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Ecos Académicos JORNAL JORNAL DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DO IPB DEZEMBRO EDIÇÃO Nº: 01 Ano: 2012 Departamento de Política Educativa e Ação Social Campus página 04 IPB pelo Mundo Uma viagem à Turquia página 13 Semana de Receção ao Caloiro Especial página 17 Entrevista Presidente da AAIPB www.academica.ipb.pt/ecos www.fb.com/ecosacademicos @EcosAcademicos página 10

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Jornal da AAIPB

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Ecos AcadémicosJORNAL

JORNAL DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DO IPB

DEZEMBROEDIÇÃO Nº: 01

Ano: 2012

Departamento de Política Educativa

e Ação Social

Campus

página 04

IPB pelo MundoUma viagem à Turquia

página 13

Semana de Receção ao Caloiro

Especial

página 17

Entrevista Presidente da

AAIPB

www.academica.ipb.pt/ecos www.fb.com/ecosacademicos @EcosAcademicos

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Ecos Académicos Segunda Página

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Ficha TécnicaJornal Ecos Académicos - Jornal da Associação Académica do Instituto

Politécnico de Bragança Quarta-feira, Dia 19 / 1ª edição / Mês de dezembro / Ano 2012

Equipa Técnica: Direção: Marcus de Boaventura Chefe de Redação: Ricardo Órfão Redação: Liliana Ferraz, Raquel Lopes, Sónia Mirrado, Sylvia Martinho Colaboradores: Joaquim Silva, Luís Pereira Grafismo: Scof Design

Morada: Centro Académico dos Serviços de Ação Social do IPB - Campus Santa Apolónia, 5301-854 BRAGANÇA

E-Mail: [email protected]

Tiragem: 200 exemplares // Distribuição Gratuita

Mensagem

DiretorMarcus de Boaventura

Caro leitor,é com agrado e grande sat-isfação pessoal que posso apresentar uma nova forma de informar toda a comuni-dade académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Esta é uma satisfação que é

compartilhada por toda a equi-pa de trabalho que dá suporte a este jornal, indispensável para a existência do mesmo.Este jornal terá uma periodi-cidade trimestral e tem como objeto a informação de toda a atividade existente no IPB. Para que possam ter uma ideia do que encontrar nas próximas edições do Ecos Académicos posso comunicar que haverá uma crónica intitulada “IPB pelo Mundo”. Esta crónica será elaborada por um colega inserido num dos programas de mobilidade que dará o seu testemunho. Em cada edição será escolhida uma cidade dif-erente para que os alunos que pretendem fazer um programa de mobilidade possam ter mais alguma informação sobre o que

poderão encontrar.Os assuntos abordados no Ecos Académicos serão das mais variadas áreas, como tecnologia, saúde, educação, música, arte, entre outras. Sabemos que a infor-mação em papel tem perdido o seu espaço, porém não pre-tendemos abandonar o forma-to impresso do jornal. O Ecos Académicos também está di-sponível em formato digital no sítio referido na capa. Em meu nome pessoal e em nome de toda a equipa que constitui este jornal quero desejar uma boa leitura, um feliz Natal e um próspero ano novo.

Este jornal está redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico

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Yes Europe Todos nós nos habituá-mos a ouvir o nome “Erasmus”, um dos programas de mobili-dade internacional mais conhe-cidos na comunidade estudantil (duas décadas de existência). Este nome vai passar a ser cada vez menos ouvido, pois a Comissão de Cultura e Edu-cação do Parlamento Europeu avançou com uma proposta de unificação dos vários pro-gramas de mobilidade inter-nacional. O novo programa de mobilidade já tem nome, “Yes Europe”, e abrange o Erasmus, Erasmus Mundus, Tempus, Comenius, Leonardo Da Vinci

e Grundtvig. O Yes Europe terá um orçamento de 18 mil milhões de euros para o período entre 2014 e 2020. Existirão facili-dades na concessão de em-préstimos para os estudantes que pretendam fazer mestrado no estrangeiro. Os emprésti-mos concedidos não influen-ciam o direito a outras bolsas, têm taxas de juro reduzidas e o valor disponibilizado varia entre os 12 e os 18 mil euros. Esti-ma-se que o Yes Europe, se-gundo informações apresenta-das, possa contar com mais de cinco milhões de estudantes.

Esta decisão da Comissão de Cultura e Edu-cação do Parlamento Europeu vai no sentido de reduzir os custos do intercâmbio de es-tudantes e de assegurar a sua continuidade. Esta era uma preocupação que estava na or-dem do dia nos últimos meses, pois o programa Erasmus, es-pecificamente, esteve ameaça-do e chegou a discutir-se o seu término.

Publicado em,‘Jornal Académico’

Editado por: Ricardo Órfão

Prémio EDP Inovação O Prémio EDP In-ovação, uma iniciativa da EDP, pretende distinguir novos pro-jetos empresariais que estejam focados na inovação tecnológi-ca, na área das tecnologias lim-pas no sector da energia. Este concurso já vai na sua quarta edição e foi no passado dia 15 de novembro, em Lisboa, que o Prémio foi entregue ao grupo vencedor. Duas das três equipas finalistas eram compostas por docentes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG). Das 32 candidaturas apresen-tadas, apenas três chegaram à fase final, uma delas foi o pro-jeto EasyComfort – Controla-dor Adaptativo para Aparelhos de Climatização, dos docentes

Paulo Matos, Luís Frolen Ri-beiro, Jorge Alves, João Ro-cha, José Luís Lima, Carlos Costa e Jacinta Costa. O projeto premiado na edição deste ano foi apresen-tado pela equipa constituída pelos docentes Pedro João Ro-drigues e Getúlio Igrejas. O projeto, denominado EIFES (Embedded Intelligent Framework to Energy Savers), é uma forma de minimização do consumo energético fazendo uso de tecnologias que marcam a diferença face à oferta exis-tente no mercado. Os dispos-itivos apresentados têm uma capacidade de aprendizagem e decisão a partir da observação de padrões. O primeiro dispos-itivo, Water Heating Intelligent

Control (WHIC), permite gerir os termoacumuladores elétri-cos; o segundo dispositivo, Smart Standby Energy Saver (SSES), permite monitorizar o consumo de energia elétrica e detetar o estado de stanby dos equipamentos eletrónicos. António Vidigal, presi-dente da EDP Inovação, refe-riu-se à entrega deste prémio como sendo um momento de destaque para a própria em-presa e frisou a importância do empreendedorismo na fase que o país atravessa.

Fonte:‘www.edp.pt’Editado por:

Ricardo Órfão

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3º Encontro Nacional de Politécnicos Nos dias 16, 17 e 18 de novembro de 2012 a Feder-ação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Supe-rior Politécnico (FNAEESP) em conjunto com a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (AEI-SEL) organizou o 3º Encontro Nacional de Politécnicos no In-stituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), encontro que contou com a participação da Associação Académica do In-stituto Politécnico de Bragança (AAIPB). As temáticas abordadas foram as que dominam a reali-dade atual do Ensino Superior, como a Rede de Ensino Supe-rior, o Emprego Jovem e o Re-gime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. Apesar de

serem estes os temas princi-pais do encontro muitos outros pontos de interesse foram de-batidos entre todas as Asso-ciações, oradores e convida-dos presentes. Um dos pontos altos do encontro realizou-se no dia 16 com a tertúlia “A FNAEESP e o Ensino Superior”, onde esti-veram presentes figuras ilus-tres da FNAEESP. Nesta ter-túlia foram discutidas ideias e novas formas de atuação das Associações de Estudantes para defender o melhor interes-se de todos os alunos do Ensi-no Superior Politécnico. Como não poderia deixar de ser, a AAIPB esteve muito interven-tiva, defendendo e debatendo, com os oradores e restantes associações formas de com-

bater a desigualdade entre o ensino no litoral e o ensino no interior, no qual estamos in-seridos. A AAIPB deixou uma imagem muito positiva junto do órgão nacional, a FNAEESP, através das suas intervenções, críticas e ideias, mostrando que está empenhada em melhorar e defender o Ensino Superior Politécnico de qualidade que se faz no interior e, em espe-cial, em Bragança. No dia 17 foi dia de várias palestras sobre as temáticas selecionadas, com vários rep-resentantes e dirigentes dos órgãos convidados. O dia 18 ficou reservado para os grupos de trabalho. Assim, a AAIPB sai deste encontro melhor prepa-rada, deixando uma imagem

Departamento de Política Educativa e Ação Social

A Associação Académi-ca do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB) emitiu um comunicado no passado dia 29 de novembro para toda comu-nidade académica. O comuni-cado refere-se à criação de um novo departamento, Departa-mento de Política Educativa e Ação Social, que tem como objetivo ajudar os estudantes mais carenciados. A finalidade da criação deste departamento é a de ten-tar chegar mais perto da comu-

nidade estudantil e a de fazer um levantamento mais concre-to das verdadeiras dificuldades que os alunos possuem. O pro-cedimento é bastante simples, os alunos fazem chegar as suas complicações junto do de-partamento e este faz chegar essas complicações à direção do IPB para que possam ser tomadas medidas resolutórias dos problemas. Esta nova forma de aju-da social ao serviço dos es-tudantes tem como colabora-

dores, os também estudantes e elementos da AAIPB, Carolina Rocha, Filipe Dias, Maria João Monteiro e Tiago Fernandes. O departamento tem o seu horário de atendimento às quartas-feiras, das 16h às 18h, e o contato de correio eletróni-co é [email protected].

Ricardo Órfão

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Baile de Gala Solidário A Associação de Estu-dantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (AEES-TiG) organizou, pela terceira vez, o Baile de Gala Solidário. Vários alunos do IPB compare-ceram no bar Lagoa Azul para contribuírem para a causa, tra-zendo bens alimentares e/ou roupa. Esta iniciativa possibili-tou a recolha de mais de 300kg

de alimentos. Segundo o presi-dente da AEESTiG, Luís Perei-ra, “foi a gala que teve mais adesão e mais sucesso em ter-mos de solidariedade”. O baile já é uma ”ima-gem de marca” da AEESTiG e assinala o fim das praxes desta escola, sendo uma praxe única para os caloiros, na qual con-vivem de forma diferente com

os seus praxantes.Os bens recolhidos foram do-ados a várias instituições da cidade, indicadas pelo capelão do Instituto Politécnico de Bra-gança.

Marcus de Boaventura

positiva, uma imagem de que se encontra ativa, atenta e in-terventiva a tudo o que se pas-sa no panorama nacional do Ensino Superior Politécnico.

Desta forma, mostramos que a AAIPB está pronta a defender melhor os interesses dos seus alunos nas desigualdades que possam existir, tanto a nível lo-

cal como nacional.

Joaquim Silva

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Semana Solidária de Natal da AEESAB Na semana passada re-alizou-se, na Escola Superior Agrária (ESA), mais uma ação de solidariedade organizada pela Associação de Estudantes da ESA. Durante os dias 11, 12 e 13 do presente mês pro-cedeu-se à angariação de vari-ados bens, como alimentos, roupa, material escolar e brin-quedos para, mais uma vez, ajudar as instituições da nos-sa cidade. Durante estes três dias foram realizadas várias atividades, como uma sessão

de cinema, um arraial, onde atuaram a Real Tuna Univer-sitária de Bragança (RTUB), a Tôna Tuna e o Grupo de Can-tares do Instituto Politécnico de Bragança (GCIPB), e um jantar de natal, permitindo as-

sim um maior convívio entre os alunos. O objetivo era propor-cionar uma semana diferente e, ao mesmo tempo, ajudar quem mais precisa, principal-mente nesta época natalícia. Mais uma vez, em prol da sol-idariedade, houve uma grande adesão a esta iniciativa, tanto por parte dos alunos como dos professores.

Sylvia Martinho

AEESAB Solidária Como tem sido tradição, a Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Bragança (AEESAB) tomou, mais uma vez, a iniciativa de organizar a praxe solidária, re-alizada no dia 5 de novembro na cidade de Bragança. Esta atividade nasceu de uma co-operação entre a AEESAB e os alunos da Escola Superior Agrária (ESA). Os objetivos primordiais deste movimen-to são os de incutir nos novos alunos um espírito de união, a integração na cidade e na es-cola e estimular o interesse pela ajuda social. Esta iniciati-va vai no sentido de prestar um serviço que, para além de cívi-co, é humanitário e demonstrar a importância de umas praxes integrativas no contexto sócio cultural da região.

Apesar da crise que se faz sentir, no final desta ativ-idade conseguiu-se angariar mais de uma tonelada de ali-mentos que foram distribuídos no dia 21 do passado mês de novembro. Durante a entrega dos alimentos contámos com a colaboração do diretor da ESA, Professor Doutor Albino Bento, e da diretora do Gabinete de Imagem, Professora Doutora Anabela Martins, demostran-do-se uma união entre a escola e os alunos. Os bens alimentar-es recolhidos foram destinados às seguintes instituições da ci-dade de Bragança: ASCUDT; Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires; Obra Social Padre Miguel; Santa Casa da Misericórdia de Bragança; APADI; Patronato; Seminário Maior de S. José; Centro Social

e Paroquial Santo Condestável; e Lar S. Francisco.A AEESAB e os alunos da ESA tentam, com este simples ges-to, contribuir para o bem-estar de todas as pessoas que bene-ficiaram desta iniciativa.

Sylvia Martinho

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No passado dia 12 de dezembro, a Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AA-IPB) foi responsável, pelo quar-to ano consecutivo, por mais uma organização do desfile solidário dos pais natais. Apesar das condições climatéricas, a chuva não afastou os mais de trezentos estudantes do Insti-tuto Politécnico de Bragança (IPB) que se vestiram de pai natal. O desfile “vermelho e branco” teve início no centro académico do IPB e os pais natais percorreram as ruas da cidade de Bragança acompan-hados de um trenó e ao som de músicas natalícias, uma cortesia do DJ Nuno Veloso (V’Guess). À medida que os pais natais caminhavam iam oferecendo pequenas lem-

branças a quem se cruzava com eles, como balões, cane-tas, lápis e rebuçados. O des-file terminou na praça da Sé com as atuações da Tôna Tuna e da Real Tuna Universitária de Bragança (RTUB). Os fatos de pai natal foram fornecidos pela AAIPB em troca de um bem alimentar. Esta recolha de bens alimenta-res teve como finalidade ajudar as instituições de solidariedade

da cidade bem como os estu-dantes do IPB que têm maiores dificuldades financeiras. Este evento teve o apoio do IPB, da Câmara Municipal de Bragança (CMB) e da Asso-ciação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB).

Sónia Mirrado

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Desfile Solidário de Pais Natais

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IPB ganha investimento de 4,4 milhões de euros em novas instalações

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O problema da falta de instalações para o ensino su-perior público em Mirandela, que se arrasta há mais de uma década, está prestes a ser ul-trapassado com a construção de um novo edifício, foi hoje anunciado. A Câmara Municipal de Mirandela e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) conseguiram, apesar da con-tenção financeira nacional, assegurar financiamento para o investimento de 4,4 milhões de euros na construção de in-stalações para a Escola Supe-rior de Comunicação, Adminis-tração e Turismo. Há mais de uma década que aquela que é das mais procuradas entre as cinco escolas do politécni-co de Bragança funciona em instalações emprestadas do município de Mirandela. O novo edifício já foi adjudicado à CARI Construtores empresa do grupo DST (Domingos da

Silva Teixeira S.A), e as obras deverão arrancar ainda durante o mês de Outubro, de acordo com as previsões avançadas pelo construtor, que aponta a conclusão da obra para Out-ubro de 2014. As futuras instalações estendem-se por seis mil met-ros quadrados, num terreno cedido pela Câmara Municipal de Mirandela, e apresentam 28 salas, dois anfiteatros; uma cantina; uma cafetaria; três laboratórios; uma livraria; duas bibliotecas, uma de consulta e leitura e outra de multimédia; e um parque de estacionamento com lugares para 100 viaturas. O projeto ficou aquém das pretensões iniciais do mu-nicípio e do IPB que pretendiam transformar um bairro social da cidade transmontana num pólo universitário, recuperando também alguns apartamentos do mesmo bairro para residên-cias de estudantes. A ideia era

resolver dois problemas: o da falta de instalações para o ensi-no superior e o da degradação do bairro social. O presidente da Câmara Municipal de Mi-randela, António Branco, ex-plica que essa parte do proje-to não foi aprovada, pelo que será apenas construído o novo edifício num terreno junto ao bairro social. O autarca realçou que esta escola tem registado um crescimento do número de alunos, contrariando a tendên-cia nacional de redução das entradas no ensino superior. A escola tem mais de mil alunos distribuídos por nove licenciaturas, nomeada-mente Gestão e Administração Pública, Informática e Comuni-cações, Marketing, Multimédia, Solicitadoria, Design de Jogos Digitais, Turismo e Guia Intér-prete.

Publicado em ‘Jornal Nordeste’.

A Praxe no IPB O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) contabi-lizou a entrada de mais de dois mil novos estudantes no cor-rente ano (http://recortesipb.blogspot.pt/2012/10/politecni-co-de-braganca-aumentou.html). A grande maioria dos

alunos que chega a Bragança é proveniente de outros distri-tos, mais ou menos distantes, o que torna a sua adaptação ainda mais complicada. En-tram numa nova fase, a última que passarão como estudantes para muitos deles, e vêem-se

obrigados a tratar esta terra de-sconhecida como a sua segun-da casa. É aqui que a praxe in-tervém, funcionando como uma forma de integrar a comuni-dade académica e de conhecer a cidade que os acolhe. Prova disto é o estudante Rúben Mar-

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tins, caloiro do curso de Gestão dos Negócios Internacionais da Escola Superior de Tecno-logia e Gestão, natural de Por-timão e a quem a praxe ajudou imenso “pelo facto de vir de tão longe sem conhecer ninguém”. Acrescenta ainda que “se não fosse pela praxe, a esta altura, não conheceria um décimo dos amigos que tenho. Faço quase 1000km para ir a casa por ter vindo para tão longe e só vou lá uma vez por mês. Não me arrependo de nada porque vale mesmo a pena. Espírito e sim-patia como aqui não se encon-tram lá em baixo”.O tema da praxe está longe de ser um tema pacífico, o debate realizado no passado dia 26 de novembro intitulado “Praxe: Integração ou Humilhação” demonstrou isso mesmo. Este debate, organizado pela Asso-ciação de Estudantes da Es-cola Superior de Tecnologia e Gestão (AEESTIG), tinha como objeto a discussão entre as vantagens e desvantagens da praxe e esteve aberto a toda a comunidade académica. O debate contou com a presença do Presidente do IPB, dos di-

retores das diversas Escolas e presidentes das respetivas Associações de Estudantes e do Presidente da AAIPB, en-tre outros ilustres convidados. Foram colocadas questões por professores, alunos e fun-cionários, sugeridas opiniões sobre mudanças a realizar, aspetos a melhorar para que seja possível manter o espírito académico aceso e a tradição imaculada. No final do debate ficou a possibilidade de ver o período de praxe reduzido, proposta sugerida por alguns docentes que afirmam que esta é a causa para uma diminuição do rendimento escolar dos alunos.O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, é a favor das praxes e disse, em declarações à Lo-calvisão TV acerca do debate, que “a única coisa que vale a pena discutir é como é que ela (a praxe) é realizada e como pode ser melhorada (…) ”.Magda Frade, caloira do curso de Farmácia da Escola Superi-or de Saúde, diz que “a praxe é um elemento de integração. No IPB a praxe é utilizada para nos transmitir inúmeros

valores, sobretudo a união”. Marcelo Ribeiro Vilela, caloiro do curso de Multimédia na Es-cola Superior de Comunicação, Administração e Turismo, con-sidera que “a praxe académica não é baseada apenas em fes-tas e copos, ela ajuda-nos na preparação para a nossa vida profissional futura”. Vanessa Pires, caloira do curso de Lín-guas para Relações Interna-cionais da Escola Superior de Educação, é de Bragança e receou ficar na própria cidade a estudar. “No 1º dia de aulas eu não conhecia ninguém da minha turma e pensei que ia ser muito difícil integrar-me porque eu não falava com ninguém… Logo nesse dia tivemos a 1º praxe e tudo mudou…”.Passando por vários dias temáticos até ao julgamento e posterior batismo, a praxe traz alegria e animação ao In-stituto e, sobretudo, à própria cidade. Estamos perante uma jubilosa demonstração de com-panheirismo entre alunos de todas as escolas, independen-temente do número de matrícu-las que possuem, de serem caloiros, praxantes, académi-cos ou veteranos.“Com a praxe ri, chorei, amu-ei, mas tudo isso fez com que eu crescesse mais um pouco. Aprendi a respeitar e a ser re-speitado, conheci pessoas que talvez fiquem para toda a vida”. - João Marcelo, caloiro do cur-so de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária.

Liliana Ferraz

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Entrevista

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Luís DiasPresidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança

Perfil

Luís Dias nasceu em Boticas a 26 de Janeiro de 1988. Con-cluiu o ensino secundário em 2007 na Escola Secundária Dr. Júlio Martins, em Chaves. No mesmo ano entrou no curso de Gestão, no Institu-to Politécnico de Bragança, que terminou em 2011. Foi presidente do Núcleo Estu-dantil de Gestão entre 2009 e 2010, cargo que abando-nou para assumir a presidên-cia da Associação de Estu-dantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Em 2010 foi para Bucareste, na Roménia, ao abrigo do pro-grama Erasmus. Está agora a frequentar o mestrado de Gestão das Organizações – Ramo Gestão Pública. At-ualmente desempenha o cargo de presidente da Asso-ciação Académica do Institu-to Politécnico de Bragança.

O presidente da Asso-ciação Académica do Institu-to Politécnico de Bragança (AAIPB) defende que o foco de atenção da AAIPB são os alunos e que as prioridades são o plano social e a políti-ca educativa. Revela algum do trabalho desenvolvido nos últimos meses e fala dos grandes desafios que a atual AAIPB enfrenta, como “lutar pela reforma das metodolo-gias e uniformizar os méto-dos de avaliação nas nossas escolas”.

Como decorreram as eleições para a AAIPB? As eleições re-alizaram-se no passado dia 27 de Setembro com grande par-ticipação da comunidade estu-dantil, constituíram um marco relevante na democraticidade do nosso estabelecimento de ensino pela forte participação e pelo facto de ter havido mais do que uma lista a concurso, algo que não acontecia há três anos.

Como avaliou a campanha eleitoral? Considero ter sido bas-tante positiva e esclarecedora. Permitiu aos alunos avaliar os diferentes projetos e equipas, colocar questões, manifestar opiniões e definindo a orien-

tação de voto consciente in-dividual. Foram duas listas a votação para os órgãos sociais da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bra-gança, da qual a nossa lista saiu vencedora por uma dif-erença de 245 votos. Grandes vitórias acarretam grandes re-sponsabilidades.

Como vê o novo cargo que ocupa? Vejo-o como um cargo de grande responsabilidade e no qual estou motivado para fazer mais e melhor pelo IPB. Não me deslumbro com o títu-lo, tenho os pés bem assentes na terra, sei o que o cargo rep-resenta e as responsabilidades que acarreta. Quanto maior o desafio, maior a vontade e força para o cumprir e, com certeza, que a satisfação será maior pelo objetivo alcançado. A ver-dade é que não estou sozinho nesta nova fase do meu percur-so, tenho uma equipa fantásti-ca comigo e estamos unidos e focados na nossa função.

Como têm sido estes 2 meses à frente da AAIPB? Têm sido uma experiên-cia muito positiva e enriquece-dora. Realizámos uma semana de receção ao caloiro digna dos alunos do IPB e da cidade, apesar do escasso tempo que

tivemos e da situação defi-citária que encontrámos. Criá-mos um departamento de política educativa e ação so-cial que visa ajudar os alunos mais carenciados e os alunos com dificuldades no preenchi-mento de bolsas e ainda estar na frente das lutas de política educativa. Fizemos pela pri-

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meira vez a receção aos novos alunos de Erasmus. Tivemos presentes no debate da praxe, onde defendemos que praxe é integração. Juntamente com o CAD foram realizadas ações de deteção precoce e sensibi-lização para a infeção VIH-SI-DA, envolvendo distribuição de materiais de prevenção e informação, direcionadas para toda a comunidade. Estivemos presentes no 3º Encontro Na-cional de Politécnicos, onde fo-mos expor as dificuldades dos politécnicos do interior, mais concretamente do IPB. Realizá-mos o Desfile Solidário de Pais Natais que permitiu ajudar os mais necessitados através dos bens recolhidos. Para finalizar os poucos meses de trabalho, temos a reativação do Jornal da AAIPB. Podem contar con-nosco para terem sempre uma AAIPB ativa.

Quais são os objetivos da AAIPB para o Instituto? A prioridade da nossa lista é o aluno, deve ser a pri-oridade máxima de qualquer Associação Académica, é para ele que trabalhamos e a razão de existirmos enquanto institu-ição. A nossa ação tem de ser pensada para agir no momento em que vivemos e pensar o fu-turo que queremos construir.Queremos desenvolver um tra-balho baseado em três eixos fundamentais: Aluno, Escola e Comunidade.

Existem temas prioritários? Todos são importantes

e nenhum pode ser descura-do, no entanto, no atual cenário nacional temos de colocar em primeiro plano a ação social e a política educativa. No Ensino Superior vive-se um ambiente difícil em que existem diversos alunos que se encontram limit-ados por dificuldades financei-ras. A nossa preocupação é garantir o apoio máximo nestes casos, para isso criámos o De-partamento de Política Educa-tiva e Ação Social. Estamos a debater com a direção do IPB e entidades empresariais outros projetos (protocolos para part-time e maior apoio por parte da ação social) que acreditamos poderem ajudar a combater es-tas vicissitudes.

Outros desafios? Para o futuro temos grandes desafios que teremos de trabalhar pela política edu-cativa, consideramos ser im-portante reavaliar o processo de Bolonha; lutar pela reforma das metodologias e uniformizar os métodos de avaliação nas nossas escolas; e reorganizar a oferta formativa adequando-a às necessidades do mercado de trabalho da região e do país. Investir num curso superior ex-ige um grande esforço familiar e cria grandes expectativas que, muitas vezes, saem gora-das porque o desemprego é a fase seguinte.Acreditamos que a criação de um rating de empregabilidade dos cursos e a criação de um ranking diferenciado no Ensi-no Superior seria importante

para aferir a organização e qualidade do investimento re-alizado nas escolas. O IPB, enquanto motor de desenvolvi-mento económico-social e cul-tural, deve reforçar a sua par-ticipação no desenvolvimento e potencialização do tecido em-presarial e industrial da nossa região. Essa colaboração de-verá ter reflexo na composição dos quadros das empresas e na política transversal de in-vestimento. Os clusters forma-dos entre instituições de ensino e empresas são uma realidade do presente e do futuro. A par-tilha de conhecimento e recur-sos permite mais-valias para ambos e redução de custos, que é prioritária nesta altura.

Qual considera ser a vossa maior valia? Temos muitas, feliz-mente, e não devo destacar nenhuma em particular. O es-sencial é que esta Associação pretende desenvolver um pro-jeto do qual nos orgulhemos e que traga efeitos positivos multiplicadores para os alunos e para o Instituto. Para que isto seja possível é importante ter-mos uma identidade própria, conhecer o meio no qual esta-mos inseridos e o que deseja-mos para o futuro. A partir daí tudo será fruto do trabalho e dedicação que estamos a apli-car no exercício das nossas funções.

Marcus de Boaventura

EntrevistaEcos Académicos

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IPB pelo Mundo

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22h15m em Sakarya, 20h15m em Bragança. Estou no 4º esquerdo, por detrás de um bloco de apartamen-tos nitidamente construído sem grande preocupação es-tética. É provável que isto se justifique porque, no período pós-terramoto de 1999, os ha-bitantes locais não estavam minimamente interessados em estética ou beleza arquitetóni-ca, mas sim empenhados na reconstrução rápida da cidade.Vivo num bairro chamado Ser-divan na cidade de Adapazari, capital da província de Sa-karya. Na Turquia, a maior parte das províncias dão o seu nome à capital da própria região. Sakarya é uma exceção a essa regra. Neste bairro habi-tam, talvez, a maioria dos estu-dantes de Erasmus da Univer-sidade de Sakarya. Decidi vir de Eras-mus para a Turquia, antes de qualquer outra coisa, porque procurava conhecer uma cul-tura diferente dos países mais ocidentais da Europa. A Tur-quia é bem mais do que sol e praias fantásticas, este país é um dos berços da civilização, o seu povo tem um tremen-do orgulho nos seus tesouros

culturais e históricos e, sem dúvida, surpreenderá qualquer visitante com a sua hospitali-dade e simpatia, independen-temente do contexto da sua visita. Desde que aterrei em Istambul que senti a tão falada e pregada hospitalidade turca, mesmo vindo de um país com reconhecida gente hospitaleira. Aqui cada estudante de Eras-mus tem um “buddy” e estes levam bem a sério o facto de serem fundamentais na adap-tação nos novos estudantes. O facto de terem feito duas horas de viagem para me irem bus-car ao aeroporto de Istambul só comprova isso mesmo.

Vim para Sakarya com mais três colegas de Bragança e, após todos termos fica-do alojados, começou a con-statação diária da realidade do que é viver na Turquia. Fo-mos informados, pelos nossos buddys, do que poderíamos encontrar, para que não estra-nhássemos a normalidade da vida turca. Coisas tão simples como o ecoar dos chamamen-tos muçulmanos para a hora da oração cinco vezes por dia; o trânsito louco dos automo-bilistas turcos, onde as regras básicas são menosprezadas; as mulheres religiosamente devotas de lenços na cabeça; ou mesmo os preços elevados

Sérgio CatalãoInformática de Gestão

Turquia - Sakarya

17-12-2012

Ecos Académicos

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IPB pelo Mundodo álcool e do tabaco fizer-am-nos aperceber desta nova realidade. Toda a informação foi-nos transmitida pelos bud-dys, sempre com um certo tom de orgulho por termos escolhi-do o seu país para fazer o pro-grama Erasmus. “Welcome to Turkey”, dizem os seus olhos, constantemente. O custo de vida na Tur-quia é mais barato do que em Portugal. Uma ida ao super-mercado, para comprar coisas básicas, pode ficar a metade do preço comparativamente a Portugal. Os preços dos trans-

portes também são bastante acessíveis, uma tarifa máxima de um autocarro custa apenas 0,50€. Outra coisa a ter em conta, no que toca a preços bastante mais acessíveis do que em Portugal, é o preço de uma senha na cantina. 1,5 Li-ras é o preço de uma refeição completa na cantina da univer-sidade, sensivelmente 0,60€. Convém acrescentar que toda a gastronomia turca é esplên-dida. Na Turquia, país muçul-mano, o álcool é bastante dis-pendioso para os habitantes

locais e com alguma diferença de preços para os estrangeiros. É bom explicar que nem em to-das as circunstâncias o álcool é mais caro do que em Portugal. Por exemplo, num supermerca-do ou num estabelecimento de venda de bebidas alcoólicas, uma cerveja de 50 cl custa em média 4 Liras, o equivalente a 1,7€. Em Portugal pagaríamos em média 1€, num estabeleci-mento similar. Nesta perspetiva a Turquia é mais dispendiosa, quer em conversão real, quer em conversão tendo em conta o custo de vida. Noutra pers-

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petiva pode ser mais barato do que em Portugal. Por exemp-lo, nos bares a cerveja é igual-mente servida em copos do 50 cl e os preços rondam entre 6 a 8 Liras, cerca de 2,5€ a 3,5€, ou seja, para que se entenda, na prática são dois finos e meio por cerca de 3€. Não querendo dar demasiada importância ao álcool mas, sendo nós estu-dantes de Erasmus para quem o convívio e o álcool estão de mãos dadas, achei importante tal informação ser do conhec-imento geral. O espírito Erasmus na Turquia passa por festas em apartamentos onde todos se divertem e convivem ao som de música dos mais variados cantos da Europa. Aqui, o an-fitrião distribui alguns petiscos

e frutos secos típicos da Tur-quia e cada um, claro está, faz-se acompanhar pelas suas respetivas bebidas. Festas em bares/discotecas são sema-nais e com término a uma hora bem diferente da que estamos habituados em Portugal. 1h da manhã e está tudo a caminho de sua casa ou de casa de al-guém para continuar a festa in-terrompida pelo fecho precoce dos bares. Outro espírito partilhado pelos estudantes Erasmus que vêm para a Turquia é a comum vontade de conhecer e explorar o país. Todas as semanas se ouvem relatos de viagens pela Turquia, todos com histórias e memórias fantásticas para partilhar e contagiar quem os ouve. “I wanna go!” é a frase

mais ouvida no final de cada história. Locais como Istam-bul, Ancara, Capadócia, Esmir-na, Antália, Éfeso, Hierápolis, Pamukkale e Afrodísias são alguns dos pontos obrigatóri-os do roteiro dos estudantes Erasmus. Da experiência que es-tou a ter, a Turquia é um país preparado para acolher bem todos os que pretendam vis-itá-lo ou para fazer a sua mo-bilidade Erasmus. Certamente que as suas gentes farão de tudo para que sejam bem acol-hidos. Apesar de ainda faltar algum tempo para me ir embo-ra, tenho certeza que, no final, deixaremos a promessa de um futuro regresso a este fantásti-co país.

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Entre os dias 6 e 10 de novembro realizou-se mais uma Semana de Receção ao Caloiro (SRC), por excelência a festa de boas vindas a todos os novos estudantes que in-gressam o Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Como já é habitual, a SRC teve lugar no pavilhão do NERBA e a orga-nização ficou a cargo da Asso-ciação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AA-IPB). A AAIPB teve em con-ta as dificuldades económicas que o país atravessa e conse-guiu baixar o preço do bilhete único que garante a entrada diária nos concertos. Com cer-teza que este fator ajudou a que a SRC tivesse bastante

adesão. O esforço da AAIPB não se ficou por aqui e as ban-das contratadas foram bandas que já ganharam o seu espaço na música nacional. A SRC começou com a tradicional missa da bênção dos caloiros, celebrada na cat-edral de Bragança, seguida do desfile das tochas, uma mar-cha iluminante rumo ao pavil-hão do NERBA. A noite con-tinuou ao som de guitarras e pandeiretas das várias tunas participantes. Entre as tunas que fizeram a sua atuação na SRC estão nomes como In Vi-nus Tuna (tuna masculina da Escola Superior de Comuni-cação, Administração e Turis-mo – ESACT), Tuna Mira (tuna feminina da ESACT), Grupo de

Cantares do IPB, Tôna Tuna e Real Tuna Universitária de Bra-gança (RTUB). Como também já é habitual, a música “Eu vim parar ao IPB” da RTUB, tam-bém conhecida por “amigos para sempre”, foi o momento mais emocionante da noite. O segundo dia começou com a final das mostras do caloiro, com os cursos de An-imação e Produção Artística/Música/Arte e Design, Edu-cação Social, Línguas para Relações Internacionais/Inglês e Espanhol/Educação Ambien-tal, Análises Clínicas e Saúde Pública a disputarem os lug-ares do pódio. De seguida sub-iram a palco os “senhores” da velha escola do hip hop portu-guês, os Mind Da Gap. Foi ao

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Semana de Receção ao Caloiro

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som de Ace, Presto e Serial que os estudantes recordaram os grandes êxitos desta banda e ouviram a apresentação do novo álbum, “Regresso ao Fu-turo”. No terceiro dia a banda HMB, emergente no panora-ma nacional, brindou-nos com os sucessos que os tem leva-do a serem reconhecidos. Esta banda pode ser caraterizada pela mistura do gospel com as melodias do rhythm and blues, tal qual a essência da soul mu-sic. Os vários estilos que com-põem esta banda, desde as raízes do gospel do vocalista, Héber Marques, passando pelo jazz e hip hop do guitarrista, Fred Martinho, ou pelas melo-dias R&B do teclista, Daniel

Lima, fazem com que seja ro-tulada de “a nova alma do soul português”. Os HMB fizeram a apresentação do seu primeiro álbum de nome homólogo. A noite continuou com Mónica Ferraz, recentemente nomea-da na categoria “Best Portu-guese Act” no MTV European Awards 2012. Mónica Ferraz foi vocalista do grupo Mesa mas lançou-se a solo no ano de 2010. O seu primeiro álbum denomina-se “Start Stop” e os-cila entre os géneros musicais do rock, pop e soul. Esta can-tora de voz poderosa chegou a dizer que a SRC superou todas as expetativas da própria e da produção que a acompanha nos espetáculos. O quarto dia da SRC fi-

cou marcado pelo já tradicion-al desfile dos caloiros ou tam-bém conhecido por “desfile dos burros”, com o início do seu percurso no campus do IPB e culminando no castelo. Se-guiu-se a noite do “Arraial” com os concertos do mítico Quim Barreiros, elevando sempre a qualidade de qualquer festa académica, e do “homem do garrafão”, Leonel Nunes, um ícone da música popular por-tuguesa. A noite acabou com a dupla de DJ’s Begueiros, for-mada pelo comediante Miguel 7 Estacas e João Seabra. Esta dupla de DJ’s mixa música pop-ular portuguesa e os grandes êxitos do pop/rock português com house comercial atual. De salientar, mais uma vez, o

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Todos os anos são or-ganizadas as mostras dos caloiros, um evento que con-ta com o compromisso dos alunos que ingressam o Insti-tuto Politécnico de Bragança (IPB) pela primeira vez. No presente ano a atividade teve início no dia 15 de Outubro e findou dia 7 de Novembro. As mostras dos caloiros são com-postas por três provas dis-tintas, prova musical, prova livre e prova cultural, sujeitas a avaliação por parte de um júri. O júri responsável por apreciar as mostras foi composto por elementos da Associação de Estudantes de todas as escolas participantes e por um elemen-to da Associação Académica, por forma a existir uma maior equidade e imparcialidade nas votações.Nas provas musicais e livres os caloiros são avaliados pela originalidade da caracterização dos participantes, assim como pela originalidade dos cenári-

os que embelezam os seus números. Já na prova cultural, a perspicácia, a inteligência e a cultura geral de cada partic-ipante é que pôde fazer a dif-erença. Pode dizer-se que o balanço das provas foi positivo pois houve um grande empren-ho por parte dos caloiros que lutaram pelas cores dos respe-tivos cursos.Após uma seleção dos cur-sos vencedores das etapas da competição, eliminatórias e meias-finais, é chegada a tão esperada final. Dia 7 de no-vembro, no pavilhão do NER-BA, foi o dia de os finalistas demonstrarem todo o seu valor e de justificarem a sua chega-da à final. Os cursos que con-seguiram este feito foram os de Línguas para Relações Inter-nacionais/Inglês e Espanhol/Educação Ambiental; Música/Arte e Design/Animação e Pro-dução Artística; Análises Clíni-cas e Saúde Pública; e Edu-cação Social. Em terceiro lugar

ficaram os cursos de Música/Arte e Design/Animação, rece-bendo um prémio monetário de 50€. Em segundo lugar ficou o curso de Educação Social, com uma pontuação de 7,65 e um prémio monetário no valor de 100€. Os grandes vence-dores da edição das mostras de caloiros deste ano foram os cursos de Línguas para Relações Internacionais/Inglês e Espanhol/Educação Ambi-ental, com uma pontuação de 7,72 e um prémio monetário no valor de 150€.Estas mostras ficaram marca-das pela grande dedicação, afinco e perseverança dos caloiros, pela noite de uma fi-nal muito competitiva e pelo apoio que todos os cursos foram dando aos participantes, demonstrando o verdadeiro espírito académico que se vive no IPB.

Raquel Lopes

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Mostras do Caloiro

Ecos Académicosesforço da AAIPB ao colocar o bilhete diário deste dia a um preço único, demonstrando que não esquece os ex-alunos do IPB nem os habitantes da ci-dade de Bragança. O quinto e último dia começou pelo batismo dos caloiros organizado pelas as-sociações de estudantes de cada escola. Este evento com-pleta o processo de praxes dos caloiros. A noite começou com Marado & Friends, uma ban-

da de um ex-aluno do IPB que toca covers de vários géneros musicais como rock, grunge, música portuguesa, entre out-ros. De sublinhar a cover orig-inal da música “Eu vim parar ao IPB” da RTUB (música dis-ponível em http://www.youtube.com/watch?v=8f2IhsYz6Xs). A SRC terminou com o público a ver os aviões, cenário pro-porcionado pela atuação dos Azeitonas, a banda mais pedi-da pelos alunos do IPB. Esta

banda foi nomeada na catego-ria “Best Portuguese Act” no MTV European Awards 2012. A SRC ficou marca-da pela apresentação do hino oficial da receção, uma ideia desenvolvida por alunos do IPB e que prima pela sua originali-dade e unicidade.

Ricardo Órfão

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