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DESTAQUES
TOQUE DE SAÍDA
DirectorAlfredo Lopes
Chefe de RedacçãoSoledade Santos
Externato Cooperativo da BeneditaRua do Externato CooperativoApartado 197 2476-901 [email protected]
externatobenedita.net
Tudo começou no final do ano lectivo passa-
do, quando algumas professoras propuseram que
nos candidatássemos à Universidade Júnior, um
projecto de várias universidades e institutos cien-
tíficos que, durante uma semana, abrem as suas
portas a alunos do 10º e 11º anos, para que estes
possam ter um primeiro contacto com a activida-
de científica.
Quatro de nós, então alunos do 11º B, decidi-
mos participar na Escola de Ciências da Vida e
da Saúde (ECVS), na Universidade do Porto, uma
vez que era a área que mais nos interessava e
uma cidade que nos fascinava a todos. A princí-
pio estávamos um pouco receosos de não sermos
aceites e, além disso, o preço era um pouco alto,
mas decidimos arriscar.
Trianual - Dezembro de 2010
Ano 5 - Número 15 - 1,00 €
NOVIDADES DO EXTERNATOPágina 3
CONCURSO DE POESIAPágina 5
ESCOLA INCLUSIVAPágina 6
BENEDITA E A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICAPágina 9
NA PISTA DOS CLÁSSICOSPágina 11
ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDROPágina 13
O MUNDO REAL E O IRREALPágina 14
ALUNOS NA ERA DIGITALPágina 15
CRÓNICA DE UMA VIAGEM AO PERÚPágina 17
Decorreu no passado dia 8 de Setembro a ses-
são de entrega de Diplomas a todos os alunos do
12º ano, bem como a entrega dos Prémios de Mé-
rito aos melhores alunos dos Cursos Científico-
Humanísticos e Profissionais.
Com o Centro Cultural Gonçalves Sapinho pra-
ticamente cheio, os finalistas subiram ao palco,
recebendo das mãos da Direcção da escola e das
Directoras de Ciclo o Diploma de conclusão do
12º ano.
O Externato distinguiu ainda os alunos com
melhor aproveitamento no ano lectivo transac-
to: Beatriz Serrazina, do Curso de Artes Visuais,
e Nuno Miguel Matias, do Curso Profissional de
Técnico de Comunicação, Marketing, Relações
Públicas e Publicidade.
ECB FELICITA FINALISTAS E DISTINGUE O MÉRITO ESCOLAR
CIENTISTAS POR UMA SEMANA
(continua na página 17)
(continua na página 2)
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
2 ESCOLA VIVA
EDITORIAL SUMÁRIOEscola viva
ECB felicita finalistas 1
Já à venda anuário 2010 2
Ano lectivo 2010/2011 3
Salas de aula - material interactivo 3
CEF - Um caminho um futuro 3
Quem sou eu? 4
Notícias do Francês 4
Campo vocacional para raparigas 4
Glee Club 5
Eco-Escola 5
ECB distinguido na defesa do ambiente 5
Concurso poesia 2010/2011 5
Escola inclusiva: realidade? 6
ECB adere ao projecto EscolaMundo 6
Quadro de mérito 8
Alunas ganham prémio 20
A escola é fixe 20
Arte e Cultura
Arte e forma 9
Entre livros 10
Sugestão de leitura 10
Top 10 10
Nobel da literatura 2010 11
Na pista dos clássicos 11
“Ele era o pintor eu faço bonecos” 20
Olhar Circundante
Um projecto musical da Benedita 12
Bango 2010 12
8º Festival Secundário 12
Entrevista a António Leandro 13
Bob Marley 14
O mundo real e o irreal 14
O Lugar da Memória 9
Recriar o Mundo
Na brancura da página 7
As primeiras metáforas 7
Drugs are able to give you a break 7
Ciência, Tecnologia e Ambiente
Alunos na era digital 15
Copiar colar 15
A primeira vacina 15
O que é o cancro? 16
HPV - cancro do colo do útero 16
Chuva de lama 16
Crónica de uma viagem ao Perú 17
Mente Sã em Corpo São
Corta mato escolar 18
Desporto escolar 18
Notícias do xadrez 18
A obesidade 19
As receitas da Isabel 19
Jin Shin Jyutsu 19
Passatempos 19
Director do Jornal:Alfredo Lopes
Redacção: Deolinda CastelhanoLuísa CoutoSoledade Santos (Chefe de redacção)Teresa Agostinho
Marketing e vendas:Maria José Jorge
Composição gráfica:Nuno RosaPaulo Valentim Samuel Branco
Equipa de Reportagem:Acácio CastelhanoAna DuarteAna Luísa QuitérioClara PeraltaEstela SantanaFátima FelicianoGraça SilvaJosé CavadasMaria de Lurdes GoulãoRicardo MiguelSérgio TeixeiraValter Boita
Impressão: Relgráfica, Lda
Tiragem: 500 exemplares
Preço avulso: 1,00 €
As notícias da crise, dos cortes, da perda de
direitos e da qualidade de vida da maioria da
população fazem as parangonas dos jornais e
as aberturas dos noticiários. E é difícil abstrair-
mo-nos, pois tudo isto afecta já o nosso quoti-
diano e a antevisão do futuro próximo.
E contudo, há que prosseguir a vida, encon-
trar sentidos, motivos, alternativas. As respos-
tas que acharmos resultarão, em grande parte,
da análise que soubermos fazer, pois o presen-
te e o futuro são, como já dissemos aqui, me-
nos obscuros e talvez menos assustadores se
lidos à luz do passado.
Vem isto a propósito de algumas leituras
que venho fazendo sobre os traços identitários
da cultura portuguesa dos últimos 25 anos. Não
é simples equacionar acontecimentos tão pró-
ximos, e por certo nos falta o necessário recuo
crítico para percebermos claramente o que nos
define enquanto povo, sobretudo desde que a
revolução de 1974 abriu Portugal à moderni-
dade e desencadeou este grande ciclo de mu-
danças.
No entanto, há aspectos que sobressaem
com demasiada constância na cultura portu-
guesa das últimas décadas para não serem pa-
radigmáticos. Entre eles, a excepcional quali-
dade de realizações individuais e pontuais – no
domínio das ciências e das artes, por exemplo
– reconhecida e distinguida internacionalmen-
te. E, em paralelo, uma incapacidade crónica
de lhes darmos continuidade, de passarmos do
episódico ao sistemático, integrando estes ras-
gos na cultura nacional.
De facto, a intermitência e a fragilidade são
apontadas como característica das nossas pro-
postas culturais. Infelizmente, não bastam pré-
mios, por mais meritórios, não bastam rasgos
individuais, por mais geniais.
Persistência, perseverança, ecumenismo de
esforços. Eis o desafio, segundo o que se diz.
Faz sentido, do meu ponto de vista.
Professora Soledade Santos
JÁ À VENDA
ANUÁRIO 2010
O Anuário 2009/2010 já está à venda na
biblioteca da escola. Esta edição do Insti-
tuto Nossa Senhora da Encarnação mostra
as actividades que alunos e professores de-
senvolveram ao longo do ano lectivo tran-
sacto.
A apresentação à comunidade escolar
decorreu em duas sessões, tendo sido su-
blinhado que este projecto pretende mostrar
a escola tal qual ela é nas suas múltiplas vi-
vências. A presente edição do Anuário está
associada aos 45 anos do Externato, com a
publicação de textos do Concurso Literário
“A minha escola faz 45 anos” e de cartazes
do ano lectivo 2008/2009 sobre a efeméri-
de, elaborado por alunos do Curso de Artes
Visuais.
Professor Ricardo Miguel
Este momento foi ainda aproveitado para o
lançamento do Anuário 2009/2010, o qual paten-
teia a miríade de actividades realizadas no ano
que findou, muitas delas levadas à prática por
estes alunos que em Julho se despediram do
Externato.
A todos os finalistas do Ano Lectivo
2009/2010, desejamos os maiores êxitos profis-
sionais e pessoais.
Professor Ricardo Miguel
(Continuação da página 1)
ECB FELICITA FINALISTAS
E DISTINGUE O MÉRITO
ESCOLAR
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
ESCOLA VIVA 3
Neste ano, o Externato abraçou novos
desafios: dos 211 alunos distribuídos pelas
9 turmas do 7º ano, os 24 que compõem
a turma A frequentam o Ensino Integrado
de Música. Para isso, o ECB estabeleceu
um protocolo com a Academia de Música
de Alcobaça, tendo a turma um currículo
próprio.
Indo ao encontro da escola inclusiva, o
ECB criou condições para acolher dois alu-
nos com deficiência mental a frequentar o
7º ano; este desafio obrigou a escola a do-
tar-se de meios humanos especializados e
destinados a um acompanhamento indivi-
dualizado destes alunos, estando também
toda a comunidade escolar particularmen-
te sensibilizada.
Para dar resposta aos alunos do Ensi-
no Básico que apresentam um historial de
retenções repetidas ou um percurso mar-
cado pelo abandono escolar antes da con-
clusão do 3º Ciclo, o ECB dispõe de um
Curso de Educação e Formação de nível
2, designado por CEF, e frequentado por
20 dos 200 alunos matriculados no 8º ano.
Frequentam o 9º ano 164 alunos. No
10º ano, 267 alunos, distribuídos por 11
turmas; nas 8 turmas do 11º ano, há 187
alunos, e no 12º, 154 alunos compõem as
10 turmas do ensino diurno. Frequentam o
ensino recorrente por módulos, em regime
nocturno, 11º e 12º anos, um total de 25
alunos.
Há muito solicitado pelos alunos e res-
pectivos Encarregados de Educação, o
Externato alargou a sua oferta no que diz
respeito às opções de Língua Estrangeira,
com a disciplina de Espanhol, frequentada
por 20 alunos das turmas I, J e K do 10º
ano dos Cursos Profissionais.
Visando um ensino de vanguarda e uma
contínua melhoria da qualidade das apren-
dizagens, a nossa escola adquiriu novos
equipamentos: quadros interactivos PC-
netboard, que neste momento equipam 16
salas de aula; 25 mesas Uninet; 36 vide-
oprojectores; e 36 quadros de porcelana
branca, entre outros. Além disso, foram
remodelados e melhorados vários labora-
tórios e salas de aula.
O Externato renovou uma vez mais
o certificado de qualidade emitido pela
EFQM, símbolo do reconhecimento do mé-
rito deste estabelecimento de ensino que
conta com 45 anos de história ao serviço
da comunidade.
O Centro Cultural Gonçalves Sapinho,
importante valência do Externato, assumiu
uma nova dinâmica passando a dispor de
uma regular e diversificada agenda cul-
tural com uma programação frequente de
cinema que pode ser consultada no site
deste organismo.
Inúmeros desafios, mudanças, obstácu-
los e oportunidades marcam mais um ano
lectivo, que se espera ser de sucesso. São
estes os votos da equipa do Toque de Sa-
ída.
Professora Fátima Feliciano
NOVIDADES DO EXTERNATO….
ANO LECTIVO 2010/2011 SALAS DE AULA
MATERIAL INTERACTIVO
Os quadros interactivos que se encontram nas
nossas salas de aula são muito úteis, embora,
como tudo na vida, possam ter também aspectos
prejudiciais. Mas, segundo o meu ponto de vista,
apresentam sobretudo vantagens.
As tecnologias interactivas são sempre bem
recebidas pelos alunos, pois assim aprendem a
matéria de forma mais divertida e prática. Para
os professores também penso ser melhor, pois se
ensinarem a alunos mais interessados e curiosos
acerca da própria tecnologia e suas ofertas, será
mais gratificante para todos.
Agora sim, podemos comparar tudo isto aos
antigos quadros de xisto e às alergias que o giz
provocava a alguns de nós. No tempo dos nos-
sos avós, usavam-se as ardósias e, no tempo dos
nossos pais, aqueles quadros pretos horríveis. Já
era tempo de mudarmos!
Como será no tempo dos nossos netos? Se ca-
lhar já nem existem professores e é tudo informa-
tizado e comandado pelas próprias máquinas.
Hélder Cruz, 8ºF
CEF - UM CAMINHO…
UM FUTURO
Um dos principais objectivos do ECB é a pro-
moção do sucesso escolar, bem como a prevenção
dos diferentes tipos de abandono escolar, desig-
nadamente o desqualificado. Para a prossecução
deste objectivo, têm vindo a ser tomadas diversas
medidas, entre as quais a abertura, neste ano lec-
tivo, de um Curso de Educação e Formação (CEF)
com a duração de dois anos e conferindo o 9.º
ano de escolaridade e uma qualificação profissio-
nal de nível 2.
Este destina-se, preferencialmente, a jovens
com idade igual ou superior a 15 anos, em risco
de abandono escolar ou que já abandonaram an-
tes da conclusão da escolaridade de 12 anos.
O curso aberto é de Instalação e Operação de
Sistemas Informáticos e atribui um certificado pro-
fissional de Operador/a de Informática. O opera-
dor de informática é o profissional que, de forma
autónoma e de acordo com as orientações técni-
cas, instala, configura e opera software de escri-
tório, redes locais, Internet e outras aplicações
informáticas, além de efectuar a manutenção de
microcomputadores, periféricos e redes locais.
No final deste curso existe uma componente de
formação prática, a desenvolver em contexto de
trabalho, que assume a forma de estágio e visa a
aquisição e o desenvolvimento de competências
técnicas, relacionais, organizacionais e de gestão
de carreira, relevantes para a qualificação profis-
sional, para a inserção no mundo do trabalho e
para a formação ao longo da vida.
Professora Rita Radamanto
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
4 ESCOLA VIVA
De afectos e emoções é fei-
ta a vida. Sentimo-los na pele
e no peito. Tantos, tantos, que
nem têm nome! E a quase todos
damos mais do que um nome:
tristeza, alegria, raiva. Tristeza
depressão, tristeza dor, tristeza
angústia, tristeza apatia, triste-
za solidão, ou apenas tristeza
triste. E alegria? Euforia, con-
tentamento, paz, motivação,
desejo, amor… Raiva furiosa,
zangada, agressiva, nervosa,
vingativa…
São tantas as emoções que
parece que tudo o que nos ro-
deia nos traz… mais emoções!
Começa logo cedo. Pela ma-
nhã, o despertador que desper-
ta para a angústia de um novo
dia carregado de angústias e
de preocupações com a esco-
la, com os amigos, namorados,
pais, irmãos. Ou, pelo contrá-
rio, o mesmo despertador des-
perta da dor de uma noite mal
dormida, inundada de ansieda-
de e insónias, pesadelos e so-
lidão.
E no entanto, parece que
tantos de nós passamos pela
vida a fugir das emoções: recu-
samos sentir e recusamos pen-
sar no que sentimos, e porque
sentimos o quê e por quem.
E mais: recusamos pensar no
que somos, em sentimentos.
Somos amigos, solidários, tími-
dos, extrovertidos, alegres, as-
tuciosos, ambiciosos, apáticos,
solitários, explosivos, calmos,
afáveis, ansiosos, agitados,
afectuosos… Existem mais de
400 denominações para emo-
ções, sentimentos e estados
afectivos. Então porquê tan-
ta dificuldade, quando somos
confrontados com esta simples
questão: Quem somos nós? A
resposta, creio, está no hábito
e na educação. Estamos ha-
bituados a olhar mais para os
outros e não tanto para nós
próprios. Fomos educados por
pais que, no intuito de darem
uma boa educação, não mos-
trando defeitos de carácter,
mais facilmente falam e apon-
tam o que os filhos fazem, do
que reflectem no que eles pró-
prios são e fazem, e têm extre-
ma dificuldade em verbalizar
os erros cometidos e traços de
personalidade considerados
menos positivos.
Acredito que se dedicásse-
mos 5 minutos diários a reflec-
tir sobre “o que senti hoje e por-
quê”, muito mais facilmente se
lidaria com o turbilhão de senti-
mentos que assolam a adoles-
cência, e também com pontu-
ais perturbações afectivas que
surgem no estado adulto. Lidar
frequentemente com sentimen-
tos torna-os familiares, apren-
demos a viver com eles de um
modo muito saudável e positivo
que permite o crescimento.
Isto, porque a grande maio-
ria dos alunos do 9º ano, em
Orientação Vocacional, blo-
queia quando confrontada com
esta questão: QUEM SOU EU?
Margarida Ferreira, Psicóloga do ECB
Nos dias 9 a 12 de Julho ocor-
reu no Seminário de Penafirme
um encontro vocacional para ra-
parigas. Éramos cerca de 41 ra-
parigas, 6 animadoras, 5 irmãs e
2 padres.
Fomos divididas em dois gru-
pos: dos 13 aos 15 anos /dos 16
aos 18 anos, e a partir daí cada
grupo foi dividido em subgrupos.
Nestes quatro dias, o tema que
desenvolvemos foi “Maria: Farol
do Mar”, e em subtemas: Maria
encontra o Mar, Faz-te ao Mar,
Saber a Mar e Vive no Mar.
Tudo começou no dia 9 com
a chegada de todas as raparigas
de várias partes do país. Depois
reunimo-nos para almoçar com as
irmãs e animadoras, e nessa tar-
de fizemos vários jogos e desen-
volvemos diversas tarefas. À noi-
te, fomos informadas de que não
podíamos utilizar telemóveis, mp4
ou qualquer tipo de tecnologias
durante estes dias, e só podíamos
reavê-los durante meia hora de-
pois do almoço e do jantar, o que
para muitas raparigas foi penoso,
por estarem tão dependentes do
telemóvel.
Na minha opinião, o primeiro
dia foi o que custou mais porque
não estávamos habituadas a esta
rotina, a estes hábitos, sem tec-
nologias nem objectos supérflu-
os para utilizar, mas havia várias
ocupações, como snooker, matra-
quilhos, um piano, mesa de ping-
pong e a interligação de umas
com as outras, a cantar e a tocar
guitarra. Por isso, aqueles mo-
mentos de oração e de reflexão,
as partilhas com outras raparigas
e a convivência desses quatro
dias fizeram com que todas nós
nos tornássemos pessoas muito
mais ricas espiritualmente.
Eu tinha ido com o intuito de
me encontrar a mim-mesma e
descobrir o que queria para mim,
e recebi essas respostas e essa
força para viver e conviver em so-
ciedade.
Gostaria de agradecer ao Prof.
Sérgio Costa que me deu a pa-
lavra certa quando o procurei, e
também às irmãs, às animadoras
e aos padres que me acolheram e
proporcionaram um dos melhores
encontros da minha pequena ca-
minhada, muito obrigada a todos.
Adriana Marques, 10ºG
CAMPO VOCACIONAL PARA RAPARIGAS
QUEM SOU EU? NOTÍCIAS DO FRANCÊS
As professoras de Francês estão
a preparar a habitual visita ao
Futuroscope – França, para cerca
de 50 alunos do 9º ano, Ensino
Secundário e Ensino Nocturno, do
Externato. Esta actividade decorrerá
durante a Semana Cultural, entre
os dias 5 e 9 de Abril, e tem como
finalidade permitir aos alunos um
contacto privilegiado com a língua
e a cultura francesas, bem como a
vivência de experiências no domínio
das novas tecnologias aplicadas ao
conhecimento e ao lazer.
Este ano lectivo, o grupo de
Francês iniciou a preparação de
alunos do 8º e 9º ano que pretendam
realizar os exames Delf Scolaire,
em Maio, sob a orientação da
Alliance Française. Estes exames,
elaborados e certificados pelo
Ministério da Educação Nacional
Francês, conferem aos alunos o grau
de proficiência A1 ou A2 em Língua
Francesa, de acordo com o Quadro
Europeu de Referência das Línguas,
e concedem-lhes a possibilidade de
aceder mais facilmente a escolas
ou trabalho em países de expressão
francesa.
Site: http://www.ciep.fr/delfdalf/
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
ESCOLA VIVA 5
O Glee Club é um projecto novo,
criado por nós, Carmelita Cos-
ta (professora de Inglês) e Estela
Santana (professora de Educação
Física), e dirigido a todos os alunos
do ECB. Foi inspirado na série te-
levisiva Glee e tem como principal
objectivo o aperfeiçoamento do In-
glês e das artes performativas, es-
pecialmente do canto e da dança.
Numa fase inicial, foi feita uma
pré-inscrição para todos os alunos
que desejavam participar no Clube.
Com 53 inscrições, que superaram
em muito as nossas expectativas,
ficou evidente a necessidade de
proceder a audições, durante as
quais cada um dos alunos pôde de-
monstrar o seu talento. No fim des-
ta odisseia, ficaram apurados 18,
que impressionaram pela atitude,
coragem e enorme talento.
Gostaríamos muito de agrade-
cer a todos os que compareceram
aos castings, e deixar a mensagem
de que não deixem nunca de acre-
ditar, não desistam e lutem sem-
pre para serem melhores. É essa a
verdadeira lição a retirar! Pela vida
fora, existirão muitos mais projec-
tos em que poderão participar, e
lutar é uma das mais belas virtudes
humanas!
Finalmente, aos talentosos ele-
mentos do Glee Club:
Alexandra Viana - 10ºF, Alice Vi-
cente - 9ºC, Ana Loureiro - 7ºA, Ana
Rocha - 10ºH, Bernardo Mendes -
7ºA, Carla Vicente - 10ºB, Catarina
Coito - 8ºG, Cláudia Santos - 10ºC,
David Raimundo - 10ºC, Diogo
Honório - 8ºD, Fabiana Gonza-
ga - 10ºD, Flávia Salvador - 10ºH,
Georgeta Munteanu - 8ºG, Jacinta
Madaleno - 7ºA, Ricardo Marquês -
10ºI, Sara Rocha - 11ºE, Sofia Cor-
ticeiro - 12ºA, Sofia Fialho - 10ºA
Bem-vindos e… ao trabalho! A
estreia é já na Festa de Natal. Até
lá!
Professoras Carmelita Costa e Estela
Santana
GLEE CLUB
Este concurso, iniciativa das
professoras de Português, des-
tina-se a promover o gosto pela
poesia e a divulgar jovens ta-
lentos, estimulando a capacida-
de criativa dos alunos da nossa
escola. Eis uma súmula do seu
regulamento.
Podem concorrer, com traba-
lhos de poesia, todos os alunos
do ECB. Os trabalhos, de tema
livre, devem ser inéditos e indi-
viduais, escritos a computador,
em letra Arial, tamanho 12, es-
paçamento 1,5.
Numa primeira fase do con-
curso, são escolhidos os melho-
res trabalhos. Numa segunda
fase, os concorrentes seleccio-
nados declamam os seus poe-
mas perante um júri que apura-
rá os três premiados do 3º ciclo
e os três premiados do secun-
dário.
Os trabalhos a concurso, as-
sinados com pseudónimo, são
entregues à respectiva profes-
sora de Português até ao dia
14 de Janeiro, num envelope
fechado, em cujo rosto se deve
escrever apenas: “Concurso de
Poesia”. Com este, deve seguir
outro envelope fechado, em
cujo rosto se inscreveu o pseu-
dónimo utilizado, e contendo no
interior uma folha em que cons-
te o pseudónimo, o nome do au-
tor, o ano, a turma e o número.
Os trabalhos seleccionados são
divulgados dia 4 de Fevereiro;
a audição das declamações tem
lugar a 21 de Março, Dia Mun-
dial da Poesia; e a entrega dos
prémios e a repetição das de-
clamações efectuar-se-á no Sa-
rau Cultural, a 1 de Abril.
O Júri do concurso será
constituído pelas professoras
de Português e por um convi-
dado, sendo a atribuição dos
prémios decidida por maioria de
votos. Das decisões do Júri não
haverá recurso.
Ao autor do melhor trabalho,
de cada ciclo, serão atribuídos
um diploma de participação e
um prémio. Todos os concorren-
tes na fase da declamação re-
ceberão diplomas de participa-
ção e, sempre que o entender,
o júri poderá atribuir menções
honrosas.
Os trabalhos premiados pas-
sarão a fazer parte do patrimó-
nio do grupo disciplinar de Por-
tuguês.
CONCURSO DE POESIA 2010/2011ECB DISTINGUIDO
NA DEFESA DO
AMBIENTE
Coroando o trabalho de toda a co-
munidade escolar, o Externato Coo-
perativo da Benedita recebeu nova-
mente o galardão ECO-ESCOLAS,
atribuído pela ABAE – Associação
Bandeira Azul da Europa.
Através do cumprimento de um
plano de acção, o ECB viu ser-lhe
atribuída novamente a bandeira ver-
de que está hasteada no átrio da
escola. Numa sessão realizada em
Ourém, a delegação do Externato
recebeu esta distinção que premeia
o empenho de todos na melhoria do
ambiente.
No presente ano lectivo, o traba-
lho do projecto Eco-Escolas será co-
ordenado pela professora Isabel Pai-
xão. Os temas trabalhados durante
este ano serão a Água, a Energia, os
Resíduos e a Floresta.
Em parceria com o projecto Eco-Escola, a Associação Gobius
trouxe ao Externato o projecto Habitatz, “biodiversidade sem limi-
tes’”, no passado dia 3 de Novembro.
Habitatz consiste num conjunto de actividades educativas, de
abrangência nacional, que visam sensibilizar os cidadãos portu-
gueses para temas como a Conservação da Biodiversidade, as
Políticas Europeias para o Ambiente, Ecossistemas e Espécies
Emblemáticas, o Desenvolvimento Sustentável na Europa e os
Valores Europeus.
Integrado na acção “Um dia por uma Eco-Europa”, os alunos
participaram em diversas actividades que decorreram no CCGS e
visitaram uma exposição.
Professor Ricardo Miguel
PROJECTO HABITAZ NO ECB
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
6 ESCOLA VIVA
Falar em escola inclusiva é di-
zer que todos têm o direito a estu-
dar numa escola de ensino regular,
daí resultando a construção do co-
nhecimento em conjunto. O art.74
da Constituição da República Por-
tuguesa enuncia o direito de todos
os cidadãos à igualdade de opor-
tunidade de acesso e êxito esco-
lar. O n.º 2 do mesmo artigo adian-
ta: “incumbe ao Estado: …garantir
a todos os cidadãos segundo as
suas capacidades, o acesso aos
graus mais elevados de ensino; …
promover e apoiar o acesso dos
cidadãos portadores de deficiên-
cia ao ensino e apoiar o ensino
especial quando necessário”. No
entanto, esta ideia de inclusão só
ganha força com a publicação pela
ONU da Declaração de Salaman-
ca sobre os princípios, políticas e
práticas em educação especial e
respectiva assinatura por diversos
países, incluindo Portugal.
Na verdade, não são muitas as
escolas que vivem esta realidade:
a existência de alunos diferentes
por serem portadores de uma de-
ficiência.
Posso dizer que trabalho numa
que tem vivido com esta realida-
de já há algum tempo. O primeiro
caso que recordo é o de uma alu-
na com deficiência visual e, mais
tarde, uma outra com deficiência
auditiva. Não constituíram gran-
des obstáculos, mas os professo-
res viram-se obrigados a alterar
métodos e estratégias de ensino.
A mudança maior foi aquando da
chegada de um aluno com defici-
ência motora, aqui houve necessi-
dade de proceder a alterações dos
recursos materiais e humanos.
Entretanto, outros alunos com ne-
cessidades educativas especiais
(a nível físico) apareceram e já
nem se sentia a diferença, nem as
adaptações. Faziam com normali-
dade: o apoio especial da profes-
sora de apoio e o acompanhamen-
to individualizado da funcionária
que ajuda o aluno.
Ora acontece que um dia…
mais precisamente, este ano, al-
gumas personagens deste enorme
cenário (ESCOLA) mudaram. Al-
guns professores estão a sentir o
verdadeiro significado da inclusão.
De quem falo, perguntarão os
leitores curiosos? Dois alunos
especiais. Dois adolescentes afá-
veis, simpáticos, um mais conver-
sador que outro. Um curioso, outro
muito observador. Destaco um em
particular, portador de Trissomia
21. Convém confessar que quem
lida com ele (colegas, professores,
funcionários), está numa fase de
aprendizagem, um autêntico desa-
fio já que se tem de fazer altera-
ções a todos os níveis. É aprender
e ensinar. É aceitar a diferença. É
compreender e ser compreendido.
O que provoca também anseio em
saber como fazer, se se está a fa-
zer o correcto, se... se… Anseio
que se torna maior no ambiente
sala de aula, onde a diferença rei-
na!
Bom, mas está tudo bem?
É verdade que o ser humano
tem uma fantástica capacidade de
se adaptar a situações inóspitas.
Mas deveria ter havido uma forma-
ção específica para preparar bem
a circunstância?
Não basta colocar estes alunos
na escola regular, nas salas de au-
las, terem um professor de apoio
especial, um psicólogo, e “aprego-
ar-se aos sete ventos” que a es-
cola inclusiva em Portugal é uma
realidade, a caminho do sucesso!
Se for, deve-se ao empenho e à
perseverança dos actores dessa
mesma escola.
Posso dizer que tenho o privi-
légio de trabalhar com o referido
aluno. Eu aprendo, enriqueço a
minha formação, enquanto pessoa
e profissional, procuro informação,
reformulo métodos e estratégias,
partilho… e recebo sempre em tro-
ca (agora que ganhei a confiança
dele!) um GRANDE sorriso e um
“É”!
Não nos iludamos! Deveria ter
havido formação adequada de pro-
fessores, com conhecimentos na
área científico-pedagógica da(s)
disciplina(s) que leccionam, que
intervêm no processo educativo
destes jovens em particular, an-
tes desta MUDANÇA. Até se pode
garantir os recursos humanos e
materiais. Há que adequar as tur-
mas, não só em número de alunos,
a estes alunos com necessidades
educativas específicas, para que
todos aprendam a conviver com a
diversidade e a respeitar a diferen-
ça, efectivamente. É que qualquer
intervenção pedagógica especí-
fica e diferenciada deverá ter em
conta, por um lado, a generalidade
dos alunos, principalmente quan-
do estes também têm dificuldades
de aprendizagem, e, por outro, as
adequações necessárias às carac-
terísticas individuais dos alunos
com Trissomia 21 e outros por-
tadores de uma outra deficiência
grave.
Einstein diria: “Quanto maior a
dúvida, maior o despertar!” É, não
é?!
Professora Lucília Borges
(Versão integral do texto publicado em 29
de Outubro no jornal Região de Cister.)
ESCOLA INCLUSIVA: REALIDADE?
ESCOLA INCLUSIVA? INCLUSÃO?
Pela primeira vez, o grupo de Geo-
grafia está a dinamizar o Projecto Esco-
laMundo, numa parceria que pretende
sensibilizar os alunos para os valores da
cidadania.
EscolaMundo é um projecto de cariz
internacional, financiado pela Comissão
Europeia e coordenado em Portugal pelo
IMVF – Instituto Marquês de Valle Flor –
em parceria com as ONG parceiras em
mais cinco países europeus. O Escola-
Mundo visa apoiar a comunidade educa-
tiva no sentido de reforçar valores, in-
centivar uma postura activa de cidadania
global e trabalhar de forma transversal,
aproveitando os projectos já existentes
na comunidade escolar, de forma a de-
linear uma ideia de justiça social global,
da escola para o mundo.
O projecto pretende trabalhar com os
professores e técnicos da comunidade
escolar nas várias áreas curriculares e
disciplinas, promovendo o reforço de va-
lores e a partilha de experiências educa-
tivas; e tratar as questões da Educação
para o Desenvolvimento – um processo
activo de aprendizagem que visa mobili-
zar a sociedade para as prioridades do
desenvolvimento humano sustentável.
Ideias para dinamizar aulas, informa-
ções sobre algumas das grandes ques-
tões mundiais e dicas para jovens orga-
nizarem eventos na escola são algumas
das propostas sugeridas pelo projecto.
De entre as actividades, destaca-se o
“Stand Up: Levanta-te contra a pobreza”
(fotografia ao lado).
Professor Ricardo Miguel
EXTERNATO ADERE AO PROJECTO ESCOLAMUNDO
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
7RECRIAR O MUNDO
DRUGS ARE ABLE TO GIVE YOU A BREAK
Drugs are able to give you a break
Crack and cocaine are the devils taste
Hopes and dreams are given away
You might think it’s alright but it’s not ok
From the shadows they shall return
To bring all the things you desire
You’ll be trapped, you’ll be burned
Think, is that what you want?!
A whole life to live, and you throw it away
God gave you life and is this how you repay?
You became blind, you sold your soul
Now your days are a big black hole
You have become a puppet full of greed
Now heavy drugs are all what you need
Instead of truth you chose your lies
Won’t last long because soon you’ll die
Don’t do any worse, don’t scratch your skin
You did your work, you must pay for your sin
Silence shouting, twiching on the floor
You’re one more soul that is rotten to the core
From that vicious cycle you cannot escape
RIP my son you marked your fate
Can you see now what I’m telling?!
Not all the stories have an happy ending!
Bruno Silvestre, 12º Ano
Já anoiteceu –
embalado pelos grilos
o sol adormece.
Ana Portugal
Ouve o vento frio
passar entre as folhas secas –
a lua nasceu.
Nicole Almeida
Com este calor
o vento tarda em chegar –
os pássaros cantam.
Sara Isabel
A brisa suave –
ao sabor do vento a saia
borboletejando.
André Justino
Ouve o rouxinol
que não parou de cantar
a chamar a lua.
Sofia Santos
O dia adormece.
Com os sapos a cantar
a lua desperta.
Alexandre Sousa
Rompe a manhã débil,
um pingo de orvalho cai.
O gato não vem.
João Ribeiro
É de madrugada,
cegonhas cortam o céu –
o mundo não pára.
Rita Lopes
As árvores novas –
como estão elas à espera
de desabrochar!
Ana Faustino
O menino dorme
e as melgas riscam a noite.
Sobe a lua cheia.
Rute Lopes
As folhas voltaram
assim como as andorinhas.
As árvores riem.
Paulo Constantino
A manhã rompeu.
Pequeno-almoço na mesa –
começa o dia.
Luís Silva
O cão vai ladrando
atrás do gato que foge
na noite profunda.
João Rebelo
O haikai é um pequeno poema de ori-
gem japonesa, que há muito vem sendo
cultivado no Ocidente, onde foi adaptado
às características da nossa poesia. É uma
composição de 3 versos – normalmente
com 5-7-5 sílabas métricas – sem rima nem
título.
Poesia do presente e do fugaz, evita a
generalização e a subjectividade, contendo
referências à natureza e remetendo para
uma estação do ano através do chamado
termo-estação ou kigo. Ao haikai associa-
se uma atitude zen e contemplativa.
Numa das últimas aulas de Português
do ano passado, já a poucos dias das férias de verão, os alunos do
10º D travaram conhecimento com alguns mestres haijin, como os
poetas clássicos Bashô e Issa. E quiseram experimentar a técnica
do haikai – aliás, mais do que uma técnica, um exercício de con-
tenção poética e uma disciplina do olhar. Eis alguns dos poemas
escritos nessa aula pelos jovens haicaístas, a quem agradeço por
terem permitido a sua publicação no Toque de Saída.
Professora Soledade Santos
NA BRANCURA DA PÁGINA
AS PRIMEIRAS METÁFORAS – I
Houve um homem,
anterior a estes e ao abismo.
Chovia. O homem apontou
o céu e disse «olha como
as nuvens choram.» Foi o primeiro.
As palavras eram ainda leves
e, naturalmente, era também possível
dizer coisas belas e imprevistas
como um relâmpago.
Paulo Tavares, Minimal Existencial, Artefacto, Lisboa, 2010
(Poema extraído do segundo livro de Paulo Tavares, de quem o Toque de Saída pu-
blicou vários inéditos entre 2005 e 2007.)
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
8 ESCOLA VIVA
7º ANO
Henrique Cardoso Vicente 7ºB
Filipa Vicente Custóias 7ºE
Henrique Lourenço Ferreira 7ºE
Inês Marquês Mateus 7ºE
João Gil Delgado Silva 7ºE
Fabiana Crisóstomo Costa 7ºF
Francisco Miguel D. Salvaterra 7ºG
Helena Carvalho Gorricha 7ºG
Inês da Cruz do Couto 7ºG
Carlos Ferreira Martins 7ºH
Georgeta Munteanu 7ºH
8º ANO
Maria Ana Bernardo Almeida 8ºB
Vanessa Agostinho Ferreira 8ºB
Alice Coelho Vicente 8ºC
Catarina Castelhano Dias 8ºC
José Luís Alexandre Mateus 8ºC
Mariana da Silva Alves 8ºC
Carolina Gonçalves Guerra 8ºD
Inês da Silva Fernandes 8ºD
Jéssica Carreira Martins 8ºD
Catarina Moreira Ferreira 8ºE
Patrícia Sousa Paulo 8ºE
Sara Catarina Cardoso Mendes 8ºE
Ana Paula Jorge Cruz 8ºF
Bruna Gerardo Castelhano Boita 8ºF
Eduardo Manuel S. F. Aivado 8ºF
Inês Morais Penas 8ºF
Isa Morais Penas 8ºF
Luciana Filipe Neto 8ºG
Filipa Alexandra Paulo Lindo 8ºH
Pedro Rui Ramalho Constantino 8ºH
9º ANO
Miguel Ângelo Honório Silva 9ºA
Catarina Lourenço Silva 9ºB
Cláudia Sofia Coito e Silva 9ºB
Mónica Sofia Pereira Lourenço 9ºB
Ana Carolina F. P. S. Pontes 9ºD
Sara Cristina F. Monteiro Mendes 9ºD
Carolina Alexandra Vicente 9ºF
João Marcos M. Crisóstomo 9ºG
Milene Magalhães Inácio 9ºG
Beatriz Pimenta Penas 9ºH
Sónia Fialho Felizardo 9ºH
Carlos Miguel Loureiro Siopa 9ºI
Catarina Henriques Lopes 9ºI
10º ANO
Alexandra Paulo Francisco 10ºA
Carolina Perista Serrazina 10ºA
Joaquim M. Vinagre Ferreira 10ºA
Juliana Serrazina Pedro 10ºA
Maria Serrazina Carvalho 10ºA
Tiago Costa Mateus 10ºB
André da Costa Marques 10ºC
Francisco M. Quaresma Ramalho 10ºC
Hugo José da Silva Fernandes 10ºC
Pedro Radamanto Rodrigues 10ºC
Andreia Dias Lopes 10ºE
Bárbara Maximiano Martins 10ºE
Ana Sofia Valério Lopes 10ºF
João Filipe Pereira Rodrigues 10ºF
Margarida Costa Serralheiro 10ºF
João Emanuel Peralta e Tato 10ºG
Marisa Ferreira Machado 10ºG
Cláudia Adrião Moreira 10ºI
Daniela Tomás Costa 10ºI
11º ANO
António Serrenho do Carmo 11ºA
Daniela Filipa Mendes Francisco 11ºA
Inês Marques Moreira 11ºA
Nídia Quitério Ferreira 11ºA
Patrícia Bispo Pimenta 11ºA
Ricardo Nazaré Serrazina 11ºA
Ana Rita Ribeiro Marques 11ºB
Eunice Ferreira Vicente 11ºB
Joana Maria dos Santos Boita 11ºB
Maria Santos Vicente 11ºB
Sofia Marques Félix Castelhano 11ºB
Cristina Isabel Ferreira Tomás 11ºC
Adriana Fialho Passarinho 11ºD
Guilherme Fialho Passarinho 11ºD
Maria Luísa V. J. A. Sales 11ºE
Beatriz Mateus Tiago 11ºF
Sofia Ferreira Sebastião 11ºF
Catarina Ferreira Lopes 11ºH
Diana Isabel Pereira Tomás 11ºH
Rita Margarida Pereira Henriques 11ºH
Rafael Bernardo Santos 11ºI
12º ANO
Catarina Rebelo Silvério 12ºA
Hugo Miguel Fonseca Rodrigues 12ºA
Mariana Filipa Carvalho e Silva 12ºA
Raquel Castelhano Dias 12ºA
Rita Santos Bernardino 12ºA
Simão Silva Vicente 12ºA
Tiago Santos Ezequiel 12ºA
Ana Luísa Marques Pereira 12ºB
Arlete Sofia Mendes Sineiro 12ºB
Cláudia Paciência Santos 12ºB
Cristiana Faustino Higino 12ºB
Inês Domingos Belo 12ºB
Juliana Fialho Costa 12ºB
Laura Catarino Gonçalves 12ºB
Liane dos Santos Canas 12ºB
Mariana da Silva Rodrigues 12ºB
Mónica Daniela Santos Fialho 12ºB
Paulo Miguel Vicente Batista 12ºB
Bárbara Santos Serralheiro 12ºC
Catarina Fialho Marquez 12ºC
Célia Gomes Franco Mendes 12ºC
David Marques Vicente 12ºC
Fábio Sousa Cruz 12ºC
Filipa Isabel M. M. Serrazina 12ºC
Joana do Mar Ferreira Machado 12ºC
José Carlos Barreiro Mateus 12ºC
Juliana Marques Santos 12ºC
Mariana Mateus Madaleno 12ºC
Marta Carvalho Santos Baptista 12ºC
Micaela do Carmo Bento 12ºC
Miguel Machado Lopes 12ºC
Tatiana Marques Ladeira 12ºC
Cidália Margarida Machado Tomás 12ºD
Mariana Guerra de Almeida 12ºD
Susana Isabel Vicente do Coito 12ºD
Tânia da Conceiçaõ Quitério 12ºD
Vanessa Marques Fialho 12ºD
Daniela Sofia Mendes Santos 12ºE
Joana Filipa Paciência Paulo 12ºE
Juliana Vieira Belo 12ºE
Lea Mões da Fonseca 12ºE
Maria do Carmo Ferreira Guerra 12ºE
Teresa do Carmo Ferreira 12ºE
Tiago Manuel Pereira Martins 12ºE
Ana Rita Felizardo Francisco 12º F
Beatriz Maximino B. da Silva 12º F
Beatriz Perista Serrazina 12ºF
Bruno Filipe Fonseca Santos 12ºF
Joana Almeida G. Guimarães Sá 12ºF
Patrícia Constantino Lourenço 12ºF
Luís Miguel M. Vicente 10ºC.T.
Márcio André C. Pedro 12ºC. T.
ANO LECTIVO - 2009/2010
3º PERÍODO
QUADRO DE MÉRITO
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
O LUGAR DA MEMÓRIA 9
Uma das coisas que me dá prazer é escre-
ver o artigo para o “Lugar da Memória”, espe-
cialmente pela pesquisa que antecede o pro-
duto final.
Para o artigo deste Jornal, a redacção
achou que seria interessante algo que se en-
quadrasse nas comemorações dos 100 anos
da República. Fiquei entusiasmada, só que
não estava preparada para a dificuldade que
iria encontrar para recuar 100 anos e conse-
guir encontrar documentação e pessoas que
me pudessem elucidar sobre o que se passou
na Benedita (à época, uma humilde aldeia ru-
ral com apenas 3130 habitantes) e como aqui
foi recebida a notícia da implantação da Re-
pública.
Em 1910, ano da queda da Monarquia e da
implantação da República, o pároco da Bene-
dita era o Padre António de Jesus Faria, ao
mesmo tempo presidente da Junta. E o rege-
dor o Sr. José Duarte Picão (na foto com a
esposa, D. Bernardina Pereira da Conceição).
Encontradas as autoridades do poder local
da altura, faltava-nos encontrar algo que nos
indicasse a reacção da população e, finalmen-
te, graças à amabilidade do Eng. Luís Guerra
de Almeida, ficámos a saber que o seu tio, An-
tónio Ribeiro de Almeida, nascido na Benedi-
ta em 16 de Abril de 1886, homem de grande
cultura, que tinha frequentado o Seminário de
Santarém, foi regedor em 1908 e vereador da
Câmara Municipal de Alcobaça em 1910.
Era um monárquico convicto e anti-republi-
cano que não escondia as suas ideias. Com
os pais, passava algum tempo na Quinta da
Granja (propriedade da família), em Turquel.
E aí foi surpreendido pela GNR, que cercou a
quinta e trazia ordem para o deter e levar para
a cadeia, em Alcobaça. Segundo fonte fidedig-
na, a mãe do jovem, D. Rachel do Nascimento
Ribeiro, ajoelhou-se, pedindo que não fizes-
sem mal ao filho, mas as ordens eram para
ser cumpridas e o jovem António acabou por
ser alvejado, quando tentava fugir. Foi levado
para a cadeia de Alcobaça, onde ficou alguns
meses em reclusão. Claro que a família tentou
todas as diligências para o libertar, o que aca-
bou por conseguir, fruto dos conhecimentos e
influência que tinha e graças, especialmente,
ao Sr. José Emílio Magalhães, grande amigo
da família Ribeiro de Almeida.
A prisão não mudou os ideais de António
Ribeiro de Almeida, e a jovem República não
perdoava aos seus opositores, assim, o jovem
preferiu não permanecer em Portugal e fugiu
para França, onde permaneceu até os ânimos
serenarem em Portugal e na sua Benedita,
para onde regressou anos mais tarde.
Agradecemos a Luís Guerra de Almeida e a
Fernando Maurício pela colaboração na pes-
quisa e pela cedência da fotografia.
Professora Maria José Jorge
BENEDITA E A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA
Saber em que consiste a arte é
importante para podermos discutir
sobre as diferentes expressões,
sabermos compreendê-las e apre-
ciá-las. Há muitas respostas, mas
a que nos parece mais adequada
é a que define a arte como forma
significante.
A forma é de facto um aspecto
importante. Não se trata simples-
mente da forma no sentido geral,
mas daquilo que num objecto não
pode ser alterado ou simplificado
sem que este perca o seu interes-
se e significado. Defende Clive
Bell que “o ponto de partida de
qualquer sistema estético tem de
ser a experiência pessoal de uma
emoção peculiar”. A esta experi-
ência pessoal chama-se emoção
estética, que só experimentamos
na presença de uma obra de arte,
provocada pela sua forma signifi-
cante. Para sabermos identificá-la
é preciso termos a sensibilidade
cultivada e algum conhecimento.
Mas, afinal, que característica é
esta?
Essa característica, por exem-
plo num quadro, é a relação en-
tre as linhas e as cores que lhe
conferem um significado. Não é a
mensagem, o conteúdo do quadro
que determina a sua essência,
mas estes aspectos formais. O
mesmo se passa com as outras
expressões artísticas, todas par-
tilham linhas formais gerais, como
unidade, intensidade ou grau de
complexidade os quais consti-
tuem a forma significante.
Há contudo, objectos de arte
que não se distinguem visualmen-
te de outros que o não são. Veja-
se por exemplo da caixa de Brillo,
de Andy Warhol, que reproduz a
caixa de detergente da loiça da
dita marca numa versão em igual
escala, quase não se distinguin-
do das de uso comum. Podemos
então pensar que todas as cai-
xas de Brillo deveriam ser obras
de arte, mas não o são. O mesmo
acontece com os sinais de trânsi-
to, os quais têm cores e formas
significantes, mas não são obras
de arte. Não o são porque a sua
finalidade é informar, contraria-
mente às obras de arte, que têm
como finalidade exibir a sua forma
e nada mais.
Uma outra dificuldade é expli-
car exactamente em que consis-
te a forma significativa. Qualquer
formalista responderia que o sa-
bemos porque temos emoções
quando a observamos, mas se lhe
for perguntado o que é uma emo-
ção estética, ele responde que é
o tipo de emoção provocado pela
forma significante. Assim, a res-
posta é circular e não nos satis-
faz.
Pensamos que esta circularida-
de, que não é apenas lógica, pode
ser evitada pela educação estéti-
ca. Para analisar esteticamente
uma obra, é preciso sermos pes-
soas com a sensibilidade educa-
da. Sem esta educação mínima,
a forma significante permanece
algo de misterioso e incompreen-
sível. É preciso educar os senti-
dos, “ter olho” e um conhecimento
mínimo para saber distinguir as
obras de arte das que o não são.
Ana Lopes, 11º E
ARTE E FORMA
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
ARTE E CULTURA10
Nesta edição damos a conhecer aos leito-
res do Toque de Saída os gostos literários de
um professor de Matemática da nossa escola,
de uma funcionária da Biblioteca e também de
um colega do 12º Ano. Esperamos que as pre-
ferências dos nossos entrevistados inspirem
boas horas de leitura.
O professor de Matemática e encenador do
grupo de teatro “Gambuzinos”, do ECB, José
Carlos Saramago, aceitou partilhar os seus
gostos no que respeita à leitura.
Os livros que mais
gostou de ler: O Se-
nhor dos Anéis, de
J. Tolkien, e Crime
e Castigo, de Fiódor
Dostoievski.
O livro que mais
lhe custou a ler: Via-
gens na MinhaTerra,
de Almeida Garrett,
por ter sido obrigado
a fazê-lo.
O escritor que
mais aprecia: J. Tolkien.
Os livros que anda a ler: Marina, de Carlos
Ruiz Zafón, e a peça de teatro Com o amor
não se brinca, de Alfred de Musset.
O livro que aconselha: Crime e Castigo, de
Fiódor Dostoievki.
A funcionária da
Biblioteca do ECB,
Fernanda Maria
Fernandes da Fon-
seca Silva, gentil-
mente acedeu ao
nosso convite para
partilhar os seus
hábitos de leitura.
Eis as suas prefe-
rências.
O livro que mais
gostou de ler: A
Vida num Sopro, de José Rodrigues dos San-
tos.
O livro que mais lhe custou ler: O Evange-
lho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago.
O escritor que mais aprecia: Miguel Sou-
sa Tavares, Eça de Queiroz e José Rodrigues
dos Santos.
O livro que anda a ler: Já ninguém morre de
amor, de Domingos Amaral.
Os livros que aconselha: A Vida num So-
pro, de José Rodrigues dos Santos; Amar de-
pois de amar-te, de Fátima Lopes.
O Tiago Rebelo
está na turma A do 12º
Ano, no curso de Ci-
ências e Tecnologias,
e muito prontamente
respondeu às nossas
questões sobre as
suas leituras.
O livro que mais
gostou de ler: Brisingr,
de Christopher Paolini.
O livro que mais lhe
custou a ler: Os Maias,
de Eça de Queirós.
O escritor que mais aprecia: Christopher
Paolini
Os livros que anda a ler: Memorial do Con-
vento, de José Saramago.
Os livros que aconselha: Filhos do abando-
no de Torey Haiden, Brisingr, Eragon e Eldest
de Christopher Paolini.
Margarida Serralheiro e Vanessa Martins, 11º E
Hélia Correia é, na minha opinião, uma das grandes escri-toras portuguesas contemporâ-neas, com um estilo requintado, quase poético. O romance Ado-ecer, publicado pela Relógio de Água, aí está a prová-lo. Desde Lillias Fraser que a autora não tinha conseguido retomar com o mesmo fulgor as histórias de heroínas improváveis, que não ostentam uma beleza óbvia, que são grandiosas acima de tudo pelas suas fragilidades.
O novo romance de Hélia Correia tem a sua génese no quadro Ofélia, uma encenação pictórica da Ofélia de Shakes-peare, do pintor novecentista
John Everett Millais, para o qual Elisabeth Siddal, a Lizzie de Adoecer, posou. Foi a partir dessa pintura que a escritora iniciou a sua demanda da mode-lo e ao mesmo tempo penetrou no universo dos pré-rafaelitas e das pré-feministas do sécu-lo XIX inglês. Temos, então, como protagonista, uma mulher que contornou as limitações da sua origem modesta. Graças à sua beleza estranha, aos seus impressionantes cabelos rui-vos, encantou o jovem pintor William Alingham e tornou-se sua modelo. Aqui começa a sua ascensão social, mas também a sua caminhada trágica. Desde o momento em que Lizzie é pinta-da por Millais, enquanto Ofélia, “...qualquer coisa de Ofélia se alojara definitivamente no seu corpo”, diz a autora. A modelo posou horas a fio dentro de uma banheira aquecida por lampari-nas e permaneceu na água fria quando estas se extinguiram, para não perturbar o trabalho do pintor. O resfriamento que daí resultou marcou indelevel-mente a sua curta vida marcada pela doença, tanto física como psicológica. Até a sua história de amor neurótico com Gabriel
Dante Rossetti, que a toma como musa, a ensina a pintar e a escrever , incitando-a a eman-cipar-se, estará irremediavel-mente amaldiçoada.
A estrutura do romance é simples: começa com a descri-ção do cemitério de Highgate, onde Lizzie está sepultada ao lado do pai de Dante Gabriel, retrocedendo depois ao início, a finais dos anos cinquenta do século XIX, e seguindo cro-nologicamente até à morte de Lizzie, em 1862, para terminar com o episódio da exumação do seu corpo a fim de se recuperar o inédito e único exemplar do li-vro de poesia de Dante Gabriel Rossetti, House of Life, que o pintor-poeta depositara junto aos seus cabelos sete anos an-tes.
Aventure-se, pois, a ler a fas-cinante história de Lizzie Siddal que “...começa mal e não acaba bem”, como escreve Hélia Cor-reia, e a conhecer a sociedade vitoriana da segunda metade do século XIX.
Professora Luísa Rocha
ENTRE LIVROS
SUGESTÃO DE LEITURA TOP 10
1º- Todos os Nomes – José Saramago
2º - Bons Sonhos, Meu Amor – Doro-
thy Koomson
3º - A Pousada no Fim do Rio – Nora
Roberts
4º - Entre Irmãs – Maria Teresa Maia
Gonzalez
5º - A Melodia do Adeus – Nicholas
Sparks
6º - Escândalos Privados – Nora Ro-
berts
7º - O Cromossoma do Amor – Bibá
Pitta
8º - Louca por Compras – Sophie Kin-
sella
9º - O Símbolo Perdido – Dan Brown
10º - O Codex 632 – José Rodrigues
dos Santos
Os livros mais requisitados na Biblio-
teca do ECB nos meses de Maio a
Agosto de 2010.
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
ARTE E CULTURA 11
Este ano, a nossa escola pas-
sou a oferecer uma opção de
Clássicos da Literatura aos alu-
nos do 12º Ano. Clássicos, nesta
acepção, são livros que atraves-
sam o tempo, moldando a memó-
ria individual e colectiva e cons-
tituindo vias de excelência para
aceder aos traços identitários dos
povos e nações.
Eis a opinião de uma das alu-
nas, a propósito de um destes li-
vros, escrito por Boccaccio, autor
italiano do século XIV.
Confesso que, à partida, o tí-
tulo, Decameron, não me ins-
pirou muita confiança. Pensei
logo numa obra relacionada com
monstros, ou algo do género, o
que não ocupa lugar de eleição
nas minhas preferências.
Felizmente, quando iniciámos
o estudo da obra, vendo o filme
que Pasolini realizou a partir do
livro de Boccaccio, foi amor à
primeira vista. Adorei todos os
capítulos do filme, talvez pelas
cómicas expressões faciais das
personagens, pela sua caracteri-
zação física realista, pelo modo,
avançado para a época, como se
retratavam os comportamentos
sexuais, e até mesmo pelo fac-
to de a acção decorrer no século
XIV, durante os terríveis anos da
Peste Negra, época histórica que
sempre me fascinou.
Mas colocava-se-me uma te-
mível interrogação: iria eu gostar
tanto do livro como gostara do fil-
me?
Pois bem, devo dizer que gos-
tei ainda mais. Achei uma obra
acessível, com uma linguagem
simples e cómica e, acima de
tudo, relatando uma infinidade de
factos curiosos e interessantes
sobre o quotidiano das pessoas
daquela época.
Além de tudo isto, o conto es-
colhido para ser analisado na
aula (o Decameron é composto
por cem contos, narrados por um
grupo de jovens que se refugiam
num castelo campestre durante
dez dias, para escapar à peste
que então assolava a cidade de
Florença) não podia ter sido me-
lhor: a história conseguiu cativar-
nos e provocar boas gargalhadas.
Quem não se lembra de “meter o
diabo no inferno”?!
A mim este livro cativou-me
e decerto vou ler mais alguns
contos. Resta-me aconselhá-lo
a quem goste de histórias me-
dievais ou simplesmente a quem
queira passar um bom bocado.
Adriana Passarinho, 12º D
A Academia Sueca atri-
buiu este ano o prémio No-
bel da Literatura a Mario
Vargas Llosa, escritor pe-
ruano de 74 anos, criador
de uma vastíssima obra
que vai do ensaio à nove-
la, do romance às peças
de teatro.
Disseram os jornais
que o próprio autor ficou
surpreendido com a dis-
tinção uma vez que de
eterno candidato passou
a esquecido das agências
de apostas que, este ano
apontavam um poeta como
vencedor do galardão, e
terá até dito que não sabia
que ainda era candidato.
Ironia de quem há já muito
tempo constava das listas
de possíveis premiados e
se viu sempre preterido na
escolha do Júri do Nobel.
Jorge Mario Pedro Var-
gas Llosa nasceu em Are-
quipa, em 28 de Março de
1936, formou-se em Le-
tras e Direito pela Univer-
sidade Nacional Maior de
São Marcos, em Lima. An-
tes de se tornar escritor,
trabalhou como redactor
de notícias na extinta Rá-
dio Central, foi funcionário
de uma biblioteca e até re-
visor de nomes de túmulos
num cemitério, segundo a
sua biografia oficial. Em
1959, ganhou uma bolsa
de estudos e esteve algum
tempo na Europa, onde se
tornou doutor em Filosofia
e Letras pela Universidade
de Madrid. Em 1959, publi-
cou, o seu primeiro livro,
a colectânea de contos Os
chefes. Em 1964 regres-
sou ao Peru, no entanto,
continuou a passar lar-
gos períodos de tempo em
vários países como Cuba,
Grécia, França, Inglaterra
e Espanha.
Em 1990, candidatou-
se à presidência do Peru
pelo partido de direita
Frente Democrática-Fre-
demo, mas foi derrotado
por Alberto Fujimori. A sua
experiência na campanha
foi relatada no livro de
memórias Peixe na água,
lançado em 1993, ano em
que se tornaria oficialmen-
te cidadão espanhol. Em
1994, recebeu o Prémio
Cervantes, o mais impor-
tante atribuído à literatu-
ra em língua espanhola.
Actualmente é professor
convidado na universida-
de de Princeton, em Nova
Iorque.
Para além de autobio-
gráficos, os seus livros
são marcados por ques-
tões políticas da América
Latina, por críticas a líde-
res como Fidel Castro, de
quem já foi próximo, Álva-
ro Uribe,Hugo Chavez e
até Lula da Silva. Os dois
últimos são visados no seu
livro mais recente, Sabres
e Utopias, um conjunto de
artigos sobre política, di-
reitos humanos, história e
literatura.
Este é o sexto Nobel
atribuído a um escritor
latino-americano e , de
acordo com a Academia
Sueca, a escolha ficou a
dever-se à “cartografia das
estruturas do poder e afia-
das imagens de resistên-
cia, rebelião e derrota do
indivíduo” que aparecem
na obra de Llosa. Aprovei-
temos, então, para ler, ou
reler, as suas obras, por
exemplo, Pantaleão e as
Visitadoras, Conversa na
Catedral, Os Cadernos de
D. Rigoberto ou Travessu-
ras da Menina Má, onde
todas as qualidades ine-
gáveis da escrita do autor
estão presentes.
Professora Luísa Rocha
NOBEL DA LITERATURA 2010
VARGAS LLOSA
NA PISTA DOS CLÁSSICOS
Em 1994, recebeu o Prémio Cer-vantes, o mais importante atribuído à literatura em língua espanhola.
John William Waterhouse, Decameron
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
OLHAR CIRCUNDANTE12
A banda chama-se Out Beat Come Wave,
é um projecto musical da Benedita, de música
Experimental / Spoken Word / Trip Hop.
Nasceram da coincidência, cimentaram
ideias, criaram conceitos e desenvolvem mú-
sica com alguma poesia e a um ritmo muito
slow. Tentam divulgar ideias, par-
tilhá-las, consciencializar pesso-
as. E eis que depois da confirma-
ção do concerto em Coimbra (Pop
Fresh), surge a notícia de que se
apresentarão, em Novembro, em
Aveiro, no Mercado Negro, asso-
ciação cultural que já recebeu os
Deolinda, Scout Niblett, Kimi Wat-
son e Legendary Tiger Man, entre
outros. Aliás, o palco onde os Out
Beat Come Wave irão actuar já
tem alguma história. Perante isto,
decidimos saber mais sobre o seu
projecto.
Quem são e como surgiram os
Out Beat Come Wave?
Joshua: Surgiram do acaso, do
imprevisto e da vontade, uma mis-
tura estranha, aliás como a sonori-
dade e os temas abordados.
Rivias: Os Out Beat Come Wave são um pro-
jecto essencialmente de partilha de ideais,
com um ideal revolucionário, transmitindo
calma pela sonoridade. Como sabemos que a
parte cénica é importante, englobámos um VJ,
e aos poucos o projecto vai-se construindo.
Os Out Beat partilham uma forma de ver as
coisas e querem alertar, consciencializar.
Como apresentariam o projecto a quem
nunca vos ouviu nem viu em palco?
Joshua: Bem, isso é complicado (risos). Nós
temos uma sonoridade muito variada, influ-
ências das mais díspares formas musicais e
dos mais variados músicos, e é difícil explicar.
Chego mesmo a pensar se será correcto apre-
sentar o projecto, falando sobre ele, porque
nunca vamos conseguir explicar verdadeira-
mente em que consiste.
Rivias: O melhor é aparecerem e verem.
Joshua: Depois, outro problema surge, é que
a poesia engloba-se na sonoridade, como se
fosse um instrumento – e não como uma vo-
calização.
Como conseguiram concertos em Coimbra,
e agora em Aveiro?
Rivias: Força de vontade e persis-
tência para combater a regionali-
dade. É difícil promover este tipo
de projecto, como outros, mais
criativos, quando os espaços têm
os seus segmentos de públicos.
Se fores do rock, é na boa, senão,
é mais difícil. Mas não temos tido
problemas com isso, a força e o
gosto pelo que fazemos é uma
motivação para todo o trabalho, e
quando conseguimos ir até Coim-
bra, Aveiro e outras cidades, isso
é a nossa compensação.
Até onde pretendem chegar com
este projecto?
Joshua: Dizem que qualquer ca-
minho leva a Roma. Sinceramen-
te, não sei, mas vamos andando
por aí, vivendo o presente.
Entrevista por Ricardo Jorge Anastácio,
ex-aluno do ECB
OUT BEAT COME WAVE
UM PROJECTO MUSICAL DA BENEDITA
O Rotary Club da Benedita organizou, pela
sétima vez, um evento de grande dimensão
denominado “Bango” e dedicado à música,
dança, escultura e fotografia, entre outras ar-
tes.
Este ano, o “Bango”
teve lugar junto à Casa
da Vila da Benedita, nos
dias 16 e 17 de Setembro.
Aí actuaram diversas ban-
das, tais como os “Ben”,
“Caldas Handsaw Mas-
sacre”, “Bolacha Maria”,
“Smooth Voltage”, “Ro-
ckspot”, “Xeques”, “Black
Strike”, “Lord´s” entre ou-
tras, num total de 20 ban-
das.
Apesar de todas se-
rem muito boas no que fa-
zem, na minha opinião, a
que mais se destacou foi
a “Caldas Handsaw Mas-
sacre”, por tocar instru-
mentos pouco utilizados
hoje em dia, tais como o
serrote musical e o contrabaixo. E, ao tocar
apenas temas de bandas sonoras de filmes e
séries como “Ficheiros Secretos”, “Bonanza”
e “Benny Hill”, esta banda provou ser única e
com bastante potencial.
Actuaram, também,
os grupos de dança “C4
Effect” e os “Slick Com-
pany”, entre outros. Hou-
ve animação de rua e ex-
posições de escultura, de
instrumentos musicais,
de artesanato e de foto-
grafia.
Enquanto participante
e espectador deste gran-
de evento, diria que se
lhe deve dar continuida-
de, pois eventos destes,
bem organizados e com
uma forte componen-
te artística, enriquecem
bastante uma vila como a
Benedita.
André Nogueira, 12º B
BANGO 2010 A FESTA DOS ESTUDANTES
DO ENSINO SECUNDÁRIO
ESTÁ DE VOLTA
O 8º Festival Secundário irá realizar-
se entre os dias 17 e 21 de Abril de 2011,
em Gouveia, um local mágico onde mi-
lhares de jovens passam 5 dias de pura
diversão.
Poderás experimentar sensações úni-
cas, participando em torneios, descarre-
gar adrenalina com os desportos de aven-
tura, desfrutar da natureza, divertires-te à
grande nos insufláveis gigantes, Aerotrim
e Air Bungee. Quando a hora for de re-
carregar baterias, poderás participar num
dos vários workshops ou não fazer nada,
deixando simplesmente o tempo passar
na companhia dos teus novos amigos! E
como o Festival não pára, poderás diver-
tir-te à noite, na Tenda Disco por onde
passarão Dj´s residentes e convidados e
vibrar com os concertos!
Ainda tens dúvidas? Não podes faltar!
Ana Marques, 12º B
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
OLHAR CIRCUNDANTE 13
ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO
DE LÉS A LÉS EM DEFESA DAS SUAS DAMAS
António Leandro Lopes nasceu a 27 de
Agosto de 1932 no lugar do Taveiro. É casado
com Lúcia Ferreira dos Santos, pai de quatro
filhos e avô de quatro netos. Foi sapateiro du-
rante dezasseis anos, e dedicou trinta e cinco
anos da sua vida ao serviço dos CTT, como
carteiro. Actualmente reformado, tem-se dedi-
cado mais afincadamente ao jogo das damas
e participado em torneios por todo o país. O
Toque de Saída foi encontrá-lo no recato do
seu lar, com um tabuleiro de damas disposto
na mesa, rodeado por taças e
prémios de presença nos mui-
tos torneios em que participou.
Foi quase um homem dos
sete ofícios. Podia falar-nos
um pouco do seu percurso
profissional?
Sempre tive uma vida mui-
to preenchida: fui sapateiro
durante quase duas décadas
e carteiro durante 37 anos.
Em simultâneo tive um talho
para gerir, e para além disso o
matadouro também estava por
minha conta, ou seja, também
se matavam os animais e se
preparavam para serem ven-
didos. Ainda em paralelo tinha
uma agência de máquinas de
tricotar, que também me ocu-
pava bastante tempo. Mas de
facto sempre senti orgulho em
ser carteiro. Guardo algumas lembranças in-
teressantes, pois as pessoas tratavam-me
com muito carinho. Por exemplo, ainda me
lembro quando chegava a casa da família do
agora Cardeal Patriarca, D. José Policarpo,
para os lados de Alvorninha, e uma das suas
irmãs chamava a mãe a gritar «Ó mãe, vem
aí o nosso carteiro”. Este “nosso” mostrava o
quanto eu era bem-vindo. Este ofício também
me permitiu conhecer a população da Bene-
dita e arredores, pois cheguei a trabalhar nas
freguesias vizinhas.
O Toque de Saída tomou conhecimento
de que fez parte do grupo de fundadores do
ECB. Que recordações pode partilhar con-
nosco desse tempo?
Fui sócio fundador do Externato e acompa-
nhei o seu desenvolvimento. Lembro-me das
primeiras instalações serem num barracão do
Sr. António Serralheiro. O professor Gameiro
foi o primeiro a vir para cá trabalhar como Di-
rector Pedagógico. Como não havia dinheiro
para continuar, de tal forma que o Externato
só duraria um mês caso não tivéssemos tra-
balhado nele, numa das reuniões disse em
Assembleia que tinha uma proposta a fazer,
pois o Externato não podia morrer. A verdade
é que nessa reunião tínhamos de averiguar se
o sonho do ECB ia para a frente ou se acaba-
va ali. A proposta consistia em angariar fundos
junto da população beneditense. Fomos casa
a casa, eu e o Sr. José Guerra, para anga-
riar sócios, tendo cada um de contribuir com
500 escudos. Nós convencíamos as pessoas
a aderirem, explicando-lhes quais as vanta-
gens, uma das quais era a de que os seus
filhos não precisavam de pagar quotas se os
pais fossem sócios. A primeira pessoa a ser
sócia entrou com 5.000$00, que na altura era
muito dinheiro. Foi assim que se conseguiu
saldar as dívidas e ainda ficar com uns dinhei-
ros em caixa para o ano lectivo seguinte. Este
período coincidiu com a entrada do Dr. Sapi-
nho como Director.
Que outras funções sociais desempe-
nhou?
Fui também sócio fundador dos Bombei-
ros Voluntários da Benedita e cheguei a ser
Secretário e Presidente da Direcção; fui só-
cio fundador do ABCD (o antigo ABDC), ten-
do permanecido na presidência durante oito
anos. Também fui secretário da Junta de Fre-
guesia da Benedita, durante um mandato, na
década de 80. Lembro-me que nesse mandato
inaugurámos a luz eléctrica em alguns lugares
e negociámos com a Câmara Municipal de Al-
cobaça a vinda da água para a Benedita. Não
foi nada fácil.
Fui ainda sócio fundador da Santa Casa
da Misericórdia, para a qual fiz dez anos de
voluntariado. Há uns anos, fui fundador e di-
namizador do Grupo 32 que reunia todas as
pessoas que nasceram nesse ano.
Então e quando é que começou a jogar
damas?
Comecei muito novo. Na escola primária
era eu que fazia as peças e os tabuleiros, com
materiais caseiros. Cortava o pau da vassou-
ra às rodelas, pintava-as e fazia as peças as-
sim. Gostava tanto de jogar que a professo-
ra me proibiu de jogar durante a semana, de
tal maneira que apenas aos fins-de-semana
é que jogava com os meus colegas. Conheci
o Dr. Armindo da Silva Loureiro nessa altura
e foi ele o meu mestre de damas e também
de xadrez. Fui crescendo e jogando em tor-
neios na Benedita e nos arredores, e depois
para mais longe. O primeiro foi na casa do
Sr. António do Carmo, há cerca de quaren-
ta e sete anos. Comecei por
ganhar os primeiros lugares.
Depois federei-me (na Fede-
ração Portuguesa de Damas)
e comecei a pagar uma quota
e a participar em torneios por
todo o país, de Faro a Mon-
ção, Madeira e Açores. Já jo-
guei praticamente com todas
as equipas portuguesas. Jo-
guei durante seis anos pelo
S. João da Madeira e actual-
mente pelos Dragões Futebol
Clube do Porto, de Leiria. Fui
campeão de damas dos CTT/
TLP onze vezes, o que equi-
vale a vinte e dois anos, por-
que os torneios são bienais.
Hoje corro o país de lés a lés,
de tal modo que até às ilhas
já fui jogar. Posso acrescen-
tar que me tornei uma pessoa
mais rica, principalmente pe-
los amigos que fiz em todos os lugares por
onde passei.
Sabemos que foi homenageado algumas
vezes, uma delas pelo Rotary Club da Be-
nedita.
Fui homenageado recentemente pela Inatel
pelos bons serviços do jogo de damas, porque
a minha equipa de Leiria foi campeã duran-
te quatro anos. Jogávamos em grupo, éramos
quatro jogadores na mesma equipa. Em 2005
fui homenageado pelos Rotários da Benedita
pelo préstimo dos bons serviços e reconheci-
mento profissional enquanto carteiro. É com
grande satisfação que falo destas homena-
gens.
Lembra-se de alguma situação que te-
nha vivido nos torneios em que participou
e que queira partilhar connosco?
Lembro-me da minha equipa ter ido à Ma-
deira e ser recebida pelo Dr. Alberto João Jar-
dim na sua quinta. Foi engraçado o convívio e
as palavras de estímulo e incentivo que guar-
do dele. Também guardo boas recordações
quando fazia simultâneas: cheguei a jogar
com vinte pessoas ao mesmo tempo.
(contínua na página14)
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
OLHAR CIRCUNDANTE14
Como género musical, o reggae é um dos
mais apreciados, inicialmente nos países an-
glo-saxónicos, mas pouco a pouco estenden-
do a sua influência a todo o mundo. Desen-
volveu-se na Jamaica, no final dos anos 60, a
partir de dois estilos musicais, o ska e o rocks-
teady, mas fortemente influenciado por outros
géneros como o jazz, o r&b e pelos ritmos afri-
canos. Nos anos 70, a sua popularidade au-
mentou devido a artistas como Bob Marley &
the Wailers, Eric Clapton – com a sua versão
da canção de Bob Marley, “I shot de sheriff”,
número 1 nos Estados Unidos em 1974 – e ao
fundador da editora discográfica Island Recor-
ds, Chris Blackwell, que promoveu a música
jamaicana em larga escala. A influência do re-
ggae é vasta, nomeadamente na música punk
da segunda metade dos anos 70.
Harmonicamente, a música é muito simples
e com estruturas repetitivas, o que gera um
efeito hipnótico, tendo a guitarra baixo um pa-
pel predominante. As líricas abordam temas
de crítica social, conciência política, relacio-
namento amoroso, temas religiosos (já que
muitos dos mais famosos músicos de reggae
praticam ou praticaram o rastafarianismo,
uma religião muito comum nos jamaicanos
descendentes de africanos) e mesmo o uso
de drogas como a marijuana, já que pensam
que esta droga os coloca mais próximos de
Jah (Deus).
O reggae tem vários subgéneros em que
se destacam o chamado roots reggae e o dub,
este de grande influência em muitas correntes
musicais actuais. A figura mais conhecida da
música reggae é sem dúvida Bob Marley, ali-
ás justamente, devido à grande qualidade de
toda a sua obra. Outras figuras de grande im-
portância são Lee “Scratch” Perry, King Tubby,
Burning Spear, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Max
Romeo e grupos como os Abyssinians, Culture
e os Mighty Diamonds e muitos outros.
Quanto a obras musicais que atingem a ex-
celência, existem várias, mas a banda sono-
ra do filme de 1972, The Harder They Come,
com Jimmy Cliff e outros artistas, é conside-
rada por alguns o melhor álbum de reggae de
sempre, enquanto outros preferem Exodus,
de Bob Marley & The Wailers, de 1977, eleito
pela Time Magazine como o melhor álbum do
século XX. Mas qualquer dos álbuns lançados
por Bob Marley entre 1973 (Catch a Fire) e
1980 (Uprising), estará certamente entre os
melhores.
Discos recomendados:
The Harder They Come Soundtrack(1972)
featuring Jimmy Cliff
Bob Marley & The Wailers (todos entre
1973 e 1980)
Augustus Pablo-King Tubbys Meets the Ro-
ckers Uptown (1976).
Boas audições!
Professor Francisco Franco
BOB MARLEY“ONE GOOD THING ABOUT MUSIC, WHEN IT HITS YOU FEEL NO PAIN”
As muitas coisas que não
podem acontecer e, no en-
tanto, acontecem, informam-
nos da fragilidade do mundo
que somos e vamos cons-
truindo.
É um mundo de equilí-
brios delicados e de muito
betão grosseiro, comandado
por redes informáticas que
colapsam porque um meteo-
rito qualquer rasou um qual-
quer satélite, ou a energia
eléctrica se foi abaixo por
razões obscuras. Somos tão
complexos nuns assuntos,
como rudimentares noutros,
e caminhamos no fio da na-
valha com a leveza de quem
não sabe, com rigor, o que
faz, ou não mede a extensão
da consequência dos seus
actos.
O que não pode aconte-
cer, e no entanto acontece,
mostra-nos a exacta distân-
cia de um mundo conceptual,
feito de ideias magníficas, de
pensamentos organizados e
grandiosos, e um mundo real
atamancado. Como é possí-
vel?
O mundo real, ao contrá-
rio do mundo conceptual,
não é um mundo de autor.
Não tem um princípio, um
meio, e um fim, não ocorre
em sequências lógicas, não
possui estrutura narrativa e
nem sequer possui uma di-
reccionalidade certa. É um
sítio estranho, mesmo que
familiar, feito de paragens e
arranques bruscos, de evolu-
ções e voltinhas para distrair,
de desvios tortuosos e negó-
cios indizíveis. Mais parece
uma manta de retalhos mal
amanhada. O mundo real é
um mundo de construção,
desconstrução, criação e de-
cadência permanente. Um
mundo que permite todas as
desarrumações e desorgani-
zações, mesmo as que não
conseguimos imaginar.
As muitas coisas que não
podiam acontecer, e no en-
tanto acontecem, como o
facto de que muitos morrem
de fome ou de frio, por falta
de assistência em situações
extremas ou por mero de-
sinteresse dos que estão à
volta, servem para que todos
os outros percebam a debi-
lidade orgânica das nossas
estruturas. E mostram-nos
a necessidade de ganhar-
mos distância emocional que
permita a não transformação
dos dias em exercícios ca-
tárticos, entre a indignação,
a revolta e a esperança, to-
das tão inconsequentes e
sistemáticas.
As muitas coisas que não
podem acontecer e aconte-
cem estão aí todos os dias a
lembrar-nos a nossa real di-
mensão, que é MINÚSCULA.
Zaira, funcionária administrativa
O MUNDO REAL E O IRREAL ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO
(Continuação da página 13)
A prática de damas está muito enraiza-da na Benedita actualmente, ou não?
Esteve sempre, mas as pessoas desistem facilmente se não ganham. Por outro lado, as pessoas não gostam de torneios e de coisas oficiais, preferindo jogar nos centros recre-ativos e nos clubes das terras, sem quais-quer compromissos. Os mais novos, alguns jogam, mas federados há muito poucos. Ac-tualmente jogo também online. É uma manei-ra de me entreter, ao mesmo tempo que me permite relacionar com jogadores de damas de outros pontos do mundo e desenvolver conhecimentos de informática.
Nunca pensou em ensinar os jovens ou em criar um clube juvenil?
Já, mas são sempre tantas coisas para fa-zer que não tenho tido tempo. A directora da Universidade Sénior convidou-me para ensi-nar os alunos; podia criar um clube, mas ain-da não dei resposta. Estou à espera que mu-dem de instalações e, se puder, vou aceitar o pedido. Por outro lado, estou interessado em criar uma equipa e gostava de ensinar outras pessoas, nomeadamente a camada juvenil, porque jogar damas é um passatempo agra-dável. E para fugir do stress é recomendável.
Entrevista pelos prof. Clara Peralta e Valter Boita
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 15
Pensamos que seja do en-
tendimento geral que as TIC
facilitam o acesso ao conhe-
cimento, que os alunos as do-
minam melhor que a maioria
dos professores e as manipu-
lam com mais destreza que a
maioria dos pais.
No entanto, na elaboração
dos trabalhos, a generalidade
dos alunos tende a conformar-
se em descobrir as páginas
Web que abordam o tema, a
seleccionar tudo, copiar, co-
lar, editar (fazendo pequenas
formatações de texto) e a im-
primir. Isto sem fazer qualquer
interpretação, avaliação, se-
lecção, reflexão sobre o seu
conteúdo e sem fazer referên-
cias aos sites que foram con-
sultados, para que os profes-
sores julguem que o trabalho
foi elaborado por eles, como
se se apropriassem da infor-
mação. Ora, se o professor
quiser descobrir as páginas de
onde foi retirado o conteúdo
do trabalho, só tem de retirar
uma frase, do mesmo, e fazer
uma pesquisa. Existem alguns
softwares que ajudam os pro-
fessores nesta tarefa.
Fazer referência às fontes
consultadas contribui para a
valorização do trabalho apre-
sentado, uma vez que os pro-
fessores ficam a saber mais
sobre o esforço de pesquisa,
poderão avaliar a capacidade
de análise e de resumo dos
alunos, devendo-se ter o cui-
dado de utilizar bibliografia de
autores de referência, senão
corre-se o risco da informa-
ção recolhida não se encontrar
correcta. Ao encontrar-se uma
frase de que se gosta, pode-se
inseri-la no trabalho mas deve-
se referir o(s) seu(s) autor(es),
porque um dia também se nos
tornarmos autores de referên-
cia também vamos querer que
tal aconteça.
Na nossa opinião, é ne-
cessário sensibilizar os alu-
nos para a importância de re-
ferirem as fontes e valorizar
mais o esforço que fizeram
na análise dos vários conte-
údos encontrados, compa-
rando, analisando, seleccio-
nando e transformando, e na
reflexão que fizeram sobre os
mesmos. Desvalorizando, por
outro lado, um pouco a capa-
cidade dos alunos em utilizar
as TIC, já que o trabalho pode
estar com boa apresentação,
o que por vezes também exige
tempo e empenho aos alunos
que cometem alguns exage-
ros, mas pode não responder
ao pretendido. Uma solução
passará por os professores
colocarem algumas limitações
em termos de formatação dos
trabalhos.
Professores Alexandre Lourenço e
Samuel Branco
O copy/paste é uma técnica muito utilizada em trabalhos escolares, com o objectivo de entregar o tra-
balho, para não ter zero. Na minha opinião, essa é a única vantagem, pois fazendo copy/paste nunca se vai aprender nada sobre o tema em estudo e, ao mesmo tempo, estão a violar-se os direitos de autor da pessoa que fez o trabalho.
Rafael Santos, 9ºA
Na minha opi-nião, as pessoas não deviam fa-zer copy/paste. A não ser que fizessem um re-sumo do copy/
paste, porque dessa maneira, por exemplo nós (adolescen-tes), aprendíamos alguma coi-sa. Isto é, se um professor nos mandasse fazer um trabalho, o objectivo seria que nós apren-dêssemos a matéria que nele constasse, não era ir a um site e fazer copy/paste sem apren-dermos nada.
Vanessa Ferreira, 9ºB
ALUNOS NA ERA DIGITALCOPIAR/COLAR
Hoje em dia, a maior
parte dos adolescentes
utiliza o copy/paste. Não lhes apetece
fazer um trabalho, então vão à internet,
pesquisam sobre o tema, copiam um
texto qualquer e colam-no no Word, sem
verificarem se a linguagem está correc-
ta, sem verem se tem erros e sem se-
quer o lerem. Entregam-no ao professor
exactamente como foi tirado da internet
e acabam por ter má nota, porque todos
os professores percebem quando um
trabalho é copiado e colado, ou quando
tem a pesquisa e a informação tratada.
Na minha opinião, o copy/paste é um
acto de preguiça por parte dos alunos,
acho que não custa nada ler o trabalho
para verificar a linguagem e os erros,
para, pelo menos, terem melhor nota,
porque um trabalho sem erros, bem
apresentado e com um linguagem cor-
recta é logo meio caminho andado.
Por isso, quando estiveres a fazer
copy/paste, pensa que deves pelo me-
nos ler o teu texto e emendar tudo o que
é necessário, para teres uma boa ava-
liação.
Maria Almeida, 9ºB
Na medicina actual, as vaci-
nas, sobretudo como forma de
prevenção, são um dos métodos
mais utilizados no tratamento das
mais diversas doenças. A primeira
vacina descoberta terá sido a va-
cina contra a varíola.
Até ao final do século XVIII, a
varíola constituía uma das doen-
ças transmissíveis mais temidas
no mundo, responsável pela per-
da de milhões de vidas humanas.
Os povos orientais usavam uma
técnica de tratamento ancestral
chamada variolização que, numa
das suas formas, consistia na ino-
culação de material recolhido de
feridas de um indivíduo doente
na pele de um indivíduo saudá-
vel. Contudo, esta doença ainda
se manifestava através dos seus
sintomas habituais.
O médico Edward Jenner revo-
lucionou o método de prevenção
da varíola. Investigou uma cren-
ça, comum entre os camponeses,
de que os trabalhadores que lida-
vam com vacas contraíam varíola
bovina, doença mais benigna do
que a varíola humana. Estas pes-
soas, quando expostas posterior-
mente à varíola humana, apenas
revelavam sintomas ténues da do-
ença. Portanto, os indivíduos pre-
viamente infectados pela doença
bovina ficavam mais protegidos
da varíola humana.
Este médico, em Maio de 1796,
realizou uma experiência muito
importante para a descoberta do
modo de funcionamento das vaci-
nas: retirou o líquido proveniente
de uma ferida da mão de uma mu-
lher infectada com varíola bovina
e inoculou-o na pele do braço de
um menino de 8 anos. O menino
ficou com sintomas benignos de
varíola mas, ao ser posteriormen-
te inoculado com vírus da varíola
humana, não desenvolveu a doen-
ça. Ficou então assim descoberta
a primeira vacina antivariólica.
A varíola foi a primeira doen-
ça infecciosa extinta pela vacina-
ção preventiva. O termo «vacina»
foi usado para designar qualquer
substância capaz de conferir imu-
nidade (protecção) contra deter-
minada doença, e provém do ter-
mo latino vaccinia, que significa
«derivado da vaca».
Depois desta, muitas outras
vacinas se lhe seguiram, sendo
hoje em dia um dos meios de pre-
venção mais utilizados.
Elsa Neves, 9º B
A PRIMEIRA VACINA
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE16
O cancro consis-te numa mutação no genoma das células somáticas, o que pro-voca a divisão des-controlada das células afectadas, formando novas células sem que o organismo necessite delas. Com isto dá-se
a formação de um tumor. Este pode ser benigno (atinge um determinado tamanho e pára de cres-cer) ou maligno (em crescimento contínuo).
As mutações são modificações ou alterações bruscas de genes (mutação génica) ou de cromos-somas (mutação cromossómica), que podem pro-vocar mudanças no metabolismo de uma célula ou uma variação hereditária. Estas mutações ocorrem devido a erros na divisão das células, ou devido à exposição a raios cósmicos, minerais radioactivos e algumas substâncias químicas.
Normalmente, as células dos tumores malignos invadem os órgãos circundantes e podem libertar-se para o sistema circulatório (linfático e sanguí-neo) e assim espalhar a doença por todo o orga-nismo.
Os tratamentos dependem do estado da doen-ça, da idade do doente e do seu estado geral de saúde. Basicamente, existem, actualmente, dois tipos de terapias: terapia local, que remove as cé-lulas de um determinado local (cirurgia e radiote-rapia) e terapia sistémica que, através da corrente sanguínea, destrói ou reduz a velocidade de cres-cimento do cancro em todo o corpo (terapia hor-monal, biológica e quimioterapia).
Apresentam-se alguns dos efeitos secundários dos tratamentos na tabela ao lado.
Cada vez se sabe mais sobre o cancro, esta doença mortífera: as suas causas e como progri-de. Actualmente, estão a ser estudadas novas e melhores formas de a prevenir, detectar e tratar.
Bibliografia
http://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html
http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/nocoes
SILVA, João Carlos; RIBEIRO, Elsa; OLIVEIRA, Óscar; DESAFIOS –
Vol.1, Ensino Secundário, 11ºAno de escolaridade; 2009; 1º Edição,
Edições ASA; pág. 57.
Daniela Pinto, 11ºB
O QUE É O CANCRO?TRATAMENTOS
Cirurgia: o cirurgião remove o tumor e
alguns tecidos em volta.
Radioterapia: usam-se raios de eleva-
da energia para matar as células cance-
rosas.
Terapia hormonal: impede que as cé-
lulas do cancro tenham acesso às hormo-
nas de que necessitam para o seu cresci-
mento.
Terapia biológica: utiliza o próprio sis-
tema imunitário do doente para combater
o cancro.
Quimioterapia: utilização de fármacos
(injecções ou comprimidos) para matar as
células.
Transplante de células estaminais:
transplantes de células indiferenciadas
que permitem ao doente receber grandes
doses de quimioterapia ou radiações que
destroem as células cancerosas e as vizi-
nhas. Estas são “repostas” por novas cé-
lulas estaminais.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Cansaço e fraqueza.
Náuseas, vómitos, diarreia, vermelhi-
dão, pele seca e queda de cabelo e pêlos.
Aumento de peso e afrontamentos.
Dor de cabeça, fadiga, secura vaginal e
menstruação irregular, nas mulheres; nos
homens, perda de desejo sexual, cresci-
mento das mamas e impotência.
Erupção cutânea, sintomas gripais (fe-
bre, arrepios, dores musculares), altera-
ção da tensão arterial, problemas respira-
tórios e cardíacos.
Hematomas, infecções, queda de ca-
belo e pêlo, falta de apetite, feridas na
boca, náuseas, vómitos, diarreia; afecta a
fertilidade, enfraquece o coração e pode
causar cancros secundários (leucemia).
Infecções, perdas de sangue. Quando
o organismo rejeita as células estaminais,
pode ser fatal.
HPV CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Quando fui pela primeira vez ao hospital para levar a vaci-na contra o cancro do colo do útero, fiquei muito curiosa em saber mais acerca da doença.
Então a enfermeira disse-me que o cancro do colo do útero é um tumor maligno dos tecidos, que afecta principalmente dois locais - o colo do útero e o endométrio (revestimento do útero). Em casos raros, o músculo uterino é afectado por um tipo de cancro conhecido como leiomiossarcoma.
De seguida, a enfermeira pegou numa seringa com a vaci-na do HPV (Vírus do Papiloma Humano) esfregou o meu braço
com álcool e introduziu a agulha na parte superior do braço, injectando a vacina. Deste modo, a probabilidade de eu ter o cancro do colo do útero diminui!
Georgeta, 8ºG
CHUVA DE LAMANo mês de Agosto, deu-se alguma precipitação, mas não uma precipitação habitual:
“choveu lama” (como dizem as pessoas), e os carros ficaram todos sujos e as estradas
também.
Porém, o que choveu não era realmente lama, foram sim resíduos poluentes que
se precipitaram da atmosfera, entre eles ácido sulfúrico e nítrico. E tudo ficou sujo, o
que na chuva normal não acontece. Estas chuvas designam-se chuvas ácidas e são
uma das consequências da forma desregrada como continuamos a poluir e a degradar
o ambiente.
É importante que mais uma vez este assunto nos toque: Não poluamos o ambiente!
É importante para vós, para mim, é importante para todos.
Inês Couto, 8ºF
Enigma das idades
As idades são 20 e 15 anos.
Enigma dos triângulos
Podem ser formados 242 triângulos distintos.
Enigma do dinheiro
Quando o homem entrou na primeira loja, tinha 14 euros.
Enigma da escada rolante
São visíveis 42 degraus.
Enigma das garrafas de vinho
Havia 24 garrafas.
SOLUÇÕES
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 17
(Continuação da página 1)
CIENTISTAS POR UMA SEMANAQual não foi a nossa satisfa-
ção quando, nos finais de Julho, passado o stress dos exames, recebemos a maravilhosa noticia de que a nossa candidatura tinha sido aceite!
Assim que se aproximava a data, em finais de Agosto, as ex-pectativas começavam a aumen-tar. Estávamos completamente em êxtase e, para juntar ao resto, iríamos ficar todos juntos a dormir num quartel!
Na noite em que chegámos ao quartel, de repente começou a to-car uma corneta e mandaram-nos encostar à parede. Ficámos um pouco assustadas, fazer flexões às dez da noite depois de uma viagem de duas horas não era propriamente o que desejávamos, no entanto não foi isso que acon-teceu, foi-nos dito que seríamos acordadas por uma sirene todos os dias, e fomos informadas acer-ca das regras do alojamento.
No dia seguinte, depois de to-das acordarmos sobressaltadas com a sirene que tocava extrema-mente alto (mas que acabou por
ser motivo de saudades no final da semana), tomámos o pequeno-almoço com os outros “soldados” e partimos para a Faculdade de Medicina Dentária. Aí, fomos dis-tribuídos por grupos de trabalho, grupos que iriam para diferentes sítios, entre os quais a Faculda-de de Medicina, a Faculdade de Medicina Dentária, o IPATIMUP e o IMBC. Eu tive a oportunidade de ficar num dos melhores insti-tutos portugueses, o IPATIMUP, e o meu projecto tinha como título “Quem é o pai? Um teste de pa-ternidade”.
No instituto senti-me uma ver-dadeira cientista. A mim e ao meu grupo foi-nos dada completa liber-dade e fizeram-nos sentir parte da casa. Conhecemos a Cláudia Moreira, que foi quem nos acom-panhou durante todo o processo e a quem devemos um grande agradecimento por nos ter feito conhecer tanto sobre o mundo da genética.
À noite, depois de cada dia de trabalho, regressávamos ao alo-jamento, onde éramos repartidos
por várias actividades, desde ir à praia à noite, ao centro comercial, ao bowling, ou ao karaoke. Tive-mos noites cheias de diversão.
Entre saídas à noite, sirenes a tocar, testes de paternidade, au-las de genética, entrevistas para a TVI, gargalhadas, novos ami-gos, novas experiências, a se-mana passou a correr e, quando demos por nós, era o último dia e tínhamos de apresentar o projec-to que resumia o que fizéramos e aprendêramos naquela semana. O stress para a apresentação era muito, mas o pior foram as des-pedidas. Entre abraços, centenas de fotografias e muitas lágrimas, tivemos de nos despedir dos nos-sos novos amigos, alguns de tão longe que, provavelmente, nunca nos reencontraremos.
Hoje, posso dizer que cada cêntimo que pagámos por aquela semana valeu a pena. Tivemos a oportunidade de conhecer cien-tistas; de visitar a Faculdade de Medicina e o Museu de Anatomia, onde pudemos ver parte de uma operação; de usar microscópios,
daqueles que só os cientistas usam; de trabalhar com pessoas que fazem parte do mundo da Ci-ência. E para juntar a tudo isto, tivemos a oportunidade de co-nhecer pessoas maravilhosas, da nossa idade, que têm os mesmos sonhos que nós.
Por isso, se estás no 10º ou no 11º ano, informa-te com o teu pro-fessor, ou vai ao site da Univer-sidade Júnior, escolhe uma área de interesse para ti e participa, mesmo que não sejas um aluno brilhante, tenta sempre! Porque não te vais arrepender daquela semana, e pode ser que te ajude a decidir o que queres seguir no futuro.
E para finalizar, como foi dito pelo reitor da Universidade do Porto, “uma resposta nunca me-rece uma vénia, apenas uma per-gunta”, pois abre portas a tantas outras perguntas, e é disso que a ciência é feita.
Maria Vicente, 12º B
Uma pequena placa ergue-se sobre a mul-tidão do “aeropuerto”: OIAB. Recebidos por entre olhares expectantes, depois dos con-trolos fronteiriços fomos encaminhados para o exterior do aeroporto e apresentados a uma Lima saída de um qualquer filme dos anos 80: carros antigos, uma nuvem escura pairando sob os Andes e dezenas de anúncios entre néons e cartazes pendurados, cenário típico de um povo que anseia deixar de estar em de-senvolvimento.
No hotel aguardava-nos uma recepção calorosa, e ainda não havíamos largado a bagagem, já tínhamos de discernir quantos beijinhos dar àqueles que seriam os nossos adversários. Nessa mesma noite, a caminho de um jantar que o sono e o cansaço nos pri-varam de saborear devidamente, a língua por-tuguesa ouviu-se de uma boca que não tinha
nascido em território luso: Hugo Mobarec, boliviano, falava-nos do seu país, mostrando, simultanea-mente, conhecer a nossa cultura.
A cerimónia inaugu-ral foi outro ponto alto da viagem. Vimos desfilar Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Peru e “o país que pela primeira vez participa nestas Olim-píadas”. Soa suave “Uma casa Portuguesa”, nós cantávamos com Amália.
D-i-a-b-ó-l-i-c-a-s. Foi este o adjectivo que seleccionámos para caracterizar as duas pro-vas (uma teórica, outra prática) sobre Biolo-gia que em nada nos parecia a Biologia que conhecíamos; porém, não deixaram de ser divertidos os momentos passados a dissecar insectos, a incubar ouriços-do-mar ou a criar rosas dentro de um tubo de ensaio. Apesar do nervosismo que atingia os participantes, jamais a febre da competição afectou as re-lações humanas que, dia após dia, se foram construindo a toque de frango e muito arroz.
A Liane fez anos no Peru. A Liane ouviu serenatas de toda a América Latina. À Liane foram puxadas as orelhas pelos espanhóis, dezoito vezes vezes dois, porque é tradição lá na terra de Cervantes. Depois, a Liane dan-çou, e todos dançaram com ela.
Foi então que as caras e as bandeiras se foram unindo num efeito dégradé, assim como os idiomas : se, inicialmente, notávamos pou-co esforço em falar português, pouco depois a curiosidade foi-se tornando mais expressiva e, entretanto, muitas expressões de portunhol eram proferidas com convicção: o Diego espa-nhol já dizia pórtugués (acompanhando o ter-mo com uma careta esquisita), os chilenos até “amavam a Portugal” (ensaiando o seu sota-que antes de nos apresentarem as suas novas aquisições linguísticas).
Por fim, o princípio…Ansiedade. Um voo interminável entre a
nossa actual realidade e a promessa de uma viagem incrível. Suposições construíam-se sobre expectativas. No bilhete de ida: “Início das Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia”.
Mas a maior expectativa remonta à con-fiança que, ainda antes do princípio, foi em nós depositada pelo Dr. José Matos, vice-presidente da Ordem de Biólogos, ao escolher o Externato Cooperativo da Benedita para vi-ver tal experiência, e pela própria escola que, por meio da Dr.ª Paula Castelhano (que nos acompanhou nesta aventura), nos concedeu tamanha oportunidade.
E porque sem o Dr. José Matos as Olim-píadas de Biologia seriam impossíveis para Portugal, para ele vai o nosso maior agrade-cimento.
Ana Luísa, Filipa Serrazina,
Liane Canas, Paulo Baptista, 12º B e C
CRÓNICA DE UMA VIAGEM AO PERU
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
MENTE SÃ EM CORPO SÃO18
CORTA-MATO ESCOLARRealizou-se no passa-
do dia 19 de Outubro mais
uma edição do Corta-Mato
escolar, reunindo este ano o
maior número de participan-
tes desde o início desta ac-
tividade – cerca de 317 alu-
nos. Organizada pelo Grupo
de Educação Física, coad-
juvado pela turma 12ºH do
Curso Tecnológico de Des-
porto, decorreu numa manhã
solarenga e bem-disposta.
O percurso, ligeiramente
alterado e afinado desde o
ano passado, tentava testar
as capacidades físicas mais
apuradas de cada aluno.
Este ano foi atribuído um
prémio à turma com mais
elementos a participar, sa-
grando-se vencedor o 8ºF.
Os 6 primeiros classificados
foram apurados para a Fase
Regional.
DESPORTO ESCOLAR
HORÁRIO 2010/2011
Modalidade Professores Responsáveis Horários dos treinos Local
Triatlo
Joel Machado (ciclismo, transições)
Liliana Gens (corrida)
João Simões (condição física)
Terça-feira: 17h00-19h15
Segunda-feira: 19h15-20h00
e Quinta-feira: 17h15-18h45
Quinta-feira: 18h00-20h15
Exterior (vários)
Exterior (vários)
Sala de dança
Andebol Tobias MarquêsSegunda-Feira: 14h-15h
Quarta-Feira: 14h-15hPavilhão Polidesportivo
Râguebi Rita PedrosaTerça-feira: 17h00-18h30
Sexta-feira: 14h15-15h00
Pavilhão Polidesportivo
ou Espaço Exterior
Patinagem Estela Santana
Segunda-feira: 14h00-14h45
Terça-feira: 14h00-14h45
Quinta-feira: 14h00-14h45
Pavilhão Polidesportivo
Xadrez José Cavadas Vários horáriosVários - Escolas do Agrupa-
mento
Badminton Ângela GensSegunda-feira: 14h-15h
Terça-feira: 16h45-18h20Pavilhão Gimnodesportivo
Ténis José VinagreTerça-feira: 16h45-18h20
Sexta-feira: 14h30-16h30PD ou Campo “pôr-do-sol”
Act. Rítm.
ExpressivasSoraia Ferreira Sexta-feira: 14h30-15h30 Sala de dança
VENCE 12º TORNEIO INTERNACIONAL
VIKTOR ULLYANOVSKYY
Realizou-se no dia 24 de Outubro, no
Centro Cénico da Cela, a 12ª edição do Tor-
neio Internacional da Cela. Uma organização
da Nova União das Colectividades do Con-
celho de Alcobaça e do Centro Cénico Cela.
Apoios: Câmara Municipal de Alcobaça, Jun-
ta de Freguesia da Cela, Associação Xadrez
Leiria, Externato Cooperativo da Benedita e
Academia Xadrez da Benedita.
Um torneio de 8 sessões com partidas de
20 minutos, em que participaram 82 jogado-
res e estiveram representados 14 clubes.
Os dois melhores jogadores do Concelho
de Alcobaça foram Francisco Cavadas, com
4,5 pontos, e Tomás Oliveira, com 3,5 pon-
tos, ambos da Academia Xadrez da Benedi-
ta.
Classificação dos jogadores da Academia
Xadrez Benedita
12º - Sandro Purificação - 5,5 pontos - Sénior
18º - Jorge Bastos - 5 pontos - Sénior
23º - Jorge Barrento - 5 pontos - Sénior
24º - André Belo - 5 pontos - Sénior
30º - Francisco Cavadas - 4,5 pontos - 1º - Sub14
39º - Mário Dores - 4 pontos - Sénior
53º - Tomás Oliveira - 3,5 ponto - 3º - Sub16
71º - Maria Inês Dores - 2,5 pontos - Veterana
73º - Constança Rodrigues - 2,5 pontos - Sub10
75º - Fábio Fernandes - 2,5 pontos - Sub18
77º - Miguel Primo - 2 pontos - Sub08
80º - Miguel Machado - 2 pontos - Sub 10.
Professor José Cavadas
CLASSIFICAÇÃOInfantis masculinos
1º - David Santos 7ºA
2º - Guilherme Pina 7ºB
3º - Ricardo Silva 7ºF
4º - David Agostinho 7ºI
5º - Leandro Gonzaga 7ºG
6º - José Galinha 7ºA
Iniciados masculinos
1º - Paulo Ramalho 9ºF
2º - Leonardo Couto 7ºH
3º - André Silva 7º
4º - João Alves 9ºC
5º - Tiago Constantino 8ºG
6º - Adriano Santos 8ºH
Infantis femininos
1º -Carolina Matos 7ºB
2º - Maria Pacheco 7ºG
3º - Maria Pires 7ºG
4º - Cátia Veríssimo 7ºI
5º - Laura Fialho 7ºC
6º - Elisa Pedro 7ºF
Iniciadas femininas
1º - Georgeta Munteanu 8ºG
2º - Juliana Leandro 9ºA
3º - Ana Margarida 9ºB
4º - Alice Vicente 9ºC
5º - Mariana Alves 9ºC
6º - Beatriz Lourenço 8ºA
Juvenis masculinos
1º - Joaquim Ferreira 11ºA
2º - Miguel Silva 10ºA
3º - Diogo Fialho 11ºD
4º - João Tiago 10ºB
5º - Rúben Santos 9ºE
6º - João Borralho 10ºH
Juniores masculinos
1º - Válter Lourenço
2º - Gonçalo Delgado
3º - Diogo Pires 11ºB
4º - João Rebelo 11ºC
5º - José Rebelo 11ºD
6º - Tiago Correia 11ºH
Juvenis femininas
1º - Rita Lopes 11ºC
2º- Catarina Marques 10ºB
3º - Maria Carvalho 11ºA
4º - Sónia Marques
5º - Sónia Cruz 9ºE
6º - Carolline da Silva 9ºH
Juniores femininas
1º - Daniela Ribeiro 11ºB
2º - Sofia Couto 11ºB
ENIGMASEnigma das idades
Eu tenho o dobro da idade
que tu tinhas quando eu tinha
a tua idade. Quando tu tive-
res a minha idade, a soma
das nossas idades será de
45 anos. Quais são as nos-
sas idades?
Enigma dos triângulos
E x i s t e m
n triângu-
los distin-
tos com os
vértices nos
pontos da fi-
gura. Qual é o valor de n?
Enigma do dinheiro
Um homem gastou tudo o
que tinha no bolso, em três
lojas. Em cada uma gastou 1
euro a mais do que a metade
do que tinha ao entrar. Quan-
to dinheiro tinha o homem ao
entrar na primeira loja?
Enigma da escada rolante
Deseja-se descobrir quan-
tos degraus são visíveis
numa escada rolante. Para
isso, foi feito o seguinte: duas
pessoas começaram a subir
a escada juntas, uma subin-
do um degrau de cada vez,
enquanto a outra subia dois.
Ao chegar ao topo, a primeira
contou 21 degraus, enquanto
a outra contou 28. Com esses
dados, foi possível responder
à questão. Quantos degraus
são visíveis na escada rolan-
te? (observação: a escada
está em movimento).
Enigma das garrafas de vi-
nho
Um comerciante compra
uma caixa de vinho francês
por 1000€ e vende-a pelo
mesmo preço, depois de re-
tirar 4 garrafas e aumentar o
preço da dúzia em 100€. En-
tão, qual é o número original
de garrafas de vinho na cai-
xa?
Enigmas seleccionados pelo
professor Acácio Castelhano
ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA
MENTE SÃ EM CORPO SÃO 19
A obesidade é basicamente
um desequilíbrio entre as calorias
ingeridas e as que são gastas.
Quando se ingere mais energia
do que aquela de que realmente
se precisa, o organismo transfor-
ma-a em gordura de depósito, au-
mentando o peso corporal.
Para prevenir e combater a
obesidade, devemos consumir
alimentos pobres em calorias e
em gordura, ricos em fibras, com
baixo conteúdo em sódio (o só-
dio é o principal componente do
sal e responsável pela retenção
dos líquidos no nosso corpo, pro-
movendo o aumento do volume
e peso corporal) e alimentos que
produzam a sensação de sacie-
dade. Os alimentos a seguir re-
comendados satisfazem algumas
ou várias destas características.
O seu consumo com equilíbrio
e moderação pode contribuir de
forma significativa para evitar a
obesidade.
Aumentar:
Algas: as gomas e mucilagens
contidas nas algas são capazes
de reter até dez vezes o seu peso
em água. Isto fá-las aumentar de
volume no estômago, produzindo
assim a sensação de saciedade e
reduzindo o apetite.
Ananás: ingerido antes das
refeições, tanto o fruto como o
sumo reduzem o apetite. É ligei-
ramente diurético, sendo assim
um excelente complemento nos
regimes dietéticos.
Batata-doce: é uma boa fonte
de beta-caroteno e de hidratos de
carbono de fácil digestão. Produz
também sensação de saciedade
e reduz o apetite.
Brócolos: são pobres em açú-
car e calorias, e ricos em provi-
tamina A, vitamina C, minerais e
elementos fotoquímicos de acção
anti-cancerígena. Produzem uma
forte sensação de saciedade,
comparada com a quantidade de
calorias que possuem, pelo que
devem ser consumidos abundan-
temente.
Abóbora: proporciona poucas
calorias, gordura e sódio, forne-
cendo, no entanto, sais minerais
e vitaminas. Tem uma acção sua-
vizante do aparelho digestivo e é
alimento muito diurético.
Cerejas: produzem uma boa
sensação de saciedade e são
também depurativas e diuréticas.
Couve: todas as couves sa-
ciam, pelo seu elevado conteúdo
em fibra, e proporcionam muito
poucas calorias. Além disso, con-
têm elementos fotoquímicos que
protegem contra o cancro.
Pêssego: é uma das frutas
que produz maior sensação de
saciedade, reduzindo a sensação
de fome. Além disso, tem poucas
calorias e facilita a eliminação de
substâncias residuais de tipo áci-
do, que se produzem em caso de
obesidade.
Diminuir:
Gordura saturada: vem es-
sencialmente dos produtos de
origem animal (leite completo,
queijos, carnes, enchidos, etc.).
É uma gordura de reserva, está-
vel e pouco reactiva e, a não ser
que se faça exercício físico inten-
so, tende a depositar-se debaixo
da pele, entre os músculos e na
cavidade abdominal (gordura vis-
ceral).
Fritos: contêm uma certa
quantidade de óleo, o que forne-
ce muitas calorias. Por exemplo,
as batatas fritas proporcionam 5
a 7 vezes mais calorias do que as
cozidas.
Fonte:
Enciclopédia de Educação para a Saúde
– A Saúde pela Alimentação
Professor Miguel Fonseca
A OBESIDADE
O Jin Shin Jyutsu® Fisio-Fi-
losofia é uma arte ancestral de
harmonização da energia vital
do ser humano. Traz equilíbrio
às energias do Ser, o que des-
perta bem-estar, vitalidade,
dissolve o stress e estimula a
capacidade natural de regene-
ração.
A auto-aplicação é a origem
e a essência do Jin Shin Jyut-
su. Foi aplicando a si próprio
que Jiro Murai trouxe para o
século XX esta Arte, e que Mary Burmeister, após
anos de estudos e dedicação, desenvolveu o Jin
Shin Jyutsu tal como hoje se pratica. Praticá-lo é
uma viagem ao interior de cada um de nós, pois
desperta e aumenta a consciência de que temos
os meios para alcançar o equilíbrio: a respiração,
os dedos e as 26 “travas de segurança energética”.
Nas aulas e nos cursos aprende-se a história,
os princípios e a filosofia do JSJ e a localização e
significado das 26 “travas de segurança energéti-
ca”, à medida que se aplicam vários exercícios de
auto-ajuda. Para quem tem desarmonias devidas
ao stress e/ou questões de saúde, ou para quem
simplesmente deseja participar activamente na ma-
nutenção da sua saúde, harmonia e bem-estar, a
arte do Jin Shin Jyutsu é uma ferramenta podero-
sa, disponível para todos. No nosso país, há alguns
praticantes e facilitadores certificados por Jin Shin
Jyutsu Inc, dois dos quais aqui mesmo na Benedita.
Um praticante está certificado para aplicar Jin Shin
Jyutsu a outros; um facilitador está certificado para
facilitar auto-ajuda em cursos, aulas e workshops.
Com o Jin Shin Jyutsu, convidamos a nossa har-
monia natural a manifestar-se plenamente no nosso
Ser e na nossa vida. Porque não ser o seu próprio
testemunho? É o desafio que esta arte nos coloca.
Quer fazer um exercício simples?
Segure um dedo duma mão com os dedos da
outra mão. Expire. Inspire. Baixe os ombros. Sorria.
Continue a segurar o dedo, respirando e sorrindo,
até sentir um ritmo. Repare que o ritmo muda: pode
passar ao dedo seguinte.Simples, não é?
Para mais informações: http://bioluz.wordpress.
com, http://jinshinjyutsu.no.sapo.pt
Professora Ana Luísa Quitério
JIN SHIN JYUTSU
As Receitas da Isabel
CRUMBLE DE MAÇÃ
Ingredientes:
4 maçãs
3 colheres (sopa)
de vinho do Porto
1 colher (sobremesa)
de farinha maisena
200 g de farinha
100 g de açúcar
100 g de manteiga ou marga-
rina
1 colher (de sobremesa) de
canela em pó
50 g de amêndoa laminada
Açúcar em pó para polvilhar
Preparação:
Ligue o forno a 200 graus.
Junte, num recipiente de ir ao
forno, as maçãs aos pedaci-
nhos e o vinho do Porto. De
seguida, adicione a maise-
na e misture bem. Reserve.
Numa tigela, deite a farinha,
o açúcar e a canela e mistu-
re bem. Adicione a manteiga
cortada em pedaços peque-
nos e esfarele com a ponta
dos dedos, juntamente com
os restantes ingredientes, até
ficar com aspecto de areia.
Espalhe a mistura anterior so-
bre as maçãs, pressionando
ligeiramente com a palma da
mão. Polvilhe, então, com a
amêndoa laminada. Leve ao
forno e deixe cozer cerca de
20 minutos ou até a superfície
estar dourada. Retire, deixe
arrefecer um pouco e sirva
morno, polvilhado com açúcar
em pó.
Professora Isabel Neto
ANO 5 - Nº 15TOQUE DE SAÍDA
Depois da abertura, há cerca
de um ano, da Casa das Histó-
rias em Cascais, é agora altura
de Paula Rego mostrar “em sua
casa” a obra do marido, falecido
em 1988, vítima de esclerose
múltipla.
Os trabalhos do companhei-
ro de Paula Rego, apresenta-
dos nesta exposição retrospec-
tiva, são pinturas e desenhos
cheios de cor, luz e força. Victor
Willing, mesmo na fase final da
sua vida, pintou sempre com
grande expressividade. Estas
obras podem ser observadas
nas primeiras salas e na sala de
exposições temporárias do mu-
seu. Nas últimas salas, encon-
tramos um conjunto de traba-
lhos de Paula Rego realizados
nos anos 70 e que têm por base
histórias e contos tradicionais
portugueses. É a fase da obra
da artista em que a técnica de
colagem mais se evidencia.
Até 2 de Janeiro, visite esta
mostra que nos coloca em con-
tacto com obras que habitual-
mente não se encontram ex-
postas ao público, e constate o
valor internacional destes dois
pintores. No último ano, o traba-
lho de Paula Rego tem sido dis-
tinguido com galardões como o
de Personalidade Portuguesa
do Ano, atribuído pela Associa-
ção da Imprensa Estrangeira
em Portugal. E, no âmbito das
comemorações do aniversário
da rainha Isabel II, foi-lhe con-
ferido o título de Dama Oficial
da Ordem do Império Britâni-
co, pela sua contribuição para
as artes. É altura de o público
português também valorizar o
trabalho da artista que faz “bo-
necos”.
Professora Maria de Lurdes Goulão
”ELE ERA O PINTOR; EU FAÇO BONECOS”
PAULA REGO / VICTOR WILLING
Paula Rego, Os Intrusos
Victor Wiiling, Navigation
A ESCOLA É FIXE
No âmbito das Jornadas Euro-
peias do Património 2010, o Ins-
tituto de Gestão do Património
Arquitectónico e Arqueológico pro-
moveu o concurso de fotografia
“Um olhar sobre o Mosteiro”, tendo
como tema o Mosteiro de Alcoba-
ça. O evento decorreu no dia 24 de
Setembro, na Sala do Capítulo do
Mosteiro de Alcobaça.
O Júri avaliou as fotografias
apresentadas a concurso pelos
alunos das escolas do concelho de
Alcobaça nas categorias de escul-
tura, arquitectura interior, arquitec-
tura de exterior, arquitectura tumu-
lária e originalidade.
Joana Susano dos Santos, alu-
na do 12º D, foi a segunda classi-
ficada na categoria de Arquitectu-
ra Tumular, e a 3ª classificada na
categoria de Arquitectura Interior.
Margarida Mendes da Silva, aluna
do 11º A, obteve o 3º lugar na cate-
goria de Escultura.
Professora Deolinda Castelhano
ALUNAS GANHAM PRÉMIO
3º lugar arquitectura tumulária
3º lugar escultura
2º lugar arquitectura de interior