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Economia Solidária - Educação Para a Integração Da América Latina
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CONGRESSO DE CULTURA
E EDUCAO PARA A INTEGRAO
DA AMRICA LATINA
Semeando Novos Rumos
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15 a 20 de julho de 2012
Curitiba Brasil
III CEPIAL
ANAIS
ANAIS
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Eixos Temticos:
1. INTEGRAO DAS SOCIEDADES NA AMRICA LATINA
2. EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINOAMERICANO:
SUAS MLTIPLAS FACES
3. PARTICIPAO: DIREITOS HUMANOS, POLTICA E CIDADANIA
4. CULTURA E IDENTIDADE NA AMRICA LATINA
5. MEIOAMBIENTE: QUALIDADE, CONDIES E SITUAES DE VIDA
6. CINCIA E TECNOLOGIA: PRODUO, DIFUSO E APROPRIAO
7. POLTICAS PBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
8. MIGRAES NO CONTEXTO ATUAL: DA AUSNCIA DE POLTICAS
S REAIS NECESSIDADES DOS MIGRANTES
9.MDIA, NOVAS TECNOLOGIAS E COMUNICAO
CONGRESSO DE CULTURA
E EDUCAO PARA A INTEGRAO
DA AMRICA LATINA
Semeando Novos Rumos
III CEPIAL
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Eixo 2
EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO
LATINOAMERICANO: SUAS MLTIPLAS FACES
ANAIS
EIXO 2. EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINO-AMERICANO: SUAS MLTIPLAS FACES
MR2.1. Economia Solidria, Universidade e Comunidade
EMENTA
Contribuir para as discusses do Eixo: Polticas Pblicas e Desenvolvimento Social. A Economia Solidria mais do que nunca se apresenta
como uma alternativa de transformao social e de desenvolvimento econmico, local, regional e territorial. Visa a organizao de pessoas para a
gerao de trabalho, renda e bem viver. Seu avano depende, entre outros fatores, da construo e efetivao de polticas pblicas e da participao
crescente das universidades e comunidades. O debate e a troca de experincias propostas por esta mesa visa a integrao latino-americana em torno
destes objetivos comuns.
Coordenador: Alnary Nunes Rocha Filho Incubadora de Empreendimentos Solidrios da Universidade de Ponta Grossa - (IESOL/UEPG - BRASIL)
Luiz Alexandre Cunha Gonalves: Incubadora de Empreendimentos Sociais da Universidade de Ponta Grossa - (IESOL/UEPG - BRASIL)
Luiz Incio Gaiger: Universidade do Vale dos Jesutas do Rio Grande do Sul (UNISINOS BRASIL)
Daniel Maidana: Centro de Servicios a La Comunidad - Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS - ARGENTINA)
Magdalena Len T.: Fundacin de Estudios, Accin y Participacin Social (FEDAEPS ECUADOR)
RESUMOS APROVADOS
LIMITES E POSSIBILIDADES DAS INCUBADORAS POPULARES: o caso da Incubadora de Empreendimentos Solidrios IESol-UEPG.
(autor(es/as): ALNARY NUNES ROCHA FILHO)
O PROGRAMA DE AQUISIO DE ALIMENTOS (PAA): Sua possvel interface com a Economia Solidria e como uma Ferramenta para o
Desenvolvimento Local no Pr Assentamento Emiliano Zapata, Ponta Grossa-PR (autore(es/as): Carla Caroline Correia)
Da Critica para s Ideias e das ideias pratica: a experincia formativa do programa de honra em economia solidaria, meio ambiente e desenvolvimento
de base local da UFPR. (autor(es/as): Christian Henrquez Zuiga)
Projeto Bem da Terra: Limites e Possibilidades (autor(es/as): Cristine Krger Garcias)
A PARTICIPAO DA UNIVERSIDADE ATRAVS DA EXTENSO EM PROJETOS DE ECONOMIA SOLIDRIA: ESTUDO DE CASO DA UNICENTRO
IRATI PARAN (autor(es/as): Elmarilene Walk)
O PROTAGONISMO DA REDE DE ECONOMIA SOLIDRIA DO VALE DO ITAJA RESVI (autor(es/as): Fabricio Gustavo Gesser Cardoso)
Incubadora Tecnolgica de Cooperativa Popular como estratgia para emancipao humana e gerao de trabalho e renda (autor(es/as): Francisco
Antonio Maciel Novaes)
ASPECTOS DA SEGURANA NO TRABALHO E OS CUIDADOS PREVENTIVOS COM A SADE NA FORMAO DOS TRABALHADORES DA
ASSOCIAO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLVEIS PIRA LIMPO (ASCAMP) (autor(es/as: Jaqueline Sartori)
A ECONOMIA SOLIDRIA COMO FORTALECEDORA DO ENFRENTAMENTO AS CONDIES DE VULNERABILIDADE SOCIAL (autor(es/as):
Lorena Dantas Abrami)
INCUBADORA DE ECONOMIA SOLIDRIA: EXPERINCIAS NA RELAO DA UNIVERSIDADE COM A SOCIEDADE (autor(es/as): Nara Grivot
Cabral)
UMA INTEGRAO COMUNIDADE-UNIVERSIDADE NA PERSPECTIVA PARA A CRIAO E ELABORAO DE MATERIAIS DIDTICOS PARA
ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMTICA (autor(es/as): Renata Cristina Geromel Meneghetti)
O NOVO NASCE DO VELHO: CULTURA E ECONOMIA SOLIDRIA (autor(es/a):Sabrina Gabrielle Sawczyn)
MR2.2.Educao Superior e Incluso Social: experincias e percepes
EMENTA
Considerando o importante papel da educao na promoo e consolidao da cidadania, diversos setores sociais tem se dedicado luta
pela ampliao e democratizao do acesso ao ensino superior. Ao mesmo tempo, no interior da Universidade intensificou-se o debate sobre
alternativas para superar a alta seletividade social que o modelo de ensino superior adotado pelo estado pode produzir, bem como sobre mecanismos
que possam ampliar o acesso e a permanncia de estudantes oriundos de classes sociais de maior vulnerabilidade social. Por outro lado, alguns
governos nacionais, frente necessidade de dar respostas a estes movimentos, tem formulado e implantado polticas pblicas com vistas a ampliar a
oferta de vagas no ensino superior; a democratizao do acesso, com adoo de mecanismos como cotas sociais e tnicas; e a permanncia, com a
criao de bolsas de estudo para estudantes com vulnerabilidade social. Desse modo, a mesa pretende ser um espao para a comunidade discutir o
tema da incluso social no ensino superior, no mbito da Amrica Latina, com vistas a contribuir para o aperfeioamento de mecanismos que levem
superao e reverso do atual quadro de desigualdade, fragmentao e excluso social.
Coordenador: Joo Alfredo Braida Universidade Federal da Fronteira Sul - (UFFS - BRASIL)
Jaime Giolo: Reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS - BRASIL)
Aloizio Mercadante Oliva: Ministro da Educao do Brasil (MEC BRASIL)
Ingrid Severdlick: Universidade Pedaggica - (ARGENTINA)
Armando Alcntara Santurio: Universidad Nacional Autnoma de Mxico (UNAM - MXICO)
RESUMOS APROVADOS
Educao e mundo do trabalho em sociedades em transio (autor(es/as): fernando Pedro)
Educao escolar para o desenvolvimento dos povos indgenas do Brasil: mltiplas faces (autor(es/as): Francine Rocha)
DOCNCIA INDGENA NO EXTREMO OESTE BRASILEIRO: UMA EXPERINCIA DE FORMAO EM ANDAMENTO (autor(es/as): Jos Alessandro
Cndido da Silva)
LICENCIATURA EM EDUCAO DO CAMPO: LIMITES E POSSIBILIDADES (autor(es/as): Maria Jos da Silva
ACESSO E PERMANNCIA INDGENA NO ENSINO SUPERIOR, DO QUE ESTAMOS FALANDO? RELATOS DE ALGUMAS EXPERINCIAS DE
ACADMICOS INDGENAS (autor(es/as): MARIANE DEL CARMEN DA COSTA DIAZ)
NCLEO DE ESTUDOS FRONTEIRIOS DA UFPEL - EXTENSO UNIVERSITRIA E INCLUSO SOCIAL NA FRONTEIRA - BRASIL-URUGUAI
(autor(es/as): MAURCIO PINTO DA SILVA)
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A Incluso Laboral: Programa Promentor (autor(es/as): PRISCILA GADEA LORENZ)
Expanso do ensino superior no Brasil democratizao do acesso e reduo da iniquidade Abordagem emprica utilizando dados do Censo da
Educao superior e PNAD 2009 (autor(es/as): Rogerio Allon Duenhas)
O PROGRAMA DE EXTENSO UNIVERSIDADE ABERTA TERCEIRA IDADE UNATI NA UNIOESTE: INTEGRANDO SABERES E
PROMOVENDO A CIDADANIA DO IDOSO (autor(es/as): ROSELI ODORIZZI).
2.4.Educao na Amrica Latina
Considerando as mudanas ocorridas no campo poltico e econmico, no que se refere ao papel do Estado e sua funo no campo das polticas sociais,
a mesa prope ser um espao para difuso e discusso de poltica educacionais implementadas em diferentes pases da Amrica Latina. Os objetivos
so facilitar a troca de experincias entre pesquisadores e instituies, refletir sobre os rumos da educao nos pases da regio, alm de promover um
processo de integrao regional
RESUMOS APROVADOS:
LUDOSOFIA E A FORMAO DO PROFESSOR (autor(es/as): Alegria Baa Evelin Soria)
CONVERGNCIAS DO PENSAMENTO PEDAGGICO LATINO-AMERICANO QUE APONTAM PARA A EDUCAO DA MULHER NOS
MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO (autor(es/as): Allene Carvalho Lage)
O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAO DOCNCIA (PIBID) E O NCLEO DE ATIVIDADES PARA PROMOO DA
CIDADANIA (NAP) CONTRIBUINDO PARA FORMAO DOCENTE NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES): UMA
NOVA PERSPECTIVA DA EDUCAO SUPERIOR (autor(es/as): Carlos Alberto Malveira Diniz)
CURSOS TCNICOS PROFISSIONALIZANTES DO COLGIO ESTADUAL SO MATEUS: CONTRIBUIO PARA O DESENVOLVIMENTO NO
MUNICPIO DE SO MATEUS DO SUL-PR, NO PERODO 2004-2009 (autor(es/as): Cludia Regina Pacheco Portes)
EDUCAO SUPERIOR NA REA DE CINCIAS SOCIAIS: ANLISE COMPARADA DA ESTRUTURA DOS CURSOS E EXPECTATIVAS DOS
ESTUDANTES DA UFPR E DA UDELAR. (autor(es/as): Ellen da Silva)
A NECESSIDADE DA ATUAO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS PBLICAS DE EDUCAO INFANTIL (autor(es/as): FABRCIO
CORDOVIL TEIXEIRA DE OLIVEIRA)
CURRCULO POR COMPETNCIA E DISCURSOS HEGEMNICOS NOS DOCUMENTOS OFICIAIS SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR
(autor(es/as): Felipe da Silva Machado)
A EDUCAO PATRIMONIAL FORMAL COMO ELEMENTO RECONHECEDOR DO PATRIMNIO CULTURAL (autor(es/as): FLAVIA ALBERTINA
PACHECO LEDUR)
O DISCURSO FREIREANO E A POLTICA SOCIAL (autor(es/as): GLEYDS SILVA DOMINGUES)
A educao escolar indgena e a educao intercultural (autor(es/as):Jasom de Oliveira)
VIOLNCIA SIMBLICA NAS ESCOLAS: UM ESTUDO EM UMA ESCOLA PBLICA DE BELM DO PAR (autor(es/as): Juliana Cordeiro
Modesto)
Formando uma conscincia integracionista (autor(es/as): Karina Fernandes de Oliveira)
SOMOS TIERRA: FORMACIN Y EXPERIENCIAS EN EL MOVIMIENTO CAMPESINO DE CRDOBA ARGENTINA (autor(es/as): Karina
Scaramboni)
A gesto escolar participativa e seus desafios (autor(es/as): Maria Ins Vidal)
A poltica da Educao do Campo e a Emancipao Humana (autor(es/as): Maria Ins Vidal, Luis Alexandre Gonalves Cunha)
A FORMAO DOCENTE EM JOGO: O OLHAR SOBRE A CONTRIBUIO DO PROGRAMA DE FORMAO DE PROFESSORES DA
EDUCAO BSICA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFAC (autor(es/as): Pierre Andr Garcia Pires)
Percepo e apreciao de leituras em contextos escolares e culturais: formao em leitura em uma escola municipal de Foz do Iguau (autor(es/as):
Regina Coeli Machado e Silva)
INVESTIGAO COMPARADA ACERCA DE REPRESENTAES DE AUTORIDADE POR JOVENS ARGENTINOS E BRASILEIROS (autor(es/as:
Rosane Castilho)
CONVERGNCIAS E DESAFIOS DA EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINOAMERICANO EM UM MUNDO GLOBALIZADO: A
EDUCAO INCLUSIVA E SUAS MLTIPLAS FACES (autor(es/as): Silvio Carlos dos Santos).
ANIMAO SOCIOCULTURAL EM DIFERENTES ESPAOS EDUCATIVOS: CONTRIBUIES A SUSTENTABILIDADE DO
DESENVOLVIMENTO REGIONAL (autor(es/as): Sorinia Goede).
EDUCAO POPULAR E MOVIMENTOS SOCIAIS RURAIS NO BRASIL: PERSPECTIVAS E CONTRIBUIES (autor(es/as): Tarcio Leal Pereira).
ELEMENTOS DE VIDEOGAMES COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZADO (autor(es/as): Thais Weiller).
EDUCAO TRADICIONAL GUARANI & EDUCAO EM DIREITOS HUMANOS: APROXIMAES ENTRE VIVNCIAS CULTURAIS E
CONCEITOS TERICOS (autor(es/as): Wanirley Pedroso Guelfi).
O LUGAR DO CONHECIMENTO NAS DIRETRIZES CURRICULARES BRASILEIRAS PARA A FORMAO DE PROFESSORES E A RELAO
COM A PRXIS (autor(es/as): Camila Itikawa Gimenes).
A APLICABILIDADE DA LEI 10.639/03 NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE SO PAULO (autor(es/as): Adriana Mrcia Prado de Arajo et alii).
PIBID: UM PROGRAMA QUE FORTALECE O EIXO EDUCACIONAL PARA A RETOMADA DA LICENCIATURA NO MBITO TERRITORIAL
BRASILEIRO (autor(es/as): Patrcia Santos Fonseca et alii).
AVALIAO EM LARGA ESCALA: uma iniciativa da poltica educacional centralizadora (autor(es/as): Rivanda dos Santos Nogueira et alii).
NO ALFABETIZADOS LENDO: AS PARTES DO LIVRO NA EDUCAO QUE FOMENTA A LEITURA E GARIMPAM LEITORES. (autor(es/as):
Cludio Renato Moraes da Silva).
BULLYING: PERCEPES DOS EDUCADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICPIO DE ITAITUBA (autor(es/as): Domiciane Arajo
Azevedo).
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2.5. Trabalhadores(as) da Educao no Mercosul: impasses e desafios
RESUMOS APROVADOS
EMENTA
A APP Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Paran visa promover um dilogo entre dirigentes sindicais do Brasil, da Argentina, do
Paraguai e do Uruguai, sobre a Educao Pblica no Mercosul, ressaltando os desafios para os/as Trabalhadores/as em Educao. A APP-Sindicato
entende que esta uma integrao necessria e urgente, que vem unificar a discusso sobre as condies de trabalho e valorizao dos/as
trabalhadores/as em Educao e dar maior organicidade luta dos movimentos sociais latino americanos, em prol de uma Educao pblica de
qualidade, laica e gratuita, para todos e todas.
Coordenadora: Fabiana Tom e Walkiria Mazeto - Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Paran (APP - BRASIL)
Ftima Aparecida da Silva: Secretria Internacional da Confederao Nacional dos Trabalhadores em Educao (CNTE - BRASIL)
Arturo Musial: Secretario General de Union de Docentes de la Provncia de Missiones (UDPM - ARGENTINA)
Gustavo Macedo: Federacin Democrtica de Maestros y Funcionarios de Educacin Primaria - (URUGUAY)
Luis Alberto Riart Montaner: Ex Ministro da Educao do Paraguay e professor da Universidad Nacional de San Martn e Universidad Pedaggica
de Buenos Aires (UNSAM/UPBA - PARAGUAY)
O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL DOS FUNCIONRIOS DA EDUCAO NO NRE DE APUCARANA (autor(es/as): Afife
Maria dos Santos Mendes Fontanini)
REESTRUTURAO PRODUTIVA, FLEXIBILIZAO E TRABALHO DOCENTE NO ESTADO DO PARAN (autor(es/as): Mariana Bettega
Braunert e Everson Araujo Nauroski)
Mestres em greve? Gnero, representaes e memrias das mobilizaes de professoras/es de 1968 no Paran. (autor(es/as): Melissa Colbert
Bello)
2.6. Teorias Crticas na Amrica Latina
A presente mesa redonda resultado das pesquisas do Ncleo de Estudos Filosficos - NEFIL, do Programa de Ps-Graduao em Direito da
Universidade Federal do Paran - PPGD/UFPR, voltado para os estudos latino-americanos dedicados filosofia da Amrica Latina e suas grandes
tendncias atuais no mbito da crtica epistemolgica, destacando-se alguns dos principais autores do debate contemporneo no continente,
notadamente Enrique Dussel, Anibal Quijano, Walter Mignolo, Atilio Born e Franz Hinkelammert, at chegar a uma aproximao s propostas
interculturais assentes no novo constitucionalismo latino-americano.
Ludwig apresentar a relao entre teorias crticas do direito e a filosofia da libertao de Enrique Dussel; Pazello discorrer sobre a relao entre as
teorias crticas da colonialidade do poder e as teorias da dependncia na Amrica Latina, em especial a partir de Anibal Quijano; Bley abordar a
relao entre colonialidade do saber e educao para os direitos humanos, conforme a crtica gnosiolgica de Walter Mignolo; Franzoni estabelecer
os pressupostos epistemolgicos da crtica razo utpica de Franz Hinkelammert; Pereira analisar as teorias crticas latino-americanas sob o foco
do marxismo de Atilo Born.
RESUMOS APROVADOS
INDSTRIA CULTURA, TRABALHO DOCENTE E PRODUO DE SUBJETIVIDADE (autor(es/as): Everson Araujo Nauroski).
EDUCAO E MUNDO DO TRABALHO EM SOCIEDADES EM TRANSIO (autor(es/as): Fernando Pedro)
A PARTICIPAO DA UNIVERSIDADE ATRAVS DA EXTENSO EM PROJETOS DE ECONOMIA SOLIDRIA: ESTUDO DE CASO DA UNICENTRO IRATI PARAN
Autor: Elmarilene Walk.1
Resumo
O presente artigo analisa as redes de economia solidria, analisa a Universidade Estadual do Centro Oeste e seus projetos de extenso, para essa anlise foi realizado um embasamento terico sobre desenvolvimento Redes de Economia Solidria, de Capital Social e Trabalho, alm da pesquisa em projetos, relatrios e pesquisas junto diviso de extenso da Instituio, os projetos selecionados foram os que focavam o trabalho ou o desenvolvimento da regio. Concluiu-se que a participao de todos na rede importante, principalmente as relaes de capital social, e dentre os projetos aqui apresentados, muitos trabalham com a ECOSOL, e promovem o desenvolvimento da regio.
Palavra-chave Redes, Capital Social, Economia Solidria.
1. INTRODUO
As redes de economia solidria englobam vrias entidades de apoio aos
empreendimentos sociais, organizando grupos, incentivando a produo de alimentos
ecolgicos e o consumo responsvel a todos os trabalhadores participantes dos projetos.
As redes visam fortalecer a participao dos rgos de apoio economia solidria, para
que possam repassar essa unio e troca de experincias para os grupos apoiados.
As entidades sociais que fazem parte dessa rede atuam diretamente na
formao de grupos solidrios, buscando promover a formao e troca de experincia
entre os membros do grupo, auxiliando na obteno de um mercado para seus produtos e
um desenvolvimento sustentvel, incentivando a autogesto para futura independncia
dos grupos sempre em plena integrao com o meio ambiente.
Para verificar o desenvolvimento da regio de Irati atravs do sistema de
economia solidria, ser elaborado um estudo sobre os projetos de extenso
desenvolvidos pela Universidade Estadual do Centro Oeste, onde sero analisadas a
atuao dessa instituio e suas parcerias, que visem fortalecer seus projetos atravs da
formao de redes, assim como os projetos por eles apoiados, buscando conhecer seu
funcionamento, como influenciam na vida de cada trabalhador e no desenvolvimento da
1 Ps-Graduanda do Curso de Mestrado (Ps-Graduao Strictu sensu) em Gesto do Territrio Mestrado em Geografia - UEPG. 2011.
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sociedade em que esto inseridos.
O propsito deste estudo apresentar a Universidade Estadual do Centro Oeste, e
seus projetos e a unio em redes da economia solidria, para conhecer sua participao
no desenvolvimento da regio de Irati.
Para alcanar esse objetivo, sero analisados e discutidos os conceitos de
Desenvolvimento, Redes de Economia Solidria, de Capital Social e Trabalho.
Identificando os projetos desenvolvidos pela instituio, analisando se os projetos
desenvolvidos so realmente de Economia Solidria e se esses projetos desenvolvidos na
regio de Irati reintegram seus trabalhadores a sociedade, e se h participao no
desenvolvimento da regio. Para analisar os projetos desenvolvidos pela UNICENTRO,
sero analisados projetos, relatrios, materiais de apoio e pesquisa junto a Diviso de
Extenso da Instituio.
A fundamentao terica aqui descrita traz um referencial primeiramente ao
conceito de desenvolvimento para que a partir da possamos trabalhar com o objeto de
pesquisa propriamente dito. Seguem-se com os relatos de pesquisa de vrios autores
sobre a importncia das redes nos dias atuais, como ela formada e como atua, dando
nfase s redes de economia solidria. A breve explanao sobre a economia solidria
seus rgos de apoio e a importncia da relao de capital social servem de base para a
sua fundamentao.
2. O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
A idia de conceituar desenvolvimento de acordo com Souza (1996) muito
suscetvel a mudanas e crticas, por isso o intudo por ele descrito de se estabelecer
um princpio norteador, evidenciando um ponto principal de desenvolvimento como
processo de aprimoramento da vida em relao sociedade e aos prprios convvios
destacando a autonomia como essencial. O autor considera vlidas as crticas do
desenvolvimento como instrumento de explorao capitalista exposta por vrios autores
sobre o assunto, porm reflete que esses autores no oferecem alternativas para um
povo que j se encontra inserido nesse modo de produo. Maluf (2000) tem um ponto de
vista mais radical com relao ao capitalismo e defende em sua obra que para o
desenvolvimento econmico realmente acontecer necessrio romper radicalmente com
as opes polticas que vigoram entre ns, pois desenvolvimento demandaria da
implantao de mudanas qualitativas, s alcanadas com a liberdade, sendo essa a
finalidade do desenvolvimento.
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O Desenvolvimento social e econmico est relacionado idia de mudana e
transformao, sempre almejado coisas positivas e significativas. Para Souza (1996),
esse procedimento s pode realizar-se num ambiente onde a cultura de uma sociedade
aspire por mudanas ou que esteja realmente preparada e aberta para essa possibilidade
como valor social.
ECONOMIA SOLIDRIA
Segundo Singer (2002) devido ao crescente volume de desempregados, podem
ser observadas mudanas significativas no mercado de trabalho e transformaes na
formao econmica do Brasil e do mundo, atravs da expanso de formas alternativas
de trabalho e produo atravs da formao de cooperativismo, associaes, regimes de
auto gesto, bancos comunitrios e organizaes populares, que em seu conjunto do
origem denominada economia solidria.
A ECOSOL se caracteriza como um conjunto de atividades econmicas que
engloba a produo, distribuio e consumo, assim como sua organizao financeira,
organizadas de forma autogestionria,sem distino entre as classes que a compe e
todos que nela atuam proprietrios e todos exercem trabalho, num sistema de total
democracia, sem explorar os outro e sem destruir o meio ambiente.
Como conseqncia novos conhecimentos devem ser produzidos, cabendo essa
tarefa a universidades, envolvidas em processos de incubao dos grupos de
trabalhadores, da mesma forma que os movimentos social da ECOSOL, todo esse
processo necessariamente interdisciplinar.
Na Economia Solidria encontramos milhares de trabalhadores e trabalhadoras
organizados de forma coletiva gerindo seu prprio trabalho e lutando pela sua
emancipao. So iniciativas de projetos produtivos coletivos, cooperativas populares,
redes de produo, comercializao e consumo, instituies financeiras voltadas para
empreendimentos populares solidrios, empresas autogestionrias, cooperativas de
agricultura familiar, cooperativas de prestao de servios, entre outras
A economia solidria buscar superar e reverter quatro caractersticas que
dominam no capitalismo, exposto por Souza e Carneiro (2006), sendo elas:
- Desigualdade, entre o povo e quem possui recurso e poder, onde domina os
que tm muitos recursos exercendo forte poder de subordinao aos demais.
- Ditadura do capital, a administrao de uma empresa capitalista sempre
feita nos moldes do sistema vertical, a dominao pessoal hierrquica, e o objetivo final
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almejado sempre o capital financeiro.
- Concorrncia, prpria do sistema capitalista ela vai alm das competies
mercadolgicas, ela est dentro de cada indivduo, e de maneira to forte que
competimos o tempo todo.
- Degradao do meio ambiente, no intuito de acumular capital o homem
passou a transformar os bens naturais em mercadorias, e com tanta ganncia fez com
que desaparecessem vrias espcies de animais e vegetais, colocando outras em
extino e poluindo o ambiente em que se vive. Sendo que no final do sculo XX, foi
concludo que o planeta corre perigo, devido a suas explorao sem limites.
As incubadoras universitrias so entidades de grande importncia, no quesito de
desenvolvimento e de apoio economia solidria. A esse propsito Cunha (2002) aponta
que a universidade se disponibiliza de um grande e variado potencial de conhecimento.
Essa interao entre acadmico, professores e comunidade importante para todos
enriquecendo a troca de experincias e conhecimentos s ento conhecidos na teoria.
REDES
A formao das redes deve considerar dados sociais e econmicos, para
Santos (1996), os estudos dos dados atuais das redes efetuados atravs da utilizao de
mtodos estatsticos envolvem quantidades e qualidades tcnicas, assim como as
avaliaes que os elementos que participam das redes mantm com a atual vida em
sociedade.
Os progressos tcnicos levam cada vem mais a formao das redes a um nvel
global, sendo sua eficcia dada pela atividade financeira. Para entender o movimento das
redes devemos conhecer e analisar primeiramente as redes locais e regionais, pois seu
movimento dialtico, sendo utilizados os confrontos entre as escalas mundiais,
regionais e locais, cada qual com sua viso dentro das redes.
Castells (1999) relata que as funes e os processos dominantes nessa era da
informao esto cada vez mais organizados em redes, sendo que as redes constituem a
nova estrutura da sociedade, modificando os processos produtivos, os resultados, assim
como as relaes de poder e cultura, um processo no to atual, mas que se difundiu e
atingiu grandes propores com o desenvolvimento do sistema de tecnologia de
informaes o qual passou a atuar e modificar toda a estrutura social. A lgica que gera
as redes responsvel por determinar o alto nvel dos interesses sociais, enquanto as
redes em si geram interesses mais especfico, onde a morfologia social predomina sobre
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Curitiba - Brasil 4
a ao social, e determinam os poderes de dominao e transformao da sociedade,
atravs dos quais podemos determinar as dinmicas gerais de uma sociedade.
As redes so representadas por um conjunto de ns interconectados, sendo
esse n o ponto no qual as curvas da rede se encontram, e o que vai definir cada n o
tipo de redes que iremos analisar.
As redes so abertas e se expandem de forma ilimitada, integrando novos ns
que passam a se comunicar e fazer parte das redes. Os processos de transformao
social so direcionados para a formao de uma sociedade em redes atualizando para
isso as tcnicas utilizadas na produo de bens e servios, afetando a cultura e o sistema
de poder com profundidade. Apesar das alteraes sofridas atravs dos tempos as redes
consistem num instrumento de economia capitalista, com base na inovao.
Tanto Santos (1996) como Castells (1999) relatam a importncia da fluidez nas
redes e suas significativas diferenas, onde esses fluxos que ligam as redes em todo
mundo tambm so responsveis por segregar e desconectar aqueles que no esto
operando no mesmo perodo intertemporal.
As redes segundo Castells (1999) representam uma transformao qualitativa
da vivncia dos homens atravs dos tempos, passando pelas seguintes transformaes
em suas relaes: primeiro pela dominao da natureza sobre a cultura, ou seja, a luta
pela sobrevivncia era travada no dia a dia, sempre respeitando a ento incontrolvel
natureza, o segundo com origem na era da modernidade onde existe a dominao da
natureza pela cultura, onde aps dominar algumas situaes de ordem natural, ainda
passamos a explorar a natureza sem limites e sem respeito ordem natural das coisas,
entrando no perodo atual onde a cultura se refere cultura e para a natureza busca-se a
preservao, ou seja, o intuito do momento atual no se temer tanto a natureza, mas
respeit-la e fazer uso sustentvel da mesma. Algumas mudanas so observadas com
relao ao perodo anterior, mas muito ainda falta para alcanar a proposta das teorias
atuais.
As relaes sociais baseadas em capital e trabalho so marcadas pela
diferenas de espao e tempo, visto que a relao de capital atinge nveis globais e o
trabalho local, confrontando ento o espao dos fluxos e dos lugares atravs do tempo
instantneo composto pelas redes computadorizadas e o tempo cronolgico na vida dos
trabalhadores em seu cotidiano.
As redes sociais tm despertado o interesse de pesquisadores de diversas
reas do conhecimento, Marteleto e Silva (2004) apresentam um estudo que retrata a
importncia das redes sociais para a atualidade, para estabelecendo o impacto que essas
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redes exercem sobre a vida social, com base nas relaes entre os indivduos, sendo os
ns das conexes representados pelos sujeitos sociais englobando a indivduos, grupos
e organizaes, estando conectados a outros sujeitos por algum tipo de relao.
O estudo das redes sociais est relacionado ao aumento de estudos sobre o
capital social, pois a participao em redes est associada estruturao desse capital e
aos diferentes tipos de redes ao qual pertencem.
REDES DE ECONOMIA SOLIDRIA
A valorizao do ser humano, da sua relao com o meio ambiente e da boa
alimentao so os princpios das redes de economia solidria, e sua finalidade acolher
e unir produtores e consumidores para se tornarem fortes, atravs da formao de redes
em busca da autosustentabilidade, superando a fome, a misria, a excluso social e
econmica das comunidades, podendo intervir nas polticas pblicas atravs do
fortalecimento de equipes organizadas.
As redes de economia solidria se embasam nesse referencial terico sendo
socialmente definidas, buscando um equilbrio econmico e com a natureza conforme
Rufino (2003) as redes de economia solidria tem seus ns de integrao formados por
empreendimentos e organizaes locais que se integram a fruns e redes estaduais
estabelecendo conexes em nveis regionais, nacionais e internacionais. Os benefcios
alcanados por essa rede so configurados em redes de consumo, produo e ou
financeira, estabelecido com alto grau de confiabilidade entre seus componentes.
So fundamentos necessrios para uma rede de economia solidria, a
autonomia presente atravs das relaes horizontais de conhecimento, obteno de
informaes e decises, com valores e objetivos compartilhados e sem a obrigao das
pessoas permanecerem ou entrarem numa rede sem vontade prpria, a conectividade
alcanada, pois uma rede uma amalgama dinmica de vrios pontos e s quanto esto
ligados uns aos outros se mantm em rede, a participao essencial, pois a
funcionalidade da rede existe no movimento e a cooperao entre seus membros que a
fazem realmente funcionar, marcada pela multiliderana onde a tomada de decises e
os sistemas informativos so compartilhados por todos os membros, a rede possui
mltiplos nveis podendo operar independentes em relao aos demais membros da rede.
No sistema de redes h a valorizao do trabalho humano e da relao
interpessoal, organizando grupos que desenvolvam toda uma cadeia de produo de
alimentos ecolgicos, potencializando a comercializao solidria e o consumo
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responsvel.
Segundo Singer (2002) devido ao crescente volume de desempregados,
podem ser observadas mudanas significativas no mercado de trabalho e transformaes
na formao econmica do Brasil e do mundo, atravs da expanso de formas
alternativas de trabalho e produo atravs da formao de cooperativismo, associaes,
regimes de auto gesto, bancos comunitrios e organizaes populares, que em seu
conjunto do origem denominada economia solidria.
Conforme Bacic et al (2006), a formao de empreendimentos solidrios
engloba pessoas que so excludas do mercado de trabalho e com pouca ou s vezes
nenhuma educao formal, sem muita experincia ou capacitao, e sua meta
reintegr-los ao mercado de trabalho e gerar renda. Seus empreendimentos geralmente
no necessitam de idias inovadoras, de tecnologia ou grande capital inicial, pois so em
sua maioria intensiva em utilizao de mo-de-obra, baixa produtividade e pouco
competitivos, porm essencial que se confirme a sua viabilidade econmica, e o apoio
de instituies como as incubadoras imprescindvel.
No Brasil, a autogesto tem sua figurao a partir dos anos de 1990 e como
nos relata Farid (2004), surgiu quando alguns tcnicos do Departamento Intersindical de
Estatstica e Estudos Scios Econmicos (DIEESE) implantaram projetos de autogesto
em empresas que encerravam suas atividades, em que a massa falida era assumida e
recuperada pelos prprios funcionrios.
Segundo Cunha (2002), um fator que incentivou o programa de economia
solidria a tomar tamanhas propores foi o grande movimento da Ao da Cidadania
contra a Fome e a Misria pela vida na dcada de 1990. E a participao do programa
das Incubadoras, tem origem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o
intuito de usar o conhecimento e os recursos humanos da universidade, qualificando e
assessorando trabalhadores de localidades prximas e carentes em atividades
autogestionrias. Hoje a rede de Incubadoras se ampliou contando com mais de 90
universidades participando do projeto de Economia Solidria.
Na opinio dos trabalhadores, pode-se verificar a importncia das incubadoras
e dos projetos de economia solidria, conforme o relato a seguir:
Apesar de identificarem dificuldades e incertezas, apontam vantagens em relao ao trabalho assalariado, destacando-se: renda monetria prxima ao valor obtido no mercado de trabalho; condio de co-proprietrio e gestor do negcio, com poder de deciso em benefcio dos prprios trabalhadores; valorizao da auto-estima; desenvolvimento intelectual e potencialidades profissionais; viver o trabalho como algo digno e no como atividade penosa. (FARID et al., 2001, p. 5)
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Nesse argumento nota-se a grande influncia do trabalho na vida do homem
assim como sua valorizao e necessidade de estar inserido na sociedade. Farid (2004)
coloca que o maior objetivo da economia solidria, ou seja, sua principal finalidade
participar do desenvolvimento integral do trabalhador e da comunidade, no podendo ser
vista como um simples movimento econmico e sim contnuo e ligado a outros
movimentos sociais em busca de melhor qualidade de vida e maior fora para superar
desafios.
Dentro dessa linha de raciocnio incubadoras de empreendimentos sociais
representam nos dias atuais um fator extra-econmico, que exerce influncias diretas no
desenvolvimento social e econmico do pas, sendo uma iniciativa de real importncia e
transformadora da sociedade brasileira, tornando-a socialmente vivel.
Um fator de extrema importncia no sistema de economia solidria a no
precarizao do trabalho, com a tentativa de integrar o trabalhador ao mercado e
despertar nele o interesse e a importncia de auto gerir seu prprio negcio. Cada
incubadora deve procurar adaptar seu sistema de incubao comunidade em que atua,
no faltar dinmica e incentivos, alm disso, as universidades no trabalham pensando
somente na parte financeira e sim na troca de experincias e conhecimento.
A interao entre os agentes participantes do sistema de economia solidria
o principal objetivo do perodo de incubao, visando superar a fragmentao do
conhecimento.
Conforme aponta Farid (2006) a participao das incubadoras universitrias,
apesar de ser um trabalho recente, essencial para o desenvolvimento da economia
solidria, pois permite atravs de sua interdisciplinaridade, a participao de diversas
linhas de conhecimento tericos e prticos, contando com a colaborao de alunos e
professores.
Como em tantos outros processos desenvolvidos pelo ser humano, no
desenvolvimento da economia solidria as pessoas interagem entre si, convivendo e se
desenvolvendo, porm essa convivncia ocorre em tempos diferenciados e variados, e
atuar de maneira a perceber possveis conflitos um desafio fundamental com o objetivo
final de criar estratgias adequadas.
De fato, pode-se perceber que quando discutimos metodologia de incubao, estamos tratando de um tema cujo processo complexo e que envolve relaes interpessoais cuja interao fundamental em quatro nveis, a) as relaes interpessoais entre os membros da equipe da incubadora formada por docentes, tcnicos, estudantes de diversas reas de conhecimento atuando de forma transdisciplinar; b) trata das relaes interpessoais entre os trabalhadores do grupo que pretende organizar um EES, c) nvel envolve as
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relaes interpessoais entre os grupos de trabalhadores com empreendimentos j formados; d) relaes interpessoais entre a equipe da incubadora e os grupos atendidos. (FARID, 2006, p. 4)
O quarto nvel ao qual se refere Farid (2006) constitui-se o de maior
complexidade trazendo a interao entre conhecimento de um curso de nvel superior,
aliado ao conhecimento individual do trabalhador, apoiando suas prticas do dia a dia.
Vrios rgos representantes esto atuando e colaborando com o sistema de
economia solidria; rgos particulares, rgos pblicos e as incubadoras de
empreendimentos sociais universitrias formam um grande grupo que aps se
prepararem, passam a auxiliar o trabalhador, na formao de seu projeto promovendo
cursos, procurando com os trabalhadores conhecer o mercado e a melhor maneira de
vender suas mercadorias. um processo contnuo de mudanas e adaptaes, at a fase
final em que todos estaro aptos a sozinhos desenvolverem suas atividades, gerindo seus
negcios em grupo. A universidade um espao para esse preparo do profissional visto
que conta com a participao de professores, acadmicos e funcionrios de diversas
reas de conhecimento, e no so prejudicados por mudanas governamentais.
CAPITAL SOCIAL E TRABALHO
A relao entre pessoas e seus costumes influenciam na formao do sistema
de governo e seu desempenho, Putnam (1996) realizou um longo estudo sobre a
importncia do capital social e suas diferenas regionais, com isso ele define que os
dilemas da ao social dependem do contexto em que esto inseridos. Aqui o capital
social, diz respeito a caractersticas da organizao social, como confiana, normas e
sistemas, que contribuam para aumentar a eficincia da sociedade, facilitando as aes
coordenadas. (Putnam, 1996, p177).
O nvel de capital social baixo dificulta as aes coletivas, ao contrrio de um
grupo de pessoas possurem confiana uns nos outros, isso eleva sua confiabilidade,
aumentando os resultados obtidos e a cooperao espontnea com seu grupo e toda a
sociedade atravs da participao cvica.
Se os sistemas horizontais de participao cvica ajudam os participantes a solucionar os dilemas de ao coletiva, ento quanto mais horizontalizada for a estrutura de uma organizao, mais ela favorecer o desempenho institucional na comunidade em geral (Putnam, 1996, p 186).
Sendo que numa relao vertical a ao caracterizada pela dependncia, das
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pessoas que produzem pelos que gerenciam e destes pelos donos das empresas,
gerando a explorao e dominao pessoal. Na relao horizontal onde predomina a
prtica de reciprocidade e acesso das informaes, h a unio das pessoas e favorece o
surgimento da confiana mtua
Para Haj (1999) esses sistemas de poltica descentralizados para alcanarem
xito em sua administrao dependem do ambiente e das relaes de capital social da
regio onde ser inserido, se este ambiente se torna ou no favorvel mudana social.
Se esse processo alcanar xito, logo esse fator vai tornar a comunidade mais forte e
confiante. Uma sociedade forte resultar num sistema econmico forte, em uma
sociedade e num Estado igualmente forte.
Os estoques de capital social, como confiana, normas e sistemas de participao, tendem a ser cumulativos e a reforar-se mutuamente. Os crculos virtuosos redundam em equilbrios sociais com elevados nveis de cooperao, confiana, reciprocidade, civismo e bem estar coletivo. Eis as caractersticas que definem a comunidade cvica. Por outro lado, a inexistncia dessas caractersticas na comunidade no cvica tambm algo que tende a auto reforar-se. A desero, a desconfiana, a omisso, a explorao, o isolamento, a desordem e a estagnao intensificam-se reciprocamente num miasma sufocante de crculos viciosos. Tal argumentao sugere que deve haver pelo menos dois equilbrios gerais para os quais todas as sociedades que enfrentam os problemas da ao coletiva (ou seja, toda a sociedade) tendem a evoluir e que, uma vez atingidos, tendem a auto reforar-se.(PUTNAM, 1996, p 186-187).
Onde no primeiro caso predomina a cooperao e a confiana e no segundo
caso exposto pelo autor predomina a dependncia e a explorao, condenando toda
sociedade a um atraso em relao a sociedades participativas e confiantes. Com isso,
Putnam (1996) concluiu em sua pesquisa que quanto mais cvica a populao de uma
regio melhor o seu governo e que todo o sistema est subordinado a uma trajetria
cvica de seu povo, onde o lugar em que se pretende chegar esta subordinado ao lugar
de onde se partiu, e estes fatos produzem grandes diferenas entre sociedades
semelhantes.
As regies dotadas de uma boa cultura de associativismo tm potencial para
desenvolver democracias participativas, e o capital social diz respeito confiana, ao
respeito s normas estabelecidas na sociedade e aos seus sistemas, os quais influenciam
no aumento de eficincia e facilitam as aes coordenadas.
A pesquisa efetuada por Putnam (1996) trouxe trs importantes lies sendo
elas: a primeira relata que o contexto em que a sociedade vive e a histria desse povo
uma condio para com o desempenho das instituies; a segunda lio de que as
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reformas regionais propiciam um avano no aprendizado local, gerando mudanas
formais e informais, e que essas mudanas nas instituies formais podem mudar a
prtica poltica; na terceira lio relata que essa histria de mudanas institucionais evolui
lentamente, principalmente quando visa instituir regras de reciprocidade e de sistema que
contam com a participao cvica.
Segundo Milani (2003) os estudos a respeito do capital social procuram reunir
categorias de estudos de vrias cincias no intudo de conhecer a relao entre as
pessoas como redes sociais, confiana mtua, convivncia, recursos, compromissos
cvicos entre outros, o quadro um nos traz uma sntese dos principais conceitos de alguns
autores que contriburam para o conhecimento do capital social.
Ao se analisar a importncia do trabalho na vida das pessoas, verifica-se que o
trabalho um fator que influncia no s no aspecto econmico do trabalhador, mas
tambm no seu psicolgico e na sua relao social. Dentro desse contexto, o sistema de
economia solidria tem na integrao e reinsero do trabalhador ao mercado de trabalho
o seu principal objetivo, dando-lhes a oportunidade de participar plenamente das decises
de seus projetos de produo, elevando a sua auto estima e oportunizando-lhes trabalhar
em igualdade de condies.
Pochmann (2001) afirma que o problema do desemprego e do uso precrio da
fora de trabalho sempre existiu e existir em uma economia de mercado capitalista. O
grande diferencial certamente a forma de como a sociedade reage ao problema,
podendo melhorar no s a questo do emprego, mas ir alm, ajudando no
relacionamento entre os que tm e os que no possuem emprego, o trabalho coletivo faz
a diferena.
Verifica-se que no existe um consenso quanto ao estabelecimento de um
conceito de capital social, Milani (2003) cita que os autores tentam colocar a lgica das
relaes sociais associadas ao campo de desenvolvimento de polticas pblicas e fonte
de recursos financeiros. Fatores econmicos e sociais influenciam na criao do capital
social e a polemica estabelecida em seu conceito deste pode reabrir o debate sobre
temas relacionados discusso entre capital e social, entre o individual e o coletivo,
buscando conhecer as dimenses sociais do desenvolvimento.
Se existe divergncia entre os autores, existe tambm um consenso com
relao importncia na definio de variveis e fatores para definir o capital social,
dentro do contexto em que est inserido, e sua fora est em sua origem e no impacto no
comportamento humano e suas atividades sociais.
Conceituado na categoria de capitais, o capital social um misto de capital que
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diz respeito a uma riqueza, ao poder, e que geram renda, associado ao social que
representado pelo fator fsico ou humano, o primeiro composto de estoques de bens e o
humano representado por estoque de competncias, qualidades e aptides. Com
relao e distino entre esses conceitos o capital social a relao de estoque de
valores e relaes entre as pessoas, compartilhado pela coletividade.
O capital social de propriedade da sociedade, onde o valor social ultrapassa
a utilidade econmica, atuando na comunidade ou um recurso mobilizado pelas pessoas
para melhorar suas capacidades visando atingir seus objetivos, amplia a reao com os
aspectos no econmicos da sociedade, como a confiana e a convivibilidade, no pode
ser simplesmente construda em uma sociedade e sim ativado ou reativado e ento
utilizado.
4. A RELAO ENTRE AS REDES E O CAPITAL SOCIAL
O aumento no estoque de capital social somente ocorre com o
desenvolvimento de aes que incentivam sua criao e ou reproduo como as redes.
Para Milani (2003) as relaes baseadas no compartilhamento de recursos do capital
social o fazem crescer e se desenvolver, e o mesmo no se deprecia com o uso, e sim
aumenta com o mesmo, e quanto mais ampla as redes dessas relaes maior o
crescimento e as relaes de confiana e cooperao que estabelece no grupo ou na
sociedade.
Putnam (1996) relata que a participao da sociedade na formao de redes
de grande importncia para se obter xito na democratizao, lembrando ainda que a
nossa formao histrica aliada ao contexto social condicionam em profundidade o
desempenho das instituies que trabalham com o social, sempre ligados ao
associativismo civil.
As redes de relaes assim como as normas que regem essas relaes, os
valores que predominam na sociedade, a confiana entre as pessoas e as informaes
disponibilizadas so os fatores que tornam possveis aes colaborativas que beneficiam
toda a sociedade, verifica-se que os indivduos no agem isoladamente e os objetivos
almejados tambm servem ao conjunto. O capital social produtivo e representa grande
influncia no desenvolvimento social e econmico.
Segundo Martelo e Silva (2004) como o capital social definido atravs de
normas, valores e relacionamentos compartilhados, esses valores se diferenciam pela
cooperao dentro ou entre grupos. A concluso dessas relaes sociais que para que
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esse desenvolvimento ocorra necessrio que as pessoas exeram interao entre pelo
menos dois membros, ressaltando assim a evidente estrutura de redes relacionadas ao
capital social, como um recurso da comunidade formado pelas suas redes de relaes.
A formao das redes sociais e a participao do capital social esto
relacionadas a vrios fatores culturais, polticos e sociais, entender esses fatores e
conhecer sua participao um recurso que influencia favoravelmente no
desenvolvimento e na incluso social. As redes so canais que transmitem informao e
conhecimento.
Os conceitos de confiana, comunidade e redes so difceis de serem
quantificados ou qualificados, visto que no basta identificar o nmero de membros que
compe a rede, mas a importncia de cada membro dentro desse sistema.
As redes sociais devem ampliar suas relaes para alm da comunidade local,
entre iguais, visando com isso fortalecer e ampliar suas ligaes para desenvolver a
comunidade, ainda assim com caractersticas horizontais.
Podemos dividir o capital social dentro das redes em capital social de ligao e
de ponte, o primeiro diz respeito formao de base das redes entre iguais, com as
mesmas caractersticas demogrficas, s que esse tipo de formao das redes no
permite que a comunidade rompa com suas prprias fronteiras, para isso se faz
necessrio o capital social de ponte, onde as redes se ampliam para criar ligaes com
comunidades semelhantes para ampliar suas aes. Podemos citar ainda o capital social
de conexo representado pelo indivduo que exera posio de autoridade, o qual pode
intermediar recursos para o desenvolvimento da comunidade.
Cada uma das formas citadas importante para o desenvolvimento da
comunidade e melhor desempenho dentro das redes em que participam, o de ligao,
tambm denominado de lao forte, representa a confiana e o comprometimento que
serve de base para uma participao forte e efetiva. O capital social de ponte serve para
ampliar a troca de informaes e de conhecimento entre as comunidades, e o de conexo
fornece maior acesso da comunidade as instituies e ao poder, podendo essa usufruir
dos seus benefcios e incentivos.
A relao de capital social oriunda das relaes pessoais e valores socialmente
compartilhados foi o ponto de partida para os estudos de Pierre Bordieu in Milani (2003)
onde relata que esse tipo de recurso possui grande importncia e atua no
desenvolvimento das relaes que o indivduo possui com grupos sociais, sendo ento:
...o conjunto de relaes e redes de ajuda mtua que podem ser mobilizadas efetivamente para beneficiar o indivduo ou sua classe social.
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O capital social propriedade do indivduo e de um grupo; concomitantemente estoque e base de um processo de acumulao que permite as pessoas inicialmente bem dotadas e situadas de terem mais xito na competio social. A ideia de capital social remete aos recursos resultantes da participao em redes de relaes mais ou menos institucionalizadas. (MILANI, 2003 Pg. 12)
O capital social propicia benefcios ao prprio indivduo e ao seu
relacionamento com o grupo, ampliando os benefcios da sociedade ao qual pertence
permitindo acesso a informaes, melhorando seu desempenho e relaes profissionais e
pessoais.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE
HISTRICO
A Universidade Estadual do Centro Oeste UNICENTRO, foi criada em 13 de
junho de 1990, pela lei 9.295/90 do governo Estadual, atravs da fuso da Faculdade de
Filosofia Cincias e Letras de Guarapuava FAFIG e a Faculdade de Educao Cincias e
Letras de Irati FECLI, sendo reconhecida em 8 de agosto de 1997, com sede e campus
na cidade de Guarapuava e campus na cidade de Irati.
Atualmente a UNICENTRO, campus de Irati, possui 2.207 alunos matriculados
em seus 13 cursos de graduao. Na constante busca pela qualificao, oferta ainda
cursos distncia, diversos cursos de ps graduao lato-sensu, e mestrado na rea de
Cincias Florestais, Histria e Educao. Possui ainda o campus avanado de Mallet e de
Prudentpolis.
O campus de Irati exerce seu papel de Instituio de Ensino Superior,
baseados no princpio de ensino, pesquisa e extenso, atravs da busca de uma
formao de qualidade e de integrao com a sociedade em que est inserida.
Os projetos de extenso, so ofertados em parceria com prefeituras, e com o
governo da estadual e federal, assim como outros setores da sociedade que participam
desses projetos, atravs da prestao de servios, contribuindo ento professores,
funcionrios e acadmicos com os diversos segmentos da sociedade.
ATUAO
OS Projetos desenvolvidos tm como pblico-alvo os municpios abrangidos pelo
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territrio Centro Sul do Paran.
Segundo a AMCESPAR (Associao dos Municpios do Centro Sul do Paran)
est situado no segundo Planalto Paranaense, sendo integrado por 12 municpios, sendo
10 pertencentes AMCESPAR: FERNANDES PINHEIRO, GUAMIRANGA, IMBITUVA,
INACIO MARTINS, IRATI; MALLET, PRUDENTPOLIS, REBOUAS E RIO AZUL e
outros 2 pertencentes AMCG- Associao dos Municpios dos Campos Gerais:
IPIRANGA e IVAI.
PARCERIAS
So parceiros da UNICENTRO, dentre os projetos extenso analisados:
IAPAR Instituto Agronmico do Paran
IAP - Instituto Ambiental do Paran
IEEP Instituto Equipe de Educadores Popular
SETI Secretaria de Cultura e Tecnologias
CEDEJOR Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural
EMATER Instituto Paranaense de Assistncia Tcnica e Extenso Rural
SEAB Secretaria da Agricultura e Abastecimento
SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural
UFPR Universidade Federal do Paran (Departamento de Qumica)
CODETUR Conselho de Desenvolvimento e Cultura de Prudentpolis
APA Associao Paranaense e Apicultores
Prefeitura Municipal de Irati
Prefeitura Municipal de Prudentpolis
Associao dos Artesos de Irati
Secretaria Municipal de Indstria e Comrcio
Secretaria Municipal de Agricultura de Prudentpolis
PROJETOSA diviso de extenso da UNICENTO do campus de Irati possui muitos projetos
em execuo e concludos, apresentaremos alguns deles, que seguem a linha de estudo
do objetivo da dissertao. Para delimitar esses projetos, esto sendo apresentados os
que possuem como rea temtica principal ou complementar seu foco no trabalho, ou que
em sua linha de extenso englobem o desenvolvimento da regio.
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16
Ttulo Pblico Alvo rea Temtica Linha de Extenso (Linha Programtica)
Palavras Chave
Principal Complementar
Apirio Rio de Mel: Implantao de uma Unidade Demonstrativa de Produo e Beneficiamento Apcola na UNICENTRO, Campus de Irati
Acadmicos da Eng. Florestal e reas afins; professores e servidores da UNICENTRO; produtores rurais da regio; comunidade em geral.
Meio Ambiente Trabalho Divulgao cientfica e tecnolgica
Apicultura; unidade demonstrativa; produtos florestais no Madeireiros
Resgate de Prticas agrcolas tradicionais atravs da
identificao de potenciais usos da biodiversidade local
Agricultores familiares dos municpios de So Joo do Triunfo,
Rebouas, Irati e Rio Azul; Comunidades tradicionais dos
municpios citados
Meio Ambiente Cultura Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e
questes agrrias;patrimnio cultural, histrico, natural e
imaterial; questes ambientais; grupos sociais
vulnerveis
Agricultura familiar; prticas tradicionais;
meio ambiente; desenvolvimento
regional
Extenso de Tecnologias sustentveis como fonte geradora de renda para a
agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran
Agricultores familiares dos municpios do territrio centro sul
do Paran
Trabalho Meio Ambiente Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e
questes agrrias; questes ambientais; recursos hdricos;
recursos slidos
Agricultura familiar; gerao de renda;
apicultura; saneamento rural; desenvolvimento
rural
Fomento agricultura familiar de Itapar
Agricultores familiares do distrito de Itapar, Irati PR
Tecnologia e Produo
Meio Ambiente Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e
questes agrrias; gesto do trabalho urbano e rural;
questes ambientais; recursos hdricos
Agricultura familiar; mercado de trabalho;
rea de proteo ambiental da Serra da
Esperana; conscincia ambiental
Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis
Produtores de mel e derivados; Associao de Apicultores
Tecnologia e Produo
Trabalho Desenvolvimento regional; Gesto do trabalho urbano e
rural; Organizao da sociedade civil e movimentos sociais e populares; Questo
ambiental
Economia Solidria; Associativismo;
Apicultura
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17 Ttulo Pblico Alvo rea Temtica Linha de Extenso (Linha
Programtica)Palavras Chave
Principal Complementar
Gesto Trabalho e Renda para jovens gentes do
Desenvolvimento Rural do Centro-Sul do Paran
Comunidade do territrio e Jovens Rurais do CEDEJOR
Trabalho Trabalho Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento Rural;
Turismo e Desenvolvimento
Trabalho, Jovens Rurais, Agrcola, Renda.
Identidade cultural e cidadania: capacitao
tecnolgica da associao de artesos de Irati
Artesos de Irati e regio Trabalho Cultura Administrao Associativismo;Empreendedorismo; Finanas; qualidade do produto
final; marketing
Ao Social e Ambiental na comunidade de Engenheiro
Gutierrez com o uso de materiais reciclveis
Associao dos Artesos e Clube de Mes do bairro de Engenheiro
Gutierrez
Educao Meio Ambiente Desenvolvimento Urbano, Questes Ambientais,
Resduos Slidos,Organizao da Sociedade Civil e
movimentos sociais populares, metodologias e estratgia de
ensino/aprendizagem
Educao Ambienta, Reciclagem,
Cooperativas, resduos slidos, sabo caseiro
I Feira: Redes de economia Solidria e soberania alimentar
Comunidade de Irati e Regio Trabalho Educao Desenvolvimento Regional; Segurana Alimentar;
Desenvolvimento rural e questes agrrias; questes
ambientais
Agroecologia; sustentabilidade; polticas pblicas;
economia solidria; organizao pblica
Fonte Diviso de Extenso UNICENTRO/I
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Apirio Rio de Mel: Implantao de uma Unidade Demonstrativa de Produo e Beneficiamento Apcola na UNICENTRO, Campus de Irati
O projeto teve incio com a implantao de unidades demonstrativas de
beneficiamento na produo apcola, e a adaptao de um laboratrio do curso de
engenharia florestal com a utilizao de equipamentos que existiam na Universidade. Em
2007 com o programa de extenso universitria, o projeto Rio de Mel foi um dos
selecionados, recebendo uma verba, o que permitia compra de 10 kits bsico para a
produo apcola, contendo cada um 5 caixas,10 melgueiras, 1 fumegador, 1 macaco, 1
par de botas e luvas. Com essa parceira o projeto deu origem a uma rede de fomento
apcola. Os produtores ficam responsveis por pagar o kit com a produo de mel,
gerando a oportunidade mais famlias entrarem na rede.
Esse processo gera uma alternativa para os produtores rurais e suas famlias de
desenvolvimento por meio da gerao de trabalho e renda, sem o assistencialismo pois o
agricultor assume um compromisso com a rede e selecionando os que realmente tem
interesse em participar do projeto
As atividades desenvolvidas so baseadas em visitas tcnicas peridicas, cursos,
dias de campo direcionadas aos integrantes do grupo e que tenha interesse no assunto, a
unidade de beneficiamento implantada no campus de Irati, j obteve o selo da Inspeo
Municipal (SIM) da vigilncia sanitria, habilitando-a a embasar e comercializar o mel,
com certificao orgnica. Houve um registro da flora apcola da regio para realizar a
identificao da origem floral do mel produzido.
Na busca de uma gerao de renda para os apicultores foi realizada assessoria
para a comercializao do mel e seus derivados, nas feiras de economia solidria de
nveis locais e regionais e no programa de aquisio de alimentos do Governo do Estado.
Para integrar a famlia no projeto foi oportunizada s mulheres dos agricultores das redes
oficinas de capacitao.
Uma contribuio significativa de pesquisas da UNICENTRO para o projeto foi
insero da criao de abelhas nativas sem ferro. Alguns apicultores j possuam essas
colmias, porm no davam o real valor por desconhecer seu potencial econmico e
ambiental. As abelhas nativas, e as espcies nativas que elas utilizam, so importantes
para o ecossistema local. Passando a ser incentivada em conjunto com as abelhas de
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origens africanas, mas conhecidas no comercio de mel.
Algumas dificuldades foram encontras no decorrer do projeto sendo a principal
delas a falta de comprometimento e dedicao de alguns poucos produtores, devido a
diversidades de produo desempenhada em sua propriedade, principalmente nas que
trabalham com o tabaco, que atrapalham a atividade de simples e do dia a dia no manejo
dos apirios, prejudicando a produo do mel, o a equipa procura superar essas
dificuldades quando a apicultura for vista pelos fomentados como uma atividade que gera
bons lucros e tem competitividade com as demais atividades desenvolvidas.
E muitos benefcios tambm, como melhoria de sua organizao relao no
grupo, aumento na produo de mel e elevao no preo alcanado pelas melhorias na
qualidade do produto, a oportunidade intermediada pelo projeto para que os produtores
possam comercializar o seu produto atravs do Programa de Aquisio de Alimentos, o
que motivou outros agricultores a se associarem, fortalecendo a associao.
O trabalho com as mulheres dos fomentados integrantes foi muito importante, pois
trouxe a participao de toda a famlia para a Rede, aumentando a renda da famlia e o
fortalecimento dessa famlia na produo de mel. E ainda a exposio sobre as abelhas
sem ferro, fortaleceu o carter de produo regional e alm de apresentar aos
participantes e a comunidade a apicultura como atividade de produo, apresentou
tambm como conservao ambiental.
Resgate de Prticas agrcolas tradicionais atravs da identificao de potenciais usos da biodiversidade local
O projeto desenvolveu atividades junto a comunidades tradicionais
faxinalenses nos municpio de So Joo do Triunfo, Rebouas e Irati. Financiado pelo
projeto da SETI, da Universidade sem Fronteiras, tem como parceiro o Instituto Equipe de
Educadores Populares (IEEP), organizao no governamental, que atua na assessoria
de comunidades tradicionais, agricultores que trabalham com a agricultura ecolgica e
ervas medicinais e a IAPAR (Instituto Agronmico do Paran).
O trabalho se apia em reviso de literatura especializada e atividades de
campo e os dados coletados possibilitaram diagnosticar as atividades scias, culturais,
econmicas e ambientais das comunidades envolvidas, apontando para uma possvel
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interao pacfica com o meio ambiente, o qual fornece os recursos para a subsistncia
dos moradores. Verificaram-se ainda vrios processos de desestruturao das atividades
tradicionais dessas comunidades, e sua causa principal a perda da identidade cultural.
Como objetivos no resgate de prticas agrcolas tradicionais atravs da
identificao de potenciais uso da biodiversidade local, busca o desenvolvimento agrcola
familiar, principalmente o vinculado ao uso da biodiversidade, em busca da
sustentabilidade, resgatando e valorizando a agro biodiversidade, divulgando o
conhecimento sobre o uso e a transformao de diferentes espcies vegetais presentes
no dia a dia dessas comunidades.
Para isso o foco principal o desenvolvimento de aes de pesquisa e
extenso de mapeamento socioambiental das reas de atividade agrcola tradicional e
identificao de potenciais e dificuldade na relao do homem com o meio, nessas
comunidades abrangidas pelo projeto. Resgatando os ofcios tradicionais, relacionados
sade popular, identificando as espcies nativas de plantas medicinais usadas pela
comunidade, aproxim-las com instituies de pesquisa e universidade, divulgao de
materiais da pesquisa, acordos scios ambientais, realizao de encontros entre as
comunidades para troca de experincias, e a capacitao dos produtores.
No desenvolvimento do projeto foram encontradas algumas dificuldades,
principalmente na rea financeira, para a aquisio de materiais, todavia os trabalhos
realizados pela equipe e pela cooperao da comunidade contriburam significativamente
para o alcance dos principais objetivos propostos, atravs do material cartogrfico
levantado a equipe uma diminuio e deteriorao do territrio, e uma piora em sua
relao com o meio ambiente, prticas que devem ser resgatadas, pois sua identificao
cultural est diminuda, modificadas e algumas at inexistentes.
A partir do conhecimento da biodiversidade os moradores foram incentivados a
conservarem e mesmo recuperarem o ambiente que vivem, e que obtm sua alimentao
aliada a uma boa qualidade de vida, desde que ocorram de forma sustentvel.
Extenso de Tecnologias sustentveis como fonte geradora de renda para a agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran
O projeto tem como base apresentar alternativas para diversificar a produo
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de agricultores de pequena propriedade rural, adequando-as ambientalmente. As
atividades tm como rea de desenvolvimento a regio centro-sul do Paran, fazendo
parte do programa da Universidade sem Fronteiras.
Foram beneficiadas pelo projeto 15 famlias de agricultores, os quais
pertencem a organizaes de agricultura familiar, assim denominadas: Associao de
Apicultores e Meliponicultores de Fernandes Pinheiro, Associao de Agricultores do
Riozinho, Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (CEDEJOR) e Grupo de
Agricultores Ecologistas So Francisco de Assis.
Para concretizar o projeto foram distribudos Kits que contriburam para
diversificar a produo rural com o desenvolvimento ou a introduo da produo de mel
na propriedade das famlias participantes, o kit era composto de 5 caixas com melgueira e
equipamentos de proteo individuais. Para fazer parte do projeto as famlias se
comprometiam a desenvolver no prazo de dois anos, o valor do benefcio adquirindo com
o produto, ou seja devolver o valor em mel, para que o benefcio possa ser entendido a
mais famlias, formando uma rede de produo de mel.
As famlias fomentadas receberam alm desse apoio inicial, visitas de apoio
tcnico, treinamento sobre a atividade da apicultura, e cartilhas explicativas. As
propriedades tambm passam pelo processo de se adequar ambientalmente visando
melhorar a qualidade de vida, pois o diagnstico ambiental apresentou vrias
irregularidades, por isso foram elaboradas solues que devem ser desenvolvidas no
mdio, no curto e no longo prazo.
A UNICENTRO, est desenvolvendo em conjunto com o curso de engenharia
florestal espcies destinadas ao pasto apcola desses produtores.
Fomento agricultura familiar de Itapar
O projeto est vinculado ao programa Universidade sem Fronteiras, seu
objetivo consistia em expandir o alcance dos conhecimentos e servios universitrios
atravs da extenso rural, orientando agricultores familiares de como gerir e comercializar
seus produtos, promovendo a organizao dos agricultores de Itapar e seus familiares.
No perodo de elaborao do projeto era o intuito do mesmo contribuir para
aumentar a produtividade de seus produtos e a renda de seus produtores, incentivando
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uma maior participao de lideranas locais em decises polticas e aumentar o nvel de
conscincia ambiental entre os produtores e suas famlias, aliando-os ao plano de manejo
da Serra da Esperana em sua rea de proteo ambiental.
Porm os resultados almejados no foram alcanados em sua totalidade, e as
dificuldades encontradas, se devem ao problema da distncia entre a localidade e suas
estradas em situaes precrias e o impedimento de custear essas viagens com o custo
do projeto. E ainda ao fato de pouca participao da populao em aes coletivas ou
comunitrias.
O projeto de Fomento agricultura familiar de Itapar, proporcionou um
conhecimento da realidade e da pesquisa aos participantes e deixou um importante
levantamento estatstico da regio sobre o tipo de produo e a renda, ao qual se
observou que a principal fonte de produo o fumo, seguido da plantao de feijo e
milho para consumo, da prtica de destinao dos resduos em geral, estes no
respeitam o meio ambiente, pois geralmente so queimados, enterrados ou jogados na
latrina, assim como a realizao de queimadas em reas inclusive de proteo ambiental.
A estrada de acesso Itapar, tambm necessita de melhorias urgentes, tornando assim
mais vivel o transporte de mercadorias e acesso ao local.
Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis
Um projeto de atividade extensionista, multidisciplinar, que se iniciou com o
programa da Universidade sem Fronteiras da SETI, com temtica voltada para a
economia solidria e constituio de cooperativa popular.
Seu enfoque o Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis, o qual
faz parte da regio Centro Sul do Paran, estando vinculado ao grupo de pesquisa da
UNICENTRO, contabilidade- um conhecimento globalizado. Participam ainda do projeto
os departamentos de Cincias Contbeis, administrao, Qumica, Engenharia Ambiental,
Prefeitura Municipal de Prudentpolis, Secretaria Municipal de Agricultura de
Prudentpolis, EMATER, Conselho de Desenvolvimento do Turismo e da Cultura de
Prudentpolis, Sociedade Rural Centro-Sul do Paran, SICREDI, Associao Paranaense
de Apicultores (APA), SENAR-PR, Secretaria de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (SEAB) e CRESSOL.
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OS objetivos do projeto so de fomentar o associativismo agrcola pela
capacitao dos pequenos produtores de mel e derivados no municpio de Prudentpolis,
para isso foram cadastrados os produtores e identificado os fatores scio econmico que
estavam afetando a produo de mel na regio, para aumentar a produtividade, melhorar
a qualidade do produto, aumentando assim a renda dos apicultores. Dar suporte tcnico e
operacional a organizao da associao de produtores, criando mecanismos de
comercializao dos produtos apcolas, viabilizando assistncia tcnica obteno de
recursos financeiro junto aos rgos governamentais.
Com isso o projeto prev a qualificao dos apicultores, atravs do enfoque de
vrias reas, a de custo da produo, controle de qualidade, responsabilidade social,
estimulando alternativas econmicas que visam contribuir para o aumento da renda
desses produtores, atravs da qualificao e organizao cooperativa.
Atravs de pesquisas com os produtores de mel, constatou-se que os preos
baixos e a falta de assistncia tcnicas so os grandes obstculos enfrentados pelos
produtores, o que refletiam na baixa produtividade, muito abaixo da mdia brasileira. Para
melhorar esses aspectos foram realizados vrios cursos e treinamentos de capacitao
apcola e de administrao rural. A associao Centro-sul de Apicultores, foi
reestruturada, uma nova diretoria foi eleita e foram levantados recursos para a quitao
dos dbitos anteriores. Entregas de mudas para a pastagem apcola em parceria com a
Secretaria do Meio Ambiente de Prudentpolis, participao em reunies do Conselho
Municipal de Desenvolvimento Rural e em eventos relacionados agricultura familiar.
Viabilizao de assistncia tcnica.
Como benefcios houve o desenvolvimento de aes que atuaram na melhoria
da qualidade de vida e na gerao de renda, e a produo de mel foi viabilizada evitando
o xodo rural, e diversificando a produo das pequenas propriedades. Houve a
construo de uma rede de pessoas e instituies no desenvolvimento da produo de
mel, melhorando ento a condio de vida de seus produtores e no desenvolvimento
sustentvel. Uma aproximao da Universidade com a comunidade, aplicando seus
conhecimentos e atuando no desenvolvimento da sociedade em que est inserida.
O projeto foi inicialmente estruturado para um cronograma de 24 meses, porm
no decorres das atividades, contatou-se que o mesmo tomou uma grande dimenso, o
que inviabilizou sua interrupo, sendo de grande relevncia social. Dando inicio junto
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com a EMATER de Prudentpolis, a uma cooperativa popular para atuar efetivamente na
insero de produtos apcolas no mercado, implementando um programa de assistncia
tcnica.
Gesto, Trabalho e Renda para os Jovens Rurais vinculados ao CEDEJOR da regio Centro-Sul do Paran
O projeto foi desenvolvido em parceria com o Centro de Desenvolvimento do
Jovem rural (CEDEJOR), o qual envolver os municpios da regio centro-sul do Paran,
tendo como meta propiciar orientao tcnica para a implantao de atividades produtivas
agrcolas com base no cultivo e nas criaes e no agrcolas como o turismo rural, aos
jovens dessa regio.
Com o objetivo de prestar orientaes e tcnicas estimulando o associativismo
e a diversificao da produo no meio rural, os jovens ao longo de sua formao no
CEDEJOR, elaboram um projeto para suas unidades familiares de produo e recebem
suporte tecnolgico para sua implantao. As atividades de produo, criao e turismo
se apresentam como opes viveis, proporcionando o desenvolvimento local, gerando
emprego e renda e diversificando a propriedade e oferecendo melhor qualidade de vida
ao Jovem Rural e sua famlia, que permanecem no campo.
Para que o projeto conclua seu objetivo para a sociedade, em que a
UNICENTRO est inserida, foram desenvolvidas reunies com os participantes, visitas de
campo, suporte tecnolgico, incentivo a diversificao das propriedades, orientao
tcnica, palestras sobre o potencial da regio para gerao de renda e cursos sobre
organizao e orientao para formalizao dos seus projetos na gesto de cooperativa,
capacitao dos jovens para a elaborao de projetos e acompanhamento e orientao
para futuros projetos, estimulando o trabalho associativo.
Com base nas informaes adquiridas atravs das sadas de campo e
acompanhamento desses jovens foram identificadas suas dificuldades e expectativas,
como por exemplo o auxilio da implantao de agroindstria, com os quais se
comprometeram a procura de assessoria especializada,
Foi realizada uma oficina em parceria com a EMATER, para tratar de aspectos
legais da formao de uma cooperativa ou associao, demonstrando a unio entre os
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jovens, para compartilhar experincias. Aps a apresentao de pontos positivos e
negativos de cada uma, o associativismo ento foi escolhido, pois frente o perfil dos
jovens, das suas propriedades e culturas desenvolvidas , este daria mais suporte aos
seus objetivos, dando incio ao processo de criao da Associao de Agentes de
Desenvolvimento Rural.
O projeto ajudou tambm para uma motivao para a qualificao dos jovens
rurais e nova viso na implantao de seus projetos na unidade familiar, pois muitas
vezes no recebem esse apoio da famlia.
A realizao de feiras foi um passo importante para demonstrar para os jovens
que existe um potencial de consumo para seus produtos.
Identidade cultural e cidadania: capacitao tecnolgica da associao de artesos de Irati
O municpio de Irati culturalmente marcado pela colonizao eslava, sendo
este refletido no modo de viver de sua civilizao, e entre vrias de suas produes se
encontra o artesanato.
Podemos encontrar muitos tipos de artesanato produzidos pelos artesos
iratienses, entre eles tem destaque, brolhas, pinturas de cermicas, bordados, pinturas de
tela, crochs, rendas, pinturas de tecido, e uma variedade de objetos produzidos em
madeira, envolvendo mais de 200 famlias.
O projeto envolve a associao dos artesos de irati, visando a estruturao e
capacitao dos artesos da regio centro-sul do Paran, instituio essa que se
encontra parcialmente inativa refletindo na queda da produo do artesanato iratiense e
seu desestimulo.
Tem por objetivo capacitar tecnologicamente a associao, promovendo a
profissionalizao do grupo, gerando renda e divulgando a identidade cultural do grupo.
Envolvendo a participao de uma equipe multidisciplinar de alunos e professores da
UNICENTRO, de recm formados e com os demais rgos envolvidos, a Associao de
Artesos de Irati, a Prefeitura Municipal de Irati e a Secretaria Municipal de Indstria e
Comrcio, SETI, atravs do projeto da Universidade sem Fronteiras, na modalidade de
inovao tecnolgica de empreendimentos j existentes.
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As aes do projeto visam manuteno dos trabalhos j existentes e a
gerao de novas oportunidades de trabalho e renda para as famlias dos artesos,
atraindo turistas e gerando desenvolvimento econmico para a regio.
Como resultado houve a ampliao da estrutura de comercializao das feiras,
com a aquisio de tendas para as feiras, promoo de feiras, fixas no espao da
associao, itinerantes em vrios pontos de comercializao da cidade e em eventos e
ainda na feira do produtor no qual se conseguiu um espao para sua comercializao,
capacitao dos artesos e de novos artesos por meio de cursos ou de
aprofundamentos de tcnicas existentes, ampliao do processo de transferncia
tecnolgica atravs da ampliao de cursos de gesto, consolidar normas e regulamentos
internos da associao e desenvolver um site para sua divulgao.
Foram adquiridos vrios equipamentos para estruturar a parte administrativa e
para a sala de realizao de treinamentos e reunies.
Com o apoio do Ncleo de Estudos Eslavos, houve a consolidao da
identidade cultural do artesanato local, contando ainda com a nova participao do grupo
de mes da Provopar e da associao dos artesos de Engenheiro Gutierrez, essa que
trabalha com reciclveis com nfase na educao scio ambiental, atravs do
desenvolvimento de aes conjuntas na relao de extenso, ensino e pesquisa.
O projeto promoveu grandes mudanas para os artesos iratienses mas como
toda mudana leva tempo para se institucionalizar, e sempre recomendvel que o projeto
tenha acompanhamentos futuros, em novas oportunidades se aconteam, para divulgar e
gerar renda para os artesos da regio.
Ao Social e Ambiental na Comunidade de Engenheiro Gutierrez com uso de Materiais Reciclveis
Surgindo de um projeto que trabalhava a educao ambiental, aliado a idia de
se criar uma cooperativa que trabalhasse com a reciclagem de leo de cozinha para a
produo e comercializao de sabo, surge o presente projeto de extenso, sem
financiamento externo, com o objetivo de articular e integrar polticas sociais, de gerao
de renda, tecnologias, desenvolvimento e de preservao do meio ambiente junto
comunidade de Engenheiro Gutierrez.
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Foram articuladas parceria para fomentar as atividades artesanais com
materiais reciclveis j realizadas pelo Grupo de artesos do bairro, atravs da
viabilizao de recursos, propondo tcnicas de trabalho e produo. Dar suporte ao grupo
para operacionalizar fabricao de sabo caseiro reciclando restos de leo comestvel,
buscando fortalecimento para o grupo. Inserir junto ao grupo de artesos o menor
aprendiz, para que os mesmos possam fazer parte do projeto
Para se alcanar esses objetivos foram elaboradas reunies para
fortalecimento do grupo e da equipe de apoio, cadastro e seleo de cooperados e
estrutura administrativa da cooperativa, elaborao de atividades socioambientais.
Atividades realizadas no pavilho da igreja do bairro de Engenheiro Gutierrez.
As atividades desenvolvidas contaram com a realizao de vrios cursos para
os artesos, promovidos em parceria com a PROVOPAR, e outros projetos realizados
pela UNICENTRO, com a participao de seus integrantes em feiras de econmica
solidrias, trocando experincias e comercializando seus produtos, em Irati e em Curitiba,
a realizao de feiras na UNICENTRO, na Associao dos Artesos de Irati e na Feira do
Produtor Iratiense.Gerando renda para os artesos envolvidos e tambm para a
manuteno do projeto desenvolvido, pois o mesmo na conta com financiamento.
Atividades educativas em escola do bairro tambm foram desenvolvidas pelo grupo.
As metas proposta foram alcanadas com xito, pois o projeto proporcionou e
est a proporcionar ganhos nas esferas sociais, ambientais e econmicas para os
artesos.
CONSIDERAES FINAIS
A participao da Universidade nos projetos muito importante, pois traz um
conhecimento amplo, composto pela interdisciplinaridade atravs dos mais diversos
cursos e seus projetos de pesquisa e extenso.
Ao analisarmos os projetos da UNICENTRO aqui relatados, podemos observar
que os mesmo se encontram ligados em rede a outras instituies de apio, e
observamos que a grande maioria deles composto por organizaes governamentais,
que procuram focar no desenvolvimento da regio Centro Sul, na qual est inserida a
instituio.
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Dentre os nove projetos analisados, verifcamos que um deles foi responsvel
por organizar uma feira de Econmica Solidria na regio, a primeira feira, visando
divulgar a ECOSOL, e comercializar os produtos dos projetos.
Dois dos projetos analisados no se enquadram dentro do conceito de
ECOSOL, o primeiro Fomento Agricultura de Itapar, apresentou como seu maior
obstculo o capital social, mostrando que em um grupo onde as pessoas no so unidas,
a Economia Solidria no se desenvolve, pois um dos seus requisitos a cooperao.
Outro projeto que no entra no quesito o Resgate de Prticas Agrcolas
Tradicionais atravs da Identificao de Potenciais Uso da Biodiversidade Local, para o
projeto foi apresentado como principal obstculo falta de recursos, foi desenvolvido
ento um resgate a prticas tradicionais, porm no os habilitou a comercializar seus
produtos e se autogestionar, alm do que foram observados problemas relacionados ao
meio ambiente.
A produo de mel apresenta um forte potencial produtivo para a regio, sua
produo focada em trs projetos sendo eles: Apirio Rio de Mel de Irati, Associativismo
apcola no municpio de Prudentpolis e Extenso de Tecnologias Sustentveis como
fonte geradora de renda para a agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran, sendo
esse uma complementao ao Apirio Rio de Mel, pois atravs de obteno de recursos,
financiaram a compra de mais kits de produo de mel e seu tempo foi limitado. Os outros
dois projetos so atuantes at o momento e formam pessoas capacitadas a produzir, gerir
seu negcio, preservando o meio ambiente.
O projeto de Gesto do Trabalho e Renda trabalhou com jovens de
comunidades rurais, e seu resultado foi positivo e de Economia Solidria, pois os jovens
passaram a valorizar o lugar em que vivem, aprenderam a desenvolver seu lado
empreendedor, produzindo e comercializando seus produtos, evitando ento a sada
desses jovens do campo e melhorando sua qualidade de vida e de sua famlia. O grupo
organizou uma associao.
Identidade Cultural e Cidadania, tambm focou a ECOSOL, resgatando a
cultura do artesanato, gerando renda para quem produz, e capacitando-los a se unirem
em sua associao, reestruturando-la e buscando em grupo mais potencial de
comercializao do que produzem e cursos de capacitao.
O projeto de Ao Social e Ambiental em Engenheiro Gutierrez, que de incio
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tinha a idia de divulgar a preservao do meio ambiente, encontrou um bom nvel de
capital social em seu bairro, e as pessoas foram se unindo, dando incio ao projeto atual,
no qual, produzem e comercializam sabo e artesanatos.
Ento podemos dizer que a Universidade est em rede, que repassa seu
conhecimento produzido a sociedade atravs de seus professores, funcionrios e
acadmicos, e que tambm aprende muito com os participantes dos projetos. Dentre os
nove projetos um era a organizao de uma feira, e dos oito que ficaram, um no focou a
ECOSOL, outro no encontrou um bom nvel de capital social para que o projeto se
desenvolvesse, e outro complementava o projeto do Apirio Rio de Mel. Logo dos oito
projetos somente cinco cumpriram seus quesitos de Economia Solidria, focando a
autogesto, cooperao e a harmonia com o meio ambiente.
REFERNCIAS
BACIC, Miguel Juan, BALDEN, Nguyen Tubino, ALMEIDA, Camila. Empreenderorismo X cooperativismo: um estudo de caso das cooperativas incubadas pela incubadora tecnolgica de cooperativas populares. So Paul