa densidade

da grande fauna, a expansão urbana, a exploração

florestal, ao aumento das vias de acesso e pesca

particularmente fora das áreas de conservação tem

resultado numa maior pressão sobre a

biodiversidade.

Parcerias estabelecidas com instituições de

renome internacional para políticas de gestão de

parques

O INBAC conta com parcerias de instituições de

investigação e ensino internacionais e organizações

internacionais tais como o GEF, PNUD, União

Europeia, UICN, adquirindo apoio financeiro e

técnico para desenvolver projectos dentro das áreas

de conservação, reduzindo a dependência no OGE

para a protecção da biodiversidade.

Maior pressão sobre os recursos naturais

Devido ao momento de crise que afecta o país

intensificou-se o uso dos recursos naturais cujo

processo de extracção tem sido feito de forma

insustentável com sérios danos para os mesmos.

Esta pressão é exercida sobre habitats sensíveis e

que são importantes áreas representativas da nossa

biodiversidade com grande incidência para o sector

florestal.

Rede de contactos a nível nacional

O INBAC possui uma rede consolidada de

contactos a nível nacional incluindo nas áreas de

conservação que lhe permite compreender os

desafios actuais para a gestão da biodiversidade e

com isso traçar medidas de gestão. Esta rede

associada às relações com os governos provinciais

permite também um melhor conhecimento dos

problemas nas áreas de conservação.

Fraca implementação da legislação

Apesar do desenvolvimento e existência de

legislação para a protecção da biodiversidade a sua

implementação e aplicação da lei ainda é bastante

frágil. Existe ainda dificuldades na tipificação do

crime ambiental. Grande parte da legislação actual

ainda se encontra desactualizada resultando em

penas leves e na não apreensão de equipamentos e

meios usados em acções de ilegais (caça,

exploração florestal, fabrico de carvão).

Existência de áreas de conservação

A existência de um conjunto de áreas de

conservação em diversas províncias permite o

desenvolvimento de projectos de gestão efectiva da

biodiversidade. Em algumas dessas áreas já existe

uma cultura de gestão e estão em desenvolvimento

instrumentos adequados à gestão.

Fraca coordenação institucional e sobreposição

de responsabilidades

Apesar dos progressos na gestão da biodiversidade

continuam a ser evidentes as sobreposições de

responsabilidades entre instituições do Estado e

uma fraca coordenação inter-sectorial. Este facto

resulta no atraso na implementação de medidas e na

duplicação dos esforços e recursos financeiros

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Nível de conhecimento sobre a situação actual

sobre as áreas de conservação

Nos últimos anos, fruto de vários trabalhos de

investigação, já é possível constatar um aumento

significativo do conhecimento sobre as áreas de

conservação e sobre a biodiversidade em áreas de

interesse para a criação de outras áreas de

conservação.

Fraco envolvimento das comunidades da gestão de

recursos (legislação)

A legislação é ainda deficiente no envolvimento das

comunidades na gestão de base comunitária dos

recursos naturais e não existem exemplos de boas

práticas nestas áreas, quer na gestão da

biodiversidade quer na partilha de benefícios.

Potencial para desenvolvimento de projectos e

parcerias

A rica biodiversidade de Angola aliada aos

projectos de investigação bem sucedidos realizados

nos anos passados criaram um reputação que

permite desenvolver outros projectos e parcerias

com instituições de investigação e conservação da

biodiversidade internacionais.

Fraca consciencialização ambiental

Existe ainda uma deficiente consciencialização

ambiental à todos os níveis com destaque para as

populações que dependem dos recursos da

biodiversidade. Os programas de

consciencialização ambiental não são contínuos,

abrangentes e carecem de mecanismos inovadores.

3.4.2. Análise das oportunidades e ameaças

Esta análise apresenta as principais oportunidades e ameaças aos aspectos relacionados

com a gestão das áreas de conservação em Angola. A Tabela 11 apresenta um resumo

dessas oportunidades e ameaças.

Tabela 11: Análise SWOT do INBAC (oportunidades e ameaças).

Oportunidades Ameaças

Rica biodiversidade

Angola é um dos países mais ricos em termos de

biodiversidade de África e um dos menos estudados

pelo que existe um enorme potencial e interesse

internacional na investigação e protecção dos seus

habitats. Existem projectos em curso e planificados

Tráfico e comércio de espécies

Há um crescente mercado regional e internacional

de comércio e tráfico de espécies (da fauna e da

flora) incluindo artefactos de caça que é alimentado

a nível nacional. Este tráfico poderá por em perigo

os esforços internos de protecção e conservação da

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Oportunidades Ameaças

que beneficiam de apoios financeiros e técnicos

internacionais quer que agências doadoras como de

programas especializados das organizações das

Nações Unidas.

biodiversidade.

Desenvolvimento do turismo

O desenvolvimento do turismo e do ecoturismo

dentro das áreas de protecção e em áreas

adjacentes, assim como os investimentos em áreas

transfronteiriças de conservação poderá resultar em

oportunidades de geração de renda local e de

conservação da biodiversidade.

Alterações climáticas

Os impactos das alterações climáticas incluído a

variabilidade climatérica com a intensificação dos

fenómenos cíclicos como a seca e as inundações

têm um efeito ainda pouco conhecido sobre a

biodiversidade particularmente a nível de habitats.

Desenvolvimento económico

O actual desenvolvimento económico e a

necessidade de diversificação das fontes de receita

pode permitir o surgimento de vários nichos de

mercado que resultem numa melhor gestão dos

nossos recursos naturais incluindo a biodiversidade.

O estabelecimento de parcerias internacionais pode

ajudar no desenvolvimento deste tipo de acções.

Sobrepesca e poluição

A sobrepesca e as actividades com maior grau de

poluição quer a nível de actividades de

comunidades rurais como industriais têm um

impacte negativo sobre a qualidade de vida das

pessoas e sobre a biodiversidade. Estas podem

igualmente contribuir para o agravar das condições

de pobreza das populações e resultar no aumento da

pressão sobre os recursos naturais.

Investigação

Angola é um dos países mais ricos em termos de

biodiversidade de África e um dos menos estudados

Lacunas de conhecimento

A inexistência de informação e de conhecimentos

precisos sobre a nossa biodiversidade não permite

uma adequada planificação para a protecção da

biodiversidade e gestão sustentável das áreas de

conservação.

3.5. Caracterização Sumária da Área de Intervenção

Esta secção pretende apresentar um resumo de como estão as actuais áreas de conservação

do ponto de vista socioeconómico e biofísico. A mesma tem como base informações de

relatórios e entrevistas com partes interessadas conhecedoras da situação das áreas de

conservação.

3.5.1. Aspectos socioeconómicos

As características socioeconómicas das áreas de conservação são resumidas na Tabela 12.

É de realçar que as fontes bibliográficas são diversificadas e nem sempre muito

actualizadas, devido à escassez de informação relativos a censos recentes disponíveis para

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

consulta. Assim, a informação não está necessariamente uniformizada e homogénea para

todas as áreas mas serve para demonstrar o estado da situação socioeconómica nas áreas

em questão.

Tabela 12: Resumo dos aspectos socioeconómicos das áreas de conservação.

Área de conservação Aspectos socioeconómicos

Parque Nacional do Bicuar

(Huíla)

Num levantamento dos anos 70, não existia neste parque nenhum aglomerado

populacional dentro dos seus limites. 10 Num levantamento de 2004 e devido a

quase todas as suas fronteiras serem artificiais, já se verificava que muitas

fazendas estenderam os seus limites para o interior do parque. Existiam

aldeias dentro da sua área, segundo as autoridades locais, deslocaram-se para

lá durante o período de guerra. Nesses levantamentos havia evidências da

invasão de 14 fazendas vedadas dentro da área do parque, causando já nessa

altura grandes choques entre os elefantes e as pessoas, uma vez que as

fazendas situavam-se em corredores naturais de migração destes animais.

Consequentemente, a redução do pasto devido à elevada quantidade de

cabeças de gado na região foi também registada nessa altura.11 Em 1982 a

estimativa da população na área do parque era de cerca de 5.000 pessoas.

Parque Nacional da

Cameia (Moxico)

Num levantamento de 2004 já se estimava que com esse número tivesse

aumentado, devido à degradação das condições económicas e sociais. A

criação de gado, agricultura e pesca dentro da sua área são uma realidade.12

Parque Nacional da

Cangandala (Malanje)

Neste Parque, já foram propostas alternativas para o estabelecimento de novos

limites, resultantes do conflito entre área de conservação e crescimento das

aldeias circundantes. Devido ao projecto de conservação da palanca negra

gigante existe já no parque uma vedação de cerca de 4000 hectares conhecido

como o Santuário da Palanca, que serve exclusivamente para o controlo desta

10 Adaptado do livro “Considerações acerca de algumas zonas de protecção da fauna, flora e solo de Angola”. Paias Simões, Instituto de Investigação Científica de Angola, 1971.11 Adaptado do relatório “Parques Nacionais de Angola, diagnóstico e perspectivas” do Ministério do Urbanismo e Ambiente. Julho 2004.12 Adaptado do relatório “Parques Nacionais de Angola, diagnóstico e perspectivas” do Ministério do Urbanismo e Ambiente. Julho 2004.

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Área de conservação Aspectos socioeconómicos

população de palancas. Já se iniciou também a vedação à volta de toda a área

redefinida do parque pelo MINAMB. Num levantamento de 2013 a situação

no parque era a seguinte:

Zona Norte: actividades da aldeia de Culamagia (posto

administrativo da comuna de Culamagia) a estender-se para a área

do parque. As aldeias estão confinadas à estrada Caribo-Culamagia

que divide o parque a norte.

Zona Este: Dumba Quicala é a aldeia de maior preocupação em

termos de expansão para a área do parque.

Zona Sul, a maior preocupação é Changoji que está localizado na

estrada da fronteira Sul.

O aumento da população humana nas fronteiras do Parque Nacional da

Cangandala e mais recentemente dentro do próprio parque são questões

preocupantes. As populações estão a crescer e a planear a construção de

estruturas definitivas para o seu estabelecimento, como por exemplo um

hospital.

Assim, a sugestão de redefinição das fronteiras proposta (e aceite pelo

MINAMB) pretende excluir da área do parque a maioria das aldeias, as

estradas de maior circulação e as áreas cultivadas; e incluir habitats

importantes onde não exista população.13

Parque Nacional do Iona

(Namibe)

Em referências dos anos 70, já se apontava o inconveniente da cidade de

Porto Alexandre (agora Tômbwa) ter um núcleo populacional importante e

características industriais. Havia também o porto piscatório da Baía dos

Tigres com características exclusivamente industriais. Havia núcleos

“Curocas” na região Norte do Parque, associados a uma desestabilização na

área com a realização de “batidas”. Na área sul do parque havia povoações de

“Muximbas” responsáveis pela criação de gado e também associados à caça

de subsistência, que na altura não se considerava ameaçadora ao equilíbrio do

meio. 14

Num relatório de 2004 apontava-se o aumento de cabeças de gado das

populações nómadas e também a construção de estruturas na comuna do Iona

que aumentou a concentração humana e de gado nos seus arredores,

acelerando a degradação do ecossistema do parque.

Parque Nacional da Em referências dos anos 70, considerava-se que a ocupação humana dentro do

13 Adaptado do relatório “Plano de Emergência para Salvar a Palanca Negra Gigante no Parque Nacional da Cangandala” de Jeremy Anderson, Agosto 2012.14 Adaptado do livro “Considerações acerca de algumas zonas de protecção da fauna, flora e solo de Angola”. Paias Simões, Instituto de Investigação Científica de Angola, 1971.

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Área de conservação Aspectos socioeconómicos

Quiçama (Luanda) parque era relativamente restrita e estava estabelecida principalmente nas

proximidades das povoações do Chio, Mumbondo, Galinda e Cabo Ledo. Na

altura já existia dentro da área do parque empresas privadas desaconselhadas

por incompatibilidade com os princípios de conservação. No entanto, o

interesse económico sobrepunha-se ao do parque. 15A estimativa de cerca de

5.000 residentes no parque dos anos 75 manteve-se mais ou menos na mesma

(Huntley, 2003) havendo um aumento na pressão humana na zona costeira.

Recomendou-se um levantamento e recenseamento dessas populações.

Durante o período de guerra ergueram-se dentro da área de conservação infra-

estruturas como a Unidade de Comandos, aeroporto de Cabo Ledo e estrada

nacional sul, apesar de incorrer a uma violação dos estatutos do parque.16

Parque Nacional da Mupa

(Cunene)

Este parque nunca beneficiou de protecção desde que foi criado, nunca tendo

infra-estruturas de gestão e fiscalização. Num levantamento de 2004 foram

contabilizadas 134 aldeias e cerca de 18.000 habitantes, Encontram-se

empreendimentos agro-pecuários de grande envergadura dentro da sua área

assim como um número elevado de cabeças de gado. Pelo elevado número de

habitantes e actividades desapropriadas ao conceito de parque, já foi sugerida

pelo próprio Ministério de tutela, a desproclamação desta área como Parque

Nacional. 17

Parque Nacional de

Luengue-Luiana

e

Parque Nacional de

Mavinga (Cuando

Cubango)

Estes parques têm áreas bastante amplas e daí as populações no seu interior

não são surpresa. A maior parte das pessoas nos Parques e nas áreas

circundantes encontram-se no sudeste, no noroeste entre o Longa e o Cuito

Cuanavale, ao longo dos Rios Lomba e Cubia, e nas margens ocidentais do

Rio Cioto. Existem populações espalhadas ao longo das margens ocidentais

do Rio Cuito e vivendo em ilhas isoladas nos largos vales de áreas pantanosas

neste rio. Existe um número significativo de caçadores-colectores vivendo

como famílias isoladas em toda área, e não são fáceis de localizar por via

aérea ou imagens de satélite.

Não existe um levantamento sistemático de dados sobre o uso do solo no

parque, no entanto pode-se realçar as seguintes evidências:

Não são reconhecidas concessões florestais no parque, embora existam

actividades ilícitas debate de árvores, estas são desenvolvidas em maior parte

nas zonas do sul do Cuando-Cubango.

15 Adaptado do livro “Considerações acerca de algumas zonas de protecção da fauna, flora e solo de Angola”. Paias Simões, Instituto de Investigação Científica de Angola, 1971.16 Adaptado do relatório “Parques Nacionais de Angola, diagnóstico e perspectivas” do Ministério do Urbanismo e Ambiente. Julho 2004. 17 Adaptado do relatório “Parques Nacionais de Angola, diagnóstico e perspectivas” do Ministério do Urbanismo e Ambiente. Julho 2004.

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Área de conservação Aspectos socioeconómicos

A silvicultura e a exploração florestal são consideradas como formas para

diversificar a economia. Existem também bastantes actividades desenvolvidas

por madeireiros e concessões registadas, relativamente pouca exploração

madeireira é de facto realizada

A maior parte da população humana fora das vilas maiores é concentrada em

pequenas povoações com menos de cem pessoas por povoação. A maioria dos

agregados familiares pratica subsistência baseada na agricultura de “corte e

queima”.

Alguns agregados familiares vendem os recursos naturais tais como as

canas/juncos e capim.

As empresas madeireiras privadas extraem as espécies de Baikiaea plurijuga,

Burkea africana e Pterocarpus angolensis nesta área.

Os parques fornecem uma grande variedade de serviços ecossistémicos e os

habitantes do parque dependem extensivamente dos mesmos.

Grandes áreas do parque são queimadas todos os anos e nesta região não

existem condições para incêndios naturais, sendo claro que são quase

totalmente colocados conscientemente pelas pessoas. 18

Parque Nacional do

Mayombe (Cabinda)

Área socialmente delicada pelo ecossistema da Bacia do Congo pertencer a

uma região transfronteiriça (Angola, República Democrática do Congo,

Gabão e Congo). Censo de uma população com cerca de 1.000.000 de

pessoas, maioritariamente pobres, em comunidades que partilham as culturas

autóctones da região. Os principais desafios na passagem da mensagem de

conservação da biodiversidade prendem-se com a falta de percepção da

vantagem dos benefícios a médio/longo prazo, em detrimento dos benefícios a

curto prazo que implicam a destruição dos recursos biológicos. Considera-se

urgente desenvolver uma proposta alternativa que tenha em conta as

preocupações dessas comunidades.19

3.5.2. Aspectos biofísicos

A Tabela 13 resume algumas das características biofísicas dos actuais parques nacionais. A

informação é sobretudo sobre o clima, tipo de solos, vegetação mais representativa e fauna.

Em relação à fauna, são dados nomes de apenas alguns animais, dos mais representativos

tendo em conta a sua distribuição histórica. No entanto, na maioria das áreas não há censos

recentes que confirmem a existência de algumas dessas espécies e ainda menos o estado

das suas populações e portanto esta pequena lista de nomes não poderá sempre servir como 18 Adaptado dos relatórios “Plano de Gestão do Parque Nacional do Luengue-Luiana” e “Plano de Gestão Parque Nacional de Mavinga; Período: 2016-2020” da USAID, Julho 2016. 19 Adaptado de Apresentação a Iniciativa da Floresta de Mayombe, de Agostinho Chicaia, Janeiro 2016.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

uma referência actual.

Tabela 13: Resumo dos aspectos biofísicos das áreas de conservação.

Área de conservação Aspectos biofísicos

Parque Nacional do

Bicuar (Huíla)

Clima: Segundo Thornthwaite é sub-húmido seco. Valores de precipitação entre

os 800 e 1200mm, com período de chuvas cada vez mais curto à medida que se

vai para sul. Estação seca com oscilações térmicas diárias, temperaturas

mínimas muito baixas e extrema secura do ar (valores mínimos de humidade

relativa de 40%). Temperatura médica anual de cerca de 22ºC.

Solos: metade norte do parque predominantemente psamoferrálicos e

oxipsâmicos pardacentos e metade sul com solos cromopsâmicos, oxipsâmicos

pardacentos e psamo-regalosos.

Vegetação: metade norte é uma zona de transição de floresta de miombo

(Brachystegia e Julbernadia) com Balcedos de Baikea plurijuga e a metade sul

do parque são predominantemente balcedos de Baikea plurijuga.

Fauna: Elefante, leão, zebra da planície, búfalo, nunce, gunga, facochero,

mabeco, ratel, leopardo, golungo.

Parque Nacional da

Cameia (Moxico)

Clima: segundo a classificação de Thornthwaite o clima é do tipo húmido de

mesotérmico. Duas estações bem distintas: chuvosa (Outubro-Abril) e seca

(estantes meses). A precipitação na época chuvosa atinge os 1200 a 1300mm. As

temperaturas médias anuais oscilam entre os 21 e 22ºC. A humidade relativa

média anual é de 60 a 70%, com valores mínimos em Junho/Julho na época

seca/fria.

Solos: predominantemente psamo-hidromórficos.

Vegetação: Savana bosque (Brachystegia e Burkea), savana com arbustos e

pseudo-estepe

Fauna: Cacu, tchicolocossi, leão, palanca vermelha, nunce, hiena malhada,

sitatunga, hipopótamo.

Parque Nacional da

Cangandala (Malanje)

Clima: Pela classificação de Thornthwaite é mesotérmico e sub-húmido. As

temperaturas médias anuais oscilam, em regra, entre os 21 e 22ºC.

Normalmente, a estação fria decorre entre os meses de Maio e Agosto e a

estação quente decorre nos restantes meses.

Em relação à pluviosidade, a estação chuvosa dura cerca de 6-7 meses entre os

meses de Outubro e Abril com quantitativos de precipitação compreendidos

entre os 900 mm e 1000 mm por ano.

A estação seca de 5-6 meses, entre Maio e Setembro, caracteriza-se por possuir

temperaturas médias próximas da média anual, sem grandes oscilações térmicas

diurnas.

Solos: predominantemente ferralíticos.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Área de conservação Aspectos biofísicos

Vegetação: zona típica da floresta de miombo, ecossistema

onde dominam árvores do género Brachystegia, Julbernardia e Isoberlinia.

Fauna: Palanca negra gigante, palanca vermelha, facochero, golungo, bambi,

porco do mato, sitatunga, nunce.

Parque Nacional do

Iona (Namibe)

Clima: Na classificação de Thornthwaite clima mesotérmico na região árida do

sudoeste de Angola. Precipitações inferiores a 100 mm e todos os meses do ano

se podem considerar secos. Por estar na orla litoral tem elevados valores de HR,

cerca de 70%. As temperaturas médias anuais é de cerca de 23 e 24ºC.

Solos: Em termos de pedologia existe imensa variedade neste parque nacional,

reflectindo-se nas diferentes paisagens. Os mais representativos são os terrenos

com afloramentos rochosos, dunas do deserto e solos arídicos com crosta

calcária.

Vegetação: predominam as dunas quase sem vegetação e estepes graminosas

com ocorrência frequente de Welwitschia mirabilis em alguns terrenos.

Fauna: Guelengue (orix), zebra da montanha, avestruz, hiena castanha, olongo,

chita, ratel.

Parque Nacional da

Quiçama (Luanda)

Clima: Segundo a classificação de Thornthwaite é semiárido a árido e

megatérmico. Valores da temperatura média anual é de 25ºC. A estação chuvosa

de cerca de 6 meses (Novembro a Abril) tem precipitações médias entre os 400 e

500mm. O período seco coincide com os meses mais frios (restantes meses). Os

valores médios da humidade relativa, entre os 75 e 80% são pouco variáveis em

qualquer das estações.

Solos: diferentes tipos de solo representados tais como os solos aluvionais

fluviais, psamofersiálicos e psamo-rególicos, calcários pardos e vermelhos e

barros negros e pardos.

Vegetação: também apresenta diferentes tipos de vegetação, variáveis com a

pedologia da área, entre elas encontra-se: prados palustres com C. papyrus e

Echinochloa (áreas fluviais); estepes graminosas com arbustos e Hyphanea

gossweileri; savanas arborizadas com Andesonia sp., Sterculia e Acacia;

balcedos de Strychnos e savanas de Setaria welwitschii.

Fauna: Manatim e crocodilo (rio Kwanza), elefante, gunga, golungo, macaco de

cara preta, macaco preto.

Parque Nacional da

Mupa (Cunene)

Clima: Na classificação de Thornthwaite clima é semiárido e mesotérmico.

Precipitações escassas e irregulares na sua distribuição com valores próximos de

700mm na estação chuvosa (cerca de 5 meses, Novembro a Março). A

temperatura média anual é de cerca de 22ºC. A humidade relativa do ar média

varia de 40 a 50%, sendo os valores mais baixos na época seca.

Solos: predominantemente psamíticos e arídicos pardo-avermelhados e

halomórficos associados a psamíticos.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Área de conservação Aspectos biofísicos

Vegetação: Sobretudo matos brenhosos com Baikiaea plurijuga e formações

arborizadas e arbustiva com Colophospermum, Acacia e Spirostachys.

Fauna: girafa, leão, elefante, zebra da planície, leopardo, rinoceronte-preto,

mabeco, palanca-vermelha.

Parque Nacional de

Luengue-Luiana

(Cuando Cubango)

Clima: Pela classificação de Thornthwaite o clima é semiárido na região mais a

sul e sub-húmido seco mais a norte. O período efectivo de chuvas é bastante

curto (80% das precipitações de Dezembro a Março). As precipitações médias

são de cerca de 700mm na região mais a norte, em pontos como o Cuangar,

Dirico e Mucusso são de 578mm, 533mm, e 524mm, respectivamente. A

temperatura média anual é de cerca de 22ºC. Máxima: 30,5ºC. Mínima: 14ºC.

Na estação fria/seca as amplitudes térmicas diárias oscilam cerca de 20ºC e na

estação quente cerca de 13ºC (Fevereiro/Março). A humidade relativa varia

entre 45 a 55% (decresce de norte para sul), sendo cerca de 30% no tempo seco

e de 60 a 70% no tempo chuvoso.

Solos: divididos principalmente em três conjuntos – aluvionais recentes, solos de

formações calcárias e solos quartzosos.

Vegetação: o domínio é da savana de bosque e arborizada com Baikiaea,

Burkea, Guibourtia e Pterocarpus, algumas savanas com arbustos e árvores e

savanas herbosas com Peltophorum, Combretum e Acacia e bosques de

Ricinodendron rautanenii.

Fauna: Chita, hiena malhada, mabeco, ratel, elefante, leopardo, palanca negra

vulgar, nunce, oribi, hipopótamo.

Parque Nacional de

Mavinga (Cuando

Cubango)

Clima: Na classificação de Thornthwaite a região divide-se por dois tipos

climáticos – sub-húmido/húmido na metade norte e sub-húmido seco na metade

sul. O período chuvoso vai de Novembro a Março com valores de precipitações

máximo de 1100mm e mínimo de 800/700 (em Mavinga). 80% das

precipitações ocorrem entre Dezembro e Março. Humidade relativa entre 50 a

60%. Temperatura máxima média anual em Mavinga de cerca de 25,8ºC e

mínima média anual de 17,5ºC. A mínima absoluta em Mavinga é de -5,9ºC.

Solos: predominantes os solos psamíticos, que podem ser de origem da

plataforma de areias secas ou dos vales. Há também representação de solos

relacionados com formações calcárias.

Vegetação: o domínio é da savana de bosque e arborizada com Baikiaea,

Burkea, Guibourtia e Pterocarpus, representação significativa de floresta de

miombo densa seca e floresta aberta de Brachystegia, Guibourtia e

Cryptosepalum e associadas às linhas de água as savanas com arbustos e árvores

e comunidades herbosas.

Fauna: Chita, hiena malhada, mabeco, ratel, elefante, leopardo, palanca negra

vulgar, nunce, oribi, hipopótamo.

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Área de conservação Aspectos biofísicos

Parque Nacional do

Mayombe (Cabinda)

Clima: Segundo Thornthwaite é húmido na área interior montanhosa do Alto

Maiombe. Duas estações climáticas: chuvosa (Outubro a Maio) e seca (restantes

meses). Humidade relativa do ar muito elevada ao longo de todo ano, valores

médios de 80%. Temperatura média anual: 25-26ºC; Máxima: 31-32ºC

(Março/Abril); Mínima: 17-20ºC (Julho/Agosto).

Solos: predominantemente paraferralíticos e ferralíticos.

Vegetação: predominantemente floresta densa húmida sempervirente, géneros

mais representativos: Entandrophragma e Gilbertiodendron.

Fauna: as espécies mais características da região são os grandes primatas, gorilas

da planície e chimpanzés. Existem outros animais com importância de

conservação tais como o elefante de floresta, os pangolins de floresta, os

pangolins de floresta e muitos pequenos primatas.

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4. Proposta de Novas Áreas de conservação

A lista de áreas de conservação terrestres propostas apresentada na Tabela 14 não é

exaustiva mas corresponde à lista que actualmente é apresentada com critérios claros. A

sua apresentação não segue nenhuma ordem de prioridade sendo apenas representadas em

ordenação de norte para sul.

A lista apresenta o nome do local proposto, a província aonde este local se situa, a área em

hectares que se pretende estabelecer assim como uma indicação do bioma e dos principais

tipos de vegetação. Também é apresentado o motivo que justifica a proposta de criação de

cada uma das áreas.

Tabela 14: Propostas para a criação de novas áreas de conservação terrestres (adaptado de Huntley

2010b).

Local

proposto

Província Área (ha) Bioma Motivo

Maiombe  Cabinda  ≈ 40.000  Bioma Guineo-

Congolês, floresta

húmida tropical

(tipos 1 e 2 de

Barbosa)

 A floresta húmida tropical é o mais importante

sistema retentor de dióxido de carbono no

planeta. A área proposta inclui cerca de 20

espécies de mamíferos de grande porte que não

ocorrem em qualquer das actuais áreas de

conservação de Angola.

Serra

Pingano

 Uíge  ≈ 35.000  Bioma Guineo-

Congolês, floresta

húmida tropical

(tipo 3 de Barbosa,

subtipo Cazengo)

 Último bloco de floresta húmida de grandes

dimensões remanescente em Angola, sendo por

isso urgente que se faça a avaliação da

biodiversidade local com vista a definir limites

para uma nova área de protecção.

Lagoa

Carumbo

 Lunda-

Norte

 ≈

200.000

 Florestas de

galeria do bioma

Guineo-Congolês,

matas e savana do

bioma Zambeziano,

rios e lagoas em

excelente estado de

conservação

ambiental (tipos 8 e

12 de Barbosa)

 Maior lagoa interior de Angola ainda intacta,

assim como as florestas de pântano associadas.

Não tem população humana residente, nem

utilização agrícola ou desenvolvimentos de

outra ordem. Biodiversidade riquíssima devido

à vasta gama de habitats, tanto terrestres como

aquáticos.

Serra

Mbango

Malanje ≈ 40.000  Matas do bioma

Zambeziano (tipo

Esta área aparentemente tão bem conservada

situa-se totalmente no interior da antiga

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Local

proposto

Província Área (ha) Bioma Motivo

26 de Barbosa) Reserva de Milando, cujo actual estatuto legal

necessita de clarificação.

Floresta

da

Gabela

Cuanza-

Sul

≈ 15.000 Florestas húmidas

semidecíduas do

bioma Guineo-

Congolês (tipo 3 de

Barbosa, subtipo

Amboim)

Semelhante à floresta de Kumbira (a seguir),

mais extensa e menos alterada; rica em aves

endémicas mas ainda não estudada em

pormenor.

Serra

Njelo,

floresta

da

Kumbira

Cuanza-

Sul

≈ 15.000 Florestas de

escarpa com

afinidades com o

bioma Guineo-

Congolês (tipo 3 de

Barbosa, subtipo

Seles; tipo 18)

Esta floresta proporciona habitats para

populações viáveis de toda a variedade de aves

endémicas e raras que a ocupam, e é por isso

que as florestas da escarpa angolana são

internacionalmente reconhecidas como

importantes áreas de avifauna. Ainda não se

fez qualquer esforço para proteger as florestas

situadas ao longo da escarpa de Angola,

embora elas já sejam conhecidas há quase um

século pela sua importância em termos de

biodiversidade.

Morro

Namba

Cuanza-

Sul

≈ 10.000 Bioma

Afromontano (tipo

6 de Barbosa).

Características semelhantes às do Morro Moco

(a seguir), mas as florestas aqui são mais

extensas e menos alteradas que as do Morro

Moco e contêm todas as importantes espécies

de aves nele encontradas.

Morro

Moco

Huambo ≈ 10.000 Bioma

Afromontano (tipos

6 e 32 de Barbosa).

Contém floresta de

Podocarpus,

savana de Protea e

prados de

montanha.

O Morro Moco é o mais importante de todos os

locais para conservação da avifauna de floresta

afromontana do território.

Serra da

Neve

Namibe ≈ 20.000 Matas do bioma

Zambeziano,

savanas e brenhas

do bioma do

Karoo-Namib,

florestas

Há urgente necessidade de proceder ao estudo

detalhado da Serra e ao delineamento de uma

nova área de conservação. Algumas breves

visitas de reconhecimento indicaram a

ocorrência de muitas espécies de plantas

endémicas, de aves (incluindo o Barbado-de-

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Local

proposto

Província Área (ha) Bioma Motivo

Afromontanas,

Zona da Escarpa de

Angola (tipos 5,18

e 20 de Barbosa).

cabeça-branca Lybius leucocephalus), e de

exemplos da distribuição descontínua de

elementos florísticos Afromontanos e

Capensis.

Mussuma Moxico ≈

500.000

Matas secas do

bioma Zambeziano

e anharas de

inundação (tipos

24, 25 e 31 de

Barbosa).

Proposta baseada na Conservação

Transfronteiriça. Uma área que ligaria a Liuwa

Plain National Park da Zâmbia com

ecossistemas semelhantes no Moxico (Peace

Parks Foundation 2010). A motivação

principal é oferecer espaço para os gnus

migratórias e das populações zebra que se crê

para mover em uma base sazonal entre os dois

países. Estudos in situ são necessários para

apoiar a proposta.

Serra da

Chela

Huíla ≈ 20.000 Matas e savanas do

bioma Zambeziano,

savanas e brenhas

do Karoo-Namib,

florestas

Afromontanas,

Zona da Escarpa de

Angola (tipos 5, 6,

16, 20 e 32 de

Barbosa)

A Zona da Escarpa de Angola é uma unidade

biogeográfica de grande interesse devido às

suas acentuadíssimas transições de altitude, de

clima e de habitat. Ocorrência de um número

considerável de aves raras e endémicas nas

florestas da escarpa faz com que, a nível

internacional, a área seja considerada uma

significativa área de avifauna.

Do ponto de vista da criação de áreas marinhas protegidas são apresentadas propostas na

Tabela 15 que emanam de trabalhos de investigação realizados no âmbito do Projecto

Biodiversidade do Programa Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela

(BCLME) apresentado pelo INIP (2005). A divisão destas áreas de conservação está

baseada nos dados biológicos e oceanográficos, assim como nas estruturas da plataforma

continental da costa.

Tabela 15: Propostas para a criação de áreas marinhas protegidas (adaptado de INIP, 2005).

Região proposta Motivo

Região 1

Zona do rio Cunene (Desde a Ponta Albina,

Local de encontro da plataforma continental com a costa –

barreira natural. Circulação das correntes em direcção ao

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Região proposta Motivo

fim do sistema de afloramento - upwelling -

de Benguela)

Atlântico central, influenciando a distribuição dos pequenos

pelágicos e crustáceos.

Região 2

Da Ponta Albina até a latitude 13°50’

(Pedras de Magellan; Baía do Tômbwa e

estuário)

Esta região é considerada como uma área de reprodução e

recrutamento das espécies marinhas principalmente os

pelágicos e alguns crustáceos.

Região 3

Das Pedras de Magellan até Baía Farta

Região 4

Dentro da região 3 – Pequena área fora de

Carunjamba, próximo de Santa Maria (2-3

milhas sul)

Região 5

Da Baía Farta até ao Quicombo

Encontra-se um declive um pouco inclinado na parte norte e

na parte sul mais profundo até à Abissal (declive). Isto

influencia a pesca; a plataforma continental é menos

profunda, há pouco stress de ventos baixos e é uma área

muito quente. Nesta área encontram-se muitos peixes.

Região 6

Entre o Quicombo e o Sumbe

Uma pequena região, uma rampa pouca profunda, uma

pequena área da plataforma continental.

Região 7

Da Região 6 – Quicombo – até à Ponta das

Palmeirinhas (Local de encontro dos rios

Longa e Kwanza (Principal)

Plataforma continental interrompida, linha costeira e canhão

frente, mangais na direcção norte. Área de desova e de

recrutamento das espécies marinhas.

Região 8

Região da Barra do Dande

Área com uma alta influência humana, contém Luanda, área

de transição, contra-correntes do sul equatorial e atinge a

costa até 9°; influencia os rios; área de desova das muitas

espécies marinhas. O rio Dande desagua directamente no

oceano; é uma área de desova, de reprodução e de

recrutamento de muitas espécies aquáticas. Sobretudo, os

mangais desta região precisam de ser protegidos.

Região 9

Da Barra do Dande até ao Ambriz

É uma plataforma continental estreita, área de desova e

recrutamento de muitos peixes e crustáceos. Há necessidade

de proteger também os mangais que favorecem as boas

condições aos organismos vivos aquáticos.

Região 10

Da zona do Ambriz até ao canhão do rio

Congo

Área importante para exploração de petróleo. Fronteira

entre uma plataforma continental estreita a sul e canhão a

norte. Influência limitada do rio Congo. Área de desova e

recrutamento de muitas espécies marinhas. Encontram-se

mangais que necessitam de protecção.

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Região proposta Motivo

Região 11

Região de Cabinda

Influência do rio Congo. Mangais que favorecem o

ambiente necessário para desova, reprodução e

recrutamento de espécies marinhas assim como protegem a

linha costeira contra as erosões. Esta área precisa de ser

protegida dos impactos resultantes das actividades

petrolíferas.

As propostas para novas áreas de conservação não se limitam as apresentadas nas Tabelas

16 e 17. Existem outras áreas que devido à outros factores poderão no futuro vir a ser

consideradas como áreas de conservação, tanto marinhas como terrestres. Estas incluem,

por exemplo, as áreas ambientais que foram escolhidas para o concurso das 7 Maravilhas

de Angola, áreas de protecção sugeridas junto as albufeiras de barragens, as Áreas de

Importância Ecológica ou Biológica, etc.

É importante realçar que existem em curso uma série de projectos de investigação em

várias áreas do país cujos resultados poderão servir para o estabelecimento de áreas de

conservação da biodiversidade, particularmente quando são identificadas áreas cujos

biomas ainda não se encontram protegidos ou que contêm espécies da flora e fauna de

relevância nacional e internacional.

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5. Estratégia de Intervenção

5.1. Visão Estratégica

Para o Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola foi estabelecida a

seguinte Visão Estratégica:

Preservar a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas e o património

cultural, natural e paisagístico através da conservação e do restabelecimento

das espécies e dos habitats naturais num estado de conservação aceitável.

Deste modo e de forma que seja possível alcançar tal Visão Estratégica foram definidos os

seguintes Objectivos Gerais:

OG1. Garantir a eficácia da gestão territorial das áreas de conservação;

OG2. Valorizar de recursos naturais, paisagísticos e culturais permitindo um

melhor acesso e partilha de benefícios;

OG3. Garantir tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e

representativas com a contribuição das comunidades na sua gestão;

OG4. Promover a gestão de cada área de conservação através de políticas e de

estruturas institucionais apropriadas (planos de gestão);

OG5. Assegurar a manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira

de cada área de conservação;

OG6. Criar um sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido

pelos intervenientes.

5.2. Objectivos Específicos por Eixos Estratégicos

No presente contexto serão apresentados os objectivos gerais e os específicos para cada um

dos seguintes eixos estratégicos considerados:

Planeamento e Gestão;

Governança e Participação;

Capacidade Institucional;

Avaliação e Monitorização.

5.2.1. Planeamento e Gestão

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5.2.1.1. Objectivos Gerais

Os objectivos gerais definidos para este eixo são os seguintes:

OG1. Garantir a eficácia da gestão territorial das áreas de conservação;

OG2. Valorizar de recursos naturais, paisagísticos e culturais permitindo

um melhor acesso e partilha de benefícios.

5.2.1.2. Objectivos Específicos

Na Tabela 16 apresentam-se os objectivos específicos associados a este eixo:

Tabela 16: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Planeamento e Gestão.

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

OG1. Garantir a

eficácia da gestão

territorial das áreas

de conservação

Dotar cada área de conservação com o seu plano de gestão.

Expandir a rede de áreas de conservação, incluindo áreas marinhas protegidas.

Reforçar a gestão transfronteiriça de áreas de conservação.

Promover a gestão sustentável de recursos naturais em zonas limítrofes às áreas de

conservação e que sejam relevantes para a sua conectividade e integridade

ecológica.

OG2. Valorizar os

recursos naturais,

paisagísticos e

culturais permitindo

um melhor acesso e

partilha de

benefícios

Elaborar e implementar instrumentos que contribuam para o cumprimento dos

objectivos das unidades de conservação, combatam e previnam a biopirataria, o

tráfico de animais e plantas, a ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies

invasoras.

Diminuir as zonas degradadas através da reabilitação e restauração ecológica.

Promover a conservação e a valorização do património existente nas áreas de

conservação e zonas limítrofes.

Integrar considerações e políticas relativas às alterações climáticas (adaptação e

mitigação) no planeamento e gestão de cada área de conservação.

Aprofundar o conhecimento científico e técnico sobre os ecossistemas existentes, as

populações das espécies de flora e de fauna e os seus habitats, bem como de

tecnologias para monitorização e gestão adequada dos espaços e promover a

transferência de conhecimento e tecnologia para Angola.

5.2.2. Governança e Participação

5.2.2.1. Objectivos Gerais

O objectivo geral definido para este eixo é o seguinte:

OG3. Garantir tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e

representativas com a contribuição das comunidades na sua gestão.

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5.2.2.2. Objectivos Específicos

Na Tabela 17 apresentam-se os objectivos específicos associados a este eixo.

Tabela 17: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Governança e

Participação.

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

OG3. Garantir

tomadas de decisão

responsivas,

inclusivas,

participativas e

representativas com

a contribuição das

comunidades na sua

gestão

Fomentar o envolvimento das comunidades e outras partes interessadas no

planeamento e gestão de cada área de conservação, promovendo uma participação

plena e efectiva e com reconhecimento dos seus direitos, responsabilidades e com

partilha de benefícios.

Aumentar o grau de consciencialização e promover a mudança de mentalidades das

comunidades (e outras partes interessadas) residentes nas áreas de conservação e

zonas limítrofes, através da informação, educação e comunicação.

Fomentar e fortalecer sistemas inovadores de governação inclusiva, bem como

desenvolvimento e adopção de normas, critérios e boas práticas recomendadas para a

gestão e governança do sistema de áreas de conservação.

Potenciar o papel das áreas de conservação no desenvolvimento sustentável e redução

da pobreza.

5.2.3. Capacidade Institucional

5.2.3.1. Objectivos Gerais

Os objectivos gerais definidos para este eixo são os seguintes:

OG4. Promover a gestão de cada área de conservação através de políticas e

de estruturas institucionais apropriadas (planos de gestão);

OG5. Assegurar a manutenção da sustentabilidade socioeconómica e

financeira de cada área de conservação.

5.2.3.2. Objectivos Específicos

Na Tabela 18 apresentam-se os objectivos específicos associados a este eixo.

Tabela 18: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Capacidade Institucional.

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

OG4. Promover a

gestão de cada área

Reduzir e eliminar barreiras legais e institucionais ao estabelecimento de mecanismos

de governação e gestão adequados.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

de conservação

através de políticas

e de estruturas

institucionais

apropriadas (planos

de gestão)

Desenvolver a capacidade institucional de decisores, gestores, técnicos e das

comunidades, favorecendo a articulação institucional entre as diferentes partes

envolvidas e a acção integrada dos fiscalizadores e observadores.

Desenvolver instrumentos e ferramentas de gestão adequados às diferentes realidades,

implementar cadastros, favorecer a partilha/transferência de métodos e tecnologias.

Implementar capacitação contínua a diversos níveis – individual, comunitária e

institucional - de modo sistemático e com refrescamentos.

OG5. Assegurar a

manutenção da

sustentabilidade

socioeconómica e

financeira de cada

área de conservação

Melhoria das condições de mobilidade no território, nomeadamente no que respeita ao

acesso a aglomerados populacionais, a infra-estruturas e espaços públicos e a outros

pontos de interesse.

Valorizar os recursos endógenos e a compatibilização das actividades humanas com os

recursos naturais.

Implementar mecanismos para a partilha equitativa dos custos e benefícios decorrentes

da gestão das áreas de conservação.

Desenvolver e implementar mecanismos de captação de recursos financeiros, quer

externos, quer internos, usando instrumentos financeiros inovadores e marketing

ambiental a nível internacional e nacional.

Garantir recursos financeiros, técnicos e outros suficientes para cobrir os custos de

implementação e gestão eficaz do sistema de áreas de conservação.

5.2.4. Avaliação e Monitorização

5.2.4.1. Objectivos Gerais

O objectivo geral definido para este eixo é o seguinte:

OG6. Criar um sistema de avaliação e monitorização funcional e

compreendido pelos intervenientes.

5.2.4.2. Objectivos Específicos

Na Tabela 19 apresentam-se os objectivos específicos associados a este eixo.

Tabela 19: Objectivos Específicos por Objectivos Gerais, do Eixo Estratégico Avaliação e

Monitorização.

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

OG6. Criar um

sistema de

avaliação e

monitorização

Desenvolver sistemas de monitorização por área de conservação e ao nível nacional.

Promover a eficácia, eficiência e sustentabilidade do sistema nacional de áreas de

conservação, através de um modelo global de monitorização e avaliação da

implementação do PESAP, bem como das tendências das unidades de conservação e de

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Objectivos Gerais Objectivos Específicos

funcional e

compreendido pelos

mecanismos de incorporação dos resultados nos planos de gestão.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

6. Implementação do Plano Estratégico (Plano de Acção)

Esta secção define os moldes de implementação do Plano Estratégico. A implementação do

PESAP será coordenada pelo Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação

do Ministério do Ambiente e contará com participação e colaboração de representantes dos

governos provinciais, das autoridades tradicionais, das comunidades e da sociedade civil.

Durante o processo de implementação do PESAP serão feitas avaliações formais regulares

a cada quatro anos a partir da data da sua aprovação. Outras formas de avaliação sectorial

poderão ser desencadeadas, de acordo com as necessidades.

6.1. Matriz de Projectos/Actores Intervenientes

A Tabela 20 apresenta a matriz de projectos, organizada por Objectivos Gerais, Específicos

e Eixos Estratégicos.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Tabela 20: Matriz de Projectos, por Objectivos Gerais, Específicos e Eixos Estratégicos.

Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

Eixo Estratégico: Planeamento e GestãoEixo Estratégico: Planeamento e Gestão

OG1. Garantir a

eficácia da gestão

territorial das áreas de

conservação

OE1.Dotar cada área de conservação com o seu

plano de gestão.

A1. Desenvolver abordagens inovadoras, nomeadamente ao nível tecnológico, para uma efectiva

gestão das áreas de conservação.

A2. Fixar usos e regimes de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território.

A3. Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats

presentes bem como a inventariação do património natural nas áreas de conservação.

OE2. Expandir a rede de áreas de conservação,

incluindo áreas marinhas protegidas.

A4. Identificar e definir novos biótipos a proteger, tanto a nível terrestre como a nível marinho;

Investir na investigação; etc.

A5. Avaliar a aplicabilidade de instrumentos de gestão territorial de grandes paisagens como Reservas

da Biosfera, corredores ecológicos, bacias hidrográficas e zona costeira, tomando em conta as

sobreposições, conflitos, viabilidade e potenciais benefícios sociais.

OE3. Reforçar a gestão transfronteiriça de áreas de

conservação.

A6. Protocolos de cooperação e/ou participação activa na definição de metas conjuntas.

A7. Actividades no âmbito da educação e sensibilização ambiental.

A8. Parcerias para recuperação de ecossistemas.

OE4. Promover a gestão sustentável de recursos

naturais em zonas limítrofes às áreas de conservação

e que sejam relevantes para a sua conectividade e

integridade ecológica.

A9. Medidas de gestão florestal no domínio hídrico.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

OG2. Valorizar os

recursos naturais,

paisagísticos e

culturais permitindo

um melhor acesso e

partilha de benefícios

OE5. Elaborar e implementar instrumentos que

contribuam para o cumprimento dos objectivos das

unidades de conservação, combatam e previnam a

biopirataria, o tráfico de animais e plantas, a

ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies

invasoras.

A10. Realizar actividades que se constituam como vias de desenvolvimento local sustentável e não

representem uma ameaça para as espécies, habitats e funções dos ecossistemas existentes.

A11. Regulamentar as actividades nas áreas de conservação e zonas tampão, considerando as

necessidades das populações locais num quadro de uso sustentável dos recursos naturais.

A12. Manutenção e recuperação das espécies e dos habitats cujo estado de conservação é actualmente

adequado.

A13. Definir condições, critérios e processos específicos a seguir na realização de avaliação de

impacte ambiental em áreas de conservação.

OE6. Diminuir as zonas degradadas através da

reabilitação e restauração ecológica.

A14. Identificar áreas degradadas e definir prioridades de intervenção.

A15. Realizar projectos-chave no âmbito de acções concretas de restauração ecológica de áreas

degradadas.

OE7. Promover a conservação e a valorização do

património existente nas áreas de conservação e

zonas limítrofes.

A16. Identificar prioridades de intervenção.

A17. Realizar acções para a conservação e recuperação do património paisagístico.

A18. Realizar acções para a valorização e divulgação do património cultural imaterial.

OE8. Integrar considerações e políticas relativas às

alterações climáticas (adaptação e mitigação) no

planeamento e gestão de cada área de conservação.

A19. Identificar zonas com risco de cheias e inundações.

A20. Realizar estudos para avaliação de limiares de viabilidade ecológica de espécies presentes.

A21. Avaliar cenários de evolução climática e de impacte na presença e distribuição de espécies e

habitats.

OE9. Aprofundar o conhecimento científico e A22. Quantificar e avaliar os serviços dos ecossistemas nas áreas de conservação.

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Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

técnico sobre os ecossistemas existentes, as

populações das espécies de flora e de fauna e os seus

habitats, bem como de tecnologias para

monitorização e gestão adequada dos espaços e

promover a transferência de conhecimento e

tecnologia para Angola.

A23. Definir para cada bioma os limites de uso sustentável e as necessidades de protecção total.

A24. Identificar temas ou territórios com lacunas conhecimento.

A25. Identificar a necessidade de realizar estudos específicos.

Eixo Estratégico: Governança e ParticipaçãoEixo Estratégico: Governança e Participação

OG3. Garantir

tomadas de decisão

responsivas,

inclusivas,

participativas e

representativas com a

contribuição das

comunidades na sua

gestão

OE10. Fomentar o envolvimento das comunidades e

outras partes interessadas no planeamento e gestão

de cada área de conservação, promovendo uma

participação plena e efectiva e com reconhecimento

dos seus direitos, responsabilidades e com partilha

de benefícios.

A26. Identificar mecanismos e ferramentas de participação pública e processos de transparência.

A27. Desenvolver um Plano de Comunicação e Dinamização para cada área de conservação e ao nível

nacional.

OE11. Aumentar o grau de consciencialização e

promover a mudança de mentalidades das

comunidades (e outras partes interessadas)

residentes nas áreas de conservação e zonas

limítrofes, através da informação, educação e

comunicação.

A28. Actividades de educação ambiental como dinamização e/ou participação em seminários, feiras,

sessões de esclarecimentos em escolas, entre outros.

OE12. Fomentar e fortalecer sistemas inovadores de

governação inclusiva, bem como desenvolvimento e A29. Definir normas, critérios e boas práticas, actividades específicas de divulgação (e.g. estabelecer

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Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

adopção de normas, critérios e boas práticas

recomendadas para a gestão e governança do sistema

de áreas de conservação.um Fórum Nacional de áreas de conservação), entre outras.

OE13. Potenciar o papel das áreas de conservação

no desenvolvimento sustentável e redução da

pobreza.

A30. Desenvolver políticas públicas para a criação de cadeias produtivas de bens e serviços com base

nas áreas de conservação (tornar as áreas de conservação polos de desenvolvimento sustentável).

A31. Fomentar boas práticas de gestão sustentável de recursos naturais nas áreas tampão às áreas de

conservação, com especial foco nas actividades de maior potencial de redução de pobreza.

Eixo Estratégico: Capacidade InstitucionalEixo Estratégico: Capacidade Institucional

OG4. Promover a

gestão de cada área de

conservação através de

políticas e de

estruturas

institucionais

apropriadas (planos de

gestão)

OE14. Reduzir e eliminar barreiras legais e

institucionais ao estabelecimento de mecanismos de

governação e gestão adequados.

A32. Estudo de identificação das lacunas legislativas existentes, análise às prioridades legislativas

necessárias.

OE15. Desenvolver a capacidade institucional de

decisores, gestores, técnicos e das comunidades,

favorecendo a articulação institucional entre as

diferentes partes envolvidas e a acção integrada dos

fiscalizadores e observadores.

A33. Estabelecer o vínculo, a estrutura de responsabilidade e os recursos de cada um dos órgãos

responsáveis em cada uma das áreas de conservação.

OE16. Desenvolver instrumentos e ferramentas de

gestão adequados às diferentes realidades,

implementar cadastros, favorecer a

partilha/transferência de métodos e tecnologias.

A34. Transferir ferramentas e capacidades para as entidades competentes em matéria de áreas de

conservação.

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Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

OE17. Implementar capacitação contínua a diversos

níveis – individual, comunitária e institucional - de

modo sistemático e com refrescamentos.A35. Realizar acções e eventos de divulgação e capacitação para diferentes públicos-alvo.

OG5. Assegurar a

manutenção da

sustentabilidade

socioeconómica e

financeira de cada área

de conservação

OE18. Melhoria das condições de mobilidade no

território, nomeadamente no que respeita ao acesso a

aglomerados populacionais, a infra-estruturas e

espaços públicos e a outros pontos de interesse.

A36. Realizar projectos de reforço das acessibilidades e da sinalização das áreas de conservação.

OE19. Valorizar os recursos endógenos e a

compatibilização das actividades humanas com os

recursos naturais.

A37. Promover a diversificação das actividades económicas compatíveis com a protecção dos

recursos naturais e paisagísticos, com potencial contributo para a fixação das comunidades e melhoria

da qualidade de vida.

A38. Potenciar o aproveitamento dos recursos naturais existentes para a dinamização da estrutura

económica local.

OE20. Implementar mecanismos para a partilha

equitativa dos custos e benefícios decorrentes da

gestão das áreas de conservação.

A39. Realizar estudos de custo-benefício e de sistemas de partilha de benefícios e responsabilidades, e

implementar as prioridades por eles definidas.

OE21. Desenvolver e implementar mecanismos de

captação de recursos financeiros, quer externos, quer

internos, usando instrumentos financeiros

inovadores e marketing ambiental a nível

internacional e nacional.

A40. Regulamentar a aplicação de coimas e compensação ambiental nas áreas de conservação.

A41. Elaborar uma estratégia e plano de acção de captação de financiamento a médio e largo prazo.

OE22. Garantir recursos financeiros, técnicos e A42. Elaborar um plano estratégico que defina o modelo de evolução progressiva das estruturas de

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Matriz de Projectos

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Projectos

outros suficientes para cobrir os custos de

implementação e gestão eficaz do sistema de áreas

de conservação.

gestão das áreas de conservação.

A43. Mapear potenciais fontes de financiamento e seu enquadramento com actividades a

implementar.

Eixo Estratégico: Avaliação e MonitorizaçãoEixo Estratégico: Avaliação e Monitorização

OG6. Criar um

sistema de avaliação e

monitorização

funcional e

compreendido pelos

intervenientes

OE23. Desenvolver sistemas de monitorização por

área de conservação e ao nível nacional.

A44. Implementar redes de monitorização por área de conservação, com uma cobertura representativa

da sua área de intervenção.

A45. Optimizar o Portal www.biodiversidade-angola.com com o objectivo de proporcionar a todos os

cidadãos e entidades públicas e privadas, a pesquisa, visualização e exploração das áreas de

conservação de Angola.

OE24. Promover a eficácia, eficiência e

sustentabilidade do sistema nacional de áreas de

conservação, através de um modelo global de

monitorização e avaliação da implementação do

PESAP, bem como das tendências das unidades de

conservação e de mecanismos de incorporação dos

resultados nos planos de gestão.

A46. Elaborar, acompanhar e avaliar relatórios de gestão das áreas de conservação, incluindo com

recurso a ferramentas online.

A47. Acompanhar as actividades previstas no Plano e aferição dos recursos e capacidade instalada.

A48. Estabelecer períodos de monitorização e de avaliação.

A49. Elaborar e divulgar publicamente relatórios de sustentabilidade do sistema de áreas de

conservação, incluindo com recurso a ferramentas online.

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6.2. Caracterização dos Projectos

Para cada projecto proposto é desenvolvida uma ficha onde o mesmo é caracterizado

segundo os seguintes campos:

Designação do Projecto;

Número;

Prioridade;

Prazo de Implementação;

Entidade Responsável;

Actores Intervenientes;

Âmbito Territorial;

Tipologia de Projecto;

Enquadramento Legal;

Descrição;

Objectivos associados;

Eixo Estratégico associado;

Estimativa de Custo;

Potenciais Fontes e Mecanismos de Financiamento;

Potenciais Indicadores de Acompanhamento;

Projectos e Acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja

implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto.

Apresenta-se de seguida o modelo de Ficha de Projecto adoptado para a caracterização dos

projectos, que podem ser observadas no Anexo 1.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

(…).

Código: #

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial

Província:

Tipologia: Material Imaterial Mista

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Garantir a eficácia da gestão territorial das áreas de conservação. (exemplo)

OE1. Dotar cada área de conservação com o seu plano de gestão. (exemplo)

Eixos Estratégicos associados: Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, planos e programas cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

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7. Investimento e Financiamento das Intervenções (Plano Orçamental

e Operacional)

Actualmente, o funcionamento do sistema de áreas de conservação de Angola depende

maioritariamente de apoios directos de fontes governamentais (Ministério do Ambiente,

através do Orçamento Geral do Estado e do Fundo do Ambiente) ou de fontes de

financiamento e doações do Fundo Global do Ambiente (GEF) e do PNUD, assim como de

outras contribuições da União Europeia e Agência Japonesa de Cooperação Internacional

(JICA) outras agências e instituições não-governamentais, nomeadamente o African

Elephant Fund, o Illegal Wildlife Trade Fund, a WWF e a União Internacional para a

Conservação (UICN).

A contribuição de instituições privadas para a gestão das áreas de conservação é

excepcionalmente baixa estando por isso este sector bastante dependente das fontes

externas de financiamento e da cooperação internacional. Este cenário não é sustentável a

longo prazo pelo que devem ser identificadas outas fontes sustentáveis de financiamento

para o PESAP. Por outro lado, as receitas provenientes de visitantes das áreas de protecção

ambiental são significativamente baixas uma vez que não existe um sistema de controlo de

cobranças em todas as áreas de protecção ambiental, sendo que este sistema está funcional

apenas no Parque Nacional da Quiçama e para o Parque Nacional do Iona (de forma

parcial).

7.1. Estimativa de Investimento - Quadro de Despesas a Médio Prazo (QDMP)

A implementação e execução do Plano Estratégico para o Sistema das Áreas Protegidas

(PESAP) demanda recursos financeiros elevados cujas fontes de financiamento deverão ser

diversificadas, abarcando recursos do Orçamento Geral do Estado, dotações de organismos

internacionais, apoio do sector privado e receitas de impostos e taxas a definir pelo

departamento ministerial responsável pela gestão do ambiente e da biodiversidade.

Este plano estratégico representa um passo fundamental para a consolidação do sistema

nacional de áreas de conservação e por isso deverá ter prioridade na obtenção de fundos

numa perspectiva de longo prazo. Por este motivo, esta secção apresenta apenas o quadro

indicativo das necessidades a curto prazo. Os orçamentos mais detalhados que servirão de

base para o funcionamento efectivo das áreas de conservação deverão ser gizados com base

nos documentos em elaboração pelo Ministério do Ambiente, designadamente os Planos de

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Gestão das Áreas Protegidas. Estes planos irão detalhar as necessidades financeiras e em

termos de recursos humanos, materiais e infra-estruturas de cada uma das áreas de

conservação, sendo que a sua implementação irá igualmente fornecer lições que poderão

ser replicadas nas áreas por criar.

No entanto, a estimativa de investimento aqui proposta incide apenas nos elementos

identificados como essenciais para o início de um processo de consolidação do Sistema de

Áreas Protegidas de Angola pelo que o mesmo incide sobre os eixos estratégicos definidos

na Secção 5, nomeadamente a) Planeamento e Gestão; b) Governança e Participação; c)

Capacidade Institucional; e d) Avaliação e Monitorização.

7.2. Financiamento da Intervenção

Nesta secção são identificadas as possíveis fontes de financiamento e será feita uma

avaliação em termos da viabilidade e capacidade de serem geradas receitas que possam ser

consideradas como fontes de financiamento. Na análise de viabilidade dessas fontes de

receitas, será dada atenção ao actual contexto macroeconómico, político e institucional e

como essas fontes de receitas podem ser tornadas realidades.

Essas fontes de receitas serão, então, projectadas num período de 10 (dez) anos de acordo

com o horizonte temporal do PESAP e experiências de países, sempre numa perspectiva de

longo prazo. Todavia, é importante ter em conta que se trata de uma proposta podendo esta

variar para cada mecanismo de financiamento de acordo com as circunstâncias locais e

contextos sócio políticos nacionais e internacionais.

De qualquer forma, esta abordagem é adequada nesta fase para a identificação de possíveis

cenários e estratégias de financiamento do PESAP, quer com fundos públicos como

privados assim como de receitas provenientes de serviços prestados pelo INBAC e

provenientes do Fundo do Ambiente20.

7.2.1. Investimento Público

20 O Fundo do Ambiente foi criado ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 9/11 de 7 de Janeiro e tem como competências, entre outras, apoiar financeiramente as actividades de gestão, promoção e conservação do ambiente; e contribuir para o fomento das actividades relacionadas com a gestão das áreas de protecção ambiental ou sensíveis.

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O PESAP beneficiará de uma atenção particular nas alocações dos recursos internos

destinados à Conservação da Biodiversidade. O financiamento e a sua implementação

seguirá os princípios de integração do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em todos

os sectores de actividades e de responsabilização dos actores, por isso, necessitam de

mobilização de meios financeiros específicos.

O Estado, as colectividades locais, os operadores económicos e os cidadãos assegurarão os

custos do PESAP decorrentes das suas responsabilidades nesta matéria. A aplicação do

princípio poluidor/pagador, internalização dos custos ambientais e taxas de utilização dos

espaços protegidos e fruição de serviços ambientais serão utilizados para financiamento de

actividades de protecção e de restauração (dos habitats e espécies num estado favorável)

pelos diferentes actores do desenvolvimento. O Governo procederá uma afectação

judiciosa dos recursos orçamentais para favorecer a tomada em consideração da

conservação da biodiversidade nos diferentes sectores de actividades.

7.2.2. Instrumentos Económicos

Na mobilização de recursos financeiros, o sucesso da implementação do PESAP dependerá

do nível de mobilização dos recursos financeiros necessários. Há três abordagens que se

definem para a mobilização de recursos que vão permitir a sua sustentabilidade financeira

e que poderão ser futuramente transformadas num Plano de Negócios:

Apoio Governamental e Institucional composto por recursos internos do Ministério

do Ambiente e órgãos afins nacionais (por exemplo INBAC e Fundo do Ambiente);

Cooperação Internacional e Financiamento de Doadores composto por recursos dos

mecanismos de Acordos Multilaterais para o Ambiente e Biodiversidade e de

parcerias tradicionais com organismos internacionais;

Recursos de Marketing e Venda de Serviços compostos por taxas, venda de

serviços dos ecossistemas assim como produtos de marketing e outros associados

ao turismo.

O Plano de Negócios deverá igualmente analisar as potenciais fontes de financiamento a

fim de avaliar a potencial contribuição dessas fontes para as necessidades globais previstas

no PESAP e nos Planos de Gestão individuais de cada área de conservação e estabelecer as

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

prioridades e os investimentos necessários para aceder à esses recursos para prossecução

dos objectivos do PESAP.

O objectivo da análise que deverá ser efectuada no âmbito do Plano de Negócios na

vertente da identificação das fontes alternativas de financiamento para o sistema das áreas

de conservação deve incidir no pressuposto de que as formas de abordar aspectos actuais e

fundamentais da situação de financiamento através dos seguintes instrumentos económicos

e financeiros:

Instrumentos clássicos (taxas de entrada nas áreas protegidas, subvenções,

impostos, direitos, taxas de utilização de serviços especiais);

Concessões e serviços de turismo (operadores de turismo, organizações não-

governamentais – ONGs);

Instrumentos inovadores (contabilidade e fiscalidade ambiental);

Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) nomeadamente água, energia,

agricultura;

Fundos específicos das áreas de conservação da biodiversidade;

Fundos de gestão ambiental;

Reformas fiscais ambientais;

Mecenato ambiental;

Cooperação internacional, recursos financeiros multilaterais e ONGs

internacionais;

Disposições do código de investimentos orientados sobre exigências ambientais;

Doações e contribuições voluntárias dos sectores privados, como parte da

responsabilidade ambiental e social de empresas;

Mecanismos de financiamento interno, externos e investimentos directos

estrangeiros.

A resolução dos problemas que afectam o património natural passa hoje em dia pela

criação de um conjunto variado de instrumentos financeiros públicos capazes de assegurar

a concretização eficaz dos princípios, como de Poluidor-Pagador e do Utilizador-Pagador.

A implementação do PESAP necessita de meios financeiros específicos a par dos meios e

fontes de financiamento já existentes.

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Afectação permanente de recursos públicos consequentes no Orçamento Geral do

Estado (OGE), em programas de investimento público e também da contribuição do

sector privado para assegurar o financiamento de acções ligadas aos desafios

ambientais (tecnologias próprias, mecanismos de concertação, entre outros);

O financiamento de acções inscritas nos diferentes programas e projectos sectoriais

ligados ao ambiente e ao desenvolvimento Sustentável;

Os parceiros técnicos e financeiros podem contribuir segundo as ajudas orçamentais nestes

fundos e demais mecanismos financeiros, para acções a favor da restauração e conservação

da biodiversidade à escala das áreas de conservação e/ou das comunidades rurais, assim

como aquelas de apoio às estruturas da implementação do PESAP.

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7.2.3. Proposta de Orçamento

A Tabela 21 apresenta um orçamento preliminar para as acções previstas nos quatro eixos estratégicos para uma fase inicial de implementação

com destaque para o período 2018 – 2020. Este orçamento deverá ser desenvolvido com base nas fichas de projecto apresentadas no Anexo 1 e

integradas no Plano de Negócios.

Tabela 21: Proposta de Orçamento por Eixo Estratégico.

Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

Planeamento e

Gestão (1)

OG1. Garantir a eficácia da gestão territorial das

áreas de conservação

Elaborar planos de gestão para cada uma área de

conservação existente com base em levantamentos

da sua situação actual.

Implementar os planos de gestão para três áreas de

conservação existentes (Cangandala, Quiçama e

Iona). Estas acções piloto irão permitir

desenvolver linhas orientação e ganhar experiência

para as demais áreas de conservação

Expandir a rede de áreas de conservação incluindo

a criação de áreas marinhas protegidas. Preparar

estudos iniciais e elaboração dos dossiers (legais e

técnicos) para a criação de 3 áreas terrestres e 3

marinhas.

Reforçar a gestão de duas áreas de conservação

transfronteiriça (Mayombe e Iona) com destaque

para as acções de fiscalização.

USD 150.000 x 14

TOTAL USD 2.100.000

USD 1.300.000 x 3

TOTAL USD 3.600.000

USD 250.000 x 6

TOTAL USD 1.500.000

USD 500.000 x 2

TOTAL USD 1.000.000

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Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

Promover a gestão sustentável em zonas limítrofes

às áreas de conservação através do

desenvolvimento de base cartográfica actualizada

e elaboração de regulamentos e documentos

orientadores.

USD 750.000

TOTAL USD 750.000

OG2. Valorizar de recursos naturais, paisagísticos e

culturais permitindo um melhor acesso e partilha de

benefícios

Elaborar e implementar instrumentos que

contribuam para o cumprimento dos objectivos das

(1) unidades de conservação, (2) combatam e

previnam a biopirataria, (3) o tráfico de animais e

plantas, (4) a ocorrência de queimadas e a (5)

proliferação de espécies invasoras.

Diminuir as zonas degradadas através da sua

reabilitação e restauração ecológica com o

desenvolvimento de planos e acções concretas.

Promover a conservação e a valorização do

património existente nas áreas de conservação e

zonas limítrofes com o envolvimento de agentes

comunitários e no âmbito da promoção do turismo

nas áreas de conservação.

Integrar considerações e políticas relativas às

alterações climáticas (adaptação e mitigação) no

planeamento e gestão de cada área de conservação.

Estes aspectos devem ser integrados nos Planos de

Gestão de cada área de conservação.

USD 270.000 x 5

TOTAL USD 1.350.000

USD 1.500.000

TOTAL USD 1.500.000

USD 50.000 x 14

TOTAL USD 700.000

Orçamentado no item de

elaboração dos Planos de Gestão

de cada área de conservação.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

Aprofundar o conhecimento científico e técnico

sobre os ecossistemas existentes, as populações

das espécies de flora e de fauna e os seus habitats,

bem como de tecnologias para monitorização e

gestão adequada dos espaços e promover a

transferência de conhecimento e tecnologia para

Angola. Orçamento para desenvolvimento de

linhas de investigação e termos de referência de

acordo com as prioridades nacionais.

USD 350.000

TOTAL USD 350.000

Governança e

Participação (2)

OG3. Garantir tomadas de decisão responsivas,

inclusivas, participativas e representativas com a

contribuição das comunidades na sua gestão

Fomentar o envolvimento das comunidades e

outras partes interessadas no planeamento e gestão

de cada área de conservação, promovendo uma

participação plena e efectiva e com

reconhecimento dos seus direitos,

responsabilidades e com partilha de tomadas de

decisão benefícios. Estes aspectos devem ser

integrados nos Planos de Gestão de cada área de

conservação.

Aumentar o grau de consciencialização e

promover a mudança de mentalidades das

comunidades (e outras partes interessadas)

residentes nas áreas de conservação e zonas

limítrofes, através da informação, educação e

comunicação. Desenvolver planos de comunicação

Orçamentado no item de

elaboração dos Planos de Gestão

de cada área de conservação.

USD 120.000 x 14

TOTAL USD 1.680.000

74

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Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

e envolvimento das comunidades.

Fomentar e fortalecer sistemas inovadores de

governação inclusiva, bem como a contribuição

das desenvolvimento e adopção de normas,

critérios e boas práticas recomendadas para a

comunidades na sua gestão e governança do

sistema de áreas de conservação. Desenvolvimento

de normas e critérios de gestão de áreas

protegidas.

Potenciar o papel das áreas de conservação no

desenvolvimento sustentável e redução da

pobreza). Desenvolvimento de projectos-piloto

comunitários com a formação em várias áreas.

USD 130.000

TOTAL USD 130.000

USD 75.000 x 14

TOTAL USD 1.050.000

Capacidade

Institucional (3)

OG4. Promover a gestão de cada área de conservação

através de políticas e de estruturas institucionais

apropriadas (planos de gestão)

Reduzir e eliminar barreiras legais e institucionais

ao estabelecimento de mecanismos de governação

e gestão adequados. Desenvolvimento da

legislação referente à carreira do fiscal e sua

aprovação e divulgação.

Desenvolver a capacidade institucional de

decisores, gestores, técnicos e das comunidades,

favorecendo a articulação institucional entre as

diferentes partes envolvidas e a acção integrada

dos fiscalizadores e observadores através da

realização de acções de formação e de capacitação

USD 180.000

TOTAL USD 180.000

USD 35.000 x 10

TOTAL USD 350.000

75

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

a nível local.

Desenvolver instrumentos e ferramentas de gestão

adequados às diferentes realidades, implementar

cadastros, favorecer a partilha/transferência de

métodos e tecnologias.

Implementar capacitação contínua a diversos

níveis – individual, comunitária e institucional - de

modo sistemático e com refrescamentos.

USD 50.000

TOTAL USD 50.000

USD 50.000 x 14

TOTAL USD 70.000

OG5. Assegurar a manutenção da sustentabilidade

socioeconómica e financeira de cada área de

conservação

Melhoria das condições de mobilidade no

território, nomeadamente no que respeita ao acesso

a aglomerados populacionais, a infra-estruturas e

espaços públicos e a outros pontos de interesse.

Valorizar os recursos e endógenos e a

compatibilização das actividades humanas com os

recursos naturais.

Implementar mecanismos para a partilha equitativa

dos custos e benefícios decorrentes da gestão das

áreas de conservação com base nas recomendações

dos Planos de Gestão.

Desenvolver e implementar mecanismos de

captação de recursos financeiros, quer externos,

quer internos, usando instrumentos financeiros

inovadores e marketing ambiental a nível

internacional e nacional. Estes mecanismos

USD 50.000

TOTAL USD 50.000

USD 50.000 x 14

TOTAL USD 700.000

USD 75.000 x 3

TOTAL USD 225.000

USD 25.000

TOTAL USD 25.000

76

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

Eixo Estratégico Objectivo Geral Notas Orçamento (em USD)

deverão se detalhado no Plano de Negócios que

deverá ser elaborado por equipa multidisciplinar.

Garantir recursos financeiros, técnicos e outros

suficientes para cobrir os custos de implementação

e gestão eficaz do sistema de áreas de

conservação. Isto deverá ser feito pelo INBAC

através do engajamento com parceiros nacionais e

internacionais em reuniões bilaterais e participação

em eventos regionais e internacionais de

fundraising.

USD 100.000

TOTAL USD 100.000

Avaliação e

Monitorização (4)

OG6. Criar um sistema de avaliação e monitorização

funcional e compreendido pelos intervenientes

Desenvolver sistemas de monitorização por área

de conservação e ao nível nacional com a compra

de equipamento de formação de quadros.

Promover a eficácia, eficiência e sustentabilidade

do sistema nacional de áreas de conservação,

através de um modelo global de monitorização e

avaliação da implementação do PESAP, bem

como das tendências das unidades de conservação

e de mecanismos de incorporação dos resultados

nos planos de gestão. A ser desenvolvido com a

elaboração e publicação anual de relatórios da

implementação do PESAP durante os primários

cinco anos.

USD 100.000 x 14

TOTAL USD 1.400.000

USD 20.000 / ano x 5

TOTAL USD 100.000

77

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

8. Considerações Finais

O presente documento representa o Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas

(PESAP) de Angola e resulta de um conjunto de consulta alargadas à diversas partes

interessadas onde se incluem instituições governamentais, sociedade civil, organizações

ambientais e sector privado.

O PESAP recolhe também contributos de diferentes especialistas na área da biodiversidade

em Angola assim como absorve recomendações de expedições, trabalhos de investigação e

documentos estratégicos que concorrem para, em primeiro ligar, ajudar na definição do

actual quadro do sistema das áreas protegidas e, em segund lugar, propor um conjunto de

mecanismos tendendes a criação de novas áreas de conservação.

Tendo em conta o actual cenário das áreas de conservação em Angola reflectido de forma

resumida no capítulo 3 com destaque para a análises dos pontos fracos e das ameaças

torna-se evidente a necessidade de se reverter o status quo não só com medidas de

emergência mas também como medidas de longo prazo. Para que isto seja possível é

necessária a consolidação das actuais áreas de conservação à medida que se promovem a

criação de novas áreas incluino as áreas marinhas de conservação.

Para tal, há a necessidade de se dotar as instituições relevantes e os recursos humanos

comprometidos com o cumprimento da missão do INBAC e com a visão estratégica do

PESAP com meios e recursos financeiros que ajudem a materializar as acções previstas

nos quatro eixos estratégicos, nomeadamente i) Planeamento e Gestão; ii) Governança e

Participação; iii) Capacidade Institucional; e iv) Avaliação e Monitorização.

Por último e não menos importante são minutas das fichas de projectos apresentadas no

Anexo 1 do PESAP que precisam de ser terminadas e detalhadas conforme forem sendo

definidas as fontes de financiamento e de acordo com o Plano de Negócios a ser elaborado

futuramente.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

9. Bibliografia

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Government to Governance: A State-of-the-Art Review of Environmental Governance.

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22. Serviços de Veterinária, Luanda.

Huntley, B. J. 1974b. Ecosystem conservation priorities in Angola. Ecologist’s report no.

26. Serviços de Veterinária, Luanda. 22 pp.

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in Angola. Report to MINAMB, Luanda, Angola.

Huntley, B. J. 2010b. Propostas para uma Estratégia de Expansão da Rede de Áreas

Protegidas de Angola. Luanda, Angola. 33pp.

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assessment report. IUCN Regional Office for Southern Africa, Harare, Zimbabwe. 55 pp.

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IUCN. 2008. Guidelines for Applying Protected Area Management Categories.

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

MINAMB. 2009. Programa Nacional de Gestão Ambiental. Ministério do Ambiente,

Luanda. 77 pp.

MINAMB. 2012. Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola. Ministério do

Ambiente, Luanda. 369 pp.

MINAMB. 2015. Áreas Transfronteiriças Conservaçao de Angola. Ministério do

Ambiente, Luanda. 47 pp.

MINUA. 2006a. Estratégia e Plano de Acção Nacionais da Biodiversidade. Ministério do

Urbanismo e Ambiente, Luanda. 54 pp.

MINUA. 2006b. Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola. Ministério do

Urbanismo e Ambiente, Luanda. 326 pp.

Morais, M., Torres, M. O. F., e Martins, M. J. 2006. Biodiversidade Marinha e Costeira em

Angola. Ministério do Urbanismo e Ambiente, Luanda. 103 pp.

PNUD. 2012. Documento de Projecto: Projecto Nacional de Biodiversidade: Conservação

do Parque Nacional do Iona. Luanda. 87pp.

Potts, W.M. Childs, A.R., Sauer, W. e Duarte, A. (2009). The characteristics and economic

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Fisheries Management and Ecology 16(1): 14-20.

UNEP. 2007. Global Environment Outlook – GEO4, environment for development. United

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Description of Ecollogically or Biologically Significant Marine Areas. United Nations

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White, F. 1983. The Vegetation of Africa. UNESCO, Paris.

81

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

10. Anexo 1 – Fichas de Projectos

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Desenvolver abordagens inovadoras, nomeadamente ao nível tecnológico, para uma efectiva gestão das áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Baixo

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Na LBA: artigo 5º, alínea c)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE1. Dotar cada área de conservação com o seu plano de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 1

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Fixar usos e regimes de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica D: Uso sustentável das componentes da biodiversidade (em especial Acção D.1.1)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas protegida.

OE1. Dotar cada área de conservação com o seu plano de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 2

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats presentes bem como a inventariação do património natural nas áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica C: Gestão da biodiversidade nas áreas de protecção ambiental (em especial Objectivo C.1)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE1. Dotar cada área de conservação com o seu plano de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 3

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar e definir novos biótipos a proteger, tanto a nível terrestre como a nível marinho.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica C: Gestão da biodiversidade nas áreas de protecção ambiental (em especial Objectivo C.2.1)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE2. Expandir a rede de áreas de conservação, incluindo áreas marinhas protegidas.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 4

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Avaliar a aplicabilidade de instrumentos de gestão territorial de grandes paisagens como Reservas da Biosfera, corredores ecológicos, bacias hidrográficas e zona costeira, tomando em conta as sobreposições, conflitos, viabilidade e potenciais benefícios sociais.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE2. Expandir a rede de áreas de conservação, incluindo áreas marinhas protegidas.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 5

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Protocolos de cooperação e/ou participação activa na definição de metas conjuntas.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: Princípio da cooperação internacional – artigo 4.º, alínea f) Na NBSAP: Área Estratégica A: investigação e divulgação de informação [em especial Acção A.3.3., alínea c)] + Área Estratégica G: Legislação e sua implementação (em especial Acção G.3.2.)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE3. Reforçar a gestão transfronteiriça de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…);

Anexo 1 – Página 6

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto (…).

Anexo 1 – Página 7

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Actividades no âmbito da educação e sensibilização ambiental.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: Princípio da educação ambiental – artigo 4.º,al. a) e artigo 20.º Na NBSAP: Área Estratégica B: Educação para o Desenvolvimento Sustentável

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE3. Reforçar a gestão transfronteiriça de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 8

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Parcerias para recuperação de ecossistemas.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: Princípio da cooperação internacional – artigo 4.º,alínea f) e artigo 5.º, alínea l)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE3. Reforçar a gestão transfronteiriça de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 9

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Medidas de gestão florestal no domínio hídrico.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.1.7) e Área Estratégica D: Uso sustentável das componentes da biodiversidade (em especial Objectivo D.2.)

Descrição:

Objectivos associados

OG1. Eficácia da gestão territorial das áreas de conservação.

OE4. Promover a gestão sustentável de recursos naturais em zonas limítrofes às áreas de conservação e que sejam relevantes para a sua conectividade e integridade ecológica.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 10

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar actividades que se constituam como vias de desenvolvimento local sustentável e não representem uma ameaça para as espécies, habitats e funções dos ecossistemas existentes.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.2.7) e Área Estratégica E: O papel das comunidades na gestão da biodiversidade (em especial Acção E.12.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE5. Elaborar e implementar instrumentos que contribuam para o cumprimento dos objectivos das unidades de conservação, combatam e previnam a biopirataria, o tráfico de animais e plantas, a ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies invasoras.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…);

Anexo 1 – Página 11

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

(…).

Anexo 1 – Página 12

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Regulamentar as actividades nas áreas de conservação e zonas tampão, considerando as necessidades das populações locais num quadro de uso sustentável dos recursos naturais.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica D: Uso sustentável das componentes da biodiversidade (em especial Acções D.1.2, D.1.5., D.3.2., D.4.2 e D.4.3.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE5. Elaborar e implementar instrumentos que contribuam para o cumprimento dos objectivos das unidades de conservação, combatam e previnam a biopirataria, o tráfico de animais e plantas, a ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies invasoras.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 13

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Manutenção e recuperação das espécies e dos habitats cujo estado de conservação é actualmente adequado.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na Lei Constitucional: artigo 24º, n.º 2 Na LBA: artigo 14º, n.º 1 Na NBSAP: Área Estratégica C: Gestão da biodiversidade nas áreas de protecção ambiental (em especial Acções C.1.1. e C.3.1.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE5. Elaborar e implementar instrumentos que contribuam para o cumprimento dos objectivos das unidades de conservação, combatam e previnam a biopirataria, o tráfico de animais e plantas, a ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies invasoras.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Anexo 1 – Página 14

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 15

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Definir condições, critérios e processos específicos a seguir na realização de avaliação de impacte ambiental em áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.2.1) e Área Estratégica D: Uso sustentável das componentes da biodiversidade (em especial Acções D.4.1)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE5. Elaborar e implementar instrumentos que contribuam para o cumprimento dos objectivos das unidades de conservação, combatam e previnam a biopirataria, o tráfico de animais e plantas, a ocorrência de queimadas e a proliferação de espécies invasoras.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 16

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar áreas degradadas e definir prioridades de intervenção.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 5.º, alínea k) Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.2.3)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Diminuir as zonas degradadas através da reabilitação e restauração ecológica.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 17

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar projectos-chave no âmbito de acções concretas de restauração ecológica de áreas degradadas.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 5.º, alínea k) Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.2.3)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Diminuir as zonas degradadas através da reabilitação e restauração ecológica.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 18

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar prioridades de intervenção.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na Resolução n.º 46/06, de 26/7: artigo 3.º Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.1.1.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Promover a conservação e a valorização do património existente nas áreas de conservação e zonas limítrofes.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 19

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar acções para a conservação e recuperação do património paisagístico.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 14.º, n.º 3 Na NBSAP: Área Estratégica C: Gestão da biodiversidade nas áreas de protecção ambiental (em especial Acções C.2.1.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Promover a conservação e a valorização do património existente nas áreas de conservação e zonas limítrofes.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 20

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar acções para a valorização e divulgação do património cultural imaterial.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 12.º

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Promover a conservação e a valorização do património existente nas áreas de conservação e zonas limítrofes.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 21

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar zonas com risco de cheias e inundações, realizar estudos para avaliação de limiares de viabilidade ecológica de espécies presentes, avaliar cenários de evolução climática e de impacte na presença e distribuição de espécies e habitats.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 5.º, alínea f) Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acções A.1.6., A.1.9, A.2.5 e A.2.10.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Integrar considerações e políticas relativas às alterações climáticas (adaptação e mitigação) no planeamento e gestão de cada área de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 22

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Avaliar cenários de evolução climática e de impacte na presença e distribuição de espécies e habitats.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Integrar considerações e políticas relativas às alterações climáticas (adaptação e mitigação) no planeamento e gestão de cada área de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 23

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Quantificar e avaliar os serviços dos ecossistemas nas áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Aprofundar o conhecimento científico e técnico sobre os ecossistemas existentes, as populações das espécies de flora e de fauna e os seus habitats, bem como de tecnologias para monitorização e gestão adequada dos espaços e promover a transferência de conhecimento e tecnologia para Angola.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 24

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Definir para cada bioma os limites de uso sustentável e as necessidades de protecção total.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Aprofundar o conhecimento científico e técnico sobre os ecossistemas existentes, as populações das espécies de flora e de fauna e os seus habitats, bem como de tecnologias para monitorização e gestão adequada dos espaços e promover a transferência de conhecimento e tecnologia para Angola.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 25

Page 114: E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar temas ou territórios com lacunas conhecimento.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA/AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acções A.1.1. e A.1.4.)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Aprofundar o conhecimento científico e técnico sobre os ecossistemas existentes, as populações das espécies de flora e de fauna e os seus habitats, bem como de tecnologias para monitorização e gestão adequada dos espaços e promover a transferência de conhecimento e tecnologia para Angola.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 26

Page 115: E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar a necessidade de realizar estudos específicos.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: artigo 5.º, alínea f)

Descrição:

Objectivos associados

OG2. Valorização de recursos naturais, paisagísticos e culturais.

OE6. Aprofundar o conhecimento científico e técnico sobre os ecossistemas existentes, as populações das espécies de flora e de fauna e os seus habitats, bem como de tecnologias para monitorização e gestão adequada dos espaços e promover a transferência de conhecimento e tecnologia para Angola.

Eixos Estratégicos associados:Planeamento e Gestão

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 27

Page 116: E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Identificar mecanismos e ferramentas de participação pública e processos de transparência.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: Princípio da participação - artigo 4.º, alínea b) e artigo 5º, alínea h) e artigo 8.º Na NBSAP: Área Estratégica E: O papel das comunidades na gestão da biodiversidade (em especial Acção E.10)

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE10. Fomentar o envolvimento das comunidades e outras partes interessadas no planeamento e gestão de cada área de conservação, promovendo uma participação plena e efectiva e com reconhecimento dos seus direitos, responsabilidades e com partilha de benefícios.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

Anexo 1 – Página 28

Page 117: E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

(…); (…).

Anexo 1 – Página 29

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Desenvolver um Plano de Comunicação e Dinamização para cada área de conservação e ao nível nacional.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE10. Fomentar o envolvimento das comunidades e outras partes interessadas no planeamento e gestão de cada área de conservação, promovendo uma participação plena e efectiva e com reconhecimento dos seus direitos, responsabilidades e com partilha de benefícios.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 30

Page 119: E06 · Web viewMinistério das Pescas O Ministério das Pescas reestruturado pelo Decreto Presidencial n.º 92/14 de 25 de Abril é o departamento ministerial responsável pela elaboração,

Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Actividades de educação ambiental como dinamização e/ou participação em seminários, feiras, sessões de esclarecimentos em escolas, entre outros.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na LBA: Princípio da educação ambiental no artigo 4.º, alínea a) e artigo 20º Na NBSAP: Área Estratégica B: Educação para o Desenvolvimento Sustentável (em especial Acção B.1.3)

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE11. Aumentar o grau de consciencialização e promover a mudança de mentalidades das comunidades (e outras partes interessadas) residentes nas áreas de conservação e zonas limítrofes, através da informação, educação e comunicação.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…);

Anexo 1 – Página 31

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

(…).

Anexo 1 – Página 32

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Definição de normas, critérios e boas práticas, actividades específicas de divulgação, entre outras.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Objectivo A.3)

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE12. Fomentar e fortalecer sistemas inovadores de governação inclusiva, bem como desenvolvimento e adopção de normas, critérios e boas práticas recomendadas para a gestão e governança do sistema de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 33

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Desenvolver políticas públicas para a criação de cadeias produtivas de bens e serviços com base nas áreas de conservação (tornar as áreas de conservação polos de desenvolvimento sustentável).

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE13. Potenciar o papel das áreas de conservação no desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 34

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Fomentar boas práticas de gestão sustentável de recursos naturais nas áreas tampão às áreas de conservação, com especial foco nas actividades de maior potencial de redução de pobreza.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica D: Uso sustentável das componentes da biodiversidade (em especial Acção D.1.2)

Descrição:

Objectivos associados

OG3. Garantia de tomadas de decisão responsivas, inclusivas, participativas e representativas.

OE13. Potenciar o papel das áreas de conservação no desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.

Eixos Estratégicos associados:Governança e Participação

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 35

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Estudo de identificação das lacunas legislativas existentes, análise às prioridades legislativas necessárias.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica G: Legislação e sua implementação (em especial Objectivo G.1 e Acções G.1.2, G.1.3., G.1.4 e G.1.6)

Descrição:

Objectivos associados

OG4. Governação de cada área de conservação através de políticas e de estruturas institucionais apropriadas.

OE14. Reduzir e eliminar barreiras legais e institucionais ao estabelecimento de mecanismos de governação e gestão adequados.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 36

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Estabelecer o vínculo, a estrutura de responsabilidade e os recursos de cada um dos órgãos responsáveis em cada uma das áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica F: Reforço institucional (em especial Objectivo F.2.)

Descrição:

Objectivos associados

OG4. Governação de cada área de conservação através de políticas e de estruturas institucionais apropriadas.

OE15. Desenvolver a capacidade institucional de decisores, gestores, técnicos e das comunidades, favorecendo a articulação institucional entre as diferentes partes envolvidas e a acção integrada dos fiscalizadores e observadores.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 37

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Transferir ferramentas e capacidades para as entidades competentes em matéria de áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica F: Reforço institucional (em especial Objectivo F.1.)

Descrição:

Objectivos associados

OG4. Governação de cada área de conservação através de políticas e de estruturas institucionais apropriadas.

OE16. Desenvolver instrumentos e ferramentas de gestão adequados às diferentes realidades, implementar cadastros, favorecer a partilha/transferência de métodos e tecnologias.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 38

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar acções e eventos de divulgação e capacitação para diferentes públicos-alvo.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica B: Educação para o desenvolvimento sustentável (em especial Objectivo B.2.)

Descrição:

Objectivos associados

OG4. Governação de cada área de conservação através de políticas e de estruturas institucionais apropriadas.

OE17. Implementar capacitação contínua a diversos níveis – individual, comunitária e institucional - de modo sistemático e com refrescamentos.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 39

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar projectos de reforço das acessibilidades e da sinalização das áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE18. Melhoria das condições de mobilidade no território, nomeadamente no que respeita ao acesso a aglomerados populacionais, a infra-estruturas e espaços públicos e a outros pontos de interesse.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 40

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Promover a diversificação das actividades económicas compatíveis com a protecção dos recursos naturais e paisagísticos, com potencial contributo para a fixação das comunidades e melhoria da qualidade de vida.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE19. Valorizar os recursos endógenos e a compatibilização das actividades humanas com os recursos naturais.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 41

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Potenciar o aproveitamento dos recursos naturais existentes para a dinamização da estrutura económica local.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE19. Valorizar os recursos endógenos e a compatibilização das actividades humanas com os recursos naturais.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 42

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Realizar estudos de custo-benefício e de sistemas de partilha de benefícios e responsabilidades, e implementar as prioridades por eles definidas.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE20. Implementar mecanismos para a partilha equitativa dos custos e benefícios decorrentes da gestão das áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 43

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Regulamentar a aplicação de coimas e compensação ambiental nas áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica G: Legislação e sua implementação (em especial Acção G.1.4.)

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE21. Desenvolver e implementar mecanismos de captação de recursos financeiros, quer externos, quer internos, usando instrumentos financeiros inovadores e marketing ambiental a nível internacional e nacional.

Eixos Estratégicos associados:

Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 44

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Elaborar uma estratégia e plano de acção de captação de financiamento a médio e largo prazo.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE21. Desenvolver e implementar mecanismos de captação de recursos financeiros, quer externos, quer internos, usando instrumentos financeiros inovadores e marketing ambiental a nível internacional e nacional.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 45

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Elaborar um plano estratégico que defina o modelo de evolução progressiva das estruturas de gestão das áreas de conservação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE22. Garantir recursos financeiros, técnicos e outros suficientes para cobrir os custos de implementação e gestão eficaz do sistema de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 46

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Mapear potenciais fontes de financiamento e seu enquadramento com actividades a implementar.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG5. Manutenção da sustentabilidade socioeconómica e financeira de cada área de conservação.

OE22. Garantir recursos financeiros, técnicos e outros suficientes para cobrir os custos de implementação e gestão eficaz do sistema de áreas de conservação.

Eixos Estratégicos associados:Capacidade Institucional

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 47

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Implementar redes de monitorização por área de conservação, com uma cobertura representativa da sua área de intervenção.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG6. Sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido pelos intervenientes.

OE23. Desenvolver sistemas de monitorização por área de conservação e ao nível nacional.

Eixos Estratégicos associados:Avaliação e Monitorização

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 48

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Optimizar o Portal www.biodiversidade-angola.com com o objectivo de proporcionar a todos os cidadãos e entidades públicas e privadas, a pesquisa, visualização e exploração das áreas de conservação de Angola.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

RA

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Acção A.3.3.)

Descrição:

Objectivos associados

OG6. Sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido pelos intervenientes.

OE23. Desenvolver sistemas de monitorização por área de conservação e ao nível nacional.

Eixos Estratégicos associados:Avaliação e Monitorização

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 49

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PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Acompanhar as actividades previstas no Plano e aferição dos recursos e capacidade instalada

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG6. Sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido pelos intervenientes.

OE24. Promover a eficácia, eficiência e sustentabilidade do sistema nacional de áreas de conservação, através de um modelo global de monitorização e avaliação da implementação do PESAP, bem como das tendências das unidades de conservação e de mecanismos de incorporação dos resultados nos planos de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Avaliação e Monitorização

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 50

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Estabelecer períodos de monitorização e de avaliação.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal:

Descrição:

Objectivos associados

OG6. Sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido pelos intervenientes.

OE24. Promover a eficácia, eficiência e sustentabilidade do sistema nacional de áreas de conservação, através de um modelo global de monitorização e avaliação da implementação do PESAP, bem como das tendências das unidades de conservação e de mecanismos de incorporação dos resultados nos planos de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Avaliação e Monitorização

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 51

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Plano Estratégico para o Sistema de Áreas Protegidas de Angola (PESAP)

PESAP | Ficha de Projecto PESAP | Ficha de Projecto

Designação do Projecto:

Elaborar e divulgar publicamente relatórios de sustentabilidade do sistema de áreas de conservação, incluindo com recurso a ferramentas online.

Código:

Prioridade: Alta Média Baixa

Prazo de implementação: Longo Médio Curto

Entidade Responsável: Actores Intervenientes:

Âmbito Territorial:

AP

Tipologia de Projecto:

Enquadramento Legal: Na NBSAP: Área Estratégica A: Investigação e divulgação de informação (em especial Objectivo A.3)

Descrição:

Objectivos associados

OG6. Sistema de avaliação e monitorização funcional e compreendido pelos intervenientes.

OE24. Promover a eficácia, eficiência e sustentabilidade do sistema nacional de áreas de conservação, através de um modelo global de monitorização e avaliação da implementação do PESAP, bem como das tendências das unidades de conservação e de mecanismos de incorporação dos resultados nos planos de gestão.

Eixos Estratégicos associados:Avaliação e Monitorização

Estimativa de custo: Investimento (MKz): Manutenção (MKz/ano):

Potenciais fontes e mecanismos de financiamento: (…); (…).

Potenciais indicadores de acompanhamento: (…); (…).

Projectos e acções previstas noutras políticas, programas e planos cuja implementação deva ser considerada e articulada com o presente projecto:

(…); (…).

Anexo 1 – Página 52