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Alexandre Martins, cm . Perguntas a um Congregado

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catecismo das Congregações Marianas. Incluso Bis Saecularii.

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Perguntas a um Congregado

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Perguntas a um Congregado

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Perguntas a um

Congregado

São Gonçalo2005

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Copyright 2004 © Alexandre Martins

Quarta capa: foto do autor e seu “ex-libris”.

Design das capas e diagramação:do autorRevisão ortográfi ca: Bruna da Silva Tavares

O registro de direito das fotos bem como de ilustrações desta publicação são de domínio público.Os logos de fi m de texto das páginas são de criação do autor.

Pedido de exemplares:rua Nilo Peçanha, 110 / 1101, São Gonçalo, RJ, CEP 24445-360 ou pelo correio eletrônico [email protected] com o assunto “pedido de livro”.

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sobre o autor

Alexandre Martins, nascido em 1967, na cidade de São Gonçalo, RJ.É Bacharel em Artes Plásticas (Gravura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Empresário, produtor e diretor de desenhos-animados em seu próprio estúdio desde 1992. Membro da Academia Marial de Aparecida (SP) desde 1989, e da Associação Internacional dos Cineastas de Animação - ASIFA - desde 1993.

Consagrou-se à Virgem Maria na Congregação Mariana masculina da Imaculada Conceição e São José, da Paróquia de São Gonçalo Imaculada Conceição e São José, da Paróquia de São Gonçalo Imaculada Conceição e São Joséde Amarante (São Gonçalo, RJ) em 1986. Ocupou vários cargos na Federação Arquidiocesana de Niterói (RJ) e nas Congregações das quais fez parte.Fundador de algumas Congregações, dentre elas a CM Nsa. Sra. Rainha da Paz na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Rainha da Paz na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Rainha da Paz- em 1995 (a primeira para universitários após o Vaticano II), bem como ajudou na fundação das CCMM. Nsa. Sra. do Amor Divinopara Seminaristas (Petrópolis, RJ, 1999) e da CM Nsa. Sra. das Graças para Aspirantes de Marinha (Escola Naval, Rio, 1994). É de sua autoria a primeira “home-page” na Internet sobre Congregações Marianas (CM da UFRJ, 1995) e da primeira Lista de Discussão na Rede sobre as Congregações <[email protected]>, em 1999.

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IntroduçãoUm dia uma congregada mariana em minha Congregação

fez-me algumas perguntas simples que me espantaram, não por demonstrarem a sua ignorância particular sobre pontos à primeira vista tão elementares, mas sim por exemplifi carem que muitas vezes a Instrução de várias Congregações não cite estes assuntos uma única vez, deixando várias pessoas sem acesso a estas pérolas de simbologia e tradição congregacional.

No mesmo dia, pus-me a redigir algumas perguntas que achava interessantes. Com o passar do tempo anexei outras e fui aprimorando as respostas a cada uma delas após estudo de grandes autores congregacionais, visando, também, que fosse o texto mais compreensível para as almas simples, com a dignidade que o assunto merece.

O que se segue são perguntas que visam a elucidar algumas dúvidas que talvez todos já tiveram e também talvez todos já deram ou escutaram respostas nem sempre corretas ou elucidativas sobre elas.

Os temas aqui abordados podem à primeira vista de um Aspirante a Congregado parecerem polêmicos, mas não o são.

Acontece que há muito as Congregações Marianas do Brasil deixaram de lado, por várias razões, de estudar um pouco mais dedicadamente sobre o que distingue uma verdadeira Congregação Mariana de uma outra associação católica .

Não somos “Movimento Mariano “, embora muitos congregados, até mesmo sacerdotes, insistam em nomear deste modo as Congregações Marianas (CCMM).

Somos estáveis, e não temporários como o são os Movimentos eclesiais, que estão sempre de acordo alguma realidade da Igreja.

Temos o nosso estilo de ver a Consagração à Virgem Maria. E é um pouco desse estilo que veremos neste pequeno livro.

A forma de apresentação aqui segue uma pedagogia dos antigos Catecismos da Igreja e revivido no atual Compêndio em vigor: o de “perguntas e respostas”. Isto pode auxiliar a um exame de aspirantes e candidatos à Congregação, bem como facilitar uma consulta rápida.

Entretanto, face à complexidade de certos assuntos, achei

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por bem anexar ao ponto um parágrafo adicional, em itálico, para desenvolvimento do assunto. Contudo, não acredite o dileto leitor que este pequeno parágrafo esgota o que é tratado.

Aqui encontramos um ponto de vital importância no estudo das Congregações Marianas: cada assunto ou mesmo cada pergunta poderia render um livro inteiro, tanto sobre aspectos históricos quanto sobre pontos de espiritualidade genuinamente congregacional.

As fotos podem parecer antigas - afi nal remontam ao século XX - mas foram escolhidas por mostrarem um pouco das Congregações Marianas em sua plena força, com congregados jovens, entusiasmados, grande número e de muita piedade. Como “uma imagem vale mais do que mil palavras”, vale ver o que não é do conhecimento de muitos congregados contemporâneos.

O Apêndice contém as famosas Indulgências exclusivas das Congregações Marianas, das quais tanto se fala nas reuniões de Instrução. Contudo conforme se vê nas notas, nada ali é ofi cial, pois houve a publicação do “Enchiridion Indulgentiarumpois houve a publicação do “Enchiridion Indulgentiarumpois houve a publicação do “ ”(o Manual das Indulgências) da Sagrada Penitenciária Apostólica, em 1985, complementando o que SS. Paulo VI promulgou na Constituição Apostólica “Indulgentiarum Doctrina”, de 1968, e a Lista de Indulgência não foi retifi cada . Mas, mesmo assim, seu conhecimento servirá para fomentar ainda mais o desejo de perfeição que é característico do verdadeiro congregado.

Também anexei a Constituição Apostólica “Bis Saecularii Die” - uma pérola dada a nós pelo Santo Padre Pio XII, grande congregado de Maria.

Uma simples ajuda é a que este pequeno trabalho se destina.Boa Leitura !

“Nec scribam vanum,Duc, pia Virgo, manum” *

Alexandre Martins, cm.**

(*) - “para que não escreva em vão (com erros) Virgem Santa, guia minha mão”.(**) - o uso da abreviatura “cm” por alguns congregados após seu próprio nome remonta a atitude de nobres europeus do século XVII que, sentindo-se honrados em estar nas CCMM, preferiam escrever as iniciais de “congregado mariano” em suas assinaturas que as de outros títulos. (Villaret, op cit.)

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ApresentaçãoUm dos muitos frutos do Concílio Ecumênico Vaticano

II - “primavera da Igreja” - no século XX foi a multiplicação das associações e movimentos eclesiais. Hoje são inúmeras as associações de fi éis leigos espalhados por toda a terra, “bastante diferentes umas das outras em vários aspectos... encontram, porém, as linhas de uma vasta e profunda convergência na fi nalidade que as anima: a de participar responsávelmente na missão da Igreja de levar o Evangelho de Cristo, qual fonte de esperança para o Homem e de renovação pra a Sociedade” (SS.João Paulo II, “Chistifi deles Laici”, 29).

O Concílio quis ainda fortalecer e renovar as associações já existentes como é o caso das Congregações Marianas.

Surgidas no século XVI, inicialmente ligadas aos jesuítas, as Congrgegações sempre foram consideradas como “grupo de eliteCongrgegações sempre foram consideradas como “grupo de eliteCongrgegações sempre foram consideradas como “ ” de leigos e “ escolas de santidade” para os cristãos.

As Congregações certamente sofreram grande impacto com a supressão da Companhia de Jesus e posterior restouarção desta, ,mas foi com Pio XII e a Ação Católica que as Congregações Marianas foram reconhecidas como patrimônio da Igreja, e não só da Ordem fundada por Santo Inácio.

Talvez alguns pensem que esta “avó” das associações pós-Vaticano II não tenha mais a pujança de outrora, mas basta pesquisar - por exemplo na Internet sob o nome “Sodalities of Our Lady” - para perceber que ela está viva e atuante em todo o mundo ao lado de suas “netas” e “ irmãs” mais jovens.

A Consagração à Virgem Maria - fundamento da vida do congregado - como caminho para Cristo e por Este ao Pai, é itinerário seguro de santidade, como se pode verifi car pela quantidade de congregados inscritos no rol dos santos e beatos. Estes

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e outrtos pontos da vida e história das Congregações são partilhados conosco neste cuidadoso trabalho do gonçalense Alexandre Martins, congregado há quase vinte anos e um dos maiores especialistas em Congregação Mariana do Estado do Rio e quiçá do Brasil.

Longe de ser um apanhado de “curiosidades” ou um exibicionismo de erudição, o autor brinda-nos com pontos concretos e fundamentais da vida dos congregados marianos - caminho seguro para qualquer cristão que se sinta chamado a esta relação tão especial com a Virgem Santíssima.

Que ela interceda por nós, para sermos fi éis à vocação que recebemos de Deus e assim alcançar, com Ela, as alegrias eternas.

Salve, Maria !

pe. Célio Calixto FilhoVigário Paroquial

(Arquidiocese de s. Sebastião do Rio de Janeiro - RJ)

co-fundador da Congregação Mariana para Graduandos e Pós-graduandos da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Meninas esquimós da Congregação Mariana de uma aldeia no Alasca (EUA) em 1954.

A fi ta era usada em muitas outras CCMM. que não as brasileiras

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A Fita Azul

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1 - POR QUE USAR A FITA ?

R. : O seu uso em público além de identifi car o membro de uma Congregação Mariana também indica alguém a quem o Sacerdote possa recorrer para seu auxílio pastoral e a quem o fi el cristão possa se espelhar na prática das virtudes cristãs.

Faz parte da tradição das CC.MM. ibéricas o uso de fi ta para segurar a medalha da Consagração ao pescoço na altura do coração. Somente as CCMM oriundas de Portugal e Espanha usavam fi tas azuis. O gesto foi imitado pelas suas colônias, se bem que países latino-americanos, como o Peru, usavam cordões entrelaçados no lugar da fi ta. Congregações italianas usavam uma fi ta azul e branca (1). Inicialmente o uso era bem simples: uma fi ta inteiriça, com um laço unindo as pontas junto com a medalha pela frente. A largura era mediana, como a atual em uso no Brasil (2).Há alguns que dizem que o uso da fi ta remete-se a uma infl uência maçônica na Igreja. Não é verdade. Comendas e colares eram

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(1) - Antonio Maia, op. cit.(2) - “CCMM. na China e em Macau”, op. cit.

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usados em profusão na Idade Média por pessoas que obtinham alguma dignidade especial (3).

2 - O QUE A FITA SIGNIFICA ?

R : Representa o manto da Rainha dos Anjos e Santos sobre um fi lho dileto. É um sinal externo e sensível de uma promessa pública feita pela pessoa à Santíssima Virgem. Nesta promessa destaca-se a ascese pessoal e da Comunidade, bem como a disponibilidade para o serviço da Igreja na salvação das almas, daí a recomendação de seu uso na Liturgia e nas Paraliturgias.

Inúmeros são os fatos relatados pelo uso contínuo das fi tas azuis pelos congregados no Brasil. Um fato bem comentado é do então Presidente Getúlio Vargas, quando de uma concentração de congregados no Rio de Janeiro, em 1934, admirou-se tanto com o número de homens de terno branco e fi tas azuis que exclamou: “Parecem um exército ! Que será de nós fi tas azuis que exclamou: “Parecem um exército ! Que será de nós fi tas azuis que exclamou: “se eles vierem a se rebelar !” Ao que prontamente um prelado ao seu lado replicou: “são o exército branco da paz de Nossa Senhora, lado replicou: “são o exército branco da paz de Nossa Senhora, lado replicou: “sr. Presidente. Não precisamos temer e, sim, confi ar. Eles estão sempre dispostos a ajudar nossa nação !” (4)Destarte dizer do bem para a comunidade a presença visível de tantos fi lhos de Maria em seu meio. Aos sacerdotes, a visão do “exército fi lhos de Maria em seu meio. Aos sacerdotes, a visão do “exército fi lhos de Maria em seu meio. Aos sacerdotes, a visão do “azul” signifi cava um alento, um alívio, perante a preocupação do azul” signifi cava um alento, um alívio, perante a preocupação do azulgrande trabalho de almas ainda a alcançar...O Papa Pio XI dizia frequentemente que gostava de ver um congregado mariano. Perguntado do porquê, respondia: “quando vejo um, também vejo atrás dele ao menos dez bons católicos que ele com seu bom exemplo sabe cultivar...” (5)

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(3) - Barsa, op. cit.(4) - D. José Gonçalves da Costa, CSSR, Arcebispo de Niterói (RJ), Homilia no Dia Nacional do Congregado Mariano, Basília de Nossa Senhora Auxiliadora, maio de 1985. (5) - Magisterio Pontifíco de las CCMM., op.cit.

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A Consagração Mariana na

Congregação

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17 - QUAL O SIGNIFICADO DA CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA NA CONGREGAÇÃO ?

R: É o de ser um vassalo de Maria, de alguém que serve a outrem por amar essa pessoa e toda a recompensa que deseja é de fazer feliz a quem serve, como os antigos cavaleiros e seus suseranos .

Este modo de pensar a Consagração - e o ser do congregado - foi introduzido nas Congregações por s. Afonso Rodrigues, SJ - o introdutor da Companhia de Jesus em Portugal, no século XVI (22).Na época pensava-se com romantismo nos tempos de cavalaria. Tempos esses que já não existiam à época. Inserir este modo “medieval” de pensar a jovens urbanos da Idade Moderna européia serviu para resgatar um valor mais puro que o contemporâneo e que acreditava-se perdido.O congregado é um vassalo, não um servo, escravo ou soldado. A diferença entre esses é que o escravo serve por ser obrigado, não possui escolha (23). O servo age por querer tirar algum proveito (uso da terra, proteção). O soldado para receber o seu soldo (salário).

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(22) - Villaret, op. cit.(23) - Barsa, op. cit.; pe. Paulo J. de Souza, SJ, in “Vida Mariana”, op.cit.

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(24) - Peter Paul Rubens (1577-1640), pintor fl amenco e diplomata, radicado na Itália. Infl uenciado por Caravaggio, infl uenciou por sua vez Watteau e Delacroix. (conf. W.Söell, op. cit / Encic. Barsa, op.cit.)

O vassalo, por sua vez, é livre - pode ir para onde quiser e quando quiser - não quer nenhum salário e, se recebe algum, é como se não precisasse. O vassalo serve por querer fazer a vontade do seu senhor, a quem serve por amor e com dedicação. O seu salário é que o seu suserano (soberano, senhor) esteja contente com suas obras.

18 - POR QUE OS CONGREGADOS RECEBEM UM DIPLOMA QUANDO SE CONSAGRAM ?

R : Um diploma é documento com que se confere um cargo, dignidade, mercê ou privilégio, confi rmando as habilitações de alguém. Pelo Diploma, confere-se ao congregado o seu caráter de Cavaleiro da Virgem, para lutar por suas prerrogativas.

A partir da ostentação de um diploma, pode-se dizer que alguém é de fato o que diz no documento. Um advogado somente o será se obtiver um diploma de seus mestres atestando isto. Mesmo os faixas-pretas de artes marciais recebem um diploma especial quando de sua prova perante uma banca de mestres que o atesta como graduado. Com o congregado, dado as suas prerrogativas e honra que carrega nos ombros - a cor de Maria - não poderia ser diferente.

19 - QUAL O DOCUMENTO QUE O DECLARA PUBLICAMENTE COMO CONGREGADO MARIANO ?

R : O Diploma de Congregado Mariano.

Há alguns que o penduram emoldurado na parede junto a outros diplomas de graduação, tal a importância e equiparação que delegam a este documento marial em relação aos seculares. O congregado mariano e pintor fl amenco Pedro Paulo Rubens (24), confeccionou todos os de sua Congregação, em Antuérpia (Bélgica) quando era seu secretário em 1628.

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desenho criado pelo congregado Antonio Maia, parte do livro “Breve História das CCMM”parte do livro “Breve História das CCMM”parte do livro “

(op.cit.), evoca a busca de um Mundo Mariano, em especial as Américas

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O distintivo congregacional

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22 - POR QUE O CONGREGADO USA UM DISTINTIVO ?

R : Para ser, de uma maneira discreta, identifi cado como tal em qualquer ambiente.

Desde a década de 1920 existe um distintivo para uso dos congregados no Brasil. Surgiu do desejo de usar algum símbolo diário nos paletós, dado o orgulho que o congregado mariano sentia em pertencer a uma Congregação. Como não tinha cabimento o uso de uma fi ta diária, criou-se o distintivo, algo mais discreto. Existiam dois tamanhos: um maior do que usamos hoje e outro menor, quase um alfi nete. Entretanto cabe aqui um dado histórico: o desenho do distintivo que usamos foi ofi cializado somente na década de 1950. Até esta época, as Congregações do Brasil usavam um outro, em forma de escudo azul, com uma grande cruz latina branca, que fôra criado por um congregado do Rio de Janeiro na década de 1910, tendo seus respectivos símbolismo heráldico (29).No Congresso Mundial das Congregações Marianas em 1954 decretou-se (conclusão 7) que as CCMM do Brasil adotariam o que

(29) Antonio Maia, cm - palestra na Congregação Mariana “dos Capuchinhos”, Tijuca, Rio (RJ) 1995.

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1 - antigo brasão das CCMM usado no Brasil de 1930 a 1955.2 - Distintivo hexagonal usado na “Prima Primária” e adotado no Brasil à partir de 1955.3 - monograma usado por algumas CCMM no Mundo, incluindo as CVX.

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foi o símbolo deste Congresso, utilizado somente pela Alemanha - de onde saiu a criação do monograma - e de mais 8 países, incluso a Itália.Como as Congregações brasileiras eram “afi nadas” a acompanhar o proposto por Roma, usou-se o distintivo atual que também era o usadopela Congregação Mariana “Prima-Primária”. Caiu em desuso o antigo “escudinho”, como ele era carinhosamente chamado pelos congregados brasileiros. Entretanto, um fato curioso é que com a criação da Sociedade Brasileira para Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) por Plínio Corrêa de Oliveira na década de 1950, essa associação usou o antigo distintivo das Congregações como se fosse próprio seu. Isto foi facilitado pelo motivo dos primeiros membros da TFP serem originalmente congregados - contudo descontentes com o rumo na Igreja e nas Congregações da época, ambas dedicadas ao trabalho social e a transformação da Sociedade, sendo ratifi cadas no Concílio Ecumênico Vaticano II. Até hoje a TFP usa o nosso antigo distintivo, bem como suas semelhantes espalhadas pelo Mundo (fi gura 1).A Confederação Nacional brasileira criou em 2002 um outro distintivo composto somente do monograma para uso dos congregados do Brasil (fi gura 3). O que na realidade é um retrocesso ao usado no Congresso das CCMM alemãs de 1920.Não é novidade, posto que este já é usado por outras Congregações pelo Mundo como a de Medellin (Colômbia) e mesmo as Comunidades de Vida Cristã, ligadas aos jesuítas, se bem que mais estilizado.Contudo, o ofi cial é o de forma hexagonal, o antigo usado pela Congregação Mariana “Prima Primária”, de Roma, nos anos 1950 e adotado mundialmente (fi gura 2).

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congregados marianos reunidos em Assembléia (Rio de Janeiro, RJ, 1959)

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O Governo congregacional

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30 - QUEM GOVERNA A CONGREGAÇÃO ?

R : A Comunidade de Congregados, reunida em Assembléia Geral, ordinariamente mensal ou extraordinariamente de acordo com a nescessidade. Em Congregações numerosas a Assembléia para agilizar pequenas decisões, delega poderes a uma Diretoria que, contudo, deve seguir o parecer da Assembléia em questões de maior importância. O Presidente exerce na Assembléia a função de Moderador dos debates e na Diretoria a de Fiscal das atividades dos diretores.

Aqui há uma diferença entre as antigas Congregações Marianas antes do Vaticano II (antes dos Princípios Gerais e dos Documentos de SS. João Paulo II) e as Congregações Marianas regidas pela atual Regra de Vida de 1994.O leigo possui hoje um papel mais preponderante do que o proposto pelos jesuítas às primeiras Congregações e que já era avançado para a época.O sacerdote - antes Diretor, pleno de poderes - é agora um Assistente. Ele segue a Congregação para que não se desvie em erros doutrinários ou pastorais. É - no dizer de Emílle Villaret, SJ - “como a alma é no corpo” (48), isto é, age sem que seja visto. Sem alma um corpo não vive, mas não a vemos no corpo. Entretanto, sem uma alma, o corpo está morto.A “Comunidade de Congregados” - ou Conselho Geral - citada é somente a reunião dos congregados marianos. Não contabilizam

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(48) - Villaret, “Le Directeur”, op. cit

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aqui ouvintes, aspirantes ou candidatos, muito menos marianinhos ou associados de quaisquer espécie (49). Esta Comunidade, democraticamente, vota as questões de especial relevância, como aprovação de novos membros, contas, rateios, atividades que envolvam mais amiúde toda a Congregação, etc.A Diretoria Executiva segue o indicado pela Comunidade quando de decisão mais importante, mas possui autonomia em decisões corriqueiras ou de menor importância (50).

31 - QUEM INSTRUI A CONGREGAÇÃO ?

R : O Assistente-Eclesiástico. O mesmo delega funções ao Instrutor-geral que, por sua vez, delega a seus subordinados

Aqui se remete ao passado das Congregações Marianas, onde o Padre-Diretor era o responsável pelas reuniões com suas palestras e por uma tomada de posições dos congregados, exigindo coerência em suas vidas (51).Esse estilo de “reuniões com palestras” foi usado pelas Congregações Marianas durante quatro séculos até os Princípios Gerais e as CVX (52). Os jesuítas na época - 1967 - acharam que o modelo estava antiquado. Um paradoxo, pois, mesmo hoje em dia, não é o que parece para outras associações, como o Opus Dei (53), que ainda usa da antiga fórmula...Atualmente, com a organização da Congregação como uma empresa - afi nal temos Conselho Consultivo e Diretoria Executiva - houve por bem em muitas estabelecer como que, uma “Seção de Ensino”, composta de um Instrutor geral, de Instrutores para cada estágio - ouvintes, aspirantes, candidatos - e de cada seção especializada da Congregação, como os “marianinhos”. Cada Instrutor, de comum acordo com o Instrutor Geral, e ouvido o Padre-Assistente, deve propor e executar as metas de formação espiritual de cada membro da Congregação.

(49) - Regra de Vida 56(50) - de Souza, SJ, in “Vida Mariana”, op cit. ; Maia Antonio, in “Para Ser Dirigente”, op. cit.(51) - ibid. e também Regras Comuns e “Bis Saecularri”, op.cit.(52) - Antonio Maia, in “Breve História das CCMM.”, op. cit. ;“Manual de las CVX”, Granada, Espanha, 1987(53) - Prelazia (diocese) pessoal, fundada por s. Josemaría Escrivá em 1928.

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Apêndice

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Indulgências e Privilégios

das Congregações MarianasCongregações Marianas(resumo da Lista de Indulgências e Privilégios aprovados pelo Papa Pio XII anexa à

Constituição Apostólica Constituição Apostólica “Bis Saecularii Die”,“Bis Saecularii Die”, de 27/IX/1948, de 27/IX/1948, incluindo as relações das reformas feitas pela Constitução Apostólica

“Indulgentiarum Doctrina”,“Indulgentiarum Doctrina”, do Papa Paulo VI, de 01/01/1969, do Papa Paulo VI, de 01/01/1969, revista à luz do “Enchiridion Indulgentiarum”: Manual de Indulgências da

Penitenciária Apostólica, em sua 3ª edição de 18/05/1986)

I - Indulgências Plenárias concedidas aos congregados :(só uma vez cada dia, exceto “in articulo mortis”

- E.I., norma 21, § 1° e 2°)E.I., norma 21, § 1° e 2°)E.I., norma 21, § 1° e 2°

1. No dia da Recepção na C.M., se comungarem neste dia;2. Em Artigo de Morte (in articulo mortis), se beijarem a medalha tendo comungado ou, se não for possível a Comunhão, invocarem ao menos os nomes de Jesus e de Maria aceitando a Morte como castigo do Pecado. (I.D., norma 17; E.D., norma 18, concessão 28);3. Nas festas de Nosso Senhor e de Nossa Senhora do Calendário Romano Universal, sendo a Indulgência transferida para o dia em que cada festa ou solenidade se transfere, caso isto ocorra. (E.I., norma 16);4. No Dia Mundial, se assistirem a Concentração da C.M. (ou da Federação) e renovarem a Consagração;5. Pela presença à Reunião semanal, ganhando-e a Indulgência durante a semana em dia à escolha;6. Pela Comunhão Eucarística em público ou mesmo isoladamente (o uso da fi ta pode ser dispensado como necessário para ganhar a Indulgência) ; “Ind. Doc.”, V )

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7. Pela Comunhão em honra do “padroeiro do mês”, sorteado de acordo com o costume tradicional das CC.MM. Em qualquer dia, à escolha, se comungarem em honra do mesmo padroeiro, tendo o cuidado de rezar diáriamente em honra dele três Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.8. Pelo Retiro Espiritual, mesmo que seja um simples recolhimento mensal. (“Ind..Doc.”V,12,n.07 )9. Na doença, o Assistente-Eclesiástico visitando e confortando o congregado pode conferir-lhe a Indulgência Plenária se ele comungar e rezar diante do Crucifi xo, três Pai-Nosso e Ave-Maria pelas intenções do Papa. (“Ind. Doc.”V,12, n.18 ).

II - Indulgências Parciais e Plenárias concedidas aos congregados.

1. Indulgência Plenária, se visitarem o Oratório próprio da C.M. ou igreja pública, rezando um Pai-Nosso e um Credo diante do Ssmo. Sacramento lucrarão Indulgências: (“Ind.Doc.”,V,12e16”)

• Parcial;• Plenária, se acrecentarem a Confi ssão e a Comunhão.

2. Depois do Retiro Espiritual, se rezarem durante quarenta dias pela perseverança dos bons propósitos,lucrarão Indulgências:

• Parcial;• Plenária, uma vez cada dia se acrecentarem a Confi ssão e a Comunhão dentro dos quarenta dias. ( ”Ind. Doc.”, V, 12, n°s.04,06,07 e 09).

III - Indulgências parciais concedidas aos congregados:

(todas as citacões aqui mencionadas são de Indulgências Parciais, sendo abolidos os períodos de tempos citados no texto original. ; (“Ind .Doc.” , V, 12,

n°.04)

1.- se assistirem à Missa durante a semana;2.- se examinarem a consciência à noite;3.- se assistirem às reuniões e atos piedosos da C.M.;4.- se visitarem os doentes e encarcerados;5.- se reconciliarem os inimigos;

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6.- se acompanharem o enterro dos congregados ou fi éis;7.- se rezarem três Ave-Marias à noite ( é desnecessàrio ter a medalha ou distintivo de congregado à cabeceira);8.- se ensinarem o Catecismo;9.- se renovarem a Consagração; 10.- se disserem a jaculatória “Nos cum prole pia , benedicat Virgo Maria” (E.I., 25);11.- pelo Recolhimento Mensal (E.I., concessão 45).

IV - Indulgências Plenárias concedidas aos fi éis:

Se, confessados em comungados, visitarem devotamente, orando pelas intenções do Romano Pontífi ce, o lugar onde está ereta qualquer Congregação, no dia do Padroeiro Primário ou no dia do Secundário. Se a Congregação não tiver título, com o consentimento do Ordinário (ou Superior próprio, se o sacerdote é religioso), escolher um dia qualquer do ano. ( Pode-se fazer desde o meio-dia precedente até a meia-noite do dia determinado) - I.D., normas 12 e 16; E. I., normas 06, 17, norma 19, § 1° e norma 22);

Se for variável o lugar das reuniões da Congregação, ou tiver sido mudada perpétua ou temporáriamente, a festa do Título Primário ou Secundário será celebrada noutra igreja para maior comodidade do povo ou solenidade da festa; para lucrar a Indulgência vale a visita a esta igreja. (I.D., norma 12; E.I., normas 06 e 17, podendo-se fazer desde o meio-dia precedente até a meia-noite do dia determinado);

Do mesmo modo, se qualquer das festas titulares não puder celebrar-se no dia próprio, o Assistente-Eclesiástico como consentimento do Ordinário (ou Superior), pode determinar outro dia do ano para a festa ou Indulgência, (sendo a Indulgência transferida para o dia em que cada festa ou solenidade se transfere, caso isto ocorra. (E.I., norma 16);

Se assistirem a exposição do Santíssimo Sacramento por algum tempo, na sede da Congregação, orando aí e cumprindo as demais obras prescritas, lucram as Indulgências concedidas no exercício das “Quarenta Horas”. (E.I., norma 19, §1°, concessão 3).

V - Privilégios :

1 - O Assistente- Eclesiástico pode delegar sacerdotes para a recepção dos congregados .2 -Os reis, príncipes, duques e condes, investidos na suprema Magistratura e seus parentes em primeiro e segundo graus, se pedirem para serem inscritos na C.M., embora ausentes e cumprirem com as mesmas obras de

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Perguntas a um Congregado

piedade, visitando qualquer igreja, podem lucrar as mesmas Indulgências dos congregados.3 - Os candidatos participam de todas as Indulgências e Privilégios.4 - As orações semanais que se rezam durante as reuniões, oferecidas pelas intenções do Sumo Pontífi ce, bastam para lucrar as Indulgências das reuniões.5 - Estas Indulgências podem ser lucradas com reuniões quinzenais.6 - Todas as Indulgências das CC.MM. menos a Indulgência da Hora da Morte, podem aplicar-se as almas dos fi éis defuntos. (I.D., norma 1; E.I., norma 4);7 - Os empregados das CC.MM. podem lucrar as mesmas Indulgências e do mesmo modo.8 - O Assistente-Elcesiástico da C.M. é pelo fato mesmo, membro dessa C.M., gozando de todas as Indulgências e privilégio, sem rito algum de Recepção.,9 - O Assistente-Elcesiástico de uma C.M. masculina ou feminina de jovens, pode, com justa causa, receber adultos e pais de família. Pode-se facilitar a permanência do congregado que se torna adulto e contrai matrimônio, sobretudo se não houver outra C.M. para seu estado.10 - Os congregados devidamente admitidos são membros da C.M. se não a abandonarem.

Importante:Importante:Esta Lista não foi até o presente homologada

ofi cialmente pela Sagrada Penitenciária Apostólica fi cando para uso piedoso dos membros das

Congregações como referência, e que poderão obter as graças devidas quando fi zerem os atos

pertinentes ao listado no Manual de Indulgências.

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Bis Saecularii Die

Papa Pio XII (Eugênio Pacelli) - congregado mariano da CM de Roma

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CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XIIBIS SAECULARI DIE

SOBRE AS CONGREGAÇÕES MARIANAS

1. Ocorrendo o auspicioso bicentenário do dia em que Bento XIV confi rmou com novos benefícios, por meio da bula áurea “Gloriosae Dominae”, as congregações marianas, perpetuamente erigidas e instituídas por Gregário XIII (1), entendemos ser do nosso munus apostólico não só congratular-nos paternalmente com os diretores e membros das mesmas congregações, mas declarar que confi rmamos e ratifi camos os privilégios e as amplíssimas graças com que, no decurso de quase quatro séculos, muitos predecessores nossos (2) e nós próprios enriquecemos as ditas congregações por tantos e tão grandes méritos para com a Igreja.

I. EFICÁCIA E ATUALIDADE DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS

2. É que sabemos muito bem não só quão grande “utilidade - para usarmos as palavras de Bento XIV na citada bula áurea - derivou desta piedosa e louvável instituição para os homens de todas as classes sociais”, (3) nos tempos passados, mas também o grande empenho e esforço de ânimo, com que, em nossos dias, estas falanges marianas, seguindo as gloriosas pegadas dos antepassados e obedecendo religiosamente às suas leis, se colocam nas primeiras fi las, sob os auspícios e a direção da hierarquia eclesiástica, apoiando e suportando com constância trabalhos para a maior glória de Deus e para o bem das almas; de tal maneira que devem ser consideradas como aguerridas coortes e forças espirituais, prontas a defender, assegurar e propagar o catolicismo.(4) E isso por muitas razões.

1) Produziram e produzem magnífi cos frutos:

a) Pelo seu número sempre crescente

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Alexandre Martins, cm.78

3. De fato, quem recorda a história das congregações marianas, terá de confessar que, embora elas apareçam sempre fl orescentes em fi leiras bem compactas, contudo não podem comparar-se com as mais recentes em número de membros, ainda que sim no fervor das obras; pois, quando nos séculos anteriores o número das agregações à Prima-Primária, por ano, não ia nunca além da dezena, desde o princípio do século XX essas agregações anuais facilmente se contam pelo milhar.

b) Pela efi cácia espiritual de suas regras

4. Mas - e é o principal, - muito mais que o número de membros se hão de ter em conta as regras e leis pelas quais os congregados são como que levados pela mão àquela excelência de vida espiritual (5) que os torna capazes de subir aos cumes da santidades principalmente com o auxílio daqueles meios com os quais é utilíssimo que estejam apetrechados os perfeitos e íntegros seguidores de Cristo: o uso dos exercícios espirituais, (7) a meditação diária das coisas divinas e o exame de consciência; (8) a freqüência aos sacramentos; (9) a dócil e fi lial dependência de um diretor espiritual certo; (10) pleníssima e perpétua consagração da própria pessoa à bem-aventurada Virgem Mãe de Deus;(11) e, fi nalmente, o fi rme propósito de procurar a perfeição cristã para si e para os outros.(12)

c) Pela pujante vitalidade interior da qual viceja o espírito apostólico

5. Tudo isso destina-se a acender nos congregados de Maria aquelas chamas da divina caridade e a alimentar e fortalecer aquela vida interior, necessária sobremaneira nesta nossa idade, em que, como noutra ocasião com dor advertimos, tantas multidões de homens padecem “vazio de alma e profunda indigência espiritual”. (13)

6. E que essas coisas não só são prescritas em sapientíssimas leis, mas levadas felizmente à prática da vida de cada dia nas congregações marianas, conclui-se abundantemente do fato de que, onde quer que elas prosperem, e uma vez que observem santamente o seu espírito e as suas leis, se vê logo fl orescer e vigorar a inocência

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dos costumes e uma inabalável fi delidade à religião. Mais ainda: sob o impulso do Espírito Santo, muitas vezes falanges de congregados que, ou no estado eclesiástico ou no religioso, aspiram à perfeição cristã para si e para a comunicar aos outros. E não são tão raros os que atingem, com seguro vôo, os próprios árduos cimos da santidade.(14) “Desse fervoroso anseio da vida interior brota, como que espontaneamente, aquela completa formação apostólica dos congregados, acomodada sempre às novas e variadas necessidades e circunstâncias da sociedade humana, de tal maneira que não hesitamos um momento em asseverar que o modelo do homem católico, qual a congregação mariana, já desde os princípios, costumou formá-lo com não menor adequação que às necessidades dos passados tempos, corresponde às dos nossos, dado que hoje, talvez, mais que outrora, são precisos homens solidamente formados na vida cristã.(15)

II. A SANTA SÉ LOUVA E DEFINE A POSIÇÃO DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS

1) Louva:

a) Pelos seus trabalhos em prol da Igreja e das almas

7. Pelo que, contemplando do alto desta sede de Pedro, como de elevada atalaia donde se descortina o mundo, o admirável esforço de tantos féis cristãos em toda parte, na conservação, defesa e aumento da religião, julgamos dignas de particular louvor as hostes das congregações marianas, as quais, logo desde a sua origem, se propuseram tomar a cargo, como coisa própria sua e muito em consonância com as suas leis,(16) todas as obras apostólicas recomendadas pela santa madre Igreja,(17) tendo como guias os pastores sagrados,(18) e isso não só individual mas coletivamente. Quão bem tenham satisfeito a esse encargo e dever, e com que felicíssimos incrementos para a religião, declararam-no eloqüentissimamente os reiterados encômios dos romanos pontífi ces.(19) E na época atual, agitada por tantas calamidades, é para nós suavíssima consolação contemplar em espírito como os congregados de Maria, em todas as partes do mundo, empenham forças valorosa e efi cazmente, em todo gênero de apostolado, seja em levar à virtude e incitar ao desejo de uma vida cristã mais pujante, por meio dos exercícios espirituais,

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Índice

sobre o Autor..............................................................07Introdução..................................................................08Apresentação.............................................................10A Fita Azul................................................................13A Consagração Mariana na Congregação..................27O Distintivo congregacional......................................33A Consagração é Eterna ? .........................................41O Governo congregacional........................................47Estilo de Vida.............................................................51bibliografi a.........................................................................67

apêndiceIndulgências e Privilégios..................................................70Pequeno Ofício da Imaculada .......................................74Bis Saecularii Die.............................................................77

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Alexandre Martins, empresário, Bacharel em Belas Artes, é um estudioso da Tradição e História das Congregações Marianas.

Neste livro aborda pequenas curiosidades que muito servirão para conhecer o estilo de vida das Congregações e dos congregados de Maria, sendo também muito útil para Instrução de novos congregados de Nossa Senhora.

Algumas perguntas respondidas:

Por que usar a fi ta azul ?Qual o signifi cado da Consagração a Nossa Senhora na Congregação ?O que o distintivo signifi ca ?Até quando o congregado continua sendo um congregado ?