20
ECO das comunidades Nº 80 - ANO 2009 OUTUBRO - DEZEMBRO Mocumbi - 100 anos a anunciar o Evangelho

Eco nº 80

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Eco das Comunidades nº 80

Citation preview

Page 1: Eco nº 80

ECOdas comunidades

Nº 80 - ANO 2009

OUTUBRO - DEZEMBRO

Moc

umbi

- 10

0 an

os a

anun

ciar

o Ev

ange

lho

Page 2: Eco nº 80

ECO das comunidades

O Imperativoda Missão

EDITORIAL

Nas comunidades e paróquias já estamos na fase de avaliação do 1º Ano do Plano Pastoral Diocesano 2009-2010: No encontro com Cristo vivo, a Igreja diocesana é chamada e enviada em missão. Neste ano pastoral 2009, que está a terminar, procurámos formar e formarmo-nos mais e melhor como discípulos através do contacto com a Palavra de Deus.Seguindo o plano traçado, no ano pastoral 2010, iremos ter como objectivo geral a Missão dos Discípulos Missionários: Evangelização e Catequese. Ire-mos recolher o que semeámos neste ano: não existe missão sem formação, nem missionários que não tenham sido discípulos. Só uma Igreja evangeli-zada, que aprofunda a fé e a vive, será evangelizadora.Estamos a iniciar o mês de Outubro, mês missionário por excelência. Oca-sião para, à luz da mensagem proposta pelo Papa Bento XVI, promover o espírito missionário e a solidariedade nos fiéis e nas comunidades cristãs. Não nos podemos deixar adormecer numa identificação católica envergo-nhada ou confusa. As nossas equipas missionárias, em comunhão com os animadores, têm de, humilde e corajosamente, assumir o seu papel de di-namizadores missionários das comunidades. A fundação de grupos de Infância Missionária em algumas paróquias ao

longo deste ano pastoral é um sinal muito im-portante para a formação da consciência mis-sionária das nossas comunidades, começando pelos mais pequenos. Outro dado positivo foi

o facto de em 2008, termos sido a segunda Diocese que em Moçambique mais contribuiu para as Obras Missionárias Pontifícias. Conseguimos ofere-cer um pouco do pouco que temos para ajudar a obra de evangelização a nível mundial.Para continuar a sua Missão, Cristo conta connosco. Que os 450 anos, que celebraremos em Abril do próximo ano, da chegada dos primeiros missio-nários a Inhambane: os padres jesuítas Gonçalo da Silveira e André Fernan-des; o centenário de fundação da Missão de São Francisco de Assis de Mu-combi e da Missão de São João de Deus de Homoine nos inspire e estimule a ser dignos herdeiros e fiéis continuadores da Missão de Cristo. Para que isso aconteça, é necessário que cada cristão seja um discípulo missionário, cada comunidade cristã se transforme num centro de irradiação da vida em Cristo, de modo a sermos uma “Igreja diocesana em missão”.

P. Diamantino Antunes

Page 3: Eco nº 80

3

23459111419

ÍNDICE

editorialcrónica diocesana

CPHG - Noticias do CentroSecretariado de Acção PastoralIgreja Católica em Moçambique

Comissões Diocesanaseco.. das paroquias

Assembleia dos jovens

FICHA TÉCNICA:PUBLICAÇÃO:SECRETARIADO DE ACÇÃO PASTORALCaixa Postal, 191 - Inhambane

Editor:Pe. Diamantino Guapo AntunesEdição Gráfica e Paginação:Rui Antunes

Impressão:Centro de Promoção Humana do Guiú[email protected]:850 exemplares

www.centroguiua.com

LIVRARIA CPHG

TÍTULOS RECOMENDADOS

Língua XITSHWA-Nzima yo longisela ku gonza a bíblia. Xigonzo xa ku longoloka (Introdução à Bíblia em língua Xitshwa)-Os Mártires do Guiúa em Xitswa (P. Francisco Lerma)-Kuhlayisa ka ngango. Wassati kango wakue

Língua GITONGA- MISSAL: Libhuku nya Misa nya Dzidimingu- GIMBILANI MU HEVBUDZA- HI NGU KHODWA

Língua PORTUGUESA-O Lowolo (Dom Adriano Langa)

Page 4: Eco nº 80

ECO das comunidades

CRÓNICA DIOCESANAJULHO5/7: Jornada Eucarística da Vigararia Sul: Mo-cumbi8-12/7: Visita Pastoral de Dom Adriano Langa à Paróquia de Panda 11/7: Encontro dos Vocacionados da Vigararia Centro: Morrumbene18/7: Encontro de formação para responsá-veis da Comissão da Saúde da Vigararia Sul: Inharrime19/7: Jornada Eucaristia da Vigararia Norte: Vilanculos26/7: Dom Adriano abençoa a capela de San-ta Maria Madalena de Nyapapa: paróquia de Guiúa.20-24/7: Assembleia Diocesana da Juventude: Guiúa27/7-2/8: Visita Pastoral de Dom Adriano Lan-ga à Paróquia da Maimelane

AGOSTO4-6/8: Reunião de formação para Missionários: Guiúa8/8: Reunião dos Vocacionados da Vigararia Sul: Quissico11-16/8: Visita Pastoral de Dom Adriano Lan-ga à Paróquia da Mocodoene22/8: Encontro de formação para responsá-veis da Comissão da Saúde da Vigararia Cen-tro: Maxixe23/8: Ordenação sacerdotal do diácono Do-mingos Mazive: Quissico24-29/8: Visita Pastoral de Dom Adriano Lan-

ga à Paróquia do Monguè

SETEMBRO6/9: Jornada da Juventude das paróquias da Vigararia Centro: Cumbana8/9: Reunião das Equipas Missionárias da Vi-gararia norte: Vilanculos13/9: Celebração de Acção de Graças da “Fa-mília Franciscana” pelos 800 anos da aprova-ção da Regra de São Francisco pelo Papa Ino-cêncio III: Inhambane15-20/9: Visita Pastoral de Dom Adriano Lan-ga à Paróquia da Maxixe 19/9: Encontro de formação para responsá-veis da Comissão da Saúde da Vigararia Norte: Vilanculos21/9: Reunião das Equipas Missionárias da Vi-gararia centro: Mongué.21-24/9: Curso de Formação para Animado-res da Palavra: Guiúa.22-23/9: D. Adriano Langa participou na reu-nião do Conselho Permanente da Conferên-cia Episcopal de Moçambique: Maputo25/9: Reunião dos religiosos/as membros da CIRM/CONFEREMO da Vigararia Centro e Sul: Guiúa28/9: Reunião das Equipas Missionárias da Vi-gararia sul28-30/9: Curso Diocesano para agentes da Justiça e Paz: Guiúa29/9: Partida de Dom Adriano Langa para Roma onde vai participar na IIª Assembleia do Bispos de África (Sínodo Africano).

Page 5: Eco nº 80

5

NOTÍCIAS DO CENTRO

No encerramento do Ano Paulino, a Comissão Bíblica quis aprofundar um pouco mais o co-nhecimento deste grande Apóstolo. Para tal, organizou um curso que tratou alguns aspectos da teologia, espiritualidade e metodologia pas-toral de São Paulo.O curso entre decorreu entre 22 e 26 de Ju-nho no Centro Pastoral do Guiúa. Participaram animadores de zona das paróquias de Guiúa, Morrumbene, Massinga, Mucodoene, Quissico Mavila e Inharrime e os catequistas em forma-ção no Guiúa. Total 40 participantes. O curso foi orientado pela Comissão Bíblica Diocesana na pessoa do P. Pedro Baldin. Com a ajuda de um subsídio preparado para esta ocasião, os participantes aprofundaram um pouco mais o seu conhecimento sobre património teológico e espiritual que São Paulo nos deixou.

1. Conclusão do Ano Paulino: curso sobre a teologia-espiritualidade de São Paulo

2. Missionários da Diocese de Inham-bane em formação

De 4 a 6 de Agosto decorreu no Centro de Pas-toral do Guiua o encontro anual do clero da dio-cese de Inhambane. Encontrar-se entre si para partilhar as suas experiências e dificuldades, re-flectir e discernir sobre os desafios da missão é

uma ocasião muito importante. O ponto alto do encontro deste ano foi o estudo, do “Prontuário das Normas Canónico-Pastorais da Diocese de Inhambane”, com a assessoria do Frei Guilherme da Costa. Este documento foi preparado pelo Secretariado de Acção Pastoral, com a colaboração das equipas missionárias e foi publicado em 2008. É, para os agentes da pastoral, um instrumento útil para o melhor conhecimento das normas canónico-pastorais da Igreja, tendo em consideração sobretudo os casos particulares relacionados com a organiza-ção e funcionamento da diocese, paróquias e comunidades, a admissão e administração dos sacramentos, etc.

3. Reuniões de Vigararia:

No mês de Setembro as equipas missionárias reuniram-se a nível de vigararia para o seu ha-bitual encontro: Vigararia Norte: 8 de Setembro, em Vilanculos; Vigararia Centro: 21 de Setembro, em Mongué; Vigararia Sul: 28 de Setembro, em Mocumbi.

4. Encontro dos religiosos/as da CIRM/CONFEREMO

No Centro do Guiúa realizaram-se 2 encontros de formação e partilha para formandos/as (se-minaristas e irmãs em formação) sob o tema: a

Page 6: Eco nº 80

ECO das comunidades

5.Curso da Comissão da Saúde a nível de vigararia

A Comissão Diocesana da Saúde realizou no mês de Agosto e Setembro encontros a nível de Vigararia (Inharrime, Maxixe e Vilanculos) para a formação dos responsáveis paroquiais desta co-missão. Foram tratados os seguintes temas: fun-damentos bíblico-teológicos sobre o cuidado dos doentes, assistência espiritual aos doentes: confissão, eucaristia, unção; doença e tradição.

6. Cursos diocesanos de formação

Realizaram-se no mês de Setembro 2 cursos diocesanos no Centro do Guiúa:-Curso de Formação sobre a Celebração da Pa-lavra Dominical (21-14/9) organizado pela Co-missão Diocesana de Liturgia: 60 participantes provenientes de 17 paróquias.-Curso sobre a Dignidade e Direitos da Mulher (28/9-1/10) organizado pela Comissão de Jus-tiça e Paz: 45 participantes provenientes de 16 paróquias.

7. Novos responsáveis das seguintes Comissões Diocesanas de Pastoral

O Senhor Bispo nomeou como novo respon-sável da Comissão Diocesana da Família, em substituição do P. Fernando Carneiro, que foi transferido para Portugal, o P. Vittorio Carminatti (Mónguè).Para responsável da recém-criada Comissão Diocesana dos Leigos foi nomeado o P. Henri-

8. Ir. Isabel transferida do Centro do Guiúa para Maputo

No passado dia 28 de Setembro, a Irmã Isabel da Costa Xavier despediu-se do Guiúa pois foi transferida para o Maputo. Trabalhou no Cen-tro e na Paróquia do Guiúa de 2005 até hoje. Com grande inclinação e gosto pela Liturgia, ela prestou nestes anos um importante serviço na sensibilização e formação dos responsáveis da liturgia a nível paroquial e diocesano para a ora-ção litúrgica bem celebrada e inculturada. Do Maputo, esperamos ainda ter a sua colaboração neste sector tão importante da nossa pastoral. Obrigado e muita saúde.

que Bascones (Jangamo).Como novo responsável das Obras Missionárias Pontifícias, em substituição do P. Marcelo Fer-nandez, transferido para o Maputo, foi nomea-do o seminarista diocesano Francisco Canhote (Inhassoro).

9. Desmantelamento da linha férrea Inhambane-Inharrime

Os mais velhos recordam que no Guiúa, até me-ados dos anos 80, passava o comboio que ligava Inhambane a Inharrime. A guerra, a degradação do troço e a pouca viabilidade económica do mesmo levou a que o comboio deixasse de passar. Têm estado a ser arrancados os carris na zona do Guiúa. O governo, de facto, decidiu desmantelar toda linha e vender os carris a uma metalurgia da Coreia do Sul. Foi precisamente há 100, em 1909, que o governo colonial, para satisfazer os anseios da população de Inhamba-ne, iniciou os trabalhos de construção da linha férrea. Em 1913 os trabalhos de construção da li-nha férrea já estavam concluídos. Começaram a circular as primeiras locomotivas. Em seguida foi construída a ponte-cais na baia de Inhambane, que ainda está em funcionamento, como com-plemento do caminho de ferro de modo a agili-zar as cargas e descargas por meio de barcos.A ligação de Inhambane à rede ferroviária do Sul

relação fraterna em comunidade:- Encontro de formação de Junioristas e Noviças: Guiúa, 5-6/9;- Encontro de formação para postulantes e aspi-rantes: Guiúa, 7/9Os religiosos/as (Padres e Irmãs) da Vigararia Centro e Sul reuniram-se no Centro do Guiúa no dia 25 de Setembro para o seu encontro tri-mestral. Foi uma ocasião para fazer a avaliação das actividades realizadas durante este ano e programar as actividades futuras.

Page 7: Eco nº 80

7

que chegasse até ao Maputo nunca se chegou a realizar pelas grandes dificuldades que a na-tureza opunha e por outros interesses. Todavia, durante décadas o ramal entre Inhambane e Inharrime permitiu a circulação de pessoas e de bens entre a capital e o sul da província. Com ar-ranque, dos carris, esta linha fica só na memória, sem deixar sinais.

Inquérito pastoral às comunidades da Diocese de Inhambane:2ª ParteDurante o ano 2008 foi feito um inquérito às comunidades cristãs da Diocese de Inhambane, or-ganizado pelo Secretariado de Acção Pastoral (SAP), com o objectivo de fazer levantamento da situação pastoral diocesana. O Inquérito às comunidades incidiu sobre 4 temas fundamentais: Comunidade Cristã: Organização e Funcionamento; Catequese; Sacramentos; Famílias Cristãs e Matrimónio; Relação com as outras igrejas/seitas.No Eco das Comunidades n. 79 (Julho-Agosto-Setembro) publicámos a 1ª parte dos resultados deste inquérito pastoral. Neste número iremos apresentar os resultados referentes à Cateque-se; Sacramentos; Famílias Cristãs e Matrimónio e à presença e relação com as outras igrejas e seitas.

III.Catequese1.Situação da catequese

nas comunidadesPara 35 comunidades (8%), a situação da ca-tequese é muito boa, para 98 comunidades (22%) a situação da catequese é boa. Para 197 comunidades (42%) a catequese funciona de maneira razoável. Para 104 comunidades (23%) a situação da catequese é fraca e para 17 comunidades é má (4%). Em 112 comuni-dades (25%) não existe catequese.

2.Numero de catequistas por comunidade

Há 21 comunidades (5%) sem nenhum cate-quista; 150 comunidades (34%) com apenas 1 a 2 catequistas; 141 comunidades (31%) com

2 a 5 catequistas; 64 comunidades (14%) com de 5 a 7 catequistas e 29 comunidades (4%) com mais de 7 catequistas. 27 comunidades (6%) não responderam à pergunta.

3.Dificuldades que se sentem na Catequese

Segundo as respostas dadas, as maiores dificuldades que a catequese sente nas co-munidades são as seguintes: desistência dos catecúmenos: 154 comunidades (34%); falta de catequistas: 115 comunidades (25%); falta de motivação e preparação dos catequistas: 83 comunidades (18%); falta de material cate-quético (catecismos): 74 comunidades (15%). A esta questão, não responderam 30 comuni-

JÁ ONLINE! VISITE www.centroguiua.com

Page 8: Eco nº 80

ECO das comunidades

dades (7%).4.Sacramentos:

O Baptismo é celebrado anualmente na maior parte das comunidades. Todavia, em 2008, houve 121 comunidades (27%) sem celebrações de Baptismos. O Sacramento da Eucaristia e da Confissão foram celebrados na maioria das comunidades. Apenas 66 comu-nidades (15%) não tiveram nenhuma visita do sacerdote e não tiveram estes sacramen-tos. O sacramento do Matrimónio apenas foi celebrado em 209 comunidades (45%). Em 286 comunidades (63%) nestes últimos dois anos houve a celebração do sacramento do Crisma.

O sacramento do Matrimónio continua a ser o sacramento menos administrado nas nossas comunidades, embora, em 2008, mais de metade das comunidades (241 comunidades=55%) não tenham, realizado nenhum Matrimónio religioso.A participação dos cristãos no preceito domi-nical (Missa e Celebração da palavra) é consi-derada razoável em 154 comunidades (36%); boa em 140 comunidades (32%), muito boa em 87 comunidades (20%). Todavia a partici-pação dos cristãos é considerada fraca em 31 comunidades (7%) e má em 5 comunidades (1%). 16 comunidades (4%) não responde-ram.

IV.Famílias Cristãs e MatrimónioNa totalidade das nossas comunidades o nú-mero de famílias casadas canonicamente é de longe inferior ao número de famílias cristãs que estão apenas casadas tradicionalmente ou vivem em união de facto, sem qualquer vínculo tradicional, civil e religioso.

Causas que levam os católicos a adiar ou não realizar

o Matrimónio Canónico:As causas mais apontadas são as seguintes: 1º Provar antes de casar, isto é, a necessida-

de de se conhecer bem antes de assumir um compromisso definitivo perante a sociedade e Deus. Esta causa é indicada por 115 co-munidades (27%); 2º Elevados encargos do “lobolo”. Esta causa é indicada por 113 comu-nidades (26%); 3º Imoralidade. Esta causa é indicada por 89 comunidades (21%); 4º Falta de formação religiosa por parte dos esposos. Esta causa é indicada por 88 comunidades (20%); 27 comunidades (6%) não responde-ram a esta questão.

V. Outras Igrejas e SeitasNa província de Inhambane existe uma gran-de variedade de igrejas e seitas. Segundo os dados do inquérito, nas aldeias onde está presente a Igreja Católica, existem em média 5 outras igrejas ou seitas. As igrejas ou seitas presentes em maior número são as seguintes: Mazione, em 81% das aldeias; Metodista Uni-da e Metodista Livre, em 78% das aldeias; Ve-lhos Apóstolos, em 75% das aldeias; Assem-bleia de Deus, em 56% das aldeias; Igreja Luz Episcopal, em 23% das aldeias; Adventista do Sétimo Dia, em 12% das aldeias; Testemunhas

de Jeová, em 10% das aldeias; Igreja Congre-gacional, em 8% das aldeias; Doze Apóstolos, em 7% das aldeias.

Relação entre a Igreja Católica e as outras igrejas/seitas

Para 88 comunidades (8%), a relação é boa; para 178 comunidades (42%) é razoável; para 41 comunidades (9%) a relação com as ou-tras igrejas/seitas é má; para 79 comunidades (18%) não existe qualquer tipo de relação. Não responderam, 49 comunidades (11%).

Page 9: Eco nº 80

9

Jubileu da Missão de Mocumbi-Inhambane: cem anos anunciando o Evangelho (1909-2009)

Características que distinguem os católicos dos membros das outras igrejas/seitas

Para 116 comunidades (25%) o que distingue a Igreja Católica das outras igrejas/seitas é a existência de catequese; para 88 comunida-des (19%) a característica própria da Igreja Católica é o amor fraterno; para 85 comunida-des (18%) é a Eucaristia; para 77 comunidades (16%) é a liturgia; para 62 comunidades (13%) é o Papa. Para 21 comunidades (4%), não há nada de especial que distinga os católicos dos fiéis de outras igrejas ou seitas. Não responde-ram 24 comunidades (5%).

Razão pela qual os católicos fogem para as outras igrejas e seitas:

Para 203 comunidades (44%), a procura de cura para a doença é a causa principal que leva os fiéis católicos a entrar nas outras igre-jas e seitas. Para 132 comunidades (29%) a causa para a saída está no facto dessas igrejas terem a catequese mais fácil e as exigências serem menores. Outras razões apontadas são as seguintes: a busca de poder, em 38 comunidades (8%); o dinheiro, em 33 comu-nidades (7%); a liturgia, em 25 comunidades (3%).

Este Domingo, 4 de Outubro, Festa de São Francisco, marcou o arranque das celebrações do centenário de fundação da Missão de Mocumbi. A abertura do jubileu da Missão reuniu centenas de cristãos oriundos de Mocumbi e residentes em Inhambane, Xai-Xai e Maputo. Na Solene Eucaristia, presidida pelo Frei Evódio João, Superior dos Franciscanos em Moçambique, foram evocados os momen-tos mais salientes desta centenária missão, ao mesmo tempo que se perspectiv-aram novos desafios a vencer com o apoio dos filhos e filhas de Mocumbi: um dos quais é a renovação da igreja, para o qual todos foram convocados.

A histórica Missão de Mocumbi, situada no sul da província de Inhambane, foi fundada em 1909 pelos filhos de São Francisco e a ele dedicada. É uma das missões mais antigas e importantes da Diocese. Aqui se formaram gerações de moçambicanos católicos, entre os quais um ex-primeiro ministro, Dr. Pasco-al Mocumbi, e um Cardeal, D. Alexandre José Maria dos Santos, arcebispo emérito do Ma-puto.Os trabalhos de instalação da nova Missão, situada em terras do rei Mocumbi, onde já em 1560 os missionários jesuítas Gonçalo da Silveira e André Fernandes se tinham fixado para uma primeira tentativa de evangeliza-ção, estiveram a cargo do Frei António Maria de Oliveira. Construiu as primeiras palhotas e

a pouco e pouco foi edificando os edifícios definitivos: residência dos padres e das irmãs, escola, internatos, oficinas, maternidade, etc. Os números de baptizados também foi au-mentado com os anos, de modo que nas al-deias da região se foram abrindo novas esco-las e capelas e a partir destas novas missões: Missão de Mavila (1939), Missão de Quissico (1957) e Inharrime (1958). Com os anos, a primeira igreja da Missão, já era pequena para acolher todos os fiéis. Em 1946 começaram os trabalhos de construção da nova igreja. As obras duraram dez longos anos, com períodos de interrupção, uma vez que o seu financiamento era efectuado com as receitas próprias da Missão, baseadas na agricultura. A imponente e linda igreja de Mo-

Page 10: Eco nº 80

ECO das comunidades

COMISSÃO DIOCESANA DA JUVENTUDE

Assembleia Diocesana da JuventudeDe 20 a 24 de Julho de 2009 realizou-se no Centro de Promoção do Guiúa a Assembleia Dioce-sana dos Jovens. Participaram 64 jovens de 19 paróquias da nossa diocese (faltaram os repre-sentantes das paróquias de Mocumbi, Pembe e Funhalouro). A Assembleia teve um momento de avaliação das actividades, um momento de formação sobre os temas da Missão e Palavra de Deus - A responsabilidade pastoral do jovem discípulo-missionário (Dom Adriano Langa); Conhecimento e envolvimento no plano diocesano de pastoral (P. Diamantino Antunes); a Pa-lavra de Deus fonte de inspiração para evangelizar os jovens (P. Paulo dos Santos). Seguiu-se um momento de retiro e por fim foi elaborada a programação para o ano pastoral 2009-2010, que foi feita tendo como base a programação saída da última assembleia diocesana.

cumbi foi finalmente inaugurada no dia 1 de Dezembro de 1956, numa cerimónia presidida pelo Cardeal Arcebispo de Lourenço Marques (actual Maputo), D. Teodósio Clemente de Gouveia. A igreja, com 44 m de comprimento e uma torre de 31 m de altura, foi decorada interiormente pela Irmã Maria René Joseph e pela Irmã Leontina, Franciscanas Missionárias de Maria.Seguiram-se anos de prosperidade, fruto de uma actividade evangelizadora intensa. Isto lhe mereceu a honra da eleição para acolher o primeiro Noviciado da Ordem Franciscana, na África Subsahariana, a partir de 1970 e seria desta casa de formação franciscana que saí-ram os primeiros frades moçambicanos for-mados em Moçambique, entre os quais o ac-tual Bispo de Inhambane, D. Adriano Langa.Depois da independência de Moçambique, a Missão de Mocumbi, como tantas outras mis-sões, foi transformada em centro educacional. Os missionários foram afastados da missão e proibida qualquer actividade religiosa. Com os anos as estruturas foram-se degradando e decaindo, até que a missão ficou num estado

de semi-abandono físico e espiritual.Os missionários Franciscanos regressaram à Missão de Mocumbi em 2002 e iniciaram a sua reabilitação. As prioridades foram a casa dos padres e a escola primária. Seguiu-se a reabilitação da residência das Irmãs e do edifício do internato feminino. Com estas re-abilitações, recuperou-se o rosto primitivo da Missão de Mocumbi. Falta talvez o mais importante, recuperar o dinamismo apostólico e educacional de ou-tros tempos. As comunidades cristãs actual-mente são muito reduzidas e fracas, devido à prolongada falta de assistência religiosa das mesmas e à agressividade das seitas. É pre-ciso todo um trabalho de re-evangelização que exige leigos preparados e motivados.Como no passado, também hoje, a Missão continua preocupada com o ensino e, por isso, neste momento de recomeçar, ela tem dois projectos: a Escola secundária e uma escola profissional. O projecto da escola se-cundária já está em andamento. A Missão de Mocumbi continua viva.

Page 11: Eco nº 80

11

Programa Diocesano da Pastoral da Juventude 2009/10

1-Fortalecer a organização dos jovens a nível paroquial

a) Fortalecer e organizar a Comissão dos Jo-vens a nível paroquial e que haja a presença de um membro da Equipa Missionária na mesma.b) Fazer com que em todas as comunidades exista um grupo de jovens organizado.

2-Temas de formação2.1.A Palavra de Deus como fonte e inspiração para a missão dos jovensa) Desenvolver encontros bíblicos nos grupos de jovensSubsídio: Introdução a Bíblia: Bíblia-Vida; tra-dução em língua xitshwa: Nzima yo longisela ku gonza a Biblia: Xigonzo xa ku longolokab) Divulgar os métodos de estudo e aprofun-damento bíblico: Lectio divina; chaves bíbli-cas; Rádio Proclaimerc) Promover retiros espirituais para facilitar o encontro do jovem com a Palavra de Deus.2.2.Perfil e espiritualidade do animador juve-nil a) Promover encontros a nível paroquial e de zona para formar os animadores dos jovens (usar o subsídio elaborado pela Comissão Diocesana da Pastoral da Juventude)

3-Continuar a divulgar a carta de Dom Adriano Langa

sobre a “Missão e compromisso dos jovens”

a) Promover o seu estudo a nível paroquial e de zonas4-Responsabilidade e compromisso

pastoral dos jovens- Motivar os jovens para o compromisso com

a catequese- Acompanhar o grupo da Infância Missioná-ria e dos adolescentes

5-Actividade sócio-caritativa- Continuar as actividades: privilegiar a pasto-ral carcerária e a visita aos jovens que deixa-ram de participar nas actividades da comuni-dade.

6-Organização económica- Continuar o esforço de obtenção de auto-suficiência económica

7-Desporto- Continuar as actividades e reforçar o inter-câmbio inter-paroquial

8 - Propostas e sugestões para serem implementadas

1-Realizar um encontro de formação a nível diocesano para animadoresTema: A Palavra de Deus2-Realizar a Assembleia Paroquial dos Jovens (avaliação e programação anual) e enviar uma cópia do relatório ao Secretariado de Acção Pastoral (SAP) e à Comissão Diocesana da Ju-ventude.3-Boletim diocesano “Eco das Comunidades”: participação e consulta no/do “Eco das Co-munidades” pelo grupo de jovens.4-Celebração do “Dia Missionário” (18 de Ou-tubro): usar o subsídio preparado pelas Ponti-fícias Obras Missionárias.5-Cada Paróquia deve ter no Arquivo Paro-quial uma pasta arquivo da Pastoral juvenil

Page 12: Eco nº 80

ECO das comunidades

Ordenação Sacerdotal do Padre Domingos Francisco Mazive

Decorreu no dia 23 de Agosto na recente-mente inaugurada Igreja Paroquial de Quis-sico a ordenação sacerdotal do diácono Do-mingos Francisco Mazive.A sua família é natural de Zavala mas Domin-gos Mazive nasceu em Inhambane a 6 de Janeiro de 1980, onde os seus pais se encon-travam a frequentar o curso para famílias de catequistas no Centro Catequético do Guiúa.O Padre Domingos Mazive entrou no Semi-nário de São Lucas de Inhambane em 1994 e terminou a sua formação teológica no Semi-nário Pio X de Maputo no ano 2007. Foi na Pa-róquia da Sagrada Família de Maxixe que fez o seu estágio diaconal e aí continuará a exercer o seu ministério sacerdotal.O diácono Domingos Francisco Mazive entrou na Ordem dos Presbíteros pela imposição das mãos e pela oração de do Bispo de Inhamba-ne, Dom Adriano Langa, que presidiu à cele-bração eucarística. Concelebraram muitos sa-cerdotes. Entre eles o Frei Elias, que em 1980, baptizou no Guiúa o jovem sacerdote. O Frei Elias não cabia em si de contente.No final da celebração, em acção de graças, o Bispo D. Adriano fez a sua dança habitual que empolgou a assembleia de muitos fiéis que se juntaram para assistir à ordenação. Seguiu-se

o almoço e um momento de confraternização.Com esta ordenação sacerdotal, o número de sacerdotes diocesanos de Inhambane sobe para sete. A nossa diocese está de parabéns. Eis, por ano de ordenação, a lista dos padres diocesanos de Inhambane:1. Pe. José Adolfo Macovele, nascido em 12 de Julho de 1957 e ordenado em 16 de Maio de 19962. Pe. Jeremias dos Santos Moisés, nascido em 14 de Abril de 1974 e ordenado em 19 de De-zembro de 1999.3. Pe. Anselmo Orlando Pinto, nascido em 1 de Outubro de 1975 e ordenado em 8 de Janeiro de 2006.4. Pe. Jacinto Fernando Elias, nascido em 16 de Outubro de 1977 e ordenado em 3 de Fevereiro de 2008.5. Pe. Jorge Maluzane Malate, nascido em 1 de Junho de 1977 e ordenado em 17 de Fevereiro de 2008.6. Pe. Anastácio Gemo Matsovele, nascido em 23 de Agosto de 1976 e ordenado em 2 de Mar-ço de 2008.7. Pe. Domingos Francisco Mazive, nascido em 6 de Janeiro de 1980 e ordenado em 23 de Agos-to de 2009.

Page 13: Eco nº 80

13

TEMA DE FORMAÇÃO: QUEM ENTERRA QUEM?

A MORTE, FUNERAIS-EXÉQUIAS CRISTÃS E ANIMADOR DA ESPERANÇA

Durante este ano, a nível diocesano, foi feito um esforço no sentido de melhorar a pastoral dos funerais através da formação dos ministros da Esperança e dos fiéis em geral, no que refere às celebrações fúnebres. Apresentamos um resumo dos elementos principais da doutrina e prática católica referente aos funerais.

Há uma realidade permanentemente presen-te na vida do homem e portanto presente também na vida da Comunidade Cristã: é a morte. É um acontecimento de grande vivên-cia no seio das famílias e das Comunidades. Um momento de evangelização e a ser evan-gelizado.A morte é um momento de sofrimento para as pessoas. Mas é um serviço da Comunidade Cristã transformar esse momento num mo-mento de Esperança, de Fé e de esforço por vencer o mal. A morte para o cristão é uma passagem, um momento de transformação; é a aurora da Ressurreição: a vida eterna, a vida regenerada, a vida em plenitude de felicida-de.As exéquias cristãs, e o ministro da Esperança que as preside, tem este serviço: fazer presen-te na família do defunto e na Comunidade Cristã esta Esperança, esta Fé, este empenho por construir com Jesus esta vida regenera-da.

A. Normas canónicas e litúrgicas da Igreja Ca-tólicaA Comunidade Cristã, de modo particular o Ministro da Esperança ao presidir todas as cerimónias do funeral, tanto as realizadas na casa do defunto como as realizadas no cemi-tério e na Igreja, deve seguir as orientações pastorais da Igreja, sem se deixar condicionar pela vontade da família do defunto no que diz

respeito à organização do funeral. Apresenta-mos as orientações, contidas no Prontuário das Normas Canónico-Pastorais da Diocese de Inhambane, nn. 88-89, para a celebração dos funerais

1. O que são o funeral ou exéquias cristãs?São ritos sagrados por meio dos quais a Igre-ja Católica implora o auxílio espiritual para os defuntos, honra os respectivos corpos e leva aos vivos a consolação da esperança cristã.2. Qual deve ser a atitude da comunidade cris-tã quando morre um dos seus membros?A Comunidade Cristã deve acompanhar as famílias da Comunidade que sofrem a morte de um dos seus membros cristãos, visitando-as com orações nos dias que precedem e seguem o funeral, celebrando a Eucaristia ou a Celebração da Palavra pelo defunto, partici-pando nas cerimónias em uso na região.3. O que é que a comunidade cristã deve fazer quando as cerimónias fúnebres se realizam ao Domingo?Devem evitar-se cerimónias fúnebres ao Do-mingo. Não sendo possível evitar, deve-se transferir a cerimónia a fúnebre para depois da celebração dominical da comunidade. No caso de enterro, se a família enlutada tiver pressa, destaque-se um Ministro de Esperan-ça para ir acompanhar a referida família, pre-sidindo ao acto.O enterro sem Missa não deve substituir a ce-

Page 14: Eco nº 80

ECO das comunidades

lebração do culto dominical, em que os fiéis são obrigados a participar.4. A quem é que a Igreja Católica celebra o fu-neral ou exéquias?Segundo a actual disciplina, a Igreja Católica celebra as exéquias aos baptizados, catecú-menos, às crianças sem Baptismo, que os pais tencionavam baptizar e ainda a baptizados não católicos, se não constar vontade em contrário e não se encontrar ministro próprio daquela Igreja.5. Quem é que a Igreja excluí do funeral ou exéquias? A quem é negado o enterro religio-so?Excluem-se das exéquias os apóstatas, here-ges, cismáticos que negaram ou abandona-ram a fé e a Igreja Católica e outros pecadores manifestos, a menos que tenham dado em vida sinais de arrependimento e que se pos-sa evitar o escândalo público (ex. baptizados polígamos ou não casados na Igreja). Se não houver sinais de arrependimento e se for ab-solutamente necessário, a Comunidade Ca-tólica pode praticar a obra de misericórdia e fazer o enterro, usando o Ritual abreviado.6. O que fazer em caso de arrependimento antes da morte?Neste caso, a pessoa que testemunhou algum “sinal de arrependimento” deve informar, com toda a honestidade, ao pároco e este deve informar à comunidade, para prevenir o escândalo. No entanto, os vivos, sobretudo os familiares, cuidem de não se colocarem eles mesmos no lugar do defunto e dizer coisas que este não disse. 7. Um baptizado não católico pode ser enter-rado pela Igreja Católica?Numa situação normal, não. Cada defunto deve ser enterrado segundo a sua fé e segun-do o ritual da sua comunidade de fé (Igreja), assim se respeitam as suas crenças e convic-ções, que não devem ser violadas, de modo algum.

8. Um não católico pode ser enterrado segun-do o rito católico se a sua família o deseja?a) Não pode. De facto, não é a fé e a prática religiosa dos familiares vivos que conta (mari-do, esposa, pai, mãe, filho, etc.) para determi-nar a comunidade de fé que deve presidir ao enterro, mas, sim, a fé e a prática religiosa do próprio defunto durante a vida.b) Perante um caso de morte de um seu membro, a família deve ter em conta ou pro-curar saber a qual comunidade religiosa (igre-ja) pertenceu durante vida esse seu familiar e é essa comunidade que deve ser chamada para presidir ao enterro, sob pena de a família cometer violação grave contra a fé ou convic-ções do seu próprio parente falecido.9. O que deve fazer o ministro da Esperança Católico quando lhe é pedido para presidir a um enterro?Sempre que uma Comunidade católica, os seus responsáveis ou que o ministro de Es-perança de uma comunidade católica for solicitado para presidir a um enterro, deve procurar saber diligentemente, com devido respeito, mas com seriedade, a situação reli-giosa do defunto. Se ele pertenceu a alguma outra comunidade (igreja) não-católica, a comunidade pode ajudar a localizar tal co-munidade e poderá dar todo o apoio que lhe for possível em diversos aspectos, mas o acto do enterro deve ser presidido pela Igreja do defunto.10. O que fazer quando não se sabe a que Igreja o defunto pertencia?Se, de modo algum, não for possível encon-trar a Igreja a que pertenceu o defunto, a co-munidade católica, por obra de misericórdia e num espírito de solidariedade humana e cristã, pode fazer o enterro, usando o ritual abreviado, para não acontecer violar a fé ou as convicções do defunto.11. Como enterrar um defunto que seguia a Religião dos Antepassados (Religião Tradicio-

Page 15: Eco nº 80

15

nal)?Um defunto que viveu segundo a Tradição e morreu sem dar sinais de conversão, deve ser enterrado segundo a Tradição, com todo o respeito e dignidade da pessoa humana. Neste caso, quem preside ao enterro deve ser alguém da família do defunto, determinado pela mesma. Se o defunto não tiver familiares, a comunida-de católica pode fazer a obra de misericórdia de enterrar o defunto, usando ritual abrevia-do. 12. Um enterro pode ser presidido ao mesmo tempo por ministros de várias igrejas?Não pode. Um mesmo enterro não deve ser presidido simultaneamente por mais que uma Igreja (‘concelebração’). Se o enterro for de um católico, se for mesmo necessário, pode-se pedir a intervenção de outras con-fissões presentes, em momento apropriado, não no meio do rito propriamente dito. A intervenção deve fazer parte das mensagens. Assim deve ser também, se a comunidade católica for solicitada num enterro de um de-funto não-católico.13. Que cuidados se deve ter na Missa pelos defuntos?Nas Missas pelos defuntos deve-se tomar providências para que participantes de outras confissões religiosas não recebam a Comu-nhão (por ignorância ou abusivamente). Nis-to se exceptuam os fiéis da Igreja Anglicana, que podem comungar na nossa Igreja (mas o contrário, não!).

B. Animador da EsperançaComo realiza o Ministro da Esperança este serviço?-Acompanhando os doentes graves com a oração e a presença fraterna, fortalecendo a Fé e a Esperança dos doentes e da família.-Presidindo às orações da Comunidade e da Família na casa do defunto, no cemitério e na

Igreja, nas cerimónias que acompanham a morte de uma pessoa (deve seguir as nor-mas canónicas e litúrgicas da Igreja Católica que estão acima indicadas).-Proclamando a Palavra de Deu nas cerimó-nias fúnebres.-Coordenando e garantindo apoio espiritual e humano da Comunidade Cristã à família do defunto.O Ministro da Esperança deve saber:-Representar dignamente a Fé e a Esperança da comunidade Cristã com o exemplo da sua vida.-Anunciar com firmeza e simplicidade o sig-nificado da morte para um cristão à luz da morte e ressurreição de Jesus Cristo.-Apresentar os textos bíblicos mais apropria-dos, para estes momentos e os cantos mais expressivos.-Suscitar a Fé nos presentes às cerimónias fu-nerárias através duma apresentação positiva da Fé de um cristão.

Page 16: Eco nº 80

ECO das comunidades

Paróquia de Santa Isabel do Guiúa

Inaugurações de capelas e encontro dos casais católicos. Recentemente foram benzidas e inauguradas 2 capelas em alvenaria na nossa paróquia: a capela de Santa Maria Madalena de Nyapapa, benzida pelo Senhor Bispo Dom Adriano Lan-ga no dia 26 de Julho, e a capela de São Ma-tias Mulumba de Malaissa, benzida pelo nosso pároco, no dia 20 de Setembro. As novas ca-pelas foram construídas em alvenaria e vêm

substituir as antigas capelas, já pequenas, construídas em material local. Para realizar estes novos edifícios de culto, os fiéis contri-buíram de várias maneiras: em bens materiais e também em generosidade e participação. A festa da inauguração foi sempre precedida por uma procissão, bênção da capela e cele-bração da Eucaristia. Após a celebração hou-

ECOdas paróquias

“Família Franciscana” em festaUm grande número de Frades, Irmãs e Lei-gos Franciscanos reuniram-se no dia 12 e13 de Setembro na Catedral de Inhambane para celebrar a “graça das origens”, isto é: fazer me-mória do caminho percorrido por Francisco de Assis, que, em 1209, se deslocou a Roma, depois de ter escrito a Regra, para obter do Papa Inocêncio III a aprovação daquele pro-jecto de vida. Com este encontro, os filhos e filhas de São Francisco de Assis reflectiram so-bre a Regra e o modo viver a fraternidade no Moçambique de hoje. Foi um evento celebrativo que teve o seu

ponto alto com a celebração eucarística sole-ne. Presidiu à cerimónia, o nosso bispo, Dom Adriano Langa, também ele frade francisca-no. Num gesto de verdadeira comunhão, a famí-lia franciscana testemunhou à comunidade cristã de Inhambane “a graça das origens” e perante ela renovou o seu empenho em continuar a servi-la. Ao mesmo tempo a co-munidade cristã de Inhambane agradeceu aos Franciscanos a sua acção evangelizadora e de promoção humana nestes mais de 100 anos de presença em terras de Inhambane.

Paróquia de Nª Sra. da Conceição de Inhambane

Page 17: Eco nº 80

17

ve almoço partilhado e tarde recreativa. Mais dois núcleos, recentemente fundados estão já construindo as suas primeiras capelas, o núcleo de Nossa Senhora da Consolata de Malaissa 2 e núcleo de Santa Josefina Bakhita do Guiúa. Ansiamos por poder partilhar com todos a notícia da sua inauguração.No dia 22 de Agosto a Comissão Paroquial de Famílias organizou um encontro de partilha,

formação e convívio para os casais que realiza-ram o sacramento do casamento nos últimos 12 anos (1996-2008). Participaram mais de 50 casais. O encontro foi orientado pelo casal Rangel, da Comissão Diocesana. Seguiu-se a celebração eucarística e o almoço partilhado. A experiência foi de agrado de todos e foi lan-çada a proposta para que se repita, incluindo os casais que já casaram há mais tempo.

Paróquia de N. Srª. de Fátima de Jangamo

Cumbana: Jornada da Juventude da Zona Centro

No Domingo dia 6 de Setembro foi a vez dos jovens das paróquias da Vigararia Centro da Diocese de Inhambane se reunirem entre si no seu encontro anual. Desta vez o lugar de encontro foi a localidade de Cumbana, Paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Jangamo. Participaram cerca de 1.300 jovens das paró-quias de Inhambane, Maxixe, Jangamo, Ho-moine, Panda, Massinga, Mucodoene, Mur-rombene, Monguè e Guiúa. Foi um momento forte de reflexão e oração, onde não faltou um momento de recreação durante o qual os jovens puderam mostrar os seus dotes artísticos. O tema do encontro foi a esperança cristã: “Pusemos a nossa esperança em Deus vivo”. Os jovens, nas suas paróquias, foram convi-dados a partilhar sobre a sua esperança no Moçambique actual e o modo como esta se coaduna com a esperança de Cristo que ani-ma a vida do cristão. Cada paróquia, através de testemunhos de vida, teatro, poesia, canto e dança manifestou

o modo como hoje é vivida a esperança e se consegue, apesar das dificuldades, ser opti-mista e confiante num futuro melhor.

O encontro terminou com um celebração eucarística, solene presidida pelo Bispo de Inhambane. Dom Adriano Langa, nas suas intervenções, convidou os jovens a serem op-timistas e perseverantes. Denunciou o espírito de dependência gerado nas populações em relação às ajudas externas e alertou para o perigo da consequente perda da cultura do trabalho. Exaltou o espírito de sacrifício e valorizou os recursos locais. Exortou os jovens a darem o melhor de si mesmos na construção de um Moçambique mais próspero e justo, tal qual sonhavam os que lutaram pela independên-cia nacional, como é afinal a missão de cada um de nós.

Page 18: Eco nº 80

ECO das comunidades

Decorreu em Mocumbi um banquete espi-ritual, em que toda a vigararia Sul participou (Quissico, Mavila, Inharrime e Mocumbi). O evento teve início às 9.00 com a realização de palestras sobre a Eucaristia que foram organi-zadas por grupos das diferentes idades: crian-ças, jovens e adultos.Ás 10h00 teve início a celebração eucarísti-ca presidida pelo nosso Bispo, Dom Adriano Langa. Durante a homília, D. Adriano aprofun-dou o tema da Eucaristia e da Evangelização. Dirigindo-se particularmente aos jovens, de-safiou-os a empenharem-se mais na vida da comunidade, porque afinal eles são a seiva e os herdeiros da nossa Igreja e do nosso País.Após a Missa, procedeu-se a um momento de Adoração do Santíssimo Sacramento, tendo os crentes ficado surpreendidos e admirados com esta maneira de rezar. Ficaram cheios de alegria. Quando acabou, perguntaram-se uns aos outros: já acabou?

Logo depois da Adoração ao Santíssimo Sa-cramento, seguiu-se a Procissão Eucarística que deu a volta a toda a missão. Cantando e rezando fomos acompanhando Cristo pre-sente na Eucaristia que percorre os nossos ca-minhos. Era um dia chuvoso, mas ninguém se sentia incomodado e comentava-se: “chuva pagã, não molha o cristão!”. Depois da bên-ção final, fomos para o refeitório “Padre Da-mião”. Aí comeu-se! Alguns, mesmo à farta, até lembraram a geografia de Moçambique, aplicando “monte Binga” nos pratos. Depois do almoço, era para se recrear tocan-do timbila, mas não foi possível por causa da chuva. Porque afinal, o material da timbila não é cristão, pode molhar e estragar!Por fim, recordamos a todos os leitores que no próximo dia 4 de Outubro, a paróquia de São Francisco de Assis de Mocumbi vai cele-brar 100 anos de vida!

Paróquia de São Francisco de Assis de MocumbiCatequista João Tenguisse

Paróquia de São Pedro Claver de PembeAnimador Baptista Fernando Nhachengo

Em primeiro lugar queremos saudar todos os leitores do “ECO”. Com alegria informamos-vos que recebemos na nossa Paróquia o nos-so reverendíssimo Bispo, Dom Adriano Langa, em visita pastoral. Esta teve início no dia 23 de Junho na zona pastoral 3 de Marul. Nos dias seguintes foram visitadas as comunidades da zona pastoral de de Benhane; zona pastoral de Inhavare e zona pastoral de Fanhafanha.

O último dia da visita, dia 28 de Junho, foi o dia do encerramento com a visita à zona da Sede da Missão, onde estavam presentes os crismandos das várias comunidades da Paró-quia de Pembe.Durante a visita pastoral, o senhor Bispo fez uma forte catequese sobre os funerais e so-bre o fenómeno do trânsito religioso que faz que fiéis da nossa Igreja, depois do Baptismo,

Page 19: Eco nº 80

19

imigrem para as seitas. Agradecemos muito a catequese do nosso pastor. Ela é para nós todos, catequistas, famílias e cristãos em ge-ral. Devemos por em prática os ensinamentos

que recebemos.Por fim queremos agradecer a equipa missio-nária que nos orientou na liturgia.

Paróquia de São João de Deus de HomoíneJosefina Armindo, Secretária da Zona Pastoral nº1.

Em primeiro lugar quero endereçar as minhas cordiais saudações a todos os leitores e em es-pecial à equipa de redacção do “ECO”. Quere-mos informar-vos de que a Zona pastoral n.º 1 da Paróquia de Homoine foi visitada pelo seu responsável, o senhor Augusto Rafael, no pas-sado dia 17 de Maio na comunidade de São Francisco Xavier de Chinjinguir. Acompanha-vam o animador da zona, os conselhos das 7 comunidades que formam a nossa comuni-dade: comunidade da Sede, Beato Nuno de Meho; Nª Senhora de Fátima de Mubalo; San-ta Mónica de Cote: Santo Agostinho de Pa-muane e a comunidade dos Santos Mártires do Uganda de Hanhane. Toda a comunidade estava à espera da visita e acolheu-a em festa. Depois da recepção, seguiu-se a Celebração da Palavra de Deus presidida pelo Sr. Augusto Rafael. Partindo do texto das leituras daquele Domingo, o presidente da celebração duran-te a sua homília falou sobre a chamada de todos os povos à salvação: Deus, através do

seu Filho, nos diz que já não há povos privile-giados, nem homens puros e outros impuros, mas que todo aquele que pratica a justiça é agradável a Deus. Consequentemente, nas nossas comunidades não faz sentido fazer distinções baseadas na raça, nem o direito de julgar e de distinguir entre bons e maus. O amor a Deus e o amor ao próximo é a única maneira que o homem tem para manifestar a Deus o seu amor. A liturgia foi animada pelo grupo de jovens. Foi uma maravilha, pois en-saiaram bem e com muita antecedência. No final da celebração, a catequista da comuni-dade, Josefina Armindo, apresentou ao ca-tequista responsável da zona pastoral os 16 catecúmenos recém-baptizados. Um grupo de “mamanas” saudou a delegação, exibin-do-se com a dança típica “macuaiela”, à qual se associaram também os jovens. Seguiu-se o almoço e em seguida a despedida dos vi-sitantes.

PROXIMOS EVENTOS: 1.Ano SacerdotalEstão programadas algumas actividades a nível dio-cesano, de vigararia e a nível paroquial para viver o Ano Sacerdotal. Está a ser preparada e traduzida uma oração para ser usada nas comunidades para rezar pela santificação dos sacerdotes. Está também a ser elaborado um guião sobre a vocação e missão do sa-cerdote para ajudar a reflexão nas comunidades e a

ser usado nos Domingos de Advento. Além disso, a ní-vel de vigararia os sacerdotes já programaram alguns encontros-retiros como ocasião de aprofundamento e vivência do ano sacerdotal.2.Abertura do Jubileu do 1º Centenário da Fundação da Paróquia de São Francisco de Assis de MocumbiA Missão de São Francisco de Assis de Mocumbi foi

Page 20: Eco nº 80

ECO das comunidades

criada em 1909 no distrito de Inharrime. O seu fun-dador foi o P. António Maria da Oliveira. A Missão co-meçou a ter algum incremento a partir de 1914. Em 1924 chegaram as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria.A abertura oficial do 1º Centenário da Fundação terá lugar no dia 4 de Outubro, festa de São Francisco de Assis, em Mocumbi. Recordamos também, que no próximo ano se cele-bram os 450 anos da chegada dos primeiros missioná-rios Jesuítas (P. Gonçalo da Silveira e P. André Fernan-des) a Inhambane e posterior fixação e missionação, embora breve, na região de Mocumbi.3.Ordenação Sacerdotal do Frei Lourenço Tomás LaquiçoTerá lugar no dia 18 de Outubro de 2009, pelas 9.00, na Paróquia de São João de Deus de Homoíne. Frei Lourenço Laquiço é natural da Paróquia de Nossa Se-nhora do Rosário de Muvamba.4.Encontro de conhecimento das famílias de Catequis-tas que irão frequentar o curso de formação no 2010Terá lugar no Centro do Guiúa no dia 22 de Outubro (chegada para o almoço) e terminará no dia 23 de Outubro. São convidados as participar o marido e a esposa.5.Retiro Diocesano dos vocacionados e vo-cacionadasA Comissão Diocesana da Pastoral Vocacional progra-mou um retiro para Vocacionados e Vocacionadas de todas as paróquias da diocese. O retiro terá início no dia 23 de Outubro (chegada para a Missa das 18.00) e terminará no Domingo dia 25 de Outubro (11.00). O tema do retiro será: A vocação, compromisso e missão: a opção por Cristo. Pregador: P. Domingos Mazive. Podem participar todos os vocacionados/as, dando prioridade aqueles que estão mais à frente no caminho de acompanhamento vocacional. Cada gru-po paroquial deve preparar uma dança, cântico ou alguma forma de expressão cultural para o momento de recreação a realizar no último dia.6.IIª Assembleia dos Bispos de África e Mad-agáscar.Vai ter a sua abertura no próximo Domingo, dia 4 de Outubro, em Roma. O tema, como sabemos, é a Re-

conciliação, Justiça e Paz em África. Toda a diocese de Inhambane está representada por D. Adriano Langa. Acompanhemo-lo a ele e a todos os Padres Sinodais com a nossa oração. D. Adriano estará ausente da diocese até meados de Novembro. Depois do Sínodo participará, ainda em Roma, num congresso mundial sobre as emigrações.7.Eleições gerais no próximo 28 de OutubroFoi enviado às paróquias o comunicado sobre as eleições das comunidades religiosas (Conferência Episcopal de Moçambique, Conselho Cristão de Mo-çambique e o Conselho Islâmico de Moçambique), representadas no Observatório Eleitoral. Recomenda-mos a sua leitura pública, ao menos nas sedes paro-quiais. Também foi distribuída a Oração pelas Eleições Gerais do próximo dia 28 de Outubro. Rezemos todos por este importante evento para o futuro do país. 8.Assembleia Diocesana de Pastoral: Guiúa, 24-26 de NovembroJá estamos na fase de avaliação a nível paroquial do 1º Ano do Plano Pastoral Diocesano do Triénio 2009-2010: No encontro com Cristo vivo, a Igreja diocesana é chamada e enviada em missão. Cada comunidade cristã deve, em assembleia, responder ao questionário enviado pelo SAP. A partilha e elaboração da síntese paroquial deve ser feita este mês a nível de Assembleia ou Conselho Paroquial. O envio da síntese-relatório paroquial deve ser feito ao SAP e Vigários de Zona até ao dia 15 de Novembro. •Delegados paroquiais à Assembleia Diocesana: Todos os Sacerdotes e diáconos que trabalham na Diocese (trazer alba e estola) - As Paróquias que têm famílias de catequistas em for-mação no Guiúa (Nova Mambone, Vilanculos, Maime-lane, Muvamba, Massinga, Maxixe, Móngué, Homoi-ne, Guiúa, Inhambane) trazem apenas 2 participantes (1 leigo e 1 religiosa): a família que está em formação no Guiúa representa a Paróquia na Assembleia.- Todas as restantes paróquias trazem 3 participantes (incluindo 1 religiosa)- Chegada ao Guiúa no dia 24 de Novembro até às 11.00. Os trabalhos começam depois do almoço, ocupando os dois dias seguintes integralmente (25-26/11)