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Economia Brasileira
1
Economia Brasileira Resiliência e vulnerabilidade à
crise global
Brasília (DF), 7 de novembro de 2012Diretoria de Estratégia e Organização
Cenário Internacional
Economia brasileira resiliência e vulnerabilidade à crise global
Internacional
2
Economia Mundial
Maior importância dos emergentesno PIB mundial
Fluxo de recursos e preços de
commodities
Países avançados
elevam juros
Perspectiva econômica globalpara onde vamos?
3
Economia MundialReaceleração a partir de
2014
commodities mantêm-se
favoráveis aos emergentes
Dólar se enfraquece no médio e longo prazos
elevam juros somente em
2015
Perspectiva econômica globalprojeções pioraram a cada nova “rodada” em 2012
4,1
5,1
4,5
5,5
Cre
scim
ento
anu
al d
o P
IB m
undi
al (%
) Projeção WEO/Abr 2012
Projeção WEO/Jul 2012
Projeção WEO/Out 2012
Observado
4
3,6
4,1
3,5
3,9
3,3
3,63,8
2,5
3,5
2010 2011 2012 2013
Cre
scim
ento
anu
al d
o P
IB m
undi
al (%
)
Fonte e projeções: Fundo Monetário InternacionalElaboração: Direo
“Aumentaram os riscos de desaceleração mais forte da economia global (...). O maior risco imediato, que continua em vigor, é a ação política atrasada ou insuficiente sobre a crise
Perspectiva econômica globalriscos ao cenário básico permanecem elevados
6
atrasada ou insuficiente sobre a crise da Área do Euro. Outro risco de curto prazo é o iminente abismo fiscal nos EUA e a decisão de elevação do teto da
dívida americana”.FMI, weo out/12
Europadívidas elevadas demandarão solução crível de longo prazo
153
121115108100
120
140
160
180
200
Dív
ida
Pú
blic
a B
ruta
/ P
IB
Grécia Itália
Portugal Alemanha
Espanha Irlanda
10
74
101
108
0
20
40
60
80
100
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Dív
ida
Pú
blic
a B
ruta
/ P
IB
Fonte: World Economic Outlook Database, Outubro 2012
Nível de atividademuitos países já estão/permanecem em recessão
3º tri: 1,0%
11
Fonte: Bloomberg
1,0%
� Continuidade reduz o fator surpresa
� Governo mais interventor� Estado mais assistencialista (mais impostos e
� Estado menos participativo �Menos impostos� Discurso pró redução do endividamento público
EUApossíveis diferenças entre os candidatos
16
� Estado mais assistencialista (mais impostos e transferências sociais)
� Redução dos custos militares
endividamento público�Maiores gastos com defesa �Menor rigor na regulação financeira
� fiscal cliff: ambos deverão ter dificuldades, pois podem não ter maioriano Senado e na Câmara suficiente para aprovar novos ajustes fiscais
6
8
10
Baseline - jan/12Prorrogar os incentivos fiscaisSuspensão dos cortes no orçamentoPagamento adicional da dívida
Déficit FiscalCenário base e assumindo a continuação de algumas políticas%
PIB
EUAabismo fiscal é importante risco a ser contornado
0
2
4
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
17
Fonte: CBO (Congressional Budget Office)
Mercado imobiliário americano recuperação do setor é importante para retomada econômica
8,0
8,5
Taxa de juros - hipotecas convencionais (30 anos)
Foco do QE3 é reduzir ainda mais os juros das hipotecas. Consequirá?
23
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
% a
.a.
Fonte: Federal Reserve
Taxa de juros - hipotecas convencionais (30 anos)
3,55%, mínimo histórico
Índice de preços das residências
Mercado imobiliário americano recuperação do setor é importante para retomada econômica
24
EUAendividamento elevado das famílias dificulta retomada
30
40
50
60
70
80
Ativo Real das Famílias
US
$ T
rilh
ões
140
10
20
30
60 65 70 75 80 85 90 95 00 05 10
Deflator: CPI
(casas+ações+títulos+bens duráveis)
0
20
40
60
80
100
120
90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10
TotalCrédito ConsumidorHipotecas
Endividamento das Famílias
% da renda pessoal disponível
26
“Os dois principais canais de transmissão do baixo
crescimento nas economias avançadas para os mercados
Perspectiva econômica globaltransmissão da crise global para emergentes
29
avançadas para os mercados emergentes são o financeiro e o comercial, os quais se somam às fraquezas dos mercados domésticos”.
FMI, weo out/12
Perspectiva econômica globalAL deve melhorar desempenho em 2013
Fonte: World Economic Outlook Database, October 2012
Contribuições para o crescimento do PIB da AL por país em 2012
Perspectiva econômica globalBrasil e Argentina “puxaram” PIB para baixo este ano
Contribuições para o crescimento do PIB da AL por país em 2013
Perspectiva econômica globaldevem trilhar caminho inverso em 2013
Variações anuais nos valores das exportações por destino entre 2011 e 2012a
Perspectiva econômica globalcanal do comércio afetou negativamente atividade na AL
Variação da taxa nominal de câmbio entre dezembro de 2011 e novembro de 2012
3,3
5,9
6,9
8,1
Peru
Colômbia
México
Chile
América Latinamesmo assim, pressão de apreciação continuará no CP
-9,9
-8,3
-0,8
0,7
1,1
3,3
-12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
Argentina
Brasil
Paraguai
Bolívia
Uruguai
Peru
Fonte: Bloomberg
APRECIAÇÃODEPRECIAÇÃO
Atividade
• Economia já responde aos
Inflação
• Inflação de alimentos volta a
Política Monetária
• Por ora, mantemos Selic
Perspectiva econômica domésticatrês tópicos dominam as discussões
38
responde aos estímulos
• Porém, não há tempo para “salvar” o PIB deste ano
• O que esperar para 2013?
alimentos volta a incomodar
• Ratificamos cenário de aceleração do IPCA em 2013
mantemos Selic em 7,25%
• Selic não deve subir em 2013
• Cortes adicionais não podem ser descartados
Termos de trocaambiente internacional desfavorece país
110
120
130
Vari
ação
Men
sal
(200
6 =
100)
Preço exportação/ Preço importação
80
90
100
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Vari
ação
Men
sal
(200
6 =
100)
Fonte: FuncexElaboração: DIREO
Exportações e importaçõesperspectiva para balança em deterioração
Decomposição das exportações
Decomposição das importações
Balança comercialsaldos voltarão a se recuperar em 2014
44,7 46
,5
40,0
24,8
25,3
20,1
29,8
20,3
15,4 18
,7
50
100
150
200
250
300
350
400
10
20
30
40
50
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
US
$ Bilh
ões
Exp
ortaçõ
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po
rtações
US
$ B
ilh
ões
Bal
ança
Co
mer
cial
Fonte: MDICElaboração e Projeções: DIREO
Balança Comercial
Exportações
Importações
Fluxo de recursos externosaumento na aversão ao risco reduz investimentos em carteira
20
30
40
50
Acu
mul
ado
em 1
2 m
eses
(US$
bilh
ões)
Renda Fixa
Ações
44
-20
-10
0
10
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Acu
mul
ado
em 1
2 m
eses
(US$
bilh
ões)
Fonte: Banco CentralElaboração: DIREO
Fluxo de recursos externosinvestimentos estrangeiros diretos
IED na AL (2011)
�Brasil US$ 67 bi�México US$ 19 bi�Chile US$ 14 bi�Colômbia US$ 13 bi�Argentina US$ 7 bi
45
�Argentina US$ 7 bi
Custo das emissões do governorisco brasileiro é bastante reduzido
47
Fonte: Bloomberg e Ministério da Fazenda
Inflaçãoinflação de serviços permanece pressionada
9,53
7,898,0
10,0
12,0
14,0
Infla
ção
acum
ulad
a 12
mes
es (
%)
IPCAAlimentosServiçosLimite superior da meta
54
5,28
0,0
2,0
4,0
6,0
set/0
8
dez/
08
mar
/09
jun/
09
set/0
9
dez/
09
mar
/10
jun/
10
set/1
0
dez/
10
mar
/11
jun/
11
set/1
1
dez/
11
mar
/12
jun/
12
set/1
2
Infla
ção
acum
ulad
a 12
mes
es (
%)
Fonte: IBGE e BCB
Economia brasileira resiliência e vulnerabilidade à crise global
Nível de atividadeNível de atividade
Estímulos ao nível de atividademedidas recentes do governo
+ crédito: redução dos juros e dos
spreads bancários
- impostos: redução/isenção
do IPI para diversos bens
- custos: redução do preço da
energia elétrica
60
diversos bens
+ investimentos: prorrogação do
PSI c/ redução de juros
- custos: desoneração da
Folha de Pagamento
+ liquidez: liberação de depósitos
compulsórios
Mercado de trabalhosituação de pleno emprego é positiva e desafiadora
Nos últimos 12 meses foram criadas 1,45 milhão de vagas
64
Taxa de desemprego: 5,4% em set/12
PIB trimestral desafio nada desprezível para crescer 1,5% este ano
Crescimento trimestral
requerido para atingir 1,5% em 2012
68
Brasiloportunidades de investimentos
ExploraçãoExploração de de petróleopetróleo ((prépré--salsal))
72
CopaCopa do do MundoMundo (2014)(2014)
JogosJogos OlímpicosOlímpicos (2016)(2016)
Esses eventos oferecem a oportunidade única para a Economia Brasileira ampliar o volume de investimentos
Economia brasileiraoportunidades de investimentos são muitas, mas...
o volume de investimentos em proporção do PIB,
condição sine qua non ao crescimento sustentado
Além da reduzida taxa de investimentos, há outros importantes desafios para
Economia brasileiradesafios no horizonte são também grandes
importantes desafios para que a economia brasileira
trilhe o caminho do crescimento sustentado
Diretoria de Estratégia e Organização
Gerência de Assessoramento Econômico e Estudos Estratégicos
Luiz Otavio Chabalgoity
Assessor Master
SBS – Qd 04 – Bloco G – Edifício Sede I – 10º Andar
70073-900 – Brasília (DF)
Telefone: (61) 3102-6896
79
� Aumentar a mobilidade da mão de obra
� Adotar regras mais flexíveis para fixação de preços e
O que é uma região monetária ótima?
Região geográfica onde os choques econômicos adversos
têm impactos relativamente simétricos e pequenos sobre os
países ali localizados. Caso contrário, pode-se ...
� Adotar regras mais flexíveis para fixação de preços e
salários
� Promover ajustes na taxa de câmbio de conversão para
nova moeda
� Realocar recursos orçamentários para financiar países em
maiores dificuldades
82
� Diferenciais de produtividade são relevantes
� Diferenciais significativos nos custos do trabalho
� Regras trabalhistas são muito diferenciadas entre os
Além disso, na Área do Euro o(a)s...
O que é uma região monetária ótima?
� Regras trabalhistas são muito diferenciadas entre os
estados membros
� Estruturas produtivas são também muito diferentes (p.ex.
Alemanha e Grécia)
Área do Euro não é uma região monetária ótima
83
Motivando a “euforia”Motivando a “euforia”
�Na Europa
� BCE decide adquirir títulos de 1 a 3 anos de maturidade de países da
periferia da Zona do Euro (Outright Monetary Transactions – OMT)
� alivia pressões sobre emissões soberanas
� reduz (mas não elimina) risco de ruptura na Zona do Euro
� Corte Constitucional alemã aprova o ESM (European Stabilization
Mechanism)
�Nos EUA� Quantitative easing 3
88
Ampliação da liquidezAmpliação da liquidez
≅≅ ≅≅U
S$
700
bi (
LTR
O2)
OM
T (
ilim
itad
o)
QE
3 (i
limit
ado
)
•€5
29 b
i ≅≅ ≅≅•
OM
T (
ilim
itad
o)
•Q
E3
(ilim
itad
o)
89
�O canal do comércio tem sido o principal mecanismode transmissão da deterioração do ambienteinternacional para a América Latina (AL), especialmente para a América do Sul (AS)
A desaceleração da economia mundial,
Perspectivas para a Economia Global:América Latina
�A desaceleração da economia mundial, particularmente da China, afeta mais intensamenteos países exportadores de commodities na Região
�Por outro lado, os países mais afetados possuemmaior capacidade de reação à crise via uso de políticas fiscal e monetária
�A intensificação da crise na Europa vem tendo um impacto variável sobre os países da AL, com Brasil, Chile e Uruguai registrando as maiores reduçõesem suas exportações para a Região
�Nesse ambiente, a AL crescerá 3,2% em 2012, ou
Perspectivas para a Economia Global:América Latina
�Nesse ambiente, a AL crescerá 3,2% em 2012, ouseja, significativamente menos que em 2011 (4,5%), principalmente por conta da forte desaceleração da economias do Brasil e daArgentina
�Esse movimento deverá ser ainda mais intensopara a AS, que sairá de uma evolução do PIB regional de 5,8% em 2011, para 3,6% este ano
�Argentina, Brasil e Paraguai apresentarão as menores taxas de crescimento entre os países daRegião em 2012
�A expectativa continua sendo de maior dinamismopara a AL em 2013 e 2014, com taxas esperadas de
Perspectivas para a Economia Global:América Latina
para a AL em 2013 e 2014, com taxas esperadas de crescimento de 3,9% e 4,1%, respectivamente, porconta da reaceleração da economia brasileira
�As políticas monetárias expansionistas naseconomias avançadas contribuirão para apreciaçãocambial nas economias emergentes como um todo, representando risco adicional ao nível de atividadena AL
Variações nos termos de troca entre 2009 e 2012a
Os termos de troca têm se
Perspectiva econômica globalAmérica Latina
têm se deteriorado em muitos países da Região
Argentina índice geral de atividade
155
160
165
170
175
1993
=100
(sé
rie
des
sazo
nal
izad
a)
Tendência = Média Móvel de 12 meses
130
135
140
145
150
set/
06
mar
/07
set/
07
mar
/08
set/
08
mar
/09
set/
09
mar
/10
set/
10
mar
/11
set/
11
mar
/12
set/
12
1993
=100
(sé
rie
des
sazo
nal
izad
a)
Fonte: Orlando J. Ferrerez & Asociados
Móvel de 12 meses
Nível de atividademedidas recentes para estimular economia
� Redução dos spreads bancários;
� Prorrogação/ampliação da isenção de IPI bens de consumo, bens de capital e materiais de construção;
� Prorrogação do PSI (BNDES) para bens de capital com forte redução dos juros;redução dos juros;
� Redução do custo da energia (residencial e industrial);
� Desoneração da folha de pagamento para vários setores;
� Liberação de depósitos compulsórios
� Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias (R$ 133 bilhões)
107
Nível de atividade
A economia brasileira já está
respondendo aos estímulos de
curto prazo à demanda agregada:
108
curto prazo à demanda agregada:
� Redução da taxa básica de juros;
� Melhores condições de financiamento para famílias e empresas;
� Melhoria das condições de liquidez do Sistema Financeiro;
� Incentivos fiscais e tributários.
Nível de atividadequais vetores sustentarão o crescimento?
� Mercado de trabalho e crédito apoiarão o consumo interno
� Mas ganhos adicionais devem ser um pouco mais limitados
� Demanda externa
� Com a perspectiva para o crescimento mundial, dificilmente será um vetor importante
� Há espaço para contribuição do setor público
� Redução do superávit primário é compatível com queda da DLSP/PIB
� Investimentos
� Medidas já implementadas serão suficientes?
� Nosso cenário assume investimentos crescendo o dobro do PIB nos próximos anos
109