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EBDR ESTUDO BÁSICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL VOLUME 1 SANEAMENTO

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Estudo Basico de Desenvolvimento Regional

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  • EBDRESTUDO BSICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    volume 1

    saneamento

  • SANEAMENTO

    No campo da infraestrutura, um setor que vem concentrando a ateno da sociedade paranaense, sem dvida com grande destaque, o do Saneamento. A condio de salubridade ambiental urbana das comunidades paranaenses ainda est longe de ser referida como ideal ou de qualidade tima. Ainda que considerada satisfatria em muitas localidades, algo ainda deve ser produzido. neste sentido que os profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia e geocincias se debruaram sobre a questo e elencaram as medidas percebidas como de relevante necessidade para as centralidades onde exercem suas profisses.

    Reclamo imediato das populaes , como sempre, a gua potvel e o esgoto sanitrio. Aqui estaro visitadas estas inquietaes, sob o olhar tcnico de nossos profissionais, contemplando solues para a captao, o tratamento, a distribuio de gua e redes de coleta e tratamento de efluentes para o esgoto. A drenagem urbana se volta, na viso profissional, ao controle de enxurradas e enchentes e tam-bm como via eficaz de combate proliferao de vetores de endemias. Problema que se agrava com a urbanizao e o aumento a nveis elevados do mercado consumidor a produo de lixo. Resduos slidos, coleta, destinao, reciclagem, objeto de ateno momentosa dos profissionais. O setor da construo civil, outro efetivo produtor de impactos ambientais, passa a ser cuidado, para alm da realizao de obras de qualidade, na gesto, destinao e reaproveitamento dos resduos que produz, bem como est se disseminando o conceito de reso de guas pluviais nos edifcios em construo.

    Neste amplo e complexo setor, as propostas de interveno e ao visam medidas de mais longo prazo que a imediata superao do dficit sanitrio atual. Prope-se a preservao de mananciais, a preservao do solo e incorpora-se a sugesto de medidas de gesto integrada do solo urbano e educao sanitria, com extenses para o meio rural.

    Neste volume dos EBDRs vo organizadas as propostas de interveno que dizem respeito aos diversos componentes do amplo setor do Saneamento.

  • AGENDA PARLAMENTARUm programa bem-sucedido

    Atendendo poltica histrica do CREA-PR de insero dos profissionais jurisdicionados no processo de desenvolvimento social e econmico do Paran, o programa Agenda Parlamentar vem colhendo seus bons resultados.

    Na rodada inicial, em 2008, mais de 400 profissionais foram mobilizados atravs de suas Entidades de Classe e Instituies de Ensino para acompanhamento de diversos projetos de lei que tramitavam na Assembleia Legislativa e que diziam interesse direto comunidade paranaense na esfera de suas atuaes profissionais. Foram promovidos debates, propostas de emendas, pareceres, sug-estes legislativas nos mltiplos foros pelo Estado, inclusive com participao da representao do CREA-PR no grande expediente da Assembleia dos Deputados. Vimos todos os projetos de lei selecionados serem apreciados e a participao da comunidade profissional acolhida em suas indicaes.

    Em 2009, a Agenda Parlamentar teve sua continuidade, desta vez com foco nas localidades, sob o lema ideias e solues para os Municpios. Mais de 4.000 cidados foram mobilizados em 31 Municpios selecionados, ao longo de cerca de 1.500 audincias pblicas com autoridades do Executivo, Legislativo, Judicirio e Ministrio Pblico. Os 400 profissionais envolvidos produziram cerca de 450 propostas de interesse das comunidades locais, das quais 237 alcanaram encaminhamento poltico nas esferas decisrias. Os trabalhos junto Assembleia Legislativa continuaram, vindo a ser formulado convite para a participao de representantes profissionais da jurisdio do CREA-PR nas comisses de oramento, obras e meio ambiente.

    No ano seguinte, o programa amplificou-se. Em 2010, passou a ter a participao de outras grandes corporaes e entidades de estrutura estadual e nacional como Associao dos Municpios do Paran, Associao das Cmaras Municipais do Paran, Associao Comercial do Paran, FACIAP-Federao das Associaes Comerciais e Industriais do Paran, FIEP-Federao das Indstrias do Estado do Paran e todas as Entidades de Classe da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geocincias vinculadas ao CREA-PR. Na ocasio foram produzidos e divulgados os Cadernos Tcnicos, srie de publicaes produzida pelos prprios profissionais colaboradores envolvi-dos no processo, material que se mostrou de grande valia para os administradores municipais, para os prprios profissionais e lderes locais. A estratgia de comunicao foi ampliada, o nmero de Municpios atingidos montou a 250, com a participao direta de 90 prefeitos e logramos o xito de ver mais de 180 propostas originrias da participao profissional e comunitria serem implantadas.

    O trabalho desenvolvido nos anos anteriores foi consolidado em uma proposta para a incluso no Plano Plurianual do Estado do Paran. O Governo do Estado do Paran recebeu a proposta das mos do Presidente do CREA-PR declarando simpatia pela mobilizao profissional em direo ao desenvolvimento integrado de nosso Estado. Na oportunidade, tambm teve recebido os produtos da Agenda Parlamentar diversos Deputados Federais e Estaduais eleitos e tambm os Senadores paranaenses. A acolhida, como era de se esperar, foi total.

    Este foi, ento, o ano da ousadia. A Agenda Parlamentar alcanava esferas federais e as propostas havidas do trabalho de todos os profissionais colaboradores era acolhida invariavelmente com simpatia pelas lideranas nas trs esferas de governo. Sem descontinuar as prticas anteriormente iniciadas, deu-se como pauta do ano de 2011 a produo dos EBDR Estudos Bsicos de Desenvolvimento Regional. A ao ampliou-se com a agregao de novos parceiros nas localidades, nova metodologia de formulao, nova estratgia de encaminhamento.

    Colhemos, ento, o resultado de 29 EBDRs, que agregadas ao PELT 2020 Plano Estadual de Logstica e Transportes, de produo anterior, mas oportunamente aqui includo, vo aqui sistematizadas, organizadas e dadas a pblico e oferecidas s autoridades locais, estaduais e federais a quem se endeream.

    Com isto, queremos ter a viso dos profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia e geocincias sobre a realidade na qual oferecem cotidianamente sua arte e cincia ser acolhida e, pelas suas ideias e solues, v-la ser transformada para melhor, no benefcio do Paran e de sua gente.

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    EBDR ARAPONGAS/ROLNDIA | RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

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    ESTUDO BSICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    Unidade: S1

    Regional: Apucarana

    Centralidade: Arapongas/Rolndia

    Tema: RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

    O Estudo Bsico para a centralidade Arapongas/Rolndia prope um modelo de gerenciamento integrado de resduos nas cidades da regio, com baixo custo, atravs de aes que articulem o Poder Pblico, Iniciativa Privada e a Populao dos Municpios envolvidos. Destaca-se neste trabalho de integrao algumas princi-pais diretrizes, tais como: promoo de mudanas de atitudes e hbitos de consumo; identificao e adequao da infraestrutura de gesto ambiental nos Municpios; re-cuperao, revalorizao e transformao de resduos passveis de reciclagem; pro-moo de capacitao tcnica e educao ambiental; diminuio da gerao de re-sduos para os aterros sanitrios; incentivos ao reaproveitamento de materiais atravs da reciclagem; gerao de empregos, renda e incluso social; fomento da implantao de novos empreendimentos afetos a temtica para a regio.

    Associao dos Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos de Arapongas (ASENARAG)

    Associao dos Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos de Rolndia

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    1) Diagnstico Preliminar ................................................................................................................................................................................9

    1.1) Localizao espacial e geogrfica da centralidade ......................................................................................................................................9

    1.2) Recursos disponveis (rea de turismo) .....................................................................................................................................................9

    1.3) Recursos econmicos existentes e que movimentam a economia regional ..................................................................................................9

    1.4) Organizaes sociais locais formadas. Quadro demogrfico da populao ...................................................................................................10

    1.5) A realidade atual do mercado de trabalho. Distribuio de renda. ..............................................................................................................10

    1.6) Indicadores que apontam a qualidade de vida da populao .....................................................................................................................10

    1.7) Informaes sobre a infraestrutura local. .................................................................................................................................................10

    2) Diagnstico Avanado..............................................................................................................................................................................11

    2.1) Principais Potencialidades (ou Vocaes) da Centralidade .........................................................................................................................11

    2.2) Principais Limitaes (estrangulamentos ou problemas) da Centralidade.....................................................................................................11

    3) Temtica bsica da proposio .................................................................................................................................................................11

    3.1) Temtica bsica em estudo ...................................................................................................................................................................11

    3.2) Indicao da disponibilidade de recursos tcnico-profissionais na regio .....................................................................................................12

    3.3) Justificativa da temtica escolhida em funo dos dados e informaes elencados nos diagnsticos preliminares ...........................................12

    4) Segmentos econmicos atingidos ..............................................................................................................................................................12

    4.1) Indicao dos setores sociais e econmicos direta e indiretamente atingidos com a proposio. ...................................................................12

    5) Mobilizao necessria. Estratgia de implementao. ................................................................................................................................13

    6) Potencial explorado/Lacunas preenchidas ...................................................................................................................................................16

    7) Viabilidade oramentria/Alocao de recursos financeiros ...........................................................................................................................17

    7.1) Programas agenciados pela Caixa Econmica Federal ...............................................................................................................................17

    7.1.1) Programa Saneamento Para Todos ......................................................................................................................................................17

    7.1.2) Programa Resduos Slidos Urbanos ...................................................................................................................................................17

    7.2) Programas agenciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES).....................................................................17

    7.2.1) Programa Saneamento Ambiental e Recursos Hdricos...........................................................................................................................17

    a) Ministrio do Meio Ambiente/Fundo Nacional de Meio Ambiente ...................................................................................................................18

    b) Ministrio do Meio Ambiente/Programa de saneamento ambiental para Municpios at 50 mil habitantes ..........................................................18

    c) Ministrio das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Programa de Resduos Slidos Urbanos ..................................................18

    d) Ministrio da Justia/Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) .................................................................................................................18

    e) Fundo Social ...........................................................................................................................................................................................19

    8) Signatrios .............................................................................................................................................................................................19

    9) Anexos...................................................................................................................................................................................................19

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    1) DIAGNSTICO PRELIMINAR

    1.1) LOCALIzAO ESPACIAL E GEOGRfICA DA CENTRALIDADEArapongas, Pitangueiras, Rolndia e Sabudia so Municpios do norte do Estado do Paran, localizados na Regio Norte-Central.

    figura: Mapa do Estado do Paran. fonte: Ipardesfigura: Localizao dos Municpios que compem a centralidade. fonte:

    GoogleMaps

    1.2) RECURSOS DISPONVEIS (REA DE TURISMO)Destacamos aqui alguns recursos disponveis na centralidade (ou regio) Arapongas/Rolndia, por Municpio:

    - Arapongas: o setor de negcios bastante movimentado, fruto de sua intensa atividade industrial. No pavilho de exposies denominado Ex-poara, h 40 mil metros quadrados, acolhendo feiras internacionais como a FIQ Feira da Indstria de Qualidade e a Movelpar Feira de Mveis do Estado do Paran, trazendo para o Municpio um elevado nmero de empresrios e representantes comerciais que aqui encontram a oportuni-dade de fecharem bons negcios. Destacamos tal atividade, pois o pavilho fica localizado s margens da BR 369, no eixo Londrina Maring, a principal rodovia para o Sul do pas. Desta forma, a regio estabelecida no entorno do Municpio beneficiada em termos de turismo e logstica. O Municpio de Arapongas oferece uma estrutura de cinco hotis, com aproximadamente 150 leitos; oito restaurantes; 15 postos de combustvel; alm de dispor de um aeroporto com capacidade para operar voos noturnos e abrigar aeronaves comerciais.

    - Pitangueiras: o turismo rural se destaca no Municpio, que apresenta cachoeiras (por exemplo: Cachoeira dos Amores e Cachoeira da Aventura) com guas cristalinas e de fcil acesso.

    - Rolndia: o Municpio tem ampla diversidade turstica. Apresenta construes com mistura de estilos arquitetnicos (europeia, barroco, em pe-dras, etc.), festas e pousadas tpicas (festa Oktoberfest, todo ms de outubro), restaurantes com comidas germnicas, dentre outros.

    - Sabudia: festas municipais religiosas movimentam o turismo em Sabudia, por exemplo, a Festa em Louvor a Santa Terezinha do Menino Jesus.

    1.3) RECURSOS ECONMICOS ExISTENTES E QUE MOVIMENTAM A ECONOMIA REGIONALPodem ser identificados nos Municpios que compem esta regio os seguintes recursos econmicos:

    - Arapongas: conta com uma forte economia. Em 2007, cresceu cerca de 10,3% (IPARDES), enquanto o Brasil cresceu na mdia de 5%. Esse importante desenvolvimento proveniente principalmente de sua caracterstica principal de polo moveleiro (2 maior do Brasil).

    - Pitangueiras: a economia de Pitangueiras sustentada pela agricultura e a pecuria.

    - Rolndia: nos ltimos anos, a cidade antigamente conhecida como Rainha do Caf mudou bastante seu perfil econmico. Apesar de apresentar economia essencialmente agrcola, o Municpio mostra grande vocao para indstria e comrcio.

    - Sabudia: a economia do Municpio est baseada na agropecuria. A sua segunda atividade econmica mais importante a industrial, que vem crescendo atravs da implantao recente de seu parque industrial.

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    1.4) ORGANIzAES SOCIAIS LOCAIS fORMADAS. QUADRO DEMOGRfICO DA POPULAO- Arapongas: situado na Regio do Norte do Paran, nasceu por iniciativa da Companhia de Terras Norte do Paran, pioneira no povoamento da regio.

    Assim como as cidades fundadas pela companhia, teve todo o seu desenvolvimento baseado em um plano diretor. Inicialmente Arapongas fez parte do territrio do Municpio de Londrina. Em 1943 passou a pertencer ao Municpio de Rolndia, como distrito. Em 1947, aps amplo debate da sociedade organizada de Arapongas, o Governo Estadual criava o Municpio de Arapongas, com os distritos administrativos Astorga e Sabudia.

    - Pitangueiras: Em 1942, o chamado patrimnio de Santo Antnio era administrado pela Igreja Catlica. O povoado era formado por um pequeno comrcio, bar, farmcia e casas de cerealistas. A regio onde estava o Patrimnio de Santo Antnio foi elevada a distrito administrativo de Rolndia em 1954 com o nome de Pitangueiras, em referncia ao rio Pitangueiras. O processo de emancipao poltica foi estimulado pelo proco local em 1960. O Municpio de Pitangueiras foi desmembrado de Rolndia em 1990 e instalado em 1993.

    - Rolndia: o Municpio que foi colonizado por elementos de vrias etnias, possui uma cultura rica e variada, que vai desde a cultura acadmica dos imigrantes at a simples do caboclo brasileiro. Desde o incio cada colnia procurava conservar suas tradies culturais. Assim era com os suos, japoneses, italianos, portugueses, alemes etc.. Estas manifestaes geralmente eram restritas aos membros de cada colnia que procuravam transmitir a seus filhos e netos as tradies de seu povo (SCHWENGBER, 2003).

    - Sabudia: A histria do Municpio de Sabudia, situado na Regio Norte do Paran, est intimamente ligada de Arapongas. O nome Sabudia dado ao patrimnio o de uma Cidade da Itlia, e teve por objetivo atrair colonos italianos, com os quais, aquela companhia imobiliria desejava formar um ncleo colonial. Formado o Patrimnio e iniciada a venda de lotes, datas e chcaras, o seu desenvolvimento foi rpido. Em 1947, o Povoado passou condio de Distrito Administrativo e, em 1954, alcanou sua autonomia.

    1.5) A REALIDADE ATUAL DO MERCADO DE TRABALhO. DISTRIBUIO DE RENDA.

    Tabela Dados da Centralidade. fontes: IBGE, RAIS MTE, IPARDES.

    1.6) INDICADORES QUE APONTAM A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAO

    Tabela Dados da Centralidade. fontes: IBGE, IPARDES, PNUD.

    1.7) INfORMAES SOBRE A INfRAESTRUTURA LOCAL.

    Tabela Dados da Centralidade. fontes: IBGE, Sanepar, COPEL.

    *Unidades (economias) atendidas todo imvel (casa, apartamento, loja, prdio etc.) ou subdiviso independente do imvel para efeito de cadastramento e cobrana de tarifa (adaptado do IBGE, CIDE, Sanepar).**O sistema pblico de gua e esgoto existente no Municpio de Pitangueiras, Estado do Paran, operado pelo SAAE Servio Autnomo de gua e Esgoto, Autarquia Municipal, criado pela Lei Municipal 349, de 04/04/2008, criada para exercer com exclusividade todos os servios pblicos de abastecimento de gua potvel e de esgotos sanitrios no Municpio de Pitangueiras.

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    2) DIAGNSTICO AVANADO

    2.1) PRINCIPAIS POTENCIALIDADES (OU VOCAES) DA CENTRALIDADEComo citado no item 1.3 e atravs da anlise realizada sobre a centralidade (Arapongas, Pitangueiras, Rolndia e Sabudia), onde foram levantados

    dados e indicadores que seriam relevantes para esta pesquisa, que possui como foco os Resduos Slidos e Lquidos Urbanos, conclui-se que a regio possui um grande potencial para abrigar reas voltadas destinao de resduos, ou seja, espaos destinados ao beneficiamento ou disposio final de resduos. Tal afirmao pode ser confirmada atravs de grande nmero de indstrias existentes nessa regio, e o volume de resduos que as mesmas geram, bem como, a populao atingida pela centralidade.

    Portanto, a regio demonstra potencial para a instalao de empreendimentos de transporte, tratamento e destinao final de resduos, destacando-se um potencial para a instalao de uma usina incineradora, unidades de recuperao, revalorizao e transformao de resduos passveis de reciclagem, alm de aterros, usinas de reciclagem de resduos de construo civil, e tratamento de resduos de servio de sade etc.

    2.2) PRINCIPAIS LIMITAES (ESTRANGULAMENTOS OU PROBLEMAS) DA CENTRALIDADEPercebe-se que o IDH mdio da regio 0,7, e quando comparado com o ndice brasileiro, que o de 0,8. A diferena no exorbitante, porm

    sabido que a educao (item que est inserido na avaliao do IDH) de suma importncia quando se fala em reciclagem. Entretanto, existe o alto crescimento da populao, exemplificado atravs da densidade demogrfica da regio.

    Parte-se do princpio que deve acontecer atravs da educao, a conscientizao ambiental desde o momento da compra dos produtos a serem con-sumidos e tambm a conscientizao da responsabilidade de reduo, reutilizao e reciclagem do lixo resultante deste mesmo consumo.

    As escolas atravs da educao ambiental, as associaes de moradores oferecendo sua competncia para mobilizao da comunidade e, o apoio financeiro ou a capacidade de arrecadao das Organizaes No Governamentais, muito podero contribuir para multiplicarmos os processos que di-minuem, e muitas vezes at conseguem eliminar, os danos causados pelo lixo humano natureza.

    3) TEMTICA BSICA DA PROPOSIO

    3.1) TEMTICA BSICA EM ESTUDO

    GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESDUOS SLIDOSEssa proposta tem como objetivo principal promover um modelo de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos para coleta seletiva extensiva e de

    baixo custo atravs do estabelecimento articulado entre Poder Pblico, Iniciativa Privada e a Populao dos Municpios.

    So objetivos secundrios:

    Promover mudanas de atitudes e hbitos de consumo;

    Identificar e adequar a infraestrutura de gesto ambiental nos Municpios;

    Recuperar, revalorizar e transformar resduos passveis de reciclagem;

    Promover capacitao tcnica e a educao ambiental;

    Minimizar a gerao de resduos para os aterros sanitrios;

    Incentivar o reaproveitamento de materiais atravs da reciclagem;

    Gerar empregos, renda e incluso social;

    Fomentar a implantao de novos empreendimentos para a regio.

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    3.2) INDICAO DA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS TCNICO-PROfISSIONAIS NA REGIOA regio detm todo o conhecimento tecnolgico necessrio para a implementao do proposto. Destacamos algumas entidades representativas ju-

    risdicionadas na regio: Associaes de Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos e demais profissionais habilitados em suas entidades de classes; Empresas Privadas de Consultoria; SEBRAE; SENAI etc.

    3.3) JUSTIfICATIVA DA TEMTICA ESCOLhIDA EM fUNO DOS DADOS E INfORMAES ELENCADOS NOS DIAGNSTICOS PRELIMINARES

    Muito se tem discutido sobre as questes ambientais relacionadas com o Desenvolvimento Sustentvel, num movimento irreversvel para o prximo milnio.

    Segundo Braga 2005 apud Relatrio de Brundtland, documento intitulado como Nosso Futuro em Comum (1987), o desenvolvimento sustentvel definido como desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias necessidades. Nesse sentido, atualmente a sociedade vem contribuindo de forma multidisciplinar em propostas interligadas, envolvendo vrios segmen-tos agrupados de onde so originadas novas posturas ao invs de iniciativas isoladas, pulverizadas e sem foco, como no passado.

    Tida como o ltimo dos princpios dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) deflagrados no Programa Desperdcio Zero, programa criado pelo Governo do Estado do Paran e fundamentado na Poltica Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6.938/81 e complementares) e na at ento considerada Poltica Estadual de Resduos Slidos (Lei Estadual 12.493/99), a Reciclagem a grande impulsionadora de todo esse processo, pois abrange aspectos tcnicos, econmicos e sociais. Contudo, necessrio mais do que isso. Entender a importncia da reciclagem apenas o primeiro passo.

    Em vigor desde agosto de 2010, a nova lei sobre resduos slidos, Lei Federal 12.305/2010, um marco histrico na gesto ambiental no Brasil. Ela define a Gesto de Resduos Slidos como um todo, abrangendo a responsabilidade solidria (compartilhada) entre toda a cadeia produtiva (Empre-sas, Poder Pblico e Populao). A implementao da Lei foi definida pelo Decreto Federal 7.404/2010, onde so definidos os incentivos, as parcerias, a capacitao e a melhoria das condies de trabalho das cooperativas. Esse Decreto intitula como pea fundamental, o papel dos catadores, que se mostram essenciais para o fim dos lixes e implantao da coleta seletiva nos Municpios, onde, as cooperativas de catadores so aliadas das empresas de reciclagem (recuperao, revalorizao e transformao). Desta forma, os catadores, organizados em cooperativas, foram reconhecidos pela nova legislao brasileira como agentes da gesto dos resduos urbanos.

    Segundo o CEMPRE 2010, para que a nova lei seja cumprida, a atual produo das cooperativas, precisar ser triplicada, sendo necessria a articu-lao entre o setor pblico e privado para que se chegue a modelos inteligentes e eficientes de gesto. Define tambm que o desafio primordial para as questes relacionadas com os resduos slidos, seriam a capacitao dos catadores para o desempenho de suas novas funes, conhecimentos estes que vo desde os melhores mtodos de segregao e acondicionamento dos materiais at as prticas para aumentar a eficincia da produo, reduzir custos e garantir a viabilidade econmica da atividade.

    De acordo com a Constituio Federal, de responsabilidade do Municpio a responsabilidade pela limpeza urbana e destinao final dos resduos domsticos. Contudo, a cena mais comum nos Municpios brasileiros so os lixes a cu aberto. Com a nova Lei, os Municpios tero prazo at 2014 para reverter esse quadro.

    No setor empresarial, as exigncias j esto impostas h mais tempo. No Paran, os resduos slidos industriais devem possuir acondicionamento, transporte, tratamento e destinao final adequados, atendendo as normas aplicveis da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT e as con-dies estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paran IAP, respeitadas as demais normas legais vigentes, de acordo com o que estabelece o Art. 10 da Lei Estadual 12.493/99. Neste setor j possvel mensurar os benefcios econmicos relacionados com a economia de energia, de matrias-primas, melhorias na sade e na rea de influncia do empreendimento.

    O Lixo, como anteriormente os resduos eram denominados, ganha valor econmico com efeitos socioambientais. Contudo, o sucesso de qualquer programa, depende principalmente da conscientizao, legislao municipal (obrigatoriedade legal) e fiscalizao.

    4) SEGMENTOS ECONMICOS ATINGIDOS

    4.1) INDICAO DOS SETORES SOCIAIS E ECONMICOS DIRETA E INDIRETAMENTE ATIN-GIDOS COM A PROPOSIO.

    - Primeiro Setor (Estado/Governo): Prefeituras Municipais; rgo Estadual de Meio Ambiente; Secretarias de Educao e Meio Ambiente.

    - Segundo Setor (Iniciativa Privada): Empresas de Prestao de Servios de Utilidade; Empresas de Prestao de Servios de Transporte, Tratamento e Destinao Final de Resduos; Empresas de Revalorizao e Transformao de Materiais; Empresas de Consultoria e Assessoria.

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    - Terceiro Setor (Fundaes e ONGs): Sistema S SEBRAE, SENAI; Organizaes No Governamentais.

    - Quarto Setor: populao atingida. A tabela 1 indica a populao e a rea de abrangncia estimada pelo projeto. Os dados de gerao per capita de resduos para clculo estimado foram calculados segundo OBLADEN 2009.

    Tabela: Populao atingida e dados gerais de gerao de resduos. fonte: IBGE

    5) MOBILIzAO NECESSRIA. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO.Destacamos figura que ilustra a mobilizao necessria, bem como toda a estratgia de implementao da proposio. O Cronograma de atividades

    fica a critrio da Prefeitura Municipal.

    figura: Passo-a-passo para a implantao do projeto. fonte: CORTEZ, 2011.

    A metodologia aplicada para a elaborao e implantao da proposio poder seguir os itens indicados na figura, conforme descrio abaixo:

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    5.1) Diagnstico da Situao Atual: elaborao de diagnstico atual realizado por profissional habilitado em cada Municpio, identificando legislao municipal pertinente, presena e regularidade das associaes de catadores, programas municipais de capacitao e educao ambiental, a existncia dos Pontos de Entrega Voluntria PEVs para resduos especiais, a composio do corpo tcnico de profissionais nos rgos municipais de fiscalizao, as formas de operao do sistema municipal de coleta de resduos urbanos, a presena de reas degradadas por disposio inadequada de resduos e/ou lixes, a forma de operao do sistema municipal de fiscalizao e monitoramento.

    figuras: PEV de garrafas PET. fonte: Prefeitura Municipal de Goinia. PEV de reciclveis. fonte: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. PEV de reciclveis e lmpadas. fonte: De olho no lixo.

    5.2) Identificao dos atores envolvidos: considerando que a gesto dos resduos slidos urbanos de pequenos geradores de responsabilidade do poder pblico, bem como, a gesto dos resduos slidos de grandes geradores de responsabilidade privada no se enquadram nas obrigaes da legislao de saneamento federal e estadual, considera-se como fundamental a definio dos atores e responsveis da cadeia produtiva para implantao do modelo de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos.

    5.3) Obrigatoriedade Legal: para que o modelo de gerenciamento tenha sucesso, necessria a regulamentao da gesto de resduos slidos no Municpio, como um instrumento e estratgia, exigindo e determinando atravs de instrumentos legais, os mecanismos de soluo e integrao de toda a sociedade. A proposta de implantao de um decreto municipal trar reflexos positivos no mbito social, ambiental e econmico, pois proporciona a definio de seus atores, abertura de novos mercados, gerao de emprego e renda, conduzindo a incluso social e a minimizao dos impactos ambi-entais.

    5.4) Elaborao do Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos: baseados no diagnstico inicial dever ser elaborado o Plano de Gerencia-mento Integrado de Resduos Slidos PGIR, por equipe multidisciplinar contendo as propostas para a correo das no conformidades, bem como, as metas de reduo e reciclagem de resduos. Alguns itens podero auxiliar e compor este Plano:

    - Programa de Educao Ambiental;

    - Composio do Corpo tcnico dos rgos de fiscalizao e monitoramento;

    - Readequao/Criao e Implantao das Associaes de Catadores;

    - Elaborao da Interface on line para fiscalizao e monitoramento;

    - Cadastramento das Empresas prestadoras de servios;

    - Revitalizao/Instalao de Aterros Sanitrios;

    - Recuperao de reas Degradadas;

    - Selo Verde Municipal Certificao.

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    figura: Planejamento em setor para coleta porta-a-porta. fonte: Ministrio das Cidades SNA.

    A figura e tabela a seguir demonstram um modelo de mapeamento e cadastramento.

    figura: Exemplo de Mapeamento da reciclagem. fonte: adaptado Google Maps.

    Nome Endereo Telefone Contato Tipologia da Empresa

    Exemplo 1 tratamento LTDA. Rua guia Branca, 45 (43) 3055-0000 JosTratamento e Destinao de Borras de Tintas Classe I

    Exemplo 2 LTDA. Rua Tico-tico rei 29 (43) 3244-0000 Antonio Transporte de Resduos Construo Civil

    Tabela: Exemplo de Cadastro de Empresas Prestadoras de Servios.

    5.5) Evento de Lanamento do Programa: sugere-se, aps a elaborao do Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos, realizar um evento de lanamento do programa com todos os setores envolvidos, de forma a gerar credibilidade na populao.

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    6) POTENCIAL ExPLORADO/LACUNAS PREENChIDASNos ltimos anos notvel a quantidade de artigos cientficos relacionados aos resduos slidos que comprovam os benefcios financeiros, ambientais

    e de sade pblica. A figura abaixo ilustra o novo panorama referente ao gerenciamento dos resduos slidos com a implantao do projeto aqui proposto, onde, minimiza-se um valor expressivo de resduos enviados anteriormente para aterros sanitrios e, em alguns casos, para lixes.

    figura: gerenciamento de resduos aps implantao do projeto. fonte: Obladen 2009, adaptado.

    Relacionando os dados levantados da centralidade aqui demonstrados, percebe-se que a regio possui um grande potencial a ser explorado na questo dos resduos slidos. Oportunizando este potencial com a implantao do modelo aqui proposto consegue-se:

    Agregar infraestrutura aos Municpios no tocante aos Resduos Slidos;

    Garantir uma destinao final adequada com sustentabilidade;

    Facilitar o acesso dos empresrios dos Municpios no tocante ao correto manejo de seus resduos slidos;

    Aumentar a vida til dos aterros sanitrios, diminuindo o passivo ambiental existente;

    Atender aos requisitos legais e normativos em vigor relativos s questes ambientais;

    Garantir uma maior qualidade dos resduos segregados para reciclagem;

    Incentivar a instalao de novos empreendimentos industriais e comerciais nos Municpios;

    Promover capacitao tcnica, empregos e renda para a populao local, bem como, o aumento da arrecadao municipal sobre a venda dos produtos acabados (com agregao de valor);

    Promover a incluso social nos Municpios, possibilitando um aumento no poder aquisitivo da populao de baixa renda atravs da remunerao fixa, venda dos resduos e diviso dos lucros da associao, o que no ocorria antes na informalidade;

    Promover multiplicadores de conhecimento atravs das aes de Educao Ambiental, garantindo sustentabilidade do projeto.

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    7) VIABILIDADE ORAMENTRIA/ALOCAO DE RECURSOS fINANCEIROSAcreditamos ser motivo de preocupao significativa para os nossos administradores o aumento significativo no volume de resduos slidos e lquidos

    urbanos gerados, as dificuldades bem como o custo de implantao de solues. A fim de abordar estas questes e indicar fontes de recursos para finan-ciamento da proposio elencamos alguns dos rgos e agentes financeiros que atuam nesta temtica.

    7.1) PROGRAMAS AGENCIADOS PELA CAIxA ECONMICA fEDERAL

    7.1.1) Programa Saneamento Para TodosTipo: Financiamento.

    fonte dos Recursos: Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e da contrapartida do solicitante.

    Destinatrios do Programa: Setor Pblico (Estados, Municpios, Distrito Federal, concessionrias pblicas de saneamento, consrcios pblicos de direito pblico e empresas pblicas no dependentes). E/ou Setor Privado (Concessionrias ou subconcessionrias privadas de servios pblicos de sanea-mento bsico, ou empresas privadas, organizadas na forma de sociedade de propsito especfico para o manejo de resduos slidos e manejo de resduos da construo e demolio).

    Modalidade: manejo de Resduos Slidos, manejo de Resduos da Construo Civil, Estudos, Projetos, dentre outros.

    Condies de financiamento: em operaes com o setor pblico, o valor correspondente contrapartida mnima de 5% do valor do investimento. Em operaes com o setor privado, o valor correspondente contrapartida mnima 20% do valor do Investimento.

    7.1.2) Programa Resduos Slidos UrbanosTipo: Repasse.

    fonte dos Recursos: Oramento Geral da Unio (OGU).

    Destinatrios do Programa: Populao urbana/famlias de baixa renda com demanda de recursos federais pelos Estados, Municpios e Distrito Federal por meio de rgos das administraes direta e indireta.

    Modalidade: ao de apoio a sistemas pblicos de manejo de resduos slidos em Municpios com populao superior a 50.000 habitantes (CENSO 2000) ou Municpios integrantes de regies metropolitanas e RIDE, independente do porte populacional. Contempla intervenes que visam contribuir para proporcionar populao acesso aos servios de limpeza urbana e destinao final adequada de resduos slidos urbanos, visando salubridade ambiental, eliminao de lixes e insero socioeconmica de catadores.

    Condies de financiamento: os percentuais de contrapartida estabelecidos para este Programa so os mnimos previstos na LDO e devem ser ob-servados pelo proponente. No caso de Municpios: 3% do valor de repasse da Unio, para Municpios com at 50 mil habitantes; 5% do valor de repasse da Unio, para Municpios situados nas reas prioritrias definidas no mbito da PNDR e nas regies de abrangncia da SUDAM e da SUDENE e no Centro-Oeste; 10% do valor de repasse da Unio, para os demais Municpios.

    7.2) PROGRAMAS AGENCIADOS PELO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL (BNDES)

    7.2.1) Programa Saneamento Ambiental e Recursos hdricosTipo: Financiamento.

    fonte dos Recursos: BNDES.

    Destinatrios do Programa: Sociedades com sede e administrao no pas, de controle nacional ou estrangeiro, empresrios individuais, associaes, fundaes e pessoas jurdicas de direito pblico.

    Modalidade: apoiar e financiar projetos de investimentos pblicos ou privados que tenham como unidade bsica de planejamento bacias hidrogrficas e a gesto integrada dos recursos hdricos. A linha Saneamento Ambiental e Recursos Hdricos apia e financia empreendimentos para efluentes e resduos industriais; resduos slidos; dentre outros.

    Condies de Financiamento: A participao mxima do BNDES de 80% dos itens financiveis, podendo ser ampliada em at 90%. As condies financeiras da linha se baseiam nas diretrizes do produto BNDES Finem. As solicitaes de apoio so encaminhadas ao BNDES pela empresa

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    EBDR ARAPONGAS/ROLNDIA | RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

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    interessada ou por intermdio da instituio financeira credenciada, por meio de Consulta Prvia, preenchida segundo as orientaes do Roteiro de Infor-maes disponvel no site do BNDES.

    A seguir relacionamos alguns Ministrios do Governo Federal, Fundos ou mesmo Programas que tem foco na rea da temtica proposta:

    a) Ministrio do Meio Ambiente/fundo Nacional de Meio Ambientefinalidade: o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), criado pela Lei 7.797 de 10/07/1989, disponibiliza recursos para aes que contribuam

    para a implementao da Poltica Nacional do Meio Ambiente. As aes so distribudas por:

    Ncleos Temticos: gua e florestas, conservao e manejo da biodiversidade, sociedades sustentveis, qualidade ambiental, gesto e pesqueira compartilhada e planejamento e gesto territorial. O ncleo de Qualidade Ambiental tem como uma das reas de atuao os resduos slidos industriais. O FNMA recomenda observar a necessidade de orientar a elaborao de projetos considerando Inventrios e Cadastros de Resduos Slidos Industriais para a apresentao adequada de projetos nesta rea de atuao. Para a rea de atuao de resduos slidos industriais, os projetos sero somente atendidos por meio de instrumentos convocatrios especficos, ou outras formas de induo, e com prazos definidos e direcionados a um tema ou a uma determinada regio do pas (a chamada demanda induzida).

    Pblico Alvo: instituies pblicas pertencentes administrao direta e indireta nos nveis federal, estadual e municipal, e instituies privadas brasileiras sem fins lucrativos cadastradas no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA) e que possuam no mnimo trs anos de existncia legal e atribuies estatutrias para atuarem em rea do meio ambiente (organizao ambientalista, fundao e organizao de base).

    b) Ministrio do Meio Ambiente/Programa de saneamento ambiental para Municpios at 50 mil habitantesfinalidade: fomentar a implantao e/ou a ampliao de sistemas de coleta, transporte e tratamento e/ou destinao final de resduos slidos para

    controle de propagao de doenas e outros agravos sade, decorrentes de deficincias dos sistemas pblicos de limpeza urbana. O apoio da Funasa contempla aspectos tcnicos de engenharia e de modelos de gesto, e os itens financiveis so: a implantao ou ampliao de aterros sanitrios, aquisio de equipamentos, veculos automotores, unidades de triagem e/ou compostagem e coleta seletiva. Os projetos devero atender ao manual de orientaes tcnicas para Elaborao de Projetos de Resduos Slidos da Funasa, disponvel da pgina da internet da Fundao.

    Pblico Alvo: Municpios com populao total de at 50 mil habitantes (conforme eixo de ao 2007-2010 no componente de infraestrutura social e urbana do Programa de Acelerao do Crescimento PAC).

    c) Ministrio das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Programa de Resduos Slidos Urbanosfinalidade: aumentar a cobertura dos servios de tratamento e disposio final ambientalmente adequado dos resduos slidos, na perspectiva da

    universalizao e da sustentabilidade dos servios prEstados priorizando solues regionalizadas a serem geridas mediante gesto associada por con-srcios pblicos intermunicipais, com adoo de mecanismos de sustentao econmica dos empreendimentos e controle social, enfocando o destino final associado implantao de infraestrutura para coleta seletiva com incluso de catadores. As aes devem contemplar a implantao ou adequao e equipagem de unidades licenciadas para tratamento e disposio final, incluindo aterros sanitrios, que podero envolver projeto adicional de insta-laes para coleta e tratamento do biogs com vistas reduo de emisses de gases de efeito estufa GEE; aterros sanitrios de pequeno porte, bem como unidades de triagem, compostagem e beneficiamento de resduos slidos. Complementarmente, devero ocorrer aes voltadas para a incluso socioeconmica dos catadores, quando for o caso, e aes relativas educao ambiental. As intervenes devero ser operadas por consrcios pblicos intermunicipais com vistas a assegurar escala, gesto tcnica qualificada, regulao efetiva, funcionalidade e sustentabilidade na prestao dos servios.

    Pblico Alvo: Estados, Distrito Federal, Municpios e consrcios pblicos para a implementao de projetos de tratamento e disposio final de re-sduos em Municpios de Regies Metropolitanas, de Regies Integradas de Desenvolvimento Econmico, Municpios com mais de 50 mil Habitantes ou Integrantes de Consrcios Pblicos com mais de 150 mil Habitantes. Excepcionalmente, enquanto o consrcio no est constitudo, o Estado dever ser o tomador.

    d) Ministrio da Justia/fundo de Defesa dos Direitos Difusos (fDD)finalidade: reparao dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico,

    paisagstico, bem como aqueles ocasionados por infrao ordem econmica e a outros interesses difusos e coletivos. Sero apoiados projetos de manejo e gesto de resduos slidos que incentivem o gerenciamento dos resduos slidos em reas urbanas e rurais, contribuam para a implan-tao de polticas municipais ambientalmente corretas ou que promovam aes de reduo, reutilizao e reciclagem do lixo. Para receber apoio financeiro do FDD necessrio apresentar Carta-Consulta, conforme modelo e procedimentos divulgados pelo Ministrio da Justia.

    Pblico Alvo: instituies governamentais da administrao direta ou indireta, nas diferentes esferas do governo (federal, estadual e municipal) e organizaes no governamentais brasileiras, sem fins lucrativos e que tenham em seus estatutos objetivos relacionados atuao no campo do meio ambiente, do consumidor, de bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico ou paisagstico e por infrao ordem econmica.

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    EBDR ARAPONGAS/ROLNDIA | RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

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    e) fundo Socialfinalidade: apoiar projetos de carter social nas reas de gerao de emprego e renda, servios urbanos, sade, educao e desportos, justia, meio

    ambiente, desenvolvimento rural e outras vinculadas ao desenvolvimento regional e social. Os recursos do Fundo Social sero destinados a investimentos fixos, inclusive aquisio de mquinas e equipamentos importados, sem similar nacional, no mercado interno e de mquinas e equipamentos usados; capacitao; capital de giro; despesas pr-operacionais e outros itens que sejam considerados essenciais para a consecuo dos objetivos do apoio. A participao mxima do BNDES ser de at 100% dos itens financiveis.

    Pblico Alvo: pessoas jurdicas de direito pblico interno e pessoas jurdicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, exclusivamente em pro-gramas especficos, atividades produtivas com objetivo de gerao de emprego e renda e desenvolvimento institucional orientado, direta ou indiretamente, para instituies de microcrdito produtivo (modalidade Apoio Continuado).

    8) SIGNATRIOSForam diversas representaes envolvidas na elaborao deste estudo bsico nos inmeros debates promovidos pelas Entidades de Classe lderes

    deste trabalho (Associao de Engenheiro, Arquitetos e Agrnomos de Arapongas ASENARAG e Associao de Engenheiro, Arquitetos e Agrnomos de Rolndia AEAAR) e pelo CREA-PR; conforme as presenas registradas nos eventos Locais e Regional da Agenda Parlamentar.

    9) ANExOS

    ANExO 1: REfERNCIASASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 10.004 Classificao de resduos slidos. ABNT. Rio de Janeiro, 2004, 71p.

    BRAGA, B. et al. Introduo engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentvel. 2 Ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 328 p.

    BRASIL. Casa Civil. Lei federal n 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispe sobre a poltica nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e da outras providncias. Braslia, 1981.

    ______. Lei federal n 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispe sobre a educao ambiental, institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental e d outras providncias. Braslia, 1999.

    ______. Lei federal n 10.165 de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispe sobre a poltica nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias. Braslia, 2000.

    ______. Lei federal n 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento bsico altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei n 6.528, de 11 de maio de 1978; e d outras providncias. Braslia, 2007.

    ______. Lei federal n 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos; altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e d outras providncias. Braslia, 2010.

    ______. Decreto federal N 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei n 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a poltica nacional de resduos slidos, cria o comit interministerial da poltica nacional de resduos slidos e o comit orientador para a implantao dos sistemas de logstica reversa, e d outras providncias. Braslia, 2010.

    ______. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA IBGE. rea de abrangncia e populao censitria 2010. Disponvel em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em 22 de junho de 2011.

    COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA A RECICLAGEM CEMPRE. Poltica nacional de resduos slidos: agora lei. Artigo. Disponvel em: http://www.cempre.org.br/. Acesso em 10/04/2011.

    ______. Poltica nacional de resduos slidos: a lei na prtica. Artigo. Disponvel em: http://www.cempre.org.br/. Acesso em 10/04/2011.

    OBLADEN, N. L.; OBLADEN, N. T. R.; BARROS. K. R de; Guia para elaborao de projetos de aterros sanitrios para resduos slidos urbanos. CREA-PR: 2009. (Srie de publicaes temticas do CREA-PR, Volumes I, II e III).

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    EBDR ARAPONGAS/ROLNDIA | RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

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    PARAN. Casa Civil. Lei Estadual n 12.493 de 22 de janeiro de 1999. Estabelece princpios, procedimentos, normas e critrios referentes ger-ao, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinao final dos resduos slidos no Estado do Paran, visando controle da poluio, da contaminao e a minimizao de seus impactos ambientais e adota outras providncias. Curitiba, 1999.

    ______. Coordenadoria de Resduos Slidos CRES. Gerenciamento integrado de Resduos GIR, coleta seletiva, legislao. Kit resduos. Curitiba: SEMA, 2006.

    PARAN. Casa Civil. Lei Estadual N 16.346 de 18 de dezembro de 2009. Dispe sobre a obrigatoriedade das empresas potencialmente poluidoras de contratarem responsvel tcnico em meio ambiente. Curitiba, 2010.

    ______. Conselho Estadual de Meio Ambiente CEMA. Resoluo n 065 de 01 de julho de 2008. Dispe sobre o licenciamento ambiental, es-tabelece critrios e procedimentos a serem adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente e adota outras providncias. Curitiba, 2008.

    PINTO, T. de P.,Sugestes para o projeto dos galpes e a organizao da coleta seletiva. Braslia, 2008.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE ARAPONGAS (Arapongas/PR). Lei Municipal N 3.231, de 14 de setembro de 2005. Dispe sobre a instituio da poltica municipal de meio ambiente do Municpio de Arapongas, e d outras providncias. Arapongas, 2005.

    ______. LEI N 3.588, de 05 de janeiro de 2009. Dispe sobre o plano diretor municipal de Arapongas PR. Arapongas, 2009.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE GOINIA (Goinia/Go). Ponto de entrega voluntria para garrafas pet pev. Artigo. Disponvel em: http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/coletaseletiva.shtml. Acesso em: 14/06/2011.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE LONDRINA (Londrina/PR). Decreto Municipal n 769 de 23 de setembro de 2009. Regulamenta a gesto dos resduos orgnicos e rejeitos de responsabilidade pblica e privada no Municpio de Londrina. Londrina, 2009.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE PONTA GROSSA (Ponta Grossa/PR). Ponto de entrega voluntria para resduos reciclveis pev. Artigo. Disponvel em: http://www.pontagrossa.pr.gov.br/node/8554. Acesso em: 14/06/2011.

    DE OLHO NO LIXO. Ponto de entrega voluntria para resduos reciclveis e lmpadas fluorescentes pev. Disponvel em: http://www.flickr.com/photos/deolhonolixo/. Acesso em: 14/06/2011.

    TETRAPAK. Rota da reciclagem. Disponvel em: http://www.rotadareciclagem.com.br/index.html . Acesso em: 16/06/2011.

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    EBDR ARAPONGAS/ROLNDIA | RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS URBANOS

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    ANExO 2: CURRCULO RESUMIDO DOS COORDENADORES TCNICOS DO EBDREng. Alison Moura Cortez

    Engenheiro Ambiental pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), 2007.

    Consultor SEBRAE/PR em Gesto de Produo e Qualidade e Gesto Ambiental.

    Consultor Snior do Projeto Agentes Locais de Inovao ALI, SEBRAE NA/Fundao Araucria (2010-2012).

    Inspetor CREA em Engenharia Ambiental.

    Scio-gerente e Responsvel Tcnico da Empresa ATHOS Consultoria em Gesto Empresarial e Ambiental LTDA.

    Eng. Rafael franco Vaeza

    Engenheiro Ambiental pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), 2009.

    Engenheiro de Segurana do Trabalho pela Universidade Estadual de Maring (UEM), 2011.

    Professor Tcnico de Ensino Pleno pelo Servio Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI/Arapongas/PR, desde 2011.

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    ESTUDO BSICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    Unidade: S2

    Regional: Apucarana

    Centralidade: Ivaipor

    Tema: SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

    Associao de Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos do Vale do Iva

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    1) Diagnstico Preliminar ..............................................................................................................................................................................27

    1.1) Localizao espacial e geogrfica da centralidade .....................................................................................................................................27

    1.2) Recursos naturais e ambientais...............................................................................................................................................................27

    1.3) Recursos econmicos existentes e que movimentam a economia regional .................................................................................................27

    1.4) Organizaes sociais locais formadas. Quadro demogrfico da populao. ...................................................................................................27

    1.5) A realidade atual do mercado de trabalho. Distribuio de renda. ...............................................................................................................27

    1.6) Indicadores que apontam a qualidade de vida da populao. .....................................................................................................................27

    1.7) Informaes sobre a infraestrutura local ...................................................................................................................................................29

    2) Diagnstico Avanado...............................................................................................................................................................................29

    2.1) Principais Potencialidades (ou Vocaes) da Centralidade ..........................................................................................................................29

    2.2) Principais Limitaes (estrangulamentos ou problemas) da Centralidade......................................................................................................29

    3) Temtica bsica da proposio ..................................................................................................................................................................30

    3.1) Temtica bsica em estudo ....................................................................................................................................................................30

    3.2) Indicao da disponibilidade de recursos tcnico-profissionais na regio ......................................................................................................30

    3.3) Justificativa da temtica escolhida em funo dos dados e informaes elencados nos diagnsticos preliminares ............................................30

    4) Segmentos econmicos atingidos ...............................................................................................................................................................31

    4.1) Indicao dos setores sociais e econmicos direta e indiretamente atingidos com a proposio. ....................................................................31

    4.1.1) Setor Pblico .....................................................................................................................................................................................31

    4.1.2) Setor Privado .....................................................................................................................................................................................31

    5) Mobilizao necessria. Estratgia de implementao. .................................................................................................................................32

    6) Potencial explorado/Lacunas preenchidas ....................................................................................................................................................32

    7) Viabilidade oramentria/Alocao de recursos financeiros ............................................................................................................................32

    7.1) Presidncia da Repblica .......................................................................................................................................................................32

    7.2) Ministrio das Cidades ...........................................................................................................................................................................32

    7.3) Ministrio da Sade ..............................................................................................................................................................................33

    7.4) Ministrio da Integrao Nacional Programas e aes .............................................................................................................................33

    8) Signatrios ..............................................................................................................................................................................................33

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    1) DIAGNSTICO PRELIMINAR

    1.1) LOCALIzAO ESPACIAL E GEOGRfICA DA CENTRALIDADEA centralidade de Ivaipor constituda pelos seguintes Municpios: Ivaipor, Manoel Ribas, Cndido de Abreu, Ariranha do Iva, Arapu, Jardim

    Alegre, Lidianpolis, Lunardelli, So Joo do Iva e Godoy Moreira. Estes Municpios esto localizados na regio central do Paran, territrio Vale do Iva.

    1.2) RECURSOS NATURAIS E AMBIENTAISEm funo da proposta do EBDR no tema de saneamento, mais especificamente tratamento de efluentes sanitrios, a centralidade possui:

    Relevo adequado a implantao de sistemas de tratamento de esgoto (pequenas estaes), aproveitando as declividades naturais;

    Clima e temperatura propcios para a adoo de sistemas de tratamento de efluentes os quais se utilizem de baixo consumo energtico, mo de obra pouco especializada, dentre outros benefcios obtidos por sistemas anaerbios, por exemplo;

    Grande volume de atividades agrossilvopastoris, que so caractersticos da regio, que possibilitam a utilizao dos efluentes do tratamento do es-goto o que implica em benefcios socioeconmicos s reas destinadas para o seu uso, em paralelo a uma soluo final ambientalmente adequada.

    1.3) RECURSOS ECONMICOS ExISTENTES E QUE MOVIMENTAM A ECONOMIA REGIONAL Agricultura;

    Comrcio;

    Servios;

    Indstrias: principalmente a agroindstria e indstria de construo civil.

    1.4) ORGANIzAES SOCIAIS LOCAIS fORMADAS. QUADRO DEMOGRfICO DA POPULAO

    1.5) A REALIDADE ATUAL DO MERCADO DE TRABALhO. DISTRIBUIO DE RENDA

    1.6) INDICADORES QUE APONTAM A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAOQuadro demogrfico: renda e emprego

    Municpio homens* Mulheres* Renda/ms* Salrio/ms* PIB ** Empregos **

    Arapu 1760 1794 1.078,00 456,08 10.565 280

    Ariranha 1229 1224 784,00 449,62 11.669 250

    Cndido de Abreu 8551 8111 5.034 423,87 8.040, 1.159

    Godoy Moreira 1701 1636 1.079 454,51 6.109 249

    Ivaipor 15409 16403 10.538 674,26 9.318 4.637

    Jardim Alegre 6272 6053 3.873 497,77 6.855 1.124

    Lidianpolis 1962 2010 1.328 513,99 9.035 382

    Lunardelli 2560 2596 1.698 500,19 8.170 551

    Manoel Ribas 6525 6639 3.917 583,88 11.214 1.206

    So Joo do Iva 5672 5851 3.822 577,78 10.301 1.132

    *IBGE 2010; **Ipardes 2010

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    Quadro demogrfico: gua, energia e saneamento

    Municpio Domiclios* gua** Tratamento de esgoto** Energia * Populao*/Urbano Populao*/Rural

    Arapu 1414 588 - 1152 1331 2223

    Ariranha 1028 395 - 799 904 1549

    Cndido de Abreu 6177 1786 1002 4882 4759 11903

    Godoy Moreira 1430 780 - 1136 1547 1790

    Ivaipor 12580 10570 1568 12973 (***) 27431 4381

    Jardim Alegre 4573 2759 - 4012 7175 5150

    Lidianpolis 1592 862 - 1339 2046 1926

    Lunardelli 1965 1203 - 1735 3593 1563

    Manoel Ribas 4410 2525 - 3892 6802 6362

    So Joo do Iva 4564 2921 318 3888 8879 2644

    *IBGE, **Sanepar, ***Copel

    Quadro: ndices de Desenvolvimento Humano

    Municpio IDh-M* GINI*Arapu 0,687 0,520Ariranha 0,688 0,580Cndido de Abreu 0,667 0,590Godoy Moreira 0,672 0,560Ivaipor 0,764 0,600Jardim Alegre 0,713 0,610Lidianpolis 0,734 0,540Lunardelli 0,692 0,510Manoel Ribas 0,729 0,590So Joo do Iva 0,689 0,500

    *IPARDES 2010. GINI: Distribuio de renda (de zero a um, sendo zero a distribuio perfeita).

    Quadro: produo (VALOR ADICIONADO em 1.000 reais)

    Municpio Agropecuria Indstria Servios

    Arapu 19.417 1.943 19.569Ariranha 7.330 1.086 10.894Cndido de Abreu 65.530 7.291 67.449Godoy Moreira 8.758 1.476 11.422Ivaipor 38.777 22.840 215.609Jardim Alegre 27.293 8.170 61.200Lidianpolis 12.421 2.051 21.072Lunardelli 14.097 2.505 23.491Manoel Ribas 44.717 7.518 85.174So Joo do Iva 36.631 6.411 73.374

    IPARDES, 2010

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    1.7) INfORMAES SOBRE A INfRAESTRUTURA LOCAL Estradas: Ligao asfltica entre todos os Municpios. Estradas em condies consideradas de boas a regulares.

    Instituies de ensino: creches: 26; pr-escola: 50; Ensino Fundamental: 86 e Ensino Mdio: 26. Estas se enquadram nas modalidades de:

    - Escolas municipais;

    - Escolas estaduais;

    - Escolas particulares;

    - Instituies de Ensino Pblico Federais:

    a) Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Paran IFPR: 02 cursos tcnicos em andamento: Agroecologia, Eletrotcnica. 02 cursos em implantao: Tcnico em Informtica (integrado ao ensino mdio), Tecnologia em Agroindstria.

    - Faculdades

    a) Pblicas: em Ivaipor a Universidade Estadual de Maring UEM, em processo de instalao e ofertando os cursos de Educao Fsica, Histria e Servio Social.

    b) Privadas:

    Faculdades Integradas do Vale do Iva UNIVALE: Bacharelado em Administrao; Curso Superior em Contabilidade; Curso Superior de Tecnologia em Anlise e Desenvolvimento de Sistemas; Direito; Letras (Portugus e Ingls e Respectivas Literaturas); Pedagogia (Magistrio das Matrias Pedaggicas do Ensino Mdio, Superviso Escolar) *todos cursos noturnos.

    FATEC/UCP (Curso Superior de Tecnologia em Agronegcios, Curso Superior de Tecnologia em Gesto Financeira (rea Profissional: Gesto). Curso Superior de Tecnologia em Marketing. *todos cursos noturnos.

    Sade

    A centralidade conta com 12 hospitais, entre hospitais municipais e particulares, contando com um hospital referencial no Estado do Paran: Instituto de Sade Bom Jesus. Cerca de 40 postos de sade municipais, entre eles 10 centros de sade. Ncleo Regional da Secretaria de Estado da Sade. Toda rede de diagnstico inclusive por imagem (ultrassonografia, tomografia e ressonncia magntica em adequao).

    2) DIAGNSTICO AVANADO

    2.1) PRINCIPAIS POTENCIALIDADES (OU VOCAES) DA CENTRALIDADEA centralidade conta com agricultura atuante, setor de servios modernizado e expansivo, e indstria em desenvolvimento e crescimento; Boas produ-

    tividades, no que diz qualidade e quantidade, das principais atividades agropecurias para uso interno e exportao.

    2.2) PRINCIPAIS LIMITAES (ESTRANGULAMENTOS OU PROBLEMAS) DA CENTRALI-DADE

    Pouco investimento na rea industrial; Baixo ndice de Desenvolvimento Humano mdio; exportao dos produtos in natura (baixa agregao da renda); dependncia do poder pblico nos Municpios menores; rea de tratamento de resduos slidos pouco desenvolvida na grande maioria dos Mu-nicpios, tratamento de esgotos incipiente quando relacionado ao nmero de habitantes, principalmente no Municpio sede da centralidade.

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    3) TEMTICA BSICA DA PROPOSIO

    3.1) TEMTICA BSICA EM ESTUDO

    SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)O saneamento ferramenta essencial para os meios sociais, trazendo benefcios sade da populao j que quando aplicado interrompe o ciclo de

    diversas doenas as quais levam degradao da sade e qualidade de vida das pessoas. O saneamento em si, se constitui de inmeras aes as quais atuam de modo a melhorar os diversos sistemas como a coleta e tratamento de esgotos, o acondicionamento, tratamento e disposio final de resduos slidos, o tratamento de gua para consumo humano e a drenagem. Em especfico na rea de coleta e tratamento de esgotos sanitrios, as medidas de saneamento so necessrias j que tais efluentes sanitrios dispostos de maneira inadequada podem levar contaminao dos habitantes, dos diversos ecossistemas como: os recursos hdricos superficiais e subterrneos, os solos e a atmosfera terrestre pela emanao de gases que contribuem para o efeito estufa.

    Tem-se a expectativa, de que com a contribuio do presente EBDR, possa ser agilizado o provimento de recursos e polticas pblicas para a implan-tao nos Municpios da centralidade, dos seguintes sistemas que contribuiro no sistema de saneamento da regio:

    Aumento da extenso das redes coletoras de efluentes sanitrios domsticos das residncias de diferentes classes sociais, pelas empresas pblicas de saneamento dos Municpios, em consonncia com os recursos a serem disponibilizados pelo PAC 2;

    Maximizao do percentual de tratamento dos efluentes domsticos coletados, que em grande parte ainda no passam por tratamento, mas por simples destinao aos mananciais que j se encontram prejudicados do ponto de vista de preservao da qualidade;

    Construo de maior nmero de Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs), mesmo que de pequeno porte, que contribuiro ao atendimento das metas indicadas nos itens anteriores;

    Adequao de sistemas de tratamento individuais de tratamento em indstrias da regio, o que leva a reduo de contaminantes que tem potencial poluidor no meio;

    Programas de implantao de sistemas de tratamento de efluentes em pequenas comunidades e sistemas individuais com o mesmo intuito para propriedades rurais isoladas como fossas spticas seguidas de sumidouro, fossas spticas biodigestoras e outros;

    Implantao de centros de tratamento dos resduos (em anexo s ETEs) gerados no tratamento dos esgotos (lodo) com fins a produo de bioss-lidos que sero destinados na agricultura e silvicultura;

    Adoo de sistemas de tratamento que se obtenham de menor uso de energia eltrica, menor custo com manuteno de equipamentos, menor produo de lodo, menor produo de odores e menor requisito de grandes reas.

    3.2) INDICAO DA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS TCNICO-PROfISSIONAIS NA REGIO

    Para o enfrentamento da situao atual em relao ao saneamento, em especfico a coleta e tratamento de esgotos sanitrios, a centralidade de Ivai-por e regio possui profissionais qualificados por meio de graduao e cursos de ps-graduao no tema e reas afins. Maioria deles so registrados no CREA-PR, os quais pode-se citar 3 Engenheiros Ambientais, 1 Engenheiro Sanitarista, diversos Engenheiros Civis que tambm so correlatos ao plane-jamento de sistemas de saneamento e muitos profissionais da Agronomia que tem conhecimentos em solos o suficiente para a contribuio na viabilizao da aplicao de resduos de estaes de tratamento de esgotos (lodos de ETEs) que tratados se constituem de timo condicionante (fertilizante) agrcola.

    3.3) JUSTIfICATIVA DA TEMTICA ESCOLhIDA EM fUNO DOS DADOS E INfORMAES ELENCADOS NOS DIAGNSTICOS PRELIMINARES

    A temtica de Saneamento para a centralidade em estudo se justifica pela crescente ocupao de reas urbanas, uma vez que, com o xodo rural visualizado nas ltimas dcadas a populao das cidades se encontra em estado preocupante, j que nesses locais a gerao de resduos slidos bem como de efluentes sanitrios (esgotos) de volume superior em consequncia do padro de vida e cultura que se observa nesses locais. Isso se agrava, quando observamos que em centros urbanos o nmero de habitantes por Km muito superior do que no meio rural, o que leva a maiores impactos no ambiente e sade das pessoas por tratar-se de efeitos pontuais de grandes propores. justificvel tambm pelo fato de existirem condies naturais que viabilizam a coleta e tratamento de esgotos como o prprio relevo local contribuinte em pequenas estaes de tratamento, a possibilidade de aprovei-tamento de resduos tratados (biosslidos e efluentes) nas atividades agrcolas, alm da existncia de profissionais qualificados para orientao tcnica no planejamento e execuo dos sistemas. Os 10 Municpios abrangidos pela centralidade em estudo comportam atualmente mais de 100.000 habitantes sendo pouco desenvolvidos no que diz coleta e tratamento de esgotos, sendo assim esses necessitam de um ambiente favorvel ao seu bem-estar fsico,

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    mental e social conforme orienta a Organizao das Naes Unidas (ONU), tal ambiente que se d com medidas mnimas de saneamento ambiental, o que se refletir no setor da sade que colhe benefcios diretos a partir da adoo dessas medidas. Com os programas governamentais que incentivam a adoo e implementao de sistemas de saneamento com o PAC 2, acredita-se que a aplicao de investimentos nessa temtica possvel e necessria nessa regio.

    4) SEGMENTOS ECONMICOS ATINGIDOS

    4.1) INDICAO DOS SETORES SOCIAIS E ECONMICOS DIRETA E INDIRETAMENTE ATIN-GIDOS COM A PROPOSIO

    A centralidade abrange 39.733 domiclios, sendo que apenas 7,2% (2.888 domiclios) possuem tratamento de esgoto (IBGE e Sanepar), portanto qualquer investimento neste setor resultaria em um enorme ganho na qualidade de vida da populao dos Municpios abrangidos.

    Abaixo relacionamos os benefcios econmicos para os setores pblico e privado.

    4.1.1) Setor Pblico- Sade pblica: como a centralidade dispe de apenas 12 hospitais para atender aproximadamente 101.000 pessoas (IBGE 2010), a implan-

    tao e/ou ampliao de saneamento bsico resultaria menor nmero de internaes e uso de medicamentos em adultos e crianas propensas a diarreia e parasitoides, disponibilizando leitos para atendimento a outras enfermidades.

    - Escolas pblicas: menor afastamento de alunos e professores devido a um menor risco de doenas, melhorando a participao dos educandos nas atividades e na qualidade do ensino.

    - Servios de atendimento pblicos: maior agilidade no atendimento a populao regional em rgos pblicos, onde funcionrios saudveis se afastam com menor frequncia o que eleva a qualidade dos servios.

    - Servios pblicos de distribuio de gua potvel: menor poluio dos mananciais de captao de gua para abastecimento pela empresas pblicas, reduzindo gastos com o tratamento que seriam repassados aos usurios, melhor aproveitamento de toda gua captada e evitando-se construo de novas bases de captao.

    4.1.2) Setor Privado- Prestao de servios: melhor qualidade de gua potvel e destinao de resduos urbanos reduzem os nmeros de indivduos capazes de trans-

    mitir doenas, melhorando a eficincia dos prestadores de servios privados pela maior disponibilidade de mo de obra saudvel e produtiva.

    - Indstrias: menor nmero de afastamento por doenas, maior produtividade o que resulta em capacidade econmica para ampliao da oferta de empregos.

    - Comrcio: reduo no nmero de dias de afastamento por doenas, melhor qualidade no atendimento. Menor gasto com remdios com doenas, mais recursos disponveis para lazer e recreao, elevando oferta de empregos nos setores afins.

    - Agropecuria: reduo da contaminao de mananciais, melhor qualidade da gua utilizado para tanto na irrigao para produo de hortalias e frutas, bem como na manuteno de animais reduz a mortalidade destes e disponibilizando a comunidade uma alimentao de qualidade com menor ndice de riscos.

    A Organizao Pan-Americana de Sade nas Amricas (Washington, D.C., 2007), em Publicao Cientifica e Tcnica n. 622, conceitua saneamento bsico como sendo um conjunto de aes que se executam no mbito do ecossistema humano para o melhoramento dos servios de abastecimento de gua, coleta de esgoto, manejo de resduos slidos, higiene domiciliar e o uso industrial da gua, em um contexto poltico, legal e institucional no que participam diversos atores do mbito nacional, regional e local (fonte: Srie de Cartilhas Temticas Saneamento Ambiental Agenda Parlamentar CREA-PR) .Assim espera-se que a execuo de servios para o saneamento bsico nos Municpios que congregam a centralidade Ivaipor, conceda a toda populao regional no s benefcios econmicos ou de preservao e sustentabilidade ambiental, mas tambm melhorias nos ndices de Desen-volvimento Humano (IDH).

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    5) MOBILIzAO NECESSRIA. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAOAs tarefas necessrias para a implementao da expanso das redes coletoras e tratamento de esgotos sanitrios na centralidade de Ivaipor, vo do

    diagnstico e anlise de dados completos dos Municpios envolvidos, passando pela discusso com as lideranas, representaes sociais e profissionais tcnicos envolvidos; elaborao de projetos de redes coletoras e sistemas de tratamento convencionais e alternativos levando-se em considerao se so economicamente viveis, socialmente relevantes e se atendem s diretrizes ambientais de preservao dos recursos naturais. Alm disso, deve-se buscar a mobilizao necessria seja com deputados estaduais e federais, senadores e demais polticos que possam contribuir para a proposta com ementas e submisso/aprovao de legislaes que viabilizem mais recursos financeiros e de apoio para a realizao do que proposto.

    6) POTENCIAL ExPLORADO/LACUNAS PREENChIDASA contribuio com a presente proposio ser visualizada com a melhoria da sade e bem-estar da populao, que no mais sofrer as conse-

    quncias de meios urbanos desorganizados e saturados de doenas e impactos ambientais em consequncia de esgotos a cu aberto, odores, solos contaminados, recursos hdricos degradados, mas sim de locais agradveis onde sero respeitados os direitos ao meio ambiente e qualidade de vida da populao. Deve-se levar em contar a empregabilidade gerada com a implantao do saneamento, j que diversas pessoas podem se beneficiar direta e indiretamente com esse trabalho.

    Devem ser explorados ainda, mtodos alternativos de tratamento e disposio de efluentes e resduos sanitrios, os quais com tratamento adequado se constituem de timo condicionante de solos, o que leva a maiores produtividades agrcolas de menor custo, contribuindo principalmente para a economia de pequenas propriedades familiares rurais, as quais devem ser observadas no processo de modernizao e consolidao da regio.

    7) VIABILIDADE ORAMENTRIA/ALOCAO DE RECURSOS fINAN-CEIROS

    Com a reforma da CF/88, todos os municpios brasileiros tiveram a vida facilitada, pois ao precisar de recursos da esfera federal, no precisam mais e no sofrem interferncias dos governos estaduais, ou seja, a forma de relao intergovernamental ser de forma direta entre o governo central e os governos locais.

    Fontes de recursos para implantao do tema bsico em estudo, o saneamento bsico.

    7.1) PRESIDNCIA DA REPBLICASecretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidncia da Repblica SEDU/PR Verbas para esgotamento sanitrio para Municpios Via

    Caixa Econmica Federal -(www.caixa.gov.br) governos saneamento e meio ambiente em esgotamento sanitrio e saneamento ambiental urbano.

    7.2) MINISTRIO DAS CIDADESSecretaria Nacional de Saneamento Ambiental (www.cidades.gov.br) Secretarias Nacionais Saneamento.

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    EBDR IVAIPOR | SANEAMENTO (COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO)

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    7.3) MINISTRIO DA SADEFundao Nacional de Sade (Funasa) Departamento de Engenharia de Sade Pblica Recursos do Plano de Acelerao do Crescimento PAC

    Saneamento em Municpios com populao total de at 50.000 habitantes (www.funasa.gov.br) Saneamento PAC.

    7.4) MINISTRIO DA INTEGRAO NACIONAL PROGRAMAS E AES - Secretaria de Programas Regionais Programa de Promoo da Sustentabilidade de Espaos Sub-Regionais (PROMESO).

    - Secretaria de Infraestrutura Hdrica Programa Drenagem Urbana Sustentvel. Recursos Caixa, FGTS e BNDES. (www.integrao.gov.br) Pro-gramas e Aes.

    8) SIGNATRIOSForam diversas representaes envolvidas na elaborao deste estudo bsico, primeiramente os associados da Associao de Engenheiro, Arquitetos

    e Agrnomos do Vale do Iva (ASSEAVI), que no mediram esforos para a consulta sobre qual assunto ou proposta seria a que representasse de forma mais relevante os interesses e necessidades da microrregio em questo, depois disso um nmero grande de entidades que esto listadas abaixo:

    - Prefeitura Municipal de Ivaipor

    - Cmara Municipal de Vereadores de Ivaipor

    - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paran SEAB

    - Emater de Ivaipor

    - Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Paran IFPR Campus Ivaipor

    - Prefeitura Municipal de Jardim Alegre

    - Prefeitura Municipal de Lidianpolis

    - Prefeitura Municipal de Manoel Ribas

    - Prefeitura Municipal de Arapu

    - Prefeitura Municipal de Ariranha do Iva

    - Cmara Municipal dos Vereadores de Arapu

    - Maonaria de Ivaipor

    - Rotary Club de Manoel Ribas

    - Prefeitura Municipal de Godoy Moreira

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    ESTUDO BSICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    Unidade: S3

    Regional: Cascavel

    Centralidade: Cascavel

    Tema: SANEAMENTO AMBIENTAL

    AEAC Associao dos Engenheiros e Arquitetos do Cascavel

    ABEAG Associao Brasileira de Eng. Agrcolas

    APEAG Associao Paranaense de Eng. Agrcolas

    AREAC Associao Regional dos Eng. Agr. De Cascavel

    SAUC Sociedade de Arquitetura e Urbanismo de Cascavel

    SENGE Sindicato dos Engenheiros do Paran

    CREA-PR Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia do Paran

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    1) DIAGNSTICO PRELIMINAR .....................................................................................................................................................................39

    1.1) Localizao espacial e geogrfica da centralidade .....................................................................................................................................39

    1.2) Informaes sobre a infraestrutura local ...................................................................................................................................................39

    2) DIAGNSTICO AVANADO .......................................................................................................................................................................42

    3) PROPOSIAO BSICA ..............................................................................................................................................................................42

    3.1) Temtica bsica em estudo ....................................................................................................................................................................42

    3.2) Desenvolvimento profissional ..................................................................................................................................................................42

    4) SEGMENTOS ECONMICOS ATINGIDOS ....................................................................................................................................................42

    4.1) Indicao dos setores sociais e econmicos direta e indiretamente atingidos com a proposio ......................................................................42

    5) MOBILIZAO NECESSRIA ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO ..............................................................................................................43

    6) OPORTUNIDADES ...................................................................................................................................................................................43

    7) RECURSOS DISPONVEIS ATUALMENTE ...................................................................................................................................................43

    8) SIGNATRIOS .........................................................................................................................................................................................43

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    1) DIAGNSTICO PRELIMINAR

    1.1) LOCALIzAO ESPACIAL E GEOGRfICA DA CENTRALIDADEA centralidade de Cascavel composta pelos Municpios de Cascavel, Santa Tereza do Oeste, Cafelndia, Corblia, Braganey, Anahy, Catanduvas, Trs

    Barras do Paran, Boa Vista da Aparecida, Capito Lenidas Marques, Santa Lcia, Lindoeste e Ubirat.

    1.2) INfORMAES SOBRE A INfRAESTRUTURA LOCALOs Municpios da centralidade de Cascavel so compostos predominantemente de populao inferior a 50 mil habitantes conforme pode ser observado

    na tabela a seguir:

    QUANTIDADE DE hABITANTES PERCENTUALMaior que 50 mil habitantes 6%Entre 10 e 50 mil habitantes 32%Entre 5 e 10 mil habitantes 26%Menor do que 5 mil habitantes 36%

    Esta segmentao importante para entender a caracterstica dos Municpios da regio no intuito de prospectar recursos para fomento de polticas de saneamento para a regio.

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    Com relao gua potvel, o Paran e a Regio Oeste tm 100% da populao atendida, sendo por mananciais superficiais ou pelo aqufero subter-rneo serra geral, todavia devido ao aumento da populao a disponibilidade de gua est ficando escassa, como por exemplo:

    CAPTAO VAzO DE ExPLORAO M/DIA POPULAO DE SATURAO POPULAO ACUMULADA

    ATUAL

    POOS 7.300 45.000 45.000

    Rio Cascavel 20.000 121.000 166.000

    Rio Peroba 11.100 68.000 234.000

    Rio Saltinho 4.800 30.000 264.000

    FUTURA

    Poos a instalar 6.000 37.000 301.000

    Rio So Jos 26.000 150.000 451.000

    Rio do Salto 14.400 85.000 536.000

    Saturao dos recursos hdricos em relao a populao.

    Mapa das bacias hidrogrficas de Cascavel.

    O Ministrio das Cidades, a Fundao Nacional de Sade Funasa, Caixa Econmica Federal e BNDES so as instituies responsveis do Governo Federal para promover a incluso social por meio das aes de saneamento de preveno e de controle de doenas. So tambm, as instituies respon-sveis por formular e implementar polticas a nvel nacional que preveem aes para a promoo e proteo sade relacionada com as aes estabel-ecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilncia em Sade Ambiental, Secretria Nacional de Saneamento e de Habitao. Os investimentos visam intervir no meio ambiente, na infraestrutura de todos os Municpios brasileiros que esto em condies de vida de populaes vulnerveis e sem sustentabilidade.

    As aes de saneamento atualmente esto voltadas para a universalizao do atendimento com gua potvel e de coleta, afastamento, tratamento e disposio final de esgoto de forma adequada nos corpos receptores.

    No Brasil o sistema de saneamento ambiental precrio, se de um lado gua potvel ainda um desafio em algumas regies, como no norte, nordeste e centro-oeste, que buscam a universalizao nas sedes dos Municpios, nas regies sudeste e sul o desafio em relao ao esgotamento sanitrio que avana lentamente. O mais agravante no Brasil que em relao ao esgoto coletado, somente 18% tratado.

    No Paran a populao atendida pela coleta de esgoto chega a 62% e destes, 98% tratado. Na regio oeste 52% da populao urbana est aten-dida com sistema de coleta e afastamento do esgoto sanitrio e destes, 100% tem tratamento em conformidade com as Resolues do Conama e das licenas de operao emitidas pelo Instituto Ambiental do Paran e as outorgas pelo Instituto das guas do Paran, que a nvel estadual so instituies reguladoras e controladoras.

  • LIVRO DE MAPAS 2010 Sistema de Informaes Geogrficas do CREA-PR 43

    EBDR CASCAVEL | SANEAMENTO AMBIENTAL

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    A tabela abaixo referencia a situao de atendimento por segmento de Municpios com sistema de esgotamento sanitrio:

    QUANTIDADE DE hABITANTES PERCENTUAL

    Maior que 50 mil habitantes 100% dos Municpios com esgoto implantado

    Entre 10 e 50 mil habitantes 25% dos Municpios com esgoto implantado

    Entre 5 e 10 mil habitantes 38% dos Municpios com esgoto implantado

    Menor do que 5 mil habitantes 33% dos Municpios com esgoto implantado

    Esta correlao feita levando-se em conta os Municpios que tem 100% de sua populao com sistema de abastecimento com gua potvel.

    Entre estes Municpios podemos destacar a Sede do Municpio de Marechal Cndido Rondon, com populao prxima a 50 mil, e que no possui sistema de coleta, afastamento, tratamento e disposio final adequada dos resduos lquidos gerados pela populao.

    H, de se destacar que o sistema de esgotamento sanitrio individual desde que atendidas as exigncias tcnicas tambm, uma opo economi-camente vivel para os Municpios, bairros, distritos administrativos e comunidades rurais, quando no ocorra concentrao urbana elevada a ponto de inviabilizar a percolao e ou a infiltrao no solo dos efluentes que receberam o tratamento por sistema de fossa sptica individual ou coletiva, ou seja, recomendada para Municpios e comunidades com populao inferior a 5.000 habitantes e que no estejam em rea de vulnerabilidade.

    Nas reas de alta concentrao urbana, onde os domiclios no esto ligados a rede coletora de esgoto das companhias de saneamento estadual ou municipal e a populao utiliza-se das fossas negras, sem dimensionamento tcnico para destinar o esgoto domstico, pode ocorrer a contaminao do solo e tambm contaminar o lenol fretico e as nascentes dos rios.

    Outra prtica utilizada nos locais de alta concentrao urbana de aps no haver mais rea para a construo de fossa negra os dejetos das residn-cias serem lanados nas galerias de guas pluviais ou a cu aberto nas vias pblicas de regies regularizadas ou no.

    Nas concentraes urbanas de ocupao irregular, favelas e outros tipos de habitao, so prticas comuns o lanamento de dejetos nas ruas, colo-cando a populao em situao vulnervel a doenas de vinculao hdrica.

    Estima-se que cerca de 70% das internaes hospitalares no Brasil esto relacionadas a deficincias no saneamento bsico. Esto entre as doenas relacionadas com o saneamento bsico: diarreias, hepatite A, febres entricas, esquistossomose, leptospirose, tenases, helmintases, micoses, conjun-tivite e tracoma.

    Geralmente o sistema de tratamento de esgoto realizado por