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CONGRESSO DE CULTURA E EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA Semeando Novos Rumos www.cepial.org.br 15 a 20 de julho de 2012 Curitiba ‐ Brasil III CEPIAL ANAIS

Economia Solidária - Educação Para a Integração Da América Latina

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Economia Solidária - Educação Para a Integração Da América Latina

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  • CONGRESSO DE CULTURA

    E EDUCAO PARA A INTEGRAO

    DA AMRICA LATINA

    Semeando Novos Rumos

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    15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba Brasil

    III CEPIAL

    ANAIS

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    Eixos Temticos:

    1. INTEGRAO DAS SOCIEDADES NA AMRICA LATINA

    2. EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINOAMERICANO:

    SUAS MLTIPLAS FACES

    3. PARTICIPAO: DIREITOS HUMANOS, POLTICA E CIDADANIA

    4. CULTURA E IDENTIDADE NA AMRICA LATINA

    5. MEIOAMBIENTE: QUALIDADE, CONDIES E SITUAES DE VIDA

    6. CINCIA E TECNOLOGIA: PRODUO, DIFUSO E APROPRIAO

    7. POLTICAS PBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    8. MIGRAES NO CONTEXTO ATUAL: DA AUSNCIA DE POLTICAS

    S REAIS NECESSIDADES DOS MIGRANTES

    9.MDIA, NOVAS TECNOLOGIAS E COMUNICAO

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    E EDUCAO PARA A INTEGRAO

    DA AMRICA LATINA

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    III CEPIAL

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    Eixo 2

    EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO

    LATINOAMERICANO: SUAS MLTIPLAS FACES

    ANAIS

  • EIXO 2. EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINO-AMERICANO: SUAS MLTIPLAS FACES

    MR2.1. Economia Solidria, Universidade e Comunidade

    EMENTA

    Contribuir para as discusses do Eixo: Polticas Pblicas e Desenvolvimento Social. A Economia Solidria mais do que nunca se apresenta

    como uma alternativa de transformao social e de desenvolvimento econmico, local, regional e territorial. Visa a organizao de pessoas para a

    gerao de trabalho, renda e bem viver. Seu avano depende, entre outros fatores, da construo e efetivao de polticas pblicas e da participao

    crescente das universidades e comunidades. O debate e a troca de experincias propostas por esta mesa visa a integrao latino-americana em torno

    destes objetivos comuns.

    Coordenador: Alnary Nunes Rocha Filho Incubadora de Empreendimentos Solidrios da Universidade de Ponta Grossa - (IESOL/UEPG - BRASIL)

    Luiz Alexandre Cunha Gonalves: Incubadora de Empreendimentos Sociais da Universidade de Ponta Grossa - (IESOL/UEPG - BRASIL)

    Luiz Incio Gaiger: Universidade do Vale dos Jesutas do Rio Grande do Sul (UNISINOS BRASIL)

    Daniel Maidana: Centro de Servicios a La Comunidad - Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS - ARGENTINA)

    Magdalena Len T.: Fundacin de Estudios, Accin y Participacin Social (FEDAEPS ECUADOR)

    RESUMOS APROVADOS

    LIMITES E POSSIBILIDADES DAS INCUBADORAS POPULARES: o caso da Incubadora de Empreendimentos Solidrios IESol-UEPG.

    (autor(es/as): ALNARY NUNES ROCHA FILHO)

    O PROGRAMA DE AQUISIO DE ALIMENTOS (PAA): Sua possvel interface com a Economia Solidria e como uma Ferramenta para o

    Desenvolvimento Local no Pr Assentamento Emiliano Zapata, Ponta Grossa-PR (autore(es/as): Carla Caroline Correia)

    Da Critica para s Ideias e das ideias pratica: a experincia formativa do programa de honra em economia solidaria, meio ambiente e desenvolvimento

    de base local da UFPR. (autor(es/as): Christian Henrquez Zuiga)

    Projeto Bem da Terra: Limites e Possibilidades (autor(es/as): Cristine Krger Garcias)

    A PARTICIPAO DA UNIVERSIDADE ATRAVS DA EXTENSO EM PROJETOS DE ECONOMIA SOLIDRIA: ESTUDO DE CASO DA UNICENTRO

    IRATI PARAN (autor(es/as): Elmarilene Walk)

    O PROTAGONISMO DA REDE DE ECONOMIA SOLIDRIA DO VALE DO ITAJA RESVI (autor(es/as): Fabricio Gustavo Gesser Cardoso)

    Incubadora Tecnolgica de Cooperativa Popular como estratgia para emancipao humana e gerao de trabalho e renda (autor(es/as): Francisco

    Antonio Maciel Novaes)

    ASPECTOS DA SEGURANA NO TRABALHO E OS CUIDADOS PREVENTIVOS COM A SADE NA FORMAO DOS TRABALHADORES DA

    ASSOCIAO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLVEIS PIRA LIMPO (ASCAMP) (autor(es/as: Jaqueline Sartori)

    A ECONOMIA SOLIDRIA COMO FORTALECEDORA DO ENFRENTAMENTO AS CONDIES DE VULNERABILIDADE SOCIAL (autor(es/as):

    Lorena Dantas Abrami)

    INCUBADORA DE ECONOMIA SOLIDRIA: EXPERINCIAS NA RELAO DA UNIVERSIDADE COM A SOCIEDADE (autor(es/as): Nara Grivot

    Cabral)

    UMA INTEGRAO COMUNIDADE-UNIVERSIDADE NA PERSPECTIVA PARA A CRIAO E ELABORAO DE MATERIAIS DIDTICOS PARA

    ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMTICA (autor(es/as): Renata Cristina Geromel Meneghetti)

    O NOVO NASCE DO VELHO: CULTURA E ECONOMIA SOLIDRIA (autor(es/a):Sabrina Gabrielle Sawczyn)

    MR2.2.Educao Superior e Incluso Social: experincias e percepes

    EMENTA

    Considerando o importante papel da educao na promoo e consolidao da cidadania, diversos setores sociais tem se dedicado luta

    pela ampliao e democratizao do acesso ao ensino superior. Ao mesmo tempo, no interior da Universidade intensificou-se o debate sobre

    alternativas para superar a alta seletividade social que o modelo de ensino superior adotado pelo estado pode produzir, bem como sobre mecanismos

    que possam ampliar o acesso e a permanncia de estudantes oriundos de classes sociais de maior vulnerabilidade social. Por outro lado, alguns

    governos nacionais, frente necessidade de dar respostas a estes movimentos, tem formulado e implantado polticas pblicas com vistas a ampliar a

    oferta de vagas no ensino superior; a democratizao do acesso, com adoo de mecanismos como cotas sociais e tnicas; e a permanncia, com a

    criao de bolsas de estudo para estudantes com vulnerabilidade social. Desse modo, a mesa pretende ser um espao para a comunidade discutir o

    tema da incluso social no ensino superior, no mbito da Amrica Latina, com vistas a contribuir para o aperfeioamento de mecanismos que levem

    superao e reverso do atual quadro de desigualdade, fragmentao e excluso social.

    Coordenador: Joo Alfredo Braida Universidade Federal da Fronteira Sul - (UFFS - BRASIL)

    Jaime Giolo: Reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS - BRASIL)

    Aloizio Mercadante Oliva: Ministro da Educao do Brasil (MEC BRASIL)

    Ingrid Severdlick: Universidade Pedaggica - (ARGENTINA)

    Armando Alcntara Santurio: Universidad Nacional Autnoma de Mxico (UNAM - MXICO)

    RESUMOS APROVADOS

    Educao e mundo do trabalho em sociedades em transio (autor(es/as): fernando Pedro)

    Educao escolar para o desenvolvimento dos povos indgenas do Brasil: mltiplas faces (autor(es/as): Francine Rocha)

    DOCNCIA INDGENA NO EXTREMO OESTE BRASILEIRO: UMA EXPERINCIA DE FORMAO EM ANDAMENTO (autor(es/as): Jos Alessandro

    Cndido da Silva)

    LICENCIATURA EM EDUCAO DO CAMPO: LIMITES E POSSIBILIDADES (autor(es/as): Maria Jos da Silva

    ACESSO E PERMANNCIA INDGENA NO ENSINO SUPERIOR, DO QUE ESTAMOS FALANDO? RELATOS DE ALGUMAS EXPERINCIAS DE

    ACADMICOS INDGENAS (autor(es/as): MARIANE DEL CARMEN DA COSTA DIAZ)

    NCLEO DE ESTUDOS FRONTEIRIOS DA UFPEL - EXTENSO UNIVERSITRIA E INCLUSO SOCIAL NA FRONTEIRA - BRASIL-URUGUAI

    (autor(es/as): MAURCIO PINTO DA SILVA)

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  • A Incluso Laboral: Programa Promentor (autor(es/as): PRISCILA GADEA LORENZ)

    Expanso do ensino superior no Brasil democratizao do acesso e reduo da iniquidade Abordagem emprica utilizando dados do Censo da

    Educao superior e PNAD 2009 (autor(es/as): Rogerio Allon Duenhas)

    O PROGRAMA DE EXTENSO UNIVERSIDADE ABERTA TERCEIRA IDADE UNATI NA UNIOESTE: INTEGRANDO SABERES E

    PROMOVENDO A CIDADANIA DO IDOSO (autor(es/as): ROSELI ODORIZZI).

    2.4.Educao na Amrica Latina

    Considerando as mudanas ocorridas no campo poltico e econmico, no que se refere ao papel do Estado e sua funo no campo das polticas sociais,

    a mesa prope ser um espao para difuso e discusso de poltica educacionais implementadas em diferentes pases da Amrica Latina. Os objetivos

    so facilitar a troca de experincias entre pesquisadores e instituies, refletir sobre os rumos da educao nos pases da regio, alm de promover um

    processo de integrao regional

    RESUMOS APROVADOS:

    LUDOSOFIA E A FORMAO DO PROFESSOR (autor(es/as): Alegria Baa Evelin Soria)

    CONVERGNCIAS DO PENSAMENTO PEDAGGICO LATINO-AMERICANO QUE APONTAM PARA A EDUCAO DA MULHER NOS

    MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO (autor(es/as): Allene Carvalho Lage)

    O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAO DOCNCIA (PIBID) E O NCLEO DE ATIVIDADES PARA PROMOO DA

    CIDADANIA (NAP) CONTRIBUINDO PARA FORMAO DOCENTE NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES): UMA

    NOVA PERSPECTIVA DA EDUCAO SUPERIOR (autor(es/as): Carlos Alberto Malveira Diniz)

    CURSOS TCNICOS PROFISSIONALIZANTES DO COLGIO ESTADUAL SO MATEUS: CONTRIBUIO PARA O DESENVOLVIMENTO NO

    MUNICPIO DE SO MATEUS DO SUL-PR, NO PERODO 2004-2009 (autor(es/as): Cludia Regina Pacheco Portes)

    EDUCAO SUPERIOR NA REA DE CINCIAS SOCIAIS: ANLISE COMPARADA DA ESTRUTURA DOS CURSOS E EXPECTATIVAS DOS

    ESTUDANTES DA UFPR E DA UDELAR. (autor(es/as): Ellen da Silva)

    A NECESSIDADE DA ATUAO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS PBLICAS DE EDUCAO INFANTIL (autor(es/as): FABRCIO

    CORDOVIL TEIXEIRA DE OLIVEIRA)

    CURRCULO POR COMPETNCIA E DISCURSOS HEGEMNICOS NOS DOCUMENTOS OFICIAIS SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR

    (autor(es/as): Felipe da Silva Machado)

    A EDUCAO PATRIMONIAL FORMAL COMO ELEMENTO RECONHECEDOR DO PATRIMNIO CULTURAL (autor(es/as): FLAVIA ALBERTINA

    PACHECO LEDUR)

    O DISCURSO FREIREANO E A POLTICA SOCIAL (autor(es/as): GLEYDS SILVA DOMINGUES)

    A educao escolar indgena e a educao intercultural (autor(es/as):Jasom de Oliveira)

    VIOLNCIA SIMBLICA NAS ESCOLAS: UM ESTUDO EM UMA ESCOLA PBLICA DE BELM DO PAR (autor(es/as): Juliana Cordeiro

    Modesto)

    Formando uma conscincia integracionista (autor(es/as): Karina Fernandes de Oliveira)

    SOMOS TIERRA: FORMACIN Y EXPERIENCIAS EN EL MOVIMIENTO CAMPESINO DE CRDOBA ARGENTINA (autor(es/as): Karina

    Scaramboni)

    A gesto escolar participativa e seus desafios (autor(es/as): Maria Ins Vidal)

    A poltica da Educao do Campo e a Emancipao Humana (autor(es/as): Maria Ins Vidal, Luis Alexandre Gonalves Cunha)

    A FORMAO DOCENTE EM JOGO: O OLHAR SOBRE A CONTRIBUIO DO PROGRAMA DE FORMAO DE PROFESSORES DA

    EDUCAO BSICA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFAC (autor(es/as): Pierre Andr Garcia Pires)

    Percepo e apreciao de leituras em contextos escolares e culturais: formao em leitura em uma escola municipal de Foz do Iguau (autor(es/as):

    Regina Coeli Machado e Silva)

    INVESTIGAO COMPARADA ACERCA DE REPRESENTAES DE AUTORIDADE POR JOVENS ARGENTINOS E BRASILEIROS (autor(es/as:

    Rosane Castilho)

    CONVERGNCIAS E DESAFIOS DA EDUCAO PARA O DESENVOLVIMENTO LATINOAMERICANO EM UM MUNDO GLOBALIZADO: A

    EDUCAO INCLUSIVA E SUAS MLTIPLAS FACES (autor(es/as): Silvio Carlos dos Santos).

    ANIMAO SOCIOCULTURAL EM DIFERENTES ESPAOS EDUCATIVOS: CONTRIBUIES A SUSTENTABILIDADE DO

    DESENVOLVIMENTO REGIONAL (autor(es/as): Sorinia Goede).

    EDUCAO POPULAR E MOVIMENTOS SOCIAIS RURAIS NO BRASIL: PERSPECTIVAS E CONTRIBUIES (autor(es/as): Tarcio Leal Pereira).

    ELEMENTOS DE VIDEOGAMES COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZADO (autor(es/as): Thais Weiller).

    EDUCAO TRADICIONAL GUARANI & EDUCAO EM DIREITOS HUMANOS: APROXIMAES ENTRE VIVNCIAS CULTURAIS E

    CONCEITOS TERICOS (autor(es/as): Wanirley Pedroso Guelfi).

    O LUGAR DO CONHECIMENTO NAS DIRETRIZES CURRICULARES BRASILEIRAS PARA A FORMAO DE PROFESSORES E A RELAO

    COM A PRXIS (autor(es/as): Camila Itikawa Gimenes).

    A APLICABILIDADE DA LEI 10.639/03 NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE SO PAULO (autor(es/as): Adriana Mrcia Prado de Arajo et alii).

    PIBID: UM PROGRAMA QUE FORTALECE O EIXO EDUCACIONAL PARA A RETOMADA DA LICENCIATURA NO MBITO TERRITORIAL

    BRASILEIRO (autor(es/as): Patrcia Santos Fonseca et alii).

    AVALIAO EM LARGA ESCALA: uma iniciativa da poltica educacional centralizadora (autor(es/as): Rivanda dos Santos Nogueira et alii).

    NO ALFABETIZADOS LENDO: AS PARTES DO LIVRO NA EDUCAO QUE FOMENTA A LEITURA E GARIMPAM LEITORES. (autor(es/as):

    Cludio Renato Moraes da Silva).

    BULLYING: PERCEPES DOS EDUCADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICPIO DE ITAITUBA (autor(es/as): Domiciane Arajo

    Azevedo).

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    2.5. Trabalhadores(as) da Educao no Mercosul: impasses e desafios

    RESUMOS APROVADOS

    EMENTA

    A APP Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Paran visa promover um dilogo entre dirigentes sindicais do Brasil, da Argentina, do

    Paraguai e do Uruguai, sobre a Educao Pblica no Mercosul, ressaltando os desafios para os/as Trabalhadores/as em Educao. A APP-Sindicato

    entende que esta uma integrao necessria e urgente, que vem unificar a discusso sobre as condies de trabalho e valorizao dos/as

    trabalhadores/as em Educao e dar maior organicidade luta dos movimentos sociais latino americanos, em prol de uma Educao pblica de

    qualidade, laica e gratuita, para todos e todas.

    Coordenadora: Fabiana Tom e Walkiria Mazeto - Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Paran (APP - BRASIL)

    Ftima Aparecida da Silva: Secretria Internacional da Confederao Nacional dos Trabalhadores em Educao (CNTE - BRASIL)

    Arturo Musial: Secretario General de Union de Docentes de la Provncia de Missiones (UDPM - ARGENTINA)

    Gustavo Macedo: Federacin Democrtica de Maestros y Funcionarios de Educacin Primaria - (URUGUAY)

    Luis Alberto Riart Montaner: Ex Ministro da Educao do Paraguay e professor da Universidad Nacional de San Martn e Universidad Pedaggica

    de Buenos Aires (UNSAM/UPBA - PARAGUAY)

    O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL DOS FUNCIONRIOS DA EDUCAO NO NRE DE APUCARANA (autor(es/as): Afife

    Maria dos Santos Mendes Fontanini)

    REESTRUTURAO PRODUTIVA, FLEXIBILIZAO E TRABALHO DOCENTE NO ESTADO DO PARAN (autor(es/as): Mariana Bettega

    Braunert e Everson Araujo Nauroski)

    Mestres em greve? Gnero, representaes e memrias das mobilizaes de professoras/es de 1968 no Paran. (autor(es/as): Melissa Colbert

    Bello)

    2.6. Teorias Crticas na Amrica Latina

    A presente mesa redonda resultado das pesquisas do Ncleo de Estudos Filosficos - NEFIL, do Programa de Ps-Graduao em Direito da

    Universidade Federal do Paran - PPGD/UFPR, voltado para os estudos latino-americanos dedicados filosofia da Amrica Latina e suas grandes

    tendncias atuais no mbito da crtica epistemolgica, destacando-se alguns dos principais autores do debate contemporneo no continente,

    notadamente Enrique Dussel, Anibal Quijano, Walter Mignolo, Atilio Born e Franz Hinkelammert, at chegar a uma aproximao s propostas

    interculturais assentes no novo constitucionalismo latino-americano.

    Ludwig apresentar a relao entre teorias crticas do direito e a filosofia da libertao de Enrique Dussel; Pazello discorrer sobre a relao entre as

    teorias crticas da colonialidade do poder e as teorias da dependncia na Amrica Latina, em especial a partir de Anibal Quijano; Bley abordar a

    relao entre colonialidade do saber e educao para os direitos humanos, conforme a crtica gnosiolgica de Walter Mignolo; Franzoni estabelecer

    os pressupostos epistemolgicos da crtica razo utpica de Franz Hinkelammert; Pereira analisar as teorias crticas latino-americanas sob o foco

    do marxismo de Atilo Born.

    RESUMOS APROVADOS

    INDSTRIA CULTURA, TRABALHO DOCENTE E PRODUO DE SUBJETIVIDADE (autor(es/as): Everson Araujo Nauroski).

    EDUCAO E MUNDO DO TRABALHO EM SOCIEDADES EM TRANSIO (autor(es/as): Fernando Pedro)

  • A PARTICIPAO DA UNIVERSIDADE ATRAVS DA EXTENSO EM PROJETOS DE ECONOMIA SOLIDRIA: ESTUDO DE CASO DA UNICENTRO IRATI PARAN

    Autor: Elmarilene Walk.1

    Resumo

    O presente artigo analisa as redes de economia solidria, analisa a Universidade Estadual do Centro Oeste e seus projetos de extenso, para essa anlise foi realizado um embasamento terico sobre desenvolvimento Redes de Economia Solidria, de Capital Social e Trabalho, alm da pesquisa em projetos, relatrios e pesquisas junto diviso de extenso da Instituio, os projetos selecionados foram os que focavam o trabalho ou o desenvolvimento da regio. Concluiu-se que a participao de todos na rede importante, principalmente as relaes de capital social, e dentre os projetos aqui apresentados, muitos trabalham com a ECOSOL, e promovem o desenvolvimento da regio.

    Palavra-chave Redes, Capital Social, Economia Solidria.

    1. INTRODUO

    As redes de economia solidria englobam vrias entidades de apoio aos

    empreendimentos sociais, organizando grupos, incentivando a produo de alimentos

    ecolgicos e o consumo responsvel a todos os trabalhadores participantes dos projetos.

    As redes visam fortalecer a participao dos rgos de apoio economia solidria, para

    que possam repassar essa unio e troca de experincias para os grupos apoiados.

    As entidades sociais que fazem parte dessa rede atuam diretamente na

    formao de grupos solidrios, buscando promover a formao e troca de experincia

    entre os membros do grupo, auxiliando na obteno de um mercado para seus produtos e

    um desenvolvimento sustentvel, incentivando a autogesto para futura independncia

    dos grupos sempre em plena integrao com o meio ambiente.

    Para verificar o desenvolvimento da regio de Irati atravs do sistema de

    economia solidria, ser elaborado um estudo sobre os projetos de extenso

    desenvolvidos pela Universidade Estadual do Centro Oeste, onde sero analisadas a

    atuao dessa instituio e suas parcerias, que visem fortalecer seus projetos atravs da

    formao de redes, assim como os projetos por eles apoiados, buscando conhecer seu

    funcionamento, como influenciam na vida de cada trabalhador e no desenvolvimento da

    1 Ps-Graduanda do Curso de Mestrado (Ps-Graduao Strictu sensu) em Gesto do Territrio Mestrado em Geografia - UEPG. 2011.

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  • sociedade em que esto inseridos.

    O propsito deste estudo apresentar a Universidade Estadual do Centro Oeste, e

    seus projetos e a unio em redes da economia solidria, para conhecer sua participao

    no desenvolvimento da regio de Irati.

    Para alcanar esse objetivo, sero analisados e discutidos os conceitos de

    Desenvolvimento, Redes de Economia Solidria, de Capital Social e Trabalho.

    Identificando os projetos desenvolvidos pela instituio, analisando se os projetos

    desenvolvidos so realmente de Economia Solidria e se esses projetos desenvolvidos na

    regio de Irati reintegram seus trabalhadores a sociedade, e se h participao no

    desenvolvimento da regio. Para analisar os projetos desenvolvidos pela UNICENTRO,

    sero analisados projetos, relatrios, materiais de apoio e pesquisa junto a Diviso de

    Extenso da Instituio.

    A fundamentao terica aqui descrita traz um referencial primeiramente ao

    conceito de desenvolvimento para que a partir da possamos trabalhar com o objeto de

    pesquisa propriamente dito. Seguem-se com os relatos de pesquisa de vrios autores

    sobre a importncia das redes nos dias atuais, como ela formada e como atua, dando

    nfase s redes de economia solidria. A breve explanao sobre a economia solidria

    seus rgos de apoio e a importncia da relao de capital social servem de base para a

    sua fundamentao.

    2. O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO

    A idia de conceituar desenvolvimento de acordo com Souza (1996) muito

    suscetvel a mudanas e crticas, por isso o intudo por ele descrito de se estabelecer

    um princpio norteador, evidenciando um ponto principal de desenvolvimento como

    processo de aprimoramento da vida em relao sociedade e aos prprios convvios

    destacando a autonomia como essencial. O autor considera vlidas as crticas do

    desenvolvimento como instrumento de explorao capitalista exposta por vrios autores

    sobre o assunto, porm reflete que esses autores no oferecem alternativas para um

    povo que j se encontra inserido nesse modo de produo. Maluf (2000) tem um ponto de

    vista mais radical com relao ao capitalismo e defende em sua obra que para o

    desenvolvimento econmico realmente acontecer necessrio romper radicalmente com

    as opes polticas que vigoram entre ns, pois desenvolvimento demandaria da

    implantao de mudanas qualitativas, s alcanadas com a liberdade, sendo essa a

    finalidade do desenvolvimento.

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  • O Desenvolvimento social e econmico est relacionado idia de mudana e

    transformao, sempre almejado coisas positivas e significativas. Para Souza (1996),

    esse procedimento s pode realizar-se num ambiente onde a cultura de uma sociedade

    aspire por mudanas ou que esteja realmente preparada e aberta para essa possibilidade

    como valor social.

    ECONOMIA SOLIDRIA

    Segundo Singer (2002) devido ao crescente volume de desempregados, podem

    ser observadas mudanas significativas no mercado de trabalho e transformaes na

    formao econmica do Brasil e do mundo, atravs da expanso de formas alternativas

    de trabalho e produo atravs da formao de cooperativismo, associaes, regimes de

    auto gesto, bancos comunitrios e organizaes populares, que em seu conjunto do

    origem denominada economia solidria.

    A ECOSOL se caracteriza como um conjunto de atividades econmicas que

    engloba a produo, distribuio e consumo, assim como sua organizao financeira,

    organizadas de forma autogestionria,sem distino entre as classes que a compe e

    todos que nela atuam proprietrios e todos exercem trabalho, num sistema de total

    democracia, sem explorar os outro e sem destruir o meio ambiente.

    Como conseqncia novos conhecimentos devem ser produzidos, cabendo essa

    tarefa a universidades, envolvidas em processos de incubao dos grupos de

    trabalhadores, da mesma forma que os movimentos social da ECOSOL, todo esse

    processo necessariamente interdisciplinar.

    Na Economia Solidria encontramos milhares de trabalhadores e trabalhadoras

    organizados de forma coletiva gerindo seu prprio trabalho e lutando pela sua

    emancipao. So iniciativas de projetos produtivos coletivos, cooperativas populares,

    redes de produo, comercializao e consumo, instituies financeiras voltadas para

    empreendimentos populares solidrios, empresas autogestionrias, cooperativas de

    agricultura familiar, cooperativas de prestao de servios, entre outras

    A economia solidria buscar superar e reverter quatro caractersticas que

    dominam no capitalismo, exposto por Souza e Carneiro (2006), sendo elas:

    - Desigualdade, entre o povo e quem possui recurso e poder, onde domina os

    que tm muitos recursos exercendo forte poder de subordinao aos demais.

    - Ditadura do capital, a administrao de uma empresa capitalista sempre

    feita nos moldes do sistema vertical, a dominao pessoal hierrquica, e o objetivo final

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  • almejado sempre o capital financeiro.

    - Concorrncia, prpria do sistema capitalista ela vai alm das competies

    mercadolgicas, ela est dentro de cada indivduo, e de maneira to forte que

    competimos o tempo todo.

    - Degradao do meio ambiente, no intuito de acumular capital o homem

    passou a transformar os bens naturais em mercadorias, e com tanta ganncia fez com

    que desaparecessem vrias espcies de animais e vegetais, colocando outras em

    extino e poluindo o ambiente em que se vive. Sendo que no final do sculo XX, foi

    concludo que o planeta corre perigo, devido a suas explorao sem limites.

    As incubadoras universitrias so entidades de grande importncia, no quesito de

    desenvolvimento e de apoio economia solidria. A esse propsito Cunha (2002) aponta

    que a universidade se disponibiliza de um grande e variado potencial de conhecimento.

    Essa interao entre acadmico, professores e comunidade importante para todos

    enriquecendo a troca de experincias e conhecimentos s ento conhecidos na teoria.

    REDES

    A formao das redes deve considerar dados sociais e econmicos, para

    Santos (1996), os estudos dos dados atuais das redes efetuados atravs da utilizao de

    mtodos estatsticos envolvem quantidades e qualidades tcnicas, assim como as

    avaliaes que os elementos que participam das redes mantm com a atual vida em

    sociedade.

    Os progressos tcnicos levam cada vem mais a formao das redes a um nvel

    global, sendo sua eficcia dada pela atividade financeira. Para entender o movimento das

    redes devemos conhecer e analisar primeiramente as redes locais e regionais, pois seu

    movimento dialtico, sendo utilizados os confrontos entre as escalas mundiais,

    regionais e locais, cada qual com sua viso dentro das redes.

    Castells (1999) relata que as funes e os processos dominantes nessa era da

    informao esto cada vez mais organizados em redes, sendo que as redes constituem a

    nova estrutura da sociedade, modificando os processos produtivos, os resultados, assim

    como as relaes de poder e cultura, um processo no to atual, mas que se difundiu e

    atingiu grandes propores com o desenvolvimento do sistema de tecnologia de

    informaes o qual passou a atuar e modificar toda a estrutura social. A lgica que gera

    as redes responsvel por determinar o alto nvel dos interesses sociais, enquanto as

    redes em si geram interesses mais especfico, onde a morfologia social predomina sobre

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    Curitiba - Brasil 4

  • a ao social, e determinam os poderes de dominao e transformao da sociedade,

    atravs dos quais podemos determinar as dinmicas gerais de uma sociedade.

    As redes so representadas por um conjunto de ns interconectados, sendo

    esse n o ponto no qual as curvas da rede se encontram, e o que vai definir cada n o

    tipo de redes que iremos analisar.

    As redes so abertas e se expandem de forma ilimitada, integrando novos ns

    que passam a se comunicar e fazer parte das redes. Os processos de transformao

    social so direcionados para a formao de uma sociedade em redes atualizando para

    isso as tcnicas utilizadas na produo de bens e servios, afetando a cultura e o sistema

    de poder com profundidade. Apesar das alteraes sofridas atravs dos tempos as redes

    consistem num instrumento de economia capitalista, com base na inovao.

    Tanto Santos (1996) como Castells (1999) relatam a importncia da fluidez nas

    redes e suas significativas diferenas, onde esses fluxos que ligam as redes em todo

    mundo tambm so responsveis por segregar e desconectar aqueles que no esto

    operando no mesmo perodo intertemporal.

    As redes segundo Castells (1999) representam uma transformao qualitativa

    da vivncia dos homens atravs dos tempos, passando pelas seguintes transformaes

    em suas relaes: primeiro pela dominao da natureza sobre a cultura, ou seja, a luta

    pela sobrevivncia era travada no dia a dia, sempre respeitando a ento incontrolvel

    natureza, o segundo com origem na era da modernidade onde existe a dominao da

    natureza pela cultura, onde aps dominar algumas situaes de ordem natural, ainda

    passamos a explorar a natureza sem limites e sem respeito ordem natural das coisas,

    entrando no perodo atual onde a cultura se refere cultura e para a natureza busca-se a

    preservao, ou seja, o intuito do momento atual no se temer tanto a natureza, mas

    respeit-la e fazer uso sustentvel da mesma. Algumas mudanas so observadas com

    relao ao perodo anterior, mas muito ainda falta para alcanar a proposta das teorias

    atuais.

    As relaes sociais baseadas em capital e trabalho so marcadas pela

    diferenas de espao e tempo, visto que a relao de capital atinge nveis globais e o

    trabalho local, confrontando ento o espao dos fluxos e dos lugares atravs do tempo

    instantneo composto pelas redes computadorizadas e o tempo cronolgico na vida dos

    trabalhadores em seu cotidiano.

    As redes sociais tm despertado o interesse de pesquisadores de diversas

    reas do conhecimento, Marteleto e Silva (2004) apresentam um estudo que retrata a

    importncia das redes sociais para a atualidade, para estabelecendo o impacto que essas

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    Curitiba - Brasil 5

  • redes exercem sobre a vida social, com base nas relaes entre os indivduos, sendo os

    ns das conexes representados pelos sujeitos sociais englobando a indivduos, grupos

    e organizaes, estando conectados a outros sujeitos por algum tipo de relao.

    O estudo das redes sociais est relacionado ao aumento de estudos sobre o

    capital social, pois a participao em redes est associada estruturao desse capital e

    aos diferentes tipos de redes ao qual pertencem.

    REDES DE ECONOMIA SOLIDRIA

    A valorizao do ser humano, da sua relao com o meio ambiente e da boa

    alimentao so os princpios das redes de economia solidria, e sua finalidade acolher

    e unir produtores e consumidores para se tornarem fortes, atravs da formao de redes

    em busca da autosustentabilidade, superando a fome, a misria, a excluso social e

    econmica das comunidades, podendo intervir nas polticas pblicas atravs do

    fortalecimento de equipes organizadas.

    As redes de economia solidria se embasam nesse referencial terico sendo

    socialmente definidas, buscando um equilbrio econmico e com a natureza conforme

    Rufino (2003) as redes de economia solidria tem seus ns de integrao formados por

    empreendimentos e organizaes locais que se integram a fruns e redes estaduais

    estabelecendo conexes em nveis regionais, nacionais e internacionais. Os benefcios

    alcanados por essa rede so configurados em redes de consumo, produo e ou

    financeira, estabelecido com alto grau de confiabilidade entre seus componentes.

    So fundamentos necessrios para uma rede de economia solidria, a

    autonomia presente atravs das relaes horizontais de conhecimento, obteno de

    informaes e decises, com valores e objetivos compartilhados e sem a obrigao das

    pessoas permanecerem ou entrarem numa rede sem vontade prpria, a conectividade

    alcanada, pois uma rede uma amalgama dinmica de vrios pontos e s quanto esto

    ligados uns aos outros se mantm em rede, a participao essencial, pois a

    funcionalidade da rede existe no movimento e a cooperao entre seus membros que a

    fazem realmente funcionar, marcada pela multiliderana onde a tomada de decises e

    os sistemas informativos so compartilhados por todos os membros, a rede possui

    mltiplos nveis podendo operar independentes em relao aos demais membros da rede.

    No sistema de redes h a valorizao do trabalho humano e da relao

    interpessoal, organizando grupos que desenvolvam toda uma cadeia de produo de

    alimentos ecolgicos, potencializando a comercializao solidria e o consumo

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  • responsvel.

    Segundo Singer (2002) devido ao crescente volume de desempregados,

    podem ser observadas mudanas significativas no mercado de trabalho e transformaes

    na formao econmica do Brasil e do mundo, atravs da expanso de formas

    alternativas de trabalho e produo atravs da formao de cooperativismo, associaes,

    regimes de auto gesto, bancos comunitrios e organizaes populares, que em seu

    conjunto do origem denominada economia solidria.

    Conforme Bacic et al (2006), a formao de empreendimentos solidrios

    engloba pessoas que so excludas do mercado de trabalho e com pouca ou s vezes

    nenhuma educao formal, sem muita experincia ou capacitao, e sua meta

    reintegr-los ao mercado de trabalho e gerar renda. Seus empreendimentos geralmente

    no necessitam de idias inovadoras, de tecnologia ou grande capital inicial, pois so em

    sua maioria intensiva em utilizao de mo-de-obra, baixa produtividade e pouco

    competitivos, porm essencial que se confirme a sua viabilidade econmica, e o apoio

    de instituies como as incubadoras imprescindvel.

    No Brasil, a autogesto tem sua figurao a partir dos anos de 1990 e como

    nos relata Farid (2004), surgiu quando alguns tcnicos do Departamento Intersindical de

    Estatstica e Estudos Scios Econmicos (DIEESE) implantaram projetos de autogesto

    em empresas que encerravam suas atividades, em que a massa falida era assumida e

    recuperada pelos prprios funcionrios.

    Segundo Cunha (2002), um fator que incentivou o programa de economia

    solidria a tomar tamanhas propores foi o grande movimento da Ao da Cidadania

    contra a Fome e a Misria pela vida na dcada de 1990. E a participao do programa

    das Incubadoras, tem origem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o

    intuito de usar o conhecimento e os recursos humanos da universidade, qualificando e

    assessorando trabalhadores de localidades prximas e carentes em atividades

    autogestionrias. Hoje a rede de Incubadoras se ampliou contando com mais de 90

    universidades participando do projeto de Economia Solidria.

    Na opinio dos trabalhadores, pode-se verificar a importncia das incubadoras

    e dos projetos de economia solidria, conforme o relato a seguir:

    Apesar de identificarem dificuldades e incertezas, apontam vantagens em relao ao trabalho assalariado, destacando-se: renda monetria prxima ao valor obtido no mercado de trabalho; condio de co-proprietrio e gestor do negcio, com poder de deciso em benefcio dos prprios trabalhadores; valorizao da auto-estima; desenvolvimento intelectual e potencialidades profissionais; viver o trabalho como algo digno e no como atividade penosa. (FARID et al., 2001, p. 5)

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  • Nesse argumento nota-se a grande influncia do trabalho na vida do homem

    assim como sua valorizao e necessidade de estar inserido na sociedade. Farid (2004)

    coloca que o maior objetivo da economia solidria, ou seja, sua principal finalidade

    participar do desenvolvimento integral do trabalhador e da comunidade, no podendo ser

    vista como um simples movimento econmico e sim contnuo e ligado a outros

    movimentos sociais em busca de melhor qualidade de vida e maior fora para superar

    desafios.

    Dentro dessa linha de raciocnio incubadoras de empreendimentos sociais

    representam nos dias atuais um fator extra-econmico, que exerce influncias diretas no

    desenvolvimento social e econmico do pas, sendo uma iniciativa de real importncia e

    transformadora da sociedade brasileira, tornando-a socialmente vivel.

    Um fator de extrema importncia no sistema de economia solidria a no

    precarizao do trabalho, com a tentativa de integrar o trabalhador ao mercado e

    despertar nele o interesse e a importncia de auto gerir seu prprio negcio. Cada

    incubadora deve procurar adaptar seu sistema de incubao comunidade em que atua,

    no faltar dinmica e incentivos, alm disso, as universidades no trabalham pensando

    somente na parte financeira e sim na troca de experincias e conhecimento.

    A interao entre os agentes participantes do sistema de economia solidria

    o principal objetivo do perodo de incubao, visando superar a fragmentao do

    conhecimento.

    Conforme aponta Farid (2006) a participao das incubadoras universitrias,

    apesar de ser um trabalho recente, essencial para o desenvolvimento da economia

    solidria, pois permite atravs de sua interdisciplinaridade, a participao de diversas

    linhas de conhecimento tericos e prticos, contando com a colaborao de alunos e

    professores.

    Como em tantos outros processos desenvolvidos pelo ser humano, no

    desenvolvimento da economia solidria as pessoas interagem entre si, convivendo e se

    desenvolvendo, porm essa convivncia ocorre em tempos diferenciados e variados, e

    atuar de maneira a perceber possveis conflitos um desafio fundamental com o objetivo

    final de criar estratgias adequadas.

    De fato, pode-se perceber que quando discutimos metodologia de incubao, estamos tratando de um tema cujo processo complexo e que envolve relaes interpessoais cuja interao fundamental em quatro nveis, a) as relaes interpessoais entre os membros da equipe da incubadora formada por docentes, tcnicos, estudantes de diversas reas de conhecimento atuando de forma transdisciplinar; b) trata das relaes interpessoais entre os trabalhadores do grupo que pretende organizar um EES, c) nvel envolve as

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    Curitiba - Brasil 8

  • relaes interpessoais entre os grupos de trabalhadores com empreendimentos j formados; d) relaes interpessoais entre a equipe da incubadora e os grupos atendidos. (FARID, 2006, p. 4)

    O quarto nvel ao qual se refere Farid (2006) constitui-se o de maior

    complexidade trazendo a interao entre conhecimento de um curso de nvel superior,

    aliado ao conhecimento individual do trabalhador, apoiando suas prticas do dia a dia.

    Vrios rgos representantes esto atuando e colaborando com o sistema de

    economia solidria; rgos particulares, rgos pblicos e as incubadoras de

    empreendimentos sociais universitrias formam um grande grupo que aps se

    prepararem, passam a auxiliar o trabalhador, na formao de seu projeto promovendo

    cursos, procurando com os trabalhadores conhecer o mercado e a melhor maneira de

    vender suas mercadorias. um processo contnuo de mudanas e adaptaes, at a fase

    final em que todos estaro aptos a sozinhos desenvolverem suas atividades, gerindo seus

    negcios em grupo. A universidade um espao para esse preparo do profissional visto

    que conta com a participao de professores, acadmicos e funcionrios de diversas

    reas de conhecimento, e no so prejudicados por mudanas governamentais.

    CAPITAL SOCIAL E TRABALHO

    A relao entre pessoas e seus costumes influenciam na formao do sistema

    de governo e seu desempenho, Putnam (1996) realizou um longo estudo sobre a

    importncia do capital social e suas diferenas regionais, com isso ele define que os

    dilemas da ao social dependem do contexto em que esto inseridos. Aqui o capital

    social, diz respeito a caractersticas da organizao social, como confiana, normas e

    sistemas, que contribuam para aumentar a eficincia da sociedade, facilitando as aes

    coordenadas. (Putnam, 1996, p177).

    O nvel de capital social baixo dificulta as aes coletivas, ao contrrio de um

    grupo de pessoas possurem confiana uns nos outros, isso eleva sua confiabilidade,

    aumentando os resultados obtidos e a cooperao espontnea com seu grupo e toda a

    sociedade atravs da participao cvica.

    Se os sistemas horizontais de participao cvica ajudam os participantes a solucionar os dilemas de ao coletiva, ento quanto mais horizontalizada for a estrutura de uma organizao, mais ela favorecer o desempenho institucional na comunidade em geral (Putnam, 1996, p 186).

    Sendo que numa relao vertical a ao caracterizada pela dependncia, das

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    Curitiba - Brasil 9

  • pessoas que produzem pelos que gerenciam e destes pelos donos das empresas,

    gerando a explorao e dominao pessoal. Na relao horizontal onde predomina a

    prtica de reciprocidade e acesso das informaes, h a unio das pessoas e favorece o

    surgimento da confiana mtua

    Para Haj (1999) esses sistemas de poltica descentralizados para alcanarem

    xito em sua administrao dependem do ambiente e das relaes de capital social da

    regio onde ser inserido, se este ambiente se torna ou no favorvel mudana social.

    Se esse processo alcanar xito, logo esse fator vai tornar a comunidade mais forte e

    confiante. Uma sociedade forte resultar num sistema econmico forte, em uma

    sociedade e num Estado igualmente forte.

    Os estoques de capital social, como confiana, normas e sistemas de participao, tendem a ser cumulativos e a reforar-se mutuamente. Os crculos virtuosos redundam em equilbrios sociais com elevados nveis de cooperao, confiana, reciprocidade, civismo e bem estar coletivo. Eis as caractersticas que definem a comunidade cvica. Por outro lado, a inexistncia dessas caractersticas na comunidade no cvica tambm algo que tende a auto reforar-se. A desero, a desconfiana, a omisso, a explorao, o isolamento, a desordem e a estagnao intensificam-se reciprocamente num miasma sufocante de crculos viciosos. Tal argumentao sugere que deve haver pelo menos dois equilbrios gerais para os quais todas as sociedades que enfrentam os problemas da ao coletiva (ou seja, toda a sociedade) tendem a evoluir e que, uma vez atingidos, tendem a auto reforar-se.(PUTNAM, 1996, p 186-187).

    Onde no primeiro caso predomina a cooperao e a confiana e no segundo

    caso exposto pelo autor predomina a dependncia e a explorao, condenando toda

    sociedade a um atraso em relao a sociedades participativas e confiantes. Com isso,

    Putnam (1996) concluiu em sua pesquisa que quanto mais cvica a populao de uma

    regio melhor o seu governo e que todo o sistema est subordinado a uma trajetria

    cvica de seu povo, onde o lugar em que se pretende chegar esta subordinado ao lugar

    de onde se partiu, e estes fatos produzem grandes diferenas entre sociedades

    semelhantes.

    As regies dotadas de uma boa cultura de associativismo tm potencial para

    desenvolver democracias participativas, e o capital social diz respeito confiana, ao

    respeito s normas estabelecidas na sociedade e aos seus sistemas, os quais influenciam

    no aumento de eficincia e facilitam as aes coordenadas.

    A pesquisa efetuada por Putnam (1996) trouxe trs importantes lies sendo

    elas: a primeira relata que o contexto em que a sociedade vive e a histria desse povo

    uma condio para com o desempenho das instituies; a segunda lio de que as

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    Curitiba - Brasil 10

  • reformas regionais propiciam um avano no aprendizado local, gerando mudanas

    formais e informais, e que essas mudanas nas instituies formais podem mudar a

    prtica poltica; na terceira lio relata que essa histria de mudanas institucionais evolui

    lentamente, principalmente quando visa instituir regras de reciprocidade e de sistema que

    contam com a participao cvica.

    Segundo Milani (2003) os estudos a respeito do capital social procuram reunir

    categorias de estudos de vrias cincias no intudo de conhecer a relao entre as

    pessoas como redes sociais, confiana mtua, convivncia, recursos, compromissos

    cvicos entre outros, o quadro um nos traz uma sntese dos principais conceitos de alguns

    autores que contriburam para o conhecimento do capital social.

    Ao se analisar a importncia do trabalho na vida das pessoas, verifica-se que o

    trabalho um fator que influncia no s no aspecto econmico do trabalhador, mas

    tambm no seu psicolgico e na sua relao social. Dentro desse contexto, o sistema de

    economia solidria tem na integrao e reinsero do trabalhador ao mercado de trabalho

    o seu principal objetivo, dando-lhes a oportunidade de participar plenamente das decises

    de seus projetos de produo, elevando a sua auto estima e oportunizando-lhes trabalhar

    em igualdade de condies.

    Pochmann (2001) afirma que o problema do desemprego e do uso precrio da

    fora de trabalho sempre existiu e existir em uma economia de mercado capitalista. O

    grande diferencial certamente a forma de como a sociedade reage ao problema,

    podendo melhorar no s a questo do emprego, mas ir alm, ajudando no

    relacionamento entre os que tm e os que no possuem emprego, o trabalho coletivo faz

    a diferena.

    Verifica-se que no existe um consenso quanto ao estabelecimento de um

    conceito de capital social, Milani (2003) cita que os autores tentam colocar a lgica das

    relaes sociais associadas ao campo de desenvolvimento de polticas pblicas e fonte

    de recursos financeiros. Fatores econmicos e sociais influenciam na criao do capital

    social e a polemica estabelecida em seu conceito deste pode reabrir o debate sobre

    temas relacionados discusso entre capital e social, entre o individual e o coletivo,

    buscando conhecer as dimenses sociais do desenvolvimento.

    Se existe divergncia entre os autores, existe tambm um consenso com

    relao importncia na definio de variveis e fatores para definir o capital social,

    dentro do contexto em que est inserido, e sua fora est em sua origem e no impacto no

    comportamento humano e suas atividades sociais.

    Conceituado na categoria de capitais, o capital social um misto de capital que

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    Curitiba - Brasil 11

  • diz respeito a uma riqueza, ao poder, e que geram renda, associado ao social que

    representado pelo fator fsico ou humano, o primeiro composto de estoques de bens e o

    humano representado por estoque de competncias, qualidades e aptides. Com

    relao e distino entre esses conceitos o capital social a relao de estoque de

    valores e relaes entre as pessoas, compartilhado pela coletividade.

    O capital social de propriedade da sociedade, onde o valor social ultrapassa

    a utilidade econmica, atuando na comunidade ou um recurso mobilizado pelas pessoas

    para melhorar suas capacidades visando atingir seus objetivos, amplia a reao com os

    aspectos no econmicos da sociedade, como a confiana e a convivibilidade, no pode

    ser simplesmente construda em uma sociedade e sim ativado ou reativado e ento

    utilizado.

    4. A RELAO ENTRE AS REDES E O CAPITAL SOCIAL

    O aumento no estoque de capital social somente ocorre com o

    desenvolvimento de aes que incentivam sua criao e ou reproduo como as redes.

    Para Milani (2003) as relaes baseadas no compartilhamento de recursos do capital

    social o fazem crescer e se desenvolver, e o mesmo no se deprecia com o uso, e sim

    aumenta com o mesmo, e quanto mais ampla as redes dessas relaes maior o

    crescimento e as relaes de confiana e cooperao que estabelece no grupo ou na

    sociedade.

    Putnam (1996) relata que a participao da sociedade na formao de redes

    de grande importncia para se obter xito na democratizao, lembrando ainda que a

    nossa formao histrica aliada ao contexto social condicionam em profundidade o

    desempenho das instituies que trabalham com o social, sempre ligados ao

    associativismo civil.

    As redes de relaes assim como as normas que regem essas relaes, os

    valores que predominam na sociedade, a confiana entre as pessoas e as informaes

    disponibilizadas so os fatores que tornam possveis aes colaborativas que beneficiam

    toda a sociedade, verifica-se que os indivduos no agem isoladamente e os objetivos

    almejados tambm servem ao conjunto. O capital social produtivo e representa grande

    influncia no desenvolvimento social e econmico.

    Segundo Martelo e Silva (2004) como o capital social definido atravs de

    normas, valores e relacionamentos compartilhados, esses valores se diferenciam pela

    cooperao dentro ou entre grupos. A concluso dessas relaes sociais que para que

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    Curitiba - Brasil 12

  • esse desenvolvimento ocorra necessrio que as pessoas exeram interao entre pelo

    menos dois membros, ressaltando assim a evidente estrutura de redes relacionadas ao

    capital social, como um recurso da comunidade formado pelas suas redes de relaes.

    A formao das redes sociais e a participao do capital social esto

    relacionadas a vrios fatores culturais, polticos e sociais, entender esses fatores e

    conhecer sua participao um recurso que influencia favoravelmente no

    desenvolvimento e na incluso social. As redes so canais que transmitem informao e

    conhecimento.

    Os conceitos de confiana, comunidade e redes so difceis de serem

    quantificados ou qualificados, visto que no basta identificar o nmero de membros que

    compe a rede, mas a importncia de cada membro dentro desse sistema.

    As redes sociais devem ampliar suas relaes para alm da comunidade local,

    entre iguais, visando com isso fortalecer e ampliar suas ligaes para desenvolver a

    comunidade, ainda assim com caractersticas horizontais.

    Podemos dividir o capital social dentro das redes em capital social de ligao e

    de ponte, o primeiro diz respeito formao de base das redes entre iguais, com as

    mesmas caractersticas demogrficas, s que esse tipo de formao das redes no

    permite que a comunidade rompa com suas prprias fronteiras, para isso se faz

    necessrio o capital social de ponte, onde as redes se ampliam para criar ligaes com

    comunidades semelhantes para ampliar suas aes. Podemos citar ainda o capital social

    de conexo representado pelo indivduo que exera posio de autoridade, o qual pode

    intermediar recursos para o desenvolvimento da comunidade.

    Cada uma das formas citadas importante para o desenvolvimento da

    comunidade e melhor desempenho dentro das redes em que participam, o de ligao,

    tambm denominado de lao forte, representa a confiana e o comprometimento que

    serve de base para uma participao forte e efetiva. O capital social de ponte serve para

    ampliar a troca de informaes e de conhecimento entre as comunidades, e o de conexo

    fornece maior acesso da comunidade as instituies e ao poder, podendo essa usufruir

    dos seus benefcios e incentivos.

    A relao de capital social oriunda das relaes pessoais e valores socialmente

    compartilhados foi o ponto de partida para os estudos de Pierre Bordieu in Milani (2003)

    onde relata que esse tipo de recurso possui grande importncia e atua no

    desenvolvimento das relaes que o indivduo possui com grupos sociais, sendo ento:

    ...o conjunto de relaes e redes de ajuda mtua que podem ser mobilizadas efetivamente para beneficiar o indivduo ou sua classe social.

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    Curitiba - Brasil 13

  • O capital social propriedade do indivduo e de um grupo; concomitantemente estoque e base de um processo de acumulao que permite as pessoas inicialmente bem dotadas e situadas de terem mais xito na competio social. A ideia de capital social remete aos recursos resultantes da participao em redes de relaes mais ou menos institucionalizadas. (MILANI, 2003 Pg. 12)

    O capital social propicia benefcios ao prprio indivduo e ao seu

    relacionamento com o grupo, ampliando os benefcios da sociedade ao qual pertence

    permitindo acesso a informaes, melhorando seu desempenho e relaes profissionais e

    pessoais.

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE

    HISTRICO

    A Universidade Estadual do Centro Oeste UNICENTRO, foi criada em 13 de

    junho de 1990, pela lei 9.295/90 do governo Estadual, atravs da fuso da Faculdade de

    Filosofia Cincias e Letras de Guarapuava FAFIG e a Faculdade de Educao Cincias e

    Letras de Irati FECLI, sendo reconhecida em 8 de agosto de 1997, com sede e campus

    na cidade de Guarapuava e campus na cidade de Irati.

    Atualmente a UNICENTRO, campus de Irati, possui 2.207 alunos matriculados

    em seus 13 cursos de graduao. Na constante busca pela qualificao, oferta ainda

    cursos distncia, diversos cursos de ps graduao lato-sensu, e mestrado na rea de

    Cincias Florestais, Histria e Educao. Possui ainda o campus avanado de Mallet e de

    Prudentpolis.

    O campus de Irati exerce seu papel de Instituio de Ensino Superior,

    baseados no princpio de ensino, pesquisa e extenso, atravs da busca de uma

    formao de qualidade e de integrao com a sociedade em que est inserida.

    Os projetos de extenso, so ofertados em parceria com prefeituras, e com o

    governo da estadual e federal, assim como outros setores da sociedade que participam

    desses projetos, atravs da prestao de servios, contribuindo ento professores,

    funcionrios e acadmicos com os diversos segmentos da sociedade.

    ATUAO

    OS Projetos desenvolvidos tm como pblico-alvo os municpios abrangidos pelo

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 14

  • territrio Centro Sul do Paran.

    Segundo a AMCESPAR (Associao dos Municpios do Centro Sul do Paran)

    est situado no segundo Planalto Paranaense, sendo integrado por 12 municpios, sendo

    10 pertencentes AMCESPAR: FERNANDES PINHEIRO, GUAMIRANGA, IMBITUVA,

    INACIO MARTINS, IRATI; MALLET, PRUDENTPOLIS, REBOUAS E RIO AZUL e

    outros 2 pertencentes AMCG- Associao dos Municpios dos Campos Gerais:

    IPIRANGA e IVAI.

    PARCERIAS

    So parceiros da UNICENTRO, dentre os projetos extenso analisados:

    IAPAR Instituto Agronmico do Paran

    IAP - Instituto Ambiental do Paran

    IEEP Instituto Equipe de Educadores Popular

    SETI Secretaria de Cultura e Tecnologias

    CEDEJOR Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural

    EMATER Instituto Paranaense de Assistncia Tcnica e Extenso Rural

    SEAB Secretaria da Agricultura e Abastecimento

    SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural

    UFPR Universidade Federal do Paran (Departamento de Qumica)

    CODETUR Conselho de Desenvolvimento e Cultura de Prudentpolis

    APA Associao Paranaense e Apicultores

    Prefeitura Municipal de Irati

    Prefeitura Municipal de Prudentpolis

    Associao dos Artesos de Irati

    Secretaria Municipal de Indstria e Comrcio

    Secretaria Municipal de Agricultura de Prudentpolis

    PROJETOSA diviso de extenso da UNICENTO do campus de Irati possui muitos projetos

    em execuo e concludos, apresentaremos alguns deles, que seguem a linha de estudo

    do objetivo da dissertao. Para delimitar esses projetos, esto sendo apresentados os

    que possuem como rea temtica principal ou complementar seu foco no trabalho, ou que

    em sua linha de extenso englobem o desenvolvimento da regio.

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 15

  • 16

    Ttulo Pblico Alvo rea Temtica Linha de Extenso (Linha Programtica)

    Palavras Chave

    Principal Complementar

    Apirio Rio de Mel: Implantao de uma Unidade Demonstrativa de Produo e Beneficiamento Apcola na UNICENTRO, Campus de Irati

    Acadmicos da Eng. Florestal e reas afins; professores e servidores da UNICENTRO; produtores rurais da regio; comunidade em geral.

    Meio Ambiente Trabalho Divulgao cientfica e tecnolgica

    Apicultura; unidade demonstrativa; produtos florestais no Madeireiros

    Resgate de Prticas agrcolas tradicionais atravs da

    identificao de potenciais usos da biodiversidade local

    Agricultores familiares dos municpios de So Joo do Triunfo,

    Rebouas, Irati e Rio Azul; Comunidades tradicionais dos

    municpios citados

    Meio Ambiente Cultura Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e

    questes agrrias;patrimnio cultural, histrico, natural e

    imaterial; questes ambientais; grupos sociais

    vulnerveis

    Agricultura familiar; prticas tradicionais;

    meio ambiente; desenvolvimento

    regional

    Extenso de Tecnologias sustentveis como fonte geradora de renda para a

    agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran

    Agricultores familiares dos municpios do territrio centro sul

    do Paran

    Trabalho Meio Ambiente Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e

    questes agrrias; questes ambientais; recursos hdricos;

    recursos slidos

    Agricultura familiar; gerao de renda;

    apicultura; saneamento rural; desenvolvimento

    rural

    Fomento agricultura familiar de Itapar

    Agricultores familiares do distrito de Itapar, Irati PR

    Tecnologia e Produo

    Meio Ambiente Desenvolvimento regional; desenvolvimento rural e

    questes agrrias; gesto do trabalho urbano e rural;

    questes ambientais; recursos hdricos

    Agricultura familiar; mercado de trabalho;

    rea de proteo ambiental da Serra da

    Esperana; conscincia ambiental

    Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis

    Produtores de mel e derivados; Associao de Apicultores

    Tecnologia e Produo

    Trabalho Desenvolvimento regional; Gesto do trabalho urbano e

    rural; Organizao da sociedade civil e movimentos sociais e populares; Questo

    ambiental

    Economia Solidria; Associativismo;

    Apicultura

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 16

  • 17 Ttulo Pblico Alvo rea Temtica Linha de Extenso (Linha

    Programtica)Palavras Chave

    Principal Complementar

    Gesto Trabalho e Renda para jovens gentes do

    Desenvolvimento Rural do Centro-Sul do Paran

    Comunidade do territrio e Jovens Rurais do CEDEJOR

    Trabalho Trabalho Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento Rural;

    Turismo e Desenvolvimento

    Trabalho, Jovens Rurais, Agrcola, Renda.

    Identidade cultural e cidadania: capacitao

    tecnolgica da associao de artesos de Irati

    Artesos de Irati e regio Trabalho Cultura Administrao Associativismo;Empreendedorismo; Finanas; qualidade do produto

    final; marketing

    Ao Social e Ambiental na comunidade de Engenheiro

    Gutierrez com o uso de materiais reciclveis

    Associao dos Artesos e Clube de Mes do bairro de Engenheiro

    Gutierrez

    Educao Meio Ambiente Desenvolvimento Urbano, Questes Ambientais,

    Resduos Slidos,Organizao da Sociedade Civil e

    movimentos sociais populares, metodologias e estratgia de

    ensino/aprendizagem

    Educao Ambienta, Reciclagem,

    Cooperativas, resduos slidos, sabo caseiro

    I Feira: Redes de economia Solidria e soberania alimentar

    Comunidade de Irati e Regio Trabalho Educao Desenvolvimento Regional; Segurana Alimentar;

    Desenvolvimento rural e questes agrrias; questes

    ambientais

    Agroecologia; sustentabilidade; polticas pblicas;

    economia solidria; organizao pblica

    Fonte Diviso de Extenso UNICENTRO/I

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 17

  • 18

    Apirio Rio de Mel: Implantao de uma Unidade Demonstrativa de Produo e Beneficiamento Apcola na UNICENTRO, Campus de Irati

    O projeto teve incio com a implantao de unidades demonstrativas de

    beneficiamento na produo apcola, e a adaptao de um laboratrio do curso de

    engenharia florestal com a utilizao de equipamentos que existiam na Universidade. Em

    2007 com o programa de extenso universitria, o projeto Rio de Mel foi um dos

    selecionados, recebendo uma verba, o que permitia compra de 10 kits bsico para a

    produo apcola, contendo cada um 5 caixas,10 melgueiras, 1 fumegador, 1 macaco, 1

    par de botas e luvas. Com essa parceira o projeto deu origem a uma rede de fomento

    apcola. Os produtores ficam responsveis por pagar o kit com a produo de mel,

    gerando a oportunidade mais famlias entrarem na rede.

    Esse processo gera uma alternativa para os produtores rurais e suas famlias de

    desenvolvimento por meio da gerao de trabalho e renda, sem o assistencialismo pois o

    agricultor assume um compromisso com a rede e selecionando os que realmente tem

    interesse em participar do projeto

    As atividades desenvolvidas so baseadas em visitas tcnicas peridicas, cursos,

    dias de campo direcionadas aos integrantes do grupo e que tenha interesse no assunto, a

    unidade de beneficiamento implantada no campus de Irati, j obteve o selo da Inspeo

    Municipal (SIM) da vigilncia sanitria, habilitando-a a embasar e comercializar o mel,

    com certificao orgnica. Houve um registro da flora apcola da regio para realizar a

    identificao da origem floral do mel produzido.

    Na busca de uma gerao de renda para os apicultores foi realizada assessoria

    para a comercializao do mel e seus derivados, nas feiras de economia solidria de

    nveis locais e regionais e no programa de aquisio de alimentos do Governo do Estado.

    Para integrar a famlia no projeto foi oportunizada s mulheres dos agricultores das redes

    oficinas de capacitao.

    Uma contribuio significativa de pesquisas da UNICENTRO para o projeto foi

    insero da criao de abelhas nativas sem ferro. Alguns apicultores j possuam essas

    colmias, porm no davam o real valor por desconhecer seu potencial econmico e

    ambiental. As abelhas nativas, e as espcies nativas que elas utilizam, so importantes

    para o ecossistema local. Passando a ser incentivada em conjunto com as abelhas de

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 18

  • 19

    origens africanas, mas conhecidas no comercio de mel.

    Algumas dificuldades foram encontras no decorrer do projeto sendo a principal

    delas a falta de comprometimento e dedicao de alguns poucos produtores, devido a

    diversidades de produo desempenhada em sua propriedade, principalmente nas que

    trabalham com o tabaco, que atrapalham a atividade de simples e do dia a dia no manejo

    dos apirios, prejudicando a produo do mel, o a equipa procura superar essas

    dificuldades quando a apicultura for vista pelos fomentados como uma atividade que gera

    bons lucros e tem competitividade com as demais atividades desenvolvidas.

    E muitos benefcios tambm, como melhoria de sua organizao relao no

    grupo, aumento na produo de mel e elevao no preo alcanado pelas melhorias na

    qualidade do produto, a oportunidade intermediada pelo projeto para que os produtores

    possam comercializar o seu produto atravs do Programa de Aquisio de Alimentos, o

    que motivou outros agricultores a se associarem, fortalecendo a associao.

    O trabalho com as mulheres dos fomentados integrantes foi muito importante, pois

    trouxe a participao de toda a famlia para a Rede, aumentando a renda da famlia e o

    fortalecimento dessa famlia na produo de mel. E ainda a exposio sobre as abelhas

    sem ferro, fortaleceu o carter de produo regional e alm de apresentar aos

    participantes e a comunidade a apicultura como atividade de produo, apresentou

    tambm como conservao ambiental.

    Resgate de Prticas agrcolas tradicionais atravs da identificao de potenciais usos da biodiversidade local

    O projeto desenvolveu atividades junto a comunidades tradicionais

    faxinalenses nos municpio de So Joo do Triunfo, Rebouas e Irati. Financiado pelo

    projeto da SETI, da Universidade sem Fronteiras, tem como parceiro o Instituto Equipe de

    Educadores Populares (IEEP), organizao no governamental, que atua na assessoria

    de comunidades tradicionais, agricultores que trabalham com a agricultura ecolgica e

    ervas medicinais e a IAPAR (Instituto Agronmico do Paran).

    O trabalho se apia em reviso de literatura especializada e atividades de

    campo e os dados coletados possibilitaram diagnosticar as atividades scias, culturais,

    econmicas e ambientais das comunidades envolvidas, apontando para uma possvel

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 19

  • 20

    interao pacfica com o meio ambiente, o qual fornece os recursos para a subsistncia

    dos moradores. Verificaram-se ainda vrios processos de desestruturao das atividades

    tradicionais dessas comunidades, e sua causa principal a perda da identidade cultural.

    Como objetivos no resgate de prticas agrcolas tradicionais atravs da

    identificao de potenciais uso da biodiversidade local, busca o desenvolvimento agrcola

    familiar, principalmente o vinculado ao uso da biodiversidade, em busca da

    sustentabilidade, resgatando e valorizando a agro biodiversidade, divulgando o

    conhecimento sobre o uso e a transformao de diferentes espcies vegetais presentes

    no dia a dia dessas comunidades.

    Para isso o foco principal o desenvolvimento de aes de pesquisa e

    extenso de mapeamento socioambiental das reas de atividade agrcola tradicional e

    identificao de potenciais e dificuldade na relao do homem com o meio, nessas

    comunidades abrangidas pelo projeto. Resgatando os ofcios tradicionais, relacionados

    sade popular, identificando as espcies nativas de plantas medicinais usadas pela

    comunidade, aproxim-las com instituies de pesquisa e universidade, divulgao de

    materiais da pesquisa, acordos scios ambientais, realizao de encontros entre as

    comunidades para troca de experincias, e a capacitao dos produtores.

    No desenvolvimento do projeto foram encontradas algumas dificuldades,

    principalmente na rea financeira, para a aquisio de materiais, todavia os trabalhos

    realizados pela equipe e pela cooperao da comunidade contriburam significativamente

    para o alcance dos principais objetivos propostos, atravs do material cartogrfico

    levantado a equipe uma diminuio e deteriorao do territrio, e uma piora em sua

    relao com o meio ambiente, prticas que devem ser resgatadas, pois sua identificao

    cultural est diminuda, modificadas e algumas at inexistentes.

    A partir do conhecimento da biodiversidade os moradores foram incentivados a

    conservarem e mesmo recuperarem o ambiente que vivem, e que obtm sua alimentao

    aliada a uma boa qualidade de vida, desde que ocorram de forma sustentvel.

    Extenso de Tecnologias sustentveis como fonte geradora de renda para a agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran

    O projeto tem como base apresentar alternativas para diversificar a produo

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 20

  • 21

    de agricultores de pequena propriedade rural, adequando-as ambientalmente. As

    atividades tm como rea de desenvolvimento a regio centro-sul do Paran, fazendo

    parte do programa da Universidade sem Fronteiras.

    Foram beneficiadas pelo projeto 15 famlias de agricultores, os quais

    pertencem a organizaes de agricultura familiar, assim denominadas: Associao de

    Apicultores e Meliponicultores de Fernandes Pinheiro, Associao de Agricultores do

    Riozinho, Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (CEDEJOR) e Grupo de

    Agricultores Ecologistas So Francisco de Assis.

    Para concretizar o projeto foram distribudos Kits que contriburam para

    diversificar a produo rural com o desenvolvimento ou a introduo da produo de mel

    na propriedade das famlias participantes, o kit era composto de 5 caixas com melgueira e

    equipamentos de proteo individuais. Para fazer parte do projeto as famlias se

    comprometiam a desenvolver no prazo de dois anos, o valor do benefcio adquirindo com

    o produto, ou seja devolver o valor em mel, para que o benefcio possa ser entendido a

    mais famlias, formando uma rede de produo de mel.

    As famlias fomentadas receberam alm desse apoio inicial, visitas de apoio

    tcnico, treinamento sobre a atividade da apicultura, e cartilhas explicativas. As

    propriedades tambm passam pelo processo de se adequar ambientalmente visando

    melhorar a qualidade de vida, pois o diagnstico ambiental apresentou vrias

    irregularidades, por isso foram elaboradas solues que devem ser desenvolvidas no

    mdio, no curto e no longo prazo.

    A UNICENTRO, est desenvolvendo em conjunto com o curso de engenharia

    florestal espcies destinadas ao pasto apcola desses produtores.

    Fomento agricultura familiar de Itapar

    O projeto est vinculado ao programa Universidade sem Fronteiras, seu

    objetivo consistia em expandir o alcance dos conhecimentos e servios universitrios

    atravs da extenso rural, orientando agricultores familiares de como gerir e comercializar

    seus produtos, promovendo a organizao dos agricultores de Itapar e seus familiares.

    No perodo de elaborao do projeto era o intuito do mesmo contribuir para

    aumentar a produtividade de seus produtos e a renda de seus produtores, incentivando

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 21

  • 22

    uma maior participao de lideranas locais em decises polticas e aumentar o nvel de

    conscincia ambiental entre os produtores e suas famlias, aliando-os ao plano de manejo

    da Serra da Esperana em sua rea de proteo ambiental.

    Porm os resultados almejados no foram alcanados em sua totalidade, e as

    dificuldades encontradas, se devem ao problema da distncia entre a localidade e suas

    estradas em situaes precrias e o impedimento de custear essas viagens com o custo

    do projeto. E ainda ao fato de pouca participao da populao em aes coletivas ou

    comunitrias.

    O projeto de Fomento agricultura familiar de Itapar, proporcionou um

    conhecimento da realidade e da pesquisa aos participantes e deixou um importante

    levantamento estatstico da regio sobre o tipo de produo e a renda, ao qual se

    observou que a principal fonte de produo o fumo, seguido da plantao de feijo e

    milho para consumo, da prtica de destinao dos resduos em geral, estes no

    respeitam o meio ambiente, pois geralmente so queimados, enterrados ou jogados na

    latrina, assim como a realizao de queimadas em reas inclusive de proteo ambiental.

    A estrada de acesso Itapar, tambm necessita de melhorias urgentes, tornando assim

    mais vivel o transporte de mercadorias e acesso ao local.

    Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis

    Um projeto de atividade extensionista, multidisciplinar, que se iniciou com o

    programa da Universidade sem Fronteiras da SETI, com temtica voltada para a

    economia solidria e constituio de cooperativa popular.

    Seu enfoque o Associativismo Apcola no Municpio de Prudentpolis, o qual

    faz parte da regio Centro Sul do Paran, estando vinculado ao grupo de pesquisa da

    UNICENTRO, contabilidade- um conhecimento globalizado. Participam ainda do projeto

    os departamentos de Cincias Contbeis, administrao, Qumica, Engenharia Ambiental,

    Prefeitura Municipal de Prudentpolis, Secretaria Municipal de Agricultura de

    Prudentpolis, EMATER, Conselho de Desenvolvimento do Turismo e da Cultura de

    Prudentpolis, Sociedade Rural Centro-Sul do Paran, SICREDI, Associao Paranaense

    de Apicultores (APA), SENAR-PR, Secretaria de Estado da Agricultura e do

    Abastecimento (SEAB) e CRESSOL.

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    Curitiba - Brasil 22

  • 23

    OS objetivos do projeto so de fomentar o associativismo agrcola pela

    capacitao dos pequenos produtores de mel e derivados no municpio de Prudentpolis,

    para isso foram cadastrados os produtores e identificado os fatores scio econmico que

    estavam afetando a produo de mel na regio, para aumentar a produtividade, melhorar

    a qualidade do produto, aumentando assim a renda dos apicultores. Dar suporte tcnico e

    operacional a organizao da associao de produtores, criando mecanismos de

    comercializao dos produtos apcolas, viabilizando assistncia tcnica obteno de

    recursos financeiro junto aos rgos governamentais.

    Com isso o projeto prev a qualificao dos apicultores, atravs do enfoque de

    vrias reas, a de custo da produo, controle de qualidade, responsabilidade social,

    estimulando alternativas econmicas que visam contribuir para o aumento da renda

    desses produtores, atravs da qualificao e organizao cooperativa.

    Atravs de pesquisas com os produtores de mel, constatou-se que os preos

    baixos e a falta de assistncia tcnicas so os grandes obstculos enfrentados pelos

    produtores, o que refletiam na baixa produtividade, muito abaixo da mdia brasileira. Para

    melhorar esses aspectos foram realizados vrios cursos e treinamentos de capacitao

    apcola e de administrao rural. A associao Centro-sul de Apicultores, foi

    reestruturada, uma nova diretoria foi eleita e foram levantados recursos para a quitao

    dos dbitos anteriores. Entregas de mudas para a pastagem apcola em parceria com a

    Secretaria do Meio Ambiente de Prudentpolis, participao em reunies do Conselho

    Municipal de Desenvolvimento Rural e em eventos relacionados agricultura familiar.

    Viabilizao de assistncia tcnica.

    Como benefcios houve o desenvolvimento de aes que atuaram na melhoria

    da qualidade de vida e na gerao de renda, e a produo de mel foi viabilizada evitando

    o xodo rural, e diversificando a produo das pequenas propriedades. Houve a

    construo de uma rede de pessoas e instituies no desenvolvimento da produo de

    mel, melhorando ento a condio de vida de seus produtores e no desenvolvimento

    sustentvel. Uma aproximao da Universidade com a comunidade, aplicando seus

    conhecimentos e atuando no desenvolvimento da sociedade em que est inserida.

    O projeto foi inicialmente estruturado para um cronograma de 24 meses, porm

    no decorres das atividades, contatou-se que o mesmo tomou uma grande dimenso, o

    que inviabilizou sua interrupo, sendo de grande relevncia social. Dando inicio junto

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 23

  • 24

    com a EMATER de Prudentpolis, a uma cooperativa popular para atuar efetivamente na

    insero de produtos apcolas no mercado, implementando um programa de assistncia

    tcnica.

    Gesto, Trabalho e Renda para os Jovens Rurais vinculados ao CEDEJOR da regio Centro-Sul do Paran

    O projeto foi desenvolvido em parceria com o Centro de Desenvolvimento do

    Jovem rural (CEDEJOR), o qual envolver os municpios da regio centro-sul do Paran,

    tendo como meta propiciar orientao tcnica para a implantao de atividades produtivas

    agrcolas com base no cultivo e nas criaes e no agrcolas como o turismo rural, aos

    jovens dessa regio.

    Com o objetivo de prestar orientaes e tcnicas estimulando o associativismo

    e a diversificao da produo no meio rural, os jovens ao longo de sua formao no

    CEDEJOR, elaboram um projeto para suas unidades familiares de produo e recebem

    suporte tecnolgico para sua implantao. As atividades de produo, criao e turismo

    se apresentam como opes viveis, proporcionando o desenvolvimento local, gerando

    emprego e renda e diversificando a propriedade e oferecendo melhor qualidade de vida

    ao Jovem Rural e sua famlia, que permanecem no campo.

    Para que o projeto conclua seu objetivo para a sociedade, em que a

    UNICENTRO est inserida, foram desenvolvidas reunies com os participantes, visitas de

    campo, suporte tecnolgico, incentivo a diversificao das propriedades, orientao

    tcnica, palestras sobre o potencial da regio para gerao de renda e cursos sobre

    organizao e orientao para formalizao dos seus projetos na gesto de cooperativa,

    capacitao dos jovens para a elaborao de projetos e acompanhamento e orientao

    para futuros projetos, estimulando o trabalho associativo.

    Com base nas informaes adquiridas atravs das sadas de campo e

    acompanhamento desses jovens foram identificadas suas dificuldades e expectativas,

    como por exemplo o auxilio da implantao de agroindstria, com os quais se

    comprometeram a procura de assessoria especializada,

    Foi realizada uma oficina em parceria com a EMATER, para tratar de aspectos

    legais da formao de uma cooperativa ou associao, demonstrando a unio entre os

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    Curitiba - Brasil 24

  • 25

    jovens, para compartilhar experincias. Aps a apresentao de pontos positivos e

    negativos de cada uma, o associativismo ento foi escolhido, pois frente o perfil dos

    jovens, das suas propriedades e culturas desenvolvidas , este daria mais suporte aos

    seus objetivos, dando incio ao processo de criao da Associao de Agentes de

    Desenvolvimento Rural.

    O projeto ajudou tambm para uma motivao para a qualificao dos jovens

    rurais e nova viso na implantao de seus projetos na unidade familiar, pois muitas

    vezes no recebem esse apoio da famlia.

    A realizao de feiras foi um passo importante para demonstrar para os jovens

    que existe um potencial de consumo para seus produtos.

    Identidade cultural e cidadania: capacitao tecnolgica da associao de artesos de Irati

    O municpio de Irati culturalmente marcado pela colonizao eslava, sendo

    este refletido no modo de viver de sua civilizao, e entre vrias de suas produes se

    encontra o artesanato.

    Podemos encontrar muitos tipos de artesanato produzidos pelos artesos

    iratienses, entre eles tem destaque, brolhas, pinturas de cermicas, bordados, pinturas de

    tela, crochs, rendas, pinturas de tecido, e uma variedade de objetos produzidos em

    madeira, envolvendo mais de 200 famlias.

    O projeto envolve a associao dos artesos de irati, visando a estruturao e

    capacitao dos artesos da regio centro-sul do Paran, instituio essa que se

    encontra parcialmente inativa refletindo na queda da produo do artesanato iratiense e

    seu desestimulo.

    Tem por objetivo capacitar tecnologicamente a associao, promovendo a

    profissionalizao do grupo, gerando renda e divulgando a identidade cultural do grupo.

    Envolvendo a participao de uma equipe multidisciplinar de alunos e professores da

    UNICENTRO, de recm formados e com os demais rgos envolvidos, a Associao de

    Artesos de Irati, a Prefeitura Municipal de Irati e a Secretaria Municipal de Indstria e

    Comrcio, SETI, atravs do projeto da Universidade sem Fronteiras, na modalidade de

    inovao tecnolgica de empreendimentos j existentes.

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    Curitiba - Brasil 25

  • 26

    As aes do projeto visam manuteno dos trabalhos j existentes e a

    gerao de novas oportunidades de trabalho e renda para as famlias dos artesos,

    atraindo turistas e gerando desenvolvimento econmico para a regio.

    Como resultado houve a ampliao da estrutura de comercializao das feiras,

    com a aquisio de tendas para as feiras, promoo de feiras, fixas no espao da

    associao, itinerantes em vrios pontos de comercializao da cidade e em eventos e

    ainda na feira do produtor no qual se conseguiu um espao para sua comercializao,

    capacitao dos artesos e de novos artesos por meio de cursos ou de

    aprofundamentos de tcnicas existentes, ampliao do processo de transferncia

    tecnolgica atravs da ampliao de cursos de gesto, consolidar normas e regulamentos

    internos da associao e desenvolver um site para sua divulgao.

    Foram adquiridos vrios equipamentos para estruturar a parte administrativa e

    para a sala de realizao de treinamentos e reunies.

    Com o apoio do Ncleo de Estudos Eslavos, houve a consolidao da

    identidade cultural do artesanato local, contando ainda com a nova participao do grupo

    de mes da Provopar e da associao dos artesos de Engenheiro Gutierrez, essa que

    trabalha com reciclveis com nfase na educao scio ambiental, atravs do

    desenvolvimento de aes conjuntas na relao de extenso, ensino e pesquisa.

    O projeto promoveu grandes mudanas para os artesos iratienses mas como

    toda mudana leva tempo para se institucionalizar, e sempre recomendvel que o projeto

    tenha acompanhamentos futuros, em novas oportunidades se aconteam, para divulgar e

    gerar renda para os artesos da regio.

    Ao Social e Ambiental na Comunidade de Engenheiro Gutierrez com uso de Materiais Reciclveis

    Surgindo de um projeto que trabalhava a educao ambiental, aliado a idia de

    se criar uma cooperativa que trabalhasse com a reciclagem de leo de cozinha para a

    produo e comercializao de sabo, surge o presente projeto de extenso, sem

    financiamento externo, com o objetivo de articular e integrar polticas sociais, de gerao

    de renda, tecnologias, desenvolvimento e de preservao do meio ambiente junto

    comunidade de Engenheiro Gutierrez.

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    Curitiba - Brasil 26

  • 27

    Foram articuladas parceria para fomentar as atividades artesanais com

    materiais reciclveis j realizadas pelo Grupo de artesos do bairro, atravs da

    viabilizao de recursos, propondo tcnicas de trabalho e produo. Dar suporte ao grupo

    para operacionalizar fabricao de sabo caseiro reciclando restos de leo comestvel,

    buscando fortalecimento para o grupo. Inserir junto ao grupo de artesos o menor

    aprendiz, para que os mesmos possam fazer parte do projeto

    Para se alcanar esses objetivos foram elaboradas reunies para

    fortalecimento do grupo e da equipe de apoio, cadastro e seleo de cooperados e

    estrutura administrativa da cooperativa, elaborao de atividades socioambientais.

    Atividades realizadas no pavilho da igreja do bairro de Engenheiro Gutierrez.

    As atividades desenvolvidas contaram com a realizao de vrios cursos para

    os artesos, promovidos em parceria com a PROVOPAR, e outros projetos realizados

    pela UNICENTRO, com a participao de seus integrantes em feiras de econmica

    solidrias, trocando experincias e comercializando seus produtos, em Irati e em Curitiba,

    a realizao de feiras na UNICENTRO, na Associao dos Artesos de Irati e na Feira do

    Produtor Iratiense.Gerando renda para os artesos envolvidos e tambm para a

    manuteno do projeto desenvolvido, pois o mesmo na conta com financiamento.

    Atividades educativas em escola do bairro tambm foram desenvolvidas pelo grupo.

    As metas proposta foram alcanadas com xito, pois o projeto proporcionou e

    est a proporcionar ganhos nas esferas sociais, ambientais e econmicas para os

    artesos.

    CONSIDERAES FINAIS

    A participao da Universidade nos projetos muito importante, pois traz um

    conhecimento amplo, composto pela interdisciplinaridade atravs dos mais diversos

    cursos e seus projetos de pesquisa e extenso.

    Ao analisarmos os projetos da UNICENTRO aqui relatados, podemos observar

    que os mesmo se encontram ligados em rede a outras instituies de apio, e

    observamos que a grande maioria deles composto por organizaes governamentais,

    que procuram focar no desenvolvimento da regio Centro Sul, na qual est inserida a

    instituio.

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    Curitiba - Brasil 27

  • 28

    Dentre os nove projetos analisados, verifcamos que um deles foi responsvel

    por organizar uma feira de Econmica Solidria na regio, a primeira feira, visando

    divulgar a ECOSOL, e comercializar os produtos dos projetos.

    Dois dos projetos analisados no se enquadram dentro do conceito de

    ECOSOL, o primeiro Fomento Agricultura de Itapar, apresentou como seu maior

    obstculo o capital social, mostrando que em um grupo onde as pessoas no so unidas,

    a Economia Solidria no se desenvolve, pois um dos seus requisitos a cooperao.

    Outro projeto que no entra no quesito o Resgate de Prticas Agrcolas

    Tradicionais atravs da Identificao de Potenciais Uso da Biodiversidade Local, para o

    projeto foi apresentado como principal obstculo falta de recursos, foi desenvolvido

    ento um resgate a prticas tradicionais, porm no os habilitou a comercializar seus

    produtos e se autogestionar, alm do que foram observados problemas relacionados ao

    meio ambiente.

    A produo de mel apresenta um forte potencial produtivo para a regio, sua

    produo focada em trs projetos sendo eles: Apirio Rio de Mel de Irati, Associativismo

    apcola no municpio de Prudentpolis e Extenso de Tecnologias Sustentveis como

    fonte geradora de renda para a agricultura familiar na regio Centro-Sul do Paran, sendo

    esse uma complementao ao Apirio Rio de Mel, pois atravs de obteno de recursos,

    financiaram a compra de mais kits de produo de mel e seu tempo foi limitado. Os outros

    dois projetos so atuantes at o momento e formam pessoas capacitadas a produzir, gerir

    seu negcio, preservando o meio ambiente.

    O projeto de Gesto do Trabalho e Renda trabalhou com jovens de

    comunidades rurais, e seu resultado foi positivo e de Economia Solidria, pois os jovens

    passaram a valorizar o lugar em que vivem, aprenderam a desenvolver seu lado

    empreendedor, produzindo e comercializando seus produtos, evitando ento a sada

    desses jovens do campo e melhorando sua qualidade de vida e de sua famlia. O grupo

    organizou uma associao.

    Identidade Cultural e Cidadania, tambm focou a ECOSOL, resgatando a

    cultura do artesanato, gerando renda para quem produz, e capacitando-los a se unirem

    em sua associao, reestruturando-la e buscando em grupo mais potencial de

    comercializao do que produzem e cursos de capacitao.

    O projeto de Ao Social e Ambiental em Engenheiro Gutierrez, que de incio

    www.cepial.org.br15 a 20 de julho de 2012

    Curitiba - Brasil 28

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    tinha a idia de divulgar a preservao do meio ambiente, encontrou um bom nvel de

    capital social em seu bairro, e as pessoas foram se unindo, dando incio ao projeto atual,

    no qual, produzem e comercializam sabo e artesanatos.

    Ento podemos dizer que a Universidade est em rede, que repassa seu

    conhecimento produzido a sociedade atravs de seus professores, funcionrios e

    acadmicos, e que tambm aprende muito com os participantes dos projetos. Dentre os

    nove projetos um era a organizao de uma feira, e dos oito que ficaram, um no focou a

    ECOSOL, outro no encontrou um bom nvel de capital social para que o projeto se

    desenvolvesse, e outro complementava o projeto do Apirio Rio de Mel. Logo dos oito

    projetos somente cinco cumpriram seus quesitos de Economia Solidria, focando a

    autogesto, cooperao e a harmonia com o meio ambiente.

    REFERNCIAS

    BACIC, Miguel Juan, BALDEN, Nguyen Tubino, ALMEIDA, Camila. Empreenderorismo X cooperativismo: um estudo de caso das cooperativas incubadas pela incubadora tecnolgica de cooperativas populares. So Paul