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ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/ 1 1 1. Introdução à Macroeconomia: Conceitos Macroeconômicos Básicos A Macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo – com períodos de recuperação e recessão, a produção total de bens e serviços da economia do produto, as taxas de inflação e desemprego, a balança de pagamentos e as taxas de câmbio. A macroeconomia lida com o aumento no produto e no emprego no decorrer de longos períodos de tempos – isto é, crescimento econômico – e ainda com as flutuações a curto prazo que constituem o ciclo de negócios. A macroeconomia abrange o comportamento econômico e as políticas que afetam o consumo e o investimento, o câmbio e a balança comercial, os determinantes das variações nos preços e salários, as políticas fiscal e monetária, o estoque monetário, o orçamento do governo, taxas de juros e a dívida pública. Em síntese, a macroeconomia lida com as principais variáveis econômicas e com problemas do dia-a-dia. A macroeconomia é interessante porque lida com tópicos importantes. Mas também é fascinante e desafiante, porque reduz os detalhes complicadas da economia a pontos essenciais. Esses pontos essenciais estão nas interações dos mercados de ativos, mercado de trabalho e mercado de bens e serviços e nas interações entre economias de países que comercializam produtos entre si. Economia: É a alocação ótima de Recursos Escassos (limitados) frente aos desejos humanos ilimitados. Macroeconomia: É o estudo do comportamento econômico agregado. Na macroeconomia, analisamos os determinantes principais do nível de renda, do nível geral de preços, do nível total da produção, do nível total de empregos, para a economia vista como um todo. Questões de Concursos Sobre Este Tópico 1. (NCE/UFRJ) Qual das seguintes variáveis é mais adequadamente descrita como pertencente à macroeconomia do que à microeconomia? a) O nível de satisfação do consumidor dada à sua restrição orçamentária. b) O percentual de desemprego nacional. c) O nível de vendas de carne em um determinado supermercado. d) O estudo da demanda e da oferta de pão em determinada padaria.

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1. Introdução à Macroeconomia:

Conceitos Macroeconômicos Básicos

A Macroeconomia trata do

comportamento da economia como um todo

– com períodos de recuperação e recessão, a

produção total de bens e serviços da

economia do produto, as taxas de inflação e

desemprego, a balança de pagamentos e as

taxas de câmbio. A macroeconomia lida

com o aumento no produto e no emprego no

decorrer de longos períodos de tempos –

isto é, crescimento econômico – e ainda

com as flutuações a curto prazo que

constituem o ciclo de negócios.

A macroeconomia abrange o

comportamento econômico e as políticas

que afetam o consumo e o investimento, o

câmbio e a balança comercial, os

determinantes das variações nos preços e

salários, as políticas fiscal e monetária, o

estoque monetário, o orçamento do governo,

taxas de juros e a dívida pública. Em

síntese, a macroeconomia lida com as

principais variáveis econômicas e com

problemas do dia-a-dia.

A macroeconomia é interessante porque

lida com tópicos importantes. Mas também

é fascinante e desafiante, porque reduz os

detalhes complicadas da economia a pontos

essenciais. Esses pontos essenciais estão nas

interações dos mercados de ativos, mercado

de trabalho e mercado de bens e serviços e

nas interações entre economias de países

que comercializam produtos entre si.

Economia: É a alocação ótima de

Recursos Escassos (limitados) frente aos

desejos humanos ilimitados.

Macroeconomia: É o estudo do

comportamento econômico agregado. Na

macroeconomia, analisamos os

determinantes principais do nível de

renda, do nível geral de preços, do nível

total da produção, do nível total de

empregos, para a economia vista como

um todo.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

1. (NCE/UFRJ) Qual das seguintes

variáveis é mais adequadamente descrita

como pertencente à macroeconomia do

que à microeconomia?

a) O nível de satisfação do consumidor

dada à sua restrição orçamentária.

b) O percentual de desemprego nacional.

c) O nível de vendas de carne em um

determinado supermercado.

d) O estudo da demanda e da oferta de pão

em determinada padaria.

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2. (Fiscal de Tributos Federais/81) A

mensuração da parcela dos recursos

empregados na economia é essencialmente

uma questão macroeconômica, enquanto

que a análise de até que ponto esses recursos

estão bem alocados é uma questão

microeconômica. ( C )

3. (Analista de Finanças e Controle do

Distrito Federal/94) A teoria

microeconômica pode ser descrita como de

alocação de recursos, enquanto a teoria

macroeconômica como de utilização de

recursos. ( C )

4. (Auditor–Fiscal do Tesouro Nacional/89)

A macroeconomia é normalmente

considerada mais importante do que a

microeconomia, não tendo, portanto, pontos

de choques e controvérsias. ( E )

5. (Economista da Petrobras

Distribuidora/97) Os estudantes de

economia, nos anos vinte, dividiam seu

tempo, de forma quase idêntica, entre os

estudos dos setores macro e

microeconômico da teoria econômica. ( E )

6. Nenhum economista antes de Keynes

admitia que a economia pudesse apresentar

uma situação de queda na atividade

econômica. ( E )

7. (Receita Federal) A macroeconomia

ignora os preços de cada mercadoria e

serviço para se preocupar apenas com os

índices gerais de preços. ( C )

8. A macroeconomia trata das preferências

dos consumidores e estuda as curvas de

indiferença negativamente inclinadas. ( E )

9. O padrão de vida de uma nação tende a

ser maior quanto mais próxima estiver a

economia da plena utilização de seus

recursos. ( C )

10. A microeconomia e a macroeconomia

são partes complementares da teoria

econômica. ( C )

11. Os estudantes de economia, nos anos

vinte, dividiam seu tempo, de forma quase

idêntica, entre os estudos dos setores macro

e microeconômico da teoria econômica.

( F )

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Microeconomia: A teoria microeconômica,

ou teoria dos preços, estuda o

comportamento econômico das unidades

decisórias individuais, como consumidores,

proprietários de recursos e negócios, em um

sistema de livre empresa.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

12. A microeconomia estuda cada um dos

mercados de bens e de fatores de produção.

( C )

13. O consumidor quando consome um bem

ou serviço obtém uma certa satisfação

(utilidade). O objetivo do consumidor é,

então, ter o máximo de satisfação possível

sujeito à sua restrição orçamentária. ( C )

14. (Escrivão de Polícia Federal/1999) A

análise microeconômica estuda o

comportamento individual dos agentes

econômicos e, por sua essa razão, constitui

um fundamento sólido à análise dos grandes

agregados econômicos. A esse respeito,

julgue o item abaixo.

- A curva de demanda de automóveis mostra

a quantidade de automóveis que seria

comprada, por unidade de tempo, a

diferentes preços de mercado, mantendo-se

constantes os demais fatores que

influenciam a demanda. ( C )

15. (Agente de Polícia Federal/2000) Julgue

o item seguinte.

- Análises da demanda de farinha de

mandioca, no Brasil, indicam que uma

expansão da renda dos consumidores reduz

a demanda por esse produto. Caso essas

análises estejam corretas , então corretas,

então a farinha de mandioca é um bem

inferior. ( C )

16. O início do interesse pela

macroeconomia se dá a partir dos

problemas suscitados pela necessidade de

captação de recursos pelos países

envolvidos na Primeira Guerra Mundial.

( E )

17. A macroeconomia trata dos agregados,

como a produção de todos os bens de

capital, em determinada região, ou a renda

total gerada na agricultura, em determinado

vilarejo. ( E )

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18. (Papiloscopista Polícia Federal/2000) A

análise microeconômica estuda o

comportamento individual dos agentes

econômicos e, por essa razão, constitui um

sólido fundamento à análise dos agregados

econômicos. A esse respeito, julgue os itens

seguintes.

- No Brasil, o crescimento da violência

aumentou a procura por sistemas de

vigilância eletrônica, provocando um

deslocamento ao longo da curva de

demanda por esses produtos. ( E )

- O progresso tecnológico verificado na área

de microeletrônica reduziu os preços dos

computadores, deslocando a curva de oferta

desses produtos para baixo e para a direita.

( C )

- Os riscos, em termos de saúde,

ocasionados pela febre aftosa em parte do

rebanho brasileiro, além de desencorajarem

o consumo de carne bovina, contribuem,

também, também, para reduzir a demanda

por outras fontes de proteínas, como o

frango e o peixe. ( E )

Agentes Econômicos:

1) Famílias;

2) Empresas (Firmas);

3) Governo;

4) Setor Externo (Resto do Mundo)

1.1. Introdução à Macroeconomia:

Identidades Macroeconômicas

Fundamentais

1) PIBcf = PILcf + Dep

Onde:

PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de

Fatores;

PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de

Fatores;

Dep = Depreciação de Ativos Fixos.

2) PIBcf = RILcf + Dep

Onde:

PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de

Fatores;

RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de

fatores;

Dep = Depreciação de Ativos Fixos.

3) PIBpm = PIBcf + II – Sub

Onde:

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de

Fatores;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios.

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4) PIBpm = PILcf + Dep + II - Sub

Onde:

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de

Fatores;

Dep = Depreciação de Ativos Fixos;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

19.(Controlador da Arrecadação Federal/81)

A relação entre Produto Interno Bruto a

Preços de Mercado (PIBpm) e Produto

Interno Líquido a Custo de Fatores (PILcf),

é PILcf + II = PIBpm + Sub – Dep. ( C )

20.(Receita Federal/1990) O Produto

Interno Bruto, a preços de mercado,

equivale a Produto Interno Líquido a Custo

de Fatores + Impostos Indiretos +

Depreciação – Subsídios. ( C )

21.Numa determinada economia (valores

hipotéticos), o Produto Nacional Líquido a

Custo de Fatores é 200. Sabendo-se que:

Renda Líquida Enviada ao Exterior = 50

Impostos Indiretos = 80

Subsídios = 20

Depreciação = 80

Calcule o valor do Produto Interno Bruto a

Preços de Mercado.

a) 230

b) 270

c) 290

d) 310

e) 390

Solução:

PIBpm = PNLcf + Dep + II - Sub + RLE

PIBpm = 200 + 80 + 80 – 20 + 50

PIBpm = 390

5) PIBpm = RILcf + Dep + II - Sub

Onde:

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de

Fatores;

Dep = Depreciação de Ativos Fixos;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios.

6) PNBpm = PIBcf + (II – Sub) – RLE

Onde:

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado;

PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de

Fatores;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.

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7) PNBpm = PILcf + Dep + (II – Sub) – RLE

Onde:

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado;

PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de

Fatores;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.

8) PNBpm = RILcf + Dep + (II – Sub) – RLE

Onde:

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado;

RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de

Fatores;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.

9) PNBpm = PIBpm – RLE

Onde:

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado;

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.

10) RLE = PIBpm – PNBpm

Onde:

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior;

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado.

11) II – Sub = PNBpm – PNBcf

Onde:

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios

PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço

de Mercado;

PNBcf = Produto Nacional Bruto a Custo de

Fatores.

12) II – Sub = PIBpm – PIBcf

Onde:

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios;

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de

Fatores.

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13) PNLcf = PIBpm + Sub – II – Dep – RLE

Onde:

PNLcf = Produto Nacional Líquido a Custo

de Fatores;

PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de

Mercado;

Sub = Subsídios;

II = Impostos Indiretos;

Dep = Depreciação do Capital Fixo;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.

Obs.: PNLcf = Renda Nacional

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

22.(Economista do Ministério das Minas e

Energia/80) A soma das remunerações aos

fatores de produção (salários + juros +

aluguéis + lucros) é igual ao

a) Produto Interno Líquido.

b) Produto Nacional Líquido.

c) Produto Interno Bruto.

d) Produto Nacional Bruto.

23.(Controlador de Arrecadação Fiscal) Os

salários pagos ao funcionário federais

devem ser incluídos na Renda Nacional

(Produto Nacional Líquido a Custo de

Fatores). ( C )

24.(Fiscal de Tributos Federais/81) Um

pagamento qualquer efetuado em

determinado período será sempre

contabilizado integralmente na Renda

Nacional do período, desde que represente

pagamento por compra de:

a) Bens Substitutos.

b) Bens Complementares.

c) Bens Intermediários.

d) Bens de Capital.

e) Serviços de Fatores de Produção de

Propriedade de Residentes no País.

25.(Economista do Ministério das Minas e

Energia/80) Se uma firma comprar trigo por

U.M 10.000,00 e embalagens por U.M

5.000,00 e em seguida produzir farinha e

vender todas as embalagens com a farinha

de trigo produzida por U.M 16.000,00, seu

valor adicionado será igual a (em U.M):

a) 1.000,00

b) 15.000,00

c) 16.000,00

d) 31.000,00

26.(Controlador da Arrecadação Federal/81)

À Renda Nacional (PNLcf) corresponde ao

valor total da remuneração dos fatores de

produção, ao custo dos fatores. ( C )

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27.(Controlador da Arrecadação Federal/81)

Conhecem-se os seguintes dados das contas

nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em

milhões de cruzeiros):

Produto Interno Líquido a Custo de Fatores

= 5.000

Impostos Indiretos = 750

Subsídios = 200

Depreciação do Capital Fixo = 350

Renda Líquida Enviada ao Exterior = 60

Esses dados permitem concluir que o

Produto Nacional Bruto a Preço de Mercado

equivale a:

a) 4.040

b) 4.740

c) 4.860

d) 5.840

Solução:

PNBpm = PILcf + Dep + (II – Sub) – RLE

PNBpm = 5000 + 350 + 750 – 200 – 60

PNBpm = 5.840

28.(Controlador da Arrecadação Federal/81)

Conhecem-se os seguintes dados das contas

nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em

milhões de cruzeiros):

Produto Interno Líquido a Preços de

Mercado = 5.000

Impostos Indiretos = 750

Subsídios = 200

Depreciação do Capital Fixo = 350

Renda Líquida Enviada ao Exterior = 60

Esses dados permitem concluir que o

Produto Nacional Bruto a Custo de Fatores

equivale a:

a) 4.040

b) 4.740

c) 4.860

d) 5.840

Solução:

PNBcf = PILpm + Dep – II + Sub – REL

PNBcf = 5000 + 350 – 750 + 200 – 60

PNBcf = 4.740

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29.O Produto Nacional Líquido exclui:

a) Depreciação.

b) Transferência.

c) Impostos diretos.

d) Impostos indiretos

Solução:

PNL = PNB – Dep

30.O Produto Nacional Bruto é igual ao

Produto Nacional Líquido mais:

a) A depreciação.

b) As exportações

c) As importações.

d) Os investimentos.

e) Impostos Diretos

Solução:

PNB = PNL + Dep

A Renda Nacional é igual:

a) Ao Produto Interno Bruto a Preços de

Mercado.

b) Ao Produto Interno Líquido a Preços de

Mercado.

c) Renda Pessoal Disponível.

d) Ao Produto Nacional Líquido a Custo

de Fatores.

e) Ao Produto Interno Líquido a Custo de

Fatores.

31.(Economista do Ministério das Minas e

Energia/1981) Num certo período o Produto

Interno Bruto a Preços de Mercado é igual

a 3.000 unidades monetárias. Tem-se

também:

Impostos Indiretos = 120

Subsídios = 40

Depreciação do Capital Fixo = 25

Renda Líquida Enviada ao Exterior = 12

32.Com esses dados pode-se dizer que o

Produto Nacional Líquido a Custo de

Fatores é igual a

a) 2.883

b) 2.907

c) 2.933

d) 3.043

Solução:

PNLcf = PIBpm + Sub – II – Dep – REL

PNLcf = 3000 + 40 – 120 – 25 – 12

PNLcf = 2.883

33.Os salários pagos pelo governo a seus

funcionários são computados no cálculo da

Renda Nacional de um país. ( C )

34.Será totalmente incluído no cálculo da

Renda Nacional o pagamento referente a

serviços de fator de produção. ( C )

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35.(Auditor Fiscal do Tesouro

Nacional/1991) Países em desenvolvimento

possuem o Produto Nacional Bruto maior

que o Produto Interno Bruto ( F )

36.(Analista de Finanças e Controle

Federal/1992) Determine o valor da Renda

Pessoal Disponível (RPD), a partir das

informações:

Renda Pessoal = 550

Poupança Pessoal = 40

Total de Pagamento de Juros = 10

Imposto de Renda de Pessoa Física = 70

Consumo = 430

a) 430

b) 440

c) 470

d) 480

e) 500

Solução 1:

Renda Pessoal Disponível (RPD) = Renda

Pessoal (RP) – Impostos Diretos da Pessoa

(IR)

Logo.....

RPD = RP – IR

RPD = 550 – 70

RPD = 480

Solução 2:

Renda Pessoal Disponível (RPD) =

Consumo (C) + Poupança (S) + Juros ( i )

Logo ......

RPD = C + S + i

RPD = 430 + 40 + 10

RPD = 480

(Analista de Finanças e Controle/1992) As

contas nacionais, no Brasil, ajustam-se ao

modelo simplificado da ONU. ( C )

A carga tributária de um país é considerada

progressiva quando:

a) Realizada, principalmente através de

impostos incidentes sobre a produção

industrial.

b) Onera todos os segmentos sociais na

mesma proporção.

c) Onera proporcionalmente mais os

segmentos sociais de menor poder

aquisitivo.

d) Onera proporcionalmente mais os

segmentos sociais de maior poder

aquisitivo.

e) É realizada principalmente através de

impostos incidentes.

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37.(Auditor Tributário do Distrito

Federal/94)

O Sistema de Contas Nacionais adotado

pelo Brasil baseia-se em cinco contas

fundamentais, que estão listadas a seguir.

Identifique as afirmativas corretas e erradas:

1. Conta de Produção é aquela que revela

o total da oferta e o total da procura de

bens e serviços. ( C )

2. Conta de Apropriação – É aquela que

revela, de um lado, o total das despesas

e, de outro, o total da renda das unidades

familiares. ( C )

3. Conta Corrente do Governo – É

aquela que registra os principais

componentes dos fluxos de despesa e de

receita do setor público. ( C )

4. Conta Consolidada de Capital – É

aquela que resume a avaliação

monetária do total da formação de

capital, bem como a origem dos recursos

para esta finalidade de que dispõe a

economia. ( C )

5. Conta das Transações com o Exterior

– Registra a síntese do movimento de

mercadorias, pagamentos e serviços

entre a economia interna e as do resto do

mundo. ( C )

1.2. Introdução à Macroeconomia:

Formas de Mensuração do Produto e da

Renda Nacional.

O desenvolvimento da metodologia de

mensuração da atividade econômica como

um todo, a sua padronização e a sua difusão

internacional são bastante recentes. Embora

os trabalhos pioneiros neste campo datem

do século XVII, somente na década de 40 é

que se definiram processos sistematizados

para o cálculo dos grandes agregados do

produto, da renda e do dispêndio nacionais.

A Contabilidade Nacional ou Social: tem

por objetivo criar metodologias que

permitam a mensuração da produção

global (agregada) de um país durante

determinado período de tempo.

Produto (P): É o valor em unidades

monetárias dos bens e serviços finais

produzidos por um país durante

determinado período de tempo.

Renda (R): É a remuneração dos fatores

de produção, na forma de salários,

aluguéis, juros e lucros.

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Consumo (C): Sã gastos feitos para

satisfazer desejos individuais. Existem o

consumo das famílias ( C ) e o consumo

do governo (G).

Produto Nacional: Resulta da soma de

valores adicionados (ou dos produtos) de

todas as empresas que compõem o

aparelho de produção da economia

nacional.

Renda Nacional: É a soma das

remunerações pagas aos fatores de

produção ou recursos econômicos, tais

como:

1) Mão – de – Obra (Trabalho);

2) Capital (Máquinas, Equipamentos,

Ferramentas; Edificações e Estoque);

3) Recursos Naturais ou Terra;

4) Tecnologia;

5) Capacidade Empresarial.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

38.(Fiscal de Tributos Federais/83) A Renda

Nacional é igual ao Produto Nacional

Líquido a Custo de Fatores ( C )

39.(Controlador da Arrecadação Federal/83)

O cálculo da Renda Nacional de um país

inclui salários ( C )

40.(Controlador da Arrecadação Federal/83)

O Produto Nacional Líquido a Custo de

Fatores é igual à Renda Nacional. ( C )

Observação.: O termo capital em economia

não tem o significado de dinheiro, e sim de

máquinas, equipamentos, ferramentas,

edificações, etc.

Poupança(s): É a renda não consumida.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

41. A poupança é o fluxo correspondente ao

estoque de riqueza ou do patrimônio de uma

sociedade. ( C )

Investimento (I): É a acumulação

(aumento do estoque de capital físico do

país. É a soma da formação bruta de

capital fixo (FBKF) com a variação de

estoque (e).

Matematicamente, temos a seguinte

fórmula:

Onde:

I = Investimento;

FBKF = Formação Bruta de Capital Fixo;

e = Variação de Estoque.

I = FBKF + e

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Gastos do Governo (G) ou Consumo

Final das Administrações Públicas: São

gastos com salários dos funcionários

públicos e os gastos do governo com

saúde pública, educação pública, defesa

nacional, segurança pública, etc.

Despesa (D): É o destino da produção,

isto é, as fontes que adquirem a

produção. A despesa é a soma do

consumo das famílias (C) mais

investimentos das empresas (I), mais

gastos do Governo (G), mais exportações

líquidas (X – M).

Matematicamente, temos a seguinte

fórmula:

D = C + I + G + X – MOnde:

D = Despesa;

I = Investimento;

G = Gastos do Governo;

X = Exportação;

M = Importação.

Produto Potencial: É aquele que a

economia seria capaz de produzir

utilizando todos os seus recursos

disponíveis.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

42. O produto potencial da economia

corresponde a qualquer um dos pontos da

fronteira da Curva de Possibilidades de

Produção. ( C )

43. Considerando-se o conceito mais

rigoroso de produto potencial, o seu valor

pode considerar certa margem de

desemprego denominado friccional. ( C )

44. O Produto Potencial é igual ao Produto

Efetivo, mais o Hiato de Recursos. ( C )

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45. Considerando os seguintes valores

nominais do Produto, em dois anos

consecutivos:

Anos Produto Potencial Produto Efetivo

1 120 100

2 132 115

Nessas condições, podemos afirmar que o

produto efetivo cresceu mais que o produto

potencial, tanto em termos absolutos como

em termos relativos. ( C )

Principais Identidades:

Produto ≡ Renda ≡ Despesa

PIB ≡ RIB ≡ DIB

PNL ≡ RNL ≡ DNL

Poupança ≡ Investimento

Poupança ≡ Renda – Consumo

Investimento ≡ Despesa - Consumo

RLE RLRE

Interno (I)

É a produção no país.

Inclui Exclui

Produto (P)

Nacional (N)

É a produção do país.

Exclui Inclui

I = N + RLE

Onde:

I = Produto Interno;

N = Produto Nacional;

RLE = Renda Líquida Enviada ao

Exterior.

Depreciação

Bruto (B) Inclui

Produto (P)

Líquido (L) Exclui

B = L + dep

Onde:

B = Produto Bruto;

L = Produto Líquido;

Dep = Depreciação.

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II Sub

Preço de Mercado (pm)

Inclui Exclui

Produto (P)

Custo de Fator (cf)

Exclui Inclui

pm = cf + II - sub

Onde:

pm = preço de mercado;

cf = custo de fator;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

46.(Receita Federal/1990) Suponha uma

economia onde não exista governo nem

transações com o exterior; então, PIBpm =

PIBcf = RNB. ( C )

2. Introdução à Macroeconomia: Estudo

das Flutuações Econômicos e das

Variáveis Econômicas.

A Teoria Clássica não negou que uma

economia pudesse estar sujeita ao

desemprego; o que negava realmente, era

que uma economia pudesse estar em

equilíbrio ao mesmo tempo que houvesse

desemprego.

O aumento do interesse pela teoria

macroeconômica, que se iniciou na década

de trinta, é explicada por alguns motivos,

dentre os quais:

1) O da necessidade de uma teoria que

explicasse as causas e os remédios

referentes à Grande Depressão;

2) O surgimento do livro A Teoria Geral do

Emprego, do Juro e da Moeda, de John

Maynard Keynes;

3) O da necessidade de uma teoria para

justificar o aumento da presença do Estado

na economia.

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Podemos considerar como assuntos de

interesses da macroeconomia:

1) A análise das causas e aplicações de

medidas para atenuar as flutuações

econômicas de curto prazo;

2) O estudo das causas do desemprego e a

aplicação de medidas visando a sua

diminuição;

3) A análise das causas dos processos

inflacionários e a aplicação de medidas

visando à diminuição dos aumentos de

preços;

4) A análise das causas e as medidas para

minimização dos déficits no Balanço de

Pagamentos e nas contas públicas.

Obs.: A microeconomia estuda as causas

pelas quais as economias não conseguem

atingir a mais alta eficiência na alocação

dos seus recursos escassos e a aplicação de

instrumentos que levem a esse objetivo.

Variáveis Econômicas: São expressões

indicativas de diferentes atividades

econômicas – transações, processos,

resultados. Essa denominação genérica

resulta de que elas variam em

determinado período de tempo – algumas

a curto ou até a curtíssimo prazo; outras

a médio e a longo prazos.

Quanto a sua natureza, as variáveis

econômicas são usualmente classificadas em

duas categorias: variáveis-fluxo e

variáveis-estoque.

As variáveis-fluxo: são indicadores que se

referem, necessariamente, a transações

ocorridas ao longo de determinado

período de tempo. Exemplos: Produto

Interno Bruto (PIB), exportações,

importações, tributos arrecadados e os

gastos correntes do governo.

As variáveis-estoque são medidas que

expressam magnitudes em determinado

momento. Exemplos: O nível das reservas

cambiais de um país, os meios de

pagamento, o valor de mercado do

conjunto das empresas negociadas nas

Bolsas de Valores; a riqueza nacional

acumulada e a população

economicamente mobilizável.

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Questões de Concursos Sobre Este Tópico

47. A renda mensal de um consumidor é um

exemplo de uma variável econômica

denominada variável fluxo. ( C )

48. A dívida do governo no 1º trimestre de

2005 é um exemplo de variável estoque.

( C )

49. O número de trabalhadores

desempregados no final de um ano (2005)

numa cidade, é um exemplo de uma

variável estoque. ( C )

50. As contratações de trabalhadores em um

mês é um exemplo de variável fluxo. ( C )

51. A quantidade de capital de uma

economia é um exemplo de variável

estoque. ( C )

Produto Interno Bruto (PIB): É a

expressão do total de bens e serviços

finais produzidos dentro do território

econômico da nação, independentemente

de quais sejam os proprietários dos

recursos empregados.

Produto Nacional Bruto ( PNB): É o

valor de mercado de todos os bens finais e

serviços produzidos dentro e fora do

território econômico da nação.

Geralmente, esses bens e serviços finais

produzidos por uma determinada

economia tem a duração de um ano.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

52.(Técnico de Controle Externo do

Tribunal de Contas da União/1988)

Considerando-se os dois grandes agregados

macroeconômicos: Produto Interno Bruto

(preços de mercado) e Produto Nacional

Bruto (a preços de mercado); em um

sistema econômico aberto como, por

exemplo, o brasileiro, se o país remete mais

renda para o exterior do que dele recebe,

teremos:

a) PIB > PNB

b) PIB < PNB

c) PIB = PNB

d) As transações com o exterior não afetam

nem o PIB nem o PNB.

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Para entendermos melhor os conceitos

convencionais de Produto Interno Bruto

(PIB), Produto Nacional Bruto (PNB),

Produto Nacional Líquido (PNL) e Renda

Pessoal Disponível (RPD), temos a seguinte

modelo matemático:

Produto Interno Bruto (PIB) = $ 350

menos ( - )

Rendas líquidas enviadas para o exterior = $ 5

é igual a ( = )

Produto Nacional Bruto (PNB) = $ 345

menos ( - )

Depreciação do capital fixo = $ 20

é igual ( = )

Produto Nacional Líquido (PNL) = $ 325

menos ( - )

Tributos indiretos = $ 58

mais ( + )

Subsídios = $ 8

é igual a ( = )

Renda Nacional (RN) = $ 275

menos ( - )

Tributos diretos = $ 40

mais ( + )

Transferências = $ 15

é igual a ( = )

Renda Pessoal Disponível (RPD) = $ 250

Lembre-se:

Países em Desenvolvimento: PIB > PNB

Países Desenvolvidos: PNB > PIB.

A Política Econômica do Governo deve ter

como objetivo, principalmente:

1) Diminuir o hiato do produto;

2) Diminuir o desemprego involuntário;

3) Aumentar o produto efetivo, em termos

reais;

4) Minimizar os aumentos dos preços dos

bens.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

53. O valor do Produto Interno Bruto (PIB)

é muitas vezes subestimado ao não

considerar as transações fora do mercado e

não monetárias. ( C )

54. Se duas economias possuem a mesma

renda real per capita, o nível de bem-estar é

maior naquela em que o nível de preços é

menor. ( C )

55. A avaliação do bem-estar econômico da

população de um país deve levar em conta o

valor de sua renda per capita associado ao

seu nível de concentração de renda. ( C )

56. A renda per capita é calculada

dividindo-se o valor do Produto nacional

Bruto pela população economicamente ativa

ou empregada. ( E )

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57. (Analista de Finanças e Controle

Federal/94) O Produto Nacional Bruto é o

valor de mercado de todos os bens finais e

serviços produzidos em uma economia

durante o período de um ano. ( )

58. (Analista de Finanças e Controle do

Distrito Federal/94) Se o Produto Nacional

Bruto (PNB) aumentar de um ano para

outro, significa que houve um aumento dos

preços ou do volume de bens produzidos ou

de ambos. ( )

59. (Analista de Finanças e Controle do

Distrito Federal/94) Produto Nacional Bruto

(PNB) é a produção total de bens e serviços

numa economia, cujas estimativas do

produto nacional devem ser expressas,

necessariamente, em unidades monetárias.

( C )

Observação: Pelas dificuldades

apresentadas, as estimativas do produto

nacional não podem ser expressas em

termos físicos.

60. (Banco Central) Em relação aos

desdobramentos usuais dos principais

compartimentos da Economia, é correto

afirmar que a Política Econômica é a

aplicação dos instrumentos desenvolvidos

pela Teoria Econômica, ocupando-se de

magnitudes globais, visando à determinação

das condições de crescimento e de equilíbrio

do sistema econômico. ( C )

61. (Especialista de Políticas Públicas e

Gestão Governamental/97) A análise

macroeconômica cuida, individualmente, do

comportamento dos consumidores e

produtores, visando à compreensão do

funcionamento geral do sistema econômico.

( E )

62. A análise microeconômica cuido do

estudo agregativo da atividade da atividade

econômica, ocupando-se de magnitudes

globais, visando à determinação das

condições de crescimento e de equilíbrio do

sistema econômico. ( E )

63. Teoria Econômica é um conjunto de

observações sobre ocorrências do mundo

real, geralmente superficiais, que antecedem

o conhecimento sistematizado. ( E )

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64. (Especialista de Políticas Públicas e

Gestão Governamental/97) o uso de índices

de crescimento do Produto Interno Bruto

(PIB) para medir o desenvolvimento

econômico e social é limitado porque não

leva em consideração melhorias da

qualidade de vida. ( C )

65. (Analista de Orçamento Federal/97)

Quando uma economia não está trabalhando

na sua curva de possibilidade de produção o

custo de oportunidade de aumentar a

produção é nulo. ( C )

Lembre-se:

O salário de uma empregada doméstica, a

arrecadação tributária federal em

determinado mês ou ano são exemplos de

variável fluxo.

Lembre-se:

O patrimônio de uma empresa e o

número de alunos matriculados no curso

de macroeconomia são exemplos de

variável estoque.

Lembre-se:

Na teoria econômica, muitas vezes é

oportuno classificar as variáveis como

sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”.

Lembre-se:

Dados os conceitos de variáveis estoque e

fluxo, podemos afirmar que o Déficit

Público e o Produto Interno Bruto (PIB)

representam variáveis fluxos, enquanto a

dívida pública e o nível de reservas de um

país representam variáveis estoques.

Lembre-se: O valor do Produto Interno

Bruto (PIB) é maior do que o Produto

Nacional Bruto (PNB), nas economias em

desenvolvimento.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

66. (Analista do Banco Central do

Brasil/98) Tomando como caso os conceitos

de dívida e déficit público, pode-se dizer

que a dívida pública pode ser considerada

como uma variável do tipo “estoque”,

enquanto o déficit público pode ser

considerado como uma variável do tipo

“fluxo”. ( C )

67. A poupança mensal de um trabalhador é

um exemplo de variável fluxo. ( C )

68. As reservas internacionais de um país é

um exemplo de variável fluxo. ( E )

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69. O nível de desemprego de trabalho é um

exemplo de variável fluxo. ( E )

70. As contratações de trabalhadores em um

ano é um exemplo de variável fluxo. ( C )

71. A quantidade de máquinas de uma

empresa é um exemplo de variável estoque.

( C )

Ainda em relação ao Produto Interno Bruto

(PIB), temos:

1) é uma medida de desempenho

econômico, porque as pessoas

preferem ter uma renda maior do que

uma menor;

2) é igual ao valor de tudo o que é

produzido em uma economia durante

um ano, inclusive as máquinas e

equipamentos destinados à reposição.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

72. O Produto Interno Bruto (PIB) é igual a

soma das despesas de consumo,

investimento, despesas do governo e

exportações brutas. ( E )

73. O Produto Interno Bruto (PIB) equivale

ao valor da despesa com as mercadorias e

serviços produzidos internamente no país.

( C )

74. O produto em termos reais só cresce

quando ocorre aumento da quantidade

produzida, enquanto o produto em termos

nominais pode crescer em virtude de

aumento da produção física ou dos preços.

( C )

75. O deflator do Produto Interno Bruto

(PIB) é uma medida de variação dos preços

de um período para outro. ( C )

76. A lei de OKUN revela uma correlação

negativa entre as taxas de desemprego e de

crescimento do produto real. ( C )

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77. (Analista de Finanças e Controle

Externo do TCU/98) A teoria

macroeconômica analisa o desempenho da

economia a partir do estudo dos grandes

agregados econômicos. À luz dos conceitos

básicos dessa teoria, julgue o item a seguir.

- Se um agente econômico investir R$

10.000,00 em ações da Telebrás, o

investimento doméstico privado eleva-se,

implicando um aumento equivalente no

Produto Interno Bruto (PIB). ( F )

Observação: O termo investimento em

economia não significa aplicação financeira

e sim a acumulação de bens de capital, por

isto, acumulação é sinônimo de

investimento.

78. A taxa de desemprego é medida como a

relação entre a população desempregada e o

total da população do país. ( E )

79. A população economicamente ativa é

constituída pela parcela populacional em

idade de trabalhar e efetivamente

empregada. ( E )

80. A população ocupada é definida como

aquela em condições de trabalhar e voltada

efetivamente para o mercado de trabalho.

( E )

81. A taxa de desemprego é medida como a

relação entre a população ocupada e o total

da população economicamente ativa. ( E )

82. (Escrivão de Polícia Fedral/99) A

macroeconomia analisa o comportamento

dos grandes agregados econômicos,

tratando, assim, de questões relacionadas à

inflação, ao desemprego, aos desequilíbrios

externos e ao crescimento econômico. Com

base nessa teoria, julgue os itens a seguir.

- O dinheiro depositado por uma família em

uma caderneta de poupança, junto a um

banco comercial, quando utilizado para

comprar um apartamento usado é

computado, simultaneamente, como

poupança e investimento. ( F )

- O capital humano, importante

determinante do crescimento econômico,

engloba os diferentes tipos de educação e

treinamento que permitem aos indivíduos

aumentar o seu nível de produtividade.

( V )

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Entende-se por valor agregado a diferença

entre o valor da produção e o consumo

intermediário. Em finanças públicas, é o

total obtido na soma das contas que

representam determinado setor. Assim, por

exemplo, o produto, a receita e a despesa

pública são os agregados mais comumente

utilizados e permitem a formação de

quadros para uma melhor análise das contas

públicas.

A soma das remunerações aos fatores de

produção (salários + juros + aluguéis +

lucros) é igual ao Produto Interno

Líquido (PIL).

O Produto Interno Bruto a preços de

mercado equivale ao Produto Interno

Líquido a custo de fatores + impostos

indiretos + depreciação – subsídios.

Matematicamente, temos a seguinte

fórmula:

Onde:

PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de

mercado;

PILcf = Produto Interno Líquido a custo de

fatores;

II = Impostos Indiretos;

Dep = depreciação;

Sub = subsídios.

PIBpm = PILcf + II + Dep - Sub

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Questões de Concursos Sobre Este Tópico

83. (Fiscal de Contribuição

Previdenciária/71) Entende-se por valor

agregado a diferença entre o valor da

produção e o consumo intermediário. ( C )

84. (Fiscal de Tributos Federais/80) O

Produto Interno Bruto, a preços de mercado,

equivale a

a) Produto Interno Bruto a custo de fatores

+ renda líquida enviada ao exterior.

b) Produto Interno Líquido a custo de

fatores + impostos indiretos +

depreciação – subsídios

c) Produto Interno Líquido a preços de

mercado + amortização de empréstimos

externos.

d) Produto Nacional Líquido a preços de

mercado + dívida externa bruta.

85. (Economista do Ministério das Minas e

Energia/80) Considerem-se os seguintes

dados:

Salários + juros + aluguéis + lucros = 1.100

Depreciação = 200

Impostos indiretos = 300

Subsídios = 80

Renda enviada ao exterior = 40

Renda recebida do exterior = 20

Com base nesses dados, o Produto Interno

Bruto a preços de mercado é igual a

a) 1.520

b) 1.600

c) 1.500

d) 1.320

Solução:

PIBpm = 1.100 + 300 + 200 – 80

PIBpm = 1520

PIBpm = PILcf + II + Dep - Sub

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O Produto Nacional Líquido a custo de

fatores equivale ao Produto Interno Bruto a

preços de mercado – Renda Líquida

Enviada ao Exterior – depreciação –

Impostos Indiretos + Subsídios + Renda

Líquida Recebida do Exterior.

Matematicamente, temos a seguinte

fórmula:

PNLcf = PIBpm – RLE – Dep – II + Sub + RLRE

Onde:

PNLcf = Produto Nacional Líquido a custo

de fatores;

PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de

mercado;

RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior;

dep = depreciação;

II = Impostos Indiretos;

Sub = Subsídios;

RLRE = Renda Líquida Recebida do

Exterior.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

86. (Economista do Ministério das Minas e

Energia/80) Considerem-se os seguintes

dados:

PIBpm = 1.520

Depreciação = 200

Impostos indiretos = 300

Subsídios = 80

Renda enviada ao exterior = 40

Renda recebida do exterior = 20

Com base nesses dados, o Produto Nacional

Líquido a custo de fatores é igual a

a) 1.160

b) 1.060

c) 880

d) 1.080

Solução:

PNLcf = PIBpm – RLE – Dep – II + Sub + RLRE

PNLcf = 1.520 – 40 – 200 – 300 + 80 + 20

PNLcf = 1.080

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3. As Funções Consumo, Poupança e

Investimento

Sabemos, que nem toda renda é dispendida

(gasta) na compra de bens e serviços. Uma

parcela da renda, é economizada pelas

unidades familiares. E a essa parcela

chamamos de poupança. Em contrapartida,

a parcela do produto social gerado no

mesmo período e não consumido,

chamamos de investimento. Podemos

concluir, então, que numa economia fechada

a poupança é igual ao investimento, visto

que, a produção gera, por outro lado, rendas

de igual valor, pois os salários, lucros,

aluguéis, são custos para o setor produtivo,

são também rendas das unidades familiares.

Temos então que o produto (P) é um valor

idêntico à renda (Y):

P = YOnde:

P = Produto;

Y = Renda.

Temos que a poupança (S) tem um valor

idêntico aos investimentos (I):

S = IOnde:

S = Poupança;

I = Investimento.

A partir da identidade do produto-renda,

pode-se também chegar à identidade

poupança-investimento, onde:

P = C + IOnde:

P = Produto;

C = Consumo;

I = Investimento.

Como Y = P temos: Y = C + IOnde:

Y = Renda;

P = Produto;

C = Consumo;

I = Investimento;

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Mas, a poupança (S) é a parcela da Renda

(Y) não despendida em bens de consumo

(C), ou:

S = Y – COnde:

S = Poupança;

Y = Renda;

C = Consumo.

Transpondo, temos:

Y = C + SOnde:

Y = Renda;

C = Consumo;

S = Poupança.

Deduz-se que:

S = IOnde:

S = Poupança;

I = Investimento.

O Modelo Keynesiano: A década de 30

abalou os pilares da macroeconomia

clássica, ao mesmo tempo que se estabelecia

de base para uma nova teoria do

desemprego. Esta nova teoria apresentada

por John Maynard Keynes em seu livro

“Teoria Geral do Emprego, do Juro e da

Moeda”, centra-se na formulação de três

preposições básicas:

1º) Desemprego em uma economia de

mercado: Keynes argumentava que a

economia de mercado poderia não ter forças

vigorosas que a movimentassem em direção

ao pleno-emprego. Sugere assim, que uma

economia de mercado poderia vir a

estabelecer-se em equilíbrio com

desemprego em grande escala;

2º) A causa do desemprego: Keynes

argumentava que o desemprego em grande

escala era o resultado de gastos

excessivamente baixos em bens e serviços.

Assim. O desemprego reflete insuficiência

de demanda agregada;

3º) A “cura” para o desemprego: para

“curar” o desemprego, a demanda agregada

deveria ser aumentada e, a melhor maneira

de fazer isso, segundo Keynes, seria pelo

aumento dos gastos governamentais.

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28

3.1. A Função-Consumo (Propensão a

Consumir)

Conceito: A função-consumo estuda e

analisa o comportamento das unidades

familiares e dos grupos sociais, em sua

tendência para gastar determinada

proporção de sua renda na aquisição de

bens de consumo.

A Equação Geral da Função-Consumo

C = ĉ + cYOnde:

C = Consumo agregado;

ĉ = Consumo autônomo;

c = Propensão marginal a consumir;

Y = Nível de renda ou renda disponível.

Em outras palavras:

C = ĉ + cY, onde ĉ é o consumo autônomo,

ou que independe do nível de renda; c é a

propensão marginal a consumir que é

dada por variações no consumo, proveniente

de variações no nível de renda; c = c /Y;

e, Y é o nível de renda ou renda disponível.

Propensão Marginal a Consumir (PMC)

c = c /Y

c = propensão marginal a consumir;

c = variações no consumo;

Y = variações no nível de renda ou renda

disponível

Gráfico da Função-Consumo (Propensão

a Consumir)

C

45º

E

C = ĉ + cY

ĉ

0 Ye Y

A função-consumo, mostra que o consumo

aumenta à medida que a renda aumenta, mas

não na mesma proporção, dado que

0 < c < 1.

A propensão marginal a consumir está

localizada entre os intervalos 0 e 1.

A Propensão Marginal a Consumir (PMC)

tem um valor menor do que um (1) porque a

variação no consumo (c) é menor do que a

variação na renda disponível (Y).

Lembre-se: c < Y

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Questões de Concursos Sobre Este Tópico

87. (Auditor Fiscal) Considerem-se os

seguintes dados:

Renda Disponível (Y) = 100

Consumo autônomo (ĉ) = = 40

Propensão marginal a consumir (c) = 0,75

Consumo Agregado (C) = ?

Com base nesses dados, o Consumo

Agregado (C) é igual a:

a) 115

b) 120

c) 130

d) 140

e) 150

Solução:

C = ĉ + cY

C = 40 + 0,75 . 100

C = 40 + 75

C = 115

3.2. A Função-Poupança (Propensão a

Poupar)

Conceito: A função-poupança estuda a

parcela da renda que não é gasta na

compra de bens e consumo.

Constitui o complemento da função-

consumo e também depende

fundamentalmente da renda, o que nos

permite estabelecer a equação:

S = s (Y) (equação complementar)

S = - ĉ + sYOnde:

S = Propensão a poupar;

-ĉ = Consumo autônomo (-);

s = Propensão marginal a poupar;

Y = Nível de renda ou renda disponível.

Propensão Marginal a Poupar (PMP)

s = 1 – (c / Y)

s = propensão marginal a poupar;

c = variações no consumo;

Y = variações no nível de renda ou renda

disponível.

Como as famílias usam sua renda para

consumir ou poupar, a propensão marginal

a poupar (PMP) é igual a 1 – PMC.

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Gráfico da Função-Poupança (Propensão

a Poupar)

CS

45º

C = ĉ + cY

S = s (Y)

o Y

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

88. (Auditor Fiscal) Considerem-se os

seguintes dados:

Renda Disponível (Y) = 100

Consumo autônomo (ĉ) = = 40

Propensão marginal a consumir (c) = 0,75

Propensão a poupar (S) = ?

Com base nesses dados, a Propensão a

Poupar (S) é igual a:

a) – 10

b) – 12

c) – 13

d) – 15

e) – 65

Solução:

Para encontrar, o valor da propensão

marginal a poupar, temos:

s = 1 – (c / Y)

Logo....

s = 1 – (0,75)

s = 0,25

Aplicando a fórmula da propensão a poupar,

temos:

S = - ĉ + sY

S = – 40 + 25

S = – 15

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3.3. A Função Investimento (Propensão a

Investir)

Investimentos são as poupanças ou resíduos

da renda que aplicamos no processo

produtivo. Do ponto de vista puramente

financeiro, os investimentos fazem retornar

ao circuito econômico as poupanças

realizadas anteriormente. Do ponto de vista

real, são as “sobras” subtraídas ao consumo

da coletividade que vão melhorar e ampliar

as condições produtivas do equipamento de

capital existente.

I = Î

Onde I = investimento total e Î é o

investimento autônomo, isto é, que não

depende de outras variáveis que poderiam

interferir no seu montante, tal como a taxa

de juros.

4. O Equilíbrio (Igualdade) Poupança –

Investimento

O equilíbrio da atividade econômica exige

que o fluxo monetário seja contínuo. Assim,

a renda de uma fase qualquer deve retornar

integralmente ao circuito econômico na

etapa seguinte.

As poupanças são os vazamentos que

ocorrem no fluxo monetário, portanto

devem ser absorvidos pelo investimento no

período seguinte.

Y1 = C + SOnde:

Y1 = Renda Disponível;

C = Consumo;

S = Poupança.

Y1 = C + S

C + I = Y2 = C + S

C + I = Y3 = C + S

C + I = Y4

Assim, o equilíbrio se opera através da

igualdade S = I.

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32

Se S > I, no período seguinte, teremos uma

contração na renda, porque as poupanças

não retornaram ao circuito econômico.

Se S > I a renda do período posterior

revelará uma tendência para a expansão.

Gráfico do Equilíbrio (Igualdade)

Poupança-Investimento

CI

45º

S = I S > I C + I

S < I

o yo Y

5. Determinação da Renda de Equilíbrio

O Nível de Equilíbrio de Renda e do

Produto numa Economia Fechada e sem

Governo – Economia A

Neste modelo, o produto final é medido

como a soma das despesas de consumo e

investimento.

Uma vez que não há governo nesta

economia, a renda nacional é igual ao

produto nacional líquido. Como também

não há impostos, a renda pessoal se torna

renda pessoal disponível.

Matematicamente, temos:

Y = Yd

Onde:

Y = Renda Pessoal;

Yd = Renda Pessoal Disponível.

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33

PNL = C + IOnde:

PNL = Produto Nacional Líquido;

C = Consumo;

I = Investimentos.

Yd = C + SOnde:

Yd = Renda Pessoal Disponível;

C = Consumo;

S = Poupança.

I = S

Onde:

I = Investimento;

S = Poupança.

Lembre-se:

C + S = Y = C + I

Logo....

S = Y = I ou S = I

Determinação da Renda de Equilíbrio

Y = C + I, onde (1)

C = ĉ + cY

I = Î, substituindo em (1), temos

Y = ĉ + cY + Î (2)

passando cY para o lado esquerdo,

temos:

Y – cY = ĉ + Î (3)

colocando y em evidência, temos:

Y (1 – c) = ĉ + Î (4)

achando o valor de Y, temos:

Onde:

Y = Renda;

c = Consumo;

ĉ = Consumo Autônomo;

Î = Investimento Autônomo.

)5(1

ˆ

1

ˆ

c

I

c

cY

)6(ˆ.1

1ˆ.

1

1I

cc

cY

)ˆˆ(1

1Ic

cY

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Questões de Concursos Sobre Este Tópico

89. (Auditor Fiscal) Considerem-se os

seguintes dados:

Consumo autônomo (ĉ) = = 40

Propensão marginal a consumir (c) = 0,75

Investimento Autônomo (Î ) = 20

Renda Disponível (Y) = ?

Com base nesses dados, a Renda Disponível

é igual a:

a) 240

b) 250

c) 280

d) 300

e) 360

Solução:

Y = ĉ + cY + Î

Y = 40 + 0,75.Y + 20

Y – 0,75 = 40 + 20

0,25.Y = 60

Y = 60 : 0,25

Y = 240

ou ainda:

)ˆˆ(1

1Ic

cY

)2040(75,01

1

Y

60.25,0

1Y

25,0

60Y

240Y

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A Economia Aberta e com Governo –

Economias B e C

Com a entrada do governo e do setor

externo, temos agora, mais duas variáveis

que promovem vazamentos no fluxo de

renda da economia.

O Governo promove gastos (G + R), onde:

G = Compras do Governo;

R = = Transferências a Aposentados e

Pensionistas.

O Governo tributa a renda pessoal

(T = Tx0 + tY), em que Tx0 é um imposto

administrado (como os impostos prediais) e

t é um imposto relacionado com a renda

percebida. Para facilidade de análise, vamos

supor que t seja um imposto de renda

proporcional e seja constante. (Se houver

um imposto de renda progressivo, o valor de

t aumentará com a renda agregada.)

Temos então, uma função imposto que

reduz a renda disponível para o consumo,

alterando o multiplicador do investimento e

por conseguinte o nível de renda da

economia.

A entrada do setor externo, altera o

multiplicador do investimento, pela

propensão marginal a importar da renda.

Questões de Concursos Públicos Sobre

Este Tópico

90. (Auditor Fiscal) Numa economia

fechada e sem Governo, são dados:

I – A Função Consumo, pela equação:

C = 20 + 3/4 . Y, sendo Y o nível de renda.

II – Nível de Investimento Autônomo = 40

Se o produto de pleno emprego for 300, o

aumento de nível de investimento

necessário para que a economia esteja

equilibrada em pleno emprego será:

a) 0

b) 3

c) 15

d) 45

e) 60

Lembre-se: A função de consumo

estabelece uma relação entre renda e

consumo. Mostra que quantidade de uma

mercadoria será procurada a cada preço

possível, assim a função do consumo

mostra a despesa que os consumidores se

dispõem a fazer em bens e serviços, em

todos os níveis possíveis.

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6. O Modelo IS – LM

A inclusão do Mercado Monetário na

análise macroeconômica, leva-nos a

compreender a determinação das taxas de

juros e de seu papel no ciclo de negócios.

Adicionamos os efeitos das taxas de juros

sobre os gastos e, portanto, a renda.

A renda maior aumenta a demanda por

moeda e, portanto, as taxas de juros. Taxas

de juros mais altas diminuem os gastos e,

portanto, a renda. Os gastos, as taxas de

juros e a renda são determinados

conjuntamente pelos mercados de bens

monetários equilibrados.

A Curva IS – É a curva de equilíbrio do

mercado de bens (Produção, Demanda

Agregada). Mostra combinações de taxas

de juros e níveis de produção, de tal

modo que os gastos planejados sejam

iguais à renda.

A Curva LM – É a curva de equilíbrio do

mercado monetário, ou seja, mostra todas

as combinações de taxas de juros e níveis

de renda nos quais a demanda por

encaixes reais é igual à oferta.

Curva IS Curva LM

I = InvestimentoS = Poupança

L = Demanda porMoeda (Preferênciapela Liquidez)M = Oferta Nominal daMoeda

Mostra o equilíbriono mercado do produto (bens e serviços), isto é, mostraos pontos (combinaçõesde taxa de juros e renda) para os quaisS = I

Mostra o equilíbrio nomercado monetário, istoé, mostra os pontos (combinações de taxa de juros e renda) para osquais L = M

S > I Excesso de ofertano mercado de produto.

S < I Excesso dedemanda no mercadode produto.

S = I Equilíbrio nomercado do produto.

M > L Excesso de oferta no mercadomonetário.

M < L Excesso de demanda no mercado monetário.

M = L Equilíbrio nomercado monetário.

Exemplo

C = 0,8.y + 10

S = 0,2.y – 10

I = 40 – 0,1.r

S = I

0,1.r = – 0,2.r + 50

r = – 2.y + 500

Onde:

r = Taxa de Jurosy = Renda ou Produto.

Exemplo

M = 100 (Oferta Monetária)

P = 10 (Preço)

L = 0,2.y – 0,1.r

M / P = L

100 / 10 = 0,2.y – 0,1.r

0,1.r = 0,2.y – 10

r = 2.y – 100

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37

Gráficos IS/LM

Gráfico IS

r 500 r1 (S = I) y1 y

Decrescente

Gráfico LM

r

r1 ( L = M)

y1 y– 100

Crescente

Deslocamento Para a Direita:

(1) Aumenta os Gastos doGoverno.(2) Diminui a Tributação Autônoma.(3) O Consumo, o investimento e os gastosdo governo aumentam.

Deslocamento Para a Direita:

(1) Aumenta a Oferta Monetária (Meiosde Pagamento)(2) Diminui o nível de Preço

Deslocamento Para a Esquerda:

(1) Redução do Gastos Autônomos.(2) Aumento da TributaçãoAutônoma.(3) O Consumo, o o invesrtimento e os gastos do governo diminuem.

Deslocamento Para a Esquerda:

(1) Redução da Oferta Monetária (Contração Monetária).(3) Aumento do Nível de Preço.

Equações do Modelo IS – LM

Equação da IS

Onde:

r = taxa de juros;

y = renda ou produto;

f = elasticidade

(sensibilidade)

do investimento à

taxa de juros;

I = Î – fR;

K = Multiplicador

Keynesiano

Onde:

c = Propensão Marginal

a Consumir;

t = Propensão Marginal

a Tributar.

 = Ĉ + î + Ĝ =

Demanda Autônoma

Ex.: r = 0,2.y + 10

Equação da LM

Onde:

r = taxa de juros;

y = renda ou produto;

a = elasticidade (sensi-

bilidade) da demanda por

moeda à taxa de juros.

M = Oferta Monetária;

P = Preço

f

Ay

Kfr

ˆ1

Pd

My

d

ar

)1(1

1

tcK

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7. O Equilíbrio no Mercado de Bens

A Curva IS – É a curva de equilíbrio do

mercado de bens (Produção, Demanda

Agregada). Mostra combinações de taxas

de juros e níveis de produção, de tal

modo que os gastos planejados sejam

iguais à renda.

8. A Demanda Por Moeda e o Equilíbrio

no Mercado Monetário

A demanda por moeda é a demanda por

encaixes reais, uma vez que as pessoas

detém moeda para aquilo que desejam

comprar. Assim, quando falamos em

demanda por encaixes reais, estamos nos

referindo à quantidade de moeda nominal

utilizada para pagamento das despesas; em

relação ao nível de preços da economia.

A demanda por encaixes reais depende do

nível de renda real porque os indivíduos

detém moeda para financiar suas despesas,

as quais depende, por sua vez, da renda.

Depende da taxa de juros, porque esta

representa o custo se reter moeda.

De modo geral, a demanda por encaixes

reais aumenta com o nível de renda real e

diminui com a taxa de juros.

Matematicamente, temos a seguinte

fórmula:

L = k.y – h.i

Sendo k e h > 0

Onde:

L = Demanda Total por Moeda;

k e h = Sensibilidade da Demanda Por

Encaixes Reais (Parâmetros);

y = Nível de Renda;

i = taxa de juros.

Gráfico: A Demanda por Encaixes Reais

como Função da Taxa de Juros e da

Renda Real.

i (Taxa de Juros)

KΔY

L2 + ky2 – hi

L1 + ky1 – hi

L

(Demanda Total Por Moeda)

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39

A demanda por encaixes reais é colocada no

gráfico como função da taxa de juros.

Quanto mais alta a taxa de juros, menor a

quantidade de encaixes reis demandados,

dado o nível de renda. Um aumento na

renda aumenta a demanda por moeda. Isto é

mostrado pelo deslocamento à direita da

curva de demanda por moeda.

9. O Equilíbrio no Mercado Monetário

A Curva LM – É a curva de equilíbrio do

mercado monetário, ou seja, mostra todas

as combinações de taxas de juros e níveis

de renda nos quais a demanda por

encaixes reais é igual à oferta.

10. Equilíbrio no Mercado de Bens e

Monetário

i (Taxa de Juros)

LM

i0 E

IS

0 y0 y (Renda)

Os mercados de bens e monetário se

equilibram no ponto E. As taxas de juros e

os níveis de renda são aqueles onde o

publico detém o estoque existente de moeda

e ode os gastos planejados são iguais à

produção.

11. As Funções de Oferta Agregada e da

Demanda Agregada

Oferta: É a quantidade de bem ou serviço

que se produz e se oferece no mercado,

por determinado preço e em determinado

período de tempo.

Diversos fatores influenciam o

comportamento de um ofertante no

mercado, como:

1) preço do bem em questão: para a

economia clássica, quanto mais alto o preço

de mercado, maior tenderia ser a quantidade

ofertada; é comum, entretanto, que se

ofereça uma quantidade menor a preço

maior – ou por retenção deliberada de

estoques na expectativa de novas elevações

de preço, ou por força de um poder de

monopólio;

2) a tecnologia: quanto maior for o avanço

tecnológico, maior tende ser a quantidade

ofertada;

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40

3) as condições climáticas, no caso de

produtos agrícolas;

4) o suprimento dos insumos necessários

para a produção da mercadoria.

Mantendo-se constantes todas as variáveis

que possam influenciar a oferta e fazendo-a

depender apenas do preço do produto, ela

apresentará graficamente uma inclinação

positiva. A cada ponto dessa curva de oferta

estará representada a quantidade do bem a

ser ofertado de acordo com determinado

preço.

Oferta Agregada (Oferta de Mercado ou

Oferta Global): É a quantidade de bens

ou serviços que o conjunto dos ofertantes

produz e oferece no mercado, em

determinado período de tempo e por

determinado preço. Determina-se a oferta

agregada somando-se as ofertas

individuais, a cada nível de preço. Em

função disso, ela depende de todos os

fatores que influenciam a oferta

individual, além do número de ofertantes

no mercado.

Demanda (Procura): Na teoria

microeconômica, a demanda é a

quantidade de um bem ou serviço que um

consumidor deseja e está disposto a

adquirir por determinado preço em

determinado momento.

Dessa forma, a demanda deve explicar o

comportamento de um consumidor tomado

individualmente, como, por exemplo, um

sujeito interessado na compra de arroz.

A demanda depende de fatores como, por

exemplo:

1) preferência do consumidor – dada uma

mudança na preferência do consumidor,

a demanda pelo bem em questão será

consequentemente afetada;

2) poder de compra do consumidor, sem o

qual a demanda não existe em termos

econômicos;

3) preços dos outros bens, tanto os bens

substitutos como os complementares;

4) preço do bem em questão, pois, pelos

mecanismos comuns de mercado,

quanto mais alto for o preço, menor será

a quantidade demandada;

5) qualidade do bem;

6) expectativas do consumidor quanto a

renda pessoal e preços.

Dada a impossibilidade prática de relacionar todos esses

fatores com a quantidade demandada, os economistas isolam

um fator, considerando os outros constantes.

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41

Demanda Agregada (ou Demanda de

Mercado ou Demanda Global): É a

quantidade de bens ou serviços que a

totalidade dos consumidores deseja e está

disposta adquirir em determinado

período de tempo e por determinado

preço. Obtém-se, portanto, a demanda

agregada de um produto somando-se

todas as demandas individuais desse

produto. A demanda agregada depende

de todos os fatores que determinam a

demanda individual mais o número de

compradores do bem ou serviço em

questão existentes no mercado.

Os pontos identificados no gráfico a

seguir, apresentam as funções de

demanda e oferta agregadas

interceptando-se em um ponto que

determina. preço e quantidade.

S = S (P) Qs = f (p)

D = D (p) Qd = F (p)

S = D Condição de Equilíbrio

Exercícios de Fixação

Nas afirmativas seguintes, marque (V)

para verdadeiro e (F) para falso:

91. (Analista de Finanças e Controle/89)

O modelo keynesiano básico afirma que a

oferta cria sua própria demanda Lei dos

Mercados), impossibilitando uma crise

geral de superprodução ( F )

92. (Controlador da Arrecadação

Federal/83) A principal diferença entre a

teoria macroeconômica clássica de curto

prazo e a teoria keynesiana é que a

segunda demonstra que a economia pode

estar em equilíbrio a níveis inferiores aos

de pleno emprego. ( V )

93. (Técnico de Economia do Ministério

Publico/96) Indivíduos que utilizam toda

a informação disponível para prever o

comportamento futuro dos preços tomam

suas decisões com base em expectativas

racioanais. ( V )

94. (Analista de Controle Federal/97) A

curva de oferta agregada, em sua versão

keynesiana é negativamente inclinada e

côncava para baixo ( F )

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95. (Analista de Orçamento Federal/97) A

curva de demanda agregada apresenta

normalmente uma relação inversa entre a

demanda da sociedade e o nível de preços

( V )

96. (Analista de Finanças e Controle/97)

A relação entre a demanda agregada e o

nível de preços é sempre negativa, tanto

em uma economia fechada como aberta.

( V )

97. (Controlador da Arrecadação

Federal/81) A teoria keynesiana supõe

salários nominais rígidos e salários

reais flexíveis ( V )

98. A teoria keynesiana supõe salários

nominais flexíveis e salários reais

rígidos. ( F )

12. Política Econômica, Monetária,

Fiscal e Cambial

Política Econômica: É o conjunto de

medidas tomadas pelo governo de um

país com o objetivo de atuar e influir

sobre os mecanismos de produção,

distribuição e consumo de bens e serviços.

De maneira geral, podem-se classificar as

políticas econômicas em três tipos, segundo

os objetivos governamentais:

1) Estruturais;

2) De estabilização conjuntural;

3) De expansão.

1) A política estrutural está voltada para a

modificação da estrutura econômica do país

(podendo chegar até a mesmo a alterar a

forma de propriedade vigente), regulando o

funcionamento do mercado (proibição de

monopólios e trustes) ou criando empresas

públicas, regulamentando os conflitos

trabalhistas, alternado a distribuição de

renda ou nacionalizando empresas

estrangeiras.

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43

2) A política de estabilização conjuntural

visa à superação de desequilíbrios

ocasionais. Pode envolver tanto uma luta

contra a depressão como o combate à

inflação ou à escassez de determinados

produtos.

3) A política de expansão tem por objetivo a

manutenção ou a aceleração do

desenvolvimento econômico. Nesse caso,

podem ocorrer reformulações estruturais e

medidas de combate à inflação, proteção

alfandegária e maior rigor na política

cambial contra a concorrência estrangeira.

Observação.: Cada uma dessas modalidades

apóia-se numa corrente ou mais de

pensamento econômico e liga-se a critérios

políticos e ideológicos

Política Monetária: É o conjunto de

medidas adotadas pelo governo visando a

adequar os meios de pagamentos

disponíveis ás necessidades da economia

do país. Essa adequação geralmente

ocorre por meio de uma ação reguladora,

exercida pelas autoridades sobre os

recursos monetários existentes, de tal

maneira que estes sejam plenamente

utilizados e tenham um emprego tão

eficiente quanto possível.

Na maior parte dos países, o principal órgão

executor da política monetária é o Banco

Central, entidade do Estado ou dele

dependente, encarregado da emissão de

moeda, da regulação do crédito, da

manutenção do padrão monetário e do

controle de câmbio. De maneira geral, esse

órgão põe ao alcance dos bancos os mesmo

serviços que eles prestam a seus clientes.

A política monetária pode recorrer a

diversas técnicas de intervenção,

controlando a taxa de juros através da

fixação das taxas de redesconto cobradas

dos títulos apresentados pelos bancos,

regulando as operações de open market

(mercado aberto), ou impondo aos bancos o

sistema de reservas obrigatórias (depósitos

compulsórios) para garantir a liquidez do

sistema bancário.

Em relação ao crédito, podem ser adotadas

medidas restritivas ou práticas seletivas. As

primeiras geralmente ocorrem em períodos

de elevada inflação ou crise no balanço de

pagamentos e consistem na fixação dos

limites de crédito bancário e na redução dos

prazos de pagamentos dos empréstimos. As

práticas seletivas, por sua vez, visam

sobretudo a direcionar o crédito para as

atividades mais rentáveis e produtivas da

economia.

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44

No Brasil e em outros países, a política

monetária constitui atualmente um

instrumento de combate ao surtos

inflacionários. Sua maior eficácia em

relação às outras políticas econômicas se

deve a flexibilidade com que pode ser

aplicada e ao conjunto de medidas práticas

que põe ao alcance das autoridades,

desobrigando-as de submeterem suas

decisões ao legislativo.

A Política Monetária tem como objetivo

manter o equilíbrio da renda nacional

atuando sobre o consumo, investimentos

e despesas do governo.

A Política Monetária trabalha com

instrumentos ligados à teoria da moeda.

Através do suprimento dos meios de

pagamento, o Governo busca controlar o

sistema econômico, como por exemplo

concedendo crédito aos setores carentes

da economia.

A Política Monetária exerce uma

considerável influência no equilíbrio

externo. Os detentores de ativos podem

movimentar-se no mercado financeiro

mundial em busca da taxa de rentabilidade

mais favorável. Para ser suficientemente

atrativo, o rendimento obtido com afins

nacionais terá de ser não só igual ao

rendimento obtido no exterior, mas também

tomar em consideração a depreciação da

moeda e um prêmio de risco:

i = i* + x + ROnde:

i = Taxa de Juro Interna;

i* = Taxa de Juro Externa;

x = Prêmio de Risco;

R = Taxa de Câmbio Real

A equação acima, indica que grandes

afastamentos em relação a este nível de taxa

de juros conduzirão, inevitavelmente, a

operações de capitais e, por conseqüência, a

perdas de reservas ou problemas com a taxa

de câmbio.

A política de crédito do governo tem efeitos

consideráveis sobre a aplicação de recursos.

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Se um setor é beneficiado em termos de

crédito, então desviará recursos de outros

setores. No caso de a agricultura ser

incentivada para poupar importações, os

recursos para ela canalizados poderão vir de

indústrias concorrentes com as importações.

O problema de divisas é muitas vezes difícil

de resolver porque não se leva em

consideração que os problemas relacionados

com o equilíbrio externo envolvem não só o

nível da despesa relativamente ao

rendimento, como também à composição da

despesa e da produção.

Política Fiscal: utiliza instrumentos

ligados às finanças públicas. Os recursos

que o Governo necessita para fazer frente

aos seus gastos são obtidos através dos

impostos cobrados. Por sua vez a

elevação dos impostos ocasiona redução

da renda.

A Política Fiscal abrange todas as

decisões do Estado relativas à despesa,

transferências e aos impostos, assim como

as políticas aplicadas às empresas

públicas.

Mecanismos Fiscais

1) No sentido de aumentar as receitas, o

Estado pode, por exemplo, cobrar um

direito aduaneiro à entrada do porto. O

efeito fiscal poderá ser um incentivo à

produção interna de bens importados ou

desincentivos ao consumo de bens

importados, tendo, assim, um impacto

na Balança Comercial;

2) Uma variação da Política Fiscal que

tenha como conseqüência um aumento

da despesa, maiores transferências de

uma redução de impostos, irá afetar a

demanda agregada e consequentemente,

o nível de recursos e o equilíbrio

externo;

3) O déficit público pode ser financiado

por empréstimos internos através da

emissão de títulos da dívida pública, por

empréstimos externos de bancos,

governos ou agências internacionais.

A Política Fiscal - Gastos do Governo: Os

gastos governamentais em bens e serviços

são um componente da demanda

agregada.

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46

Demanda Agregada = C + I + G + (X – M)

Através de seus gastos G, o governo pode

interferir na economia buscando um

aumento da renda e do produto, quando

estes estão abaixo do pleno-emprego.

Assim, a política fiscal consiste em medidas

governamentais para influenciar os gastos

públicos e privados, tornando-os adequados

a conjuntura que o sistema econômico

enfrenta.

Instrumentos de Política Fiscal:

a) Orçamento Público;

b) A Estrutura Tributária;

c) A Dívida Pública;

d) Despesas de Transferências.

O Princípio geral que norteia a política

fiscal é no sentido de ampliar o volume de

gastos públicos em épocas recessivas ou

depressivas, a fim de estimular a atividade

econômica, e reduzir estes mesmos gastos

quando a economia revela sintomas

sensíveis de inflação e pleno emprego dos

fatores produtivos.

Política Cambial: Instrumento da política

de relações comerciais e financeiras entre

um país e o conjunto dos demais países.

Os termos em que se expressa a política

cambial refletem, em última instância, as

relações políticas vigentes entre os países,

com base no desenvolvimento econômico

alcançado por eles. Por exemplo: em

dado momento, pode ser importante ao

país adquirir certos produtos no exterior,

necessários ao desenvolvimento de seu

setor industrial; para tanto, as

autoridades monetárias podem manter o

câmbio artificialmente valorizado,

barateando o custo, em moeda nacional,

desses produtos; em contrapartida,

ocorreria o encarecimento dos produtos

nacionais para os importadores de outros

países.

A política cambial pode utilizar ainda uma

série de mecanismos para evitar a evasão de

divisas e contribuir para o equilíbrio do

balanço de pagamentos, como a fixação de

taxas múltiplas de câmbio (câmbio turismo,

câmbio comercial, câmbio financeiro). E

também lançar mão de medidas que

favoreçam algum setor da economia, como

manter a moeda a moeda nacional

artificialmente desvalorizada para estimular

as exportações.

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Após o termino da Segunda Guerra Mundial

(1939-1945), a necessidade de uma

reordenação das relações internacionais

levou as grandes potências industriais do

Ocidente a propor acordos e criar

instituições visando a disciplinar as

transações econômicas entre os diversos

países. Buscava-se coibir, assim, a fixação

de políticas cambiais arbitradas por

interesses unilaterais que pudessem pôr em

risco a confiabilidade do sistema

internacional de intercâmbio. Até então, as

relações comerciais faziam-se com base na

conversibilidade em ouro das moedas ou nas

cotações estabelecidas para a libra esterlina.

Com o Acordo de Bretton Woods, em

junho de 1944, inaugurou-se praticamente o

sistema de conversibilidade internacional

em relação ao dólar norte-americano. Todas

as transações internacionais passaram a ser

feitas com base na transferência de saldos

contabilizados em dólar, excetuando-se os

países da área socialista. A economia

capitalista entra então num novo período,

caracterizado pela internacionalização das

economias nacionais, que se tornam

extremamente vulneráveis às flutuações da

economia dos Estados Unidos da América

(U.S.A).

Outras medidas de política cambial são

comumente utilizadas, às vezes acopladas a

mecanismos de política econômica que

possibilitem compensar os efeitos

indesejáveis à economia do país. As

autoridades governamentais pode também

tomar decisões em outras áreas da economia

com o objetivo de obter determinados

efeitos no setor externo, sem que haja

necessidade de alterar a taxa cambial. No

Brasil, por exemplo, são concedidos

créditos como prêmio para incentivar as

exportações.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

99. (Analista do Banco Central do

Brasil/2000) A administração de uma

economia nacional envolve a utilização de

instrumentos de política econômica de

natureza monetária, cambial ou fiscal.

Acerca desse assunto, julgue o seguinte

item.

- A política fiscal pode ser conduzida

independentemente da política monetária,

pois não há interrelação de seus efeitos. ( F )

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100. Segundo Keynes, o desemprego em

larga escala é resultado:

a) Dos gastos excessivamente baixos em

bens e serviços.

b) Da demanda agregada aumentando.

c) Da excessiva quantidade de moeda.

d) Do excessivo gasto público.

e) Da excessiva oferta de moeda

101. Para resolver o problema do

desemprego, segundo Keynes:

a) A demanda agregada deve ser

diminuída.

b) Os gastos governamentais devem ser

aumentados.

c) Os gastos pessoais devem ser reduzidos

a zero.

d) Os gastos públicos devem ser

reprimidos.

e) A oferta de bens de consumo deve ser

igual ao produto interno.

102. (Fiscal de Tributos Federais/80) Numa

economia do tipo keynesiano, em regime

inflacionário, o governo reduz as despesas

orçamentárias, reduz a oferta de moeda e

mantém livres os salários nominais. Os

efeitos mais prováveis serão

a) aumento do produto interno e aumento

do emprego.

b) redução da taxa de juros e aumento do

produto.

c) redução do produto interno e alta da

taxa de juros.

d) redução da taxa de juros e aumento do

“déficit” do balanço de pagamentos em

conta corrente”

103. (Fiscal de Tributos Federais/81)

Podemos dizer que uma política monetária

anti-recessiva é

a) mais efetiva, quanto maior for a taxa

de juros do mercado de capitais.

b) mais efetiva, quanto menor for a taxa de

juros do mercado de capitais.

c) sempre efetiva, qualquer que seja a taxa

de juros do mercado de capitais.

d) sempre inóqua, qualquer que seja a taxa

de juros do mercado de capitais.

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104. (Fiscal de Tributos Federais/81) O

efeito multiplicador será totalmente

absorvido, não provocando nenhum

aumento de demanda efetiva, se o

a) equilíbrio da economia se localizar no

trecho da armadilha de liquidez

b) equilíbrio da economia se localizar no

trecho intermediário da curva LM.

c) equilíbrio da economia se localizar no

trecho vertical da curva LM.

d) investimento for inelástico em relação à

taxa de juros.

105. (Controlador da Arrecadação

Federal/81) Uma economia onde se aplica o

modelo keynesiano se encontra em

equilíbrio no trecho da armadilha da

liquidez. Sabendo-se que há desemprego de

mão-de-obra, a política econômica mais

indicada é o aumento

a) dos meios de pagamento via open

market.

b) dos impostos.

c) dos salários nominais.

d) das despesas públicas financiadas por

Letras do Tesouro Nacional.

106. (Fiscal de Tributos Federais/83) A

forma da curva IS depende

a) da procura por preucação e especulativa

por dinheiro.

b) da procura especulativa e para

transações por dinheiro.

c) do tamanho do multiplicador e dos

requisitos de reserva monetária.

d) do tamanho do multiplicador e da

elasticidade do investimento em

relação à taxa de juros.

e) da posição do ramo da curva LM

conhecida por “armadilha da liquidez”.

107. (Fiscal de Tributos Federais/83)

Segundo a teoria keynesiana, a oferta

global de moeda é

a) crescente com a taxa de juros.

b) decrescente com a taxa de juros.

c) inelástica com a taxa de juros.

d) crescente com a renda nacional.

e) decrescente com renda nacional.

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108. (Controlador da Arrecadação

Federal/83) A curva IS expressa, para cada

valor da taxa de juros,

a) os níveis de renda de equilíbrio do

lado real da economia.

b) os níveis de renda de equilíbrio do lado

monetário da economia.

c) os níveis de renda de equilíbrio do

orçamento fiscal do governo.

d) a posição de pleno emprego de mão-de-

obra.

e) os níveis de taxa de câmbio de equilíbrio

do balanço de pagamentos.

109. (fiscal de Tributos Federais/85) Uma

economia apresenta desemprego de mão-de-

obra com a posição de equilíbrio

localizando-se no trecho intermediário da

curva LM. Segundo o modelo keynesiano

generalizado, um aumento autônomo nos

gastos do governo tem seu efeito

multiplicador de demanda efetiva

parcialmente absorvido devido ao aumento

resultante

a) nos salários reais.

b) no emprego da mão-de-obra.

c) na taxa de juros.

d) nos salários nominais.

e) no índice geral de preços.

110. (Fiscal de Tributos Federais/85) das

medidas de política econômica indicadas

abaixo, indique aquela que provoca um

deslocamento para a direita da curva IS.

a) Redução da carga tributária

autônoma.

b) Aumento da carga tributária autônoma.

c) Redução dos salários nominais.

d) Aumento dos salários nominais.

e) Redução dos gastos do governo.

111. (Fiscal de Tributos Federais/85) Uma

medida de política fiscal pura, anti-

recessiva, materializa-se através de

a) aumento de gastos do governo e/ou

redução de carga tributária

acompanhados de um aumento nos

meios de pagamento.

b) redução dos gastos do governo e/ou

aumento da carga tributária

acompanhados de um aumento nos

meios de pagamento.

c) aumento de gastos de governo e/ou

redução da carga tributária com

meios de pagamentos constantes.

d) redução de gastos do governo e/ou

aumento da carga tributária com meios

de pagamentos constantes.

e) aumentos dos meios de pagamentos com

gastos do governo e carga tributária

constantes.

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112. (Cespe/Unb) Uma economia onde se

aplica o modelo keynesiano generalizado

apresenta desemprego de mão-de-obra com

a posição de equilíbrio localizando-se no

trecho intermediário da curva LM. A adoção

de uma medida de política monetária pura,

anti-recessiva, provocará redução da taxa de

juros e aumento da renda real e do emprego

de mão-de-obra. ( C )

113. (Cespe/Unb) A política monetária e a

política fiscal diferem, essencialmente, pelo

seguinte fato a política monetária procura

estimular ou desestimular as despesas de

investimento e de consumo, por parte das

empresas e das pessoas, influenciando as

taxas de juros e a disponibilidade de crédito,

enquanto que a política fiscal funciona

diretamente sobre as rendas através da

tributação e dos gastos públicos. ( C )

114. (Auditor Fiscal do Tesouro

Nacional/89) No que se refere ao equilíbrio

do produto nacional e da taxa de juros em

uma economia, é correto afirmar:

a) uma política monetária contracionista

levaria a uma redução na produção e na

taxa de juros.

b) um aumento na tributação, tudo mais

constante, provocaria redução na

produção e aumento na taxa de juros da

economia.

c) uma política fiscal expansionista, de

redução do superávit ou aumento do

déficit do governo, provocaria

aumento no produto nominal e na

taxa de juros.

d) uma política fiscal, conduzida para

reduzir o déficit do governo, provocaria,

tudo mais constante, aumento na taxa de

juros de equilíbrio e redução no produto

nominal.

e) uma política monetária expansionista

levaria a um aumento na taxa de juros e

redução na produção.

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115. (Analista de Finanças e Controle

Federal/89) No modelo IS/LM, o conhecido

“efeito multiplicador” das despesas

governamentais, dos investimentos

autônomos e das exportações é tanto maior

quanto menor for o efeito das taxas de juros

sobre o consumo e o investimento. ( C )

116. (Auditor Fiscal do Tesouro

Nacional/91) Se os investimentos forem

absolutamente inelásticos com relação a

variações na taxa de juros, aumentos no

estoque de moeda, tudo o mais constante,

não produzirão efeito sobre o produto

nacional. ( C )

117. (Auditor Fiscal do Tesouro

Nacioanal/91) Uma economia apresenta

desemprego da mão-de-obra com o

equilíbrio ocorrendo em uma situação

extrema de escassez de liquidez. Então, uma

política econômica adequada para eliminar

o desemprego será aumentar o volume de

meios de pagamento. ( C )

118. (Analista de Finanças e Controle

Federal/92) Para uma economia que não se

encontra no pleno emprego é possível que o

governo aumente seus gastos, tudo mais

constante, provocando aumento na taxa de

juros da economia, sem que varie a renda

real. ( C )

13. Inflação e Emprego

Inflação: Aumento persistente dos preços

em geral, de que resulta uma contínua

perda do poder aquisitivo da moeda. É

um fenômeno monetário, e isso coloca

uma questão básica: se é a expansão da

oferta de moeda que tem efeito

inflacionário ou se ela ocorre como

resposta à maior demanda de moeda

provocada pela inflação. A inflação

normalmente pode resultar de fatores

estruturais (inflação de custos),

monetários (inflação de demanda) ou de

uma combinação de fatores.

Entretanto, independentemente da causa

inicial do processo de elevação dos preços, a

inflação adquire autonomia suficiente para

se auto-alimentar por meio de reações em

cadeia (a elevação de um preço “puxando” a

elevação de vários outros). Desse modo,

configura-se a chamada espiral

inflacionária.

A escola monetarista atribui papel decisivo

às expectativas inflacionárias como

impulsionadoras da taxa de juros, das

maiores demandas salariais, dos reajustes

sistemáticos da taxa cambial e, por

extensão, como fator explicativo da

autonomia relativa do processo

inflacionário.

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Tudo surgiria espontaneamente em função

do comportamento racional dos agentes

dentro de mercados competitivos. Os

estruturalistas por sua vez, explicam a

inflação pelo fato de as demandas salariais

deixarem de ser uma questão

exclusivamente econômica; elas adquiriram

um caráter sócio-político, envolvendo

sindicatos, empresas e o governo, o que

contribui para generalizar a prática de

fixação dos preços em função dos aumentos

de custos, em detrimento do rigor impessoal

dos mercados competitivos.

Dessas duas posições originam-se modelos

diferenciados para o processo inflacionário.

Segundo os monetaristas, o índice de

preços depende do nível de produção física,

da e do estoque nominal de moeda. Como

os dois primeiros (o índice de preços e a

velocidade-renda da moeda) mudam de

forma estável no mercado livre, os

movimentos do índice geral de preços

refletiriam unicamente os movimentos do

estoque nominal de moeda, determinados

pela política econômica.

Segundo alguns economistas o combate à

inflação deveria respeitar a

“espontaneidade” do mercado

(aumentando o desemprego se necessário)

para procurar reverter as expectativas

inflacionárias. Se necessário emitir títulos,

aumentar os impostos e, sobretudo

neutralizar a ação dos mecanismos de

reajustes, espontâneos ou não, de preços,

salários, câmbio e taxa de juros.

Emprego: Em sentido amplo, é o uso do

fator de produção de uma empresa.

Estritamente, é a função, o cargo ou

ocupação remunerada exercida por uma

pessoa. A oferta total de empregos que

um sistema econômico pode proporcionar

depende do que se produz, da tecnologia

empregada e da política econômica

governamental e empresarial

Lembre-se: A curva de oferta agregada se

constrói sobre três fundamentos:

1) Na Curva de Phillips, que mostra que os

salários aumentam mais rapidamente

quanto mais baixo é o nível de

desemprego;

2) A relação entre a taxa de desemprego e

o nível de produção, com a produção

sendo mais alta quanto menor a taxa de

desemprego

3) A hipótese de que os preços são

determinados via markup, que parte do

princípio de que os preços das firmas se

baseiam nos custos do trabalho, sendo

mais altos quanto mais alto for o salário.

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Desemprego: É a situação de ociosidade

involuntária em que se encontram

pessoas que compõem a força de trabalho

de uma nação.

Desemprego Tecnológico ou Estrutural:

É o desemprego que existe quando a

economia está no pleno emprego.

Aumento da mecanização e automação,

onde grandes números de trabalhadores

fica desempregado a curto prazo,

enquanto uma minoria especializada

beneficiada pela valorização de sua mão-

de-obra.

Desemprego Sazonal: É aquele limitado a

certas épocas do ano por não haver oferta

homogênea de emprego durante o ano

inteiro.

Desemprego Cíclico: Ele ocorre quando a

produção está abaixo do seu nível de

pleno emprego, quando a produção

declina drasticamente. É o excesso de

desemprego estrutural.

Desemprego Disfarçado ou Subemprego:

Consiste na remuneração muito abaixo

de padrões aceitáveis, que afeta

trabalhadores não registrados.

Desemprego Friccional ou Normal:

Ocorre por desajustes ou falta de

mobilidade entre a oferta e a procura,

quando empregadores com vagas

desconhecem a existência de mão-de-obra

disponível, enquanto trabalhadores

desempregados desconhecem as ofertas

reais de trabalho.

Período de Desemprego: É o período no

qual um indivíduo permanece

continuamente desempregado. A duração

do desemprego é o período médio de

tempo que uma pessoa permanece

desempregado.

Pleno Emprego: Situação em que a

demanda de trabalho é igual ou inferior à

oferta. Isso significa que todos os que

desejarem vender sua força de trabalho

pelo salário corrente terão condições de

obter um emprego. Em termo globais,

pleno emprego significa o grau máximo

de utilização dos recursos produtivos

(materiais e humanos) de uma economia.

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14. Determinação do Nível de Preços

O nível de preços é estabelecido na

intersecção da oferta agregada com a

demanda agregada. Deslocamentos em

quaisquer destas curvas modificam os níveis

de preços. Com uma curva de oferta

agregada clássica, as variações nos níveis de

preços são proporcionais às variações na

demanda agregada, na oferta de trabalho ou

na produtividade do trabalho.

15. Introdução às Teorias da Inflação

Podemos considerar inflação, como sendo a

alta generalizada e contínua dos preços. Ela

é causada, por um excesso da demanda

agregada sobre a oferta agregada. Para que

isso ocorra, é necessário que se procure

mais do que se oferece, ou seja, o indivíduo

terá que ser capaz de gastar mais do que se

oferece, ou seja, o indivíduo terá que ser

capaz de gastar mais do que a sua renda,

sendo necessário para obtenção desses

recursos monetários, que ele recorra a

outros meios que não a venda de bens ou

serviços. Em geral esses recursos são

obtidos através de empréstimos bancários.

Existe um duplo aspecto em cada situação

inflacionária: um referente ao poder

aquisitivo, e o segundo refere-se à moeda

(um aumento na oferta monetária sobre a

demanda agregada por dinheiro). Esses dois

aspectos estão intimamente associados.

Portanto, existem duas maneiras de se

controlar a inflação: a primeira, é mantendo

a demanda agregada exatamente igual ao

valor corrente da oferta agregada; a outra é

mantendo a quantidade de moeda em

circulação igual à demanda agregada de

caixa.

O primeiro método é aplicado, através das

políticas fiscal e salarial, procurando manter

a demanda de crédito igual à oferta de

poupança, sem abolir a tomada de

empréstimos. O segundo é aplicado, através

da política monetária e de crédito,

procurando equilibrar o volume agregado de

crédito bancário, ou seja, a oferta monetária,

com a variação da demanda agregada de

saldos de caixa.

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Inflação de Demanda: É caracterizada

pelo crescimento acelerado da demanda

global de bens e serviços em relação a

oferta global de bens e serviços,

principalmente, devido ao excesso de

moeda e de crédito, ou de dispêndio

público. Tudo isso é conseqüência de um

crescimento indefinido da demanda

global em função da moeda e do crédito e

da oferta global de bens, que necessita de

recursos ilimitados e de um tempo maior

para o seu crescimento. Dessa deparagem

de crescimento nasce a elevação dos

preços, como uma maneira de se ajustar

às duas forças.

Temos neste tipo de inflação, uma

redução na participação dos assalariados

na renda nacional, e lucros maiores, por

parte dos empresários.

Inflação de Custos: Processo

inflacionário gerado (ou acelerado) pela

elevação dos custos de produção,

especialmente dos salários ou dos preços

das importações.

Inflação Galopante: Surto inflacionário

em que os preços sobem rapidamente, a

inflação se mantém alta (no mínimo de

20% a 50%) e se torna crônica, tendendo

a se realimentar. O Brasil sofreu inflação

galopante em 1958-1964 e a partir de

1978. A economia pode se adaptar a esse

carrossel de preços crescentes por

mecanismos de correção monetária. Mas,

caso haja perda de confiança na moeda, a

remarcação desenfreada de preços pode

resultar na hiperinflação.

Inflação Reprimida: Também chamada

de inflação contida ou oprimida, é aquela

que se caracteriza por uma taxa de

elevação dos preços inferior à taxa de

expansão do meio circulante. Essa não-

elevação dos preços, em geral, é

conseqüência de bem sucedidos controles

governamentais sobre os preços.

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16. A Relação Entre Variações de Salário

e Desemprego: A Curva de Phillips.

A Curva de Phillips: É a representação

gráfica de uma regularidade estatística,

encontrada em 1958 por A.W.H. Phillips

ao estudar a economia inglesa entre 1861

e 1957. A curva indicaria a existência de

uma relação inversamente proporcional

entre o nível de desemprego e a taxa de

variação de salário monetários. A.W.H.

Phillips não apenas observou a existência

dessa relação no caso inglês como

também concluiu que ela era

consideravelmente estável durante um

período de quase cem anos. Economistas,

como Paul Samuelson, realizaram

estudos semelhantes para os EUA,

encontrando as mesmas tendências,

embora bem menos conclusivas do que as

de Phillips. Do ponto de vista da política

econômica, a curva de Phillips mostra

que em muitos casos a redução do

desemprego implica elevação dos salários

monetários e, portanto, inflação; ou do

contrário, uma política de combate à

inflação (redução dos salários

monetários) significa aumento da taxa de

desemprego.

Gráfico da Curva de Phillips

Taxa de Reajuste dos Salários Monetários (Inflação)

A

Taxa de Desemprego

A = Taxa Natural de Desemprego.

A Curva de Phillips é resultado das pressões

de mercado sobre os salários. Quando a taxa

de desemprego é baixa, as firmas têm

dificuldade em obter o trabalho que

demandam, e o desemprego é baixo.

Quando a taxa de desemprego é alta, os

empregos tornam-se difíceis de serem

encontrados e as firmas podem preencher

suas vagas sem que seja necessário

aumentar os salários – realmente, os salários

podem até mesmo cair quando os

trabalhadores entram em competição pelos

empregos escassos.

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17. A Rigidez dos Reajustes de Preços e

Salários

Salário Nominal ou Monetário: Soma em

dinheiro que o trabalhador recebe em

troca de sua força de trabalho.

Salário Real: Nível do salário em relação

a seu próprio poder de compra em

determinado momento.

Por que os salários são rígidos?

(Rudiger Dornbusch e Stanley Fischer)

A hipótese de que os salários são lentos para

ajustarem-se a deslocamentos na demanda é

essencial para a nossa derivação de uma

curva de oferta agregada que produz um

ajuste gradual em vez de instantâneo da

economia aos distúrbios. Com o ajuste

gradual dos salários, uma expansão fiscal ou

monetária tem um efeito extenso sobre a

produção e sobre o emprego. A questão

chave na teoria da oferta agregada é que o

salário nominal ajusta-se lentamente as

deslocamentos na demanda, ou que os

salários são rígidos.

Traduzindo:

Os salários são rígidos, ou os ajustes

salariais são lentos, quando os salários

movem-se lentamente ao longo do tempo,

em vez de serem completa e

imediatamente flexíveis, como forma de

alcançar o pleno emprego em cada ponto

no tempo.

Questão de Concurso Sobre Este Tópico

Marque (V) para Verdadeiro e (F) para

falso nas seguintes afirmativas:

119. (Técnico de Controle Externo do

TCU/88) A rigidez dos salários nominais é

explicada pelos contratos de trabalho, pela

ação de dos sindicatos e pela legislação de

fixação de salários mínimos. ( V )

120. (Curso Excelência/2006) Conforme o

modelo de análise keynesiano de uma

elevação no nível de preços haverá

diminuição do salário real, aumento da

demanda de trabalho, diminuição da

produção e do emprego. ( V )

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A Política de Rendas (ou os controles de

preços e salários)

A estabilização da inflação toma tempo e

envolve desemprego porque isto é o que é

necessário para se colocar a taxa de variação

salarial rapidamente, tanto pela lei

(controles de preço e salários) como por

persuasão.

As Políticas de Renda: São políticas que

tentam reduzir a taxa de aumentos de

salários e preços por ação direta. Tanto

os salários como os preços são

controlados, ou o governo tenta persuadir

os líderes trabalhistas e os empresários a

aumentarem os salários e os preços mais

lentamente do que de outra forma

aumentariam.

18. A Teoria da Inflação Inercial e a

Análise da Experiência Brasileira

Recente no Combate à Inflação.

A inércia inflacionária: ocorre quando a

taxa de inflação reage lentamente às

variações na política econômica

(especificamente na política monetária)

que reduzem a taxa de inflação do estado

estacionário.

Inflação Inercial: Processo inflacionário

muito intenso, gerado pelo reajuste pleno

de preços, de acordo com a inflação,

observada no período imediatamente

anterior; os contratos contém cláusulas

de indexação que restabelecem seus

valores reais após intervalos fixos de

tempo. Na medida em que esses

intervalos são cada vez menores e os

reajustes cada vez maiores e concedidos

com a mesma intensidade para todos os

preços, estes tendem a ficar alinhados.

Embora variando com grande

intensidade, um congelamento manteria

as mesmas posições relativas anteriores,

garantindo a neutralidade da operação,

isto é, não haveria nem ganhadores nem

perdedores se a inflação deixasse de

existir repentinamente pelo congelamento

de preços.

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Estagflação: ocorre quando a inflação

aumenta enquanto a produção está ou

caindo ou no mínimo não está

aumentando.

A política econômica de controle

inflacionário, em sua forma gradualista,

que significa controlar os preços sem gerar

recessão e sem prejudicar o crescimento,

baseia-se no controle e dispêndio total de

bens e serviços, através da política

monetária (controle do crescimento da

moeda e do crédito), da política fiscal

(tributação e controle dos gastos do governo

e das empresa públicas) e controle salarial,

sendo que este a partir de 1974, passou a ser

considerado como componente inflacionário

em vez de uma arma de combate à inflação.

A opção gradualista, começou em 1964, no

Governo de Castelo Branco.

Quase todos os governos passados e

recentes mostraram-se gradualistas,

baseando-se em controles monetários, fiscal

e salarial para o combate à inflação.

19. Comércio Internacional (Relação de

Trocas e Balança Comercial)

Comércio Internacional : É o intercâmbio

de bens e serviços entre países, resultante

de suas especializações na divisão

internacional do trabalho. Seu

desenvolvimento depende basicamente do

nível dos termos de intercâmbio (ou

relações de troca), que se obtém

comparando o poder aquisitivo de dois

países que mantenham comércio entre si.

Fundamentos do Comércio

Internacional: a teoria das vantagens

comparativas

O que leva os países a comercializarem

entre si ?

1) a diversidade de possibilidades de

produção entre os países combinada as

vantagens comparativas de produzir ao

menor custo um produto de melhor

qualidade. Exemplo: Inglaterra tinha

vantagens comparativas na produção de

tecido e Portugal em vinho.

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2) O fato de que um país não é auto-

suficiente em tudo o que precisa. Exporta o

que o que sobra e importa o que falta para

atender as necessidades de produção e

consumo.

Os economistas clássicos forneceram a

explicação teórica básica para o comércio

internacional através do chamado Princípio

das Vantagens Comparativas.

O Princípio das Vantagens Comparativas

sugere que cada país deva se especializar na

produção daquela mercadoria em que é

relativamente mais eficiente (ou que tenha

um custo relativamente menor).

Esta será, portanto, a mercadoria a ser

exportada. Por outro lado, esse mesmo país

deverá importar aqueles bens cuja produção

implicar um custo relativamente maior (cuja

produção é relativamente menos eficiente).

Desse modo, explica-se a especialização dos

países na produção de bens diferentes, a

partir da qual concretiza-se o processo de

troca entre eles.

A Teoria das Vantagens Comparativas

foi formulada por David Ricardo em 1817.

No exemplo construído por esse autor,

existem dois países (Inglaterra e Portugal),

dois produtos (tecidos e vinho) e apenas um

fator de produção (mão-de-obra).

A partir da utilização do fator trabalho,

obtém-se a produção dos bens mencionados,

conforme o quadro a seguir:

Quantidade de Homens/hora para a produção de umaunidade de mercadoria

Tecidos Vinho

Inglaterra 100 120

Portugal 90 80

Em termos absolutos, Portugal é mais

produtivo na produção de ambas as

mercadorias. Mas em termos relativos, o

custo de produção de tecidos em Portugal é

maior que o da produção de vinho, e, na

Inglaterra, o custo da produção de vinho é

maior que o da produção de tecidos.

Comparativamente, Portugal tem vantagem

relativa na produção de vinho, e a

Inglaterra na produção de tecidos.

Segundo Ricardo, os dois países obterão

benefícios ao especializarem-se na produção

da mercadoria em que possuem vantagem

comparativa, exportando-a, e importando o

outro bem. Não importa, aqui, o fato de que

um país possa ter vantagem absoluta em

ambas as linhas de produção, como é o caso

de Portugal, no exemplo acima.

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Todavia, os benefícios da especialização e

do comércio podem ser observados ao se

comparar a situação sem e com comércio

internacional. Desse modo, a Inglaterra

deverá se especializar na produção de

tecidos, exportando-os e importando vinho

de Portugal, que se especializou em tal

produção e passou a importar tecidos.

Conclui-se, portanto, que dada uma certa

quantidade de recursos, um país poderá

obter ganhos através do comércio

internacional, produzindo aqueles bens que

gerarem comparativamente mais vantagens

relativas. A teoria desenvolvida por Ricardo

fornece uma explicação para os movimentos

de mercadorias no comércio internacional, a

partir da oferta ou dos custos de produção

existentes nesses países. Logo, os países

exportarão e se especializarão na produção

dos bens cujo custo for comparativamente

menor em relação àqueles existentes, para

os mesmos bens, nos demais países

exportadores. Deve-se destacar que a

Teoria das Vantagens Comparativas

apresenta a limitação de ser relativamente

estática, não levando em consideração a

evolução das estruturas da oferta e da

demanda, bem como das relações de preços

entre produtos negociados no mercado

internacional, à medida que as economias se

desenvolvem e seu nível de renda cresce.

Quando dois países mantêm relações

econômicas entre si, entram

necessariamente em jogo duas moedas,

exigindo que se fixe a relação de troca entre

ambas.

A taxa de câmbio é a medida de

conversão da moeda nacional em moeda

de outros países. Pode, também, ser

definida como o preço da moeda

estrangeira (divisa) em termos da moeda

nacional. Assim, 1 dólar pode custar 2,37

real, 1 libra pode custar 2,35 real etc.

A determinação da taxa de câmbio pode

ocorrer de dois modos: institucionalmente,

através de decisão das autoridades

econômicas com fixação periódica das taxas

(taxas fixas de câmbio), ou através do

funcionamento do mercado, onde as taxas

flutuam automaticamente, em decorrência

das pressões de oferta e demanda por

divisas estrangeiras (taxas flutuantes ou

flexíveis).

A demanda de divisas é constituída pelos

importadores, que precisam delas para pagar

suas compras no exterior, uma vez que a

moeda nacional não é aceita fora do país, e

pela saída de capitais financeiros.

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O Banco Central recebe do importador

nacional a importância em reais, e troca por

moeda estrangeira o valor correspondente.

A oferta de divisas é realizada tanto pelos

exportadores, que recebem moeda

estrangeira em contrapartida de suas vendas,

como através da entrada de capitais

financeiros internacionais. Como a divisa

não pode ser utilizada internamente, precisa

ser convertida em moeda nacional. Isso é

feito pelo Banco Central da seguinte forma:

recebe dos importadores do exterior a

quantia em divisas - dólar, por exemplo -,

retendo-as em seus cofres, e paga, ao

exportador nacional, em reais, a importância

correspondente.

Uma taxa de câmbio elevada significa que

o preço da divisa estrangeira está alto, ou

que a moeda nacional está desvalorizada.

Assim, a expressão desvalorização

cambial indica que houve um aumento da

taxa de Câmbio - maior número de reais

por unidade de moeda estrangeira.

Por sua vez, valorização cambial significa

moeda nacional mais forte, isto é, paga-se

menos reais por dólar, por exemplo, e

tem-se, em conseqüência, uma queda na

taxa de câmbio.

A taxa de câmbio está intimamente

relacionada com os preços dos produtos

exportados e importados e,

conseqüentemente, com o resultado da

balança comercial do país.

Se a taxa de câmbio se encontrar em

patamares elevados, estimulará as

exportações, pois os exportadores

passarão a receber mais reais pela mesma

quantidade de divisas derivadas da

exportação; em conseqüência, haverá

maior oferta de divisas.

Exemplo.: suponhamos uma taxa de câmbio

de 0,90 real por dólar, e que o exportador

vendia 1.000 unidades de seu produto a 50

dólares cada. Seu faturamento era de 50.000

dólares, ou 45.000 reais. Se o câmbio for

desvalorizado em 10%, a taxa de câmbio

subirá para 0,99 real o dólar e, vendendo

as mesmas 1.000 unidades, receberá os

mesmos 50.000 dólares, só que valendo

agora 49.500 reais. Isso estimulará o

exportador a vender mais, aumentando a

oferta de divisas.

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Do lado das importações, a situação se

inverte, pois se os preços dos produtos

importados se elevam, em moeda nacional

(os importadores pagarão mais reais pelos

mesmos dólares pagos antes nas

importações), haverá um desestímulo às

importações e, conseqüentemente, uma

queda na demanda por divisas. Uma taxa de

câmbio sobrevalorizada (isto é, a moeda

nacional encontra-se valorizada) surte efeito

contrário tanto nas exportações como nas

importações. Há um desestímulo às

exportações e um estímulo às importações.

A inflação Interna e Seus Efeitos Sobre a Taxa de Câmbio

Até aqui analisamos a paridade cambial sem

considerarmos os efeitos da inflação. No

entanto, o aumento do nível de preços

internos - ocorrência da inflação provoca

uma redução da taxa real de câmbio, ou

seja, a taxa nominal permanece a .mesma,

mas com a inflação gera-se, internamente,

uma queda no poder aquisitivo da moeda.

Os efeitos da perda de poder aquisitivo são:

um desestímulo às exportações, uma vez

que o preço do produto exportado não sofre

correção equivalente à inflação; e um

estímulo às importações, já que os bens

importados, ao não serem corrigidos, ficam

mais baratos.

Em países com inflação crônica, ocorre um

verdadeiro círculo vicioso. O aumento da

inflação interna em relação à externa, isto é,

da relação entre preços internos e preços

externos, encarece os produtos nacionais

relativamente aos estrangeiros, piorando o

saldo comercial do país com o resto do

mundo. Para recuperar as exportações e

inibir as importações, o governo desvaloriza

o câmbio nominal. Embora desestimule, no

geral, a compra de produtos importados,

alguns produtos essenciais, como petróleo,

não terão sua importação diminuída, mas

apenas elevação de seu preço, em moeda

nacional. Isso provocará elevação dos custos

de produção, que serão repassados aos

preços finais, e temos então caracterizada

uma inflação de custos. A relação entre

preços internos e preços externos se eleva

novamente, e o círculo vicioso continua.

A Atuação Governamental no Mercado

de Divisas: Políticas Externas

Estudou-se anteriormente a determinação da

taxa de câmbio pelas forças de mercado ―

oferta e procura de divisas. No entanto, na

maioria dos países, notadamente naqueles

em desenvolvimento, faz-se necessária a

intervenção do governo no mercado de

divisas, dada a instabilidade do balanço de

pagamentos nessas economias.

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O governo pode atuar através da política

cambial ou da política comercial. A política

cambial diz respeito a alterações na taxa de

câmbio, enquanto a política comercial

constitui-se de mecanismos que interferem

no fluxo de mercadorias e serviços.

As políticas cambiais mais freqüentes são

as seguintes:

Regime de taxas fixas de câmbio: O

Banco Central fixa antecipadamente a

taxa de câmbio, com a qual o mercado

deve operar.

Regime de taxas flutuantes ou flexíveis de

cambio: A taxa de câmbio é determinada

pelo mercado, através da oferta e da

demanda de moeda estrangeira. Na

verdade, em quase todos os países o

Banco Central é o principal agente tanto

na compra como na venda de divisas, o

que lhe permite praticamente manter a

taxa de cambio nos níveis em que ele

deseja. Esse fato também é chamado de

flutuação suja, ou dirty floating.

Regime de Bandas Cambiais: O Banco

Central fixa os limites superior e inferior

(uma banda) dentro dos quais a taxa de

câmbio pode flutuar.

Dentre as políticas comerciais externas,

podemos destacar as que se seguem:

Alterações das Tarifas Sobre

Importações: Se a política adotada visar

proteger a produção interna, como por

exemplo no processo de substituição de

importações adotado pela maior parte dos

países em desenvolvimento até os anos 70,

isso normalmente é feito através da elevação

do imposto de importação e de outros

tributos e taxas sobre os produtos

importados.

No caso oposto, com a abertura comercial,

ou liberalização das importações, as tarifas

sobre produtos importados são diminuídas.

Regulamentação do Comércio Exterior:

Entraves burocráticos dificultando as

transações com o exterior, bem como o

estabelecimento de quotas ou proibições às

importações de determinados produtos,

representam barreiras qualitativas às

importações.

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Fatores Determinantes do

Comportamento das Exportações e

Importações

Fatores que mais influenciam as

exportações e as importações.

Exportações:

Por simplificação, consideraremos como

moeda estrangeira o dólar. Isso posto, as

exportações agregadas são influenciadas,

coeteris paribus, pelas seguintes variáveis:

Preços Externos em Dólares: Se os preços

de nossos produtos se elevarem no exterior,

as exportações nacionais deverão se elevar.

Preços Internos em Reais: Uma elevação

dos preços internos de produtos exportáveis

pode desestimular as exportações e

incentivar a venda no mercado interno.

Taxa de Câmbio (Reais por Dólares): O

aumento da taxa de câmbio (isto é, uma

desvalorização cambial) deve estimular as

exportações, seja porque nossos

exportadores receberão mais reais pelos

mesmos dólares anteriores, seja porque os

compradores externos, com os mesmos

dólares anteriores, poderão comprar mais

produtos nacionais.

Renda Mundial: Um aumento da renda

mundial certamente estimulará o comércio

internacional e, em conseqüência, as

exportações nacionais.

Subsídios e Incentivos às Exportações:

Subsídios e incentivos às exportações, sejam

de ordem fiscal (isenções de impostos),

sejam de ordem financeira (taxas de juros

subsidiadas, disponibilidade de

financiamentos etc.), sempre representam

um fator de estímulo às exportações.

Importações

Os principais fatores determinantes do

comportamento das importações agregadas

são os seguintes:

Preços Externos em Dólares: Se os preços

dos produtos importados se elevarem no

exterior em dólares, haverá uma retração

das importações brasileiras.

Preços Internos em Reais: Um aumento

dos preços dos produtos produzidos

internamente incentivará a compra dos

similares no mercado externo, elevando as

importações.

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Taxa de Câmbio (Reais por Dólares):

Uma elevação da taxa de câmbio

(desvalorização cambial) acarretará uma

maior despesa aos importadores, pois

pagarão mais reais pelos mesmos produtos

antes importados, os quais, embora

mantenham seus preços em dólares, exigirão

mais moeda nacional por dólar.

Renda e Produto Nacional: Enquanto as

exportações são mais afetadas pelo que

ocorre com a renda mundial, as importações

estão mais relacionadas à renda nacional.

Um aumento da produção e da renda

nacional significa que o país está crescendo

e que demandará mais produtos importados,

seja na forma de matérias-primas, bens de

capital ou bens de consumo.

Tarifas e Barreiras às Importações: A

imposição de barreiras quantitativas

(elevação das tarifas sobre importações) ou

qualitativas (proibição da importação de

certos produtos, estabelecimento de quotas

ou entraves burocráticos) ocasionam uma

inibição nas compras de produtos

importados.

Os Organismos Internacionais: A Ordem

Mundial no Pós-Guerra

A Segunda Grande Guerra (1939-1945)

alterou profundamente a realidade mundial,

o conflito mudou os rumos do mundo e da

economia. Com as mudanças, emergiram

novos desafios e novos compromissos e

alianças. Criou-se uma nova estrutura de

poder mundial. Ou seja: implantou-se uma

nova ordem econômica e uma nova ordem

política.

A Ordem Econômica Internacional no

Pós-Guerra

Entende-se por ordem econômica

internacional o conjunto critérios e normas

que regulam o jogo econômico e financeiro

do mundo. E, por decorrência, os

instrumentos e mecanismos que lhe dão

sustentação.

Com a Segunda Guerra Mundial, os Estados

Unidos consolidaram sua liderança e

hegemonia no mundo, Sob a sua inspiração

e orientação realizou-se em julho de 1944,

na cidade turística de Bretton Woods, no

Estado de New Hampshire, EUA, a

Conferência Monetária e Financeira

Internacional das Nações Unidas e

Associadas.

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68

A reunião dos representantes dos países que

seriam os vencedores do conflito teve por

finalidade reconstruir a estrutura

internacional de comércio e finanças, ou

seja, estruturar a ordem econômica

internacional a vigorar no pós-guerra.

O sistema econômico arquitetado em 1944 -

e ainda vigente baseou-se

fundamentalmente na supremacia industrial,

comercial e financeira dos Estados Unidos.

Diante das enfraquecidas potências

européias, aquele país conseguiu impor sua

visão e seus interesses na nova estrutura de

poder, inclusive o dólar como moeda-padrão

do comércio mundial.

Três instrumentos foram criados, na

ocasião, com a finalidade de implantar a

nova ordem econômica internacional e dar-

lhe sustentação e viabilidade: o Fundo

Monetário Internacional (FMI), o Banco

Internacional de Reconstrução e

Desenvolvimento (BIRD) e o Acordo

Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT).

O Fundo Monetário Internacional (FMI)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é o

órgão encarregado de zelar pela saúde

financeira e da moeda dos países-membros e

prestar socorro financeiro e técnico aos

países em dificuldades, mediante a

aplicação de normas de ajuste

rigorosamente controladas. A aprovação de

programas de ajuste pelo Fundo serve de

sinal verde para a concessão de empréstimos

e financiamentos a países necessitados por

parte dos bancos internacionais.

O FMI era também o órgão operacional e de

controle do Sistema Monetário de Bretton

Woods, baseado no dólar como moeda-

padrão do comércio mundial, nas taxas fixas

de câmbio, na conversibilidade dólar em

ouro e na paridade fixa de US$ 35 por onça

de ouro. Desde então os EUA tornaram-se o

país responsável pela estabilidade da ordem

econômica.

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69

Mas, com a decisão, unilateral, de

desvincular o dólar do ouro e de deixar

flutuar sua moeda, tomada em 1971, os

Estados Unidos derrubaram uma das

colunas básicas do sistema monetário

construído na conferência de Bretton

Woods, provocaram um forte impacto

internacional, enfraqueceram o FMI e

mostraram ao mundo a prevalência de seus

interesses nacionais sobre as

responsabilidades mundiais do país

assumidas em encontro multilateral.

Banco Internacional de Reconstrução e

Desenvolvimento (BIRD) - Banco

Mundial

O Banco Internacional de Reconstrução e

Desenvolvi mento (BIRD), mais conhecido

como Banco Mundial, teve papel relevante

no financiamento da reconstrução dos países

capitalistas atingidos pela Segunda Guerra

Mundial. No entanto, mostrou-se tímido e

pouco eficaz em relação ao

desenvolvimento dos países do Terceiro

Mundo. Atua em estreita sintonia com o

FMI, seguindo a mesma orientação.

Destina-se, hoje, a financiar projetos de

longo alcance dos países-membros. Muitas

vezes os empréstimos concedidos pelo

Banco Mundial representam apenas uma

parcela do montante necessário à execução

de determinado projeto. Nesse caso, a

concessão do empréstimo serve como uma

espécie de aval em relação à viabilidade

econômica do mesmo, facilitando a abertura

das portas dos bancos privados para levantar

o volume de dinheiro necessário. Outrossim,

o Banco Mundial, juntamente com o FMI,

tem importante papel na elaboração de

análises da situação e perspectivas da

economia mundial e na definição e

implementação das estratégias

macroeconômicas. A concessão de

empréstimos é sempre condicionada à

subordinação do país tomador às normas e

exigências definidas pelos dois organismos

internacionais.

Organização Mundial do Comércio

(OMC)

O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio

(GATT), hoje Organização Mundial do

Comércio (OMC), só foi criado em 1947,

numa reunião realizada em Havana, em

Cuba, sob a liderança dos Estados Unidos.

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Os participantes da Conferência de Bretton

Woods, três anos antes, haviam decidido

criar a Organização Internacional do

Comércio, um organismo mais amplo e com

grandes poderes. Mas não foi possível

operacionalizar essa decisão, em face das

fortes divergências principalmente entre os

Estados Unidos e os países europeus. Diante

da impossibilidade prática de implementar

um organismo abrangente, conseguiu-se,

então, um acordo geral, de caráter mais ou

menos provisório e com poderes limitados,

que passou a vigorar a partir de janeiro de

1948. Mas o Congresso norte-americano

negou-se a avalizar a Carta de Havana

porque os EUA perderiam o direito de

decidir sua própria política comercial.

Ao GATT foi atribuída a responsabilidade

de estabelecer as normas de controle do

comércio mundial de mercadorias, com a

função precípua de zelar pelo livre comércio

entre as nações. Apesar da provisoriedade,

vigorou durante quase meio século, mas foi

incapaz de assegurar o livre comércio. A

diferença de peso econômico entre os países

levava a comportamentos comerciais

diferentes.

O GATT perdeu força com o agravamento

da crise mundial do capitalismo, provocado

pelos dois choques dos preços do petróleo

(1973 e 1979). Os próprios países altamente

industrializados, inclusive os EUA,

passaram a adotar políticas protecionistas,

criando barreiras e impedindo ou limitando

importações, a fim de garantir mercado

(interno) para seus respectivos produtores. 0

livre comércio é um dos princípios básicos

do capitalismo industrial, em sua dimensão

mundial. Todavia, no mundo dos negócios,

muitas vezes os princípios vigoram de

acordo com as conveniências e a correlação

de forças que comandam o jogo econômico

mundial em cada momento histórico.

Mas, na busca de superação da crise dos

anos 70 e 80, o capitalismo chegou a um

novo estágio, impulsionado por uma nova

revolução tecnológica, pelo avanço da

globalização, pela abertura dos mercados,

etc. Em face da nova perspectiva que se

abre, foi possível concretizar a velha idéia

de 1944. Depois de vários anos de árduas

negociações, chegou-se à decisão de

extinguir o GATT, e substituí-lo, a partir de

1° de janeiro de 1995, pela Organização

Mundial do Comércio (OMC).

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A nova organização é uma instituição

permanente, mais estruturada, mais ágil e

com funções ampliadas. Além do comércio

de mercadorias, passou também a

normatizar e controlar o intercâmbio de

serviços e os aspectos de propriedade

intelectual relacionados com o comércio.

Suas decisões e ordenamentos são

totalmente multilaterais, isto é, estendem-se

a todos os países-membros.

O sistema econômico internacional está

baseado fundamentalmente nesses três

pilares que lhe dão sustentação. Essa ordem

econômica internacional está estruturada a

partir do ponto de vista e dos interesses

hegemônicos dos países altamente

industrializados, já avançando na era pós-

industrial. Os Estados Unidos detêm a

liderança e a hegemonia, mesmo

compartilhando o poder com a União

Européia e o Japão. Embora esses

organismos internacionais sejam integrados

por grande número de países, a orientação

geral e as decisões são influenciadas pelos

três centros hegemônicos do capitalismo.

Na atualidade, é do interesse dos centros

hegemônicos fortalecer esse tripé de

sustentação da ordem econômica mundial,

pois a presença dos organismos

internacionais na operacionalização das

estratégias definidas tende a conferir a elas

um caráter eminentemente técnico e de

neutralidade, o que facilita sua atenção.

20. Taxas de Câmbio Fixas e Flutuantes

As Taxas de Câmbio Fixos

Neste sistema os Bancos Centrais

estrangeiros ficam a postos para comprar e

vender suas moedas a um preço fixo em

termos de dólares. Assim, os Bancos

Centrais têm de financiar quaisquer

superávits ou déficits de balanço de

pagamento, comprando ou vendendo toda a

moeda estrangeira que não é ofertada nas

transações privadas.

As Taxas de Câmbio Flexíveis

Neste sistema os Bancos Centrais permitem

que a taxa de câmbio se ajuste para

equacionar a oferta e a demanda por moeda

estrangeira.

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72

Tipos de Flutuações

a) Flutuação Limpa – Os bancos Centrais

ficam totalmente de fora e permitem que

as taxas de câmbio sejam determinadas

livremente nos mercados de câmbio

estrangeiros;

b) Flutuação Controlada – Os Bancos

Centrais intervém para comprar e vender

moedas estrangeiras na tentativa de

influenciar as taxas de câmbio.

Depreciação x Apreciação da Taxa de

Câmbio

Ocorrem num sistema de taxas de câmbio

flexíveis. Uma moeda deprecia quando, são

taxas flutuantes, ela se torna “menos cara”

em termos de moeda estrangeira. Uma

moeda aprecia-se quando ela se torna “mais

cara” em termos de moeda estrangeira.

Desvalorização e Valorização

Ocorre uma desvalorização quando os

preços das moedas estrangeiras sob um

regime de taxa de câmbio fixa é

“aumentada” por uma ação oficial. A

valorização ocorre quando o preço das

moedas estrangeiras sob um regime de taxa

de câmbio fixa é “diminuída” por uma ação

oficial.

As Medidas da Taxa de Câmbio

A Taxa de Câmbio Nominal – Refere-se

ao valor da moeda nacional em relação às

moedas estrangeiras.

A Taxa de Câmbio Real – Mede a

competitividade de um país no comércio

internacional. Ela é dada pela razão dos

preços dos bens estrangeiros, medidos,

em relação aos preços dos bens

domésticos.

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Matematicamente, temos:

Onde:

R = Taxa de Câmbio Real;

P = Níveis de Preços Internos;

ℓ 7 = Níveis de Preços Externos;

e = Preço Real da Moeda Estrangeira

Gastos Domésticos e Gastos em Bens

Domésticos

Gastos dos Residentes Domésticos

A = C + I + GOnde:

A = Gastos dos Residentes Domésticos;

C = Consumo Total;

I = Investimento Total;

G = Gastos do Governo.

Gastos em Bens Domésticos

A + NX = (C + I + G) + ( X – M)

Logo....

A = (C + I + G) + NX

Onde:

A = Gastos dos Residentes Domésticos;

C = Consumo Total;

I = Investimento Total;

G = Gastos do Governo

X = Exportação;

M = Importação.

NX = Superávit Comercial

Assim, os gastos domésticos não

determinam a produção doméstica, isto

porque parte deste gasto recai sobre os bens

estrangeiros.

Os gastos em bens domésticos determinam a

produção doméstica, uma vez que parte é

consumida pelos residentes e parte pelos

não-residentes

As Exportações Líquidas

As exportações líquidas dependem da nossa

renda, que afetam os gastos com

importação;

Depende da renda estrangeira Y7 que afeta a

demanda pela nossas exportações;

Depende da taxa de câmbio real, R.

p

eR 7

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Matematicamente, temos:

NX = X (Y7 , R) – M (Y , R)

= NX = (Y, Y7 , R)

Proposições:

Um aumento na renda externa, por Ceteris

Paribus, melhora a balança comercial do

país analisado e aumenta a demanda

agregada.

Uma depreciação real promovida pelo país

analisado melhora a balança comercial e

aumenta a demanda agregada;

Um aumento na renda doméstica aumenta

os gastos com importações e piora a balança

comercial.

21. Noções Sobre Balanço de Pagamentos

Balanço de Pagamento (BP)

Definição: É o registro sistemático de

todas as transações envolvendo residentes

e não residentes de um País, em

determinado período de tempo.

Residentes no País Não Residentes no País

1) Pessoas Físicas, nacionais ou

não, cujo centro de interesse é o

país.

2) As empresas, nacionais ou

multinacionais instaladas no

país.

3) As embaixadas do país no

mundo

1) As pessoas

físicas, nacionais ou não,

cujo centro de interesse

não é o país. Ex.: o turista

2) As empresas, nacionais

ou multinacionais instaladas

fora do país.

3) As embaixadas no país.

Tipos de Contas

Contas Operacionais Contas de Caixa

Receita Lança-se a Crédito Lança-se a Débito

Despesa Lança-se a Débito Lança-se a Crédito

Observação: No Balanço de Pagamento os

lançamentos utilizam o método das partidas

dobradas e o regime de competência. De um

modo geral, se faz lançamento numa conta

operacional e a sua contrapartida em uma

conta de caixa.

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Estrutura Geral do BP Resumo da

Estrutura Geral

1) Balanço Comercial (BC)

2) Balanço de Serviço (BS)

3) Transferências

Unilaterais (TC)

4) Saldo em Conta Corrente do

BP (T) = 1 + 2 + 3

5) Capitais Autônomos (KA)

6) Erros e Omissões ) (EO)

7) Saldo Total do

BP (B) = 4 + 5 + 6

8) Capitais Compensatórios

(KC)

1) BC

2) BS

3) TU

4) T = 1 + 2 + 3

5) KA

6) EO

7) B = 4 + 5 + 6

8) KC

Saldo em Conta Corrente do Balanço de

Pagamentos (T) :

Matematicamente, temos:

T = BC + BS + TUOnde:

T = Saldo em Conta Corrente do Balanço de

Pagamentos ou Saldo em Transação

Corrente do Balanço de Pagamento;

BC = Balanço Comercial;

BS = Balanço de Serviços;

TU = Transferências Unilaterais

Saldo Total do Balanço de Pagamentos

(B) :

Matematicamente, temos:

B = T + KA + EOOnde:

B = Saldo Total do Balanço de Pagamentos;

T = Saldo em Conta Corrente do balanço de

Pagamento;

KA = Capitais Autônomos;

EO = Erros e Omissões

Obs.: Não confundir o Saldo Total do

Balanço de Pagamento (B) com o Saldo em

Conta Corrente do Balanço de Pagamento

(T), isto é, B ≠ T.

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Soma Algébrica do Saldo em Conta

Corrente do Balanço de Pagamento (T)

mais Capitais Autônomos (KA), mais

Capitais Compensatórios (KC) é igual a

Zero (0), salvo Erros e Omissões (EO).

Matematicamente, temos:

T + KA + KC = 0Considerando EO = 0

Onde:

T = Saldo em Conta Corrente do balanço de

Pagamento;

KA = Capitais Autônomos;

KC = Capitais Compensatórios;

EO = Erros e Omissões = 0

Saldo em Conta Corrente do Balanço de

Pagamento (T) :

Matematicamente, temos:

T = – (KA + KC)Considerando EO = 0

Onde:

T = Saldo em Conta Corrente do balanço de

Pagamento;

KA = Capitais Autônomos;

KC = Capitais Compensatórios;

EO = Erros e Omissões

Soma do Saldo Total do balanço de

Pagamento (B) com Capital

Compensatório (KC) é zero.

Matematicamente, temos:

B + KC = 0Onde:

B = Soma do Saldo Total do Balanço de

Pagamento;;

KC = Capitais Compensatórios.

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Saldo Total do Balanço de Pagamento

(B).

Matematicamente, temos:

B = – KCOnde:

B = Saldo Total do Balanço de Pagamento;

KC = Capitais Compensatórios ( - ).

A Soma do Saldo em Conta Corrente do

balanço de Pagamento (T) mais Capital

Autônomo (KA) mais Capital

Compensatório (KC), mais Erros e

Omissões (EO é igual a zero.

Matematicamente, temos:

T + KA + KC + EO = 0Onde:

T = Saldo em Conta Corrente do balanço de

Pagamento;

KA = Capitais Autônomos;

KC = Capitais Compensatórios ( - ).

EO = Erros e Omissões = 0

1) BALANÇO COMERCIAL (FOB)

a) Exportação

b) Importação

2) BALANÇO DE SERVIÇOS

Viagens

Serviços não fatores Fretes

Seguros

Serviços Governamentais

Outros serviços não fatores

Rendas de Capital Juros

Serviços fatores Lucros

Rendas de Trabalho

Outros serviços fatores

3) Transferências Unilaterais

4) Saldo em Conta Corrente e do

Balanço de Pagamento

5) Capitais Autônomos

Investimentos Diretos (ou de Risco)

Empréstimos e Financiamentos

Amortização

Capitais a Custo Prazo

6) Erro e Omissão

7) Saldo Total do Balanço do Pagamento

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8) Capitais Compensatórios

Haveres a curto Prazo no Exterior

a) Contas Ouro Monetário

de DES (Direito Especial de Saque)

Caixa Reservas no FMI

b) Empréstimos de Regularização

c) Atrasados

1) Balanço Comercial: É o saldo das

exportações de bens (Receita) e das

importações de bens (Despesa). É uma

conta operacional, logo creditamos o

total das exportações e debitamos o total

das importações. Os valores das

exportações e importações são

calculados em valor do FOB, isto é,

livre de impostos, seguro, fretes, taxa de

armazenagem.

2) Balanço de Serviços: É dividido em

serviços fatores (que remuneram fatores

de produção) e não fatores (que não

remuneram fatores de produção).

Lembre-se que os fatores de produção

são trabalho, capital, tecnologia,

recursos naturais e capacidade

empresarial. O Balanço de Serviço é

uma conta operacional.

2.1.) Serviços Fatores:

Juros: lança-se o saldo líquido entre juros

recebidos (crédito) e juros pagos (débitos)

da dívida externa.

Lucros: Lança-se o saldo líquido entre

lucros recebidos (crédito) e lucros enviados

(débito).

Rendas do Trabalho: Lança-se o saldo

líquido entre rendas recebidas (crédito) e

rendas enviadas (débito).

Outros Serviços Fatores: Lança-se o saldo

líquido entre recebimentos e pagamentos

relativos a outros serviços fatores (que

remuneram fatores de produção) tais como:

royalties, aluguéis de máquinas, etc.

2.2.) Serviços Não Fatores:

Viagens: Lança-se o saldo líquido entre

receita (crédito) e despesa (débito) relativo

ao turismo internacional.

Fretes: Lança-se o saldo líquido entre

recebimentos (crédito) e pagamentos

(débitos) de fretes.

Seguros: Lança-se o saldo líquido entre

recebimentos (crédito) e pagamentos

(débitos) de seguros.

Serviços Governamentais: São gastos com

as embaixadas, todos os países aqui são

deficitários.

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Outros Serviços Não Fatores: Lança-se o

saldo líquido entre recebimentos (créditos) e

pagamentos (débitos) relativos a outros

serviços que não remuneram os fatores de

produção.

3) Transferências Unilaterais: Lança-se o

saldo líquido entre recebimentos

(créditos) e envio (débitos) de donativos,

reparações de guerra, etc.

4) Saldo em Transação Corrente do

Balanço de Pagamento (T): É a soma

do balanço comercial (BC) mais balanço

de serviços (BS) mais transferências

unilaterais (TU).

T = BC + BS + TU

5) Movimento de Capitais Autônomos

(KA): Registra o fluxo de capitais que

livremente ingressam ou evadem do

país.

Investimentos Diretos ou de Risco:

Lança-se o saldo líquido entre

investimentos de não residentes no país

(crédito) e os investimentos de

residentes no exterior (débito).

Empréstimos e Financiamentos:

Lança-se o saldo líquido entre

empréstimos recebidos (créditos) e

empréstimos dados (débitos) pelo país.

O empréstimo não tem destino

específico. O financiamento possui um

destino específico.

Amortização: Lança-se o saldo líquido

entre amortização recebida (crédito) e

amortizações pagas (débitos) do

principal da dívida externa.

6) Erros e Omissões (EO): É uma conta

de ajuste. Se o saldo em conta corrente

do BP (T) é igual ao simétrico da soma

de capitais (autônomos e

compensatórios), lança-se 0 em Erros e

Omissões, caso contrário, usa-se esta

conta para fazer o ajuste. Usa-se este

artifício.

T = – (KA + KC) EO = 0

T ≠ – (KA + KC) EO ≠ 0

7) Saldo Total do BP (B): É a soma do

saldo em conta corrente do BP (T) mais

capitais autônomos (KA) mais Erros e

Omissões (EO).

B = T + KA + EO

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8) Capitais Compensatórios: É um

demonstrativo de resultados.

a) Conta de Caixa: É o fluxo de nossas

reservas internacionais. Receitas são

debitadas e as despesas são creditadas. De

um modo geral, faremos aqui as contra

partidas dos lançamentos feitos nas contas

operacionais.

Haveres a Curto Prazo no Exterior: É a

liquidez imediata à disposição do país,

utilizada para fazer pagamentos. É composta

por moeda forte (dólar, marco, libra, etc.) e

títulos de curto prazo.

Ouro Monetário: Fluxo de ouro monetário

do país. Quando o BACEN compra ouro,

está monetizando; quando vende, está

desmonetizando ouro.

Direito Especial de Saque (DES): É uma

moeda escritural, criada pelo FMI, utilizada

para fazer pagamentos ou recebimentos,

entre os Bancos Centrais dos países.

Reservas no FMI: Corresponde a cota –

parte de cada país no FMI.

b) Empréstimos de Regularização: São os

empréstimos feitos única e exclusivamente

para cobrir déficit total do BP.

c) Atrasados: Todas as contas vencidas e

não pagas pelo país serão aqui escrituradas.

Transferência Líquida de Recursos para

o Exterior (H > 0) ou Hiato do Produto

(H < 0).

Matematicamente, temos

H = BC + BSNFOnde:

H > 0 = Transferência Líquida de Recursos

para o Exterior;

H < 0 = Hiato do Produto;

BC = Soma do Balanço Comercial;

BSNF = Balanço de Serviços Não Fatores.

Obs.: Quando H for negativo (H < 0) recebe

o nome de Hiato Produto, quando H for

positivo (H > 0), recebe o nome de

Transferência Líquida de Recursos para o

Exterior.

H = Xnf – MnfO H é a diferença entre as Exportações de

bens e serviços não fatores (Xnf) e as

importações de bens e serviços não fatores

(Mnf).

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Renda Líquida Recebida do Exterior

(RLRE)

Matematicamente, temos:

RLRE = BSF + TUOnde:

RLRE = Renda Líquida Recebida do

Exterior;

BSF = Soma do Balanço de Serviços de

Fatores;

TU = Transferência Unilaterais.

RLRE = Rendas Recebidas – Rendas Enviadas

RLRE – São as rendas líquidas recebidas,

isto é, são rendas recebidas menos as rendas

enviadas.

Renda entre Renda Líquida Enviada ao

Exterior (RLE) e Renda Líquida

Recebida do Exterior (RLRE).

RLRE = – RLEA Renda Líquida Recebida do Exterior

(RLRE) é igual a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (RLE) com sinal trocado, isto é,

Receber – 10 é sinônimo de enviar + 10 e

vice-versa.

Questões de Concursos Sobre Este Tópico

121. Considerem-se os seguintes dados:

Soma do Balanço Comercial (BC) = 1.000

Balanço de Serviços Não Fatores = 500

H > 0 = ?

Com base nesses dados, a Transferência

Líquida de Recursos para o Exterior (H > 0)

é igual a:

a) 500

b) 1.000

c) 1.500

d) 2.000

e) 5.000

Solução:

H = BC + BSFN = 1.500

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122. Considerem-se os seguintes dados:

Soma do Balanço de Serviços de Fatores

(BSF) = 200

Transferência Unilaterais (TU) = 50

Com base nesses dados, a Renda Líquida

Recebida do Exterior (RLRE) e a Renda

Líquida Enviada ao Exterior (RLE), são

respectivamente:

a) 4 e – 4

b) 150 e – 150

c) 250 e – 250

d) 300 e – 300

e) 1.000 e – 1.000

Solução:

RLRE = BSF + TU = 250

ou

RLE = – 250

123. Com base nos dados anteriores, o

Saldo em Transações Correntes do Balanço

de Pagamentos (T), é igual a:

a) 1..250

b) 1.600

c) 1.750

d) 2.000

e) 2.500

Solução:

T = H – RLE

T = 1.500 – (– 250)

T = 1.750

Observação.:

T = H – RLE O saldo em Conta

Corrente do BP (T) é a diferença entre a

transferência líquida de recursos para o

exterior ou Hiato do Produto e a renda

líquida enviada ao exterior.

ΔD = – T = Se A variação do passivo

externo líquido do país (ΔD) é igual a

poupança externa (Se) que é igual ao saldo

em Conta Corrente do BP (T) com sinal

trocado.

Prova:

T = BC + BS + TU

T = BC + BSFN + BSF + TU

Logo.....

T = H – RLE

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ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/

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As afirmações abaixo são sinônimas.

1) Déficit no Saldo em Conta Corrente

2) Poupança Externa Positiva (Se = – T)

3) Conta de Capitais (Autônomos mais

Compensatórios) positiva

[T = – (KA + KC)]

4) Entrada (Importação) de Capitais

5) Desnacionalização da Produção Interna

6) Acumulação Externa

7) Desacumulação Interna

8) Aumento do Passivo Externo Líquido do

País (ΔD = – T)

9) Diminuição do Ativo Externo Líquido

do País

10) H > RLE

11) O país investiu internamente mais do

que poupou (Si < I)

12) A absorção (Consumo + Investimento) é

maior que o PNB

As afirmações abaixo são sinônimas

1) Superávit em Conta Corrente do BP

2) Poupança Externa Negativa

3) Conta de Capital (Autônomo mais

Compensatório) negativa

4) Saída (Exportação) de Capitais

5) Nacionalização da Produção Interna

6) Desacumulação Externa

7) Acumulação Interna

8) Diminuição do Passivo Externo Líquido

do País

9) Aumento do Ativo Externo Líquido do

País

10) H > RLE

11) O país mais poupou que investiu

internamente

12) A Absorção (Conjunto + Investimentos)

é menor que o PNB