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Eletricidade e Eletrônica Aplicados ao Modelismo Alex Baroni 2019

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Eletricidade e EletrônicaAplicados ao Modelismo

Alex Baroni2019

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SumárioIntrodução......................................................................................................................................3

Eletricidade.....................................................................................................................................4

Pilhas...............................................................................................................................................5

Baterias de chumbo........................................................................................................................9

Baterias de gel..............................................................................................................................10

Baterias LIPO.................................................................................................................................11

Corrente con nua x Corrente alternada......................................................................................13

Dúvidas comuns quanto ao uso de pilhas e baterias...................................................................14

Recarregando baterias LIPO.........................................................................................................16

Medidores de bateria LIPO...........................................................................................................20

Servos...........................................................................................................................................22

Ligando disposi vos com servo e micro switch...........................................................................24

Rádio controle..............................................................................................................................26

Motorização..................................................................................................................................29

Controle de velocidade.................................................................................................................33

Bullets...........................................................................................................................................37

Componentes eletrônicos – Um pouco de teoria........................................................................38

Resistor.........................................................................................................................................38

Capacitor.......................................................................................................................................40

LED................................................................................................................................................42

Transistor......................................................................................................................................47

Circuito Integrado.........................................................................................................................48

Construindo um BEC.....................................................................................................................50

Construindo um ESC para motor escovado..................................................................................53

Amplificador de áudio..................................................................................................................56

Como ligar e desligar um disposi vo qualquer via rádio controle...............................................61

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IntroduçãoAntes de iniciar essa leitura queria registrar aqui umas poucas palavras. Meunome é Alex Baroni e desde jovem sempre fui curioso com eletrônica. Já commeus 15 anos de idade tive um projeto publicado em uma revista de eletrônica.Essa revista possuía uma edição semestral com projetos dos leitores.

Sempre me interessei também por modelismo. Porém quando pequeno nãopude adentrar no hobby, pois tudo era muito caro (ou eu mesmo que não tinhadinheiro suficiente). Com o passar dos anos pude conhecer de perto váriasáreas do modelismo, entre elas, as que pratico atualmente: nauti, aero e auto.

Queria também deixar claro que esse ebook não tem nenhuma pretensão emcobrir todo o assunto de eletricidade e eletrônica aplicados no modelismo.Longe disso.

No meu canal no YouTube frequentemente publico vídeos sobre eletrônicapara modelismo. Inclusive em alguns trechos desse livro eu faço referências avídeos meus que podem ser assistidos para aumentar mais ainda acompreensão de determinado assunto. Afinal, um vídeo vale mais que milpalavras (na verdade o ditado diz que uma imagem vale mais..., mas enfim).

Ah, deixa eu só falar mais uma coisa. Também me interesso por música. Dessaforma, tenho um outro canal focado em eletrônica e áudio. Caso você seinteresse, procure no YouTube por Curso Baroni ou clique aqui.

Boa leitura e bom divertimento,Alex Baroni

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EletricidadeA eletricidade foi descoberta muitos e muitos anos atrás. Podemos lembrar deuma experiência que todos já fizemos que é a de atritar uma caneta na roupa eentão atrair pequenos pedaços de papel picado. Essa é a chamadaeletricidade estática e foi descoberta na Grécia através do atrito de bastõesde resina que então atraía penas leves de animais.

Todo elemento existente pode ser diminuído até uma parte indivisível chamadaátomo. Dentro do átomo temos uma série de partículas. As mais famosas sãoos prótons e nêutrons que estão no núcleo do átomo. Já na órbita do átomo,tão famosa quanto às duas outras partículas, temos os elétrons. Porconvenção, os elétrons têm carga negativa, os prótons carga positiva e osnêutrons não têm cargas.

Eletricidade está diretamente ligada aos elétrons. A circulação de correnteelétrica trata dos elétrons circulando. Além da corrente, precisamos conhecerum outro parâmetro chamado tensão. Tensão é a força com que os elétronssão empurrados por um material condutor. Só existe circulação de correnteelétrica, porque temos tensão. Por exemplo, quando a tensão de uma pilha seesgota, a corrente para de circular.

A unidade de tensão é chamada de Volt, representada pela letra V maiúscula.Já a unidade de corrente é o Ampere, representado pela letra A maiúscula.

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PilhasPara que a corrente não cesse rapidamente em um circuito, utilizamosgeradores dos mais variados tipos. O mais comum que temos em nosso dia adia são as pilhas. As pilhas funcionam através de uma reação química queocorre em seu interior e produz uma tensão em seus polos.

As pilhas possuem 2 polos, um denominado negativo e o outro positivo. Emlinhas gerais, o negativo possui elétrons e o positivo prótons. Então, quandoligamos a mesma em um circuito, o que acontece é que os elétrons saem dopolo negativo, percorrem o circuito e terminam por chegar no polo positivo.Esse é o chamado sentido natural sob o qual os elétrons circulam, ou seja, acorrente elétrica.

Conforme pudemos observar pelo que foi dito, as pilhas são consumidasenquanto em uso e por isso em um dado momento elas param de funcionar.Quando isso ocorre, significa que os elementos químicos em seu interior nãoconseguem mais gerar uma tensão entre seus polos positivo e negativo. Essatensão, também chamada de diferença de potencial (DDP), é o que faz comque a corrente (elétrons) circule através de um circuito, como já disse.

Nesse livro vou mostrar também como desenhamos os símbolos doscomponentes que serão estudados. Essa notação é importante para que osprojetos possam ser documentados e futuramente lidos de forma adequada.

A representação gráfica universal de um conjunto de pilhas é a seguinte:

Repare que o polo positivo é representado pela linha mais comprida.

Pilha seca

As pilhas são comuns de serem utilizadas em um projeto de modelismo. Elassão chamadas de secas, pois não possuem elementos líquidos em seu interior,somente materiais sólidos e pastosos. Já falamos um pouco sobre elas, masexiste um outro fator muito importante sobre as mesmas. Uma única pilha sófornece 1,5 Volt. Dessa forma, há necessidade de realizar uma associaçãodelas para conseguir tensões e correntes maiores conforme o caso. Pararealizar isso, são utilizadas as chamadas ligações em série e em paralelo.Abaixo, podemos ver como se caracterizam essas ligações utilizando as pilhas.

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Vantagens da ligação em série

Na ligação em série, o resultado final são tensões maiores. Ou seja, seligarmos duas pilhas de 1,5 V em série, a tensão final será de 3 Volts. Noentanto, a capacidade de corrente dessa ligação fica restrita a capacidade decorrente de 1 única pilha (considerando que as pilhas são iguais). Se as pilhasenvolvidas nessa ligação forem de modelos diferentes a capacidade defornecimento de corrente será da pilha que possui o menor valor no tocante aesse parâmetro.

Vantagens da ligação em paralelo

Ao se optar pela ligação em paralelo, o comportamento é o inverso doapresentado na ligação em série. Nesse tipo de ligação, a tensão resultante éreferente a tensão de 1 única pilha (considerando que elas são iguais). Já acapacidade de fornecimento de corrente é somada. Ela é a soma de cadauma das pilhas que estão presentes nessa ligação.

Atenção: As associações em série e paralelo se aplicam a todas as fontes degeração de tensão em corrente contínua. Através dessa lógica que foiexplicada, podemos associar da mesma forma baterias de chumbo ácido ouaté mesmo, painéis solares (com diodos para a devida proteção nesse caso),por exemplo.

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Capacidade de fornecimento de corrente de uma pilha

Toda pilha ou bateria possui dois parâmetros de suma importância. Já falamosdeles, mas agora vamos nos aprofundar um pouco mais. O primeiro deles é atensão. Sua unidade de medida é o Volt (V). Assim dizemos, por exemplo, queuma pilha palito (AAA), pequena (AA), média (C) ou grande (D), têm em seusterminais uma tensão de 1,5 Volts. A tensão é o fator que é usado na medidapara a identificação se a pilha está boa ou ruim. Mas conforme vou mostraradiante, nem sempre uma pilha com tensão alta está boa para ser utilizada.

Além dessa unidade, existe um outro parâmetro chamado corrente. Nesse casochama-se de capacidade de fornecimento de corrente. A unidade de medida éo Ampere e é representada pela letra A e seus submúltiplos como o mA e µA(miliampere e microampere, respectivamente). Porém sua unidade de medidacompleta, possui também a informação referente ao tempo (em horas) que apilha é capaz de fornecer determinada corrente. Esse dado será maisdetalhado no próximo tópico.

Em linhas gerais, a corrente informa por quanto tempo a pilha ou bateria écapaz de manter determinado equipamento funcionando. Ou seja, quantomaior a capacidade de corrente, por mais tempo o circuito alimentadopermanecerá funcionando.

Porém quero deixar uma ressalva quanto a medida da tensão das pilhas.Conforme disse, a tensão nominal das pilhas AAA, AA, C e D é de 1,5 Volts.Você pode então medir a tensão da pilha com um multímetro e verificar essatensão, correto? A resposta é: mais ou menos. O que acontece é que vocêpode medir uma tensão próxima de 1,5 Volts, mas que no final das contas apilha não está tão boa assim. O que ocorre é que alguns multímetros nãopossuem uma escala específica para checar pilhas, com isso usa-se a escalade tensão que o mesmo possui. Mas nessa escala o consumo de corrente émuito baixo e a pilha pode parecer boa, quando não está.

Para realmente verificar a tensão da pilha, devemos medir a mesma em uso.Ou seja, ligar ela a uma pequena lâmpada de lanterna, por exemplo. Dessaforma, a tensão lida nesse momento indicará se a mesma está boa ou ruim.Você pode até montar um testador desses para instalar em sua bancada deforma definitiva. Veja na imagem abaixo.

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Pilhas Recarregáveis

Ainda dentro do segmento de pilhas secas, precisamos mencionar alguns tiposque são possíveis de serem recarregadas. Essas pilhas são constituídas peloselementos químicos níquel e cadmio, e por isso conhecidas como NiCd, ouníquel cádmio. Esse tipo de pilha apresenta alguns pontos negativos secompararmos com outras tecnologias mais atuais. Elas possuem o chamadoefeito memória. Sendo assim, é necessário usá-las até o final para poderrealizar uma nova carga. Pois caso assim não aconteça, a pilha passa ainterpretar que a capacidade de carga é somente do ponto em que estava acarga até o seu máximo de fábrica.

Uma outra característica é que elas possuem uma tensão de cerca de 1,25Volts. Ou seja, uma pilha AA desse tipo apresenta essa tensão em seus polos.Além do mais, elas são muito sensíveis a curtos-circuitos em seus terminais.Um curto neles muito provavelmente poderia danificar essas pilhas.

Com a evolução dos aparelhos celulares, novas pilhas foram criadas. Essaspassavam a utilizar na sua construção um outro material, chamado Lítio. Essetipo de célula resolvia o problema do chamado efeito memória. Além do mais, acapacidade de fornecimento de corrente conseguiu ser aumentada. Cresceupara valores jamais anteriormente vistos. As baterias nos celulares são de lítio.Existe também uma outra célula de alimentação muito conhecida entre osmodelistas. Esse tipo de bateria também leva lítio na sua composição. Estoufalando das baterias de LIPO. Mais adiante vou entrar em detalhes sobre essetipo de alimentação.

Também podemos encontrar pilhas que possuem uma composição diferentedas citadas acima. Como exemplo, um tipo de pilha que é conhecido como ni-mh ou níquel-hidreto metálico. Grandes fabricantes produzem esse tipo depilha, sendo razoavelmente fácil encontrar no varejo.

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Baterias de chumboAs baterias de chumbo são muito famosas por serem utilizadas nos nossosveículos. Atualmente elas são mais herméticas do que alguns anos atrás. Nadécada de 80 essas baterias tinham pequenas tampas na parte superior poronde era colocada a solução de ácido sulfúrico diluída em água. Com otempo a água evaporava e era necessário repor a mesma. Para essa funçãovendia-se água destilada, ou seja, é água, mas sem os sais minerais naturaisque a mesma possui. Isso ajudava na vida útil da bateria, afinal era entreoutras coisas livre de cloro.

Mas voltando ao modelismo, dependendo do tamanho do seu modelo pode serque você se interesse por usar uma dessas. Digo que depende do tamanho,pois essas baterias são grandes e pesadas. A tensão de saída mais comum éde 12 Volts. A capacidade de corrente varia muito. Existem baterias comcorrente de poucos A/h até muitos A/h (Ampere/hora). Vamos entender essetipo de especificação. Essa especificação não é uma característica tãosomente das baterias de chumbo. Essa explicação se aplica a qualquer outrafonte de corrente contínua, ou seja, ela é comum nos geradores de energia,como pilhas e baterias.

Digamos que temos uma bateria cuja capacidade de corrente seja de 10 A/h.Vamos ligar essa bateria a um motor que consome 1 A. Isso significa que emteoria com o uso dessa bateria esse motor funcionará por 10 horas.

Da mesma forma se usássemos um motor que consome 5 A, o motorfuncionaria somente por 2 horas com essa bateria usada como exemplo.

As baterias de chumbo ácido podem ser recarregadas. Em linhas gerais, trata-se de ligar a mesma a uma fonte de corrente contínua que possua um poucomais de 12 Volts na sua saída. Na prática esse carregador gera uma tensãoem torno de 13,8 Volts. Essa é a forma mais simples de fazer a sua carga.Porém, existem no mercado uma série de carregadores industrializados.Alguns possuem até uma tela de cristal líquido onde é possível ver o nível decarga e a estimativa do tempo que resta para o término da carga. Mais adiantevou falar a respeito deles.

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Baterias de gelAs baterias de gel são uma evolução das baterias de chumbo. Elas nãopossuem internamente elementos líquidos, somente elementos sólidos epastosos. Por essa razão elas podem "trabalhar" de lado ou de cabeça parabaixo. São muito comuns de serem encontradas em sistemas de alarme e nobreaks.

As tensões mais comuns encontradas nesse tipo de bateria são de 6 e 12Volts. Existem diferentes capacidades de fornecimento de corrente nessasbaterias. As regras de consumo de corrente, já explicadas (A/h), também seaplicam a esse tipo de bateria.

Essa bateria tem uma particularidade muito interessante que é chamada deciclo profundo. Ou seja, elas podem ser descarregadas até zerar a carga e emseguida serem recarregadas. Esse fato não afeta suas características. Isso ébem diferente comparando-se com baterias de LIPO, as quais trataremosadiante.

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Baterias LIPOAs baterias LIPO são as mais modernas que utilizamos no modelismo. Elasequipam os dispositivos elétricos e eletrônicos mais recentes voltados para ohobby, por exemplo: aeromodelismo, automodelismo e nautimodelismo. Épossível encontrar essas baterias também com diferentes capacidades defornecimento de correntes e tensões. Vamos entender melhor.

Elas são formadas por células. Assim, se existe somente 1 célula é chamadade 1S. Se têm 2 células - 2S e assim por diante. O S significa série, ou seja,ligadas em série. Dessa mesma forma, é possível encontrar a letra P, quesignifica paralelo. Já falamos de ligações em série e paralelo anteriormente. Amesma lógica se aplica nessa associação.

Quanto a tensão fica assim: A bateria 2S possui uma tensão de 7,4V e a 3Spossui 11,1V. Ou seja, cada célula possui 3,7 Volts e vai se somando conformea quantidade de S.

Na prática as baterias LIPO depois de carregadas, possuem uma tensão maiorque a sua nominal. Uma bateria LIPO de 3S carregada, possui pouco mais de12 Volts.

Quanto à capacidade de corrente na bateria LIPO, ela é especificada tambémem A/h. Mas existe mais uma especificação chamada de descarga,representada pela letra C. Então é comum encontrarmos baterias de 10C, 15C,20C e por aí vai. Mas em letras bem grandes é possível observar algo assim,por exemplo: 2200 mAh. Você deve estar se perguntando como funciona essaletra C, certo? É o seguinte, 1 C nesse exemplo é 2200 mAh. Então, em algumlugar da bateria está escrito quantos C´s de capacidade de corrente elasuporta. Digamos que sejam 20C. Nesse caso temos 2200 mAh x 20C = 44Ah.Ou seja, uma capacidade de fornecimento de corrente realmente muito grandeé uma característica peculiar desse tipo de bateria.

Com essas baterias é possível voar, navegar e rodar por muito e muito tempo,desde que corretamente adequadas a motorização usada. Na imagem abaixotemos uma bateria 3S com capacidade de fornecimento de corrente de 2.2A ou2200mA – descarga de 20 – 30C.

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Já nessa outra imagem temos uma bateria 2S com capacidade defornecimento de corrente de 500mA – descarga de 25 C.

Quer conhecer mais detalhes práticos da bateria LIPO? Então assiste essevídeo lá no meu canal no YouTube.

h ps://youtu.be/izCLnG0nwo0 ?sub_confirma on=1

ou copie o link: https://youtu.be/izCLnG0nwo0?sub_confirmation=1

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Corrente contínua x Corrente alternadaCorrente contínua tem esse nome em virtude de a corrente circular sempre nomesmo sentido. Ela está presente em baterias e pilhas.

Já na corrente alternada, a corrente circula hora em um sentido, hora emoutro. Ela é encontrada nas tomadas em nossas residências.

Como podemos observar, no nosso caso não usamos corrente alternada,somente contínua. Afinal, nossos motores são alimentados por pilhas oubaterias. Porém o motor brushless tem uma concepção muito similar a ummotor de corrente alternada, mas ele é comutado de forma eletrônica para quepossa ser possível alimentar utilizando somente baterias que são fontes decorrente contínua.

É comum usarmos abreviações para corrente alternada e contínua, comosegue:

CA – Corrente alternada

CC – Corrente contínua

Você também pode encontrar essas siglas em inglês, que são:

AC - Alternate current

DC - Direct current

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Dúvidas comuns quanto ao uso de pilhas e bateriasTenho um motor de corrente contínua onde está impresso no seu corpo que atensão dele é de 6 Volts. Posso ligar ele em 12 Volts?

A tensão do motor deve ser igual à tensão fornecida pela bateria, pois casocontrário poderá levar a queima do motor.

Mas você poderia ligar um motor de 12 Volts em uma bateria de 6 Volts. Nessecaso, não haverá a queima do motor. Ele tão somente não vai girar sob suarotação e força máxima.

Tenho um motor que não sei qual o consumo de corrente do mesmo. Comosaber isso?

Através do uso de um multímetro é possível identificar qual o consumo de ummotor. Assim, você pode escolher melhor uma bateria para alimentar o seumodelo. Veja no desenho abaixo a ligação de como você deve proceder.

Conforme pode-se ver no desenho acima, você vai precisar de um multímetro.Esse aparelho é utilizado para uma série de funções, daí o prefixo "multi".Dessa forma, ele está preparado para realizar uma série de medidas. No caso,a medida que nos interessa é a de corrente contínua. Para isso, seu multímetrodeve possuir uma escala bem alta nesse quesito, dessa forma podemos usarpara medir uma série de diferentes motores. Veja na imagem abaixo qual aescala deve ser utilizada para essa medida.

Veja nessa imagem que o multímetro possui uma escala de medida de correntecontínua que vai até 10A. Essa escala está destacada em vermelho.

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Observe bem a polaridade da bateria e do multímetro durante os testes. Sevocê inverter, caso o multímetro seja digital aparecerá um sinal de negativoantes do número. Não tem problema isso acontecer no multímetro digital.Agora se o multímetro for analógico (de ponteiro), você corre o risco deestragar o mesmo caso inverta as pontas de prova. Por isso minha indicação éque você utilize nesse teste um multímetro digital. Além do mais, ele será maispreciso na hora da leitura da corrente consumida.

Uma vez que você saiba qual o consumo de corrente do motor, você podeutilizar a bateria que melhor se ajuste ao mesmo.

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Recarregando baterias LIPONão aconselho você tentar recarregar as baterias LIPO através de nenhumprocesso caseiro. São baterias muito sensíveis e para realizar corretamente acarga você deve usar um carregador específico para essa função. Além domais, a carga nas baterias LIPO pode ser realizada célula a célula. Sendoassim o carregador precisa ser bem mais do que uma simples fonte linear compositivo e negativo.

Os carregadores comerciais são microprocessados. Ou seja, dentro delesexiste uma inteligência para monitorar o correto estado da bateria, suas célulase definir como será realizada a carga. Além disso, é possível definir qual será acorrente de carga, que vai interferir no tempo de carga, além da vida útil dabateria.

As células LIPO possuem além da especificação de descarga, o parâmetro decarga. Essas definições utilizam-se também da letra C. Vamos a um exemploprático para tratar do C usado na carga.

Vamos supor que você deseja carregar sua LIPO 3S de 2200 mAh. Nesseexemplo, ela possui uma especificação de 1C para carga (isso vem escrito nabateria). Ou seja, na própria bateria você consegue saber qual o ritmo de cargae descarga da mesma – C.

Isso significa que você só pode carregar essa bateria do meu exemplo comuma corrente máxima de 2200 mA (que é a corrente de parâmetro dessabateria - 1C).

Agora vamos imaginar que sua LIPO 3S de 2200 mAh tenha umaespecificação de carga de 2C. Então, você pode carregar ela com até 4400mA.

Vamos tratar agora do tempo de carga. Carregando com o C mais próximo donível de carga especificado na bateria, a carga será mais rápida. Se utilizarvalores menores (C) a carga demora mais, porém a vida útil da sua bateriatambém será maior. Assim, você pode pegar sua LIPO 3S de 2200 mAh com1C de carga e carregar com uma corrente de 500mA, por exemplo. Não temnenhum problema. O único ponto é que sua bateria vai levar mais tempo parase carregar.

É possível encontrar a venda desde carregadores simples que custam algo emtorno de R$ 40,00 até outros mais elaborados e digitais que custam cerca deR$ 200,00.

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Esse outro carregador custa mais caro, porém ele é capaz de carregar váriostipos de baterias, seja uma LIPO, Níquel Metal Hidreto ou mesmo uma bateriaautomotiva.

Durante a carga é importante observar como fazer a correta conexão da LIPOcom o carregador. A bateria LIPO possui um terminal de fios grossos ondeligamos o dispositivo que será alimentado. Esse conector normalmente é umXT60 ou um JST. Na imagem abaixo, podemos ver uma foto do conector dotipo JST.

Nas próximas duas fotos, vemos o aspecto de um conector XT60.

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Além desse conector, a bateria LIPO possui outros cabos mais finos onde umconector diferente se encontra na extremidade. Esse outro conector é utilizadosomente durante a carga (e para testar a bateria – vou falar disso ainda). Essesfios existem em maior número ou menor, dependendo se sua bateria é uma 2S,3S, 4S e por aí vai. Eles são utilizados pelo carregador para fazer uma cargabalanceada. Ou seja, cada uma das células individuais, são carregadastambém de forma individual. Então, durante a carga balanceada são usados os2 conectores - o XT60 (ou JST) e esse pequeno conector branco visto naimagem abaixo.

Cuidados com as baterias LIPO

Várias são as histórias que rondam essas baterias. Realmente elas precisamser tratadas com cuidado. Evite deixar cair no chão, assim como guarde-asadequadamente em local arejado e longe de inflamáveis. Mas um fato muitoimportante que acho pertinente comentar, é quanto ao uso das mesmas.Aconselho após a carga não consumir mais do que 50% da bateria. Ou seja,não use até a carga dela se esgotar completamente. Esse ciclo profundo(descarga e carga) não é saudável para as baterias LIPO. Mais vale teralgumas baterias e conforme chegar em determinado nível, troque por outra.

Esse fato é um contraste com as baterias de gel que podem trabalhar até zerare reiniciar uma nova carga. Como já disse, isso é chamado de baterias de cicloprofundo.

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Medidores de bateria LIPOÉ possível encontrar no mercado, medidores específicos para checar a cargadas baterias LIPO. Eles possuem o aspecto conforme esses abaixo.

Para checar o estado da bateria, você deve usar tão somente o pequenoconector branco. É importante também na hora de ligar observar a polaridade,pois caso contrário você não conseguirá realizar a medição. O fio preto é oprimeiro, ou seja, ele fica na ponta do medidor conforme você pode verabaixo.

Ao fazer a conexão do conector da bateria no aparelho, um beep soará atravésdo buzzer que o mesmo possui. São dois apitos curtos e agudos.Imediatamente o display inicia com as informações. Nele podemos observar atensão total e a tensão de cada célula. O medidor também informa se a bateriaé 2S, 3S, 4S… .

É possível também utilizar esse verificador do estado de baterias, de forma queo mesmo fique dentro do modelo. Ele é bem leve e dificilmente atrapalhará o

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desempenho do mesmo (a não ser aviões indoor daqueles bem leves). A ideiade colocar um aparelho desses dentro do modelo é deixar o mesmo conectadoa bateria LIPO. Quando a bateria atinge um nível baixo o apito soa para indicarque está na hora de trocar de bateria. É possível colocar até em aeromodelos.É claro que só será possível ouvir o apito quando o mesmo estiver voando umpouco mais próximo de você.

Uma dica é prender o medidor utilizando velcro. Coloque um lado do velcrocolado na parte traseira do medidor e outro no modelo. Se for usar no aviãoaconselho fazer de tal forma que o medidor fique localizado do lado de forapara que você possa escutar o apito de bateria baixa.

Ah, só mais uma coisa. O nível de bateria baixa que o medidor acusa não podeser alterado. Já vem configurado de fábrica.

Eu tenho um vídeo em meu canal no YouTube onde detalho o funcionamentodos medidores das baterias LIPO, vai lá e dá uma assistida, eu espero porvocê. :)

h ps://youtu.be/OVWLIFHEcTg?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://youtu.be/OVWLIFHEcTg?sub_confirmation=1

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ServosPara a movimentação das superfícies de controle usamos um componentechamado de servo mecanismo. Servos são dispositivos ligados diretamente aoreceptor do controle remoto. Com eles podemos controlar as mais diferentessuperfícies, como por exemplo, um leme de um barco, a direção de umcarrinho ou o profundor de um aeromodelo.

Internamente o servo é composto por uma série de engrenagens que permitemque o seu pequeno motor gere força suficiente para mover os controles a eleconectados.

Além das engrenagens, existe também o motor, conforme disse acima e umpequeno circuito. A esse circuito estão ligados os fios da entrada (que vão aoreceptor) e também o motor e o potenciômetro. O potenciômetro tem o seu eixoconectado as engrenagens e ele é usado para informar ao circuito do servo oposicionamento exato do braço.

Os servos são diferenciados uns dos outros quanto a algumas especificações,por exemplo:

- Existem servos cujas engrenagens são de plástico e outros que as mesmassão de metal (também conhecidos no inglês como metal gear). Os quepossuem engrenagem de metal são mais caros, porém mais resistentes.

- Uma outra especificação do servo diz respeito ao ângulo que o mesmo écapaz de realizar. Alguns servos conseguem até girar completamente – 360º.

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- Uma outra definição do mesmo é o no tocante a força (o chamado torque)que ele é capaz de realizar. Nesse caso a lógica para a maioria dos servosacaba sendo que os pequenos, têm menos força que servos maiores.

- Alguns servos são a prova d´água e são muito utilizados em barcos e emcarrinhos off road.

- Uma outra especificação diz respeito a diferença entre servos analógicos edigitais. Os servos digitais são capazes de terem uma resposta mais rápida eprecisa em relação aos analógicos. Porém os analógicos consomem umacorrente menor que os digitais.

O chicote do servo é composto de outros 3 fios finos. Cada um deles tem umafunção. O fio vermelho é o positivo que é alimentado com uma tensão de 5Volts. Raros são os servos que suportam uma tensão maior do que pouco maisde 6 Volts. O outro fio que temos é de cor preto ou marrom. Esse é o fio donegativo da alimentação.

Existe um outro fio que normalmente é cor laranja ou branco. Esse é o fio dosinal. Através dele é enviada a informação de posicionamento para o servomecanismo.

Quando compramos um servo além desse componente sempre temos maisalguns acessórios e parafusos. Quanto aos parafusos, existem uns maioresque são utilizados para prender o servo dentro do modelo. Repare que naslaterais desse componente existem furos por onde podemos passar osparafusos. O parafuso menor serve para prender os braços no próprio servo.

Existe uma série de diferentes braços. A intenção é disponibilizar diferentesformas de ligar o servo na superfície de controle. Você deve então escolher obraço que melhor serve a função.

No vídeo abaixo eu fiz uma experiência tratando do consumo de corrente deum servo. O servo utilizado nesse vídeo foi o mesmo que está na foto acima(servo digital MG995). Essa experiência é muito importante para que vocêconsiga estabelecer corretamente qual fonte de alimentação usará no seumodelo (capacidade de corrente). Da mesma forma que demonstrei nessevídeo, você pode utilizar essa medição envolvendo uma eletrônica maior paramedir o consumo total do modelo.

h ps://youtu.be/R0lDMO9T_JA?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://youtu.be/R0lDMO9T_JA?sub_confirmation=1

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Ligando dispositivos com servo e micro switchNa verdade, com um pouco de criatividade, você pode até usar o servo paraligar e desligar dispositivos. Para realizar isso você precisa de umas pequenaschaves que são chamadas de micro switch. São pequenos interruptores quepodem ser ligados com uma pequena pressão. O que se faz é colocar o servono centro da chave micro switch. Ao movimentar o braço do servo para um doslados, a chave é acionada. Veja na imagem abaixo o aspecto desse tipo deinterruptor.

Observe que a chave micro switch pode ser usada para ligar uma série dedispositivos. Conforme especificação elas suportam uma tensão e correnteselevadas. Assim sendo, você pode ligar LEDs e até motores (respeitando oconsumo especificado que no caso da foto acima é de até 15A x 125V). Eumesmo utilizei uma dessas para ligar um motor potente em uma embarcação.

Veja na prática o uso dessa chave para ligar e desligar um motor. No desenhoabaixo, você pode ver como funciona esse controle, assim como a ligação.

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O que ocorre no circuito acima é que ao mover um stick do rádio o servo semovimenta. Com esse movimento o switch é ligado ou desligado, fazendo acarga (nesse caso um motor) ser ou não acionada.

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Rádio controle

No mercado nós temos uma série de diferentes modelos de controles remotos.Não vou entrar em detalhes de marcas e modelos explicando o que um tem desuperior em relação ao outro. Minha proposta é tão somente falar de algunspontos centrais que são comuns a maior parte dos rádios controles.

Os rádios podem ser separados em várias categorias, mas existem duas quesão muito importantes e estão diretamente ligadas a como serão as manobrasdo modelo, são elas:

- Rádio com stick.

- Rádio com volante.

Nas imagens abaixo podemos ver a forma física de cada um desses dois tipos.

É importante termos isso em mente, pois o modelo que será controlado pode,por exemplo, só permitir o uso de um desses dois tipos. Podemos citar oaeromodelismo, onde só com um rádio de sticks será possível controlar omesmo. Agora se pretende usar um controle remoto para um barco ou mesmocarro, tanto faz. Esse quesito vai ficar por conta do que você se sente maisconfortável na pilotagem.

Eu tenho somente esses dois rádios dessa foto e me atendem muito bem. Paraaeromodelismo quem pensa em economizar pode optar por comprar o modeloTurnigy 9X ou algum mais atual dessa mesma marca. Também existe ummodelo com bom custo-benefício chamado FlySky. Ele possui um grandenúmero de canais e com isso gera uma série de possibilidades de controlar osmais diferentes dispositivos.

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Um ponto importante de ser tocado nessa questão dos controles remotos dizrespeito a alimentação. Esses aparelhos funcionam com pilhas, mas algunsdeles permitem que você compre uma bateria LIPO para adaptar no lugardelas. Caso você assim faça, terá uma economia financeira enorme. Você sódeve atentar corretamente para verificar se seu rádio permite essa adaptação.Além disso ficar atento à qual é o modelo indicado.

Esses rádios atuais utilizam a frequência de 2.4GHz e além disso não sofreminterferências de outros rádios. Isso difere em muito da forma como todos osrádios funcionavam até uns anos atrás. Nesse período os rádios não poderiamutilizar a mesma frequência, pois caso contrário havia interferência entre eles.Bom, mas você pode estar se perguntando a respeito disso nos dias de hoje.Qual a razão de não dar interferência se todos funcionam em 2.4GHz? Aresposta é que atualmente existe um vínculo (sincronismo) entre o transmissore o receptor através de um processo que só permite um receptor recebercomandos do transmissor com o qual foi sincronizado.

Na imagem abaixo, podemos ver o receptor desse modelo de rádio Turnigy quemencionei acima. Ele pode controlar até 8 dispositivos diferentes.

Importante lembrar que ao comprar um novo receptor para qualquer rádio queseja, você precisa fazer esse processo de sincronismo entre ele e o seutransmissor. Esse procedimento é chamado de bind do inglês que significa:vincular, amarrar, restringir, entre outros. Através dessa instrução o receptorpassa a responder somente a um único rádio transmissor. Veja que issosomente se aplica nos rádios modernos, os chamados 2.4 GHz.

Conforme já mencionei rapidamente, nos rádios mais antigos é necessário quetanto o transmissor quanto o receptor operem na mesma frequência através douso do cristal. Nesses rádios existe dessa forma, a possibilidade deinterferência durante o funcionamento. Ou seja, caso o rádio do seu amigo aolado seja ligado na mesma frequência.

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Nessa imagem abaixo mostro em detalhes o rádio de volante. Esse controlepossui uma atuação mais natural do que o stick. Chamo de natural pelo fato deo controle de direção ser algo que gira como um volante. Se você prefere essetipo de rádio é uma outra opção. Esse abaixo, não tem muitos canais, mas nomercado é possível achar rádios desse tipo com vários canais.

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Motorização

Anos atrás, só existia 1 tipo de motor, os chamados escovados. Esses motorestêm algumas características específicas. A principal delas é que os ímãs ficampresos a carcaça e não se movimentam. Quem se movimenta é o chamadoinduzido. O induzido é composto de uma série de voltas de um fio fino. Aocircular a corrente no induzido, cria-se um campo magnético que atrai e repeleo induzido contra o ímã permanente na carcaça.

Ele é chamado de escovado, pois a energia para alimentar o induzido étransferida através de pequenos contatos chamados de escovas. As escovasque dão mobilidade para o induzido girar.

Atualmente temos também os motores sem escovas, os chamados brushless.Existem vantagens e desvantagens entre os diferentes tipos de motores quecitei.

Em determinadas aplicações você vai precisar usar um tipo ou outro conformea necessidade. Eu optei por utilizar um motor escovado em todos os meusbarcos, por exemplo. Aviões só uso motores sem escovas (brushless). Mastenho vários amigos que possuem lanchas e carros de alta velocidade queutilizam motores sem escovas (brushless).

Você deve fazer essa escolha conforme melhor lhe convir e de acordo com ascaracterísticas finais que você deseja para o modelo. Alguns dos meus colegasusam em seus barcos motores de para-brisa de automóveis, motores de vidroelétrico de carros, motores de pequenos compressores de ar. Enfim, é umagama muito grande de opções.

Nas próximas duas imagens, você pode observar pequenos motores de 3Volts. São motores com pouca potência e só conseguiriam ser usados paramover um modelo pequeno. São motores escovados. Repare que só possuemdois fios conectados.

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Na imagem é possível observar os pontos de solda na ligação elétrica domotor.

Se precisa de um motor menor ainda não se preocupe. Esses são motoresescovados que ficam dentro de servos de 9 gramas. Eu já os usei em algumasaplicações. Funcionam muito bem com tensão de 3 Volts.

É claro que também é possível comprar outros motores. Existem motoresescovados com tensões de 3, 6, 9, 12, 24, só para citar as mais comuns. Nainternet você encontra vários modelos diferentes, como o: 380, 540, 550, sópara mencionar alguns.

Falando em 550, eu usei um desses no meu barco. Um dos meus barcos tem1,20m de comprimento. O peso dele pronto para navegar ficou bem grande.Como estamos falando de um rebocador não estou interessado em navegarcom alta velocidade. Além do mais, no caso de uma embarcação o peso nãoimporta muito. Até porque sempre há necessidade de colocar lastros dentro daembarcação para acertar o equilíbrio da mesma.

Só como curiosidade a respeito da força e durabilidade desse motor, o 550 éutilizado em várias parafusadeiras existentes no mercado. Ele funciona com

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uma tensão de 12 Volts. Já fiz uma série de testes com o mesmo na bancada.A corrente máxima consumida é da ordem de 5A com carga.

Lá no canal você encontra um vídeo onde falo mais sobre o motor escovado550, clica no link!

h ps://youtu.be/Creq_exzTY0?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://youtu.be/Creq_exzTY0?sub_confirmation=1

Ah, não acredita que esse motor está dentro das parafusadeiras. Então vejaesse meu vídeo do canal Curso Baroni.

h ps://youtu.be/7C3Ywc7tw7A?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://youtu.be/7C3Ywc7tw7A?sub_confirmation=1

Na imagem seguinte, você pode observar um motor sem escovas, ou tambémchamado de brushless. Veja que em seus fios estão soldados os bullets parafacilitar a troca do motor e não comprometer o tamanho do fio.

Repare que esse motor está aberto. A peça da esquerda fica encaixada napeça da direta. A peça da esquerda, possui um eixo e uma carcaça. Dentro dacarcaça estão os ímãs permanentes. Essa é a peça que gira.

Já na peça da direita você pode observar as bobinas (fios enrolados). Essapeça não se movimenta, fica fixa durante o funcionamento do motor.

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Lá no canal você encontra um vídeo onde falo mais sobre o motor semescovas. Clica no link!

h ps://youtu.be/PqpJidD31p0 ?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://youtu.be/PqpJidD31p0 ?sub_confirmation=1

Obs: Como você pode perceber, os motores escovados ainda estão muitopresentes em nosso dia a dia e são perfeitamente possíveis de seremutilizados em projetos de barcos de controle remoto ou até carros.

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Controle de velocidade

Conforme já disse, nos dias atuais também temos no mercado um outro tipo demotor, o chamado sem escovas, ou do inglês brushless. Na verdade, o que foifeito é uma inversão dos elementos presentes no motor escovado. Nesse caso,quem gira são os ímãs. A parte fixa é composta pelas bobinas (fios enrolados).Como as bobinas não se movimentam, não há necessidade do elementochamado escova. Esses motores possuem uma performance bem superior aomotor escovado.

Mas para funcionarem temos que seguir alguns passos. Esse motor não podeser ligado diretamente à bateria, como é feito no motor escovado. Essesmotores têm vários enrolamentos de bobina e eles são acionados em umasequência específica. Dessa forma, é preciso um dispositivo que faça essecontrole. O componente criado para essa função se chama ESC, que significaeletronic speed control - controle de velocidade eletrônico.

O aspecto do ESC é bem simples. Na imagem a seguir podemos um ESC.

Os ESC´s para motores sem escovas possuem normalmente 8 fios. Dois fiosestão separados uns dos outros e são das cores vermelho e preto. Esses sãoos fios que devem ser ligados à bateria.

Outros 3 fios estão unidos em um chicote, ligados a um conector que vaidiretamente para o receptor. Esses fios têm 2 papéis. O primeiro é levaralimentação para o receptor. Os receptores de rádio controle precisam de umatensão de 5 Volts e dentro da maioria dos ESC´s existe um dispositivochamado BEC. O BEC é quem reduz a tensão para os 5 Volts. Além disso,esses fios levarão para o ESC a informação de aceleração e desaceleraçãopara fazer com que o motor entre em atuação.

Os outros 3 fios são usados para ligarmos o motor. Isso quer dizer que o motorsem escovas possui 3 fios. Na hora de ligar os fios do motor ao ESC não existe

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regra para evitar uma queima ou algo do tipo. Na verdade, após ligar os 3 fiosvocê acionará o rádio controle e se o motor rodar para o lado errado, invertaduas quaisquer ligações do motor que ele rodará para o outro lado.

ESC´s são construídos segundo algumas especificações. Dessa forma, vocêprecisa analisar qual será o tipo de bateria que você vai usar - 2S, 3S ... - etambém qual a capacidade de controle de corrente o ESC precisará ter. Caso oseu motor tenha um consumo grande de corrente, há necessidade de um ESCque suporte esse maior fluxo de corrente.

E como controlar a velocidade de um motor com escovas

A resposta para essa pergunta é simples, também com o uso de um ESC! Adiferença nesse caso é o tipo dele. Você deve procurar por um ESC paramotores escovados. A diferença básica nesse caso é que os fios que ligam nomotor são somente 2, ao contrário dos motores sem escovas que possuem 3fios.

Se você ligar o motor nesses fios de forma invertida, o que vai acontecer é queele pode vir a girar no sentido contrário ao que você deseja. Então bastainverter os 2 fios dele.

Mas ao contrário dos motores sem escovas, esses motores podem ser ligadosdiretamente nas pilhas ou baterias sem o ESC, caso precise.

ESC com resfriamento

Como pudemos ver, o ESC é o componente responsável por controlar avelocidade do motor. Dessa forma, é esperado que o mesmo esquente duranteo funcionamento. Por isso, alguns modelos possuem uma ventoinha sobre ele,para ajudar nesse processo. Outros possuem um dissipador de calor, que nadamais é do que uma superfície de alumínio para aumentar o contato com o ar eauxiliar nesse processo de troca de calor.

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Caso o seu ESC não tem nada disso, você até pode montar uma pequenaventoinha sobre ele para ajudar a resfriar. Não tem mal nenhum nisso.

Essa ventoinha vai ligada diretamente a bateria do seu modelo. Use uma chavepara ligar e desligar a mesma. Você pode até usar também um LED emparalelo para indicar que a mesma está em funcionamento. Normalmente asventoinhas têm uma tensão nominal de 12 Volts, mas são capazes defuncionarem com 6 Volts, mas a uma velocidade bem menor.

Existem alguns ESC´s voltados para nautimodelismo que possuem umprocesso para usar a água de onde está se navegando para resfriar o mesmo.A água é recuperada e circula por uma superfície metálica do ESC fazendouma troca de calor mais acelerada. Esse processo é muito bom e ajuda amanter a temperatura do ESC baixa.

Dentro do barco são utilizadas mangueiras de silicone para interligar as partes.Após a circulação da água pelos componentes, ela é devolvida a sua origematravés de um tubo normalmente localizado na lateral da embarcação.

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Obs: Deixa eu esclarecer uma coisa. No mercado temos vários ESCs paramotores escovados e sem escovas, com capacidades de correntes segundofabricante extremamente altas. É comum se ouvir falar de 300 A como se fosseum número ridiculamente pequeno. Não quero entrar no detalhe das lógicasque os fabricantes usam nessa mensuração. Mas como vocês já viramanteriormente através da medida de consumo de um motor com o multímetro,os números encontrados são bem menores. Veja, eu mesmo já fiz dezenas edezenas de medições. Medi um motor 550 alimentado com 12 Volts. Enquantoeu prendia seu eixo com toda minha força tentando segurá-lo, a corrente nãochegava a 5 A. Então sempre procure saber do ESC, qual a real corrente que omesmo suporta antes de fazer seu uso (qual a corrente máxima que elesuporta em um regime constante de uso).

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Bullets

Para ligar os motores ao ESC é comum o uso de dispositivos que facilitam atroca do motor ou do ESC. São pequenos engates metálicos que são soldadosdiretamente nos fios dos dispositivos. Eles encaixam com uma boa pressão esem risco de soltarem após engatados. São chamados de bullets. Usar osbullets deixa uma área grande metálica aparente. Dessa forma, ao utilizarbullets é importante também fazer uso do espaguete termo retrátil. Ele será oresponsável por manter o isolamento dos bullets.

Você não é obrigado a usar os bullets, mas é algo muito comum de serencontrado, principalmente em motores sem escova. Porque nesse caso essesmotores já são dotados de fios para fazermos sua ligação. Porém, esses fiossão curtos. Caso você opte por não usar bullets existe um risco de conforme ouso (tirando de um modelo e usando em outro) você ir cortando pequenospedaços do fio para fazer as novas ligações e um dia chegar ao ponto de vocêquase não ter mais fios para trabalhar.

Nos motores escovados isso não acontece, pois existe um terminal metálicoonde você pode soldar um novo fio sempre que necessário.

Eu mantenho também um canal de eletrônica com foco em música. Nessecanal eu gravei um vídeo onde falo em detalhes sobre o espaguete termoretrátil. Vai lá dá uma assistida.

h ps://www.youtube.com/watch?v=cSB0MAlievU?sub_confirma on=1

Ou copie o link: https://www.youtube.com/watch?v=cSB0MAlievU?sub_confirmation=1

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Componentes eletrônicos – Um pouco de teoria

ResistorOs resistores são componentes criados para se oporem à passagem dacorrente elétrica. O quanto eles se opõem é medido em Ohms cuja unidadede medida é representada pela letra grega Ômega - Ω.

Existem resistores cujo corpo é maior e o valor ôhmico do componente podeser impresso diretamente sobre ele. Porém no caso de resistores pequenosisso não é possível e dessa forma o valor do componente é dado por umconjunto de anéis coloridos no corpo do mesmo. Cada anel tem um valor eatravés da tabela abaixo podemos chegar ao valor em Ohms.

Cores 1º anel 2º anel 3º anel 4º anelPreto 0 0 X 1Marrom 1 1 X 10 1%Vermelho 2 2 X 100 2%Laranja 3 3 X 1000 4%Amarelo 4 4 X 10 000Verde 5 5 X 100 000 Azul 6 6 X 1 000 000 Violeta 7 7 X 10 000 000Cinza 8 8Branco 9 9Dourado 5%Prata 10%

Através dessa tabela acima, identificamos o valor de cada cor no resistor. Issoé feito de forma direta com os dois primeiros anéis. Já o terceiro anel é ochamado fator multiplicador. Dessa forma, devemos multiplicar o númeroencontrado nos dois primeiros anéis por esse fator.

O quarto anel está ligado à tolerância. Essa cor indica o quanto o resistor podeter o seu valor alterado através dos diferentes processos que foram usados nafabricação desse componente.

Uma outra característica do resistor é a capacidade de dissipação de calor. Emlinhas gerais, ela está diretamente ligada a quanto o componente suporta notocante ao aquecimento. Por isso, quanto maior a potência de dissipação,maior é também o tamanho do componente.

O resistor é representado com a seguinte simbologia:

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Importante ressaltar também, que é comum o uso das letras K e M para ajudarna representação de valores muito elevados. A letra K é utilizada pararepresentar 3 zeros (000) e a letra M, 6 zeros (000 000). Dessa forma, umresistor de 12000 Ohms, pode ser escrito como 12K Ohms.

Da mesma forma, um resistor cujo valor seja 1.000.000 Ohms, pode serrepresentado por: 1M Ohm.

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CapacitorO capacitor é um componente eletrônico passivo utilizado para armazenarcargas elétricas. Ele é formado por 2 placas de metal próximas uma da outra.Essas placas são chamadas de armaduras. Entre elas é colocado um materialisolante. Esse material isolante é responsável também por identificar o tipo decapacitor. Por exemplo, um capacitor cujo material isolante seja de poliéster, échamado de capacitor de poliéster. Existem vários tipos de capacitores, porémos mais comuns são:

- Poliéster

- Cerâmico

- Eletrolítico

Na relação mostrada acima, os capacitores de poliéster e cerâmico nãopossuem polaridades. Ou seja, dessa forma assim como o resistor podem serligados em qualquer posição quanto aos seus terminais. Porém o capacitoreletrolítico é polarizado e se invertido ele poderá queimar.

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A unidade de medida do capacitor é o Farad, representado pela letra F. Porém1 Farad é um valor muito elevado e na prática utilizamos com mais frequênciaos seus submúltiplos: o microfarad (µF), o nanofarad (nF) e o picofarad (pF).

Na imagem abaixo está mostrada a representação gráfica do capacitor. Comoexistem capacitores polarizados e despolarizados é importante observar asdiferenças no desenho.

Você já pode ter visto motores escovados com capacitores cerâmicos ligadosem seus terminais. Esses capacitores normalmente são soldados diretamentenos terminais do motor e não na placa de circuito impresso. O capacitorsegundo o que é chamado de reatância capacitiva tem uma baixa oposição apassagem de sinais de alta frequência. O que ocorre é que esses motores porserem escovados, geram sinais indesejados oriundos de suas escovas. Essessinais são, na verdade, interferências e devem ser eliminados. Pois as mesmaspodem provocar danos nos sensíveis transistores que estão ligando edesligando o motor no circuito. Dessa forma, o capacitor funciona como umaespécie de curto-circuito para essas interferências. Repare que além de estarsoldado nos dois terminais do motor, uma das extremidades também foisoldada a carcaça do motor.

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LEDLED significa diodo emissor de luz. Quando criaram o componente eletrônicochamado diodo, perceberam que as junções dele emitiam um tipo de luz. Essaluz era no espectro que os olhos humanos não conseguem enxergar. Porém,com a adição de outros materiais chamados de impurezas conseguiram gerarcores no espectro luminoso visível. Estava então criado o LED, que é umcomponente conhecido por gerar uma luz muito pura, esquentar muitopouco se comparado a outros tipos de lâmpadas e consumir menoscorrente.

O LED é um componente polarizado e por isso devemos ter atenção para ligarcorretamente o mesmo. Os terminais são representados pelas letras A e K (ouA e C), que significam anodo e catodo respectivamente. Veja na imagem maisdetalhes sobre a representação do LED.

Não há como negar que os LEDs foram uma grande revolução na eletrônica.Porém eles ficaram por muitos anos estagnados quanto a variedade de cores ea potência luminosa. Hoje, no entanto, podemos encontrar LEDs de váriascores e caso não tenha a cor de LED que precisamos, podemos até gerarnovas cores através do uso de LEDs RGB. Esses LEDs possuem as coresprimárias em sua essência e através do controle de cada uma delas, vermelho,verde e azul é possível se chegar a qualquer cor.

O LED apresenta as seguintes características básicas.

- Não consome muita corrente.

- Trabalha bem com baixa tensão.

- Não esquenta muito quando em funcionamento.

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Porém, não basta sair ligando os LEDs de qualquer forma. É importanteentender qual a maneira correta para fazer com que eles funcionemadequadamente. Dessa forma, evitamos levar o componente a queima.

De maneira geral, os LEDs estão divididos em 2 tipos:

- Difuso

- Alto brilho

Os LEDs chamados de difusos, possuem basicamente as cores, vermelho,amarelo e verde. O corpo (invólucro) dele é colorido e não transparente. Assim,o LED vermelho possui a cor vermelha em seu encapsulamento, mesmodesligado. Eles são legais quando você deseja aquela luz mais suave.

Existem também os LEDs de alto brilho. Como o próprio nome diz, tem umaalta luminosidade. O corpo deles normalmente é transparente, mas não é umaregra. Esses LEDs são indicados para locais onde se precisa de muita luz,como um farol por exemplo. Na imagem abaixo é possível observar dois LEDsde alto brilho de diferentes tamanhos.

Na próxima foto vemos algumas variedades de LEDs difusos.

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Todos os LEDs precisam de uma tensão mínima e máxima para funcionar. Osdifusos funcionam com cerca de 2 Volts. Estou arredondando esse número,pois o vermelho tem uma tensão específica, a cor amarela demanda outratensão e o verde outra. Os brancos cerca de 3 Volts.

Essa variação decorre do tipo de LED usado. Ou seja, cada LED de acordocom sua constituição física vai precisar de uma tensão mínima para funcionar.Resumindo, de acordo com a cor do LED uma tensão adequada deverá serutilizada, por exemplo:

LED vermelho difuso - 1,8 Volts

LED amarelo difuso - 2,4 Volts

LED verde difuso - 2,1 Volts

LED branco - 3,3 Volts

Então existe uma particularidade importante na hora de ligar um LED. Ele sequeima facilmente se você não usar um resistor limitador. O resistor é umcomponente que se opõe a passagem da corrente elétrica e dessa forma elefaz com que circule pelo LED uma corrente controlada e adequada ao seufuncionamento.

Cálculo do resistor para o LED

Para o cálculo do resistor limitador vamos usar como base um LED vermelhocuja tensão ideal para o funcionamento é em torno de 2 Volts. O cálculo é feitoatravés da fórmula da Lei de Ohm:

R = V / I

Digamos que será alimentado com 3 Volts. A corrente ideal de funcionamentode um LED tipicamente situa-se entre 10 mA e 40 mA. Se você optar por 40mA, por exemplo, o LED terá um brilho maior e se usar 10 mA o brilho deleserá bem menos intenso. No exemplo abaixo, optei por uma corrente de 40 mAou 0,04A. Então temos:

R = (3 Volts – 2 Volts) / 0,04 A

R = 25 Ohms

Explicando mais detalhes na fórmula acima, temos:

3 Volts – tensão que virá das pilhas para alimentar o LED.

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2 Volts – tensão mínima que o LED vermelho precisa para acender (arredondeio número).

0,04 A – corrente de 40 mA convertida para A, ou seja, 40 mA = 0,04 A

Já os LEDs de alto brilho funcionam bem sem o resistor limitador, desde que asua tensão não passe dos 5 Volts (mas a tensão ideal para eles é de 3,3 Volts).Se você for usar uma tensão maior é preciso usar um resistor para não levar oLED a queima.

Vamos então ligar um LED branco de alto brilho em uma tensão de 12V,temos:

R= (12 Volts – 3 Volts) / 0,03 A

R = 300 Ohms é o valor do resistor limitador que devemos utilizar para umacorrente de 30 mA.

Uma coisa importante para saber sobre os LEDs, é que possuem polaridadepara funcionar. Ou seja, se você inverter os terminais, ele não acende. São oque chamamos de componentes polarizados. Além dessas especificações,podemos encontrar LEDs de diferentes tamanhos, como: 3mm, 5mm e 10mm.

Fita de LED

A fita de LED é um recurso bem interessante que pode ser utilizado nomodelismo em geral. Você encontra para comprar em lojas de eletrônica. Sãovendidas em carretéis. Veja na imagem abaixo como é esse carretel.

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É possível cortar e diminuir o tamanho dela, porém existe um ponto certo ondeo corte pode ser feito. Veja na imagem abaixo essas 2 bolinhas douradas decobre. É ali onde você pode cortar a fita para manter a mesma funcionandoperfeitamente com a tensão a qual foi especificada para funcionar.

Ela funciona normalmente com uma tensão de 12 Volts e pode ser diretamenteligada a bateria. Existem vários locais onde utilizá-la, vou citar alguns:

- No caso de drones a fita ajuda a identificar qual a parte frontal e a traseira domesmo durante o voo.

- Dentro do barco iluminando todos os circuitos e ligações (iluminação deporão).

- Na ponte de comando e onde houver escotilhas. Faça furo nas escotilhas eilumine por dentro para dar a intenção de que existe iluminação nas cabines.

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TransistorO transistor foi criado com a intenção de substituir componentes antigoschamados válvulas. Trata-se de um componente ativo, ou seja, ele realizaamplificação do sinal. Existem alguns tipos diferentes de transistores, porém osmais comuns são os chamados bipolares. Eles são caracterizados por seremconstituídos de 3 pastilhas de um material semicondutor. Cada uma dessaspastilhas está ligada a um terminal. Assim sendo, os transistores bipolarespossuem 3 terminais.

Cada um dos terminais do transistor tem um nome, são eles:

- Base - B

- Emissor - E

- Coletor - C

Disse anteriormente que eles são formados por três pastilhas. Porém, duasdelas são feitas do mesmo material semicondutor. Vou explicar melhor.

Existem 2 tipos de semicondutores utilizados em sua construção. O chamadotipo N e o tipo P. Com o uso deles podemos criar o transistor NPN e o PNP.Agora você entende as tais 3 pastilhas semicondutoras e seus três terminais.

O resultado dessa diferença entre um transistor NPN e PNP, está no fato daforma como a corrente circula por seus terminais. Na representação gráficapodemos ver uma pequena seta no terminal emissor do transistor. Quando aseta aponta para fora estamos tratando de um NPN e para dentro o transistorPNP.

Veja abaixo qual é o aspecto do transistor. Como existem vários tiposdiferentes de transistores, é importante recorrermos a um manual detransistores a fim de identificarmos corretamente quem é a base, o coletor eemissor. Hoje em dia, com a internet fica muito fácil também identificar isso.Basta digitar o nome do transistor seguido da palavra “pinagem” ou no inglêspinout, por exemplo: “BC 548 pinagem”.

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Circuito Integrado

Damos o nome de circuito integrado um dispositivo que internamente possuiuma série de componentes eletrônicos, como resistores, transistores, diodos ecapacitores. Juntar vários componentes em um único é uma ideia antiga. Ideiaessa que foi colocada em prática lá na época das válvulas. Nesse períodoconstruiu-se uma válvula amplificadora que internamente já possuía uma sériede componentes eletrônicos facilitando assim a montagem de um circuitoamplificador. Porém, como a válvula trabalha aquecida, esse fato gerou umavida curta a esses componentes agregados. Dessa forma, a mesma foi deixadade lado e somente ganhou força com a invenção do transistor que ocorreu em1947.

Atualmente existe uma variedade enorme de circuitos integrados. Dentro delesexistem dezenas, centenas e até milhares de componentes miniaturizados. Oformato do circuito integrado mais encontrado chama-se DIL – Dual in Line.São componentes retangulares que possuem terminais elétricos somente emdois lados de forma paralela. Veja na imagem esse aspecto.

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Como os C.I., ou circuitos integrados, são componentes mais sensíveis não éaconselhável muito calor durante a soldagem dos seus terminais. Dessa forma,é comum utilizar os chamados soquetes para a instalação desse componente.Esse fato também facilita trocar o componente quando preciso.

Existem vantagens e desvantagens no uso do circuito integrado. Comovantagens podemos citar:

- Facilidade no caso de troca do componente.

- Miniaturização do circuito.

Mas também temos desvantagens:

- Se um transistor ou resistor interno do circuito integrado se estragar, todo ocircuito integrado ficará inutilizado.

- Não é tão fácil compreender alguns circuitos que usam CI. Para tantodevemos analisar internamente o circuito presente dentro do C.I..

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Construindo um BECO chamado BEC tem suas iniciais traduzidas por: “Battery Eliminator Circuit”,ou circuito eliminador de bateria. O que acontece é que o receptor do rádiocontrole precisa de uma tensão específica para funcionar. Para fornecer elaexiste esse dispositivo chamado BEC.

O BEC é muito comum de ser utilizado em modelos que funcionem com motorà combustão. Pois neles há necessidade somente de alimentar o receptor dorádio. Já em modelos elétricos, precisamos também do chamado ESC, quecontrola a velocidade.

Essa é a razão de normalmente encontrarmos nos ESC´s também o BEC.Afinal, nos modelos elétricos todos os dois são de necessidade fundamentalpara o funcionamento completo da eletrônica embarcada.

A alimentação dos receptores é de 5 Volts como um padrão. Algunsreceptores, como o Turnigy por exemplo, possuem um slot específico para aentrada da alimentação. Já outros receptores não possuem essa entradaespecífica e podemos ligar a alimentação de um BEC em qualquer canal.

Nessa ligação, muito importante é sempre observar a correta polaridade. Poisse inverter é provável que você queime o seu receptor. Alguns modelospossuem mecanismos de defesa contra essa inversão. Um tipo de defesa éeletrônico, ou seja, está dentro do receptor e mesmo que você inverta apolaridade não haverá a queima do mesmo. Procure saber se o seu receptorpossui esse dispositivo.

Outra forma de se prevenir de uma inversão de polos, está ligado ao fato deque alguns conectores padrão Futaba possuem uma espécie de dente. Comisso o mesmo só pode ser conectado de uma única forma. Porém esse padrãoestá ligado ao Futaba.

Caso você deseje é possível montar um BEC para alimentar seu receptor.Vamos aproveitar esse ponto e além de mostrar como deve ser essaalimentação, analisaremos com o uso do multímetro como fazer a medição doconsumo de corrente e veremos se nosso circuito está preparado para suportara ligação.

Na eletrônica por inúmeras vezes necessitamos ter tensões específicas e bemdefinidas. Afinal, os circuitos são dimensionados para funcionarem dentro dedeterminados parâmetros máximos e mínimos. Dentro das baterias que sãousadas no modelismo, não existe um modelo que forneça os 5 Voltsnecessários para alimentar o receptor. Porém com o uso de componenteseletrônicos é possível fazer com que uma tensão maior possa ser reduzida atéos níveis aceitáveis de funcionamento.

Vários circuitos poderiam ser descritos para realizarem essa redução. Porémacredito que um ponto fundamental seja o relacionado a simplicidade. Existeum componente que em essência pode até parecer único. Porém o mesmo é

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tratado na eletrônica com um circuito integrado, já que internamente ele possuivários outros componentes. Estou falando do circuito integrado regulador detensão.

Esse é um C.I. bem fácil de trabalhar. Ele só possui três terminais e podemosencontrá-lo dentro do que chamamos de 2 diferentes famílias, são elas:

- 78XX

- 79XX

A família do 78 realiza a regulagem da tensão através da linha positiva. Já a do79 faz essa regulagem pela linha negativa. Outra particularidade dessesmodelos é que suportam uma corrente máxima de pouco mais de 1A.

Esse tipo de circuito integrado costuma aquecer inclusive com correntesbaixas. Ele só não aquece, segundo experiências próprias, se o consumo formuito, mas muito baixo mesmo. Então esteja preparado para fazer algo que vátratar desse aquecimento. O calor é um fator que destrói os componenteseletrônicos. Podemos levar um componente à queima caso o aquecimentoultrapasse os parâmetros máximos definidos pelo fabricante.

Por isso é de extrema necessidade o uso dos chamados dissipadores decalor. A intenção disso é fazer com que a área do componente, que épequena, passe a ser maior através do uso de um dispositivo externo quefacilite a troca de calor com o meio. Quanto maior for esse dissipador maior aárea de contato com o ar e menos ele aquecerá. Componentes que aquecemem funcionamento até possuem em seu invólucro (corpo), orifícios disponíveispara fazer com que o dissipador de calor possa ser devidamente afixado.Repare no C.I. da família 78 e 79. Eles possuem na parte superior um buracopor onde vamos passar um parafuso que prenderá o dissipador de calor juntoao componente.

No tocante ao dissipador normalmente o material utilizado é alumínio. Omesmo possui a particularidade de ser capaz de liberar seu calor de formamais rápida. Assim como o C.I. o dissipador de calor também possui um orifíciopara ser possível fazer a colocação do mesmo no circuito integrado. Como jádisse, utilizamos um parafuso com porca nessa fixação. Também é comumfazer o uso de arruela para garantir que o mesmo não irá se soltar.

Como já disse, a boa transferência de calor do alumínio ajuda no processo deresfriamento do C.I., porém para ajudar mais ainda esse processo é comum ouso de um produto chamado pasta térmica. Essa pasta é feita de silício comobase e possui a particularidade de favorecer a transferência do calor do C.I.para o dissipador.

A pasta deve ser passada na traseira do componente, ou seja, na área decontato com o dissipador. Veja que os C.I.s da família 78 e 79 possuem umaparte metálica onde está localizado o orifício do parafuso. Quando fazemos

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contato físico dessa área com o dissipador, levamos o dissipador a apresentaras mesmas propriedades elétricas encontradas no C.I.. Então, para evitar issoé comum colocarmos um isolante de borracha entre o dissipador e o circuitointegrado. O nome dessa borracha é mica e ela já é preparada para o tamanhodo componente e com a furação adequada. Além disso, por dentro do orifícioinstalamos também uma pequena arruela de plástico para fazer com que nãoexista nenhum contato entre as partes metálicas.

Você pode estar se perguntando qual seria o problema disso. Te respondo.Essa parte metálica do C.I. está ligada eletricamente aos seus componentesinternos. Ou seja, se você encostar um fio desencapado no dissipador, sem ouso de mica, poderia ocasionar um curto ou a queima de algum componente.

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Construindo um ESC para motor escovado

Caso você opte por utilizar um motor escovado em seu projeto, é provável quevenha a necessitar de um componente que controlará a velocidade do mesmo.Conforme já dissemos esse é o papel do ESC. Saiba que é possível montarfacilmente um ESC para motores escovados. Você deve estar se perguntando.Mas e se o motor não for escovado? Também é possível montar um circuitopara controlar esses motores, porém ele é um pouco mais complicado do queesse que vou mostrar aqui. Afinal, esse circuito é bem simples pois a sua baseé um servo desmontado. Mas como assim? Vamos desmontar um servo eutilizar tão somente a sua placa de circuito. Isso! Uma pequena plaquinha queo mesmo possui internamente.

Te aconselho a desmontar um servo bem baratinho. Eu utilizo para esse fimaquele servo azul de 9 gramas. Ele é fácil de encontrar, não custa caro, é fácilde desmontar e a plaquinha dele sempre atendeu bem nesse projeto. Entãovamos as etapas de construção. Mas antes vamos iniciar a desconstrução.Sim, do servo!

Conforme disse, o servo que utilizarei nesse processo é um de 9 gramas. Vejaa imagem abaixo.

Veja que na parte inferior ele possui 4 parafusos (alguns possuem 2parafusos). Você deve retirar esses parafusos.

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Após retirar os 4 parafusos você verá o motor do servo, assim como aplaquinha de circuito que o controla. Na imagem abaixo, à esquerda está omotor e a placa na direita.

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Na imagem abaixo podemos observar a fiação presente dentro servo. Veja queos dois fios vermelhos estão ligados no motor. Procure cortar esses fios deforma bem próxima do motor. Na outra extremidade da placa vemos o rabichode entrada no servo, nas cores laranja, vermelho e marrom.

Abaixo podemos observar toda a ligação do circuito.

Para ficar mais claro, assista esse meu vídeo onde mostro como realizar amontagem desse circuito.

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Ou copie o link: https://youtu.be/SOkBK3vTA1w?sub_confirmation=1

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Amplificador de áudio

Não é incomum precisar gerar algum tipo de áudio em aplicações demodelismo. Digamos, por exemplo, que você precise gerar o som de umasirene. Ou mesmo você até já tenha algum pequeno circuito que gere umdeterminado som, porém o volume desse circuito é baixo. Então o que acha demontar um amplificador para aumentar esse volume?

O circuito não é complexo, na verdade é bem simples. O coração desseamplificador é um circuito integrado chamado LM 386. A potência de saída seráem torno de 2 Watts. Pode parecer pouco, mas já é bem alta para uma série deaplicações que envolvam modelismo. Mas para você ter mais de potência vocêpode até montar 2 unidades do circuito.

Aqui você pode ver o diagrama completo do amplificador. Como você podeperceber, não possui muitos componentes e todos são de fácil aquisição ebaratos.

Repare na imagem acima que o pino 2 do circuito integrado está ligado ao pino4, como também a outros componentes. O positivo da alimentação liga no pino6, conforme vemos na imagem. O circuito funciona com 12 Volts.

Ainda na imagem acima, uma das entradas é onde está o resistor de 560Ohms e a outra corresponde ao negativo, que está ligada no GND ou negativodo circuito.

Lista de componentes para o circuito do amplificador:

- 1 Circuito integrado LM 386n

- 1 Resistor de 560 Ohms x 1/4W ou mais

- 1 Resistor de 1 K x 1/4W ou mais

- 1 Resistor de 10 Ohms x 1/4W ou mais

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- 1 Capacitor eletrolítico de 220 µF x 25 Volts ou mais

- 1 Capacitor eletrolítico de 10 µF x 25 Volts ou mais

- 1 Capacitor poliéster de 0,1 µF

- 1 Capacitor poliéster de 0,022 µF

- 1 Potenciômetro de 1K logarítmico para controle de volume

Logo acima disponibilizei a relação de componentes. Através dela, fica fácilidentificar no circuito quem é cada componente. O importante é observar quealguns componentes são polarizados, ou seja, se inverter não funciona. Dessaforma, veja abaixo a polaridade correta desses componentes.

O lado do capacitor onde no corpo do componente não tem nenhumamarcação é o positivo. Nessa imagem vemos a cor do corpo do componente –azul. Esse é o positivo do mesmo.

Na mesma imagem abaixo, vemos o aspecto do circuito integrado que vamosutilizar, assim como o soquete de 8 pinos do mesmo. O soquete é usado parafacilitar a troca e colocação do componente. Além do mais, usando um soquetenão esquentamos os terminais do componente durante a soldagem.

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Obs: Os resistores não possuem polaridade. Os capacitores de poliéstertambém não têm polaridade.

Você vai precisar de um bom alto-falante para reproduzir uma faixa grande defrequências. Para reproduzir várias frequências você pode utilizar vários alto-falantes ou mesmo um único alto-falante chamado de triaxial. Conforme aimagem abaixo você pode ver que esse tipo de falante possui três unidadesmontadas na mesma estrutura. Eu tenho um alto-falante de 5 polegadas e outilizo em uma série de aplicações com o mesmo circuito amplificador quemostrei acima. Eu utilizo um deles em uma embarcação que tem som desimulador de motor a diesel. Funciona muito bem.

Coloquei uma régua sobre o mesmo para vocês terem a noção exata dotamanho em centímetros do alto-falante triaxial que tenho. Ou seja, ele possuimais dois pequenos alto-falantes na sua parte superior. Dessa forma, ele tentaabranger uma série de diferentes frequências.

Na imagem abaixo podemos ver o circuito desse amplificador montado em umamatriz de contatos para uso experimental. Ela também é chamada deprotoboard. Caso queira comprar uma dessas fica a dica para realizar asligações e testes.

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No vídeo abaixo você pode ver esse circuito amplificador em ação. Eu monteiuma unidade ligada a um gerador de áudio simulando som de motor a diesel.

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Ou copie o link: https://youtu.be/rqikMlGXQqA?sub_confirmation=1

Obs: Acho interessante manter o controle de volume. Ele é representado pelocomponente que chamamos de potenciômetro. Pois através dele, podemosdosar corretamente o nível de som que desejamos na saída. Mas se vocêquiser existe a opção de não utilizar o mesmo. Veja a adaptação necessária nocircuito.

Aqui nesse link abaixo você pode conferir um vídeo sobre mais detalhes damontagem desse amplificador no meu canal no YouTube onde falo deeletrônica e música. Nesses vídeos, montei um amplificador de áudio utilizandoesse C.I. e constam lá diversas dicas sobre esse assunto. Essa filmagem estádescrita em vários vídeos. O primeiro corresponde ao link a seguir.

h ps://www.youtube.com/watch?v=wAHN5mVTopk?sub_confirma on=1

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Nesse outro falo um pouco mais sobre o LM386.

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Como ligar e desligar um dispositivo qualquer via rádiocontrole

Por vezes precisamos ligar e desligar algum dispositivo remotamente sem queseja preciso atuar na intensidade. Quando acionamos um servo, podemosatuar no stick do rádio controle no tocante a intensidade do movimento. Mas sepor exemplo, desejarmos ligar e desligar LEDs o controle é mais simples.Afinal, só se trata de acender e depois apagar eles. É claro que se vocêdesejar fazer um controle da intensidade de luz essa dica que vou passar nãovai servir.

Para construir um dispositivo com essa função, várias são as possibilidades.Podemos usar um microcontrolador onde nele será gravada uma programaçãoque irá compreender os sinais PWM do receptor do controle remoto. Alémdisso, o resultado será atuado em um transistor para ligar e desligar os LEDs.Ou até atuar em um relê.

Outra forma seria com o Arduino, que no fundo também utiliza ummicrocontrolador. Esse passo seria muito parecido com o mencionado acima.

Além disso, seria possível montar um circuito maior com componentesdiscretos para fazer algo similar ao descrito nessas linhas. Porém eu querodeixar aqui uma contribuição mais simples de forma que um maior número depessoas possa ser capaz de implementar a mesma.

A forma de isso ser realizado é fazer com que a eletrônica se torne maissimples. Portanto vamos nos basear em uma eletrônica central meio que jápronta. Essa eletrônica é barata e encontrada dentro dos servos. Sim! Maisuma vez estou falando da pequena plaquinha que existe dentro de um servo.Ela será a peça central do nosso circuito. Afinal, essa placa já “conversa” como receptor do rádio controle em PWM. Além disso, a saída já aciona umpequeno motor. O motor consiste de bobina e por isso fica fácil de em vez deacionar esse motor, colocar no lugar dele um relê (que também possui umabobina). Em linhas gerais é isso. Vamos tão somente utilizar mais doispequenos componentes para terminar todo o circuito.

A primeira coisa é desmontar o servo com cuidado e tirar toda a parteeletrônica. Não devemos danificar nada, pois caso contrário você pode atéqueimar seu receptor. Lembre-se de retirar também o pequeno potenciômetroque está soldado na pequena placa. Você não deve mexer nele e deixar omesmo na posição central.

Agora pegue um ferro de soldar e retire o pequeno motor presente no servo.Nos mesmos terminais onde estão soldados os terminais do motor vamos ligar2 fios. Esses fios ligarão aos novos componentes que farão parte do circuito.Afinal, agora vamos acionar um relê e não mais um motor.

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Mas veja que vamos precisar além do relê de dois diodos de silício. Podemosutilizar qualquer um que em princípio vai funcionar bem. Nos meus testes useio 1N4007. Mas você pode substituir também pelo 1N4004 ou 1N4001, porexemplo.

Mas qual o papel desses diodos no circuito. É o seguinte. Um desses diodosvai fazer com que só chegue até o relê os sinais referentes a um dos pulsos.Vamos lembrar que anteriormente ali estava um motor. Esse motor girava nosdois sentidos e nós não desejamos isso. Nós queremos que a corrente circulesomente em um sentido. Então o primeiro diodo fará esse papel. Ele deixará acorrente percorrer só em um sentido.

O outro diodo é utilizado como proteção do relê. O que ocorre é que quando omesmo deixa de ser alimentado, uma corrente em sentido contrário é geradano momento em que o seu campo magnético se desfaz. Essa corrente temuma intensidade considerável e não deve chegar aos sensíveis componenteseletrônicos do circuito (placa do servo). Assim sendo, um diodo é colocado emparalelo com o relê, mas em sentido oposto ao da circulação normal dacorrente. Quando o circuito estiver funcionando normalmente esse diodo nãoatuará. Somente entrará em ação na hora que a corrente for cessada.

Qual relê utilizar?

Com relação ao relê a coisa mais importante nesse caso é a tensão da bobina.É necessário que a mesma seja para 5 Volts. Se você colocar um relê de 6Volts não será possível acionar o mesmo. Uma outra especificação do relê é aquantidade de contatos. O número de contatos varia conforme a suanecessidade de acionar mais cargas. Se por exemplo você quiser ligar doismotores alimentados com diferentes baterias, mas, ao mesmo tempo, seránecessário o uso de um relê com 2 contatos. Ou seja, cada um dos contatosligará e desligará um dos motores. Imagine que cada contato é um interruptorque permite você ligar e desligar equipamentos.

Os relês também possuem uma especificação inerente aos contatos que é amáxima corrente que suportam assim como a máxima tensão. Se vocêpretende ligar e desligar cargas que serão ligadas na tomada residencial oumesmo cargas que consumam elevadas correntes é necessário estar atento aesses parâmetros.

É claro que você não deve deixar de dar atenção também aos motores domodelismo onde temos vários modelos que consomem uma corrente muitogrande. Se o dimensionamento não for adequado o mesmo aquecerá emfuncionamento, podendo derreter e até pegar fogo.

No desenho abaixo o circuito fica mais claro. Veja que está sendo acionado ummotor elétrico alimentado por uma bateria selada.

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No vídeo abaixo você confere mais detalhes dessa montagem.

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